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EP 03 – Gabarito Pré-Cálculo para Engenharia

1. Quais das afirmações a seguir são verdadeiras e quais são falsas?


Justifique sua resposta.
a. | | . d. √ .
b. | | . e. | |
c. | | .

Solução:
Em Matemática, para afirmarmos que uma sentença é verdadeira, ela tem que ser em todos os casos
possíveis. Por outro lado, para ser falsa, basta que ela seja em um caso. Por isso, as afirmações falsas são
justificadas com um exemplo, enquanto que as verdadeiras precisam ser provadas.

a. a a,  a  IR .

Afirmação falsa.
a  a , somente se, a  0 .

Faça, por exemplo, a   7 .

Substituindo esse valor na expressão a  a , obtemos  7   (  7 )  7   7 , contrariando a

tese.

b. x5 x5 ,  x0

Afirmação verdadeira.
Pela definição de módulo, x  5  x  5 , se x  5  0 .

Logo, x  5  x  5 , se x   5 .

Repare que se x  0 , em particular x   5 e, portanto, a afirmação é verdadeira.

c. x5 x5 ,  x0

Afirmação falsa.
Pela definição de módulo, x  5  x  5 , se x  5  0 .

Logo, x  5  x  5 , se x  5 .

Repare que existem números maiores do que 0 que não são maiores ou iguais a 5, a saber, todos os
números reais entre 0 e 5.
Faça, por exemplo, x  3 , 3  0 , mas 3  5 .

Substituindo esse valor na expressão x  5  x  5 , obtemos uma sentença falsa 2 = -2 .

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| | | |

d. x2  4 x  4  x  2

Afirmação falsa.
Faça, por exemplo, x  1 .

12  4 1 4  1  1 1  2

Lembre-se!

x2  4 x  4  ( x  2 )2  x2

e. x  x ,  x  IR .

Afirmação verdadeira.
Se x  0 então x  x e, portanto, x  x .

Se x  0 então x   x . Sendo x  0 então  x  0 e x  0   x  x .

Logo, x  x ,  x  IR .

2. Resolva as seguintes equações.


a. | | e. | | √
b. | |
f. || | | ||

c. | | g. | | √
h. √ | |
d. | | | |
Solução:
a. x  1  x  1
Caso 1:
Se x  0 então x  x .
Assim, x  1  x  1  x  1  x  1   x  IR é solução desta equação. Como x  0 ,
então a solução no Caso 1 é o intervalo [0 ,   ) .
Caso 2:
Se x  0 então x   x .

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Assim, x  1  x  1   x  1  x  1  2 x  0  x  0 é solução desta equação.


Como x  0 , então neste Caso 2 a equação não tem solução.
Portanto, a solução da equação x  1  x  1 é o intervalo [0 ,   ) .

x5
b.  1
x5
É preciso que x   5 para que o denominador x  5 não se anule.
x5
 1 , x   5  x  5   x  5 , x   5  x  5   ( x  5 ) , x   5 
x5
Observe que aqui temos a definição de módulo, o que está sendo modulado igual ao seu simétrico.
Mas isso só acontece quando o que está sendo modulado for negativo.

A solução é o intervalo (   ,  5 ) .

x4
c. 3
2x  7
7
É preciso que x   para que o denominador 2 x  7 não se anule.
2
x4 7 7
3, x  x4  3 2x  7 , x 
2x  7 2 2
7
x4  6 x  21 , x 
2
x  4  6 x  21 ou x  4   (6 x  21) 
x  4  6 x  21 ou x  4   6 x  21 
5 x   25 ou 7 x  17 
17
x  5 ou x  .
7
 17 
O conjunto solução é   , 5 .
 7 

2x  4  3 x  3  5
d.
Dada a expressão 2 x  4  3 x  3 , sabemos que:
 2 x  4 , se 2 x  4  0  2x  4 , se x   2
 
2x  4   0 , se 2 x  4  0  2x  4   0 , se x   2
  (2 x  4 ) , se 2 x  4  0   2x  4 , se x   2
 
 x 3 , se x  3  0  x 3 , se x  3
 
x 3   0 , se x  3  0  x 3   0 , se x  3
  ( x  3 ) , se x  3  0  x  3 , se x  3
 
Encontrando a expressão de 2 x  4  3 x  3 sem o uso de valor absoluto.

