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Seitas e Heresias: Espiritismo

Parte IV
Graça e paz! Esta já é a nossa quarta apostila
sobre Seitas e Heresias. E por sugestão do pr José
Rodrigues em uma de suas aulas, iremos abordar o
tema “Espiritismo” que é uma das heresias que mais
crescem no mundo de hoje, além de estar presente em
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quase todos os lugares ou setores da saciedade.
Foto: Google Só no Brasil, estima-se que existam cerca de
3,8 milhões de adeptos, conforme dados da BBC
Brasil (https://www.bbc.com/portuguese/brasil-47751865).
O Brasil, por causa de sua crescente expansão em seu vasto território, detém o
triste recorde de ser o maior reduto do espiritismo no mundo. Segundo o dicionário
Aurélio, espiritismo é uma "doutrina baseada na crença da sobrevivência da alma e da
existência de comunicação, por meio de mediunidade, entre vivos e mortos, entre os
espíritos encarnados e os desencarnados."Esta definição engloba os dois aspectos
básicos do espiritismo: I. a comunicação com os mortos; II. a reencarnação dos
espíritos. O ICP (Instituto Cristão de Pesquisas), em 1.985 pesquisou o número de
brasileiros envolvidos com práticas espíritas, e naquela época o número chegou a 60
milhões. Para evitar uma aparente contradição de números, precisamos entender que os
3,8 milhões de adeptos já citados é o número de fiéis ao espiritismo, enquanto o número
de 60 milhões seria o de pessoas que, apesar de não adeptos, estão envolvidos com
alguma prática ligada ao mesmo.
Grande parte de pessoas que procuram o kardecismo, como também é chamado
o espiritismo, ingressam nessa prática porque perderam algum ente querido, e no intuito
de se comunicar com esse membro da família que morreu, buscam nessa prática algum
consolo. O que na verdade se torna uma armadilha, um ardil, um sofisma de satanás
para escravizar as pessoas fora das Escrituras Sagradas.

Quem foi o seu fundador?

O espiritismo contemporâneo, foi fundado por um professor francês chamado


Hippolyte Léon Denizard Rivail, seu nome de batismo, à época com 53 anos. O seu

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pseudônimo Allan Kardec foi dado por um "amigo espiritual de vidas passadas"
chamado de Zéfiro (um demônio, claro!) em uma de suas sessões espíritas. Nessa
ocasião esse mesmo espírito teria dito para Kardec que no passado, na época do
imperador Júlio César entre os anos de 58-44 a.C. ele teria sido um líder eminente entre
os druidas na antiga sociedade celta e seu nome era
Alan Kardec.
Rivail escreveu o conhecido “O livro dos espíritos”, e
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afirmou categoricamente que o mesmo foi "Escrito e
publicado conforme o ditado e a ordem de espíritos
superiores". Tinha inúmeros amigos os quais ele
mesmo chamava de "amigos invisíveis", dentre os
Alan Kardec (Foto:Google) quais se destacavam o filósofo grego Sócrates, o
apóstolo e evangelista João, o cientista americano
Benjamin Franklin etc.
Esse famoso livro foi publicado no formato de perguntas e respostas, a mais
importante obra de Kardec. As perguntas correspondem ao papel dele na publicação. Já
as respostas são atribuídas a “espíritos superiores”.
Rivail nasceu na cidade de Lyon, na França, foi um educador bastante conhecido
em seu país e traduziu diversos livros de vários idiomas [1], faleceu em Paris, França, no
dia 31 de março de 1869, aos 64 anos, vítima de um aneurisma cerebral. De família
tradicional católica, foi um educador proeminente que publicou diversos livros escolares
que foram utilizados nas escolas da França de seu tempo.
Era de fato, um professor polivalente, tendo lecionado desde matemática,
astronomia, física, fisiologia, retórica, francês e até anatomia comparada. Mas sua
notoriedade mesmo se deu quando começou a participar de experiências, na Europa, dos
fenômenos das chamadas “mesas girantes”, quando se tornou um dos pioneiros na
pesquisa científica sobre fenômenos de paranormalidade e mediunidade.
Quando começou a pesquisar sobre o assunto
das “mesas girantes”, o fez movido por curiosidade e
desconfiança e foi investigar convencido que o
fenômeno das mesas que se erguiam do chão e se
moviam em todas as direções era realizado por meio

Mesas Girantes (Foto: Google) de mecanismos como ímãs, fios e roldanas. No meio

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de suas pesquisas, havia ainda, outro fenômeno chamado de “cestos escreventes”.
Nos tais “cestos escreventes” havia no fundo do cesto, com a ponta virada para
baixo, um lápis que "respondia" às perguntas formuladas pelos convidados em folhas de
papel. E em uma dessas sessões que envolviam fenômenos de espíritos, no ano de 1856,
o cesto se voltou para Rivail e o lápis escreveu a seguinte mensagem: “tu és o obreiro
que reconstrói o que foi demolido”.[2] A partir daí, sua vida foi dedicada ao espiritismo.
Kardec ganhou notoriedade com a introdução da ideia de reencarnação. Entre os
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anos de 1861 e 1867 publicou mais quatro livros: “Livro dos Médiuns”, “O Evangelho
Segundo o Espiritismo”, “Céu e Inferno” e “Gênesis”.

