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Revista Brasileira de Futsal e Futebol


ISSN 1984-4956 versão eletrônica
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FUTEBOL DE CINCO PARA DEFICIENTES VISUAIS

Mário Antônio de Moura Simim1,2, Célio Quintão Calsavara3


Bruno Victor Corrêa da Silva1,4, Gustavo Ribeiro da Mota1,5
Hélvio Feliciano Moreira3

RESUMO ABSTRACT

O objetivo do presente trabalho foi realizar Football 5-a-side for visually impaired
uma revisão de literatura dos estudos que
abordam a temática do futebol de cinco para The aim of this present study was to conduct a
deficientes visuais. Foram analisados estudos literature review of studies that address the
publicados originalmente na língua portuguesa topic of football for visually impaired. Studies
e inglesa, tendo como referência as bases de originally published in Portuguese and English
dados PubMed, SPORTDiscus, Web of were analyzed with reference databases:
Science, Scopus, além da biblioteca eletrônica PubMed, SPORTDiscus, Web of Science,
Scielo e Google Acadêmico. Para a busca, Scopus, beyond Scielo electronic library and
foram utilizados os descritores “futebol de 5”; Google Scholar. For the research were utilized
“futebol de cinco”; futebol; soccer; “football 5-a- the keywords: “futebol de 5”; “futebol de cinco”;
side”; “deficiente visual”; “deficiência visual”; futebol; soccer; “football 5-a-side”; “deficiente
“visually impaired person”; “visually impaired visual”; “deficiência visual”; “visually impaired
persons”; “blind persons”; “blind person”; person”; “visually impaired persons”; “blind
paralympic isolados e/ou combinados. Os persons”; “blind person”; paralympic isolate
principais estudos sobre o futebol de cinco and/or together. The main studies about
abordam o contexto histórico e apresentação football 5 address the historical context and
da modalidade para a comunidade científica. presentations of the sport to the scientific
Além disso, alguns estudos se preocuparam community. In addition, some studies concern
em analisar os aspectos táticos da with analyzing tactical aspects of sport, as well
modalidade, bem como lesões esportivas as sport injuries from football practice five.
provenientes da prática do futebol de cinco. Studies should be seeking to address aspects
Estudos devem ser conduzidos procurando of the organization of training (periodization),
abordar os aspectos da organização do seu specific physiology to their demands, technical
treinamento (periodização), a fisiologia aspects of learning, initiation and training of
específica às suas demandas, aspectos modality.
técnicos da aprendizagem, iniciação e
treinamento da modalidade. Key words: Adapted Sport. Persons with
Disability. Collective Sports.
Palavras-chave: Esporte Adaptado. Pessoas
com Deficiência. Esportes Coletivos. E-mail:
mams.ef@gmail.com
celiobill@gmail.com
brunopoeira@yahoo.com.br
1-Grupo de Pesquisa em Biodinâmica do grmotta@gmail.com
Desempenho, Universidade Federal do helviofeliciano@yahoo.com.br
Triângulo Mineiro- UFTM, Uberaba-MG, Brasil.
2-Academia Paralímpica Brasileira-APB, Endereço para correspondência:
Brasil. Prof. Ms. Mário Antônio de Moura Simim.
3-Faculdade Pitágoras, Belo Horizonte-MG, Universidade Federal do Triângulo Mineiro,
Brasil. Instituto de Ciências da Saúde-ICS,
4-Centro Universitário de Belo Horizonte- Departamento de Ciências do Esporte.
UniBH, Belo Horizonte-MG, Brasil. Av. Getúlio Guaritá, 159. Centro Educacional,
5-Departamento de Ciências do Esporte, Sala 313. Bairro: Nª Sra. da Abadia.
Universidade Federal do Triângulo Mineiro- Uberaba – Minas Gerais. CEP: 38025-440.
UFTM, Uberaba-MG, Brasil. Tel.: (34) 3318-5964 /

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INTRODUÇÃO visuais, B1 é o indivíduo que apresenta


