Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
AS PESSOAS COLECTIVAS PÚBLICAS
10.1 Conceito:
- Os serviços públicos.
- Critério da iniciativa;
- Critério do fim;
- Critério da capacidade jurídica.
Critério da Iniciativa: Segundo este critério, as p.c. públicas são as criadas pelo
Estado ou pelos poderes públicos, enquanto que as P.C. privadas seriam as que
resultam da iniciativa privada o que significa que as pessoas colectivas públicas nascem
sempre de uma decisão pública, tomada pela colectividade nacional, ou por
comunidades regionais ou locais autónomas, ou proveniente de uma ou mais pessoas
colectivas públicas já existentes: a iniciativa privada não pode criar pessoas colectivas
públicas. As pessoas colectivas públicas são criadas por “iniciativa pública”, expressão
ampla que cobre todas as hipóteses e acautela os vários aspectos relevantes.
As P.C. Públicas são dirigidas por órgãos com a função de manifestar uma vontade que
lhes seja imputável, ou seja, tomar decisões em seu nome. São centros de imputação de
poderes funcionais.
Duas grandes concepções sobre a natureza dos órgãos das P.C.P são dominantes no
direito administrativo:
Por outras palavras as concepções conflituantes sobre a natureza juridica dos órgãos da
P.C.P pecam por pretender abarcar de modo completo e uniforme duas perspectivas
diferentes duma mesma realidade.
Numa perspectiva orgânica e estática de análise dos elementos da P.C.P, os órgãos
devem ser encarados como instituições; numa perspectiva funcional e dinâmica de
análise da actividade das pessoas colectivas públicas, considerando a acção, decisão e
prática de actos administrativos, os órgãos das P.C.P são os indivíduos.
Quanto à estrutura:
a) Órgão simples, aquele que é constituído por um único centro de competência e uma
estrutura unitária, possuindo como elemento tipificador a não existência de outro
órgão na sua estrutura para, de forma desconcentrada realizar a sua função essencial
ou apoiar o seu real desempenho.
d) Órgãos colegiais, compostos por dois ou mais titulares e que actuam e decidem pela
manifestação conjunta e maioritária da vontade dos seus membros; O órgão colegial
na actualidade tem, no mínimo, três titulares, e deve em regra ser composto por
número ímpar de membros.
Quanto à competência:
a) Órgãos primários, os que tem competência própria para decidir assuntos no quadro
da sua competência específica;
c) Órgãos vicários, os que exercem competência apenas por substituição dos outros;
d) Órgãos centrais, aqueles que tem competência sobre todo o território nacional;
e) Órgãos locais os que tem a sua competência limitada a determinada área territorial
de jurisdição;
Quanto à funcionalidade:
b) Órgãos consultivos, os que tem a função de esclarecer aos órgãos activos antes
destes tomarem uma decisão, nomeadamente através de pareceres;
Quanto à durabilidade:
O Estado carece de órgãos para cumpriri as atribuições que competem pelas leis e
pela Constituição. Os principais órgãos centrais do Estado e de acordo com a
Constituição são: Artigo 133, o Presidente da República, a Assembleia da
República, o Governo, os Tribunais e o Conselho Constitucional.
O Governo além de ser órgão político, é um órgão administrativo a título principal,
permanente e directo.
Além do Governo existem muitos outros órgãos centrais da administração do
Estado:Directores-gerais, Chefe de Estado Maior das Forças Armadas, os
Comandantes –Gerais da Polícia, o Procurador Geral da República, etc.
Pertencem ainda à administração central directa, sendo órgãos do Estado, ainda que
sejam independentes (não dependendo do Governo): o Provedor de Justiça, a
Comissão Nacional de Eleições e outros órgãos de natureza análoga.
O goveno
As pessoas colectivas públicas, como tais, não têm comportamento. A sua conduta é
sempre manifestada através dos seus órgãos, por meio de decisões ou deliberações.
Nas pessoas colectivas públicas, a par de fins ou interesses pessoais, existem outros
interesses transpessoais, que são os públicos.