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x2 2  x  3 x 3 x>3

2x  4  2x  4 0 2x  4 10 2x  4

3 x 3 3x  9 15 3x  9 0 3x  9

2x + 4
(  2x  4 ) ( 2x  4 ) ( 2x  4 )
0 10
  
-  
(3 x  9 ) (3 x  9 ) ( 3x  9)
3 x -3 15 0

2x  4  3 x  3 x  13  15 5x  5 10  x 13

Assim,

| | | | {

Resolvendo a equação 2 x  4  3 x  3  5 .
 x  13  5 , se x   2

2x  4  3 x  3  5   5x  5  5 , se  2  x  3
  x  13  5 , se x  3

Logo,
x  13  5 , se x   2  x  18 , se x   2 . Logo, a equação original não tem
solução para x   2 .

5 x  5  5 , se  2  x  3  5 x  10  x  2 . Logo, x  2 é solução da
equação original no intervalo  2 , 3  .

 x  13  5 , se x  3   x   8 , se x  3  x8 , se x  3 . Logo,
x  8 é uma solução da equação original x  3 .

Portanto, o conjunto solução da equação 2 x  4  3 x  3 é 2 , 8.

x 2 x2  x  6  x
e.

√ ()
√ {
√ ( )

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Vamos resolver as equações ( i ) e ( ii ) .


(i ) x  2 x2  x  6  x  2 x2  x  6  0  4( x2  x  6)  0 
4 ( x  2 ) ( x  3 )  0  x  2 ou x   3 .
Voltando à equação inicial, | | √ , vemos que é raiz da equação inicial,
mas x   3 não é raiz da equação inicial. Note que, | | √( ) .
Repare também que x   3 não satisfaz à restrição .

( ) √ √ .
Voltando à equação inicial, | | √ , vemos que não é raiz da equação
inicial. De fato, | | √ . Afinal, não satisfaz à restrição x < 0 .

Assim, o conjunto solução da equação dada é .

f. || | | ||
|
|| | | || | | | | | | | |
( )
Assim, o conjunto solução da equação dada é { }.

g. | | √

Para que √ possa ser calculada é preciso que .


Se usarmos a definição de módulo, devemos abrir a equação dada em duas.
Caso 1: Se então e| | .
Assim,
| | √ √ ( ) (√ )

Buscando as raízes da equação .

( ) √( ) √

Como no Caso 1 exigimos que , então a raiz , não é solução da equação nesse caso.
Como elevamos a equação ao quadrado é preciso testar o valor na equação inicial,
| | √ .
Com efeito,
para , √ . Assim, é a única solução do Caso 1.

Caso 2: Se então e| | ( ).
Como inicialmente concluímos que , então no Caso 2, devemos ter .
Assim,
| | √ ( ) √ ( ( )) (√ )
.

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No Caso 1 já encontramos as raízes da equação : .


Como no Caso 2 exigimos que , então a raiz não é solução da equação. Como
elevamos a equação ( ) √ ao quadrado é preciso testar o valor nessa equação.
Com efeito,
para , ( ) √ . Assim, é a única solução do Caso 2.

Portanto, a solução da equação inicial, | | √ é o conjunto * +.

Uma outra solução:


Para que √ possa ser calculada é preciso que .
Temos que:

| | √ (| |) (√ )) ( )

Aqui usamos a propriedade: (| |) .


Buscando as raízes da equação

( ) √( ) √

Como inicialmente, exigimos que , então as raízes e satisfazem essa condição.


Como elevamos a equação | | √ ao quadrado é preciso testar os valores e na
equação inicial, | | √ .
Com efeito,
para ,| | | | √ . Assim, é solução da equação | | √ .
para ,| | | | √ . Assim, é solução da equação | | √ .

O conjunto solução é * +.

2 x 1 x
h. .
Para que a raiz 2 x 1 possa ser calculada é preciso que o radicando 2 x  1 seja maior ou
igual a zero.
1 1 1
Assim, 2 x  1  0  2 x 1  x   x  ou x   .
2 2 2
Como x é igual a uma raiz quadrada então x  0 .
1
Portanto essa equação exige que x  .
2
Podemos elevar a equação dada ao quadrado, sem antes “abrir” o módulo.
 2 x 1 2  x2  2 x  1  x2  x 2  2 x  1  0.