deficiência visual total ou até, no máximo, a
Historicamente, as pessoas com percepção luminosa sem a distinção de
deficiência foram excluídas do convívio social objetos (Freire, Morato, 2012), e um goleiro,
em virtude de apresentarem condutas ou que pode ter baixa visão ou nenhum
características “desviantes” em comparação comprometimento visual (Freire, Morato,
às pessoas ditas normais (Coelho, Moreira, 2012).
Vilani, 2007). As partidas são disputadas em dois
Após a segunda guerra mundial a tempos de 25 minutos, com dez minutos de
prática de atividades físicas e esportivas para intervalo, em quadras com dimensões entre 18
pessoas com deficiência teve maior avanço no a 22 m de largura e 38 a 42 m de comprimento
contexto da prevenção e da reabilitação física, (Castelli, Fontes, 2006).
social e psíquica (Noce, Simim, Mello, 2009). As laterais da quadra são cercadas de
Costa, Winckler (2012) destacam que bandas (proteções que impedem que a bola
nas últimas décadas, atletas com deficiência saia da quadra), tornando o jogo mais
têm demonstrado resultados cada vez mais dinâmico. A bola do Futebol de Cinco é igual à
impressionantes, muitas vezes iguais ou de Futsal, porém possui guizos dentro para
próximos aos ditos normais. que os jogadores possam localizá-la (Freire,
Inúmeros são os esportes praticados Morato, 2012; Castelli, Fontes, 2006).
pelas pessoas com deficiência, classificados A equipe ainda conta com um
em sua maioria em modalidades individuais e chamador que fica atrás do gol adversário,
coletivas (Mauerberg-deCastro, 2011; Winnick, orientando o ataque dos jogadores. O atleta
2004). tem que emitir de forma clara e audível a
Dentre os diversos esportes coletivos, palavra "MINHA", “VOY” ou “GO” ou algo
o Futebol de Cinco aparece como componente semelhante quando se movimentar na busca
de diversos programas de educação física ou na disputa da bola (Freire, Morato, 2012).
adaptada (Mauerberg-deCastro, 2011; Castelli, Para a prática do futebol de cinco, os
Fontes, 2006) e de treinamento desportivo atletas devem desenvolver os mesmos
(Souza, Campos, Gorla, 2014; Freire, Morato, fundamentos do futsal, tais como recepção,
2012). condução de bola, passe, drible, chute,
O Futebol de cinco, também marcação e movimentação individual (Souza,
conhecido como Futebol de Cegos, é uma Campos, Gorla, 2014; Freire, Morato, 2012),
adaptação do Futsal convencional. As regras assim como questões relacionadas à
do esporte são as oficiais da FIFA (Fédération orientação espacial (Morato, 2007).
Internationale de Football Association), com Contudo, Marques e colaboradores
algumas adaptações (Morato, 2007). (2013) destacam que visto que a divulgação
No Brasil, alguns relatos da década de das modalidades paralímpicas ainda não é
50, indicam que cegos jogavam futebol com ideal, principalmente porque o esporte
latas, garrafas ou com bolas envolvidas em paralímpico ainda não é usual no dia-a-dia do
sacolas plásticas em instituições de ensino a brasileiro.
estes indivíduos (Morato, 2007). Esses autores ressaltam que a
Em 1978, nas Olimpíadas das APAEs, visibilidade do movimento paralímpico cresceu
em Natal, aconteceu o primeiro campeonato no Brasil após 2004, principalmente na mídia
de futebol com jogadores deficientes visuais televisiva. Nesse processo, esporte
no Brasil. A primeira Copa Brasil foi em 1984, paralímpico ainda não tem força suficiente
na capital paulista. Contudo, o Comitê para criar demanda de visibilidade no Brasil,
Paralímpico Internacional – IPC reconhece assim como oferta de práticas de iniciação ou
como primeiro campeonato entre clubes o treinamento.
ocorrido na Espanha, em 1986 (Castelli, Ademais, assim como outras
Fontes, 2006; Souza, 2011; Morato, 2007). modalidades paralímpicas, o futebol de cinco
Assim como no futsal, as equipes de ainda é pouco conhecido pelo público em
futebol de cinco são formadas por cinco geral.
jogadores em quadra, sendo quatro com Nesse sentido, o objetivo do presente
deficiência visual (B1) (De acordo com a trabalho foi realizar uma revisão de literatura
classificação esportiva para deficientes

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dos estudos que abordam a temática do Para a busca, foram utilizados os


futebol de cinco para deficientes visuais. descritores “futebol de 5”; “futebol de cinco”;
futebol; soccer; “football 5-a-side”; “deficiente
MATERIAIS E MÉTODOS visual”; “deficiência visual”; “visually impaired
person”; “visually impaired persons”; “blind
Foram analisados estudos publicados persons”; “blind person”; paralympic isolados
originalmente na língua portuguesa e inglesa, e/ou combinados.
tendo como referência as bases de dados Os critérios de inclusão e exclusão são
PubMed, SPORTDiscus, Web of Science, apresentados no quadro 1.
Scopus, além da biblioteca eletrônica Scielo e
o Google Acadêmico.

Quadro 1 - Critérios para inclusão, exclusão dos estudos.


