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BACHARELADO EM GEOLOGIA

Débora Stephanie Soares de São Joaquim


João Marcos Barbosa Paulino
Laís Gabriela Gonçalves Andrade
Marco Tadeu Tavares Maciel

Orientador: Prof. Msc. Pedro Leonardo Nicolau do Carmo Rossi Vieira

NOTA EXPLICATIVA – MAPEAMENTO GEOLÓGICO 2, ESCALA 1:10.000


LOCALIZADO NO DISTRITO DE GOUVEIA NA REGIÃO DE DIAMANTINA, MG
ÁREA 3

BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS


MAIO DE 2021
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE
UNIBH

Débora Stephanie Soares de São Joaquim


João Marcos Paulino
Laís Gabriela Gonçalves Andrade
Marco Tadeu Tavares Maciel

Orientador: Prof. Msc. Pedro Leonardo Nicolau do Carmo


Rossi Vieira

NOTA EXPLICATIVA – MAPEAMENTO GEOLÓGICO 2, ESCALA 1:10.000


LOCALIZADO NO DISTRITO DE GOUVEIA NA REGIÃO DE DIAMANTINA, MG
ÁREA 3

Relatório apresentado na disciplina de


Mapeamento Geológico 2 no curso de Geologia do
Centro Universitário de Belo Horizonte - UniBH,
referente a área 3 no distrito de Gouveia, na região
de Diamantina, MG. Nota explicativa orientada
pelo professor Pedro L. N. C. R. Vieira.

BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS


MAIO DE 2021
SUMÁRIO 4
LISTA DE FIGURAS 6
1. INTRODUÇÃO 7
1.1. Objetivos 8
1.2. Localização e vias de acesso 8
1.3. Metodologia 9
2. ASPECTOS FISIOGRÁFICOS 9
2.1. Vegetação 9
2.2. Clima 9
2.3. Hidrografia 10
2.4. Geomorfologia 12
3. CONTEXTO GEOLÓGICO 13
3.1. Trabalhos anteriores 13
3.2. Geologia regional 13
3.2.1. Estratigrafia 13
3.2.1.1. EMBASAMENTO CRISTALINO 13
3.2.1.2. SUPERGRUPO RIO PARAÚNA 14
3.2.1.3. SUPERGRUPO ESPINHAÇO (SGE) 14
3.2.1.3.1. Grupo Guinda 14
3.2.1.3.2 Grupo Conselheiro Mata 16
3.2.1.4. SUPERGRUPO SÃO FRANCISCO 17
3.2.2. Geologia estrutural 17
3.2.3. Metamorfismo 20
3.2.4. Evolução geotectônica 20
3.2.5. Geologia econômica 23
4. GEOLOGIA LOCAL 24
4.1. Descrição e interpretação dos domínios morfoestruturais 24
5. DISCUSSÕES 25
4. CONCLUSÕES 26
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 27
ANEXOS 30
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Mapa de localização, Área 3. ............................................................................................................... 6
Figura 2 - Mapa detalhado de vegetação da Área 3. ............................................................................................. 8
Figura 3 - 1) Mapa com a classificação média climática de Minas Gerais segundo Köppen Geiger (Reis &
Malta, 2001 Apud Reis, 2005). ............................................................................................................................. 8
Figura 4 - A) Mapa de Temperatura média anual em minas Gerais. B) Mapa de precipitação média anual em
Minas Gerais no período entre 1961 e 1990 (Modificado de Reis, 2005). ........................................................... 9
Figura 5- Mapa de Localização da Unidade Territorial Estratégica (UTE) do Rio Pardo, destaque para área
trabalhada “Grupo 3” Circulada em verde (Modificado de Nogueira 2016). ..................................................... 10
Figura 6 - Mapa Toponímia marcando principais drenagens e lineações. .......................................................... 10
Figura 7 -Coluna estratigráfica da Serra do Espinhaço Meridional representado pelos Supergrupos Paraúna,
Espinhaço e São Francisco, (Martins Neto 1998). .............................................................................................. 13
Figura 8 - Síntese da estratigrafia do sudeste da Serra do Espinhaço Fonte: Almeida Abreu (1995). ............... 15
Figura 9 - Estratigrafia da Formação Sopa-Brumadinho (Almeida Abreu 1995)............................................... 17
Figura 10 - Litoestratigrafia do Supergrupo São Francisco (Reis 2011). ........................................................... 18
Figura 11 - Etapas do desenvolvimento das deformações nas rochas do Supergrupo Espinhaço. Fonte: Rosiére
et al., 1994........................................................................................................................................................... 19
Figura 12 -Seções esquemáticas da Faixa Araçuaí situando a Zona de Cisalhamento de Acauã. Fonte: Alkmim
et al., 2007........................................................................................................................................................... 20
Figura 13 - Seções esquemáticas da Faixa Araçuaí situando a Zona de Cisalhamento de Acauã. Fonte: Alkmim
et al., 2007........................................................................................................................................................... 20
Figura 14 - Supergrupo Espinhaço e sua situação geotectônica. Fonte: Schobbenhaus (1993) modificado por
Uhlein & Chaves (2001) ..................................................................................................................................... 22
Figura 15 - A) Porção central da Serra do Espinhaço meridional em Minas Gerais, na região de Diamantina à
Rodeador, ao centro Gouveia, MG. B) Modelo de desenvolvimento do sistema de cavalgamentos do tipo
duplex em um perfil de 50 km. Fonte: Silva, 2011 ............................................................................................. 23
Figura 17 - Mapa fotointerpretativo da área de estudo ....................................................................................... 25
Figura 16 - Mapa fotointerpretativo da área de estudo. ...................................................................................... 25
1. INTRODUÇÃO
O presente relatório é focado em compreender as feições geológicas da Área 3 da disciplina de
Mapeamento 2. O local se insere no município de Gouveia (MG), próximo a cidade de Diamantina.
Faz parte da compartimentação geológica Serra do Espinhaço. A Serra do Espinhaço bordeja o
Cráton São Francisco em sua extremidade leste, seguindo pelas proximidades das cidades de Belo
Horizonte, Diamantina, Grão Mogol, Monte Azul, atravessando o estado da Bahia e chegando ao
estado de Piauí.
Gouveia, o município contemplado nesse estudo, se localiza perto da cidade de Diamantina. Essa
região é bastante conhecida histórica e economicamente pela surgência de diamante e ouro. Nos
anos de 1730, a cidade de Diamantina começou a crescer na expansão da extração do mineral
diamante. Por questões financeiras, houve muita demanda de exploração no local, com a forte
atividade de garimpo a jazida (Prefeitura de Diamantina, 2021).
Este relatório tem o objetivo de apresentar o mapeamento em escala 1:10.000 que será realizado na
área denominada área “3” pertencente a região de Diamantina-MG, localizada no município de
Gouveia, a fim de levantar dados do polígono com extensão de 8 km², de forma clara e precisa. A
região em estudo encontra-se na porção Meridional da Serra do Espinhaço, bordeja o Cráton São
Francisco em sua extremidade leste, atravessado o estado da Bahia, chegando ao limite dos estados
de Pernambuco e Piauí.
O contexto geológico estratigráfico da área, abrange o embasamento granítico do Complexo
Gouveia e todas as rochas do Supergrupo Rio Paraúna, com o Grupo Pedro Pereira e Costa Sena, o
Supergrupo Espinhaço, com o Grupo Guinda e suas formações, Bandeirinha, São João da Chapada,
Sopa-Brumadinho e Galho do Miguel, além de todos os níveis/Membros que podem ser
individualizados. O grupo Conselheiro Mata, e suas formações Santa Rita, Córrego dos Borges,
Córrego da Bandeira, Córrego Pereira e Rio Pardo grande (Martins Neto 1998). Partindo do ponto
de vista hidrográfico, a área está inserida na bacia do Rio São Francisco e contemplado pela
nascente do Córrego do Capão.
A finalidade deste relatório é discutir as unidades estratigráficas da região, a criação de um mapa
com uma riqueza maior de detalhes em escala regional, o levantamento de dados estruturais, a
realização do mapa fotointerpretativo, o mapa de toponímia para entender o grande divisor
hidrográfico interposto entre as bacias do centro-leste brasileiro e a do Rio São Francisco, a
compreensão da geomorfologia e sua relação a vegetação e também aos tipos de rocha e suas
diferentes cotas, formas de relevo e entre outros fatores. Vale salientar que após o cenário de
pandemia causada pelo COVID-19 será realizado outras buscas em campo para confirmação dos
dados.
1.1. Objetivos
O objetivo principal do trabalho é aprender e aplicar as técnicas de mapeamento na execução de
um mapeamento geológico básico, em escala 1:10.000, e uma área pré-estabelecida situada no
distrito de Gouveia-MG. Para isso, foi necessário reunir informações sobre a litologia regional,
geologia estrutural, econômica, o metamorfismo envolvido na área e todo o processo de evolução
geotectônica, para contextualizar e caracterizar essas feições, além de abordar os aspectos físicos
e geográficos no qual a região se insere. Os objetivos específicos do atual relatório são uma
geologia regional baseada na compilação de levantamentos bibliográficos e a elaboração de uma
fotointerpretação detalhada.
1.2. Localização e vias de acesso
A área de estudo está inserida no município de Gouveia, pertencente a região de Diamantina em
Minas Gerais. Localizada na porção meridional da Serra do Espinhaço, a área “3” está delimitada
de verde no mapa (Figura 1).
O seu acesso partindo de Belo Horizonte é feito através da BR-040 sentido Sete Lagoas, próximo
a Paraopeba é necessário seguir a saída 448 em direção a Cordisburgo até a rotatória onde deve
seguir a primeira saída a MG-231. Depois de percorrer por Cordisburgo até a saída da BR-259,
segue a segunda saída da BR-367, vire à esquerda, vire à direita, e ao passar pela vila Barão de
Guaicuí vire novamente a direita para acessar através de uma estrada de terra o destino.