Organizações de cunho espírita no Brasil e no mundo

O próprio Alan Kardec define como "espírita" todo aquele que acredita nas
manifestações dos espíritos, podendo ser incluídos outros grupos religiosos que também
creem nas "manifestações dos espíritos", dentre os quais podemos destacar: 1 ) A LBV
(Legião da Boa Vontade); 2) A AMORC Associação Mística Ordem Rosa Cruz); 3) O
Candomblé; 4) A Umbanda; 5) A Quimbanda; 6) A CR (Cultura Racional); 7) O RC
(Racionalismo Cristão); 8) O Círculo Esotérico; 9) O Vodu e outros.

As principais afirmações da doutrina espírita e as refutações bíblicas

A doutrina espírita afirma inúmeras práticas antibíblicas, dentre suas mentiras


mais escabrosas estão: a) existe possibilidade de comunicação dos vivos com os mortos
(sabemos que não são mortos, são demônios); b) existe a reencarnação; c) ninguém
pode impedir os homens de sofrerem as consequências de seus atos (nega o perdão
divino); d) a salvação se dá pelas obras, até que o homem atinja o nível mais evoluído
de aperfeiçoamento; e) Deus, embora exista, é um ser impessoal, habitando um mundo
longínquo; f) mais perto dos homens estão os "espíritos-guias"; g) Jesus não é Deus; foi
um médium e reformador judeu, nada mais do que isso; h) a bíblia não é infalível; i) o
diabo não existe, o que há é uma personificação do mal; j) não existe a doutrina do
tormento eterno (inferno), o que existe são "sociedades menos evoluídas"; k) não
ocorreu a ressurreição de Cristo.

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O que a Bíblia diz sobre o espiritismo?

Todas essas doutrinas que citamos acima, são facilmente, contestadas pelas
Escrituras Sagradas, e muitas delas, sequer têm qualquer respaldo por menor que seja,
nas sagradas linhas (veja algumas refutações letra por letra). a) Como podem os vivos
se consultarem com os mortos, se estes não têm parte de nada que acontece na Terra?
Veja em: Eclesiastes 9:5, Isaías 8:9; Levítico 19:31; I Samuel 28; b) não existe
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reencarnação, o homem vive apenas uma única vez e após a sua morte deve aguardar o
juízo, conforme Hebreus 9:27-28; Jó 7:9; c) Deus perdoa os nossos pecados lançando-
os no esquecimento, Isaías 43:25; d) Conforme as Escrituras, a salvação não se dá pelas
obras mas pela Graça de Deus, mediante a fé, conforme Efésios 2:8-9; e) Deus não é
impessoal, Ele é um Deus pessoal e habita entre nós (perto) e em nós, conforme lemos
em João 1:14 e 14:17; f) Não necessitamos de espíritos que nos guiem, pois nós já
temos Jesus que é o nosso Guia e é o Caminho, Mateus 2:6. João 14:6; g) Jesus foi
superior aos homens (Hebreus 7:26); Ele é Deus (João 1:1; I João 5:20) e é
apresentado na bíblia como profeta, sacerdote e Rei, e nunca como médium, conforme
Atos 3:1 9-24; Filipenses 2:9-11; h) A bíblia é a Palavra de Deus, e a Palavra de Deus é
perfeita e infalível, conforme II Pedro 1:20-21; João 10:35; i) O diabo existe, bem
como seus filhos, Mateus 4:1-11 (Jesus é tentado pelo diabo); Mateus 13:38 (filhos do
diabo); j) o inferno existe e o tormento é eterno, conforme Mateus 25:41; II Tess. 1:9;
k) A ressurreição aconteceu, conforme Lucas 24:1-12.

Os espíritas usam a Bíblia?

Como toda seita, o espiritismo não agiria diferente para tentar validar suas
doutrinas ou buscar credibilidade usando a Bíblia forçando passagens que lhe são
pertinentes na tentativa de obter respaldo sólido, mas não é o que acontece. Seus
ensinos são completamente antibíblicos.
Uma das passagens mais utilizadas pelos espíritas é a passagem de Mateus
17:10-13 que fala do momento que Jesus desce do monte após sua transfiguração diante
de Pedro, Tiago e João. Na ocasião os discípulos perguntam para seu Mestre por que os
escribas afirmavam que era necessário que Elias viesse primeiro, Jesus afirma que Elias
já tinha vindo e os discípulos entendem que Ele falava de João Batista (v.13).

