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CAP 38 – O PACTO DA TRAIÇÃO

"Estava próxima a festa dos pães ásimos, chamada Páscoa. E os principais sacerdotes e os escribas procuravam algum
meio de tirar a vida a Jesus; pois temiam o povo. "Ora, Satanás entrou em Judas, chamado Iscariotes, que era um dos
doze: e ele foi entender-se com os principais sacerdotes e oficiais sobre a maneira de lho entregar. Alegraram-se e
concordaram em dar-lhe dinheiro. E ele anuiu, e procurava ocasião de lho entregar sem a multidão saber." (Lucas, XXII,
1-6.)

"Judas Iscariotes, um dos doze, foi ter com os principais sacerdotes, para lhes entregar a Jesus. Eles, ouvindo-o, se
alegraram e prometeram dar-lhe dinheiro. E ele buscava ocasião oportuna para o entregar." (Marcos, XIV, 10-11.)

"Então um dos doze, chamado Judas Iscariotes, procurou os principais sacerdotes e lhes disse: que me quereis dar, e
eu vo-lo entregarei? E eles lhe passaram trinta moedas de prata. Desde então Judas buscava oportunidade para o
entregar." (Mateus, XXVI, 14-16.)

"A tarde ele estava sentado à mesa com os doze discípulos. E enquanto comiam, declarou Jesus: Em verdade vos digo
que um de vós me trairá. Eles, muitíssimo contristados, começaram um por um a perguntar-lhe: Porventura sou eu,
Senhor? Ele respondeu: o que põe comigo a mão no prato, esse é que me trairá. O Filho do Homem vai,segundo está
escrito a seu respeito, mas ai daquele por quem o Filho do Homem é traído! Melhor fora para esse homem se não
houvesse nascido. E Judas, que o traiu perguntou: Porventura sou eu, Mestre? Respondeulhe Jesus: Tu o disseste."
(Mateus, XXVI, 20-25.)

"Aquele que come o meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar. Desde já vo-lo digo para que quando suceder, vós
creais que eu sou."XIII, 18-19.)

"Em verdade, em verdade vos digo que um de vós me há de trair. Os discípulos olharam uns para os outros sem saber
a quem ele se referia. Estava reclinado no seio de Jesus um dos seus discípulos a quem ele amava. A esse fez Simão
Pedro um sinal e pediu-lhe que dissesse a quem ele se referia. Aquele discípulo assim reclinado, encostou-se ao peito
de Jesus e perguntou-lhe: Quem é, Senhor? Respondeu Jesus: É aquele a quem eu der um pedaço de pão molhado.
Tendo, pois, molhado o pedaço de pão, deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes. E após o bocado entrou logo nele
Satanás. Disse-lhe Jesus: o que fazes, faze-o depressa. Nenhum dos que estavam à mesa percebeu a que fim lhe dis-
sera isto; pois como Judas era quem trazia a bolsa, alguns pensavam que Jesus lhe dissera: Compra as coisas de que
precisamos para a festa, ou lhe ordenara que desse alguma coisa aos pobres. Ele tendo recebido o pedaço de pão, saiu
imediatamente, e era noite. "Depois de ter ele saído, disse Jesus: Agora é glorificado o Filho do Homem, e Deus é glori-
ficado nele; se Deus é glorificado nele, também Deus o glorificará nela mesmo, e glorifica-lo-á imediatamente." (João,
XIII, 21-32.)

Cairbar inicia as suas reflexões falando que a História do Cristianismo não seria completa sem o pacto (cordo, uma
combinação, um contrato…) da traição. Faz uso de antítese para explicar o porquê da traição, para que pudesse haver
e ser valorizada a lealdade, a sinceridade e o verdadeiro afeto.

Ele faz uma análise sobre os trechos evangélicos e ressalta o papel dos sacerdotes, na traição. Trazendo pára eles a
maior responsabilidade. Fala do trabalho contínuo de detruidores da fé, aniquiladores da caridadem exterminadores
da esperança; diz ainda que os sacerdotes de todos os tempos representam a rebeldia contra a Lei de Deus.
Incitadores ao Materialismo e ao culto a Mamon.