Figura 1 - Mapa de localização, Área 3.


1.3. Metodologia
A proposta metodológica utilizada aborda três etapas essenciais. Iniciou-se com revisões
bibliográficas e discussões acerca da região estudada. A segunda etapa foi conduzida como um
pré-campo, de forma aérea, uma vez que devido ao cenário pandêmico do Covid 19 no Brasil, não
foi possível a execução das atividades práticas em campo para a segurança de todos os integrantes
da disciplina. A terceira, constitui-se da compilação e comparação de dados assim como a
apresentação dos resultados.
1. Levantamento bibliográfico, discussões a cerca da área, comparações de artigos
2. Análise foto interpretativa, através de estudo de sensoriamento remoto para divisão de
domínios, zonas homologas, marcação de lineamentos positivos e negativos, padrões de drenagens
além de possíveis trajetos a serem percorridos, interpretação de feições geomorfológicas e
estruturais e entre outros fatores através de softwares de geoprocessamento.
3. Elaboração de mapas e perfil geológico, traços de contatos geológicos e interpretações do
grupo a respeito da geologia local e regional assim como todo o contexto geotectônico e as
informações estruturais, elaboração da coluna estratigráfica e posteriormente ao entrar em contato
físico com a área descrições petrográficas, mineralógicas, colheita de dados de afloramentos e a
descrição dos mesmos.

2. ASPECTOS FISIOGRÁFICOS
2.1. Vegetação
Do ponto de vista geral, a Serra do Espinhaço apresenta predominância de latossolos, os quais
sustentam a vegetação que é classificada como cerrado (Figura 2), e apresenta pontos com
vegetações densas, próxima de córregos e rios com presença de mata ciliar e matas de galerias.
Próximo da área urbana, há uma diminuição na densidade da vegetação, e uma expansão da zona
rural, com a substituição da vegetação nativa para implantação de agricultura e pastagens (Nevez,
2017).
Figura 2 - Mapa detalhado de vegetação da Área 3.

2.2. Clima
A classificação climática e pluviométrica do alto Jequitinhonha (Tropical de altitude - Cwb) onde
se encontra a cidade de Gouveia, destoa das demais regiões das porções Centro e Norte mineiras
(Tropical chuvoso - Aw), isso em razão da topografia da serra do espinhaço (Reis, 2005).

Figura 3 - 1) Mapa com a classificação média climática de Minas Gerais segundo Köppen Geiger (Reis & Malta, 2001 Apud Reis,
2005).
Segundo a classificação climática de Köppen-Geiger, a área de estudo trata-se predominantemente
de um clima tropical de altitude (Cwb), com temperaturas médias anuais de 22o C (Figura 3) e duas
estações bem definidas, uma estiagem, com temperaturas mais amenas (de maio a setembro) e
outra, úmida com altas temperaturas (De agosto a abril). A pluviosidade média anual é de 1400mm
(Figueiredo, 2008).

Figura 4 - A) Mapa de Temperatura média anual em minas Gerais. B) Mapa de precipitação média anual em Minas Gerais no período
entre 1961 e 1990 (Modificado de Reis, 2005).

2.3. Hidrografia
A serra do espinhaço é um grande divisor hidrográfico brasileiro, e no caso da porção sudeste do
país, está cercada por quatro grandes bacias: Bacia do São Francisco, Bacia do Araçuaí, Bacia do
Jequitinhonha e Bacia do Rio doce (Saadi, 1995).
A área situa-se na bacia hidrográfica do Rio São Francisco, mais especificamente na nascente do
córrego do capão, afluente do Rio Pardo Pequeno, inserido no médio/baixo Rio das Velhas,
representado como uma sub-bacia do São Francisco (Figura 5). E especificamente, o mapa de
toponímias da região é representado na Figura 6, assim como no primeiro Anexo.
Figura 5- Mapa de Localização da Unidade Territorial Estratégica (UTE) do Rio Pardo, destaque para área trabalhada “Grupo 3”
Circulada em verde (Modificado de Nogueira 2016).

Figura 6 - Mapa Toponímia marcando principais drenagens e lineações.


