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Unidade 2 - Componentes
Patrimoniais
GINEAD
Unidade 2
Componentes Patrimoniais
A Ciência Contábil é uma área das Ciências Sociais Aplicadas que tem uma grande importância
no dia a dia de todas as pessoas. Na área empresarial, por exemplo, perceba que a Contabilidade
é fundamental para o sucesso e a continuidade da empresa, tendo em vista que o adequado
registro dos eventos econômicos permite conhecer sua realidade econômico-financeira.
Nesta unidade, você aprenderá sobre a formação dos elementos patrimoniais das empresas,
os quais são vislumbrados como a melhor forma de assimilação e reconhecimento de itens
nesses ambientes. Além disso, você vai estudar as demonstrações contábeis, as quais se
constituem como meio de “conversa” entre a empresa e os seus usuários, pois são fonte de
informação que auxiliam a tomada de decisão.
Objetivos Gerais
Apresentar a importância da Contabilidade como uma Ciência Social focada no estudo do
patrimônio da empresa, a aplicabilidade de seu objetivo, bem como seu campo de atuação, as
legislações e os princípios a que segue.
Objetivos de Aprendizagem
• Compreender a classificação dos elementos patrimoniais;
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2.1 Elementos Patrimoniais
Os elementos patrimoniais são os itens que compõem o Patrimônio de uma entidade. Você já
sabe que o Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma empresa, certo? A
partir de agora, você vai aprender quais são os critérios para o reconhecimento de tais bens,
direitos e obrigações e como classificá-los adequadamente na Contabilidade.
Existem, portanto, dois grupos importantes: Ativo (no qual são registrados os bens e os direitos)
e Passivo (no qual são registradas as obrigações da empresa). O Passivo contém também um
subgrupo importante denominado Patrimônio Líquido (PL) – como você verá adiante, este é o
grupo que representa o capital investido pelos sócios da empresa.
Todo Patrimônio, de pessoa física ou pessoa jurídica, inicia-se, sempre, por um capital
inicialmente investido, concorda? Isto é, para uma empresa iniciar suas atividades como tal, é
necessário que um sócio invista recursos seus ou pegue empréstimos para seu pontapé inicial.
Figura 2.1: Qualquer tipo de negócio precisa de recursos desde o registro até a locação de salas comerciais, com-
pra de produtos, equipamentos e despesas variadas
Em termos técnicos, uma entidade possui origens de recursos, que podem decorrer de capital
próprio ou de capital de terceiros – ou seja, de capital dos sócios ou de pessoas (físicas e/ou
jurídicas) externas à empresa. Tal capital será aplicado na empresa, seja por dinheiro, seja por
matéria-prima, por produtos ou outra forma.
A origem de recursos será sempre um item do Passivo (se for capital de terceiros) ou do
Patrimônio Líquido (se for capital próprio). Já a aplicação desses recursos será sempre um item
do Ativo, ficou claro para você?
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Origem de recursos
É de onde vêm os recursos que fazem parte do Patrimônio da empresa.
Fazem parte do Passivo ou do Patrimônio Líquido.
Aplicação de recursos
É onde são aplicados os recursos que fazem parte do Patrimônio da em-
presa. Fazem parte do Ativo da empresa.
Entretanto, não é qualquer item que será classificado como Ativo ou Passivo. Conheça, a seguir,
quais são os critérios para seus reconhecimentos e mensurações.
2.1.1 Ativo
Costuma-se dizer que os bens e direitos de uma empresa são seus Ativos, mas tenha em
mente que, contabilmente, não são todos os bens e direitos que serão registrados. Antes da
internacionalização das normas de Contabilidade, para um item ser considerado Ativo, bastava
que fosse um bem ou direito de propriedade da empresa, mensurável monetariamente e que
gerasse benefício econômico presente ou futuro.
Note que a principal diferença entre os conceitos consiste no controle, não na propriedade.
Nesse sentido, o controle passou a não ser condição de reconhecimento. É notório que muitos
Ativos estão associados a direitos legais, os quais incluem direito de propriedade, como
imóveis. Entretanto, a propriedade não é requisito para o reconhecimento, tendo em vista
que o controle dos benefícios econômicos satisfaz os critérios. Assim, um imóvel, objeto de
arrendamento mercantil, poderá ser reconhecido como Ativo caso a entidade controle os
benefícios dele decorrentes.