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Essa passagem é bastante usada para afirmar que Elias havia reencarnado como
João Batista, mas há um sério problema aí, uma vez que Elias nem mesmo morreu para
reencarnar, uma vez que as Sagradas Escrituras afirmam que ele foi elevado ao céu em
um redemoinho (II Reis 2:9-12). João Batista nasceu antes do episódio da
transfiguração (Lucas 1:57-66) e quando Elias e Moisés falaram com o Mestre na
transfiguração ele aparece como Elias e não como João Batista reencarnado.
Lembramos ainda que em Lucas 1:17, está escrito: "E irá adiante dele no
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espírito e virtude de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes
à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto." Ao
lermos essa passagem, percebemos de forma clara que João não era Elias, mas que
exerceria o seu ministério de forma semelhante ao de Elias. De fato, a Bíblia não trata
de nenhum outro caso de dois homens com ministérios tão semelhantes. Em outra
passagem (Mateus 11:14), o próprio Jesus dá testemunho de João Batista afirmando
que João era o Elias que estava por vir, não o reencarnado, mas com ministério
semelhante.
E para por fim a discussão de forma definitiva, quando indagado pelos
sacerdotes e levitas se ele era Elias, ele disse de forma categórica: “Não”. Ou seja, veio
no espírito e poder de Elias, mas não era Elias (João 1:19-21). Hábitos e ministérios
semelhantes, mas pessoas diferentes.
Se um vivo não pode ser reencarnado de quem nunca morreu, como Elias
poderia ter reencarnado como João Batista, se ele não havia morrido, pois foi arrebatado
vivo ao Céu? (II Reis 2:11).

Saul e a feiticeira de En-Dor

Em I Samuel 28, nos deparamos com


um texto que, se não lido com cuidado e até
mesmo em oração, poderá ser interpretado
erroneamente. Esse texto conta a história do
encontro do rei Saul com a pitonisa (médium)
Foto: Google
de En-Dor, o qual é bastante usado pelos
adeptos do espiritismo para tentar validar suas crenças do contato com os mortos, no
entanto, quando avaliamos o texto com cuidado e afiamos Escritura com Escritura,

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descobrimos que não há nada que aprova o contato com os mortos como também o
próprio texto nos conta que Saul não recebeu qualquer resposta, seja de Deus, seja
sacerdotal ou de Samuel.
Com base nessa passagem, os espíritas tentam forçar o texto para afirmar que
Saul se comunicou com o morto Samuel, que Deus permite a consulta aos mortos, que
os mortos podem ajudar os vivos etc. será que eles estão certos? Como nós, cristãos que
cremos nas Sagradas Linhas podemos lhe dar com isso? Quem de fato, apareceu para
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Saul? Teria mesmo aparecido o profeta Samuel como querem afirmar os espíritas? Que
espírito subiu para falar com Saul? Teria sido uma fraude?
Como já dissemos anteriormente, Escritura se afia com Escritura, a resposta para
essas e outras perguntas estão na própria Bíblia, que nos explica desde o início para que
não deixemos qualquer margem para o engano. Dentre as muitas provas contra a
opinião de que Samuel não apareceu naquela ocasião, destacam-se as seguintes: Quando
começamos a ler o texto citado de I Samuel 28, logo no início lemos que o rei Saul
havia expulsado os médiuns e os adivinhos, apesar de Saul não ter cumprido a ordem
levítica que punia tal pecado com a pena máxima, que era a de morte, e ainda
considerava tal pecado uma abominação diante do Senhor (Levítico 20:27; Deut.
18:10-12), já podemos ter uma ideia de como tal atitude era tratada pela Torá.
Outro detalhe importante e que não podemos deixar passar despercebido é que a
Escritura já no início do texto afirma que “Saul consultou ao Senhor, porém o Senhor
não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas” (I Sam. 28:6).
Conforme afirma a Palavra de Deus, dentre essas três formas de revelação divinas: 1.
Sonhos, revelação pessoal; 2. Urim, revelação sacerdotal; 3. Profetas, como o nome diz,
por meio de profetas de Deus.
Somente esse versículo já responderia o que pretendemos responder, uma vez
que diz que Deus não respondeu por meio de profetas, e sendo Samuel um profeta, logo
não foi o profeta Samuel que apareceu na ocasião para falar com Saul.
Vale ainda lembrar que a palavra traduzida por ‘médium, do hebraico ob’ é uma
palavra que pode ser traduzida por “espírito adivinhador” a qual a versão da ³LXX
translitera do hebraico para o grego por “engastrimuthos” que é a mesma palavra
atualmente usada para traduzir o vocábulo “ventríloquo”, que é a arte de usar um
boneco projetando a voz sem abrir a boca ou mover os lábios.