O córrego do capão que nasce na margem esquerda da BR-367, corre em vales encaixados para
Oeste e em meio ao espinhaço, recebe recarga de diversos corpos hídricos, sendo os principais o
córrego da Picada e o Ribeirão Santana. Mais à frente no encontro com o Córrego grotão, passa a
ser chamado de Rio Pardo Pequeno, e segue até o encontro com o Rio Pardo Grande, formando o
Rio pardo, que continua seu percurso até desaguar no Rio das Velhas, próximo da cidade de Santo
Hipólito-MG.

2.4. Geomorfologia
A Geomorfologia ocupa um papel essencial para a compreensão do relevo e o conjunto dos seus
elementos, com sua aplicabilidade torna-se possível a identificação dos formatos de relevo, dos
tipos de drenagens, feições como pontos altos além da base geomorfológica servir de ferramenta
para analisar também a distribuição espacial da ocupação da paisagem.
Segundo (Saadi, 1995), A Serra do Espinhaço mineira aparenta constituir um espigão de direção
Norte-Sul quando analisado o alinhamento das suas cristas de maior elevação. Entretanto, trata-se
na verdade de um alinhamento de uma série de linhas de cristas descontínuas gerando um padrão
sub-ortogonal de direção NE-SW e NW-SE. O maior volume topográfico está localizado na região
de Diamantina, com cerca de 1.300 m de altitude representado por um planalto de aspecto maciço,
em sua parte central se encontra o Planalto de Diamantina, com declividades de cotas médias de
900 m a norte e 1.200 a sul. Tratando em escala regional, a Serra do Espinhaço pode ser divida em
dois compartimentos de planaltos, na porção sul e na porção norte, muito bem definidos e
delimitados nomeados de Planalto Meridional e Planalto Setentrional.
O quadrante em estudo abrange o Planalto Meridional, o qual tem sua origem na extremidade
meridional da serra, nas nascentes do rio Cipó, predominando quartzitos que durante toda a sua
extensão compõem uma cobertura com diversas famílias de fratura e falhas. As formas de relevo
deste ambiente são devido a esculturação pela dissecação fluvial e se manifesta por cristas,
escarpas e vales profundos adaptados as direções tectônicas e estruturais.
Segundo Saadi & Valadão (1987), em meio ao planalto existem diversas áreas deprimidas entre a
região de Gouveia e Conceição do Mato Dentro, constituídas de rochas metassedimentares,
metavulcânicas e granitóides, sustentam suaves colinas policonvexas. A famosa depressão de
Gouveia tem sua formação atrelada a processos tectônicos e desnudacionais de idade Fanerozoica,
em que as camadas metamórficas das rochas do Supergrupo Espinhaço foram retidas de forma
lenta, expondo o embasamento cristalino.

3. CONTEXTO GEOLÓGICO
3.1. Trabalhos anteriores
Os estudos estratigráficos da Serra do Espinhaço tiveram seu início aprofundado por volta dos
anos 70 com os relatórios de Pflug (1967, 1968) com suas Observações sobre a estratigrafia da
Série Minas na Regiãode Diamantina, Minas Gerais, ainda relacionando o Supergrupo Espinhaço
com as rochas do Quadrilátero Ferrífero. Estratigraficamente, a área foi alvo de muitos
questionamentos e propostas de diversos autores ao longo dos anos. A estratigrafia da região de
diamantina, inicialmente descrita por Pflug (1967, 1968) e reforçada por Schöll & Fogaça (1979),
Martins Neto (1993), Fogaça et al. (1984) e Silva (1995), é estruturada sobre os granitos do complexo
basal em contato com o Supergrupo Rio Paraúna, que se foi dividido em dois grupos distintos: Grupo
Pedro Pereira, e Grupo Costa Sena. Para o Grupo Costa Sena, adotaram a formação Barão do Guaicuí
para sua base e a Formação Bandeirinha como topo do Supergrupo Rio Paraúna, em contato direto com
a base do Grupo Diamantina Dossin et al. (1990), grupo este que posteriormente fora renomeado por
Knauer (1990) como Grupo Guinda.
Em estudos posteriores, Almeida Abreu (1993), Almeida Abreu & Pflug (1994), Knauer & Lopes Silva
(2011) incluíram, na base do Grupo Guinda a Formação Bandeirinha, em discordância do modelo
adotado inicialmente por Pflug (1967, 1968), alegando que a interpretação pode ser diferente devido
influência da fase rift.
Ao longo do tempo, diversos estudos abrangeram a área pela sua complexidade geológica de
deposição e estrutural, entre eles os relatórios e artigos aqui mencionados e utilizados como base
de referência bibliográfica. Fogaça et al. (1984) citaram sobre a porção arqueana e
correlacionaram com o Supergrupo Rio das Velhas do Quadrilátero Ferrífero. Uhlein et al. (1986)
apresentaram os depósitos minerais nas suas respectivas unidades litoestratigráficas, mencionando
também as épocas metalogenéticas da região. Rosiére et al. (1994) publicaram sobre a Análise
cinemática mesoscópia dos cavalgamentos do cinturão Espinhaço na região de Diamantina, foi
defendido que a evolução tectônica compressional começou com um deslizamento interestratal
seguido de dobras e desenvolvimento de falhas, com transporte de ENE para WSW. Dussin &
Dussin (1995) citam que o Supergrupo Espinhaço tem uma deformação com apenas a idade
brasiliana em estrutura de rift abortado. Cruz (2005) atualizou o modelo estrutural como uma zona
de cisalhamento do núcleo do anticlinório de Gouveia. Battilani et al. (2007) indica que os
diamantes da região compuseram as rochas que atualmente são filíticas hematíticas, com o
protólito de rochas intrusivas. Knauer (2007) compilou as pistas de evolução geotectônica para
assumir que as deformações são de diferentes épocas evolutivas e não apenas do brasiliano. Silva
(2011) reconstruiu a estratigrafia das bacias sedimentares, concluindo que o transporte se
direcionou para oeste e atribuiu duas fases evolutivas. Na fase D1 houve cavalgamentos duplex e
na D2 houve reativação dessas estruturas com encurtamento crustal.

3.2. Geologia Regional


3.2.1. Estratigrafia
A estratigrafia da área (Figura 7) é estruturada sobre as rochas do espinhaço meridional, portanto,
acima dos granitos do complexo basal está depositada geocronologicamente, o Supergrupo Rio
Paraúna, com os Grupos Pedro Pereira e Costa Sena (Formação Barão do Guaicuí) (Almeida Abreu
1993). E logo acima, o Supergrupo Espinhaço, em desconformidade no contato com os quartzitos da
formação Barão do Guaicuí, estaria a Formação Bandeirinha, seguido pelos arenitos e conglomerados
da Formação São João da Chapada, conglomerados da Formação Sopa-Brumadinho e os arenitos da
Formação Galho do Miguel (Chemale Jr. et al. 2011), formando assim o Grupo Guinda (Knauer 1990).
Sobre o Grupo Guinda, está o grupo Conselheiro Mata, que é integrado pelas formações, Santa Rita,
Córrego dos Borges, Córrego Bandeira, Córrego Pereira e Rio Pardo Grande (Fogaça et al. 1984), Após
as deposições do Supergrupo Espinhaço, está o Supergrupo São Francisco, com os Grupos Macaúbas
e Bambuí (Martins Neto 1998).