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Benefício econômico futuro
Produzir alguma vantagem para a entidade que se reverta sob forma de
benefício econômico.
Figura 2.2: Os estoques de mercadorias fazem parte de itens do Ativo das empresas quando obedecem aos requi-
sitos de reconhecimento e mensuração
Saiba que o benefício econômico de que trata o CPC corresponde ao seu potencial em
contribuir, direta ou indiretamente, para o fluxo de caixa da entidade. Conforme destaca o CPC,
esse potencial pode ser produtivo, quando fizer parte das operações da empresa, ou pode ser
conversível, quando efetivamente aumentar o caixa ou for capaz de reduzir as saídas de caixa.
Saiba mais
O potencial em gerar benefício econômico está ligado à probabilidade de
ocorrência, a qual é vista pelas normas internacionais como maior chance de
ocorrer o evento do que de não ocorrer.
Assim sendo, o benefício econômico futuro pode ser vislumbrado quando: um Ativo (ou mais
Ativos) é utilizado para venda ou prestação de serviços, quando um Ativo é trocado por outro
Ativo, quando um Ativo é usado para liquidar um Passivo ou quando um Ativo é distribuído aos
proprietários da entidade.
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Figura 2.3: O benefício econômico evidenciado pelo Ativo deverá se incorporar à entidade em algum momento do tempo
Para ser reconhecido como Ativo, considere que um item deve, então: ter a probabilidade de
gerar algum benefício econômico futuro e poder ser mensurado com confiabilidade.
Saiba mais
Uma informação é confiável quando ela é completa, neutra e livre de erro.
Esse conceito está ligado à representação fidedigna da informação gerada
pela Contabilidade e é muito importante!
São, então, exemplos de Ativos: dinheiro em espécie, valores depositados em contas bancárias
(contas-correntes, contas poupanças, aplicações financeiras), mercadorias em estoque,
matérias-primas, valores a receber de clientes ou outros, veículos, máquinas e equipamentos,
imóveis, terrenos, marcas etc. (FERREIRA, 2016).
Exemplos de bens
Dinheiro em espécie, estoques de mercadorias, máquinas e equipamen-
tos, veículos etc.
Exemplos de direitos
Valores a receber de clientes, valores a recuperar a título de crédito tri-
butário etc.
Bom, agora que você já conheceu o que é Ativo, a seguir, estudará sobre o Passivo das empresas.
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2.1.2 Passivo
O Passivo representa as obrigações da entidade e, conforme apresenta o CPC, “é uma obrigação
presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na
saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos” (CPC, 2011a, p. 23).
Figura 2.4: Os Passivos são considerados obrigações da entidade para com terceiros
Portanto, você pode concluir que são exemplos de Passivos: contas a pagar, impostos a pagar,
empréstimos que tenham sido contraídos e que precisam ser pagos, assim como a obrigação
de pagar seus juros e taxas etc. Tal qual ocorre com os Ativos, para um item ser reconhecido
como Passivo, ele deve ter a probabilidade de gerar algum benefício econômico futuro e ser
mensurado com confiabilidade.
A liquidação de uma obrigação presente pode acontecer de diferentes formas, por exemplo:
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Prestação de serviços.
Renúncia do credor.
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Dentro dos Passivos, há o conceito de provisão, você já ouviu falar sobre isso? Bom, provisão
consiste em um Passivo que possui prazo ou valor incerto. Isto é, há probabilidade da saída
de recursos, entretanto, não se sabe ao certo quando ocorrerá essa saída de recursos ou
qual o valor. Destaca-se que, por não saber o valor, não significa que não seja mensurado
com confiabilidade. As empresas devem se utilizar de fontes confiáveis, como especialistas
ou peritos, para apurar o valor aproximado da provisão. Entenda que o reconhecimento das
provisões é uma forma de as empresas se protegerem de gastos futuros, mas que decorrem
de obrigações já ocorridas. Um exemplo de provisão são valores devidos de ações judiciais que
correm contra a empresa e das quais há a probabilidade de perda.
Visto como um subgrupo do Passivo, o Patrimônio Líquido tem grande relevância na organização
dos elementos patrimoniais. A seguir, conheça suas características.
