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LIVRO DO
OITAVO ANO PROFESSOR
1
Volume
C O
O V
C SI
Grupos 1, 2 e 3
O U
N L
SI XC
EN O E
LÍNGUA PORTUGUESA
D US
A E
E
EM L D
ST IA
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AT
M
C O
Coordenação editorial Felipe A. Ribeiro
O V
Coordenação de design Diogo Mecabô
Autoria Fábia Alvim
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Editoria responsável Erika Akime Tawada Boldrin
Editoria pedagógica Anita Adas
O U
Editoria de conteúdo Daniela Paula de Melo Longo, Miriam Margarida Grisolia,
N L
Thalita Andrade
Controle de produção editorial Lidiane Alves Ribeiro de Almeida
SI XC
Assistência de editoria Mariane Genaro de Mello Feitosa, Mariana Paulino Silva
Preparação e revisão gramatical Fernanda Regina Braga Simon, Miriam Margarida Grisolia,
EN O E Leandro Pereira
Organização de originais Marisa Aparecida dos Santos e Silva, Luzia Lopes
Editoria de arte Vanessa Cavalcanti
Coordenação de pesquisa e licenciamento Maiti Salla
D US
C O
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EN O E
D US
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E
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Edgar Morin
ABERTURA DE CAPÍTULO
Traz elementos que
dialogam com o texto
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introdutório, buscando
contextualização e
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estimulando a reflexão
sobre o assunto em estudo.
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MÓDULOS
EN O E
Reunido em capítulos,
sistematiza a teoria que
será trabalhada no grupo.
Os exercícios referentes aos
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OBJETIVOS DO GRUPO
Relação dos objetivos de
aprendizagem a serem
desenvolvidos no grupo.
ST IA
SI ER
AT
M
EXERCÍCIOS
Agrupados para facilitar o
estudo e a revisão de conteúdos,
são divididos em exercícios
de aplicação, trabalhados em
sala, e exercícios propostos,
realizados em casa ou em
outros momentos.
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ORGANIZADOR VISUAL
Propõe uma revisão dos
conceitos e estabelece conexões
EN O E entre eles, proporcionando
uma articulação entre os
conteúdos do capítulo.
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ENCARTES E ADESIVOS
Apresentam recursos
complementares
ST IA
que enriquecem o
desenvolvimento
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dos módulos.
AT
M
PRODUÇÃO DE TEXTO
As folhas de redação são
destacáveis, facilitando
o uso pelo aluno e a
correção pelo professor.
C O
trabalhado, permite
E não do tamanho da minha altura...
o contato com As miniaturas são um
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Nas cidades a vida é mais pequena diversos autores. recurso discursivo que
C SI
Que aqui na minha casa no cimo
facilitam a contextualização
[deste outeiro. dos quadros com o texto
O U
principal, indicando nele
Na cidade as grandes casas fecham em que ponto a informação
N L
[a vista à chave, adicional está relacionada.
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Escondem o horizonte, empurram
[o nosso olhar para longe de todo
EN O E
Tornam-nos pequenos porque nos
[o céu,
VOCABULÁRIO
[tiram o que os nossos olhos nos Vanguarda: que está à VOCABULÁRIO
[podem dar, frente de seu tempo. Ter- Explica, de maneira
D US
mo inicialmente utilizado
E tornam-nos pobres porque a mais acessível e dentro
na guerra para designar
[nossa única riqueza é ver. aqueles que ficavam na do contexto, termos e
linha de frente do grupo conceitos, favorecendo sua
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NOTA
SI ER
NOTA
Traz informações
AT
históricas ou sobre
estudiosos que se
destacaram no contexto
M
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lam aspectos relacionados ao
estimulando a reflexão -ministro, que é o chefe de
meio ambiente. No Brasil, por
ao despertar a governo.
O V
exemplo, nos últimos anos,
curiosidade e o interesse. Nos sistemas presiden- formularam-se leis que vi-
C SI
cialistas, como no caso do savam ao fim da distribuição
Brasil, o chefe do Estado, ou gratuita de sacolas plásticas
seja, o presidente, também em supermercados. A moti-
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acumula a função de chefe vação dessa proibição é ten-
de governo.
NA PRÁTICA tar reduzir o excessivo consu-
N L
mo e, consequentemente, o
SI XC
Corrente do Golfo descarte desse material, que
A Corrente do Golfo é uma polui o meio ambiente, em
corrente marítima que se especial os mares.
EN O E origina no Golfo do México,
passa pela costa dos Estados
Unidos e vai em direção à Eu-
ropa. É responsável por aque-
cer muitos pontos da Europa
Ocidental, dentre os quais
D US
partes da Grã-Bretanha, da
NA PRÁTICA Noruega e da Irlanda. Se-
gundo pesquisadores, com o
Apresenta conceitos da
agravamento do efeito estu-
A E
SELOS
AT
Redação pág. 399 Encarte pág. 399 Redação pág.399 Encarte pág.399 Adesivo
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Este mapa mostra ligação entre os conteúdos
das disciplinas, sendo ponto de partida para
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um trabalho interdisciplinar.
C SI
LÍNGUA
PORTUGUESA
O U
Editorial, formação de
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palavras, checagem de
fatos e sustentação de
CIÊNCIAS
SI XC
MATEMÁTICA posicionamento DA NATUREZA
Geometria, números CS CN
Astronomia,
racionais e irracionais movimentos da Terra
EN O E clima, tempo e
mudanças climáticas
CN EF AR LP CS
D US
A E
FÍSICA
EM L D
HI CS CN LP MA
SI ER
AT
GEOGRAFIA
ARTE Organização política,
M
LP HI
GUE
PÁG.
12 CAPÍTULO 1
A E
Visão do jornal
E
EM L D
42 CAPÍTULO 2
Nossas opiniões
ST IA
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SA
AT
M
1 VISÃO DO JORNAL
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LÍNGUA PORTUGUESA
Módulos 1 e 2
O V
OBJETIVOS DO GRUPO OLHAR CRÍTICO
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A
• Analisar os interesses
que movem o campo internet é uma ferramenta muito presente em nosso cotidiano
O U
jornalístico, os efeitos das auxiliando-nos na obtenção de informações. No entanto, em meio
novas tecnologias nessa à vinculação de tantas informações, há também as enganosas.
N L
área e as condições que
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SI XC
fazem da informação um
produto, desenvolvendo soluções milagrosas para tudo: emagrecimento rápido, músculos mais
uma atitude crítica fortes em alguns meses e sem esforço, possibilidade de ganhar dinheiro
em relação aos textos
jornalísticos.
EN O E rapidamente etc. Também é muito provável que as pessoas já tenham
• Analisar e utilizar as lido notícias alarmistas, de enormes contaminações e riscos inestimáveis
formas de composição para a saúde ao se consumirem determinados produtos.
dos gêneros jornalísticos
argumentativos, como Parece bastante lógico que não podemos confiar cegamente em tudo o que
D US
os editoriais. lemos – mesmo que pareçam notícias publicadas nos mais sérios jornais.
• Analisar os processos de A internet tem seus caminhos: não mostra simplesmente a propaganda de
formação de palavras
uma maneira de, por exemplo, ganhar dinheiro rapidamente, mas estampa
por composição.
A E
• Identificar e comparar
uma pessoa cercada por carros e bens de grande valor.
E
EM L D
editorias de forma a Pessoas mal-intencionadas, ao utilizar a internet, podem nos fazer temer
refletir sobre os tipos de
o que, na realidade, não faz mal. Podem nos fazer perder dinheiro, apresen-
fato que são noticiados
e comentados. tando-nos um plano para ganhá-lo; por isso, precisamos saber exatamente
qual é a fonte da notícia para sermos capazes de julgar sua veracidade.
ST IA
• Analisar práticas e
textos pertencentes
a diferentes gêneros
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da cultura digital
envolvidos no trato com
a informação e a opinião.
AT
• Justificar as diferenças
ou as semelhanças no
tratamento dado a uma
mesma informação
M
veiculada em textos
diferentes, consultando
sites e serviços confiáveis
na apuração de fatos.
• Avaliar opiniões
explícitas ou implícitas,
argumentos e contra-
-argumentos em
textos argumentativos,
posicionando-se, de
forma sustentada,
adiante da questão
controversa.
ROMOLOTAVANI/ISTOCK
presente em todo o Ensino Fundamental e, da qual se organizam estes módulos é impor-
no oitavo ano, não é diferente. Neste capítu- tante para que os alunos, entre o oitavo e o
lo, será proposta uma discussão a respeito nono ano do Ensino Fundamental, tornam-
da urgente necessidade de os usuários da -se capazes de “analisar os interesses que
internet serem capazes de avaliar se uma movem o campo jornalístico, os efeitos das
notícia compartilhada é verdadeira ou não. novas tecnologias no campo e as condições
Esse julgamento crítico é importante para a que fazem da informação uma mercadoria,
elaboração de textos dissertativos-argumen- de forma a poder desenvolver uma atitude
tativos, a participação em rodas de conversas crítica em relação aos textos jornalísticos”.
e em debates, além de ser necessário para A percepção de que é necessária uma visão
entender o processo histórico que envolve crítica ao olhar para aquilo que se comparti-
determinada notícia. Por isso, quanto mais o lha na rede é indispensável aos estudantes.
C O
assunto fizer parte das discussões cotidianas
LÍNGUA PORTUGUESA
em sala de aula, melhor.
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Dia da Mentira, para cele- Veja […] a diferença entre fato e opinião, segundo um plano de aula
brar a importância da che-
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que foi criado em comemoração ao Dia Internacional da Checagem
cagem de dados no comba-
te às informações falsas. de Fatos:
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CAPÍTULO 1
[…]
Comentar com os alunos que a opi- O que é um fato? É algo que pode ser verificado e apoiado em evi-
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nião, por ser subjetiva, não é passí-
vel de comprovação como os fatos.
dências. Por exemplo, em 2017, Moonlight ganhou o Oscar de me-
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Portanto, uma opinião não pode ser lhor filme. Podemos checar essas informações olhando os registros
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classificada como verdadeira ou fal- do Oscar. Um fato pode ser compartilhado com sua fonte (isto é, de
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sa, por isso é importante que eles não
compreendam uma opinião como fato acordo com o site Academy Awards, Moonlight venceu em 2017) ou
e saibam, ainda, respeitar a opinião sem ela.
alheia, principalmente as que diver-
gem das deles. EN O E O que é uma opinião? A opinião é um ponto de vista, como La La Land
é um filme melhor do que Moonlight. Algumas pessoas podem achar
o contrário.
Disponível em: <coc.pear.sn/RjZdum6>. Acesso em: mar. 2019. Tradução nossa.
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tudo para terem suas páginas acessadas pelo maior número possível de
internautas. Um endereço de internet bastante visitado pode render muito
SI ER
Caça-cliques: conteúdos informações falsas ou, então, induzem o leitor ao engano, podem provocar
na internet cujo objetivo é
atrair uma grande quanti- impactos na vida de um grande número de pessoas e, muitas vezes, de
dade de pessoas para uma maneira prejudicial. No entanto, como podemos nos defender de possíveis
M
página ou site; tem senti- malefícios desse mercado em que a internet tem transformado o jornalis-
do negativo.
Lícito: permitido; confor- mo?
me a lei. • Devemos desconfiar. Títulos em letras maiúsculas, por exemplo, po-
Malefício: dano, mal, pre-
juízo.
dem ser uma estratégia desses caça-cliques para chamar a atenção
Mercado: conjunto de con- dos leitores. Além disso, precisamos desconfiar também de quem é o
sumidores que absorvem dono das informações. Não é difícil chegar ao nome de quem registrou
produtos e/ou serviços.
um domínio – e, com isso, ter mais informações que nos aproximem
Mercadoria: qualquer pro-
duto que pode ser com- de algo verdadeiro ou não. Podem-se, ainda, buscar imagens. Saber
prado ou vendido. onde determinada foto já foi publicada permite descobrir uma fraude
jornalístico-cibernética.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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Checando os fatos
Leia mais sobre como
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checar fatos e detectar
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SI XC
notícias falsas no texto
disponível em: <coc.pear.
sn/UXiYOgC>.
EN O E É importante não aceitar como verdadeiro tudo o que lemos. Fazer a distinção entre a
verdade e a mentira é um poder que se adquire com pesquisa e investigação.
• Para ter certeza de que uma informação é verdadeira, basta ter dispo-
sição e vontade para investigá-la e, só então, compartilhá-la. Nem toda
E
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PARA IR ALÉM
SI ER
O meio jornalístico está mais presente no dia a dia das pessoas do que elas
realmente se dão conta, seja pelas colunas no jornal impresso lido pela ma-
nhã, seja pelas notícias da cidade vistas no jornal da TV na hora do almoço,
seja pelos comentários esportivos ouvidos no programa de rádio à noite. Em
várias ocasiões, gêneros jornalísticos – escritos ou falados – estão presentes.
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A reportagem televisiva sobre a vida dos monges no Tibete é um gênero
desse meio. A notícia rápida que aparece na telinha de um ônibus é outro.
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A crônica de um colunista publicada todos os domingos é mais um. O edi-
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Donald Trump (1946-)
CAPÍTULO 1
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York. Ficou famoso como diverte o leitor de um portal jornalístico digital são gêneros textuais.
um empresário de sucesso,
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depois se tornou uma per- Certamente, você já se deparou com algum desses gêneros. Alguns são
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sonalidade televisiva e, em mais expositivos, outros, mais informativos; alguns são mais argumentati-
2016, disputou, pelo Partido
Republicano, as eleições pre- vos, outros, mais divertidos. Cada um deles pode, ainda, misturar isso tudo.
sidenciais dos Estados Unidos
EN O E Aos poucos, ao longo de sua formação escolar, você vai aprender a tomar
e foi eleito após derrotar a consciência dos elementos que caracterizam e diferenciam cada texto.
candidata Hillary Clinton, do
Partido Democrata. Nestes módulos, você vai conhecer melhor um editorial. Este gênero é um
Como empresário, liderou artigo em que se discute uma questão, apresentando-se o ponto de vista do
a empresa de construção civil
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respeito à questão climática. de todos os profissionais que a fazem funcionar, mostrando ao público-
Começar a falar do assunto
pela imagem de Trump situa o -leitor as opiniões e as posições que essa instituição assume perante a so-
leitor no tempo – determina o ciedade.
AT
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liderando) com o intuito de não aprovar medidas que di- Para a ideologia predominante hoje, contudo, mudanças
LÍNGUA PORTUGUESA
minuam seus lucros. É a tal lógica do “mercado”. Os nega- climáticas são vistas como uma “ameaça”. Afinal, uma das
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cionistas climáticos são, em geral, financiados por essas medidas mais urgentes é impor limites ao uso indiscrimi-
grandes corporações ou por grupos ultraconservadores nado dos nossos recursos naturais, contrariando grandes
C SI
de extrema-direita, que não querem perder seus atuais indústrias de petróleo e carvão, do agronegócio etc. Por
privilégios econômicos. A luta para manter esse atual sis- outro lado, não há qualquer interesse dos países ricos em
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tema econômico de concentração de renda não cessará. diminuir o consumo desenfreado. Não há uma consciência
Se cada casa puder gerar sua própria energia (solar ou global de que só teremos saída se atuarmos todos juntos.
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eólica), por exemplo, os grandes conglomerados energé- O enfrentamento das mudanças climáticas exige uma
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ticos e os governos perdem força para um sistema des- ação cuidadosamente planejada, coordenada e urgente,
centralizado, que é muito mais difícil de ser controlado que está muito além da lógica competitiva das indústrias
do que o modelo vigente.
EN O E que buscam aumentar o valor de suas ações o mais rá-
Pensando em um mundo no qual as mudanças climáticas pido possível e sempre crescer. Governos e iniciativa pri-
seriam realmente enfrentadas, teríamos obrigatoriamente vada geralmente fazem planos para quatro anos, ou, no
de redirecionar nossos padrões socioeconômicos, come- máximo, até dez anos. Porém, a humanidade tem de pen-
çando por uma forte redução do consumo, especialmente sar nas próximas décadas e séculos. A ciência das mudan-
D US
em países desenvolvidos, e isso, claro, vai contra toda a ças climáticas é muito clara: temos de agir agora, mudar
indústria e a economia como as conhecemos hoje. Nessa nosso nível de consumo e o uso dos recursos naturais do
perspectiva, deixaríamos de privilegiar o indivíduo para planeta e construir uma nova sociedade, mais igualitária
A E
priorizar o interesse comum maior. É premente implemen- e sustentável. Este é o embate das próximas décadas. A
tar fortes políticas públicas de reordenamento do modelo ciência há de vencer. Caso contrário, todos perderão.
E
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de desenvolvimento atual, propondo alternativas susten- ARTAXO, Paulo. A quem interessa atacar a ciência? E por quê? Jornal
táveis que garantam a preservação do meio ambiente. da USP. 28 fev. 2019. Disponível em: <coc.pear.sn/t0ZIlWk>.
Acesso em: jun. 2019.
ST IA
-se destacar três etapas de composição desse gênero, que costumam ser
levadas em conta por uma equipe de jornalismo. Analise cada uma delas Ação: cada uma das par-
a seguir. tes em que se considera
AT
Como o editorial costuma basear-se em um fato recente e relevante, é inte- Expoente: indivíduo que
ressante que o jornal não pressuponha que o leitor conheça profundamen- é visto como o principal
te a questão que será discutida. Por isso, deve-se fazer uma contextualiza- representante de algo ou
de algum lugar.
ção do assunto, apresentando-se ao público os pontos mais importantes, Inócuo: incapaz de produ-
que levem o leitor a compreender a situação a que se faz referência e, na zir o efeito pretendido.
sequência, a argumentação do jornal. Negacionista: quem nega
a realidade.
No caso do texto “A quem interessa atacar a ciência? E por quê?”, a contex- Premente: urgente; que
tualização ocorre, sobretudo, no primeiro parágrafo: a questão é “o recente exige solução rápida.
movimento global ‘anticiência’”, de modo geral, e, mais especificamente, o Robustez: característica
do que é sólido e/ou firme.
questionamento das mudanças climáticas.
C O
Uso de argumentos
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Como deve ser feito sempre que se afirma algo com alguma convicção, é
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de comprovar a validade do posicionamento escolhido. Feita a proposição,
que é considerada a tese, devem-se apresentar os alicerces que sustentam
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SI XC
ideologia de um veículo de informação, os argumentos podem ser menos
objetivos e não precisam, necessariamente, conter números, por exemplo,
EN O E ou citações de autoridades/especialistas no assunto.
É importante considerar que pode haver outros editoriais que tenham opi-
niões semelhantes relacionadas à questão tratada no texto, mas que utilizam
outros argumentos para comprová-las e, ainda, que existam posicionamen-
D US
tos bem diferentes, ou seja, um editorial pode, por exemplo, contestar resul-
tados científicos relacionados a mudanças climáticas e, inclusive, também
fazer menção a Donald Trump para contextualizar a questão discutida.