Critérios de Inclusão
Participantes Jogadores ou atletas com deficiência visual
Idioma Inglês ou português
Disponibilidade do texto Texto Completo
Critérios de Exclusão
Pessoas sem deficiência
Indivíduos
Outras deficiências
Forma de publicação Somente em resumo
Principais Variáveis a serem analisadas
Autor(es) Objetivo(s) Métodos Principais resultados

RESULTADOS maior número de trabalhos publicados a partir


do ano de 2009, principalmente no ano 2011.
O quadro 2 apresenta resumo dos Simim e colaboradores (2013)
artigos encontrados sobre o Futebol de cinco. verificaram que os principais componentes do
Nota-se que o ano de 2011 apresentou maior desempenho físico de atletas de Rugby em
quantidade de artigos publicados (n = 4). Cadeira de Rodas foram os relacionados com
Além disso, a maioria dos trabalhos a Potência Aeróbia (VO2 max.) e com os
buscou apresentar a modalidade e identificar indicadores de volume e intensidade
os principais motivos para sua prática. (Percepção Subjetiva do Esforço, Distância
Percorrida e Distância Total, Frequência
DISCUSSÃO Cardíaca, [Lac]).
Entretanto, somente o estudo de
Os resultados identificaram que os Campos e colaboradores (2013) buscou
principais trabalhos publicados sobre o futebol apresentar as características fisiológicas dos
de cinco foram relacionados à apresentação atletas cegos. Cabe ressaltar que o futebol de
da modalidade, levando em consideração os cinco é uma modalidade mais recente do que
aspectos históricos e atividades de iniciação. o Rugby em cadeira de rodas, criado em 1977.
Conforme destacado por diversos Talvez o fato de os deficientes físicos
autores (Mello, Winckler, 2012; Mauerberg de necessitarem de mais adaptações fisiológicas
Castro, 2011; Mello, 2004, Winnick, 2004) as poderia explicar a escassez de estudos nessa
pesquisas a respeito dos esportes adaptados área.
são recentes e ainda encontra-se em processo Contudo, cabe ressaltar que os
de divulgação das modalidades para fomentar aspectos fisiológicos são essenciais para a
o esporte. Marques et al. (2013) ressaltam que prescrição adequada do treinamento de uma
a visibilidade do movimento paralímpico modalidade (Simim e colaboradores, 2013).
cresceu no Brasil após 2004, principalmente Os aspectos técnicos-táticos da
na mídia televisiva. modalidade também foram estudados sendo
Esse fato explica os achados do indicados como parte indispensável do
presente estudo, uma vez que se verificamos treinamento desses atletas. O treinamento dos

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fundamentos técnicos em uma modalidade é Em relação aos atletas cegos, essa


necessário para eficiente aprendizagem e relação também envolve o trabalho das
aplicabilidade da tática nos esportes coletivos capacidades sensoriais para melhorar a
(Bianco, 2006). percepção espacial, tempo de bola (Morato e
colaboradores, 2011b).

Quadro 2 - Sumário dos estudos e suas respectivas características.


AUTOR(ES) OBJETIVO MÉTODO RESULTADOS
Apresentar os fundamentos básicos e Os alunos DV praticantes de futsal estão interessados em
Pesquisa
Souza (2002) discutir sua aplicação para contribuir acreditar em si próprios através da demonstração de suas
bibliográfica
com o ensino da modalidade habilidades motoras no desempenho do jogo de futsal.
Fernandes, Investigar etnograficamente o
Vargas, paradesporto futsal na Associação dos Entrevistas e Atletas com DV buscam desenvolver a saúde,
Falkenbach Cegos do Rio Grande do Sul observações desempenhar atividade física, promover qualidade de vida
(2009) (ACERGS).
Dalla Déa e Caracterizar o estado de humor dos
Questionário POMS Atletas com DV = 38,5% apresenta alterações nos estados
colaboradores atletas com deficiência visual do
(13 atletas com DV) de humor
(2011) Futebol de cinco
Apresentar elementos, propostas e
conhecimentos para que o profissional Pesquisa Apresenta histórico da modalidade, regras, exemplo de
Souza (2011)
de EF conheça o que é a DV, com a bibliográfica atividades para iniciação à modalidade.
utilização do futebol de 5
O DV é capaz de praticar esportes, bastando apenas
Entrevista de 10
Voser, Roletto Verificar os benefícios que o futsal adaptações e vontade dos profissionais que trabalham
atletas com DV de
(2011) proporciona para os DV com o esporte. O Futsal é um meio de o DV integrar-se
Porto Alegre
com a sociedade, demonstrando suas capacidades.
Descreve e analisa os contextos e
Morato e Entrevista com Principais Influências: jogadores de futebol, família,
personagens responsáveis pelo
colaboradores jogadores e professor/técnico, amigos e jogadores de futebol para
desenvolvimento do futebol para cegos
(2011a) treinadores cegos
no Brasil
Referências Sonoras/Cinestésicas, Mapa Mental,
Descrever e analisar as estratégias dos Entrevistas com
Morato et al. Comunicação, Características dos jogadores representam
jogadores na leitura de jogo no futebol jogadores e
(2011b) as estratégias utilizadas pelos entrevistados na leitura do
para cegos treinadores
jogo
Magno e Lesões traumáticas (80%) foram as mais comuns
Características e prevalência de lesões 13 atletas (B1) do
colaboradores Distribuição de lesão: MI (80%), Cabeça (8,6%), CVert
em atletas do futebol de cinco CPB
(2013) (5,7%) e MS (5,7%)
Testes físicos
As 16 semanas foram suficientes para melhoras
Campos e Analisar o efeito de 16 semanas de (Shuttle Run e
significativas na aptidão aeróbia e anaeróbia; o mesmo
colaboradores treinamento sobre os parâmetros de RAST) em 06 atletas
efeito não foi observado nos indicadores de composição
(2013) aptidão física e composição corporal (04 jogadores B1 e
corporal.
02 goleiros sem DV
Legenda: DV: Deficiência Visual / MI: Membros Inferiores / CVert: Coluna Vertebral / MS: Membros Superiores