A estratigrafia da área (Figura 7) é estruturada sobre as rochas do espinhaço meridional, portanto,


acima dos granitos do complexo basal está depositada geocronologicamente, o Supergrupo Rio
Paraúna, com os Grupos Pedro Pereira e Costa Sena (Formação Barão do Guaicuí) (Almeida Abreu
1993). E logo acima, o Supergrupo Espinhaço, em desconformidade no contato com os quartzitos da
formação Barão do Guaicuí, estaria a Formação Bandeirinha, seguido pelos arenitos e conglomerados
da Formação São João da Chapada, conglomerados da Formação Sopa-Brumadinho e os arenitos da
Formação Galho do Miguel (Chemale Jr. et al. 2011), formando assim o Grupo Guinda (Knauer 1990).
Sobre o Grupo Guinda, está o grupo Conselheiro Mata, que é integrado pelas formações, Santa Rita,
Córrego dos Borges, Córrego Bandeira, Córrego Pereira e Rio Pardo Grande (Fogaça et al. 1984), Após
as deposições do Supergrupo Espinhaço, está o Supergrupo São Francisco, com os Grupos Macaúbas
e Bambuí (Martins Neto 1998).
Figura 7 -Coluna estratigráfica da Serra do Espinhaço Meridional representado pelos Supergrupos Paraúna, Espinhaço e São
Francisco, (Martins Neto 1998).

3.2.1.1. EMBASAMENTO CRISTALINO


O Complexo Basal na Serra do Espinhaço em sua porção meridional é definido por rochas
afloradas contendo estruturas de dobras anticlinais e por falhas inversas (Schöll & Fogaça, 1979).
O complexo Basal se divide na unidade Grupo Congonhas representado por rochas gnaisses,
migmatitos e localmente dioritos e na unidade Granito de Gouveia por rochas graníticas,
granodioritos e tonalítos (Hoffman, 1983). A partir do método de datação U/Pb em zircões, foi
constatado que o granito de Gouveia pertence ao período do Arqueano com idades de 2.839 ± 14
Ma (Machado et al 1989).

3.2.1.2. SUPERGRUPO RIO PARAÚNA


Para o supergrupo Rio Paraúna, foi definido dois grupos: O grupo Pedro Pereira (PP), que
representa a base do Supergrupo Paraúna e que, de acordo com Carvalho (1982) e reforçado po
Fogaça et al. (1984), é subdividido em unidades Metamáfica/ultramáfica (Base) e Vulcano-
Sedimentar (Topo). E grupo Costa Sena, que segundo Almeida Abreu (1993) forma o topo do
Supergrupo Rio Paraúna e é representado integralmente pela Formação Barão do Guaicuí

3.2.1.2.1. Grupo Pedro Pereira


O Grupo Pedro Pereira representa a base do Supergrupo Rio Paraúna, tendo seus principais
afloramentos descritos nas margens W e E do “Anticlinal de Gouveia” (Fogaça et al. 1984).
As rochas do Grupo Pedro Pereira estão relacionadas à uma complexa associação de rochas
metavulcânicas ácidas, sedimentos químicos (BIFs e metacherts), metabasitos e metaultra-básicas
foram inicialmente classificadas por Carvalho (1982) como “sequência vulcano-sedimentar de
Pedro Pereira”, com resquícios de um provável greenstone belt do arqueano.
As rochas predominantes do Grupo Pedro Pereira são as metamáficas/ultramáficas (serpentinitos,
actinolita tremolita-xisto e talco clorita-xisto), que segundo Fogaça et al. (1984), os xistos dessa
sequência metamáfica, pode estar constantemente em contato com as metaultramáficas e com o
embasamento. E é seguido pelas rochas da unidade metavulcanosedimentar (BIFs, mica xistos,
vulcânica ácidas), porém com pouca expressão comparada aos xistos da sequência máfica
A unidade Vulcano-sedimentar é bem menos expressiva que os xistos da Unidade
Metamáfica/Ultramáfica, e segundo Fogaça et al. (1984) sua coleta de dados estruturais e
petrográficos é dificultada pelo intemperismo, mas que, mesmo assim foi possível associar
quimicamente as BIFs com as rochas ácidas da unidade.
Foi possível através de dados radiométricos de U/Pb em metariolitos inseridos no Grupo Pedro
Pereira identificar idades em pontos diferentes de suas unidades, sendo que a idade adotada foi de
2971 ± 16 Ma (Machado et al. 1989).

3.2.1.2.2. Grupo Costa Sena


Para o grupo Costa Sena, segundo Almeida Abreu (1993) é possível assumir uma única e espessa
formação: a Formação Barão do Guaicuí, sendo que a mesma pode-se ultrapassar os 600 metros
de espessura, tornando o Grupo Costa Sena bastante expressivo para o entendimento do Supegrupo
Rio Paraúna.
Formação Barão do Guaicuí
A formação Barão do Guaicuí, integra totalmente o Grupo Costa Sena (Almeida Abreu 1993). Seu
contato basal pode ser tanto com as rochas Vulcano-sedimentares do grupo Pedro Pereira, ou com
o embasamento granítico, isso se justifica pela sua espessura que pode ultrapassar os 600m
dependendo da região (Fogaça et al. 1984).
As rochas da Formação Barão do Guaicuí, são predominantemente os xistos, quartzos e micas de
coloração cinza-clara a esverdeada, podendo variar de róseo a avermelhado. Essas rochas, em sua
grande maioria apresentam uma origem sedimentar, mesmo que algumas análises químicas
realizadas em amostras na região de Costa Sena e Capitão Felizardo apontaram uma matriz
metamórfica de origem vulcânicas félsicas (Hoffman 1981; Grazziotin 1982; Fogaça 1982 apud
Fogaça 1984).

3.2.1.3. SUPERGRUPO ESPINHAÇO (SGE)


O Supergrupo Espinhaço em sua porção meridional, é contemplado em sua base pelo Grupo Guinda
com as formações Bandeirinha, São João da Chapada, Sopa Brumadinho e Galho do Miguel
respectivamente. Sobre o Grupo Guinda está o Grupo Conselheiro Mata, que é representado pelas
Formações Santa Rita, Córrego dos Borges, Córrego da Bandeira, Córrego Pereira e no topo o Rio
Pardo Grande, assim como mostra a síntese estratigráfica do Supergrupo Espinhaço na Figura 8.
Figura 8 - Síntese da estratigrafia do sudeste da Serra do Espinhaço Fonte: Almeida Abreu (1995).