Figura 2.5: O Patrimônio Líquido representa a parcela dos sócios que existe na empresa
Embora o Patrimônio Líquido seja definido como um valor residual, ele terá subclassificações.
Veja um exemplo: Conta Capital Social, na qual são registrados os valores investidos pelos
sócios na empresa ou as contas de Reservas – tanto de lucros quanto de capital, que constituem
recursos destinados a fins específicos.
Até aqui, você conheceu todos os elementos patrimoniais: Ativo e Passivo – composto também
pelo Patrimônio Líquido. Dando continuidade, você compreenderá a classificação demandada
pela legislação para estes elementos. Confira.
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2.2 Circulante e Não Circulante
De acordo com a Lei das Sociedades por Ações e suas alterações, os Ativos e os Passivos de uma
entidade serão classificados como Circulante e Não Circulante. Funciona assim: essa referida
Lei determina que os Ativos sejam apresentados em ordem de liquidez, a partir do que for
Circulante e Não Circulante; e os Passivos devem ser apresentados em ordem de exigibilidade.
A classificação entre Circulante e Não Circulante relaciona-se ao curto e ao longo prazo – isto é,
período para recebimento ou liquidação de Ativos e Passivos, respectivamente. Assim sendo,
no curto prazo, veja que estarão registrados os direitos ou as obrigações que uma empresa irá
receber ou pagar até o fim do exercício social seguinte. No longo prazo, por sua vez, estarão
registrados os direitos ou as obrigações que a empresa irá receber ou pagar após o fim do
exercício social seguinte.
Estoques Imobilizado
Já a separação entre Circulante e Não Circulante, para os itens do Passivo, levam em consideração
o curto e o longo prazo das exigibilidades, sendo a classificação realizada em Passivo Circulante
e Passivo Não Circulante.
Uma empresa adquire, no dia 1 de junho 2018, um veículo no valor de R$ 80.0000. A empresa
combinou o pagamento do veículo em 25 parcelas iguais e sucessivas (R$ 3.200 cada parcela),
sendo a primeira paga em 10 de junho de 2018. Observe como é feito o registro desse evento
em 1 de junho de 2018.
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Aumento de R$ 80.000 no Ativo Não Circulante por meio do registro do veículo no subgrupo
Imobilizado e aumento de R$ 80.000 no Passivo da empresa, assim distribuídos:
Figura 2.6: Os itens adquiridos são reconhecidos no momento em que ocorre o fenômeno, não exigindo que a
obrigação seja quitada no momento da aquisição
Assim sendo, um evento que ocorre em 2018 (que tem como exercício social o calendário civil)
e que possui parcelas a receber ou pagar em data diferente à do evento terá recursos mantidos
no Circulante quando estes forem recebidos ou pagos até o dia 31 de dezembro de 2019, isto
é: até o fim do exercício social seguinte.
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Quadro 2.2: Conceito de demonstrações contábeis
Percebe-se, portanto, que as demonstrações contábeis são elaboradas, primária – mas não
exclusivamente, para os usuários externos à instituição. Você pode considerar como exemplos
de usuários externos: investidores, credores, fornecedores, governo etc. Eles fazem uso das
informações para sua tomada de decisão, como adquirir ações da empresa, continuar a
operação de fornecimento de produtos, taxar as atividades etc.
Figura 2.7: Os usuários externos possuem interesse nas demonstrações contábeis empresariais já que essas
pessoas ou órgãos não se encontram, necessariamente dentro da entidade ou envolvidas diretamente com ela
A ideia central das demonstrações contábeis é de que elas são elaboradas sob a premissa
subjacente da continuidade, isto é, são elaboradas e passam informações da empresa
ponderando-se que estas continuarão em operação nos próximos exercícios sociais e não
pretendem encerrar suas atividades em um período próximo de tempo.
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A partir das informações obtidas sobre as demonstrações contábeis e do conhecimento sobre
os contextos social, econômico e político em que estão inseridas, os usuários estimarão o
valor da entidade.
Para uma informação ser útil, é necessário que ela seja relevante e fidedigna.
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Uma informação fidedigna é aquela que apresenta os dados contábeis
com veracidade, tendo que ser, portanto, completa, neutra e livre de erro.