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Porém, pasmem! A prática da 4ventroloquia era utilizada pelos gregos antigos na
prática da adivinhação da 5necromancia, fazendo parecer que o espírito do morto estava
presente para dar informações do além-túmulo. Segundo a Bíblia de estudo Shedd, o
verbo hebraico utilizado para dizer “...não lhe respondeu (v. 6)” significa que o Senhor
não lhe respondeu, não lhe responde, nem lhe responderá.
O texto paralelo de I Crônicas 10:13-14 diz que Saul morreu porque transgrediu
contra o Senhor, por não ter guardado a Palavra do Senhor e porque interrogou e
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consultou a necromante e não ao Senhor, o que a Escritura deixa claro que foi reprovado
pelo Senhor e é um pecado terrível! Se a Bíblia diz que Saul não consultou ao Senhor,
quem, então, ele consultou?
Sendo a necromancia um pecado condenado por Deus em Deuteronômio 18:9-
14, fica claro que não foi Samuel que apareceu para Saul, uma vez que Deus não
permitiria que este o desobedecesse. Samuel jamais desobedeceu a Deus em vida e não
seria na morte que o faria.
Como dito anteriormente, Deus não se revelou por meio de sonhos que é uma
forma de revelação pessoal porque Deus havia se retirado de Saul por causa de sua
desobediência (I Samuel 15:1:31). Também não lhe respondeu por Urim, que era uma
forma de revelação sacerdotal e tão pouco lhe respondeu por meio de profetas que era a
revelação inspirada vinda da parte de Deus. Sem dúvidas, a Bíblia diz que “Deus não é
Deus de mortos, e sim de vivos...” (Lucas 20:38a), e sendo Ele Deus de vivos e não de
mortos, porventura se ocuparia de responder por meio de mortos? De forma alguma!
Queridos Remadores, Samuel era um profeta de Deus e como profeta que era, só
respondia aquilo que Deus lhe dava para responder, não podendo transmitir qualquer
coisa que não fosse respondido da parte do Senhor, e se o Senhor não respondeu Saul,
conforme lemos no verso 6, Samuel nada poderia ter dito. Se o Senhor nada disse,
Samuel tampouco poderia ter dito porque falava pela inspiração divina.
O próprio profeta Samuel pregou contra a feitiçaria e a adivinhação (I Samuel
15:23-24), se era contra em vida, seria a favor após sua morte? Por certo que não, uma
vez que o primeiro livro que leva o seu nome diz no capítulo 12:3-5, que Samuel foi fiel
ao Senhor e ao Seu povo durante toda a sua vida, ninguém jamais conseguiu apontar
qualquer falha em seu caráter.
O próprio Deus dá testemunho da retidão de Samuel no livro de Ezequiel,
capítulo 14:14 e 20. Imaginem, Samuel foi fiel ao Senhor durante todo o tempo de sua

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vida na terra, deixaria ele para transgredir somente após a sua morte? Novamente
afirmamos que não!
Outro bom argumento a respeito da adivinhação por meio dos mortos é o que
encontramos na já citada Bíblia Shedd: “Se fossem espíritos de pessoas, Deus teria
regulamentado a matéria, mas como não são, Deus o proibiu”. (pp 430, 431)
Muitos ficam intrigados pelo fato da narrativa em questão citar uma profecia, ou
seja, quando o “espírito” consultado sobe, ele logo vem trazendo uma “mensagem
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profética” que, por meio de uma leitura desatenciosa, parece ser verdadeira, mas
quando lemos em oração e com atenção, descobrimos que essa pseudo-profecia não se
cumpre exatamente como foi dita.
O “espírito que sobe”, chamaremos assim daqui para frente, foi invocado por
uma médium (v. 7), praticante de necromancia (v. 8) e uma necromante não invocaria
outra coisa que não fosse o espírito por trás da necromancia, ou seja, um espírito de
engano. E como médium que era, ao ver o “espírito que sobe” o descreveu para Saul
que “entendeu que se tratava de Samuel” (v 14), isso, pela descrição da mulher e sua
interpretação pessoal, e não por uma afirmativa bíblia.
No versículo 15, o “espírito que sobe” diz uma frase, no mínimo estranha, ele
diz: “por que me inquietaste, fazendo-me subir?” raciocine comigo, se Samuel que era
justo estava no Seio de Abraão (lugar de descanso para os justos), porque estaria
inquieto? E no mesmo versículo o próprio Saul diz para o “espírito que sobe”: “Deus se
desviou de mim e já não me responde, nem pelo ministério dos profetas, nem por
sonhos...”. Samuel era o quê mesmo? Um profeta, e se Deus não respondeu por
profetas, logo não era Samuel.
Quanto à profecia, vejamos: o “espírito que sobe” diz para Saul que Israel e Saul
seriam entregues nas mãos dos filisteus (v. 19), mas o que ocorreu é que Saul apenas
passou pelas mãos dos filisteus depois que estes o encontraram já morto no monte
Gilboa (I Samuel 31:8-10) e os soldados não foram entregues, eles fugiram (v. 7); o
“espírito que sobe” também afirma de forma genérica que os filhos de Saul também
morreriam (v. 19), mas o que aconteceu de fato é que apenas três dos filhos de Saul
morreram (31:6).