3.2.1.3.1. Grupo Guinda


Almeida-Abreu (1993), relaciona o estágio de rifte da Bacia Espinhaço às rochas deste grupo, que
formam uma pilha sedimentar de origem continental, com metavulcanitos intercalados com rochas
sedimentares de composição básica ou ácida.
Formação Bandeirinha
Considerada inicialmente a base do grupo por Almeida Abreu (1993). A Formação Bandeirinha se
manifesta em planos preferenciais de direção NNW-SSE, possuindo uma espessura de
aproximadamente de 0 a 200m, apresenta o contato com a unidade superior com Formação São
João da Chapada, através de discordância angular erosiva e o contato com o grupo inferior com o
Grupo Costa e Sena, sendo tectônico. É constituída por metaarenitos puros ou micáceos, incluindo
red beds, que são sedimentos de coloração esbranquiçados a vermelho rosados, além de
conglomerados pontuais de espessuras métricas e eventualmente metabrechas quartzítica e
metapelitos com pouca continuidade lateral (Fogaça et al, 1984).
Formação São João da Chapada
A Formação São João da Chapada, aflora na porção central da Serra do Espinhaço Meridional,
sobrepondo as rochas do Grupo Costa Sena, manifesta de forma mais expressiva as discordâncias
erosivas e metamórficas e eventualmente contatos tectônicos. Com uma média aproximada, a
espessura da formação varia de 0 a 200 metros, sendo que em locais específicos, como em locais
de exploração de diamante no SE de Diamantina, chega a 400m e outros locais inexiste (Pflug,
1968), sobrepondo as rochas do Grupo Costa e Sena e da Formação Bandeirinha com discordância
angulares e erosivas e sob a Formação Sopa de Brumadinho com contato normal ou discordante.
Para essa formação, como descrito em Schöll (1979) apud Schöll & Fogaça (1979), é possível
individualizar 3 níveis: os níveis A, B e C.
Segundo Machado et al. (1989), a partir de métodos de datação por U/Pb em zircões, as rochas
dos níveis da Formação São João da Chapada, apresenta idades que variam entre 1711 +4/-8 Ma
e 1715 +/- 2 Ma.
Nível A
O Nível A, é a unidade basal da formação São João da Chapada, formado por metabrechas
monomíticas que predomina maioritariamente sobre os quartzitos do Grupo Maquiné do
Supergrupo Rio das Velhas, que evidencia um provável retrabalhamento “in situ” dos quartzitos
resistenetes do Rio das Velhas. Além de fragmentos na forma de lentes de metaconglomerados
polimíticos, que se estendem por dezenas de metros, podendo chegar na faixa de 30 metros de
espessura total (Schöll & Fogaça 1979).
Ainda segundo Schöll & Fogaça (1979), não se há certeza se a deposição em paleocanais do Nível
A, ocorreu em um ambiente Deltaico, ou marinho como nos Níveis B e C.

Nível B
Para o nível B, evidencia-se a presença de xistos verdes e filitos hematíticos que para Correns
(1932) e Renger (1970) apud Schöll & Fogaça (1979), apresenta uma origem metaígnea, e ressalta
também que a rocha originária, seriam Tufitos/Tufos submarinos de caráter básicos e com altos
teores de Fe e Ti. Essa Discussão da origem e composição do nível B, Segundo Schöll & Fogaça
(1979), pode resultar em respostas sobre a origem dos diamantes da formação Sopa Brumadinho,
por ser um horizonte estratigráfico de origem peculiar e muito extenso (Aproximadamente 1000km
de extensão).
Nível C
O nível C foi considerado por Schöll & Fogaça (1979) como o topo da Formação São João da
Chapada, de origem marinha rasa evidenciado em marcas de ondas simétricas com uma espessura
média de 100m.
As rochas que constituem o Nível C, são os quartzitos com granulação média a grosseira, com a
intercalação de camadas delgadas de filitos em sua porção média, além de que, em seus contatos
superiores, se aproximando da Formação Sopa-Brumadinho, é possível observar a presença de
quartzitos micáceos intercalados com filitos quartzosos, quartzitos com seixos de quartzo
arredondado e lentes esparsas de metaconglomerados monimíticos/polimíticos (Schöll & Fogaça
1979).
Formação Sopa-Brumadinho
A Formação Sopa Brumadinho (Figura 9), por ter um potencial diamantífero, se tornou foco de
objeto deestudo para muitos projetos na região. O contato com a formação inferior é classificado
como discordante ou gradativo. Por se tratar de uma formação com ampla distribuição heterogênea
foi subdivida em três membros levando em conta a variação das litologias em análise vertical de
acordo com Schöll & Fogaça (1979). O Membro Datas, ocupa a base da formação, com espessura
aproximada de 0 a 100 metros, constituído por filitos e quartzitos, localmente filitos hematíticos e
xistos verdes. O Membro Caldeirões, se situa na porção medial da formação, com espessura de 50
a 150 metros, constituído por quartzitos, metaconglomerados poli ou monomíticos
(diamantíferos), filitos hematíticos e xistos verdes. O Membro Campo Sampaio, se situa no limite
superior da formação, com espessura média de 0 a 60 metros, constituído por filitos, quartzitos,
filitos hematíticos e metavulcânicos básicos. (Almeida Abreu 1993). A partir de dados de datação
por zircões detríticos de metaconglomerados, chegaram a idades aproximadas de 1,2Ga. (Chemale
Jr. et al. 2010).
Figura 9 - Estratigrafia da Formação Sopa-Brumadinho (Almeida Abreu 1995).

Formação Galho do Miguel


A espessura da unidade é estimada de 2000 a 3000 metros, sua seção aflora a oeste de São João da
Chapada, é a maior em volume territorial da Serra do Espinhaço Meridional. Sua constituição se
baseia em meta arenitos, em locais pontuais de forma grosseira, mas em geral com granulometria
de fino a médio bem selecionados com expressiva estratificação cruzada e marcas de ondas e
localmente leitos pelíticos delgados (Pflug, 1968). O contato é gradacional com a Formação
inferior, Sopa de Brumadinho. Estudos sugerem a idade de 1,5Ga para os zircões detríticos por
Chemale Jr. et al. (2010).
3.2.1.3.2. Grupo Conselheiro Mata
Composto por cinco formações, correspondem às sequências mesoproterozoicas da Serra do
Espinhaço Meridional, com manifestação nos domínios ocidentais da serra com espessura média
de 800 metros (Knauer 1999). As formações possuem grandes variações laterais e são constituídas
por consecutivos pacotes sedimentares por contato gradacional. A Formação Santa Rita, base do
grupo, apresenta filitos, quartzitos e metaconglomerados. A Formação Córrego dos Borges,
apresenta arenitos puros ou micáceos e em locais específicos brechas com conglomerados
quartzíticos. A Formação Córrego da Bandeira, constituída na base por filito/ metassiltito e no
topo por quartzitos finos a médios. A Formação Córrego Pereira, composto por arenitos puros,
micáceos e feldspáticos, locais pontuais apresenta pelitos. A Formação Rio Pardo Grande, no topo
do grupo composto por pelitos, arenitos e em locais pontuais por carbonatos. (Almeida Abreu,
1993).
Almeida-Abreu (1993), relaciona o estágio de rifte da Bacia Espinhaço às rochas deste grupo, que
formam uma pilha sedimentar de origem continental, com metavulcanitos intercalados com rochas
sedimentares de composição básica ou ácida.