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GRUPO TEMÁTICO
Francis Bacon e o método científico
Francis Bacon nasceu em Londres, em 1561, e Nesse sentido, acreditando que o progresso da
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morreu, após uma experiência, em 1626. Dedi- humanidade deveria estar fundamentado nessa
cou-se desde jovem à política; no entanto, alguns busca pelo saber, cunhou a frase que ficou tão
SI ER
anos antes de morrer, passou a entregar-se mais famosa quanto sua visão de mundo: “O conheci-
intensamente à ciência. Como cientista, ficou mento é, em si mesmo, um poder”.
conhecido por ter sido o primeiro a esboçar uma GEORGIOSART/ISTOCK
metodologia científica.
AT
Comentar com os alunos que, por se Ele foi um dos maiores defensores de um mé-
tratar de um editorial, o texto apresen- todo experimental, conhecido como empirista:
ta um posicionamento relacionado a
acreditava que todo conhecimento poderia re-
uma questão que está em evidência. A
sultar de percepções sensíveis, ou seja, reconhe-
M
C O
ma ainda melhor, esses textos e perceber como eles apresentam ao leitor o
LÍNGUA PORTUGUESA
pensamento de uma revista ou um jornal a respeito de um tema.
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Em edições impressas, o editorial costuma aparecer logo nas primeiras pá-
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ginas. Em versões digitais, geralmente são encontrados na seção “Opinião”. Nestes módulos, será fundamentada
uma base para comparação entre edi-
Leia com atenção trechos mais importantes de dois editoriais, publicados
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toriais. É preciso que os alunos termi-
nem esse conjunto de aulas sabendo
por jornais diferentes e sobre um mesmo tema. Dessa forma, você poderá
N L
quais são os critérios a serem avalia-
comparar as opiniões, mas, especialmente, confrontar a forma como cada dos para a comparação de textos des-
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SI XC
se gênero. O objetivo central, com a
um dos veículos expressou a sua opinião, compreendendo que explicitá-la leitura dos textos selecionados, está
ou deixá-la implícita, por exemplo, pode fazer parte da linha editorial de na percepção de como a opinião pode
ser apresentada e também na obser-
uma empresa. EN O E vação da estrutura de um editorial
(contextualização, tese e argumen-
FERNANDO FAVORETTO
tos), que, por se tratar de um gênero
textual, será uniforme, independen-
temente da empresa ou da opinião
expressa por ela. Será trabalhada,
D US
de argumentos).
E
EM L D
VOCABULÁRIO
Compulsoriamente: de
modo obrigatório, à força.
ST IA
Sindicatos: associação
de indivíduos da mesma
SI ER
[…]
Além de modernizar as relações entre empregados e A crise econômica brasileira reduziu o mercado interno
empregadores, facilitando a contratação de mão de obra, de diversos produtos, especialmente os de maior valor.
a reforma trabalhista extinguiu a chamada contribuição Isso tem forçado indústrias, como a automobilística, a
sindical. Tratava-se, na verdade, de um imposto corres- rever seus planos, até mesmo com o fechamento de fá-
pondente a um dia de trabalho e descontado anualmen- bricas. Num momento em que precisa buscar formas de
te no salário de março de todo trabalhador com registro se sustentar financeiramente, boa parte dos sindicatos
em carteira de trabalho, fosse ou não sindicalizado. Esse tem de enfrentar problemas conjunturais que afetam o
C O
mecanismo de recolhimento compulsório assegurou, emprego em suas bases e de atuar de acordo com a nova
por sete décadas, a sobrevivência de sindicatos e ou- realidade criada pela reforma trabalhista.
O V
tras organizações de natureza sindical – e, sobretudo, a E já está à sua frente o desafio trazido pelas novas tec-
C SI
boa-vida de um grande número de dirigentes. A maioria nologias, que tornam os processos mais eficientes, de-
CAPÍTULO 1
desses sindicatos tinha pouco ou nenhum vínculo com os mandam menos mão de obra, até a mais bem preparada,
e criam novas formas de relacionamento entre empresas
O U
trabalhadores da base que diziam representar. Mais do
que defender os interesses dos trabalhadores, a estru- e trabalhadores – com o uso mais intenso do trabalho em
N L
tura sindical mantida pelo imposto sindical estimulou a casa ou a distância.
20
SI XC
criação de entidades e, claro, de cargos remunerados em Saberão os sindicatos brasileiros enfrentar todos es-
suas diretorias. ses desafios?
Os desafios dos sindicatos. O Estado de S. Paulo. 6 mar. 2019. Disponível em: <coc.pear.sn/FqWkxP8>. Acesso em: jun. 2019. Adaptado.
EN O E
D US
VOCABULÁRIO Texto II
Conjuntural: relativo à
Sem desconto
A E
resultante da conjunção
de divervos fatores.
ções sindicais, mas erra ao impor regras sem aviso e negociação.
MP: sigla de Medida Pro- Com a edição da medida provisória 873, racterizar a aceitação tácita por parte
visória. o governo Jair Bolsonaro (PSL) promo- do associado.
ST IA
tar os sindicatos.
é proibir descontos em folha, praticados
[…] há décadas. Doravante, haverá neces-
sidade de um boleto bancário ou outro
AT
ARQUIVO/ESTADÃO
princípio consagrado na reforma traba- modernizar a estrutura de representação.
lhista e validado pelo Supremo Tribunal
[…]
Federal.
Evidente que o governo não tem o pa-
Mas erra no modo – ao não dialogar
pel de fomentar organizações laborais,
com os sindicatos e dar margem a inter-
mas pode contribuir na busca de uma
C O
pretações de que promove uma ofensi- Página da primeira edição de
legislação razoável para o funciona- A Província de São Paulo,
LÍNGUA PORTUGUESA
va contra eles. antigo nome do jornal
O V
mento delas. O Estado de S. Paulo.
Sem desconto. Folha de S.Paulo. 6 mar. 2019. Disponível em: <coc.pear.sn/CAzb7Oi>.
C SI
Jornal O Estado de S. Paulo
Acesso em: jun. 2019.
O Estado de S. Paulo, também
conhecido como Estadão, é o
O U
jornal mais antigo em circu-
lação na cidade de São Paulo.
N L
Surgido em 4 de janeiro de
21
SI XC
PARA IR ALÉM 1875, com o nome A Província
de São Paulo, teve como fun-
dadores dois republicanos,
A origem do sindicalismo
EN O E Manoel Ferraz de Campos Sal-
No Brasil, a origem do sindicalismo confunde- conquistado direitos trabalhistas em seus paí- les e Américo Brasiliense, que
-se com a abolição da escravidão e a proclama- ses de origem. Desse modo, aqui no Brasil, eles procuravam combater, por
ção da República, no final do século XIX. Isso passaram a criar organizações, a fim de ga- meio de seu jornal, tanto a mo-
porque foi nesse período que muita mão de rantir boas condições aos trabalhadores. Com narquia quanto a escravidão. O
obra chegou da Europa. O trabalho escravo, o tempo, o tipo de organização foi evoluindo, lema que marcou o início desse
D US
então, foi substituído pelo assalariado. Esses até conquistarmos a estrutura sindical que co- diário de notícias permanece
trabalhadores, que eram imigrantes, já haviam nhecemos hoje. em voga ainda hoje: “fazer da
sua independência o apanágio
VOCABULÁRIO
SI ER
Contraproducente: aquilo
cujo resultado não corres-
AT
ponde ao esperado.
Fomentar: estimular, in-
centivar.
Pode-se dizer que a origem do sindicalismo no Brasil se deve à chegada dos
Laboral: relativo a trabalho.
M
Assim como o gênero textual exige, cada um dos textos anteriores apresen-
ta uma estrutura argumentativa, que demanda a apresentação do tema
(contextualização), uma tese e argumentos para sustentá-la.
A comparação entre os dois textos mostra que um mesmo tema pode ser Este é o momento oportuno para
avaliado com diferentes perspectivas por veículos de comunicação distin- aplicar o exercício 3 da seção “Para
conferir”, referente aos módulos 6 e 7.
tos. Além disso, é sempre possível avaliar a estrutura dos textos, de acordo
com as etapas que compõem a construção de um editorial, apresentadas
nos módulos anteriores.
C O
Pedir aos alunos que leiam o texto
individualmente e com atenção para Argumentos: apresentação de informações, dados e argumentos que
responder aos exercícios antes de
O V
fazerem a produção de texto. Isso sejam capazes de convencer sobre a tese.
facilitará o trabalho deles em grupo.
C SI
Além disso, é preciso levar em consideração que o editorial é um tex-
CAPÍTULO 1
O U
Este é o momento oportuno para apresentação da tese e do desenvolvimento (argumentos), o texto precisa
aplicar o exercício 4 da seção “Para
ter uma conclusão.
N L
conferir”, referente aos módulos 8 e 9.
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Neste módulo, você vai redigir um editorial. Para facilitar sua criação, será
SI XC
apresentada uma reportagem a ser usada como base. Leia-a com atenção.
EN O E
Câmeras de reconhecimento facial levam a 4 prisões no Carnaval do Rio
As 28 câmeras de reconhecimento facial instaladas em gestores da segurança pública estadual decidam sobre “a
Copacabana durante o Carnaval levaram para a cadeia viabilidade da implantação do sistema em escala”.
quatro criminosos com mandado de prisão em aberto, se- Em janeiro, quando o projeto foi anunciado, a PM havia
D US
gundo a Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro. A corporação explicado que o reconhecimento facial se dá por meio de
avalia que o projeto-piloto “passou no primeiro test drive um software desenvolvido pela empresa Oi. Segundo a
e que o sistema de leitura facial e de placa de veículos de- PM, a empresa oferece apenas a tecnologia do projeto,
monstrou que funciona com alto grau de precisão”. e o controle do banco de dados e a operação do sistema
A E
deveria estar cumprindo medida socioeducativa foi re- O teste, ainda de acordo com a corporação, não teve
conhecido e apreendido, e que um veículo roubado foi custos para o estado do Rio. Caso seja aprovado, porém,
recuperado ao ter a placa identificada. o projeto terá de passar por processo de licitação, de que
O monitoramento se deu de 1o a 6 de março (de sexta- outras empresas poderão participar.
ST IA
-feira a Quarta-Feira de Cinzas). As imagens captadas pelas A iniciativa de adotar um sistema de reconhecimento
câmeras eram transmitidas em tempo real para uma sala facial gerou preocupação ao Instituto Brasileiro de De-
SI ER
no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), ope- fesa do Consumidor (IDEC), que enviou uma carta à PM
rada por policiais militares e civis. O sistema comparava pedindo esclarecimentos em relação à segurança dos
os rostos das pessoas filmadas com fotos de procurados e dados coletados. Advogada e pesquisadora do programa
AT
disparava um alarme quando encontrava compatibilidade. de direitos digitais do IDEC, Bárbara Simões disse que é
“Mais importante do que o resultado numérico foi o preciso ter garantias de que as informações coletadas
aprendizado da equipe envolvida no projeto e a aplica- não correm riscos de vazamentos ou de má utilização por
M
bilidade do sistema. Assim como havia sido planejado, o parte do estado ou de terceiros. Ela alertou que informa-
software da Oi só congelou a imagem e acionou o alarme ções pessoais podem ser vendidas por empresas priva-
quando as câmeras capturaram a fisionomia de pessoas das, por exemplo.
procuradas pela Justiça ou a placa de veículo roubado, “Existe a justificativa da segurança pública, mas são mi-
tendo como base os bancos de dados da Polícia Civil e do lhões de pessoas que poderão ser vigiadas e, se isso cair
Detran”, diz o texto, que considera que o sistema pode nas mãos de pessoas erradas ou for usado negativamen-
ser aplicado como “uma poderosa ferramenta tecnológi- te, são milhões de pessoas que podem ser afetadas”, diz
ca na área de segurança pública””. Bárbara Simões.
O projeto passará por mais um teste neste fim de sema-
LISBOA, Vinícius. Câmeras de reconhecimento facial
na, para que seja produzido um relatório de avaliação. Se- levam a 4 prisões no Carnaval do Rio. Agência Brasil. 8 mar. 2019.
gundo a PM, o estudo fornecerá informações para que os Disponível em: <coc.pear.sn/QqPsf4c>. Acesso em: jun. 2019.
C O
ser humano na sua relação com as transformações do mundo. mentário recebe o título
LÍNGUA PORTUGUESA
Quando há invenções de diversos tipos ou quando queremos nos expressar de “Língua – Vidas em
O V
português” e tem direção
de um modo que a língua não possibilita, criamos palavras. Para tanto, há de Victor Lopes. O trailer
C SI
mecanismos que atuam nessas criações: os processos de formação de pala- pode ser visto no link:
vras. Um desses processos é chamado de composição. <coc.pear.sn/T3vXqZE>.
O U
Composição
N L
23
SI XC
É um processo pelo qual dois ou mais radicais diferentes se unem para
criar outra palavra, com significado próprio, muitas vezes bastante dife-
rente dos sentidos dos componentes que a originaram.
EN O E
O processo de composição se subdivide em dois tipos: justaposição e aglutinação.
D US
Justaposição
Ocorre quando os elementos que formam a nova palavra simplesmente se
justapõem – como o nome do processo já sugere –, isto é, quando se colo-
A E
cam lado a lado, sem que ocorra uma perda fonética (sonora) de nenhum
E
C O
Em + boa + hora = embora
O V
Perna + alta = pernalta
Lobo + homem = lobisomen
C SI
CAPÍTULO 1
O U
PURPLEIMAGES/ISTOCK
N L
24
SI XC
EN O E
D US
A E
E
EM L D
ST IA
Nas palavras formadas por aglutinação, além da perda sonora, há, obri-
gatoriamente, uma única sílaba tônica. Em “aguardente”, por exemplo, a le-
AT
tra “a” inicial perdeu seu acento original, pois a palavra nova está subordi-
nada a uma única tonicidade: a sílaba “den” é a mais intensa sonoramente.
M
C O
mal-humorado etc. gem", as palavras destaca-
LÍNGUA PORTUGUESA
das têm função de adjetivo.
O V
Observação: é importante lembrar que o advérbio “bem”, diferentemen- Há, além desse tipo de con-
te de “mal”, pode não se juntar com o elemento seguinte quando este não se junção, a locução adverbial,
C SI
a prepositiva, a conjuntiva,
iniciar por vogal ou por “h”. Então, é possível que tenhamos palavras como a verbal, a substantiva, a
bem-nascido, bem-falante, bem-mandado etc.
O U
pronominal e a interjetiva.
4. Não se usa hífen em locuções de todos os tipos, com exceção destes ca-
N L
Este é o momento oportuno para apli-
sos: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfei-
25
car o exercício 5 da seção “Para con-
SI XC
ferir”, referente aos módulos 10 e 11.
to, pé-de-meia (com o sentido de reserva financeira), ao deus-dará, à
queima-roupa.
EN O E
RAFAEL_TOZETTI/ISTOCK
D US
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
M
“Fim de semana” é um termo formado por composição, classificado como locução substantiva, que não admite hífen.
Exercícios de aplicação
1. Explique, com base no texto “Fato, opinião, crítica: a informação, seus atalhos e desvios”, a diferença
entre fato e opinião.
O fato é inquestionável, enquanto a opinião tem caráter pessoal, individual e pode variar de pessoa para pessoa.
C O
O V
C SI
2. Leia o que Paulo Nassar, professor da Universidade de São Paulo (USP) e presidente da Associação
CAPÍTULO 1
O U
N L
O valor da verdade na era das fake news
26
SI XC
Mas a busca pela verdade, é preciso dizer, não é uma tarefa exclusiva dos veículos de
comunicação. Do lado do leitor, também é preciso cuidado para interpretar as notícias,
VOCABULÁRIO avaliar a credibilidade de quem as veicula e, principalmente, não colaborar para a difu-
Viral: no contexto da
EN O E são de conteúdos falsos, uma tarefa que acaba dificultada pelo cunho ideológico dos
principais virais. A luta contra as fake news precisa ser encarada como uma via de mão
internet, são notícias,
fotos ou vídeos que
dupla. Se por um lado é preciso criar uma relação de confiança com o leitor, esse, por
se espalham muito sua vez, precisa valorizar as fontes confiáveis.
D US
rapidamente e atin- NASSIF, Lourdes. O valor da verdade na era do fake news, por Paulo Nassar. Jornal GGN. 26 fev. 2018.
gem um enorme nú- Disponível em: <coc.pear.sn/gcXKS6E>. Acesso em: jun. 2019. Adaptado.
mero de pessoas.
A E
Segundo o texto, a principal tarefa do leitor é não colaborar para a difusão de conteúdos falsos.
ST IA
b. Por que, segundo o texto, a luta contra as fake news precisa ser encarada como uma “via de mão
dupla”?
SI ER
Porque, por um lado, as fontes precisam criar uma relação de confiança com o leitor, mas, por outro, os internautas
para aquilo que publicam. Assim, com um grande número de acessos, ganham dinheiro. Por isso, muitos usam notícias –
C O
enormes proporções tanto a massa das abundância. As sociedades modernas têm to, a oferta de informações
LÍNGUA PORTUGUESA
notícias que circulam quanto as ocasiões a sua disposição muito mais do que ne- é grande demais em relação
O V
ao tempo que as pessoas
de sermos solicitados por elas. Os profis- cessitam em objetos, informações e con- têm para absorvê-las. A al-
sionais têm tendência a considerar esta tatos. Ou, mais exatamente, disso resulta ternativa A está incorreta
C SI
porque, na realidade, have-
inflação como automaticamente favorá- uma desarmonia entre uma oferta, não ria falta dessa seleção de
vel ao público, pois dela tiram proveito e excessiva, mas incoerente, e uma deman-
O U
informações mais importan-
tornam-se obcecados pela imagem liberal da que, confusamente, exige uma escolha tes. A alternativa B está in-
correta porque a tecnologia
N L
do grande mercado em que cada um, do- muito mais rápida a absorver. Por isso os tem permitido muito mais
27
tado de luzes por definição iguais, pode órgãos de informação devem escolher,
SI XC
conhecimento do que o ser
humano consegue digerir.
fazer sua escolha em toda liberdade. Isso uma vez que o homem contemporâneo A alternativa C está incor-
jamais foi realizado e tende a nunca ser. apressado, estressado, desorientado bus- reta porque a desarmonia
Na verdade, os leitores, ouvintes, teles-
EN O E ca uma linha diretriz, uma classificação não viria da abundância de
informações, mas da impos-
pectadores, mesmo se se abandonam a mais clara, um condensado do que é real- sibilidade de absorvê-las
sua bulimia*, não são realmente nutridos mente importante. adequadamente. A alterna-
tiva E está incorreta porque
por esta indigesta sopa de informações e (*) fome excessiva, desejo descontrolado. a desarmonia tem relação
sua busca finaliza em frustração. Cada vez
D US
Com o uso das novas tecnologias, os domínios midiáticos obtiveram um avanço maior e uma pre-
sença mais atuante junto ao público, marcada ora pela quase simultaneidade das informações, ora
pelo uso abundante de imagens. A relação entre as necessidades da sociedade moderna e a oferta
ST IA
b. o ser humano precisa de muito mais conhecimento do que a tecnologia pode dar.
c. o problema da sociedade moderna é a abundância de informações e de liberdade de escolha.
d. a oferta é incoerente com o tempo que as pessoas têm para digerir a quantidade de informa-
AT
ção disponível.
e. a utilização dos meios de informação acontece de maneira desorganizada e sem controle efetivo.
