Ha

sta mudrās, os gestos sagrados com as mãos

“Meu interesse em aprofundar o conhecimento sobre as mudrās surgiu há
algumas décadas, após vivências espontâneas de realização de gestos
específicos com as mãos durante práticas de meditação e recitação de mantras.
Desde então venho pesquisando sobre este tema” – Flávia Bianchini

As mudrās ou hasta-mudrās, gestos especiais feitos com as mãos que fazem

parte da tradição indiana, são cheias de significados. As mudrās são utilizadas
na dança indiana tradicional, são representadas em estátuas dos devas e das
devīs, empregadas em rituais hindus, em práticas de meditação e diversas
outras atividades. Trata-se de uma técnica aparentemente simples, mas que
pode desencadear estados de consciência avançados já nos primeiros minutos
de prática. Sua vivência pode ser bem estimulante e até mesmo desafiadora,
exigindo uma auto-superação em níveis mais sutis. 

As mudrās ajudam – entre centenas de outras coisas – a ter mais consciência

nas mãos, desencadeiam efeitos psicológicos, orgânicos e espirituais;
influenciando na circulação do prāṇa e no corpo sutil.

Nosso curso sobre mudrās apresenta um histórico sobre essas práticas, a

simbologia dos dedos e dos gestos, explica diferentes tipos de mudrās, introduz
práticas com mudrās no Yoga, indicando como podem ser utilizadas nas
práticas de meditação, na ativação dos cakras e em diversos outros aspectos.
As vivências obtidas nessas práticas com mudrās são fortes, profundas e
transformadoras. Além de mudrās tradicionais, que são praticadas no curso,
também há exercícios com mudrās espontâneas, que brotam a partir de
vivências internas de cada pessoa.
As mudrās atuam sobre o sistema sutil, desencadeando estados especiais de
consciência. Influenciam e alteram a circulação do prāṇa nas nāḍīs (canais
energéticos), nos cakras e em toda a estrutura sutil do corpo humano,
desencadeando os mais diversos processos energéticos nos distintos níveis ou
camadas. Neste sentido, não há regras fixas em relação aos processos que são
desencadeados com a prática das mudrās, cada indivíduo é único, e os
processos produzidos com as distintas mudrās também.