3.2.1.4. SUPERGRUPO SÃO FRANCISCO


Esse compartimento geológico é dividido por duas grandes unidades litoestratigráficas, o Grupo
Macaúbas e o Grupo Bambuí. Após a sedimentação do Conselheiro Mata, o Supergrupo São
Francisco foi depositado com sucessões de sedimentos de ambiente marinho plataformal com
contribuição glaciogênica (Reis 2011).

O Grupo Macaúbas tem composição por diamictitos, pelitos, psamitos, discordantemente do


Supergrupo Espinhaço. Essa unidade se compõe pela Formação Jequitaí. O Grupo Bambuí é
relacionado com depósitos pelito-carbonáticos do Subgrupo Paraopeba e psamitos e pelitos
sobrepostos, representando a Formação Três Marias. A divisão estratigráfica do Supergrupo São
Francisco está representada na (Figura 10).

Figura 10 - Litoestratigrafia do Supergrupo São Francisco (Reis 2011).

3.3. Geologia estrutural

Segundo Cruz et al. (2005), na região próxima à cidade de Gouveia-MG, está exposta a zona
periclinal de uma das estruturas mais proeminentes do espinhaço meridional, tratado como
anticlinório de Gouveia. O anticlinório de Gouveia tem sua charneira setentrional com orientação
Norte-Sul, além do caimento médio de 15o Norte, e sua zona periclinal distingue-se das grandes
zonas de falhas de empurrão (Almeida Abreu 1985, Schöll & Fogaça 1981, Alkmim 1995, Dussin
& Dussin 1995 apud Cruz et al. 2005).
O embasamento do anticlinório de Gouveia, segundo Dussin & Dussin (1995) apud Cruz et al.,
(2005) apresenta zonas de cisalhamento dúctil-rúpteis, com espessuras variáveis podendo atingir
centenas de metros, orientadas preferencialmente 090/60 e mergulhos sempre superiores ou iguais
à 60o, com características in ternas anastomótica, com interconexões delimitando núcleos simoidais
pouco deformados. Em campo, Cruz et al. 2005, evidenciou a presença de indicadores cinemáticos
como estruturas do tipo v-pull apart em feldspatos alcalinos e biotitas, além de grandes intrusões
silicosas formando veios de quartzo e rochas de série milonítica e filonitos.
Ainda segundo Cruz et al. (2005) as rochas miloníticas e filoníticas apresenta foliações de
orientação preferencial curviplanar nos filossilicatos, agregados policristalinos e dos cristais
tabulares de quartzo. Nos protomilonitos, o seu padrão de distribuição varia entre anastomóticos,
até contínuo nos filonitos.
A estruturação de todo Supergrupo Espinhaço é composta por três fases evolutivas (Rosiére et al.,
1994). A primeira fase com níveis de quartzitos e filitos forma foliações paralelas ao acamamento
por carga e cisalhamento, através de deslizamento e deslocamento interestratal e basal. A seguir a
fase 2 traz a nucleação de dobras nas camadas descoladas sendo representa em diversas escalas e
gerando clivagem de plano axial. A última fase é relacionada pelo desenvolvimento das rampas
frontais que cortam as camadas dobradas (Rosiére et al., 1994), como mostra a Figura 7.
Figura 11 - Etapas do desenvolvimento das deformações nas rochas do Supergrupo Espinhaço. Fonte: Rosiére et al., 1994

As falhas de cavalgamento são procedentes de uma tectônica compressiva. Nessas zonas foram
desenvolvidas feições miloníticas nas faixas quartzíticas e micáceas, aumentando a proporção de
filossilicatos assim como o bandamento descontínuo (Rosiére et al., 1994). Ocorrem
morfologias amendoadas em blocos de quartzitos. Consecutivamente ao cavalgamento foram
geradas pequenas zonas de falhase cisalhamento. As condições de um domínio rúptil a dúctil-rúptil
ocasionou rampas e patamares controlados por acamamentos.
As dobras se apresentam nos quartzitos de forma métrica, de ângulo apical de 60º, charneiras
arredondadas e de perfil dobra paralela. Sua vergência é para WNW com posições assimétricas. O
deslizamento flexural ocasionou dobras parasíticas e estrias nos planos de estratificação. Segundo
Rosiére et al. (1994), as medidas do acamamento demonstram uma guirlanda assimétrica com o
máximo 162/30NE no estereograma, e o eixo sub-horizontal na direção norte-sul.
As foliações se apresentam como xistosidade nos quartzitos. A primeira é caracterizada pela
orientação de sericita que contornam porfiroclastos de quartzo, a estrutura tem morfologia
anastomosada nas rochas metassedimentares e pode chegar a protomilonítica, em alguns casos
formam aspectos sigmoidais. Quando chega a regiões de baixas deformações nos quartzitos, a
foliação chega a posição plano-axial, sendo paralela ao plano de transporte das estruturas de
cisalhamento e falhas reversas. A vergência tem caimento para 147/60NE (Rosiére et al. 1994).
Já nos filitos, as dobras surgem com maior intensidade e mais apertadas, de tamanho decimétrico.
O bandamento alterna de níveis hematíticos a micáceos gerando clivagens de crenulação ao longo
da estrutura plano-axial. As vergências dessas dobras seguem o padrão dos quartzitos indo para NW.Os
filitos também apresentam foliações penetrativas e paralelas ao acamamento, com orientação de
sericita e palhetas de hematita (Rosiére et al. 1994).
As estruturas mais caracterizadas nas rochas filíticas podem ser denominadas como clivagem de
crenulação, onde o material intercalado por níveis de sericita e hematita cortam o bandamento
(Rosiére et al. 1994). Pode haver, entretanto, transposições no desenvolvimento da clivagem,
gerando novos bandamentos por diferenciação de hematita e filossilicatos nas dobras mais
apertadas. Nas zonas de cisalhamento paralelas ao acamamento formam-se filonitos no lugar das
foliações contínuas.
Ainda como Rosiére et al. (1994) citam, também ocorrem lineações ao longo das estruturas
dobradas. Podem ser divididas por lineações de interseção, lineação mineral, lineação de
estiramento e estrias de deslizamento. A lineação de insterseção aparecem como produto entre o
acamamento e as xistosidades em zonas de baixa deformação. A lineação mineral é a orientação
de sericitas no corte perpendicular à foliação e paralelo ao plano XZ. A lineação de estiramento se
formou nas deformações dos porfiroclastos de quartzo e fragmentos de metabrecha, contendo
orientação com as estrias de deslizamento.
O Grupo Macaúbas no topo da deposição na Serra do Espinhaço, tem rochas marcadas por dobras
suaves a apertadas, tem uma foliação principal com vergência para o Cinturão de cavalgamento
do Espinhaço. É possível abordar também que na região leste, predominamestruturas distencionais
que tem clivagem de crenulação espaçada, associada, então, com o domínio da Chapada Acauã de
zona de cisalhamento distencional (Fraga 2013), como representado na (Figura 8).