Dois trabalhos (Dalla Déa e desenvolvimento do futebol de cinco.


colaboradores, 2011; Voser; Roletto, 2011) Lembramos a importância de se estudar
buscaram identificar aspectos relacionados lesões em atletas, principalmente pelo fato de
com a Psicologia do Esporte, abordando os eles treinarem constantemente, com
temas estados de humor e percepção dos competições extensas e nível de exigência
benefícios da prática esportiva para os cegos, elevado. Um estudo mais aprofundado das
respectivamente. lesões auxiliaria médicos ortopedistas e
Samulski, Noce, Raboni (2005) e fisioterapeutas no estabelecimento de
Samulski e colaboradores (2004) destacam parâmetros para prevenção específicos,
que a os aspectos psicológicos dos atletas conforme destacado por Vital, Silva (2004).
paralímpicos devem ser trabalhados Ademais, o estudo de Magno e
constantemente para que aja aumento do colaboradores (2013) foi encontrado nas
controle emocional em situações de bases de dados PubMed, SPORTDiscus, Web
competição. of Science, Scopus, servindo como referência
O estudo de Magno e colaboradores para estudos mais completos sobre lesões no
(2013) sobre as características das lesões esporte paralímpico (Webborn, Emery, 2014;
esportivas também contribuem para o Willick e colaboradores, 2013).

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Além disso, outros estudos de Silva et Winckler, C. (Org.). Esporte Paralímpico.


al. (2011) analisou a frequência das lesões Atheneu. Vol. 1. p. 15-20. 2012.
esportivas em atletas com deficiência visual de
várias modalidades (atletismo, futebol de 6-Dalla Déa, V. H. S.; Duarte, E.; Gorla, J. I.;
5, goalball, judô e natação) sem, ao final, Inácio, H. L. D.; Castro, A. P. Avaliação dos
destacar quais foram as lesões que estados de humor dos atletas paraolímpicos
apresentaram maior frequência para as Brasileiros do futebol de cinco. Pensar a
modalidades separadamente. Prática. Vol. 14. Núm. 2. p. 1-10. 2011.

CONCLUSÃO 7-Fernandes, L. S.; Vargas, L.; Falkenbach, A.


P. Paradesporto futsal para cegos: um estudo
Os principais estudos sobre o Futebol das motivações dos atletas participantes.
de Cinco abordam o contexto histórico e Lecturas Educación Física y Deportes. Núm.
apresentação da modalidade para a 132. 2009.
comunidade científica. Além disso, alguns
estudos se preocuparam em analisar os 8-Freire, J.; Morato, M. P. Futebol de 5. In:
aspectos táticos da modalidade, bem como Winckler, C.; Mello, M. T. (Org.). Esporte
lesões esportivas provenientes da prática do Paralímpico. Atheneu. Vol. 1. p.115-124. 2012.
futebol de cinco.
Estudos devem ser conduzidos 9-Magno, M. P.; Silva, E.; Morato, M. P.;
procurando abordar os aspectos da Bilzon, J. L. J.; Duarte, E. Sports Injuries in
organização do seu treinamento Brazilian Blind footballers. International Journal
(periodização), a fisiologia específica às suas Sports Medicine. Núm. 34. p. 239-243. 2013.
demandas, aspectos técnicos da
aprendizagem, iniciação e treinamento da 10-Marques, R. F. R.; Gutierrez, G. L.;
modalidade. Almeida, M. A. B.; Menezes, R. P. Mídia e o
movimento paralímpico no Brasil: relações sob
REFERÊNCIAS o ponto de vista de dirigentes do Comitê
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