Aos interesses protegidos pela ordem jurídica estão associados os poderes que servem
de instrumento para a sua realização.
A distinção que a lei faz entre os fins que prosseguem as Pessoas Colectivas
(atribuições) e os meios jurídicos que usa para prosseguir (competências), é
fundamental, por duas ordens de razões:
Os actos praticados fora das atribuições são actos nulos, enquanto os praticados fora da
competência são actos anuláveis.
A extensão das competências dos titulares dos órgãos de uma pessoa colectiva pública
definem-se ou delimitam-se em função da matéria, do território, da hierarquia e do
tempo.
- Delegada, quando o órgão Administrativo exerce nos termos da lei uma parte da
competência de outro órgão cujo exercício lhe foi transferido por delegação ou
concessão.
- É própria, quando o poder de praticar um certo acto administrativo é atribuído por lei
directamente ao órgão subalterno.
- Competência reservada, quando a lei confere aos subalternos poderes para a prática de
actos definitivos e executórios mas deles, além do recurso contencioso normal, cabe o
recurso hierárquico facultativo.
- Competência exclusiva, quando a lei confere ao subalterno competência para a prática
de actos administrativos definitivos e executórios de que não cabe qualquer recurso
hierárquico, podendo contudo, o subalterno vir a receber do superior hierárquico uma
ordem de revogação.
Exercicios
2. “Todas as pessoas colectivas são dirigidas por órgãos. A este cabe tornar
decisões em nome de pessoas colectivas Públicas não são centros funcionais
como alguns autores defendem; Porque estes não podem manifestar nenhuma
vontade. Os órgão são sim os indivíduos.”
Quid Juris?
b) Como académico, que soluções propõem para a melhor convivência das duas
instituições?
conceito
A noção base dos serviços públicos é a de que são organizações humanas criadas no
seio da pessoa colectiva pública para desempenhar as atribuições desta, sob a direcção
dos respectivos órgãos.
Por um lado os órgãos da pessoa colectiva pública dirigem as actividades dos Serviços
públicos e, por outro lado os serviços públicos auxiliam a actuação dos órgãos da pessoa
colectiva pública, assegurando a adequada preparação e execução das decisões dos
órgãos, para além da actividade de prossecução das atribuições das pessoas colectivas
públicas de que são parte.
a) O serviço releva sempre de uma pessoa colectiva pública: qualquer serviço
público está sempre na dependência directa de um órgão da Administração, que
sobre ele exerce o poder de direcção e a cujas ordens e instruções, por isso
mesmo, o serviço público deve obediência;
b) O serviço público está vinculado à prossecução do interesse público: os
serviços públicos são elementos da organização de uma pessoa colectiva pública.
Estão pois, vinculados à prossecução das atribuições que a lei pusera a cargo
dela;
c) Compete à lei criar ou extinguir serviços públicos: qualquer serviço público,
seja ele ministério, direcção-geral ou outro, só por lei (em sentido material) pode
ser criado ou extinto.
d) A organização interna dos serviços públicos é matéria regulamentar:
contudo, a prática moçambicana é no sentido de a organização interna dos
serviços públicos do Estado ser feita e modificada por decreto regulamentar não
descurando outras formas diversas.
e) O regime de organização e funcionamento de qualquer serviço público é
modificável: porque só assim se pode corresponder à natural variabilidade do
interesse público, que pode exigir hoje o que ontem não exigia ou reprovava, ou
deixar de impor o que anteriormente considerava essencial;
f) A continuidade dos serviços públicos deve ser mantida: pode e deve ser
assegurado o funcionamento regular dos serviços públicos, pelo menos
essenciais, ainda que para tanto seja necessário empregar meios de autoridade,
como por exemplo a requisição civil;
g) Os serviços públicos devem tratar e servir todos os particulares em pé de
igualdade: trata-se aqui de um corolário do princípio da igualdade,
constitucionalmente estabelecido (art. 35º CRM). Isto é particularmente
importante no que diz respeito às condições de acesso dos particulares aos bens,
utilizados pelos serviços públicos ao público em geral;
h) A utilização dos serviços públicos pelos particulares é em princípio onerosa:
os utentes deverão pois pagar uma taxa, como contrapartida do benefício que
obtêm. Mas há serviços públicos que a lei, excepcionalmente, declara gratuitos.