Figura 1312 --Seções


Seçõesesquemáticas
esquemáticasda
daFaixa
FaixaAraçuaí
Araçuaísituando
situandoaaZona
Zonade
deCisalhamento
Cisalhamentode
deAcauã.
Acauã. Fonte:
Fonte: Alkmim
Alkmim
et al., 2007
3.4. Metamorfismo

O metamorfismo presente nas rochas da Serra do Espinhaço Meridional, estão associados às


características de condições que não ultrapassam fácies xisto verde, associações feitas por minerais
de fengita, muscovita, quartzo, cianita, pirofilita, turmalina, clorita, cloritoide, lazúlita,
estilpnomelana, magnetita e minerais opacos (Winkler, 1977). As fácies relacionadas são xisto
verde a anfibolito (Dussin & Dussin, 1995).

Cruz et al. (2005) caracteriza a zona de cisalhamento de Gouveia com uma silificação generalizada
setorizada e formação de grandes massas de quartzo como veios de tração (tension gashes),
conferindo também a hidratação e a transferência de sílica em pequena escala. Pode ocorrer
turmanila também ao longo dos corpos rochosos.

Na superfície da foliação milonítica ocorreu a primeira geração, sintectônica da presença de


turmalina prismáticas paralelas à lineação do estiramento. Sendo que a segunda, pós tectônica, se
comporta como arranjos acicular-radiais, a qual não tem orientação preferencial (Cruz et al. 2005).

A circulação de fluidos do protomilonito se deu em fraturas inter e intragranulares. Sendo que a


percolação desses deveriam atuar como filme estático de alta difusibilidade adsorvido na estrutura
planar da mica branca (Lagoeiro, 1998 apud Cruz et al 2005).

A associação mineralógica da zona de cisalhamento é composta por mica branca, quartzo, clorita,
biotita verde, pirita, epídoto, clinocoicita, albita, rutilo, titanita, barita, turmalina, ilmenta e calcita.
Esses estão relacionados com o evento metassomático sin-deformacional, sendo que a fase pós
tectônica é acrescida de cianita, turmalina e mica-branca (Cruz et al. 2005).

O granitoide Gouveia também apresenta o crescimento de cloritóide, além da associação descrita,


sem o mineral estaurolita, marcando então fácies acima de xisto verde e de 500ºC. Já a temperatura
mínima da deformação é indicada a partir da recristalização do quartzo como 250-300ºC. Cruz et
al. (2005) mencionam que a temperatura foi constante em um intervalo de 250º e 400ºC, sendo o
máximo aproximando dos 500ºC.

3.5. Evolução geotectônica

O contexto tectônico da evolução Supergrupo Espinhaço (Figura 9) pode ser dividido em duas
vertentes teóricas, a abertura de rift original que é abortado com deformações brasilianas, e, o
rift que é evoluído para margem passiva e depois é fechado no Uruçuano. Knauer (2007) informa
que não é possível uma confirmação segura ainda, mas que a primeira opção de modelo, de rift
abortado com desenvolvimento no Mesoproterozoico, é a mais aceita até o presente.
Figura 14 - Supergrupo Espinhaço e sua situação geotectônica. Fonte: Schobbenhaus (1993) modificado por Uhlein & Chaves (2001)

Segundo Silva (2011), a fase pré rift se desenvolveu a sequência do Rio Paraúna de sucessões
epiclástica com gradação inversa de 600 m de espessura. No Rift 1 na Bacia Espinhaço sequências
de sedimentos continentais aluvionares, principalmente metaconglomerado com o topo de
metaarenitos e metapelitos de fase marinha rasa. Foi também marcada por magmatismo bimodal
de caráter básico na região de Diamantina, e ácido na borda leste da Serra do Espinhaço.
A fase flexural está disposta a unidade de Conselheiro Mata com depósitos eólicos, finalizando o
rift 1. Há uma discordância sedimentar que distingue as rochas da Bacia Espinhaço e a Bacia do
São Francisco, uma grande erosão que chega até o embasamento cristalino (Silva 2011).
Junto ao tectonismo sin sedimentar, uma glaciação ocorreu na região depositando fragmentos
glaciais, metadiamictitos e depósitos de planícies aluviores nas periferias. Essas rochas recobrem
a discordância basal da Bacia São Francisco, chamado de Fase Rift 2 (Silva 2011). Após a
glaciação, houve movimentos eustásicos de transgressão do mar para cima do cráton depositando
siltitos e calcáriona Fase Transgressiva.

Segundo Silva (2011), a deformação tectônica passa por duas fases, D1 e D2. A foliação principal,
S1, remete a fase D1, enquanto S2 é consequente da D2. A estrutura S1 se orienta paralela ao
acamamento sedimentar, com orientação para 95/32. A estrutura é direcionada para oeste,
determinando as estrias de falhas e lineações de estiramentos da fase D1 por planos de
cavalgamentos. É possível observar também a lineação penetrativa nos planos S1. L1 está ao longo
do mergulho de S1 com orientação 74/24.
A deformação D2 formou dobramentos sin e antiformal, sendo a maioria de flancos rompidos. A
zona de charneira forma a estrutura plano-axial S2, contendo a transposição da estrutura de
foliação S1 e do acamamento. Durante a D2 os planos de cavalgamentos da D1 foram reativados
como interpreta Silva (2011), sendo que o antiforme e sinforme já teriam sido nucleados em D1 e
desenvolvidos na D2. Ocorreu então a zna de cisalhamento de teto duplex. O encurtamento crustal
da fase D2 foi caracterizado por dobramentos assimétricos, penetrativos, com foliações S2
orientando para 85/72 e lineações L2 posicionadas na direção norte-sul, 353/0. Na Figura 10 está
representado o compartimento tectônico que engloba a Bacia do Espinhaço.

Figura 15 - A) Porção central da Serra do Espinhaço meridional em Minas Gerais, na região de Diamantina à Rodeador, ao centro
Gouveia, MG. B) Modelo de desenvolvimento do sistema de cavalgamentos do tipo duplex em um perfil de 50 km. Fonte: Silva, 2011