M
Exercícios propostos
6. Quais sites ou portais de notícias você costuma acessar? Por quê?
Resposta pessoal.
C O
RODRIGUES,L. H.; GALVÃO, Z. Educação Física na
não simplesmente validá-la. ção, vitaminas, dietas... uma relação infin- escola: implicações para a prática pedagógica. Rio
A alternativa B está incorre- de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
dável de materiais, equipamentos e pro-
O V
ta porque, de novo, deve-se
questionar o discurso da
C SI
mídia, que nem sempre tem
CAPÍTULO 1
O U
A alternativa D está incorreta corpo exigido, podem ocorrer mudanças de hábitos corporais. A esse respeito, infere-se do texto
porque o texto não defende
que é necessário
N L
a prática exacerbada de
exercícios físicos para a ga- a. reconhecer o que é indicado pela mídia como referência para alcançar o objetivo de ter um corpo
28
SI XC
rantia de beleza. A alterna- belo e saudável.
tiva E está incorreta porque
o texto não defende que se b. valorizar o discurso da mídia, entendendo-o como incentivo à prática da atividade física, para o
deva atingir um padrão de culto do corpo perfeito.
corpo idealizado pela mídia.
EN O E c. diferenciar as práticas corporais veiculadas pela mídia daquelas praticadas no dia a dia, conside-
rando a saúde e a integridade corporal.
d. atender aos apelos midiáticos em prol da prática exacerbada de exercícios físicos, como garantia
de beleza.
D US
Módulos 3, 4 e 5 | Editorial
A E
E
EM L D
Exercícios de aplicação
Responda às questões com base no texto "A quem interessa atacar a ciência? E por quê?".
ST IA
Trata-se do fato de que, recentemente, há muitas negações à ciência, como no exemplo das mudanças climáticas, que
b. Qual é o ponto de vista defendido no texto? Explique, mostrando a tese contida no editorial.
M
O ponto de vista defendido é o de que existe a tentativa de desconstruir a credibilidade científica, com o objetivo de
c. Considerando a equipe de jornalismo que assina esse editorial, debata com a turma e com o
professor a relevância que a questão discutida tem para essa instituição.
Como se trata da equipe de uma universidade, ou seja, uma instituição educacional e científica, defender a credibi-
lidade científica é fundamental, já que desconstruir a ciência pode prejudicar a confiança que se tem nas pesquisas
(tese) – contrárias às comprovações e aos estudos científicos –, não é possível produzir efeitos com a introdução do mé-
todo científico. Isso se deve ao fato de que a análise da ciência é inócua, porque o discurso contrário procura, justamente,
C O
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
C SI
3. Os “negacionistas climáticos” – expressão empregada no editorial – costumam ser financiados, se-
gundo o texto, por grandes corporações (como a indústria do petróleo) ou por grupos ultraconser-
O U
vadores. De acordo com o texto, que interesses essas instituições têm nesse tipo de financiamento?
Justifique sua resposta.
N L
Conforme o texto, o interesse dessas instituições é manter seus privilégios econômicos, já que alterações no mundo para
29
SI XC
combater as mudanças climáticas colocariam em risco os lucros que essas empresas costumam ter com a economia como está.
EN O E
4. Releia o seguinte trecho do artigo “A quem interessa atacar a ciência? E por quê?”.
D US
Pensando em um mundo no qual as mudanças climáticas seriam realmente enfrenta- 4. A alternativa A está incor-
reta porque a proposta do
E
EM L D
das, teríamos obrigatoriamente de redirecionar nossos padrões socioeconômicos […] texto é de que se diminua
o consumo, principalmente
em países desenvolvidos. A
a. a economia dos países desenvolvidos, que sofreriam com a diminuição do consumo. alternativa B está incorreta
porque a industrialização
ST IA
b. a industrialização, sobretudo em países subdesenvolvidos, para aumentar o consumo. para aumentar o consumo é
c. o incentivo à utilização dos recursos naturais, mesmo que não se encontrem opções sustentáveis. uma prática que, segundo o
texto, deve ser condenada. A
SI ER
d. o interesse comum, com a modificação de padrões de consumo, a serem retardados. alternativa C está incorreta
e. os benefícios a cada indivíduo, que deve ser livre para gastar como quiser. porque o que se espera do
futuro, na perspectiva do
jornal, são alternativas sus-
5. No início do texto, defende-se a ideia de que a desconstrução do discurso científico é uma investida,
AT
tentáveis de reordenamento
ou seja, um ataque. Mais para o final da argumentação, defende-se a ideia de que o enfrentamento de desenvolvimento atual
das mudanças climáticas representaria uma ameaça. Sobre essa relação estabelecida no texto, res- que garantam a preservação
ponda às questões a seguir. do meio ambiente. A alterna-
M
atacando a ciência e procuram desconstruir sua credibilidade, para que as mudanças climáticas pareçam inofensivas
outro lado, como a ideia de ameaça é uma visão ideológica com a qual o jornal não concorda, esta palavra aparece
C O
entre aspas, o que marca que o discurso é de outra pessoa e/ou empresa.
O V
C SI
CAPÍTULO 1
c. Ainda sobre os trechos do editorial destacados no item anterior, explique o que seria “um ques-
O U
tionamento propriamente dito”, segundo o que se pode depreender do texto.
Pode-se compreender que um questionamento legítimo é parte do discurso científico e da construção da ciência.
N L
30
SI XC
Um questionamento propriamente dito, portanto, seria válido nesse contexto; no entanto, como não o é, merece
ser combatido.
EN O E6. Diante da questão discutida ao longo do texto e do posicionamento que o jornal demonstra, que
proposta de intervenção é dada como parte das medidas para enfrentar as mudanças climáticas?
Mudar o nível de consumo dos produtos industrializados e de uso dos recursos naturais do planeta; construir uma
D US
sociedade mais igualitária e sustentável; propor ações conjuntas em todo o mundo; lutar contra a lógica do mercado.
A E
E
7. Sobre o texto, marque V para as afirmações verdadeiras e F para as afirmações falsas. Em seguida,
EM L D
uma guerra.
8. Por que, segundo o texto, no caso específico das mudanças climáticas, a posição de negação à ciên-
cia é emblemática?
O enfrentamento das questões climáticas vai exigir profundas mudanças no sistema socioeconômico […]. Os setores
econômicos que hoje arrecadam trilhões de dólares, obviamente, não têm interesse em diminuir seus lucros, mesmo à
custa de colocar em risco o futuro da humanidade e, em última análise, o futuro de seu próprio negócio.
Para a ideologia predominante hoje, contudo, mudanças climáticas são vistas como
uma ‘ameaça’. Afinal, uma das medidas mais urgentes é impor limites ao uso indiscri-
minado dos nossos recursos naturais, contrariando grandes indústrias de petróleo e
carvão, do agronegócio etc.
Nesse trecho, fala-se da possível “ameaça”, que analisamos anteriormente. Note que a palavra “afi-
C O
nal” introduz uma justificativa para o entendimento dessa suposta ameaça. Explique como isso
LÍNGUA PORTUGUESA
acontece nessa passagem.
O V
O fato de que uma das medidas mais urgentes é impor limites ao uso de recursos naturais justifica o sentimento de
C SI
ameaça que as grandes empresas têm diante do discurso científico sobre as mudanças climáticas.
O U
N L
31
SI XC
Exercícios propostos
EN O E
10. Analise o trecho a seguir, retirado do segundo parágrafo do editorial e, depois, selecione uma pas-
sagem relacionada diretamente a esse argumento, reiterando-o.
D US
“Governos e iniciativa privada geralmente fazem planos para quatro anos ou, no máximo, até dez anos. Porém, a humani-
11. Pesquise, em um dicionário, os sentidos que têm as palavras a seguir, retiradas do texto.
AT
a. Arrecadar
Receber em pagamento.
M
b. Conglomerado
Organização em que se reúnem empresas de diversos setores e ramos.
c. Embate
Oposição; reação; resistência
d. Vigente
O que vigora, tem validade.
C O
ta porque debater sobre o
método científico poderia 13. Enem
O V
ser um caminho para forti-
ficar o discurso da ciência. A
C SI
alternativa E está incorreta A última edição deste periódico apre- tino correto, procuram dispensá-lo em
CAPÍTULO 1
O U
e a iniciativa privada deixas- do ao tratamento dado ao lixo caseiro, incômoda. Se você sai de casa para jo-
sem de planejar apenas a aquele que produzimos no dia a dia. A gar o lixo em outra localidade, por que
N L
curto prazo e começassem a
traçar planos a longo prazo. informação agora passa pelo problema não o fazer no local ideal? É muita falta
32
SI XC
do material jogado na estrada vicinal de educação achar que aquilo que não é
que liga o município de Rio Claro ao correto para sua região possa ser para
13. Um editorial expõe a distrito de Ajapi. Infelizmente, no local outra. A reciclagem do lixo doméstico é
opinião de um veículo de
comunicação a respeito de
EN O E em questão, a reportagem encontrou um passo inteligente e de consciência.
temas importantes para a mais uma forma errada de destinação Olha o exemplo que passamos aos mais
sociedade. A alternativa A do lixo: material atirado ao lado da pista jovens! Quem aprende errado coloca em
está incorreta porque uma
das funções sociais do edi- como se isso fosse o ideal. Muitos mo- prática o errado. Um perigo!
D US
torial não é apresentar fatos radores, por exemplo, retiram o lixo de Disponível em: <http://jornaldacidade.uol.com.br>.
novamente, mas comentar Acesso em: 10 ago. 2012. Adaptado.
a respeito deles, de modo
suas residências e, em vez de um des-
crítico. A alternativa B está
incorreta porque o editorial,
geralmente, trata de assun-
A E
Esse editorial faz uma leitura diferenciada de uma notícia veiculada no jornal. Tal diferença traz à
tos abordados frequente-
tona uma das funções sociais desse gênero textual, que é
E
são assuntos de interesse a. apresentar fatos que tenham sido noticiados pelo próprio veículo.
público. A alternativa C está
incorreta porque o editorial b. chamar a atenção do leitor para temas raramente abordados no jornal.
não é feito para provocar a c. provocar a indignação dos cidadãos por força dos argumentos apresentados.
indignação dos cidadãos,
ST IA
mas para levá-los a refletir d. interpretar criticamente fatos noticiados e considerados relevantes para a opinião pública.
sobre o assunto abordado. e. trabalhar uma informação previamente apresentada com base no ponto de vista do autor da notícia.
A alternativa E está incorreta
SI ER
Exercícios de aplicação
M
Responda às questões com base nos textos "Os desafios dos sindicatos" (I) e "Sem desconto" (II).
1. De acordo com seu conhecimento sobre a estrutura de um editorial e comparando os textos apre-
sentados, responda ao que se pede.
a. Qual é o tema abordado nos dois editoriais apresentados?
O tema abordado são os efeitos que a reforma sindical proposta pelo atual governo poderá causar aos sindicatos.
gatoriedade da contribuição sindical por parte do trabalhador, as organizações sindicais enfrentarão outros desafios,
que não tiveram por anos e que dificultarão seu funcionamento, tais como a reformulação da estrutura interna de
empregos. Já a Folha de S.Paulo defende a opinião de que, apesar de a reforma acertar em enfatizar que a contribuição
sindical seja voluntária, o governo erra em impor as novas regras e não negociar com os sindicatos.
2. Copie, de cada um dos textos, argumentos que sustentam as opiniões apresentadas por eles.
C O
É possível encontrar mais de um argumento em cada um dos textos. Texto I: “Mais do que defender os interesses dos
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
trabalhadores, a estrutura sindical mantida pelo imposto sindical estimulou a criação de entidades e, claro, de cargos
C SI
remunerados em suas diretorias.”
Texto II: “Não surpreende que a medida, assinada às vésperas do Carnaval, já provoque veemente reação contrária das
O U
entidades sindicais, pressionadas por uma queda abrupta na arrecadação – em 2018, elas coletaram cerca de R$ 500
N L
milhões, numa queda de quase 90% em relação ao ano anterior”.
33
SI XC
3. Qual é a relação entre os subtítulos dos textos e a opinião central (tese) deles?
EN O E
Os subtítulos sintetizam a opinião central de cada texto.
4. Note que o texto I é encerrado com uma pergunta, estratégia que não seria válida caso o texto fosse
D US
uma dissertação de vestibular, por exemplo, mas que pode acontecer em um editorial. Observando
os argumentos apresentados no texto em questão, é possível dizer que a pergunta tem o intuito de
deixar dúvidas para o leitor solucionar e/ou refletir?
Ao observar o texto como um todo, é possível concluir que a pergunta não pretende deixar dúvidas para o leitor, mas, sim,
A E
uma mensagem implícita: os sindicatos brasileiros se encontram em situação muito dificultosa, da qual, provavelmente,
E
EM L D
5. Depois de ler o texto II, é possível pensar em mais de um sentido para o título dele. Apresente dois
entendimentos possíveis para o nome dado ao editorial.
SI ER
É possível que a expressão “sem desconto” se refira ao fato de que não será mais aceito desconto do valor da contribuição
sindical direto da folha de pagamento dos funcionários ou que ela se refira à falta de diálogo e abertura do governo com
os sindicatos. Nesse segundo sentido, a expressão “sem desconto” pode ser entendida como “sem negociações”.
AT
6. Entre os argumentos apresentados no editorial da Folha de S.Paulo, há um trecho em concordância 6. Nessa passagem, o texto
M
com as considerações feitas pelo Estadão. Esse trecho é: da Folha de S.Paulo cita a ne-
cessidade de modernização
a. “Com a edição da medida provisória 873, o governo […] promoveu mais uma alteração na co- como um desafio aos sindi-
brança das contribuições destinadas a sustentar os sindicatos.” catos, questão também abor-
dada no texto do Estadão.
b. “Como reação ao que o governo entende como ativismo judicial contrário aos princípios da refor-
ma, a MP impõe autorização prévia individual do trabalhador […].”
c. “Evidente que o governo não tem o papel de fomentar organizações laborais, mas pode contri-
buir na busca de uma legislação razoável para o funcionamento delas.”
d. “Haverá, decerto, forte pressão das centrais para alterar ou derrubar o texto durante sua tramita-
ção no Congresso.”
e. “Um enfrentamento pode se mostrar contraproducente agora, quando entidades começam a
reconhecer que precisam modernizar a estrutura de representação.”
C O
8. Em qual dos dois editoriais a tese é mais explícita? Justifique com uma passagem do texto.
O V
No texto II, a opinião do jornal é mais explícita, já que o texto apresenta termos e passagens que não deixam dúvidas
C SI
CAPÍTULO 1
sobre sua definitiva opinião. Um exemplo é a passagem “O governo está correto ao tentar eliminar dúvidas quanto ao
caráter voluntário e individual das contribuições, princípio consagrado na reforma trabalhista e validado pelo Supremo
O U
Tribunal Federal.
N L
Mas erra no modo – ao não dialogar com os sindicatos e dar margem a interpretações de que promove uma ofensiva
34
SI XC
contra eles”.
EN O E
D US
Exercícios propostos
Respondas às questões 9 a 11, com base no texto "Os desafios dos sindicatos".
A E
a. alicerce.
b. categoria.
c. origem.
AT
d. pedestal.
e. suporte.
M
março de todo trabalhador com registro em carteira de trabalho, fosse ou não sindicalizado.”
IMAGINIMA/ISTOCK
C O
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
C SI
O U
N L
35
SI XC
EN O E
Essa imagem pode ser relacionada a que desafio, mencionado no primeiro texto, que os sindicatos
D US
têm de enfrentar?
Ao mostrar um robô fazendo o trabalho de recepcionista, a imagem pode ser relacionada ao desafio que as novas
tecnologias criam na oferta de trabalhos, pois elas possibilitam a utilização de menos mão de obra, o que pode gerar
A E
mais desemprego.
E
EM L D
ST IA
Exercícios de aplicação
SI ER
1. Depois de ler o texto “Câmeras de reconhecimento facial levam a 4 prisões no Carnaval do Rio”,
AT
responda ao questionário seguinte, a fim de demonstrar que você entendeu o assunto tratado e
conseguiu terminar a leitura com uma opinião formada.
a. Qual é o tema do texto que você acabou de ler?
M
O tema é a utilização, como teste, de câmeras de reconhecimento facial pela Polícia Militar no Carnaval do Rio de Janeiro,
do IDEC, apesar de salientar que existe uma justificativa da segurança pública para a utilização das câmeras de reco-
nhecimento facial, disse que é preciso pensar na privacidade das pessoas e ter garantias de que as imagens captadas
C O
por outro, esses olhos eletrônicos nos expõem ainda mais quando estão em locais públicos. O que
você acha do uso dessas câmeras? Na sua opinião, esse recurso apresenta mais benefícios ou prejuí-
O V
zos? Justifique suas respostas. Você pode inspirar-se nos prós e nos contras mencionados no texto.
Resposta pessoal.
C SI
CAPÍTULO 1
O U
N L
36
SI XC
4. a. Solicitar aos alunos que 4. Depois da leitura do texto “Câmeras de reconhecimento facial levam a 4 prisões no Carnaval do Rio”,
debatam o tema com os co- reúna-se com mais três colegas. O grupo formará a equipe de um jornal, que deverá elaborar um
legas de grupo. Observar
se eles compreenderam a
EN O E editorial com base no texto lido. Colaborativo
temática do texto e se to- Como fazer
dos estão participando da
discussão. Caso necessitem,
a. Discutam sobre o tema e reflitam a respeito de propostas de tese que podem unificar os posicio-
os grupos podem solicitar a namentos individuais de cada membro da equipe. De acordo com essa reflexão, pensem em um
D US
ajuda do professor. ponto de vista que resuma e demonstre a visão de mundo que sua “empresa jornalística” tem.
b. Se julgar pertinente, per- b. Para organizar previamente suas ideias, antes de iniciar a produção, preencha a tabela a seguir.
mitir que os alunos façam a
Vocês deverão elaborar, ao menos, três argumentos para sustentar a tese, podendo apresentar
pesquisa utilizando celulares
ou, então, fornecer outras dados e fatos. Para isso, lembrem-se de utilizar o texto-base, mas sabendo que podem buscar in-
A E
fontes de pesquisa, levando formações em outras fontes. Na tabela, é melhor que vocês organizem as ideias em tópicos, não
E
impressas matérias relacio- sendo necessária a criação de períodos. Ao finalizar o preenchimento das lacunas, vocês estarão
EM L D
Argumento 3
Conclusão
C O
d. Agora, com o tema definido, os argumentos elaborados e as ideias organizadas, seu grupo deverá
LÍNGUA PORTUGUESA
produzir um texto do gênero editorial, abordando o tema extraído da reportagem “Câmeras de
O V
reconhecimento facial levam a 4 prisões no Carnaval do Rio”. Use a folha de produção de texto
no final do livro. Redação pág. 301
C SI
Lembrem-se de representar a opinião da empresa jornalística hipotética e de seguir os passos
apresentados na teoria. Caso queiram, vocês podem criar também um nome para o jornal que
O U
representam.