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A reencarnação, uma breve definição

Reencarnação é a doutrina que ensina uma série de nascimentos e


renascimentos, a fim de expiar erros passados, com o intuito de levar o espírito à
perfeição. A reencarnação é conhecida também como metempsicose ou transmigração
das almas. Algo totalmente sem sentido e respaldo bíblico. Em palavras bem simples, a
reencarnação é a admissão como fato a volta das almas a novos corpos, ou seja, uma
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pessoa que morre, segundo essa doutrina, reencarna em um novo corpo buscando a
evolução.
Vale ressaltar que a palavra hebraica usada para feitiçaria (‘anan), conjurar
espíritos, mágica, adivinhação, bruxaria, é a mesma usada para identificar a prática do
espiritismo.6

Textos mal aplicados pelos reencarnacionistas

Como é muito comum, sempre que defensores da reencarnação ou de qualquer


outra heresia querem legitimar suas práticas, eles buscam, ou pelo menos tentam,
encontrar respaldo nas Escrituras distorcendo textos, e para isso afirmam poder
encontrar na Bíblia provas a favor dessa crença. Porém, afirmamos veementemente, que
o máximo que conseguem é distorcer alguns poucos textos.
Se lermos as passagens citadas a seguir, chegaremos a conclusão de que estão
redondamente enganados, uma vez que a Bíblia cristã refuta todas essas crenças com,
pelo menos, uma respectiva resposta para cada afirmação falsa do espiritismo, vejamos:
1. Mateus 1 1 :1 4: João Batista era Elias reencarnado? (Leia Mateus 17:10-1 3;
Marcos 9:11 -13 e Lucas 1:17). João Batista foi adiante do Mestre no espírito e poder
de Elias, ou seja, João Batista não era Elias, mas manifestou um ministério semelhante
no espírito e a força que Elias manifestou. A palavra-chave é "espírito", que, entre
outras coisas, também pode significar: disposição mental, atitude (comparar com 2 Reis
2:1-14).
O próprio João Batista, quando interrogado, negou ser Elias em pessoa (João
1:21). Era crença entre os judeus que Elias, assim como Enoque, não morreu (comparar
2 Reis 2:11 com Hebreus 11:5). Assim sendo, não seria possível crer que João fosse
sua reencarnação, posto que, para se reencarnar, é necessário morrer. Segundo a

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doutrina espírita, os espíritos conservam no outro mundo a mesma forma que lhes
serviu de envoltório. Assim sendo, no monte da Transfiguração (Mateus 17), quem
deveria aparecer ao lado de Jesus era o último envoltório utilizado pelo espírito que um
dia supostamente animou Elias, a saber, João Batista, contudo, foi Elias quem apareceu,
não João, o Batizador.
2. Mateus 22:43, 44: Davi foi servo de Jesus em outra encarnação? O
contexto revela que Jesus quer mostrar aos judeus que é mais do que o que eles querem
10
reconhecer na Sua pessoa: que é Deus. Para isto, Ele apela para a autoridade
inquestionável de Davi, que além de chamá-lo de Senhor, também o pôs à destra do
Todo-Poderoso. Isso indica que o Cristo devia ser alguma coisa mais que um simples
descendente seu. O silêncio dos fariseus confirma isso. Se Jesus tivesse afirmado que
numa outra encarnação foi maior que Davi, certamente não haveria silêncio da parte dos
fariseus, pois o acusariam perante o povo de ter feito Davi seu subordinado. Os fariseus,
segundo Josefo, criam na reencarnação. Segundo essa crença, a posição social que
alguém tem nesta vida é a recompensa das boas obras de uma vida passada (seu carma).
E Jesus, todos sabiam, era filho de carpinteiro; afirmou não ter onde recostar sua cabeça
(Lucas 9:58). Assim sendo, não faltariam motivos para ridicularizá-lo diante da
afirmação de que Davi havia sido seu escravo.
3. João 9: 1 -3: Os apóstolos criam na reencarnação? Há duas hipóteses para
explicar essa indagação dos apóstolos: Os judeus criam que uma criança poderia pecar
no ventre materno (Salmo 51:5), o que, certamente, eliminaria a ideia de se pecar numa
vida anterior. É possível que aludissem a textos como Êxodo 20:5. Seja como for, Jesus
não aceitou nenhuma das 3 possíveis explicações para o fato: nem a reencarnação, nem
o pecado no ventre materno, nem a maldição de família.
4. João 3:5: Nascer de novo. Se Jesus estivesse ensinando a reencarnação,
certamente foi ridicularizado por Nicodemos, pois este ironizou, perguntando: "Como
pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e
nascer segunda vez?" O advérbio grego anothen significa “de cima, do céu”. Assim
sendo, tal como no versículo 31, anothen teria o sentido de "de cima", ou seja, do céu
ou relativo às coisas celestiais, espirituais. Não está em jogo o nascimento físico, posto
que Jesus não corrigiu a ironia de Nicodemos (caso ele houvesse entendido errado), mas
sim um nascimento espiritual (comparar com 1 Coríntios 5:1 7).