3.6. Geologia econômica

A faixa móvel do Espinhaço tem épocas metalogenéticas caracterizadas por Uhlein et al. (1986).
Essas épocas são depósitos e concentrações minerais formados durante a estrututração e evolução
tectônica. No Supergrupo Espinhaço há ocorrências fortes de diamante, ouro, quartzo, sulfetos,
fluorita e quartzitos.
As sequências Vulcano-sedimentares, greenstone belt, são fontes primárias importantes de ouro.
Houve a remobilização desse elemento nos veios de quartzo que passam e cortam outras unidades
mais recentes, além de reconcentração em placers. Ainda no arqueano, ocorrem mineralizações de
cromita e talco em metaultrabásicas, sulfetos de Ni-Cu-Co em xistos magnesianos e presença de
platina-paládio que são encontradas nos sedimentos aluvionares hoje (Uhlein et al. 1986).
No Início do Proterozoico foi marcado uma estabilização da crosta, na qual foi depositada a
sequência de sedimentos clastos-químicos com contribuições vulcânicas. Formaram extensos
pacotes de formações ferríferas do tipo Lago Superior em contexto de bacia epicratônicas em
plataforma marinha estável. Nas formações podem ocorrer ouro nas regiões de Conceição do Mato
Dentro e Santo Antônio do Rio Abaixo. Na base do Proterozoico também é encontrado
paleoplacers que portam ouro e urânio da Formação Moeda do Supergrupo Minas (Uhlein et al.
1986).
Na estabilização crustal durante o Proterozoico que as grandes bacias de subsidência lenta foram
depositadas na coexistência de desenvolvimento dos sistemas rifting, que abriram espaço para a
deposição de camadas sedimentares espessas como o Supergrupo Espinhaço (Uhlein et al. 1986).
Uhlein et al. (1986) mencionaram também que a larga escala de presença de diamantes na
Formação Sopa-Brumadinho com rochas conglomeráticas, a qual é uma fonte secundária do
mineral, confirma o aparecimento das rochas matrizes geradoras de diamantes, provavelmente
kimberlito. Esse momento de ascensão dessa rocha tão profunda indica a importância do processo
rifiting na cratonização dos continentes.
As fases iniciais do Supergrupo Espinhaço estão relacionadas também a um vulcanismo ácido a
intermediário com mineralizações de flúor, chumbo e cobre nas regiões de Conceição do Mato
Dentro. Battilani et al. (2007) discutem sobre a origem do diamante e trazem filito hematítico
composto por martita, sericita e turmalina como a fonte, já que apresentam microdiamantes em
sua petrografia. O protólito seria de rochas intrusivas e fornecendo um novo modelo mineralizador
da área.
No final do Proterozoico, ainda na estabilização tectônica da área, foram depositados sedimentos
do Supergrupo São Francisco em bacias epiplataformais. Nas rochas pelíticas e carbonáticas do
Grupo Bambuí estão presentes mineralizações de fosfato e Pb-Zn-Ag. O Grupo Macaúbas,
contribuição mais recente no Espinhaço além das coberturas ceonozoicas, pode ser a fonte terciária
dos diamantes presente nessa região. Na orogênese brasiliana houve formações de cinturões
móveis, os quais são relacionados a intrusões graníticas e pegmatitos com mineralizações de Be,
Nb-Ta e esmeralda (Uhlein et al. 1986).
Mineralizações de manganês, bauxita e argila são relacionadas aos depósitos supergênicos das
coberturas cenozoicas. Concentrações detríticas em depósitos elúvio-colúvio-aluvionar tem
presença de platina, ouro e diamante (Uhlein et al. 1986).

4. GEOLOGIA LOCAL

4.1. Descrição e interpretação dos domínios morfoestruturais

Para início da fotointerpretação foi divido o que seriam as maiores e as menores cotas da área, que
foram classificadas como Quebra de relevo positiva e o fundo do vale foi marcado por uma drenagem
bem-marcada que seguia do NE em direção ao NW da área. Os lineamentos foram marcados de acordo
com a interpretação que seriam sulcos, falhas ou fraturas nas rochas. Foi observado uma maior
quantidade de lineamentos na porção SE da área (Figura 11), representado pelo segundo Anexo.
A área de estudo em questão foi dividida em 3 zonas homólogas com base nas propriedades do relevo
e em elementos texturais e estruturais. A primeira foi nomeada como sendo a zona homóloga 1, que
apresenta uma variação topográfica em toda sua extensão, com regiões bem vegetadas, e algumas
outras partes com vegetação rasteira e pouca rocha exposta, área com sulcos e ravinas próximas às
drenagens que indicam processos erosivos atuantes na região. Os lineamentos observados na zona
homóloga 1 apresentam um alto grau de tropia, adotando NW-SE como uma direção preferencial. A
segunda zona homóloga (Zona Homóloga 2) marca o vale da área estudada, região com pouca variação
topográfica e pouca rocha exposta, impossibilitando identificar lineamentos. O vale é bem aberto e
segue o curso do córrego do capão, que recebe afluentes dos morros em seu entorno. A vegetação
próxima ao leito do rio é densa, mas em regiões com pouca água é uma vegetação rasteira e zonas de
cultivos ativas bem-marcadas. A última zona homóloga (Zona homóloga 3) apresenta áreas com
vegetação pouco densa e rasteira, e em sua grande maioria a rocha exposta. Foram traçados lineamentos
em quase toda a zona, e com orientações distintas, mas de maneira geral, as orientações seguem
preferencialmente em N-S. A zona homóloga 3, chama a atenção principalmente pela sua densidade
de lineamentos, e com uma tropia baixa à nula, resultado de uma grande quantidade de rocha aflorante,
com uma grande variação de relevo, que colabora com o intemperismo local.

17 - Mapa fotointerpretativo da área de estudo


Figura 16 estudo.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ANEXOS
635000 636000 637000 638000 639000
7972000

7972000
13 20 13 6 1330
10
13 0 1 41 135 0 1 3 70

0
2
13 0
13 3 0 0
13 136 0

7
0 14 2 0
13 4

14
0 0 40
13 7 136 1380 01 42 1 35 0

13
0 39 0

1
0 0
135 1
1 1 41 0
70

40
0 13
38
13

1390
90

0
0 CÓR
35 R EG
13 O DO C
13 60

APÃ O
40 1

80
1310 13

1 400
1290 1320
0
127
0
13 7

60
12

00
13
1350

1250

1380
1240
7971000

7971000
12
30

1410
O
36


1 80

60
13

CA

13
0

14
0

20

DO
1
37

1 35 0

GO
Service Layer Credits: 90

RE
13

1430

0

12 8
90

13
0

1400
122

13 8 0

1360
12

70
5
13

0
13
0
20
12

1220 1 33 0
13 13

4
40
10

1 32 0 30 60

7970000
13 13

635000 636000 637000 638000 639000

Toponímias - Área Grupo 3


Legenda
Salvador
!

Diamantina
Brasília
Goiânia
Acessos
!

!
Sistema de coordenadas geográficas SIRGAS 2000 23S

±
Lineações 1:10.000
Belo Horizonte
Vitória
Linhas de topo 0 125 250 500 750 1.000
!
!

m
Monjolos Datas

Rio de Janeiro
Gouvêa
Drenagens
São Paulo !

Topografia Referências: IBGE, Google Earth, Topodata


!

Curitiba
!
635000 636000 637000 638000 639000
7972000

7972000
Zona Homóloga 1
CÓR
R EG
O DO C
APÃ O

Zona Homóloga 2
7971000

7971000
Zona Homóloga 3

O

CA
DO
GO
Service Layer Credits: Source: Esri,

RE
DigitalGlobe, GeoEye, Earthstar Geographics,

R

CNES/Airbus DS, USDA, USGS, AeroGRID,
IGN, and the GIS User Community

7970000
635000 636000 637000 638000 639000

Fotointerpretação - Área Grupo 3


Salvador
!

Brasília
Diamantina Legenda
Goiânia
!

!
Zonas homólogas Sistema de coordenadas geográficas SIRGAS 2000 23S

±
Belo Horizonte
Acessos 1:10.000
Vitória
Lineações 0 125 250 500 750 1.000
!
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m
Monjolos Datas
Gouvêa
São Paulo !
Rio de Janeiro
Linhas de topo
Referências: IBGE, Google Earth, Topodata
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Curitiba Drenagens

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