Considerando que x2   x 2 , podemos pensar a equação x 2  2 x  1  0 , como uma


equação do 2º grau na variável x :
x
2
2 x  1  0   x  1  0
2
 x 1  0  x 1 

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x  1 ou x  1 .
Pela exigência inicial, x  1 não é solução da equação.
Testando x  1 .
2 1 1  2 1  1 1

Portanto, o conjunto solução é:  1 .


Atenção: se você testar x   1 na equação original, 2 x 1  x , verá que não é raiz.

3. Resolva as seguintes inequações.


i. | | | |
l. | |
j. | | | | | |
m.
k. √

Solução:

2 x  5  3  3  2 x  5  3  3 5  2 x  3 5  8 2 x   2 
a.
 4  x  1 .
Logo, o conjunto solução é o intervalo aberto (  4 , 1) .

b. 4  4 x  2  10  4 x  2  10 e 4 x2  4 
 10  4 x  2  10 e [ 4 x2  4 ou 4 x  2   4 ] 
 8  4 x  12 e [ 4x  6 ou 4x   2 ] 
6 2
2  x  3 e [ x  ou x  ] 
4 4
1 3
2  x  3 e [ x   ou x  ] .
2 2
O conjunto solução é
 1 3  1 3
(  2 , 3)   (   ,  )  ( ,  )   (  2,  )  ( , 3) .
 2 2  2 2

x 2  4 x  4  2 x 1
c.

x2  4 x  4  2 x 1  (x  2 )2  2 x 1  x  2  2 x 1 .
i. Se x2  0 , ou seja, se x  2 , então x2  x  2 e
x  2  2 x 1  x  2  2 x 1  3  x  x  3 .
Como x   2 , então a solução da inequação original no caso i) é o intervalo [ 2 , 3 ) .

ii. Se x  2 0 , ou seja, se x  2 , então x  2  ( x  2) e


1
x  2  2 x 1   x  2  2 x 1  1  3 x  x   .
3

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Como x   2 , então a solução da inequação original no caso ii) é o intervalo (   ,  2 ) .

Portanto a solução da inequação original é (   ,  2 )  [ 2 , 3 )  (   , 3 ) .

x 5
d.  0
x 5
x 5
Resolver essa inequação é o mesmo que determinar o sinal da expressão
x 5
.
x 5
Como x  0 então x  5  5  0 . Logo o sinal da fração depende apenas do
x 5
sinal do denominador x  5 .
Como o denominador x  5 não pode se anular então x  5  0 . Logo, x  5 e,
portanto, x  5 e x   5 .
x 5
A fração  0 nunca se anula, pois o seu numerador é sempre positivo e será positiva
x 5
quando o denominador for positivo. Como
x  5  0  x  5  x  5 ou x   5 .
x 5
Então,  0  x  (   ,  5 )  ( 5,   ) .
x 5

x 8 x

e. x 4
2
x2  4

A melhor opção é sempre comparar com o zero.


x 8 x x 8 x x  (8  x )
   0  0 
x2  4 x2  4 x2  4 x2  4 x2  4
2 x 8
0.
x2  4
2 x 8
Analisando o sinal da fração :
x2  4
2 x 8  0  2 x 8  x  4  4  x  4 .
x 2  4  0   2  x  2 . Sabemos que y  x 2  4 define uma parábola de concavidade
voltada para cima e de raízes  2 e 2 . O denominador não pode se anular, assim a fração não
pode ser calculada para x   2 e x  2 .
2 x 8
Analisando o sinal da fração no intervalo (   , 2]
x2  4
4  x  2
x4 x 2 2 x2 x2

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2 x 8  0    

x2  4  +  0  0


2 x 8
 0  nd  nd
x2  4

2 x 8
Analisando o sinal da fração no intervalo ( 2 ,   ]
x2  4

2  x 4 x 4 x> 4

2 x 8  0 

x2  4  + 

2 x 8
 0 
x2  4

2 x 8
Portanto  0 no conjunto [  4 ,  2 )  ( 2 , 4 ] . E esta é a solução da inequação
x2  4
x 8 x
inicial  .
x 4
2
x2  4

4. Escreva a equação que descreva os pontos sobre a reta real cuja distância a é o dobro da distância
a .
Resolva a equação encontrada.

Solução:

Seja um ponto qualquer da reta real.


A distância de a é| | .
A distância de a é | ( )| | |.
A equação | | | | descreve a situação pedida na questão.

Vamos resolver essa equação.


| | | | | | | | ( )

Portanto o conjunto solução do problema proposto é { }.

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