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Responde o espiritismo a todas as perguntas?

1 ) Considerando que Allan Kardec recebeu instruções dos espíritos somente em


meados do século 19, enquanto a Igreja Cristã tem mantido seus ensinos desde o 1º
século; 2) Considerando que Allan Kardec ensinou que a promessa da vinda do Espírito
Santo cumpriu-se no seu século, e que o Espírito prometido não era um só, mas um ser
coletivo (O Evang. seg. Espiritismo cap.1 , item 6; cap.6, item 4, edição 106), enquanto
11
a Bíblia mostra que o prometido Consolador veio estar com cristãos no dia de
Pentecostes, 50 dias após a ressurreição de JESUS (Atos 2:16-17); 3) Considerando que
o espiritismo passou a ensinar que Adão se refere a várias pessoas (Livro dos Espíritos,
ed.57 p.67-68), enquanto a Bíblia sempre mostrou que Adão foi o primeiro homem
criado por DEUS e que a partir dele surgiu toda a raça humana (1 Cor 15:45 e Atos
17:26); 4) Considerando que o espiritismo tem insistido em dizer que João Batista foi a
reencarnação de Elias, enquanto o próprio João Batista negou tal crença (João 1:21); 5)
Considerando que o espiritismo tem sustentado que um espírito ao manifestar-se numa
sessão mediúnica assume a sua última identidade corpórea, se assim fosse, e ainda que
João Batista já estava morto (Lucas 9:9), quem deveria ter aparecido no Monte da
Transfiguração (v.30), Elias ou João Batista? 6) Considerando que "vir no espírito de
Elias" de Lucas 1:17, não é o mesmo que "vir com o espírito de Elias"; 7) Considerando
que "sobre Eliseu repousava o espírito de Elias", em II Reis 2:15, não quer dizer que
Eliseu era Elias reencarnado, uma vez que ambos viveram juntos; 8) Considerando que
Elias não morreu, mas foi arrebatado (II Reis 2:11); 9) Considerando, ainda, que a
identidade dos espíritos que manifestam nas sessões pode ser a de um espírito inferior,
gerando dúvidas e incertezas... (Livro dos Médiuns, ed. 29, p. 273, 274 e 321 , 373 e
374); 10) Considerando que Allan Kardec declarou que "o espiritismo e o Cristianismo
ensinam a mesma coisa" (O Evang. Seg. o Esp., Introdução, item VIII e cap I, item 7,
ed. 106); 11 ) Considerando que não pode haver duas verdades conflitantes sobre um
mesmo assunto, pois, se uma estiver certa, a outra estará errada (Gálatas 1:8-9); 12)
Considerando, finalmente, que a própria literatura espírita reconhece que "no
Cristianismo encontra-se todas as verdades" (O Evang. Seg. Esp,. cap VI, item 5, ed.1
06, p.130).

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Onde você encontrará respostas para questões relacionadas com a sua vida
espiritual?

Vejamos o que diz o livro “Seitas e Heresias: Diversos autores” a respeito


do tema:
A) No espiritismo, que proclama um falso Evangelho, gerando dúvidas e
incertezas. Ou... B) No Cristianismo bíblico que tem transformado vidas de milhões de
12
pessoas ao redor do mundo, levando-lhes perdão dos pecados, paz e segurança eterna?
JESUS Disse: "Conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará" (João 8:32) Ele
se apresenta dizendo: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai
senão por mim" (João 14:6).
Quando vos disserem: Consultai os médiuns e os feiticeiros, que chilreiam e
murmuram entre dentes, respondei: Acaso não consultará um povo a seu Deus? Acaso a
favor dos vivos se consultarão os mortos (Is 8:19). O envolvimento com todas essas
práticas associadas aos médiuns ou necromantes leva à condenação, reprovação da parte
do Senhor (Is 8:20-21), é algo que contamina o homem (Lev. 19:31; 20:6). Outras
referências importantes: Êx. 22:18; Jr 27:9; 29:8; Atos 16:16. Saul insistiu em ouvir a
Deus por intermédio do profeta Samuel. Então, procurou uma feiticeira, uma
necromante, uma mulher que incorporasse o espírito do profeta, uma mulher com dons
mediúnicos: Buscai-me uma necromante, para que eu vá a ela e a consulte (I Sm
28:7a).
Deus estaria sendo incoerente com Sua palavra se atendesse aos caprichos de
Saul. Aqui surge a primeira evidência da impossibilidade de haver Samuel se
apresentado na sessão espírita em questão. Leia a passagem de (Is. 8:19): “Em favor dos
vivos consultar-se-ão os mortos?”. Logo, Deus não iria validar ou legitimar uma prática
por Ele próprio condenada. Não há como imaginar uma sessão espírita sendo
enriquecida e abençoada com a presença de um mensageiro de Deus. Se consolidada e
permitida tal prática, não precisaríamos mais buscar o Senhor. Em situações difíceis,
cairíamos aos pés de uma feiticeira ou médium, e diligentemente se apresentariam os
santos do Senhor.
Agindo assim, passaríamos a observar outro evangelho, “O Evangelho Segundo
o Espiritismo!”, e não o Evangelho segundo Cristo Jesus.