Os serviços públicos não têm fim lucrativo, excepto se se encontrarem integrados
em empresas públicas;
i) Os serviços públicos podem gozar de exclusivo ou actuar em concorrência:
tudo depende do que for determinado pela Constituição e pela lei.
j) Os serviços públicos podem actuar de acordo com o Direito Público ou
com o Direito Privado: é o que resulta do facto de, as pessoas colectivas públicas
disporem simultaneamente de capacidade de Direito Público e de capacidade de
Direito Privado. A regra geral do nosso país é de que os serviços públicos actuam
predominantemente segundo o Direito Público, excepto quando se achem
integrados em empresas públicas, caso em que agirão predominantemente
segundo o Direito Privado;
l) A lei adquire vários modos de gestão dos serviços públicos: por via de regra,
os serviços públicos são geridos por uma pessoa colectiva pública;
m) Os utentes do serviço público ficam sujeitos a regras que os colocam numa
situação jurídica especial: é o que a doutrina alemã, denomina como “relações
especiais de poder”. As relações jurídicas que se estabelecem entre os utentes do
serviço público e a Administração são diferentes das relações gerais que todo o
cidadão trava com o Estado. Os utentes dos serviços públicos acham-se
submetidos a uma forma peculiar de subordinação aos órgãos e agentes
administrativos, que tem em vista criar e manter as melhores condições de
organização e funcionamento dos serviços, e que se traduz no dever de
obediência em relação a vários poderes de autoridade;
n) Natureza jurídica do acto criador da relação de utilização do serviço público
pelo particular: tem, regra geral, a natureza do contrato administrativo –
contrato, porque entende-se que a fonte dessa relação jurídica é um acordo de
vontades, um acto jurídico bilateral; e administrativo, porque o seu objecto é a
utilização de um serviço público e o seu principal efeito é a criação de uma
relação jurídica administrativa.
Organização dos Serviços Públicos
A organização dos serviços públicos pode seguir um, dentre os vários critérios: pode ser
horizontal, vertical, hierárquica ou territorial.
A organização vertical tem particular importância ao nível teórico por nela assentar o
instituto jurídico de Hierarquia Administrativa (que é o elemento importante nesta
organização).
Hierarquia Administrativa
Por uma parte, as atribuições da pessoa colectiva pública são prosseguidas no seu
conjunto por todos os órgãos e agentes a ele pertencentes, pois são comuns a todos eles,
ou por outra, entre os órgãos e agentes inseridos na pessoa colectiva pública
estabeleceu-se um vínculo específico de superior ao subordinado, tendo por conteúdo os
poderes daquele e deveres deste.
Por ser inerente ao desempenho das funções de chefia, o poder de direcção não carece
de formulação legal expressa, realiza-se por completo no quadro da relação hierárquica,
não produzindo efeitos externos. Mesmo as ordens e circulares que revestem carácter
informativo têm uma eficácia meramente interna, constituindo preceitos administrativos
não invocáveis perante o Tribunal Administrativo, para sustentar o pedido de anulação
de um acto administrativo.
O exercício deste poder de supervisão pode resultar por um lado da iniciativa do próprio
superior hierárquico mediante a avocação da figura do caso, e, pode também resultar,
por outro lado, de um recurso hierárquico quando um particular haja interposto um
recurso contra o acto administrativo praticado pelo subalterno.
Para suscitar este poder de decidir conflitos de competência a iniciativa pode ser do
próprio superior hierárquico, pode ser a pedido de qualquer dos subordinados
envolvidos no conflito ou então poder ser dos particulares com interesse directo.
Neste caso, o funcionário ou agente que lhes der cumprimento só ficará excluído da
responsabilidade pelas consequências da execução da ordem se antes da execução tiver
reclamado ou tiver exigido a transmissão ou confirmação delas por escrito, fazendo
expressa menção de que considera ilegais as ordens ou instruções recebidas. A isso se
chama de Direito de respeitosa representação.