Conta que muito provavelmente Judas Iscariotes antes de reencarnar já deveria ter dificuldades em lidar com o
dinheiro, mas que ele possuia todas as outras condições para acompanhar Jesus em sua peregrinação terrestre,
entretanto, encarnado, com o véu do esquecimento, se deixando envolver pelos irmão desencarnados ignorantes,
acaba falindo em sua missão, segundp Cairbar, diz que foi um caso de Subjugação Total. Diz que: ainda sem o
concurso de Judas, os sacerdotes teriam satisfeito seus instintos sanguinários…

E Jesus sabia disso, pelo que concedeu perdão ao seu infeliz discípulo. Judas, regenerado hoje, é um dos auxiliares da
espiritualização da Humanidade. O castigo não é eterno e a reparação da falta reintegra o espírito na sua tarefa.
Eu convido a todos darem uma lida no Código Penal da Vida Futura, no Livro O Céu e o Inferno – em especial no item
12: 1ª parte. Cap VIII – As penas futuras segundo o Espiritismo – ARREPENDIMENTO, EXPIAÇÃO E REPARAÇÃO.
O Dinheiro é neutro, é o uso que fazemos dele, isso é que é determinante. O nosso apego excessivo. Viver do dinheiro
sim, mas viver para o dinheiro é que é o problema.
Não menosprezemos o dinheiro, contudo, não nos deixemos escravizar por ele.

39 – AS DUAS ESPADAS

"Perguntou-lhes Jesus: Quando vos mandei sem bolsa, nem alforje, e sem sandálias, faltou-vos alguma coisa?
Responderam eles: Nada. Então ele lhes disse: Agora, porém, o que tem bolsa, tome-a, como também o alforje; e o
que não tem dinheiro, venda a sua capa e compre espada. Pois vos digo que importa cumprir-se em mim o que está
escrito: e ele foi contado com os transgressores; porque o que a mim se refere está sendo cumprido. Disseram eles:
Senhor, aqui estão duas espadas. Respondeulhes Jesus: Basta." (Lucas, XXII, 35-38.)

Sua interpretação é toda espiritual.


Jesus envia seus discipulos em missão e recomenda que levem consigo apenas o necessário a bolsa , o alforge, repre-
sentando as necessidades materiais a serem supridas. Pois o espírito quando reencarna não traz nada consigo.
Também não leva nada ao desencarnar, a não ser a sua bagagem espiritual (todo o bem que fez e conhecimentos que
adquiriu), isso porque o caixão não tem gaveta.

Precisamos aprender a viver no mundo sem ser do mundo …

Na tradução do hebraico ele nos fala qie espadas também poderiam ser armas. Para seguirmos Jesus, temos que
estar preparados para os tropeços e obstáculos do caminho. Afinal, necessitamos de arma para o Bom Combate, a luta
material da sobrevivência humana, ou seja, o trabalho e a luta espiritual que é cortar o mal em nós para podermos em
seu lugar colocar as virtudes. E também Cairbar nos alerta que precisamos cortar os resquícios do sacerdotalismo, dos
preconceitos, ignorância, para podermos preservar pura a nossa Doutrina trazida pelos Espíritos Superiores.

… Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; E eu vos digo que nem mesmo
Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Mateus 6:28,29

Deus provê, mas há necessidade do esforço de cada um de nós para possamos atingir a Perfeição Relativa, a única
certeza que a Doutrina Espírita nos traz.

Ao final do capítulo Cairbar fala que após o Pentecostes, tem início à Comunidade Cristã, fundada pelos Apóstolos
para prover as necessidades materiais dos novos obreiros e ao mesmo tempo dar-lhes o valor moral que eles não
podiam dispensar…

Não só nos momentos de grandes lutas, mas em todos os tempos, precisamos andar prevenidos. … Vigiar e orar…

E ele termina o capítulo assim:


Munam-se os discípulos de Jesus de duas "espadas" lutem o bom lutar, sem temor e com coragem, que a vitória será
certa.

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