N L
Exercícios propostos
37
SI XC
5. Vivemos em um mundo em que somos expostos mais do que gostaríamos e que, muitas vezes, é
praticamente impossível evitar alguns tipos de exposição. Você acha que ainda é possível garantir
EN O E
certa privacidade? Se sim, explique como.
Resposta pessoal.
D US
A E
E
EM L D
ST IA
6. Caso sua escola adotasse o uso de câmeras de reconhecimento facial, qual seria sua opinião a res-
peito disso? Quais argumentos você usaria para sustentar esse posicionamento?
SI ER
Resposta pessoal.
AT
M
Exercícios de aplicação
1. Um exemplo de palavra formada por composição é
a. pedreiro.
b. nervosamente.
c. segunda-feira.
d. ilegal.
C O
e. refazer.
O V
2. A palavra composta “viandante” tem o mesmo sentido de “viajante”. Com base nessa informação,
C SI
responda às questões a seguir.
CAPÍTULO 1
a. Por quais elementos você supõe que essa palavra seja formada?
O U
A palavra “viandante” é formada pelos radicais “via” e “andante”.
N L
b. Tal palavra é composta por justaposição ou por aglutinação? Explique.
38
SI XC
É formada por aglutinação, pois há uma perda fonética (perde-se o som do “a”).
EN O E 3. Use uma palavra formada por composição (justaposição ou aglutinação) para nomear o que é retra-
tado em cada uma das imagens a seguir.
a. b. c.
SMILEUS/ISTOCK
KANOKE_46/ISTOCK
KANOKE_46/ISTOCK
D US
A E
E
EM L D
4. As palavras compostas podem ser formadas por elementos de classes gramaticais iguais ou distintas:
SI ER
• verbo + verbo;
• substantivo + adjetivo;
• numeral + substantivo;
AT
• advérbio + adjetivo;
• substantivo + preposição + substantivo etc.
M
Sabendo disso, indique a classe gramatical de cada elemento que forma as palavras compostas a seguir.
a. Beija-flor
Verbo + substantivo
b. Vaivém
Verbo + verbo
c. Bem-bom
Advérbio + adjetivo
d. Maldizer
Advérbio + verbo
e. Pai de família
Substantivo + preposição + substantivo
Exercícios propostos
6. Justifique a presença de hífen nos casos a seguir.
a. Para-choque
C O
LÍNGUA PORTUGUESA
Usa-se hífen em palavras compostas cujos elementos constituintes não perderam seu significado próprio no processo
O V
de formação.
C SI
b. Criado-mudo
Usa-se hífen em palavras compostas sem preposição e cujo primeiro elemento seja substantivo, verbo, adjetivo
O U
ou numeral.
N L
c. Mal-habituado
39
SI XC
Usa-se hífen em palavras compostas com os advérbios “bem” ou “mal”, se o elemento seguinte se iniciar por vogal
8. Imagine que você tivesse a função de mudar o nome dos objetos que existem no mundo, mas com
a condição de que esses nomes fossem formados por composição. Como você renomearia cada um
dos seguintes objetos?
A E
a. b. c.
MALERAPASO/ISTOCK
DEEPBLUE4YOU/ISTOCK
LILIBOAS/ISTOCK
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
M
Resposta pessoal. Sugestão: gira-gira. Resposta pessoal. Sugestão: tira-foto. Resposta pessoal. Sugestão: sempre-linda.
9. Considerando as respostas do exercício anterior, indique a regra que justifica a presença ou a ausên-
cia de hífen em cada nome inventado.
a. Resposta pessoal.
b. Resposta pessoal.
c. Resposta pessoal.
C O
F
ganhar dinheiro facilmente.
O V
F Fatos com informações muito distintas nas diversas fontes em que foram publicados.
C SI
C Fatos noticiados de maneira semelhante ou idêntica por muitas páginas ao mesmo tempo.
CAPÍTULO 1
O U
Módulos 3, 4 e 5
2. Selecione as etapas de elaboração de um editorial.
N L
40
SI XC
X Contextualização Divisão em versos e estrofes
Módulos 6 e 7
3. Leia a afirmação a seguir e assinale as palavras que a completariam corretamente.
D US
narrativas – acontecimento
A E
X opiniões – fato
E
EM L D
Módulos 8 e 9
4. A base de um editorial pode ser um fato, mas ele deve conter, necessariamente, um(a)
ST IA
Módulos 10 e 11
5. Analise a imagem a seguir e complete a lacuna.
M
LILIBOAS/ISTOCK
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
EDITORIAL
C SI
O U
Contextualização
N L
41
Defesa de tese
SI XC
Uso de argumentos
EN O E
D US
A E
Tema
Argumentação Posicionamento
E
EM L D
determinado
ST IA
SI ER
Fato Opinião
AT
2 NOSSAS OPINIÕES
C O
LÍNGUA PORTUGUESA
Módulos 12 e 13
O V
Não há dúvidas de que alcançamos
grande democratização no ato comu-
COMENTÁRIO DO LEITOR
C SI
nicativo. Se, antes, o posicionamento
P
da maioria das pessoas ficava restrito
ao seu próprio círculo de contatos, rovavelmente, você já deve ter se deparado, em suas
O U
próximo fisicamente, hoje as pers- navegações pela internet, com comentários feitos
pectivas de cada um podem ter amplo
por leitores. Em jornais digitais, isso é bastante co-
N L
alcance, virtualmente, em função das
múltiplas possibilidades que a inter- mum. Basta acessar uma notícia, uma reportagem, um ar-
42
SI XC
net oferece. As dinâmicas textuais do
universo digital – e nisso se inserem os tigo ou um texto de qualquer outro gênero e rolar a pági-
gêneros textuais digitais – são a com- na até o fim para encontrar a opinião de quem leu o texto
provação disso. Neste capítulo, ganha-
EN O E
rá destaque o comentário do leitor, em questão.
que pode se enquadrar em um desses
gêneros. Além disso, a existência da
checagem dos fatos – procedimento
que resulta, justamente, de um mun-
do onde se divulgam informações com
D US
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
C SI
O U
N L
43
SI XC
EN O E
D US
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
M
C O
como nos espaços físicos coletivos.
Além desse entendimento básico que deve orientar a escrita de um co-
O V
mentário, há uma estrutura textual a ser observada. Como todos os outros
C SI
CAPÍTULO 2
O U
guagem que lhe é conveniente.
N L
Como exemplo, imagine que um leitor redigisse um comentário sobre um
44
SI XC
artigo cujo tema fosse “liberdade de expressão”. Uma possibilidade de texto
seria esta:
EN O E
D US
mesmo que expor ideias livremente. Há de se ter muita cautela quanto a essa
Responder Denunciar
C O
O nome do autor do comentário é seguido pela indicação de quando ele
LÍNGUA PORTUGUESA
foi publicado. Afinal, para um texto ser compreendido em sua totalidade,
O V
não se pode desprezar o momento em que ele foi escrito ou publicado,
C SI
pois isso serve para contextualizá-lo. A interpretação de um texto, até
mesmo de um comentário de leitor, pode depender de situá-lo quanto ao
O U
aspecto temporal.
N L
Finalmente, então, aparece o comentário. Sua extensão costuma ser
45
SI XC
breve, limitando-se a um ou dois parágrafos. No exemplo dado, grama-
ticalmente, ele não contém desvios. Isto é importante: a credibilidade de
um comentário é reforçada se a linguagem usada é construída com cui-
EN O E
dado. Não é necessário que haja extrema formalidade, mas a correção e,
especialmente, a clareza resultante da organização formal das ideias são
fundamentais.
D US
Todas essas opções, no entanto, devem ser usadas com cautela. A resposta
ao autor do comentário também deve ser respeitosa, assim como o próprio
SI ER
C O
fontes – para, somente então, poderem afirmar com certeza o que é falso
e o que é verdadeiro.
O V
Esses jornalistas são os checadores de fatos. Eles fazem um papel que
C SI
CAPÍTULO 2
nós, meros internautas, nem sempre somos capazes de fazer, pois se trata
de uma habilidade que só se alcança com o tempo e com o exercício da
O U
checagem. Checar nada mais é que pesquisar. Assim como, na escola, preci-
N L
samos, às vezes, pesquisar sobre um tema proposto, os checadores de fatos
46
SI XC
daquilo que circula nas redes.
EN O E É claro que nós, internautas por diversão, não nos tornaremos checado-
res da noite para o dia, mas isso não quer dizer que não sejamos capazes
de, seguindo algumas dicas, proteger-nos, ao menos um pouco, contra as
fake news. Leia, no texto a seguir, algumas dicas que podemos colocar em
prática para escapar das mentiras da internet.
D US
rede, aparecem “10 dicas para verificar os vídeos virais que circulam pelas redes so-
ciais”. Só por saber que uma instituição que preza mundialmente pela checagem de
fatos publicou um texto assim, logo chegamos a duas conclusões: 1) os vídeos que
viralizam por aí podem ser um enorme problema de disseminação de notícias falsas;
ST IA
e 2) é preciso que todo internauta saiba qual é, pelo menos, a principal dessas dicas.
SI ER
DELPIXART/ISTOCK
AT
M
C O
Como, então, resolver a questão? No mesmo texto, aparecem as dicas. E adivi-
LÍNGUA PORTUGUESA
nhe qual é a primeira delas? Pensar criticamente. Com o crescimento da internet,
O V
que nos bombardeia de informações acompanhadas de imagens, cores e visuais
que parecem muito reais e confiáveis, nós, que navegamos pela rede, estamos, de
C SI
fato, desaprendendo a pensar. Temos uma arriscadíssima tendência a aceitar o
que parece verdadeiro como algo de fato verdadeiro – e, então, caímos em muitas
O U
e muitas armadilhas, que podem influenciar opiniões pessoais individuais – e, por
vezes, em massa.
N L
47
Há, ainda, outras dicas importantes, como checar se detalhes do vídeo mudam de
SI XC
acordo com quem compartilha ou, então, se ele foi filmado na data em que, segun-
do quem compartilha, o suposto fato aconteceu. Mas, se pensarmos bem, tudo isso
é secundário. O que vale, acima de tudo, é realmente ter um olhar crítico. E, na ver-
EN O E
dade, pensar criticamente não é importante apenas para quem quer detectar fake
news, mas, sim, para todos nós, em vários campos de nossas vidas – talvez em todos.
Fábia Alvim. Texto escrito com base nas informações
disponíveis em: <coc.pear.sn/9QF9UjG>. Acesso em: jun. 2019.
D US
PARA IR ALÉM
A E
E
EM L D
Ministério da Saúde
MINISTÉRIO DA SAÚDE
C O
trata de “identificar e avaliar teses/ mas é possível que carreguemos uma boa dose de posicionamentos sobre
opiniões/posicionamentos explícitos as mais diversas polêmicas.
O V
e implícitos, argumentos e contra-ar-
gumentos em textos argumentativos Infelizmente, entre essas polêmicas, há assuntos que deveriam ser con-
C SI
do campo (carta de leitor, comentário,
CAPÍTULO 2
artigo de opinião, resenha crítica etc.), senso em uma sociedade. Um deles é o que se refere aos direitos humanos.
posicionando-se diante da questão Há quem acredite que nem todos os seres humanos merecem condições
O U
controversa de forma sustentada”.
favoráveis para viver bem. Se pararmos para pensar, de forma solidária,
N L
sobre essa ideia, perceberemos quanto ela é descabida – nenhuma vida
48
tem mais ou menos valor do que outra. Ainda assim, existe a necessidade
SI XC
de se argumentar em favor desses direitos.
EN O E O texto que você lerá a seguir aborda, especificamente, os direitos das
crianças. Ao mesmo tempo em que é altamente informativo, proporcionan-
do ao leitor uma série de conhecimentos sobre o assunto, ele sustenta um
posicionamento favorável aos direitos infantis. Você poderá perceber que
isso se dá desde o título.
D US
nal dos Direitos das Crianças. Essa data foi escolhida por- Declaração não tinham a obrigação de colocar em prática
E
EM L D
que, em 1959, foi assinada a “Declaração dos Direitos das esses direitos. Por outro lado, o segundo documento, que
Crianças”. Já em 1989, o principal documento orientador é o mais aceito em direitos humanos, obriga os países
no sentido da proteção e garantia desses direitos, a “Con- signatários a adotarem medidas de garantia dos direitos
ST IA
venção Internacional sobre os Direitos das Crianças”, foi das crianças na prática. O Brasil assinou os dois.
assinado por 196 países (todos os países que compõem a A lei brasileira específica para esse público é o Estatuto
ONU, menos os Estados Unidos).
SI ER
sobre a necessidade de os países adotarem medidas de que precisam ter suas necessidades básicas garantidas,
respeito e proteção integral, dando a eles condições de
SKYNESHER/ISTOCK
C O
[...]
dar a possibilidade de crianças, adolescentes e adultos
LÍNGUA PORTUGUESA
Embora o ECA seja uma lei bastante avançada e refe-
O V
rência mundial, ainda há muito o que ser aprimorada. conhecerem esses direitos a fundo e suas responsabili-
Pouco se fala sobre crimes relacionados à internet, so- dades perante eles.
C SI
bre publicidade e consumo voltado ao público infanto- Crianças e adolescentes são uma parte ativa da socie-
juvenil, sobre o estabelecimento de regras mais justas e dade e, se estiverem bem informados, têm uma enorme
O U
menos discriminatórias para adotar uma criança ou um capacidade de transformação, tornando este mundo um
lugar melhor para todos viverem. Por fim, é importante
N L
adolescente. Também é importante incluir a educação
49
em direitos humanos explicitamente, ampliar ações de saber que o ECA não é apenas um conjunto de direitos;
SI XC
proteção e direitos para as crianças portadoras de de- é um convite para que todos vejam as crianças e ado-
ficiências, incluir artigos sobre a questão de gênero na lescentes como uma parte importante da sociedade, que
infância e adolescência, entre tantos outros. Porém, o
EN O E deve ser respeitada e protegida e que, se assim for, terá
maior desafio que temos é colocar todo o Estatuto da como consequência adultos respeitadores e conscientes
Criança e do Adolescente em prática. do seu papel social.
Hoje as crianças e os adolescentes brasileiros têm os
GUARANY, Patrícia. Os direitos das crianças devem ser comemora-
seus direitos garantidos de maneira diferente depen-
D US
nossas opiniões não está mais restrita aos espaços físicos por onde passa- Mundo analógico: remete-
mos. Sequer está limitada ao alcance dos meios impressos de que, porven- -se ao mundo real, em opo-
tura, possamos dispor. A revolução digital que vivemos permite que nossas sição ao mundo digital.
ST IA
Das muitas ideias que surgem no espaço virtual, boa parte não se susten-
ta em razão da fragilidade argumentativa. Isso pode ter graves consequên-
cias, especialmente quando se trata de assuntos políticos. Uma tese infun-
dada, se levada a sério por quem tem acesso a ela, pode impedir avanços
em uma sociedade ou até mesmo favorecer retrocessos.
Por isso, é extremamente importante a existência de textos bem argu-
mentados e bem construídos, como esse apresentado anteriormente, sobre
os direitos das crianças: veja que, para manter sua argumentação, o au-
Este é o momento oportuno para apli-
tor fala de documentos oficiais e leva em conta a questão dos direitos das car o exercício 5 da seção “Para con-
crianças no Brasil e no mundo. ferir”, referente aos módulos 17 e 18.
Exercícios de aplicação
1. Como você define as partes constituintes de um comentário de leitor?
Um comentário de leitor é, geralmente, constituído por nome do leitor (ou autor do comentário); indicação do momento
em que o comentário foi publicado; texto do comentário em si; botões que permitem a interação de outros leitores com
C O
o comentário publicado (como o que possibilita resposta ou denúncia).
O V
2. Leia o texto e preencha o quadro disponível logo em seguida não somente com um comentário seu
a respeito do que leu (lembre-se do respeito que deve haver!), mas também com as informações
C SI
CAPÍTULO 2
O U
Brasil é o quarto país que mais produz lixo plástico
N L
De acordo com um estudo do Fundo Mundial Para a Natureza (World Wide Fund for Na-
50
ture – WWF, em inglês), divulgado no dia 4 de março, o Brasil é o quarto país que mais
SI XC
produz lixo no mundo. Ele fica atrás somente dos Estados Unidos, da China e da Índia.
Só de lixo plástico o país produz mais de 11 milhões de toneladas por ano, o equivalente
EN O E ao peso de mais de 4 mil elefantes. Desse total, aproximadamente apenas 1% é reciclado.
O restante vai para aterros sanitários ou lixões a céu aberto, onde o lixo fica até se decom-
por, o que pode levar centenas de anos.
Cada brasileiro produz, em média, 1 quilo de lixo plástico por semana, mais ou menos o
D US
pousando nos mares anualmente. Isso significaria mais de 60 aviões por dia.
O Brasil é o quarto país que mais produz lixo plástico. Jornal Joca. 7 mar. 2019.
Disponível em: <coc.pear.sn/Ieni2uU>. Acesso em: jun. 2019.
ST IA
SI ER
às
AT
Resposta pessoal.
M
C O
5. Qual é a importância de um comentário apresentar a identificação de quem o escreveu?
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
A importância consiste no fato de que a identificação permite responsabilizar quem seja desrespeitoso, intolerante ou
C SI
preconceituoso no comentário.
O U
Exercícios propostos
N L
51
SI XC
6. Releia o suposto comentário elaborado por João Silva, apresentado neste conjunto de módulos. Se
você pudesse clicar no botão “Responder”, o que você escreveria?
Resposta pessoal.
EN O E
D US
7. É comum encontrar o botão “curtir” posicionado abaixo de comentários publicados por leitores,
nos mais variados veículos de comunicação. No entanto, nem sempre ele aparece nomeado dessa
A E
forma, embora a função seja a mesma. Uma alternativa para representar o verbo “curtir” pode ser
E
EM L D
a. “odiar”. d. “gostar”.
b. “divertir”. e. “desprezar”.
c. “discordar”.