2º Quando se trata de ordem que seja patente e inequivocamente ilegal por contrariar a
letra e o espírito da lei, devendo, contudo obedecer quando se verificam algumas
diferenças de entendimento ou da interpretação quanto à conformidade da ordem com
lei. .
3º Quando a ordem for ilegal por qualquer motivo, dado que a lei esta acima do superior
hierárquico e entre o cumprimento de uma ordem e o cumprimento da lei deve o
subalterno optar pelo respeito da lei.
Exercícios
Quid Juris?
b) Como académico, que soluções propõe para a melhor convivência das duas
instituições?
Sistemas de Organização Administrativa
I. Noção.
- Concentração e Desconcentração
- Centralização e Descentralização
Vantagens:
- Aumento da eficiência dos serviços públicos, donde resulta uma maior rapidez de
respostas às demandas que os administrados fazem;
Desvantagens:
Espécies de Desconcentração
Tais espécies podem apurar-se à luz de três critérios fundamentais – quanto aos
níveis, quanto aos graus e quanto às formas. Assim:
a) Quanto ao “níveis de desconcentração”, há que distinguir entre
desconcentração a nível central e desconcentração a nível local, consoante ela se
inscreva no âmbito dos serviços da Administração central ou no âmbito dos
serviços da Administração local;
b) Quanto aos “graus de desconcentração”, ela pode ser absoluta ou relativa: no
primeiro caso, a desconcentração é tão intensa e é levada tão longe que os órgãos
por ela atingidos se transformam de órgãos subalternos em órgãos independentes;
no segundo, a desconcentração é menos intensa e, embora atribuindo certas
competências próprias a órgãos subalternos, mantém a subordinação destes ao
poder do superior (que constitui a regra geral no Direito Moçambicano).
c) Por último, quanto às “formas de desconcentração”, temos de um lado a
desconcentrarão originária, e do outro a desconcentração derivada: a primeira é
a que decorre imediatamente da lei, que desde logo reparte a competência entre o
superior e os subalternos; a segunda, carecendo embora de permissão legal
expressa, só se efectiva mediante um acto específico praticado para o efeito pelo
superior. A desconcentração derivada, portanto, traduz-se na delegação de
poderes.
Conceito
Por vezes sucede que a lei, atribuindo a um órgão a competência normal para a prática
de determinados actos, permite no entanto que esse órgão delegue noutro, parte dessa
competência (art. 22º/1 Dec. 30/2001, de 15 de Outubro).
Do ponto de vista da ciência da administração, a delegação de poderes é um instrumento
de difusão do poder de decisão numa organização pública que repousa na iniciativa dos
órgãos superiores desta.
Falta de algum requisito exigido por lei: os requisitos quanto ao conteúdo são requisitos
de validade, pelo que a falta de qualquer deles torna o acto de delegação inválido; os
requisitos quanto à publicação são requisitos de eficácia, donde se segue que a falta de
qualquer deles torna o acto de delegação ineficaz.
- a faculdade de poder dar instruções, directivas aos delegado sobre o modo de exercício
dos poderes delegados;
4.Requisitos dos actos praticados por delegado: para que os actos administrativos
praticados pelo delegado sejam válidos, para além dos requisitos gerais, devem conter
uma menção expressa de que estão ser exercidas por delegação, indicando os órgãos
delegantes. sob pena de ilegalidade, os actos administrativos praticados pelo delegado
ao abrigo da delegação devem obediência estrita aos requisitos de validade fixados na
lei. Para além disso, a sua legalidade depende ainda da existência, validade e eficácia do
acto de delegação, ficando irremediavelmente inquinados pelo vício de incompetência
se a delegação ao abrigo da qual forem praticados for inexistente, inválida ou ineficaz.
- pela realização do seu objecto, quando conferida para a prática de um acto específico;
- por revogação feita pelo delegante, que pode acontecer a qualquer momento sem
necessidade de fundamentação, posto que a delegação é um acto precário; (art.26°-a
Dec. 30/2001, de 15 de Outubro ).