Balanço Patrimonial
ao fim do período;
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Figura 2.9: Demonstrações Contábeis são os relatórios que apresentam a posição
patrimonial, econômica, financeira e de desempenho das empresas
Como você já estudou as contas patrimoniais de uma empresa, fica mais fácil compreender a
composição do Balanço Patrimonial. Conforme requerido pela Lei das Sociedades por Ações
e suas alterações, essa demonstração contábil evidenciará, por meio do grupo Ativo e do
grupo Passivo, todo o patrimônio de uma empresa. Veja, no quadro a seguir, um exemplo de
Balanço Patrimonial.
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Quadro 2.3: Modelo de BP
Companhia Modelo
Balanço Patrimonial em 31/12/2018 – em milhares de Reais
Ativo Passivo
Fonte: Adaptado da Lei das Sociedades por Ações (1976) e do CPC (2011b).
Observe que a elaboração do BP deve seguir uma sequência: deve conter um cabeçalho, que
especifique qual a empresa que está reportando a informação, a data da demonstração e a
moeda apresentada. Além disso, os itens serão evidenciados da forma que você já aprendeu:
Ativo – Circulante e Não Circulante e Passivo – Circulante, Não Circulante e Patrimônio Líquido.
Para fixar melhor o entendimento sobre esse assunto, veja como elaborar um Balanço Patrimonial.
A Companhia Modelo S.A. é uma empresa comercial, isto é, compra mercadorias para revenda.
A empresa iniciou suas atividades no dia 01 de janeiro de 2018 com um Capital Social de R$
500.000, distribuídos da seguinte forma:
• Veículos: R$ 60.000
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A partir do exposto, veja como se elabora o BP da Companhia em 01/01/2018.
Companhia Modelo
Balanço Patrimonial em 31/12/2018 – em Reais
Ativo Passivo
Veja, portanto, que todos os itens patrimoniais foram evidenciados. No momento da abertura
da empresa, a Companhia Modelo não possuía obrigação para com terceiros. No entanto,
com a realização de suas atividades, é muito comum que essas obrigações venham a ocorrer
e ser reconhecidas.
Dando continuidade, a partir de agora, você estudará a apuração do resultado e sua evidenciação
na demonstração contábil que a representa.
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2.5 Apuração do Resultado e
Demonstração do Resultado do
Exercício
As empresas iniciam suas atividades com a prerrogativa de obter lucro. Assim, se inserem
em diferentes atividades, como o comércio, a prestação de serviços ou a indústria. Ao fim de
um exercício social, elas verificam todas as receitas auferidas e as despesas incorridas para
descobrir se obtiveram lucro ou prejuízo. Ficou claro? A seguir, compreenda como isso ocorre.
Primeiramente, é importante saber o que é resultado. De acordo com Ribeiro (2013), o resultado
apresenta as operações realizadas por uma empresa em um período. Assim, para apurá-lo,
você deve realizar o confronto entre as receitas e as despesas em um período, que consiste
em contas matemáticas simples: todas as receitas menos todas as despesas. Essa equação
pode apresentar três resultados: positivos, quando a empresa tem lucro; negativo, quando a
empresa tem prejuízo e nulo, quando tudo o que a empresa obteve de receita foi suficiente
apenas para cobrir suas despesas. Percebeu como é simples?
Atenção
Os termos “período” ou “exercício” referem-se ao exercício social da empre-
sa, ou seja, ao período contábil definido pela empresa para a consecução de
suas atividades. Muitas vezes, o exercício social das empresas coincide com o
calendário civil, iniciando-se em 01 de janeiro e encerrando-se em 31 de de-
zembro. A apuração de resultado é efetuada no último dia do exercício social.
Para a apuração do resultado é importante que você compreenda o que são receitas e despesas.
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Aumentos nos benefícios econômicos durante um período contábil, que
resultam em aumento do Patrimônio Líquido e que ocorrem por meio
de: aumento de Ativos ou diminuição de Passivos – e que não sejam de-
correntes de contribuição de sócios ou acionistas.