ST IA
Exercícios de aplicação
AT
O jornalismo, não como empresa, mas como institui- lizadas em checagem de notícias, um negócio novo,
ção, precisa criar um escudo para se proteger dessas mas que se tornou altamente relevante nos dias de
práticas obscuras e não ser predada pelas fake news. hoje. Até mesmo companhias como Facebook, Google
É cada vez mais necessário zelar pela história, valores e Twitter – que não produzem conteúdo, apenas os
e princípios dos veículos tradicionais – e, sobretudo, distribuem entre seus usuários – vêm investindo for-
pela credibilidade conquistada por eles ao longo de temente em ferramentas de checagem, buscando au-
décadas. Muitos desses meios de comunicação contam mentar a credibilidade de seus serviços.
atualmente com checadores profissionais de informa-
NASSIF, Lourdes. O valor da verdade na era das fake news, por
ções, uma arma eficiente na busca pela diferenciação. Paulo Nassar. Jornal GGN. 26 fev. 2018. Disponível em:
Outros apostam em parcerias com empresas especia- <coc.pear.sn/gcXKS6E>. Acesso em: jun. 2019.
C O
O V
C SI
CAPÍTULO 2
c. Ao afirmar que “Muitos desses meios de comunicação [confiáveis] contam atualmente com che-
O U
cadores profissionais de informações, uma arma eficiente na busca pela diferenciação”, a que
diferenciação o texto se refere?
N L
52
SI XC
Nessa passagem, o texto faz referência à diferenciação entre as notícias confiáveis e aquelas das quais o público deve
desconfiar, ou seja, entre o que são fatos reais e o que são notícias falsas, publicadas por pessoas irresponsáveis.
EN O E
2. Observe esta imagem.
D US
DAVID MAKI/ISTOCK
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
M
retiram as obscuridades que ofuscam a clareza das notícias, trazendo à tona a confiabilidade ou não que acompanha essas
notícias. Ou seja, assim como na imagem, aquele que manipula a pá precisa de esforço para encontrar o que procura; os
DAVID MAKI/ISTOCK
SIPHOTOGRAPHY/ISTOCK
SIPHOTOGRAPHY/ISTOCK
X
C O
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
4. Explique a escolha da imagem que você assinalou no exercício anterior, justificando, também, o
C SI
porquê de ter eliminado as demais.
Na primeira imagem, o internauta comemora ter encontrado algum fato ou alguma informação na internet, e sua postura
O U
não parece ser questionadora. Ele até usa óculos escuros, que podem prejudicar sua visão. Na segunda imagem, o homem
N L
parece submisso em relação às notícias que recebe ou àquilo que ouve – tapando os próprios olhos. Apenas na terceira
53
SI XC
imagem, aparece um internauta que olha para a tela usando uma lupa, o que indica que ele está de olhos abertos, atento,
tenham antipatia ou, então, para promover figuras que lhes pareçam agradáveis.
A E
E
EM L D
produção ser cada vez mais fácil, com aspecto “confiável”, graças à inteligência artificial.
SI ER
AT
C O
ideia é que qualquer usuá- Resposta pessoal.
rio da rede consiga fazer
O V
essa checagem, mesmo que
não seja um especialista. A
C SI
alternativa E está incorreta
CAPÍTULO 2
porque o profissionalismo
da checagem de fatos não é
O U
uma exigência para que os
internautas se protejam, no
N L
dia a dia, de notícias falsas.
54
SI XC
Exercícios propostos
EN O E
10. O que significa, para você, “ter um pensamento crítico”?
D US
Resposta pessoal. É importante que os alunos notem que um pensamento crítico é aquele com o qual se consegue olhar
para a realidade de maneira a analisá-la com competência. Ou seja, quem pensa criticamente sabe avaliar se algo tende a
MINISTÉRIO DA SAÚDE
SI ER
SAÚDE SEM
AT
FAKE NEWS
M
Para combater as fake news sobre saúde, o Ministério da Saúde, de forma inovadora, está
disponibilizando um número de WhatsApp para envio de mensagens da população. Vale
destacar que o canal não será um SAC ou tira dúvidas dos usuários, mas um espaço ex-
clusivo para receber informações virais, que serão apuradas pelas áreas técnicas e res-
pondidas oficialmente se são verdade ou mentira.
Qualquer cidadão poderá enviar gratuitamente mensagens com imagens ou textos que
tenha recebido nas redes sociais para confirmar se a informação procede, antes de conti-
nuar compartilhando.
Saúde sem fake news. Ministério da Saúde. 8 fev. 2019. Disponível em: <coc.pear.sn/FSoU4Ce>. Acesso em: jun. 2019.
12. Observe, novamente, estas imagens, que estão presentes no site do Ministério da Saúde.
C O MINISTÉRIO DA SAÚDE
A SAÚDE A SAÚDE
OD OD
LÍNGUA PORTUGUESA
I A I A
O V
R R
É
C SI
DV
DV
ISTO É
IST
IST
ESTA
ER
ER
O U
MIN
MIN
FAKE NOTÍCIA É
TE
TE
N L
VERDADEIRA
55
SI XC
NEWS!
UE
ES
LG
TA
EN O E
VU
O
DI
N
Os textos que acompanham as imagens fazem uma referência a outro texto, muito comumente
relacionado ao Ministério da Saúde. Qual é esse texto?
O texto é “O Ministério da Saúde adverte…”.
A E
E
EM L D
Exercícios de aplicação
ST IA
SI ER
Com base no texto "Os direitos das crianças devem ser comemorados", responda às questões.
1. Quanto tempo se passou entre a assinatura da “Declaração dos Direitos das Crianças” e a da “Con-
venção Internacional sobre os Direitos das Crianças”?
AT
Passaram-se 30 anos.
3. Também por meio da menção a um documento oficial, a autora revela a situação das crianças e dos 3. A descrição do conteúdo
adolescentes no Brasil, especificamente. O teor desse documento é básico do ECA aparece expli-
citamente no texto.
a. apresentar, com detalhes, as diferenças entre ser criança e ser adolescente no Brasil.
b. obrigar os estados brasileiros a criarem suas próprias leis sobre crianças e adolescentes.
c. apresentar um conjunto de 13 direitos que devem ser garantidos com absoluta prioridade.
d. orientar sobre os principais direitos das pessoas em situação de risco no país.
e. obrigar os países signatários a adotar medidas de garantia dos direitos das crianças na prática.
C O
O V
C SI
CAPÍTULO 2
O U
5. Se você fosse criar uma campanha, na sua escola, sobre conscientização da comunidade escolar
N L
56
a respeito da importância de respeitar o ECA, mantendo-o sempre em prática, qual seria o slogan
SI XC
dessa campanha?
Resposta pessoal.
EN O E
D US
Exercícios propostos
A E
E
6. Trata-se de uma excelente 6. Segundo o texto, o ECA ainda precisa de muito aprimoramento, até mesmo a respeito de
EM L D
adolescentes são, sim, ativos socialmente – não se trata, aqui, de falar de trabalho infantil.
C O
c. compreender os limites que resguardam os direitos de cada um.
LÍNGUA PORTUGUESA
d. respeitar outros usuários, desde que eles concordem uns com os outros.
O V
e. lembrar que não existe uma vida em sociedade virtual a ser considerada.
C SI
Módulos 14, 15 e 16
O U
2. Observe estas imagens publicadas na página do Ministério da Saúde. 2. As cores verde e verme-
lha, usadas também nos fa-
N L
róis de trânsito para indicar
57
A SAÚDE A SAÚDE
OD OD
a necessidade de parar e a
SI XC
RI A RI A possibilidade de seguir, são
facilmente associadas ao fal-
É
É
DV
DV
so e ao verdadeiro, ao certo e
ISTO É
IST
IST
MINISTÉRIO DA SAÚDE
ER
EN O E
ER
confiável e ao não confiável.
MIN
MIN
FAKE NOTÍCIA É
TE
TE
VERDADEIRA
NEWS!
UE
D US
ES
LG
TA
VU
O
DI
N
TÍ
CIA ÃO CO !
É FALS A - N M PA RTIL H E
A E
c. as cores verde e vermelha deveriam estar invertidas – o site faz uma brincadeira com o próprio
conceito de fake news.
d. as cores têm relação com doenças graves e com doenças facilmente curáveis.
SI ER
e. as cores servem simplesmente para chamar a atenção apenas para as notícias falsas.
3. Marque (V) nas afirmações verdadeiras e (F) nas falsas, sobre checagem de fatos.
AT
4. As informações podem ser divulgadas em diferentes formatos. Aquele que mais dificulta a checa-
gem de sua veracidade é
Módulos 17 e 18
5. Leia a afirmação a seguir, que está incompleta. Tente completá-la com a palavra adequada.
C SI
CAPÍTULO 2
O U
N L
58
SI XC
EN O E
Data da
Nome do leitor Corpo do texto Botões
publicação
D US
A E
E
EM L D
Responder
ST IA
Denunciar
SI ER
Curtir
AT
M
Compartilhar
Nome:
C O
1. O objetivo principal não é verificar a qualidade do editorial, já que se trata de uma primeira tentativa, mas garantir que os alunos dominem
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
2. os princípios básicos da composição de um texto de editorial.
C SI
3. 1. Quanto ao primeiro critério, o importante é verificar se o texto corresponde à proposta de redação, ou seja: escrever, com inspiração nos
O U
N L
4. textos lidos, um editorial de acordo com o assunto que eles abordam.
301
SI XC
5. 2. Para o segundo critério, é importante avaliar se o aluno compreendeu a estrutura de um editorial, conforme explicado na teoria do capítulo.
6. EN O E
4. O critério de número quatro corresponde à capacidade de seleção de argumentos que não possam ser facilmente rebatidos, sejam eles
8. 4. É muito importante que os alunos escolham argumentos de naturezas diferentes para o editorial, para que ele não se torne um texto
9. cíclico e repetitivo.
A E
10. 5. Na avaliação do quinto critério, é preciso verificar se os alunos escreveram em atendimento à prosa, seccionando o texto em parágrafos
E
EM L D
11. bem organizados. Ainda não se falou profundamente sobre a estrutura típica de um parágrafo, mas é preciso verificar se as informações a
ST IA
13. 6. Quanto ao sexto critério, é preciso observar se os argumentos utilizados foram colocados no texto de maneira aleatória ou se houve um
14. planejamento, pensando em qual deveria aparecer primeiro e qual deveria vir depois.
AT
15. 7. Quanto ao sétimo critério, considerar apenas os recursos de que os alunos já dispõem para evitar a repetição desnecessária de palavra,
M
16. expressões e estruturas. Eles, no entanto, devem ser incentivados a tentar novas possibilidades com base no que já aprenderam.
17. 8 e 9. Para avaliar a correção do texto quanto às regras de ortografia, é preciso levar em consideração o aprendizado dos alunos, sobretudo
18. neste momento, em que muitas regras ainda não foram estudadas.
19. 10. De maneira semelhante à avaliação do sétimo critério, é fundamental levar em consideração o panorama de palavras a que os alunos já foram
20. expostos. Isso significa que não se podem esperar, nos textos, palavras que extrapolem muito o universo de leitura oferecido na escola, nesses anos.
22.
23.
24.
C O
25.
O V
26.
C SI
CAPÍTULO 1
O U
27.
N L
28.
302
SI XC
29.
30.
EN O E
31.
D US
32.
33.
A E
E
EM L D
34.
35.
ST IA
CRITÉRIOS GERAIS NOTA CRITÉRIOS DE ANÁLISE DO TEXTO ESCRITO/EVIDÊNCIA Sim Parcialmente Não
Gênero
4. Apresenta argumentos de naturezas diferentes?
5. Apresenta parágrafos separados adequadamente?
HUMANIDADE
2
C O
O V
C SI
O U
N L
SI XC
EN O E
D US
Bertrand Russell
C O
Este mapa mostra ligação entre os conteúdos
das disciplinas, sendo ponto de partida para
O V
um trabalho interdisciplinar.
C SI
LÍNGUA
PORTUGUESA
O U
Emprego de citações,
N L
recursos argumentativos
MATEMÁTICA e gêneros reportagem e
CIÊNCIAS
SI XC
artigo de opinião
Área de figuras planas, DA NATUREZA
volume, capacidade CS CN
e operações com Geração de energia e
EN O E
polinômios sustentabilidade
CN GE LP LP MA GE
D US
A E
FÍSICA
EM L D
2
Independência dos
Estados Unidos e
Boxe Revolução Industrial
Humanidade
ST IA
LP GE CS
SI ER
AT
GEOGRAFIA
ARTE Dinâmica populacional,
Arte urbana, estudos demográficos,
M
Sociedades humanas
GE HI
GUE
PÁG.
12 CAPÍTULO 3
A E
O valor da palavra
E
EM L D
28 CAPÍTULO 4
Do meu ponto de vista
ST IA
SI ER
SA
AT
M
3 O VALOR DA
PALAVRA
C O
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
OBJETIVOS DO GRUPO
C SI
• Analisar o efeito de
sentido produzido pelo
O U
emprego de citações em
textos e o uso de recursos
N L
persuasivos em textos
12
SI XC
argumentativos diversos.
• Identificar e avaliar
opiniões, argumentos e
contra-argumentos emEN O E
textos como o artigo de
opinião, posicionando-
se diante da questão
controversa de forma
sustentada.
D US
• Analisar, em textos
argumentativos
e propositivos,
os movimentos
ST IA
argumentativos de
sustentação, refutação
e negociação e os
SI ER
tipos de argumentos,
avaliando a força/tipo dos
argumentos utilizados.
• Analisar a modalização
AT
realizada em
textos noticiosos e
argumentativos.
M
• Explicar os efeitos de
sentido do uso, em
textos, de estratégias
de modalização e
argumentação.
EMPREGO DE CITAÇÕES
U
ma das características do ser humano é a ca-
pacidade de se comunicar por meio de pa-
lavras. O ser humano faz uso desse tipo de
linguagem, além de, para se comunicar, também
para construir e emitir ideias. Portanto, é por meio
C O
dela que ele é capaz de, por exemplo, criar argu-
LÍNGUA PORTUGUESA
mentação para defender as opiniões que tem em
O V
relação a determinado assunto ou, então, para con-
C SI
vencer alguém do seu ponto de vista. É dessa for-
ma que um ser humano pode conectar-se com outro.
O U
Como diria um poeta inglês chamado John Donne:
“Nenhum homem é uma ilha”. Isso quer dizer que, de
N L
13
SI XC
O capítulo 3 é voltado para o valor da palavra enquanto recurso persuasivo. Portanto, o
primeiro conjunto de módulos destina-se a expor a importância do emprego de citações
na construção de textos que visem à credibilidade perante o leitor. Também abrange-se a
habilidade de analisar o uso de recursos persuasivos em diversos textos argumentativos
EN O E (como elaboração do título, escolhas lexicais, construções metafóricas, explicitação ou
ocultação de fontes de informação) e seus efeitos de sentido. Ou seja, com base em um
modelo de texto, serão apontadas as estratégias textuais que possam ser consideradas
eficazes quando a meta é persuadir.
D US
A E
Ao refletir sobre cada situação do nosso dia a dia, podemos perceber essa
relação com muita clareza.
No texto a seguir – uma reportagem –, mencionam-se dois tipos de si-
tuação considerados graves problemas sociais, articulados com questões
ambientais: enchente e seca. Muitas informações importantes são apre-
C O
sentadas, tanto no que se refere a conscientizar quanto no que diz res-
peito a estimular o leitor a aumentar seu conhecimento para tratar do
O V
John Donne (1572-1631)
assunto em questão com outras pessoas, que, porventura, desconheçam
Nascido em Londres, Inglater-
C SI
ou saibam pouco a respeito. A humanidade é resultado de uma cadeia de
CAPÍTULO 3
O U
no. Escreveu sonetos, músicas, ção propaguem-se também em cadeia. Ter conhecimento sobre determi-
canções, poesias de amor, en-
nado assunto e repassá-lo é uma maneira de ser atuante na comunidade
N L
tre outros textos. Sua poesia é
14
SI XC
especialmente quando com-
parada à poesia dos escritores
de sua época.
EN O E Cidades ficam mais vulneráveis a aumento de cheias e alagamentos quan-
Propor aos alunos uma breve con- extremos de enchentes e secas to à severidade das secas, de acordo com
versa sobre o texto. Questioná-los se
Mudança climática piora a distribuição das Marcos Thadeu Abicalil, especialista em
o texto é compreensível e se todas
as informações foram bem explica- chuvas, diz Banco Mundial; veja como eco- água e saneamento do Banco Mundial.
D US
das. Verificar se eles tiveram dúvidas nomizar água na prática E a tendência é piorar, com a urbaniza-
durante a leitura. Mostrar como as
ção e a ocupação de áreas naturais. Só
informações dos gráficos colaboram A cidade de São Paulo aprendeu a lição
para o entendimento dos dados apre- na última década, houve uma redução
sentados no texto.
após a crise hídrica de 2014 – pelo me-
de 20% das áreas de bacias hidrográficas
nos segundo a Sabesp, Companhia de
A E
das chuvas, variável sobre a qual não se tudo interligado”. A fabricação de uma
tem controle. calça jeans, por exemplo, gasta mais
“O erro está no fato de que, com o aque- de dez mil litros [de água]. Um quilo de
cimento global, a crise hídrica deixou de carne bovina, de 15 mil a 17 mil litros.
ser um problema circunstancial e virou Também é preciso encarar o desper-
uma questão estrutural” diz Helio Mattar, dício: hoje, cerca de 34% dos alimen-
diretor-presidente do Instituto Akatu. tos são perdidos durante o processo de
As mudanças climáticas têm levado a produção na hora do consumo. “Se um
um significativo aumento da variabilida- país concentrasse todo o desperdício do
de hidrológica no mundo, o que significa mundo, ele seria o primeiro em consumo
que estamos mais vulneráveis tanto ao de água”, diz Mattar.
C O
– Descongelar alimentos em uma bacia, de 90 a 360 litros [de água] em um mês
LÍNGUA PORTUGUESA
em vez de usar água corrente. (depende do tipo de descarga da casa).
O V
– Reduzir o consumo de carne vermelha
Quarto
C SI
nas duas refeições do dia pode gerar
– Comprar roupas por necessidade e não
uma economia de 12 mil litros [de água].
por impulso – uma calça jeans sozinha
O U
– Preferir frutas e legumes da época – ali-
consome, em média, 10 mil litros de
mentos fora da estação precisam de mais
água em sua produção.
N L
água e fertilizantes para serem produzidos.
15
SI XC
Área de serviço Área externa
– Reutilizar a água de enxágue da má- – Limpar quintal e garagem com vas-
quina de lavar pode gerar economia su- soura, nunca com mangueira, que gasta
EN O E
ficiente para o acionamento de 130 des- 279 litros em 15 minutos.
– Molhar as plantas com regador em vez
cargas em um mês, considerando três
lavagens por semana. de mangueira, de manhã ou à noite, no
– Usar a lavadora de roupas sempre com verão, para reduzir a evaporação.
D US
sua capacidade total e ligá-la no máximo *Considerando uma família de quatro pessoas.
três vezes por semana. Instituto Akatu e Sabesp. STEPHAN, Danae.
Cidades ficam mais vulneráveis a extremos de
Banheiro enchentes e secas. Folha de S.Paulo. 22 mar. 2019.
Disponível em: <https://coc.pear.sn/qqU9dVJ>.
A E
– Escovar os dentes com a torneira fecha- Acesso em: jul. 2019. Adaptado.