Por outro lado, a competência exercida pelo delegado com base na delegação de poderes
não é uma competência própria, mas uma competência alheia. Logo, a delegação de
poderes constitui uma transferência do delegante para o delegado: não, porém, uma
transferência da titularidade dos poderes, mas uma transferência do exercício dos
poderes.
O delegante, ao contrário do que se poderia entender à primeira vista, não transfere para
o delegado o exercício de toda a sua competência: mesmo nas matérias em que delegou,
ele conserva poderes de exercício que já tinha e adquire, por efeito do próprio
mecanismo da delegação, poderes que antes dela não detinha.
Quer dizer: nem o delegado passa a deter todo o exercício da competência do delegante,
nem este fica reduzido a uma mera titularidade nua, ou de raiz, pois adquire todo um
complexo de poderes de superintendência e controle, que poderá exercer enquanto durar
a delegação.
Vantagens da Centralização:
- Melhor garantia da unidade do Estado;
Desvantagens da Centralização:
Vantagens da Descentralização:
- Participação dos cidadãos nas decisões públicas em matéria dos seus interesses;
Desvantagens da Descentralização:
Espécies de Descentralização
Segundo o nº2 do art.272 da CRM, as autarquias locais são pessoas colectivas públicas
dotadas de órgãos representativos próprios, que visam a prossecução dos interesses das
populações respectivas, sem prejuízo dos interesses nacionais e da participação do
Estado.
Ora se bem que de alguma maneira as autarquias locais representam os interesses das
populações ao nível local, não se deve confundir a “auto-administração” com “auto-
governo”, pois este é uma figura de Direito Constitucional para casos em que as regiões
têm instituições de governo próprias, como sucede em alguns países com as regiões
autónomas.
Só haverá poder local quando as autarquias locais são verdadeiramente autónomas e têm
um amplo grau de autonomia administrativa e financeira, quer dizer, com meios e
recursos, bem como atribuições e competências suficientemente largas.
- Direito de, sempre que possível, regulamentarem a aplicação das normas ou planos
nacionais para adaptá-los às realidades locais.
Ora, como foi dito no início da abordagem desta questão das autarquias locais, elas
gozam de autonomia administrativa, normativa, organizatória, financeira e
patrimonial.
Autonomia Normativa (ver art. 278 CRM): Esta implica, antes de tudo, a atribuição
de personalidade jurídica à colectividade, o que individualiza a Pessoa Colectiva
descentralizada em relação ao Estado. Por esta via, sabemos que as autarquias locais são
dotadas de órgãos representativos próprios, que visam a prossecução dos interesses das
populações respectivas, sem prejuízo dos interesses nacionais e da participação do
Estado (ver nº2 do art. 1 da Lei nº2/97, de 18 de Fevereiro.
Por outro lado, as autarquias locais são pessoas colectivas de direito público e na sua
actuação respeitam a determinados princípios jurídicos, a destacar: Os princípios da
especialidade ( art.6 e 7 da lei nº2/97, de 18 de Fevereiro, a qual é inerente à pessoa
colectiva e ela significa que os direitos e poderes das pessoas colectivas são
necessariamente destinados à realização de objectivos determinados, aqueles pelos quais
as pessoas colectivas são criadas.
O número 1 do artigo 273 da CRM dispõe que as autarquias locais são os municípios e
as povoações, para no número dois do mesmo artigo, destacar-se que os municípios
correspondem à circunscrição territorial das cidades e vilas.
O MUNICÍPIO:
Uma vez feita a abordagem sobre as autarquias locais, embora de forma sucinta, torna-
se importante referirmo-nos também de forma breve, sobre o Município.
A CRM não nos empresta de forma precisa o conceito de Município, mas, recorrendo a
doutrina administrativista, podemos definir o Município como sendo autarquia local que
visa a prossecução de interesses próprios da população residente numa dada
circunscrição, mediante órgãos representativos por ela eleitos.