• Receitas de vendas;
• Lucro bruto;
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• Despesas com vendas, gerais, administrativas;
Nessas contas, serão registradas as transações que, ao apresentar saldo, serão evidenciadas na
Demonstração do Resultado do Exercício de uma empresa. Confira o balancete de verificação
referente às contas de resultado da Companhia Modelo, em 2018, imediatamente antes da
apuração do resultado do exercício.
Companhia Modelo
Balancete de verificação – janeiro de 2018 a dezembro de 2018
Conta Saldo devedor Saldo credor
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Figura 2.10: Apuração do resultado da Companhia Modelo
Apuração do Resultado do Exercício
R$ 48.000,00 R$ 100.000,00
R$ 5.000,00 R$ 6.000,00
R$ 3.000,00 R$ 5.000
R$ 56.000,00 R$ 111.000,00
Fonte: Elaborada pelas autoras (2018).
Perceba, a partir da apuração do resultado, que os saldos credores são superiores aos saldos
devedores em R$ 55.000 = 111.000 – 56.000. Isso significa que o lucro, antes do imposto de
renda e da contribuição social, é de R$ 55.000,00. Esse valor decorre do confronto direto entre
todas as receitas e despesas da empresa. Após esse confronto, as informações são evidenciadas
por meio da Demonstração do Resultado do Exercício.
Entenda a DRE como uma demonstração contábil que evidencia a performance da empresa
durante um período. Por meio dela, os usuários podem visualizar como foi que a empresa
obteve receitas e de que forma ela incorreu em despesas, de forma a permitir que o usuário
verifique como a empresa gera seus recursos.
A DRE pode ser elaborada de duas formas, a partir do método da natureza da despesas e
método da função da despesa. Pelo método da natureza da despesa, as despesas são abordadas
de acordo com sua natureza, como as depreciações, as compras de materiais, os gastos com
transporte, publicidade etc. A seguir, você encontra um exemplo de composição de resultado
com base no método da natureza da despesa.
Receitas
Outras receitas
Variação de estoque de produtos acabados e em elaboração
Materiais consumidos
Despesas com salários e benefícios
Outras despesas
Total das despesas
Resultado antes dos tributos
Despesas com tributos
Resultado líquido do exercício
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Pelo método da função da despesa, as despesas são apresentadas conforme sua função como
parte do custo dos produtos ou serviços vendidos. Assim, quando esse método é utilizado, é
necessário divulgar o custo dos produtos vendidos separadamente dos demais custos. Quando
as empresas optam por evidenciar esse método, elas devem declarar informações adicionais
sobre a natureza das despesas. Para fixar melhor, observe o quadro.
Receitas
Custo dos produtos vendidos
Lucro bruto
Outras receitas
Despesas de vendas
Despesas administrativas
Outras despesas
Resultado antes dos tributos
Despesas com tributos
Resultado líquido do exercício
A escolha pelo método é prerrogativa da empresa, de forma que reflita que, geralmente, essa
elaboração é conforme o melhor custo/benefício.
Lucro
Quando as receitas são superiores às despesas.
Prejuízo
Quando as despesas são superiores às receitas.
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Síntese
Os itens do Ativo são aqueles os quais a entidade possui controle, que decorrem de eventos
passados e dos quais esperam-se benefícios econômicos futuros. Os estoques de mercadorias
são, portanto, itens de Ativo.
Os itens do Passivo, por sua vez, consistem em obrigações da entidade que também decorrem
de eventos passados, as quais espera-se que a liquidação demande saída de recursos que
gerem benefícios econômicos. É representado pelo Capital de Terceiros. Uma obrigação de
pagar um fornecedor, que resulte de uma compra a prazo, é um exemplo de Passivo.
Os estudos foram focados em duas demonstrações principais no que diz respeito à posição
econômico-financeira e ao desempenho: o Balanço Patrimonial e a Demonstração do
Resultado do Exercício.
Ao evidenciar conjuntamente os itens de Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido, você tem o Balanço
Patrimonial, certo? Você viu que o BP apresenta a posição econômico-financeira de uma empresa
em um determinado momento do tempo. Costuma-se dizer que o BP é uma fotografia de todo o
patrimônio da empresa: reflete tudo o que a empresa tem em um momento específico.
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Referências
FERREIRA, R. J. Contabilidade básica. 14. ed. Rio de Janeiro: Ed. Ferreira, 2016.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade básica fácil. 29. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
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