E
Distribuição da água no planeta O gasto médio de água no Brasil Mais de 35 milhões Gasto da água mundial
Distribuição da água no planeta O gasto médio de água
é de 154,1 por habitante/dia. Mais de 35demilhões
no Brasil
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é de 154,1 litros por habitante/dia. de brasileiros não
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a água
2,5% é doce. acesso a água tratada. 8% em residências,
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SI ER
escolas e hospitais.
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Apenas 1%
Apenas 1% está 22% é consumida
está 22% é consumida
pela indústria.
disponível pela indústria.
disponívelpara
para consumo.
AT
consumo. 70%
70% da água mundial
da água mundial
é consumida
Quantidade de pessoas é consumidapelo setor agrícola.
Quantidade de pessoas
equivalente a duas vezes pelo setor agrícola.
Em um ano, um brasileiro consome o equivalente a duas vezes
a população da cidade.
M
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cidade. equivalente a duas piscinas de 6m x 3m. de São Paulo.
Fontes: Instituto Akatu e Wagner Cunha Carvalho, diretor-executivo da W-Energy e membro do Ivepesp.
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W-Energye emembro
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Ivepesp.
C O
significa que ele foi escrito tribuição das chuvas, diz Banco Mundial”. O texto, então, de imediato, apre-
com outras palavras, mas
senta ao leitor um dado importante (a piora da distribuição das chuvas
O V
procurando seguir o senti-
do do texto, o pensamento como resultado da mudança climática), obtido em uma fonte também de
C SI
original. A paráfrase asse- muita relevância (o Banco Mundial). Tal citação contribui para que o texto
CAPÍTULO 3
O U
te, com o intuito de deixar o No desenvolvimento da reportagem, outras citações são identificadas,
texto mais claro; é uma ex-
como se vê no primeiro parágrafo, em que dados fornecidos pela Sabesp,
N L
plicação de alguma palavra
16
SI XC
ou expressão mencionada.
Algumas expressões que como o apresentado a seguir.
podem introduzir uma pa-
ráfrase são: “ou seja”, “isto
EN O E
é”, “ em outras palavras”. A cidade de São Paulo aprendeu a lição após a crise hídrica de 2014 – pelo menos
Nas citações indiretas, as segundo a Sabesp, Companhia de Saneamento do Estado. De acordo com a empre-
expressões mais utilizadas sa, as represas da Grande São Paulo estão com níveis melhores que os do mesmo
são: “segundo”, “de acordo período de 2013, antes da crise (74%, contra 60,4%).
com”, “conforme”.
D US
pois ainda deixam a população à mercê das chuvas, variável sobre a qual não se
tem controle.
“O erro está no fato de que, com o aquecimento global, a crise hídrica deixou de
ST IA
ser um problema circunstancial e virou uma questão estrutural”, diz Helio Mattar,
diretor-presidente do Instituto Akatu.
SI ER
Citação direta: corresponde aos casos em que a citação é uma reprodução fiel
de uma fala ou texto de um terceiro.
Citação indireta: ocorre quando a reprodução, embora se pareça bastante com o
que foi escrito ou falado originalmente, não é exatamente fiel. Ainda que as palavras
usadas não sejam as mesmas, a ideia original deve ser mantida na citação indireta.
WARCHI/ISTOCK
acompanhada de aspas. Veja que a citação da fala de He-
lio Mattar, no quarto parágrafo da reportagem, é sinaliza-
da pelas aspas, justamente porque a reprodução do que ele
disse ocorreu com exatidão.
Já se apontou, neste conjunto de módulos, a importância
da citação, a fim de conferir maior credibilidade ao texto.
Assim, incorporar à escrita dizeres de pessoas ou institui-
C O
ções, especialistas no assunto tratado, é uma estratégia de
LÍNGUA PORTUGUESA
convencer mais facilmente os leitores a respeito do ponto
O V
de vista abordado no texto. Dessa forma, então, torna-se
C SI
mais fácil a disseminação do conteúdo do texto pelos leito-
As aspas podem servir para indicar uma citação direta.
res que tiveram contato com ele.
O U
Observe que, na reportagem em análise, as citações representam não so-
N L
mente posicionamentos de especialistas ou instituições, mas também con-
17
SI XC
tribuem para que outros indivíduos formulem, com nitidez, suas próprias
opiniões a respeito do assunto. Além de serem apresentadas colocações de
quem domina questões a respeito dos impactos das mudanças climáticas
EN O E
sobre a atividade humana, permite-se que outras pessoas possam se posi-
cionar em relação ao assunto.
D US
NA PRÁTICA
Citação em trabalhos acadêmicos
A E
Uma vez que o emprego de citações de autoridades em determinado assunto confere ao texto
maior credibilidade, elas costumam ser muito empregadas em trabalhos da área acadêmica, isto
E
EM L D
C O
nicativos seja aproveitada ao máximo, nha conhecimentos relacionados ao clima, especialmente para ser capaz
evitando que as opiniões sejam pro- de combater as ameaças ao meio ambiente. Sem isso, o lugar de cada um
O V
pagadas sem qualquer consistência.
no mundo, em sua base, ficará seriamente comprometido. Tendo isso em
C SI
vista, será colocado em análise o texto a seguir, que mostra movimentos
CAPÍTULO 3
O U
objetivo é a luta pela garantia de um futuro saudável.
N L
18
Brasileiros ainda não têm educação climática, A falta de educação climática no Brasil pode ajudar a
SI XC
diz jovem ativista explicar como o papel do aquecimento global passa des-
“Para que estudar se não há futuro?” A questão que levou percebido pelo debate público sobre a intensificação de
EN O E
a estudante sueca Greta Thunberg, 16 [anos], a faltar às eventos extremos como as tempestades, enxurradas e
aulas em protesto contra a crise climática, há menos de enchentes – que provocaram 13 mortes em apenas um
um ano, ganha proporções globais nesta sexta (15), com dia em São Paulo, na noite do último domingo (10).
uma greve puxada por estudantes em centenas de cidades Enquanto o engajamento brasileiro com a greve do
D US
no, figura entre os desafios mais urgentes. No entanto, ou até semanais nos países europeus e deve continuar
sendo convocada após esta sexta.
E
nal sobre clima aplicada nas nossas escolas, os nossos Segundo ele, a Política Nacional de Educação Ambien-
jovens não são formados para a importância de falar tal, aprovada em 1999, “foi deixada de lado e não re-
sobre o tema e, acima de tudo, são minados todos os presentou uma área estratégica para nenhum governo,
AT
momentos dos seus direitos de manifestação e pensa- travando a educação ambiental e climática nas escolas”.
mento crítico”, afirma o cientista social Iago Hairon, de AMARAL, Ana Carolina. Brasileiros ainda não têm educação climática,
diz jovem ativista. Folha de S.Paulo. 15 mar. 2019. Disponível em:
25 anos. Ele também é um dos coordenadores da ONG <https://coc.pear.sn/TmGnFlP>. Acesso em: jul. 2019. Adaptado.
M
Esse texto expõe a ideia de que não existe, no Brasil, uma educação cli-
VOCABULÁRIO mática. Isso fica evidente já no título: Brasileiros ainda não têm educação
Inação: ausência de ação,
climática, diz jovem ativista. Todavia, o texto não se limita a isso. Aliás, pro-
falta de decisão. vavelmente, se ele apenas apresentasse essa ideia, surtiria pouco efeito
para os leitores, você não acha? Então, além de expor a ideia principal, há
apresentações dos argumentos que buscam defendê-la. Veja, a seguir, quais
foram as estratégias argumentativas utilizadas no texto.
C O
tribui para fortalecer essa defesa: “Enquanto o engajamento brasileiro com a greve do clima só começou
LÍNGUA PORTUGUESA
a aparecer na última semana [...] a greve pelo clima já tem protestos mensais ou até semanais nos países
O V
europeus e deve continuar sendo convocada após esta sexta”, o que aponta, por meio de outro fato, para
C SI
o atraso do Brasil quanto a uma luta derivada, justamente, de uma educação climática. A indicação de
que se trata de um atraso fica bastante evidente por meio do uso do advérbio “só”.
O U
Pergunta retórica
N L
19
O mesmo movimento pode ser identificado em outro trecho do texto, com a defesa de outra ideia. Logo
SI XC
no início, cita-se uma pergunta que teria sido feita pela estudante sueca Greta Thunberg: “Para que es-
tudar se não há futuro?”. Trata-se de pergunta retórica, que é utilizada quando a intenção não é obter
EN O E
uma resposta, mas sim estimular, no interlocutor, uma reflexão. A estudante Greta, para argumentar em
defesa do seu movimento de fazer greve em protesto contra a crise climática, lançou uma pergunta com
o objetivo de levantar reflexões. Tais reflexões podem levar ao entendimento da validade do posiciona-
mento de Greta. Portanto, outra forma possível de argumentar é por meio de perguntas retóricas.
D US
Além desta, existem muitas estratégias de argumentação, e um único texto, obviamente, não conse-
gue contemplar todas. Vale, então, entrar em contato com outras duas, ausentes no texto que você leu,
mas facilmente empregáveis e de extrema eficiência argumentativa.
A E
Elaboração de título
E
EM L D
Apesar de, muitas vezes, atribuir-se menor valor a ele, o título de um texto, especialmente quando
argumentativo, pode contribuir bastante para os efeitos que se deseja provocar no leitor. Um título
é como um cartão de visitas: é necessário que ele cause boa impressão, instigando o leitor a querer
ST IA
ler o texto. Por isso, a criatividade é fundamental para que esse breve enunciado não só contemple o
principal do texto, mas o faça de modo atrativo.
SI ER
Construções metafóricas
AT
Metáfora é uma comparação que ocorre de modo direto, sem a mediação de nenhuma palavra ou
expressão que explicite tratar-se de uma comparação. Quando, por exemplo, diz-se a uma pessoa que
ela é uma flor, a intenção não é afirmar que ela pertence ao reino Vegetal, sendo constituída por cau-
M
le, folhas e pétalas, mas, sim, que ela é delicada. Trata-se, então, de uma comparação, já que uma flor
apresenta, também, esse atributo. É como dizer que “essa pessoa é como uma flor”, porém sem a media-
ção da palavra “como”, que torna clara a comparação.
As metáforas são muito usadas em textos poéticos, mas também apresentam extrema eficácia em tex-
tos argumentativos. Isso porque, muitas vezes, elas tornam mais compreensíveis determinadas noções.
Possivelmente, você já passou por uma situação assim: durante a explicação de determinado conceito
em aula, o professor recorreu ao uso de uma metáfora para que ele ficasse bastante claro. Em discursos
políticos, esse uso também é bastante frequente, já que a finalidade é que o maior número de pessoas
possível entenda o que é dito. Desse modo, ao defender uma ideia, a metáfora pode ser bastante útil na
medida em que o público-alvo pode, por meio dela, compreender plenamente o que se apresenta. Afinal,
como é possível convencer se o interlocutor não entender o que escrevemos ou dizemos?
Este é o momento oportuno para aplicar os exercícios 3, 4 e 5 da seção “Para conferir”,
referentes aos módulos 21 e 22.
Exercícios de aplicação
1. Complete os espaços a seguir com as palavras apropriadas.
C O
ou indireta , por meio da fala ou
O V
da escrita .
C SI
CAPÍTULO 3
Leia novamente a reportagem Cidades ficam vulneráveis a extremos de enchentes e secas e responda
2. Ainda que a resposta des-
O U
te exercício seja pessoal, é às questões.
importante que os alunos,
N L
ao transformarem a citação 2. Reescreva a passagem a seguir, de modo a transformar a citação direta em uma citação indireta.
20
SI XC
difiquem demasiadamente
a versão original e sempre E a tendência é piorar, com a urbanização e a ocupação de áreas naturais. Só na últi-
indiquem o autor que a pro-
nunciou. EN O E ma década, houve uma redução de 20% das áreas de bacias hidrográficas no mundo,
segundo Abicalil.
“A atividade urbana também aumenta a poluição, o que, muitas vezes, impede que
essa água seja útil tanto para o consumo quanto para a agricultura e a indústria”, diz.
D US
Resposta pessoal. Sugestão: E a tendência é piorar, com a urbanização e a ocupação de áreas naturais. Só na última década,
houve uma redução de 20% das áreas de bacias hidrográficas no mundo, segundo Abicalil.
A E
O especialista ainda afirma que, por causa das atividades urbanas, há aumento da poluição, e a água torna-se imprópria
E
EM L D
3. Releia esta fala: “‘É preciso economizar na lavagem de roupa, mas também no consumo de bens e
AT
C O
5. Das dicas apresentadas na reportagem para economizar água em casa, quais você e sua família já
LÍNGUA PORTUGUESA
costumam fazer?
O V
Resposta pessoal.
C SI
O U
N L
21
SI XC
6. Nas ilustrações que acompanham a reportagem, há a informação de que, em um ano, um bra-
sileiro consome o equivalente a duas piscinas de 6 m x 3 m. Qual é a importância de fazer essa
comparação? EN O E
Trata-se de uma forma de tornar mais compreensível o dado que se refere ao gasto anual hídrico de um brasileiro. Ao
imaginar a piscina descrita e o tanto de água que há nela, o leitor pode ter uma noção mais precisa da grande quantidade
que se gasta.
D US
A E
7. Observe novamente as ilustrações que acompanham a reportagem e escolha uma informação apre-
sentada. Então, imagine que você vai inseri-la em um texto escrito. Escreva como pode ser citada
E
EM L D
essa informação, levando em conta que os dados ali apresentados têm como fonte o Instituto Akatu
e Wagner Cunha Carvalho, diretor-executivo da W-Energy e membro do Ivepesp.
Resposta pessoal. Sugestão: Segundo o Instituto Akatu e Wagner Cunha Carvalho, diretor-executivo da W-Energy, uma
ST IA
parcela expressiva de brasileiros – mais de 35 milhões – não tem acesso à água tratada.
SI ER
AT
8. Com base na reportagem, é possível relacionar o consumismo de roupas ao alto consumo de água?
Justifique sua resposta usando uma citação direta do texto.
Sim, é possível fazer essa relação. O texto informa que “uma calça jeans sozinha consome, em média, 10 mil litros de água
M
em sua produção”.
9. Qual dos dois tipos de citação provavelmente pode fornecer mais credibilidade a uma informação
dada em um texto: a direta ou a indireta? Por quê?
Provavelmente, a direta, pois a reprodução fiel de uma fala desperta menos suspeitas do que transmitir as ideias de uma
C O
e. ameniza a gravidade da crise hídrica para a cidade de São Paulo.
11. Considerando as dicas dadas no texto para haver economia de água em casa, aponte uma que não
O V
seja seguida por você e sua família. Depois, aproveite para propô-la a seus familiares, de modo que
C SI
ela possa ser posta em prática.
CAPÍTULO 3
Resposta pessoal.
O U
N L
22
SI XC
EN O E
D US
A E
Ponto e vírgula
Reticências
ST IA
X Aspas
13. A citação pode ser considerada uma estratégia de convencimento? Por quê?
SI ER
Sim, porque, ao se empregar uma citação em um texto, transmite-se ao leitor uma noção de credibilidade e, desse modo,
Exercícios de aplicação
Releia o texto Brasileiros ainda não têm educação climática, diz jovem ativista e responda às questões.
1. Suponha que você fosse contrário ao posicionamento da estudante sueca Greta Thunberg. Indique
uma ideia que você usaria para argumentar contrariamente ao que ela propõe por meio da pergun-
ta “Para que estudar se não há futuro?”.
Resposta pessoal.
C O
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
C SI
O U
N L
23
SI XC
EN O E
2. Tendo em conta a resposta elaborada no exercício anterior, como você classificaria o tipo de ar-
gumento criado, entre os estudados neste conjunto de módulos? Caso você não identifique uma
categoria pertinente ao caso, apresente sua própria classificação. Justifique sua resposta.
D US
Resposta pessoal.
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
3. Releia este trecho do texto: “No Brasil, as ameaças ao futuro dos estudantes mostram-se de curtís-
simo prazo”. Considerando o que foi exposto em seguida a essa passagem, o que você compreende
M
a crise climática (cita-se o exemplo do massacre ocorrido em uma escola em Suzano, isto é, a violência presente em
ambiente escolar).
C O
5. Considere este fragmento do texto: “O nosso país não tem nenhuma política educacional sobre
O V
clima aplicada nas nossas escolas, os nossos jovens não são formados para a importância de falar
sobre o tema e, acima de tudo, são minados todos os momentos dos seus direitos de manifestação
C SI
e pensamento crítico”. Transforme-o em uma pergunta retórica, no sentido de argumentar em favor
CAPÍTULO 3
O U
Resposta pessoal. Sugestão: “Como é possível os brasileiros terem uma educação climática, se o nosso país não tem
N L
nenhuma política educacional sobre clima aplicada nas nossas escolas, os nossos jovens não são formados para a im-
24
SI XC
portância de falar sobre o tema e, acima de tudo, são minados todos os momentos dos seus direitos de manifestação e
pensamento crítico?”
EN O E 6. No texto que você leu, qual é a importância de informar que o cientista social Iago Hairon é “um
dos coordenadores da ONG Engajamundo, que tem mobilizado jovens brasileiros a participar das
conferências climáticas da ONU”?
D US
Essa informação confere credibilidade à fala de Iago Hairon, já que ele é apresentado como alguém efetivamente engajado
na questão explorada.
A E
7. Mobilizando os conhecimentos que você tem sobre o assunto, explique por que, de certa forma, esta
E
EM L D
DON MENNIG/ISTOCK
ST IA
SI ER
AT
M
Essa imagem retrata o derretimento de geleiras, que, justamente, é uma das consequências do aquecimento global, já
C O
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
C SI
O U
Exercícios propostos
N L
25
SI XC
9. Um fato pode servir como argumento sólido para uma ideia na medida em que é
a. agradável.
b. solucionável.
c. questionável.
EN O E
d. incontestável.
e. negável.
D US
10. Que outro título você daria ao texto lido neste conjunto de módulos para que ele ficasse bem criativo?
Resposta pessoal.
A E
E
EM L D
ST IA
11. Você aprendeu que uma boa estratégia argumentativa é o emprego de metáforas. Então, para apri-
SI ER
morar essa habilidade, indique o que, para você, cada elemento a seguir pode metaforizar.
a. Coração
Reposta pessoal. Sugestão: metáfora para a parte mais importante de algo.
AT
b. Chave
M
c. Pedra
Resposta pessoal. Sugestão: metáfora para dificuldade.
X fatos.
C O
em consumo de água”, diz Mattar.
O V
Nesse trecho há uma
C SI
CAPÍTULO 3
X citação direta.
O U
citação indireta.
N L
paráfrase.
26
SI XC
2. Leia o trecho a seguir.
EN O E
Segundo Abicalil, a tendência é piorar com a urbanização e a ocupação de
áreas naturais. Ele disse que só na última década, houve uma redução de
20% das áreas de bacias hidrográficas no mundo.
