SÁBADO
– As distracções no terço.
São Tomás diz que pode haver uma tríplice atenção na oração vocal: a de
quem pronuncia correctamente todas as palavras, a daquele que repara mais
no sentido dessas palavras e a dos que se concentram na finalidade da
oração, quer dizer, em Deus e naquilo por que se ora. Esta última é a atenção
mais importante e necessária, e é acessível mesmo a pessoas pouco cultas
ou que não entendem bem o sentido das palavras que pronunciam, “podendo
ser tão intensa que arrebate a mente para Deus”12.
Esta oração tão eficaz e grata a Nossa Senhora será em muitos momentos
da nossa vida o meio mais eficaz de pedir e de agradecer, como também de
reparar pelos nossos pecados: “«Virgem Imaculada, bem sei que sou um
pobre miserável, que não faço mais do que aumentar todos os dias o número
dos meus pecados...» Disseste-me o outro dia que falavas assim com a
Nossa Mãe. – E aconselhei-te, com plena segurança, que rezasses o terço:
bendita monotonia de ave-marias, que purifica a monotonia dos teus
pecados!”15
(1) São Josemaría Escrivá, Santo Rosário, pág. 9; (2) Pio XII, Alocução, 16-X-1940; (3) João
XXIII, Enc. Grata recordatio, 26-IX-1959; (4) São Josemaría Escrivá, op. cit., pág. 13; (5)
Paulo VI, Enc. Marialis cultus, 46; (6) Conc. Vat. II, Const. Lumen gentium, 67; (7) Paulo VI,
op. cit., 54; (8) João Paulo II, Angelus em Otranto, 5-X-1980; (9) idem, Homilia, 12-X-1980;
(10) Josemaría Escrivá, op. cit., pág. 7; (11) Santo Afonso M. de Ligório, Tratado sobre a
oração; (12) São Tomás, Suma Teológica, 2-2, q. 83, a. 3; (13) São Josemaría Escrivá, Sulco,
n. 476; (14) ib., n. 478; (15) ib., n. 475.