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Uma sessão espírita de mentira e engano. Em primeiro lugar, Saul demonstrou
ser um hipócrita: mandara eliminar todas as feiticeiras e agora vai a uma feiticeira (I Sm
28:3 e 9). Segunda coisa, ele se disfarçou para não ser reconhecido e vestiu outras
vestes, desejando negar sua identidade (v.8); usou falsamente o nome do Senhor,
jurando por Ele (v.10). Terceiro, a feiticeira primeiramente disse que viu a Samuel (v.
12), depois, que viu deuses que sobem da terra (v.13); depois, já não eram deuses nem
Samuel, mas um ancião envolto numa capa (v.14). Quarto, diante dos personagens
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apresentados, Saul admitiu (entendeu) que Samuel estava ali à vista da feiticeira vidente
(v.14). Por outro lado, a primeira fala de Samuel é de insatisfação: Por que me
inquietaste (ou me interrogas) fazendo subir? (v.15). Dois pontos devem ser analisados
nessas palavras. Primeiro, se Deus permitiu a vinda de Samuel, como Seu mensageiro,
como querem os espíritas, o profeta deveria cumprir com alegria a missão confiada, e
não se mostraria insatisfeito. Segundo, o entendimento é que quem comandou a subida
de Samuel não foi Deus, mas o pecador Saul.
O ancião envolto numa capa declarou que Saul o fez subir (v.15). O santo de
Deus, o profeta Samuel, estaria à disposição de uma feiticeira e de um rei pecador, a
quem Deus não mais respondia?!
Se Deus se fizera inimigo de Saul, por que razão Samuel viria atender ao
chamado? Que autoridade teriam um rei e uma feiticeira (ou, por extensão, que
autoridade têm os médiuns) para convocarem os santos do Senhor?
A profecia não cumprida de Samuel Diz a Bíblia: Como conheceremos a
palavra que o Senhor não falou? Quando o tal profeta falar em nome do Senhor, e tal
palavra se não cumprir, nem suceder assim, esta é palavra que o Senhor não falou
(Deut. 18:21-22). Disse Samuel a Saul: E o Senhor entregará também a Israel contigo
na mão dos filisteus, e amanhã tu e teus filhos estareis comigo (I Sm 28:19). Enquanto
o pseudo Samuel estava discorrendo sobre fatos passados, acertou; mas no momento em
que falou sobre acontecimentos futuros, foi um desastre. Ele disse: amanhã estareis
comigo. Ora, os dicionários dizem que amanhã significa o dia seguinte àquele em que
estamos.
Todavia, Saul não morreu no dia seguinte. Vejamos: Um dia se passou, segundo
relato em I Sm. 29:10-11, (levantou-se no dia seguinte de madrugada); três dias se
passaram, conforme 1 Sm 30:1 (chegaram ao terceiro dia a Ziclague); um dia se passou