D US
citação direta.
A E
X citação indireta.
E
EM L D
Módulos 21 e 22
3. Quando, em um texto argumentativo, usam-se ideias atribuídas a alguém com formação especiali-
zada no assunto em questão, tais ideias apresentam o valor de
ST IA
a. opinião.
b. autoridade.
SI ER
c. criatividade.
d. descrédito.
e. metáfora.
AT
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
C SI
RECURSOS DISCURSIVOS
O U
N L
27
SI XC
EN O E Formas de
Uso de citações
argumentar
D US
A E
Formas de se posicionar
M
discursivamente de
modo consistente.
4 DO MEU PONTO
DE VISTA
C O
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
Este capítulo, assim como o ante-
C SI
rior, tem o objetivo de explorar a
construção e a exposição de posi-
cionamentos – por isso se intitula
O U
“Do meu ponto de vista”. Agora, te-
rão destaque os gêneros textuais
N L
relacionados a isso (diferentemen-
28
SI XC
qual deu-se ênfase a recursos dis-
cursivos): reportagem e artigo de
opinião. Além disso, será aprofun-
dada a noção de argumentação,
EN O E
explorando-se o grau de força que
eles podem apresentar, a depen-
der de seu emprego e do modo
como o conhecimento gramatical
pode contribuir para a construção
de bons argumentos (de alguma
D US
YIPENGGE/ISTOCK
Neste conjunto de módulos, destaca-se o gêne-
N
gênero. Ainda que a reportagem valha-se da
o capítulo anterior, você pôde compreender que imparcialidade, é sabido que ela apresenta
certa tendência, ainda que sutil, à parcialidade.
uma forma de se colocar no mundo, de definir seu Aliás, não há texto plenamente imparcial. Mas,
lugar nele é desempenhando o papel de cidadão. no caso da reportagem, isso se dá em virtude
de diversos fatores, como a definição do tema,
Aliás, talvez esse seja um dos modos mais nobres, porque as escolhas dos entrevistados ou especialistas
é solidário à humanidade – exercer a cidadania é defender no assunto e a linguagem que se utiliza para
veicular as ideias. Isso, então, justifica sua
C O
a ideia de que todas as pessoas têm direito de terem seus presença neste capítulo, destinado a tratar de
LÍNGUA PORTUGUESA
lugares, independentemente de quem elas sejam. modos de posicionamento, à revelia de clas-
O V
sificações superficiais que a consideram um
gênero imparcial.
C SI
O U
N L
29
SI XC
EN O E
D US
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
M
52 milhões de brasileiros
LUOMAN/ISTOCKPHOTO
vivem abaixo da linha da
pobreza
C O
Segundo relatório divulgado pelo
O V
IBGE, um quarto da população do
país tinha, em 2016, uma renda
C SI
CAPÍTULO 4
O U
52,168 milhões de brasileiros,
N L
estavam abaixo da linha da
30
SI XC
pobreza do Banco Mundial em
2016, ano mais agudo da reces- Um quarto da população brasileira vive em extrema pobreza,
são. Esse é o total de brasileiros sinal inequívoco da concentração de renda no país.
EN O E que vive com menos de US$ 5,50
por dia por pessoa, equivalente a uma renda mensal de R$ 387,07 por pessoa em
valores de 2016. Os dados, da Síntese de Indicadores Sociais 2017, foram divulgados
nesta sexta-feira, 15, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
D US
pobreza do Banco Mundial equivale a uma renda mensal média de R$ 133,72 por
E
pessoa do domicílio.
EM L D
Na prática, é como se cada pessoa desse grupo vivesse, ao longo de um mês, com valor
insuficiente para pagar um tanque de 50 litros de gasolina no Estado de São Paulo –
R$ 192,40, em média, conforme a pesquisa mais recente da Agência Nacional de Petró-
ST IA
lhões de pessoas, viviam abaixo da linha de US$ 1,90 por dia. Com a economia já em
recessão, o contingente de extremamente pobres cresceu em 1,465 milhão de pessoas
em relação a 2014, quando 3,66% dos brasileiros viviam abaixo dessa linha. Só que esses
números não podem ser comparados com os divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE.
Nas contas de Marcelo Neri, ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea) e pesquisador do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio
Vargas (FGV-Social), 2016 foi o “fundo do poço” da pobreza. Usando dados também
da Pnad e da Pnad-C, mas uma linha de renda mínima diferente, a equipe da FGV
estimou que, após subir 9,95% em 2016, o número de extremamente pobres recuou
4,48% neste ano, até setembro, com o avanço na renda, impulsionado pela forte
queda na inflação.
C O
rendimento”, afirmou a coordenadora de População e Indicadores Sociais do IBGE,
atividades como elaboração
LÍNGUA PORTUGUESA
Barbara Cobo Soares. de estatísticas com base na
O V
A pobreza está concentrada no Norte e no Nordeste. Pela linha de US$ 5,50 por realização de pesquisas. En-
dia, 43,1% dos habitantes do Norte e 43,5% dos moradores do Nordeste vivem quadra-se nisso o Censo, que
C SI
com renda igual ou inferior a essa, contra os 25,4% na média nacional. Já na linha consiste em uma coleta de in-
formações sobre a população,
do US$ 1,90 por dia, 11,2% dos habitantes do Norte e 12,9% da população do Nor-
O U
como quantidade de homens,
deste vivem nessas condições. São 7,3 milhões de nordestinos vivendo com essa mulheres, crianças e idosos,
N L
renda, ou seja, mais da metade do total de extremamente pobres do país. por exemplo. Os dados divul-
31
As condições sociais também influenciam na pobreza. Conforme o estudo do gados pelo IBGE contribuem
SI XC
para políticas de desenvolvi-
IBGE, na população de zero a 14 anos, 42,4% vivem em domicílios com renda mento em diferentes lugares
inferior aos US$ 5,50 por pessoa por dia do Banco Mundial. Já entre os arranjos do país, pois permitem co-
familiares formados por mulheres de pele identificada como preta sem cônjuge
EN O E nhecimentos aprofundados
e com filhos de até 14 anos, 64% vivem com renda inferior aos R$ 387,07 por sobre eles – como os índices
pessoa por mês. de pobreza.
lhança entre os dois gêneros, na medida em que ambos têm como material a
E
EM L D
GURUXOOX/ISTOCK
SI ER
C O
Natural e Biocombustíveis (ANP), Banco Mundial e Marce-
lo Neri, ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica
O V
Aplicada (Ipea) e pesquisador do Centro de Políticas Sociais
C SI
da Fundação Getulio Vargas (FGV-Social). É possível perce-
CAPÍTULO 4
O U
Toda escolha envolve um modo de ver o mundo.
Trata-se, portanto, de fontes confiáveis.
N L
Outro aspecto importante de se ter em conta na elaboração de uma repor-
32
SI XC
exemplo, é acompanhado da imagem do contraste entre moradias pobres e
moradias ricas, a fim de retratar a desigualdade social. Nesse contexto, ela
EN O E ilustra o assunto explorado: a extrema pobreza existente no Brasil. Desse
modo, os bastidores da produção de uma reportagem devem ter, entre os
vários equipamentos necessários, uma câmera fotográfica.
Mais um ponto a ser destacado quanto ao gênero reportagem é que, ain-
D US
LDPROD/ISTOCK
AT
M
PRODUÇÃO DE REPORTAGEM
Você pôde aprender, anteriormente, que as produções
JACOBLUND/ISTOCK
de reportagens buscam garantir a veiculação precisa de
informações, especialmente, pela consulta realizada a
fontes confiáveis. Sendo assim, quando se escolhe o as-
sunto a ser explorado, é preciso saber a quem recorrer
C O
para obter dados precisos, para que o leitor ou espec-
LÍNGUA PORTUGUESA
tador do produto seja devidamente esclarecido sobre o
O V
que se expõe.
C SI
Além disso, foi possível observar que uma reportagem
pode se valer de linguagem não verbal, para tornar o as-
O U
sunto ainda mais claro ao interlocutor. Exemplo disso são
N L
as fotografias que costumam acompanhar textos desse gê-
33
nero. Na reportagem apresentada no conjunto anterior de
SI XC
módulos, por exemplo, havia uma imagem que retratava
o assunto focado no texto verbal. Se não houvesse a ima- Uma forma de argumentar com um interlocutor é
EN O E
gem, talvez o texto impactasse o leitor de outra maneira. apresentando fatos.
produzido. Desse modo, faz-se pertinente a presença de dados que atri- Factual: verdadeiro, real,
buam à reportagem um alto grau de factualidade. Tais dados podem, por palpável ou ocorrido; de
existência ou veracidade
exemplo, ser aqueles que resultam de estudos científicos. constatada ou constatável.
A E
de você produzir uma reportagem que possa “subir ao palco”, ou seja, que
possa ser compartilhado. Antes, no entanto, é importante você saber como
é a estrutura de uma reportagem, a fim de que sua redação esteja bastante
ST IA
C O
Lide
O V
De maneira geral, o lide corresponde ao primeiro parágrafo de um texto
C SI
CAPÍTULO 4
O U
primeiro parágrafo, indicam as informações básicas sobre o evento a ser
N L
relatado. No caso da reportagem, trata-se de uma introdução que obje-
34
SI XC
tiva captar a atenção do leitor, de forma que ele se proponha a dar con-
tinuidade à leitura. Em 52 milhões de brasileiros vivem abaixo da linha da
EN O E pobreza, o texto é introduzido por um parágrafo que contém uma breve
descrição (“Um quarto da população, ou 52,168 milhões de brasileiros, es-
tavam abaixo da linha da pobreza do Banco Mundial em 2016, ano mais
agudo da recessão. Esse é o total de brasileiros que vive com menos de
US$ 5,50 por dia por pessoa, equivalente a uma renda mensal de R$ 387,07
D US
por pessoa em valores de 2016.”), que indica o que, quando e onde ocorreu
o fato mencionado.
Corpo da reportagem
A E
E
EM L D
O corpo da reportagem corresponde ao texto que vem após o lide. Ele con-
siste na parte da reportagem que desenvolve o assunto, indicando dados,
citações, falas etc. É a maior parte do texto, na qual o leitor vai obter os
ST IA
Intertítulo
SI ER
não há intertítulos.
ARTIGO DE OPINIÃO
analisando, assim, os elementos que
compõem esse gênero.
Muitos assuntos tratados até aqui, neste grupo, são relevantes para estabe- VOCABULÁRIO
lecer nosso lugar no mundo. Também são importantes para compreender
Avidez: intenso.
que todas as pessoas são dotadas dos mesmos direitos enquanto cidadãs. Deturpar: distorcer, al-
Inicialmente, tratou-se de questões climáticas. Em seguida, de pobreza e de terar.
desigualdade social. A essa segunda abordagem, será dada uma continui- Liberalizante: que tende
C O
conceder liberdade.
dade neste conjunto de módulos, por meio da apresentação de um artigo
Sanha: rancor, fúria, von-
LÍNGUA PORTUGUESA
de opinião intitulado A desigualdade importa?, publicado no jornal Folha de
O V
tade incontrolável.
S.Paulo por Joel Pinheiro da Fonseca. Leia-o, prestando bastante atenção a Tolher: impedir, pôr obs-
C SI
como ele se desenvolve. táculo a.
O U
A desigualdade importa? maiores talentos e impondo a todos o peso da conformida-
N L
Nosso principal desafio é combater a pobreza de à média. Não é à toa que os EUA, país competitivo e (por
35
isso) desigual, atraem tantos dos melhores profissionais e
SI XC
A maior parte das pessoas, quando fala em desigualdade,
está no fundo se referindo à pobreza. Mortalidade infan- acadêmicos do planeta.
til, falta de saúde e segurança, analfabetismo, fome; es- Vale lembrar também que a desigualdade econômica não
ses são sintomas da pobreza – da falta de recursos para
EN O E é a única desigualdade relevante. O preço pago pelos países
atender a necessidades básicas. Não estão diretamente socialistas pela redução radical da desigualdade econômica,
ligados à desigualdade, isto é, à distância que separa os além da pobreza crônica, foi produzir uma brutal desigual-
pobres dos ricos. dade de poder, muito maior até mesmo do que as democra-
cias capitalistas mais deturpadas (como a nossa).
D US
pobres, não seria preciso se preocupar com a distância taxa proporcionalmente pouco os estratos superiores da
renda, tem espaço para melhorar aí.
E
A conclusão é precipitada. Deixando de lado a questão Outros países, contudo, podem combater a pobreza
do valor abstrato da desigualdade (se ela é, em si mes- sem mexer na desigualdade ou podendo até aumentá-
ma, boa ou má, justa ou injusta), há certos efeitos dela -la. É o que aconteceu na China nas últimas décadas: gra-
ST IA
que são negativos. Um deles é a redução do bem-estar. ças a reformas liberalizantes, o país experimentou uma
Ao contrário do mito liberal dos proprietários indepen- brutal redução da pobreza extrema (foram 300 milhões
SI ER
dentes que vivem contentes com o que têm, sem se de pessoas que deixaram a pobreza extrema e hoje con-
comparar ao vizinho, a imensa maioria das pessoas vive somem avidamente) ao mesmo tempo em que a desi-
a necessidade de se comparar e sobressair; e o consumo gualdade também se intensificou: há toda uma classe de
milionários e bilionários que antes não existia.
AT
reflete isso.
Um mundo excessivamente desigual, em que os mais Como na maioria das questões importantes da vida, a
pobres veem o abismo que os separa dos ricos e sabem ciência não tem as respostas. A quantidade ideal de desi-
M
que essa distância jamais será vencida, será também um gualdade varia segundo as circunstâncias e as preferên-
mundo de muita frustração existencial. cias de cada um. Provavelmente, nenhum dos extremos
Além disso, a extrema desigualdade econômica abre será desejável à maioria das pessoas.
caminho para a captura da política e da legislação pelos No Brasil, um dos países mais desiguais do mundo, essa
interesses dos mais ricos, sem que o grosso da população discussão sobre a desigualdade importa. Não é, contudo,
tenha qualquer arma para se defender da sanha daque- o problema mais urgente. Afinal, se há crianças morrendo
les que já têm mais. de diarreia, significa que o nosso principal desafio não é
A extrema igualdade, contudo, também traz perigos. Uma reduzir a desigualdade, e, sim, combater a pobreza.
sociedade muito igualitária é uma sociedade que tende a FONSECA, Joel Pinheiro da. “A desigualdade importa?”. Folha de S.Paulo.
4 dez. 2018. Disponível em: <https://coc.pear.sn/65U4c9g>.
não premiar o desempenho excepcional, tolhendo seus Acesso em: jul. 2019.
C O
empresa de jornal convide es-
Nosso principal desafio é combater a pobreza [...]
pecialistas de diversas áreas
O V
para escreverem com certa
periodicidade (uma vez por
C SI
A pergunta do título pode ser considerada retórica, já que o autor não
CAPÍTULO 4
O U
se modo, um articulista que
trata de economia em seus
flexão sobre o grau de importância da desigualdade em um quadro no qual
a pobreza impera. No subtítulo, o autor deixa clara sua posição sobre o pró-
N L
artigos será, provavelmente,
36
um economista ou um profis- prio questionamento que levanta: para ele, o combate à pobreza deve ser
SI XC
sional relacionado a essa área.
prioritário em relação à desigualdade, ainda que esta não deva ser anulada
dos debates.
UNDREY/ISTOCK
cionamento e da apresentação de
argumentos que o sustentem, um
ST IA
C O
se mostra contrário ao
O jovem é o público preferencial dos meios de comunicação voltados para o progresso, ao que é novo.
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
entretenimento. Isso é reforçado pelo mercado publicitário, que vê no público Substancial: que é gran-
jovem um grande potencial de consumo. No entanto, o jovem não é notícia de; considerável.
C SI
para os meios de comunicação considerados “adultos” ou formadores de opi-
nião, como os grandes jornais ou telejornais de redes. Nesse caso, o jovem é
O U
visto como agente de problemas e conflitos, e não como parte substancial da NOTA
sociedade brasileira.
N L
37
A sociedade brasileira tem certa incapacidade de ver o jovem como uma Observatório
SI XC
parcela de sua estrutura. Para a maioria das pessoas, quando o indivíduo che- O Observatório da Imprensa,
ga aos 18 ou 20 anos, é visto como um adulto, e não como um cidadão jovem de onde foi retirado o texto
Os meios de comunicação e a
que tem direitos e necessidades inerentes à sua idade. Sequer sob o ponto
EN O E juventude é, além de site, um
de vista econômico existe um olhar consequente e responsável de forma ge- programa de rádio e de tele-
neralizada sobre a juventude. [...] visão voltado para a análise
É preciso que a sociedade esteja atenta ao que será feito de centenas de crítica dos meios de comunica-
novos canais de TV e emissoras de rádio que estarão disponíveis com as novas ção atuantes no Brasil. Inicial-
D US
O sentido de urgência da juventude, a sensação de rapidez das tecnolo- Neste conjunto de módulos, continua-
gias da informação e o discurso da eficiência dos atores econômicos não -se o estudo da argumentação. Este
tema foi bastante explorado nos mó-
SI ER
correspondem à capacidade de a sociedade gerar soluções para o desen- dulos anteriores, mas, agora, o foco
volvimento. Não este do crescimento dos índices econômicos, mas, sim, o será dado à força argumentativa obtida
por meio, especialmente, de operado-
crescimento sustentável, em que as atividades econômicas tenham por fim
res discursivos que contribuam para
não apenas garantir o lucro dos acionistas, o que é legítimo, mas também
AT
vos dos meios de comunicação. imediata por parte dos alunos dessa
faixa etária. O artigo que compõe este
No Brasil, pela lei, uma empresa de comunicação deve pertencer a um brasi- conjunto de módulos, apesar de estar
leiro nato. Isso faz com que esse tipo de empresa seja controlada por pessoas parcialmente reproduzido, tem relação
físicas e acabe sendo dirigida por famílias. Os grandes grupos de comunica- direta com esse tópico.
ção, quase todos, são empresas familiares. Alguns já estão sendo controla-
dos por organizações religiosas, que também têm interesses muito definidos.
Essa legislação que garante acesso ao controle dos meios de comunicação a
uns poucos privilegiados é retrógrada e precisa ser revista. Mas isso pode ser
tema de um outro artigo.
MARCONDES, Dal. Os meios de comunicação e a juventude. Observatório da Imprensa. 31 mar.
2009. Disponível em: <https://coc.pear.sn/ToeFT99>. Acesso em: 27 jul. 2019. Adaptado.
C O
O V
A sociedade brasileira tem certa incapacidade de ver o
C SI
CAPÍTULO 4
O U
visto como um adulto, e não como um cidadão jovem que tem
direitos e necessidades inerentes à sua idade.