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em I Sm. 30:17 (desde o crepúsculo até a tarde do dia seguinte). Saul morreu cinco
dias, no mínimo após a profecia de Samuel.
Disse mais Samuel a Saul: Tu e teus filhos estareis comigo (v.19). Os filhos de
Saul eram, no mínimo, oito: Jônatas, Isvi, Malquisua, Merabe, Mical (I Sm. 14:49; I Cr
8:33), Armoni, Mefibosete (II Sm. 21:8), Abinadabe (I Cr 8:33) Is-Bosete, cujo
primeiro nome foi Esbaal (II Sm. 2:8). Apenas três filhos de Saul morreram na batalha:
Jônatas, Abinadabe e Malquisua (I Sm. 31:2 e 6; I Cr 10:2). Is-Bosete, por exemplo,
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passados cinco anos da morte de seu pai, reinou sobre Israel durante dois anos, (II Sm.
2:10; 4:7).
Fiquemos atentos para mais uma declaração contraditória: Estareis comigo. Por
tudo que vimos, Saul não foi para o mesmo lugar onde se encontrava Samuel, que
estava no Paraíso, chamado Seio de Abraão, na paz do Senhor. Outra inverdade
proferida pelo “espírito que sobe” foi que Saul cairia nas mãos dos filisteus (I Sm.
28:19). Saul tirou a própria vida lançando-se sobre a sua espada (I Sm. 31:4-5).
Podemos afirmar com bastante precisão que, de fato, Samuel não apareceu
naquela sessão como mensageiro do Senhor, uma vez que suas profecias não se
cumpriram na íntegra, quanto ao destino de Saul, ao tempo do dia da sua morte e ao
número de filhos que morreriam na batalha. O próprio Samuel declara em I Sm 15:29:
“E também aquele que é a Força de Israel não mente...”. Após censurar com rigor a
rebelião de Saul, o profeta disse não voltaria a ele: Não tornarei contigo (I Sm 15:26).
De fato, nunca mais viu Samuel a Saul até ao dia da sua morte... (v.35).
Conforme esse versículo, não haveria razão para Samuel, após a morte, retornar
a Saul quebrando sua palavra. Se Deus não falava com Saul pelos meios usuais
ministério dos profetas e sonhos (I Sm 28:15), não falaria através de um meio
abominável. O surgimento do profeta naquela sessão espírita estaria legitimando uma
nova prática de consulta aos santos do Senhor. Por que, pois, a mim me perguntas? (I
Sm 28:16); Por que me interrogas (ou me inquietas) fazendo-me subir? (I Sm 28:15).
Estas palavras levam-nos ao entendimento de que Samuel não viera a serviço do
Senhor. Se o profeta estivesse ali em missão divina, jamais afirmaria que Saul o fez
subir, e falaria em nome do Senhor dos Exércitos. Se Samuel se apresentasse como
mensageiro de Deus, como afirmam os espíritas, Saul estaria diante do interlocutor
apropriado. Mas Samuel retrucou: Por que me interrogas? Finalmente, se a prática de
consultar os mortos tivesse sido validada por Deus, enviando o santo Samuel, não teria

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sentido a condenação de Saul, como está em I Crônicas 10:13: “Assim morreu Saul por
causa da sua infidelidade ao Senhor, e até consultou uma adivinhadora...”
Concluímos, portanto, que não foi Samuel que participou daquela sessão
espírita. Tudo nos leva a crer que um espírito enganador ali se manifestou. Essa
interpretação é reforçada pelos seguintes fatos adicionais, dentre outros já citados: a)
Saul desejou consultar uma mulher que tivesse o espírito de feiticeira (I Sm 28:7), que
literalmente significa uma mulher possuída de “Ob”. Essa palavra, Ob, significa um
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receptáculo feito de peles, e passou a ser aplicada a um homem ou mulher possuídos
pelo espírito de necromancia. Logo, os espíritos familiares àquela mulher não eram os
santos do Senhor, mas espíritos da mentira e do engano. b) O espírito do engano, no
intuito de enganar a todos, a Saul, aos criados e à feiticeira, apareceu com o semblante
de Samuel e certamente imitou a sua voz. Por isso, ela se mostrou assustada (I Sm
28:12). c) A afirmação estareis comigo, de Samuel, reforça o entendimento de que o
diabo estava certo quanto ao destino de Saul. d) A interrogação por que me fizeste subir
denota que esse Samuel estava em baixo, em regiões inferiores, para onde também iria o
rei. Em Lucas 16.19-31, Abraão negou o pedido do rico, em tormentos, para que
mandasse a Lázaro à Terra pregar para seus irmãos que ainda estavam vivos, o que lhe
foi negado. Na ocasião Abraão disse que quisessem se salvar, tinham à disposição
Moisés e os Profetas, ou seja, a instrução estava na Palavra e não em espíritos de
mortos.
Quando o rico insiste que fosse mandado alguém dentre os mortos para falar
com seus familiares, veja qual foi a resposta de Abraão: “Se não ouvem a Moisés e os
Profetas, tampouco se deixarão persuadir, AINDA QUE RESSUSCITE ALGUÉM
DENTRE OS MORTOS” (Lucas 16:31). Portanto, um morto não pode falar das coisas
de Deus, havendo a necessidade de que ressuscitasse para tal, uma vez que somente um
vivo, pode falar das coisas espirituais.
Abraão declarou que eles deveriam dar ouvidos à Palavra e aos profetas, meios
usuais de comunicação. O rico também se viu impedido de sair do seu lugar. Logo,
espíritos humanos, bons ou maus, estão impossibilitados de se apresentarem em sessões
espíritas, sejam elas dirigidas por médiuns, feiticeiras, necromantes ou adivinhos.
E por fim, o maior expoente dessa doutrina no Brasil foi Chico Xavier, mas essa
já é outra história.

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Em Cristo, pr Luiz Rafael.

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Bibliografia consultada:
[1]https://editoraeme.com.br/blog/leon-rivail/

[2] https://www.bbc.com/portuguese/brasil-47751865
Seitas e Heresias, Diversos Autores
Seitas e Heresias, Raimundo de Oliveira
Bíblia de Estudo Shedd, Editora Vida, 2025.
³ Septuaginta, versão grega do Antigo Testamento.
4 https://pt.wikipedia.org/wiki/Ventriloquia

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prática de adivinhação e consulta aos consulta aos mortos
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Dicionário Bíblico de Strong

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