N L
38
SI XC
Ao optar pelo uso do pronome indefinido “certa”, no trecho “certa inca-
EN O E pacidade”, o autor assume que tal incapacidade não é total, isto é, que, em
alguma medida, ainda que insuficiente, a sociedade brasileira consegue
enxergar o jovem como parcela de sua estrutura. Algo semelhante ocorre
em “maioria das pessoas”; aqui, o autor indica que não é toda a população
D US
C O
eles contribuem para a modalização do
Brasil. Leia esse texto atentando para elementos gramaticais que colabo-
LÍNGUA PORTUGUESA
discurso persuasivo.
O V
ram para marcar, textualmente, o posicionamento assumido pelo autor.
C SI
Como o jovem brasileiro vê seu futuro no No Brasil, o trabalho ainda é uma das maiores
Brasil
O U
preocupações do jovem brasileiro. O anseio em
A juventude atual foi gerada entre fins da déca- estudar e especializar-se também vem crescendo.
N L
da de oitenta e noventa. Acompanhou a virada do Infelizmente, o acesso a universidades públicas
39
SI XC
século, a queda das torres gêmeas, as mudanças ainda é muito restrito no país. Grande parte dos
climáticas. Cresceu ouvindo questões sobre meio jovens sai do Ensino Médio e vai direto para o mer-
ambiente, ecologia, efeito estufa, criando, assim, cado de trabalho; poucos vão para a universidade.
EN O E
uma consciência e visão de mundo que as outras
gerações não tinham.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) divulgou que estudantes de 18 a 24 anos
O jovem de hoje é tecnológico. O celular passa que frequentavam Ensino Superior no Brasil so-
a ser um item vital para ele que está sempre co- mavam 58,5% do total de estudantes nessa faixa
D US
nectado com tudo e todos. Facebook, Instagram, etária em 2014. O percentual, segundo a pesquisa,
Twitter, Snapchat, entre outras redes sociais, são é 25 pontos percentuais maior que o de dez anos
o espaço de lazer do jovem e, ao mesmo tempo, antes. A pesquisa ainda revelou que os estudantes
o lugar onde ele mantém-se atualizado sobre as brancos e da parcela mais rica da população ainda
A E
notícias do país e do mundo. A tecnologia teve um são maioria nas universidades do país. As chances
E
meio a selfies, posts e likes. os que optam pelo caminho acadêmico, fazendo
Aprender passou a ser algo mais prazeroso. A mestrado, doutorado e, muitas vezes, até optando
SI ER
escola ainda tem o papel central na formação do por uma carreira no exterior. E outros que estão no
jovem, mas com a internet é possível aprender mercado de trabalho ou desempregados; muitos
de maneira independente, o que abre uma gama ainda não têm algo bem definido, talvez estejam
AT
infinita de possibilidades. São tantos conteúdos, tentando descobrir-se. A parcela de jovens com
vídeos etc. que, que para aprender, basta querer. formação acadêmica e desempregada no país é
Desde um novo idioma, cozinhar, tocar um instru- grande, tendo como principal causa a crise econô-
M
mento, enfim, qualquer coisa. Na geração atual, mica que tem afetado pessoas das mais variadas
o jovem pode ser quem e o que ele quiser: vete- idades e grau de instrução.
rinário, advogado, jornalista, médico, cozinheiro, Os jovens dessa geração são sonhadores, in-
músico etc. quietos, cheios de incertezas, mas de uma coisa
Ao contrário da época de nossos pais, quando o co- sabemos bem: somos jovens e ainda temos um
nhecimento era limitado, o dinheiro e o tempo eram futuro inteiro pela frente. Todos os dias podemos
curtos, hoje, o jovem pode planejar melhor seu futu- nos reinventar.
ro. O mercado profissional é mais aberto para este TOZETTO, Mariana. Como o jovem brasileiro vê seu futuro no
público, oferecendo cursos profissionalizantes, pro- Brasil. Brasil Best. Disponível em: <https://coc.pear.sn/HKYzl7R>.
Acesso em: jul. 2019. Adaptado.
gramas de jovem aprendiz e estágios em empresas.
C O
A tecnologia teve um impacto tão grande na vida das pessoas que houve
O V
uma mudança de comportamento até mesmo na geração adulta [...].
C SI
CAPÍTULO 4
O U
Há, nesse período, o advérbio “tão” e a locução adverbial “até mesmo”.
Ambos expressam juízos de valor que partem de quem enuncia o texto,
N L
ainda que de modo sutil. Enquanto o advérbio “tão” atribui intensidade ao
40
SI XC
impacto da tecnologia na vida das pessoas, a locução adverbial “até mes-
mo” inclui a geração adulta no grupo dos afetados pela mudança de com-
EN O E portamento resultante do impacto da tecnologia; nessa inclusão, subenten-
de-se a ideia de algo que seja surpreendente: não se esperava isso, mas até
mesmo a geração adulta sofreu uma mudança de comportamento.
Nesse mesmo sentido, outro trecho pode ser citado. Observe.
D US
O advérbio “ainda”, nesse contexto, aponta para uma situação que ocorre,
E
EM L D
embora já devesse ter sido superada. Ao empregar esse termo nesse con-
texto, a autora indica seu julgamento negativo sobre o fato de o trabalho
continuar sendo uma das maiores preocupações do jovem brasileiro. Um
ST IA
ANYABERKUT/ISTOCK
C O
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
C SI
O U
N L
41
SI XC
EN O E
D US
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
Exercícios de aplicação
1. Você aprendeu sobre reportagem e, ao longo de sua vida e trajetória escolar, já teve acesso a notí-
cias. O que uma reportagem e uma notícia têm em comum que faz com que alguns leitores confun-
dam esses dois gêneros jornalísticos?
Uma reportagem, assim como uma notícia, trata da atualidade.
C O
Releia a reportagem 52 milhões de brasileiros vivem abaixo da linha da pobreza e responda às questões.
O V
2. O subtítulo apresenta 2. O enunciado abaixo do título, “Segundo relatório divulgado pelo IBGE, um quarto da população do
uma informação fornecida país tinha, em 2016, uma renda inferior a R$ 387 por mês”, apresenta
C SI
por uma fonte, já que é ini-
CAPÍTULO 4
O U
c. uma informação fornecida por uma fonte.
N L
d. a opinião de alguém.
42
SI XC
e. uma informação que não se relaciona com o texto.
3. Retire, da reportagem que você leu, um trecho que se relacione com a imagem apresentada a seguir.
EN O E “[…] a equipe da FGV estimou que, após subir 9,95% em 2016, o número de
GUSTAVOMELLOSSA/ISTOCK
extremamente pobres recuou 4,48% neste ano, até setembro, com o avanço
na renda […]".
D US
5. O trecho “‘Uma parte disso foi a inflação muito alta com o [benefício do] Bolsa Família congelado. [Em 2015]
5. A citação é direta e dá-se
por meio do uso das aspas.
A pobreza subiu pelo mesmo canal por que caiu’”, retirado da reportagem lida, apresenta uma citação
X direta.
AT
indireta.
Nas contas de Marcelo Neri [...] 2016 foi o “fundo do poço” da pobreza [...]
No trecho, as aspas foram utilizadas porque a expressão que aparece entre elas – “fundo do poço” – faz referência à fala
de Marcelo Neri.
7. A reportagem procura
mostrar informações e da- 7. A reportagem que você leu apresenta
dos positivos (como recuo
da pobreza) em relação aos X informações positivas e negativas.
negativos (como a desigual-
dade social que atinge, em apenas informações negativas.
larga escala, o Norte e o
Nordeste). apenas informações positivas.
C O
A pesquisa, publicada anualmente pela OCDE, analisou o cenário educacional em 46 países ou regiões, mas, no
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
caso dos salários de professor, apenas 40 disponibilizaram dados. O relatório leva em consideração os valores
pagos por instituições públicas. De acordo com o relatório, o Brasil paga salário mínimo de US$ 13.971 por ano
C SI
para seus professores. O país tem um piso salarial para toda a educação básica e, diferentemente de outras na-
ções, não há variação de uma etapa para outra.
O U
FERREIRA, Paula. Salário mínimo pago ao professor no Brasil é um dos piores do mundo.
O Globo. 11 set. 2018. Disponível em: <https://coc.pear.sn/VbBDPOE>. Acesso em: jul. 2019.
N L
43
SI XC
8. Considerando-se que os
8. Levando-se em conta que dados não apresentam nenhuma explicação ou interpretação ao leitor, o dados não apresentam in-
trecho da reportagem lido apresenta terpretação e não conduzem
EN O E a nenhuma compreensão, é
dados apenas. possível afirmar que a re-
portagem lida apresenta so-
informações apenas. mente dados e informações.
No trecho “De acordo com o
X dados e informações. relatório, o Brasil paga salá-
D US
informação.
Exercícios propostos
Leia um trecho de uma reportagem retirada do site de notícias Agência Brasil, datada de 23 de
ST IA
março de 2019.
SI ER
nea da Universidade de Brasília (UnB). Para escritoras brasileiras, o dado expressa uma realidade sentida por au-
toras que reivindicam “narrativas de outras vozes”. “A gente escreve sobre um universo que nos é familiar. Como
M
essa literatura feita hoje chega a um leitor que não se identifica com esse universo?”, questionou a escritora Ana
Maria Gonçalves, autora de Um defeito de cor.
Ela participou esta semana em São Paulo, junto com a também escritora Bianca Santana e a chilena Sara
Bertrand, do Seminário Leitura e Escrita: lugares de fala e visibilidade, no qual debateram sobre o tema “Direitos
Humanos e Literatura”. “A gente luta pela diversidade dessas histórias, dessas mulheres e homens negros que
estão aí tentando fazer uma literatura, que dificilmente vai chegar até vocês. É algo que tem que ir atrás. Quando
você quer só ler mulheres negras, tem que ir atrás, perguntar, não é espaço fácil. Outras histórias precisam ser
contadas”, disse Ana Maria.
MACIEL, Camila. Narrativas não expressam diversidade brasileira, dizem escritoras. Agência Brasil. 23 mar. 2019.
Disponível em: <https://coc.pear.sn/EKipnOx>. Acesso em: 20 jul. 2019.
11. A repórter inclui a fala da 11. O trecho ‘“A gente luta pela diversidade dessas histórias, dessas mulheres e homens negros que
escritora Ana Maria Gonçal- estão aí tentando fazer uma literatura, que dificilmente vai chegar até vocês. É algo que tem que
ves porque ela é pertinente
ir atrás. Quando você quer só ler mulheres negras, tem que ir atrás, perguntar, não é espaço fácil.
ao tema e humaniza a re-
C O
portagem, mostrando que a Outras histórias precisam ser contadas”’ apresenta a fala de uma escritora brasileira. A afirmação
problemática apresentada feita por ela contribui para o texto porque
O V
é, de fato, importante e tem
a. desumaniza a reportagem.
fundamento na experiência
C SI
vários autores. b. apresenta uma visão imparcial acerca do tema.
CAPÍTULO 4
O U
d. humaniza a temática apresentada na reportagem.
e. isenta a repórter da parcialidade.
N L
44
12. O título da reportagem Narrativas não expressam diversidade brasileira, dizem escritoras apresenta
SI XC
uma informação objetiva ou subjetiva? Justifique.
O título apresenta uma informação subjetiva, já que menciona uma opinião de alguém (de escritoras).
EN O E
13. A reportagem apresenta dados objetivos, obtidos por meio de pesquisa. Transcreva uma passagem
em que eles apareçam.
D US
“Mais de 70% dos livros publicados no Brasil entre 2005 e 2014 são de homens, com uma predominância de 97,5% de
autores brancos, revela pesquisa desenvolvida pelo Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea da Uni-
14. De que modo os dados objetivos localizados por você no exercício anterior são importantes para a
ideia apresentada na reportagem?
Os dados objetivos fortalecem a ideia exposta de que “narrativas não expressam diversidade brasileira”.
ST IA
SI ER
Exercícios de aplicação
AT
1. Os elementos que se apre- 1. Todos os elementos listados a seguir fazem parte do gênero reportagem, entretanto um deles se faz
sentam nas outras alterna- mais importante no processo de transmissão de informação. Este elemento é o(a)
M
locutor e, além disso, pode tornar a produção mais impactante para o leitor.
C O
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
C SI
5. Você se interessaria por um título de reportagem mais objetivo ou subjetivo? Justifique sua escolha. 5. É importante que os alu-
nos compreendam que um
Resposta pessoal.
título que contém traço de
O U
subjetividade pode cativar
mais o leitor, visto que é
N L
mais criativo.
45
SI XC
6. Quando os intertítulos são importantes na produção de uma reportagem?
EN O E
Os intertítulos são importantes na produção de uma reportagem quando o texto dela é relativamente extenso ou trata
7. Agora que você pôde ampliar seus conhecimentos acerca do gênero reportagem, chegou a hora de
colocá-los em prática. Você, então, desempenhará a função de repórter.
Como fazer
A E
a. Propõe-se que você realize uma reportagem sobre as medidas que as pessoas da comunidade
escolar – incluindo-se alunos, professores e funcionários dos mais diversos setores – tomam em
E
EM L D
busca da redução da pobreza e da desigualdade social (considerando desde a rua onde moram
até o país como um todo). Não é necessário que tais medidas sejam apenas aquelas de grandes
proporções. Uma atitude simples, de pequeno alcance, já é suficiente para fazer parte dos dados
coletados por você para a elaboração da reportagem.
ST IA
b. Primeiramente, elabore uma lista de pessoas da escola que possam ser entrevistadas, além de um
roteiro de perguntas que o oriente nessa entrevista. Quando ela for realizada, grave em áudio ou
SI ER
anote as respostas dadas, de forma que os dados obtidos sejam reproduzidos de maneira exata no
texto da reportagem. Faça, também, uma pesquisa sobre pobreza e desigualdade social. Você pode
fazê-la em sites institucionais da internet (pertencentes ao governo ou a jornais de grande porte,
por exemplo) ou, então, valer-se das leituras dos textos apresentados neste material. Use as infor-
AT
mações que dialoguem com o que você propõe em sua reportagem. Em seguida, busque situações
ou pessoas que possam ser fotografadas – no caso de pessoas, é necessário pedir permissão antes
de fotografá-las; você pode usar a câmera do celular. Caso não seja possível tirar foto e revelá-la, é
M
possível buscar fotos em livros, revistas ou na internet – desde que se relacionem ao tema. É interessante providenciar
c. Após essa primeira etapa, transforme as informações que você obteve em texto de reportagem. um mural no qual possam
ser afixadas as reportagens
Use a folha de produção de texto no final do livro para escrever a primeira versão de seu texto. elaboradas pela turma. Ele
Não se esqueça das partes constitutivas da estrutura desse gênero, vistas neste conjunto de mó- pode ficar localizado, por
dulos: título, linha fina, lide, corpo da reportagem, intertítulo e legenda da fotografia (que pode exemplo, em um dos corre-
ser colada na sua redação). Caso sinta dificuldades nessa segunda etapa, releia a reportagem dores da escola, para que os
demais alunos, os professo-
apresentada no conjunto anterior de módulos, 52 milhões de brasileiros vivem abaixo da linha da
res e os funcionários (muitos
pobreza. Preste atenção à forma como ela foi construída e ao modo como as ideias foram dis- deles, provavelmente, entre-
postas textualmente. Esse texto pode ser a inspiração necessária para você compor sua própria vistados para a realização
reportagem. Redação pág. 301 das produções textuais)
tenham a oportunidade de
d. Quando finalizá-la, reescreva seu texto em uma folha e cole-a em um mural, de preferência lo- acessar os textos, de forma
calizado em um lugar de fácil acesso na escola, para que toda a comunidade possa entrar em que as produções dos alunos
contato com sua reportagem (e a dos colegas). tenham uma circulação real.
C O
O V
9. A parte de um texto do gênero reportagem chamada de “corpo”
a. consiste na introdução do texto.
C SI
CAPÍTULO 4
O U
d. consiste no desenvolvimento do texto.
N L
e. consiste na parte final do texto.
46
SI XC
10. Qual é a importância das legendas das imagens nas reportagens?
As legendas auxiliam o leitor a compreender a relação entre a imagem e o conteúdo da reportagem.
EN O E
D US
11. Suponha que a imagem a seguir pertencesse a uma reportagem que tratasse da melhora nos índi-
ces de educação de algum município brasileiro. Que legenda você escreveria para ela?
SKYNESHER/ISTOCK
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
M
Resposta pessoal. Exemplo de resposta: Escolas de período integral melhoram os índices de educação no município de
Torrinha.
Exercícios de aplicação
1. Como um artigo de opinião difere-se de uma reportagem quanto
a. ao grau de parcialidade?
Um artigo de opinião é parcial, visto que pode apresentar opiniões explícitas. Já uma reportagem pretende ser imparcial,
C O
LÍNGUA PORTUGUESA
b. à linguagem utilizada pelo autor?
O V
A linguagem utilizada em um artigo de opinião pode mesclar objetividade – na apresentação de informações, fatos ou
C SI
dados – e subjetividade, quando o autor expõe suas opiniões. Em uma reportagem, por sua vez, a linguagem é objetiva,
O U
N L
47
SI XC
2. Você estudou, anteriormente, o gênero textual editorial. A diferença essencial entre esse gênero e o 2. A diferença essencial
artigo de opinião é que entre editorial e artigo de
EN O E opinião é que o primeiro,
a. o editorial é imparcial, enquanto o artigo de opinião é parcial. apresenta a opinião de
b. o editorial apresenta a opinião de uma empresa, enquanto o artigo de opinião é de autoria indi- uma empresa jornalística
e o segundo, a opinião de
vidual. um indivíduo. Nas demais
c. o editorial não apresenta argumentos, enquanto o artigo de opinião é um texto argumentativo. alternativas, o que se diz so-
D US
3. Em um artigo, como um autor pode dirigir-se diretamente ao leitor? Encontre no artigo A desigual-
dade importa? um exemplo dessa estratégia.
E
EM L D
Em um artigo de opinião, o autor pode dirigir-se diretamente ao leitor por meio da escolha dos verbos ou do uso de prono-
mes possessivos. No artigo lido, o autor faz isso, por exemplo, em “Afinal, se há crianças morrendo de diarreia, significa que
nosso principal desafio não é reduzir a desigualdade, e, sim, combater a pobreza”, ao utilizar o pronome possessivo “nosso”.
ST IA
SI ER
O ponto de vista defendido pelo autor é o de que a discussão sobre a desigualdade importa, porém, a reflexão mais im-
5. As passagens a seguir fazem parte do texto lido neste conjunto de módulos. Marque O para o que 5. Nos trechos nos quais é
exposta a opinião do autor,
for opinião do autor e F para o que for fato. há uso de expressões que
ajudam a evidenciar isso,
O “A maior parte das pessoas, quando fala em desigualdade, está, no fundo, referindo-se à pobreza.” como “no fundo”, “não seria
preciso” e “será também um
F “Bangladesh é mais igualitário que o Canadá, mas é muito mais pobre.” mundo de muita frustração
existencial”. Além disso, es-
ses trechos não estão emba-
“Melhorando as condições de vida absolutas dos mais pobres, não seria preciso se preocupar sados em dados ou estudos,
O
com a distância existente entre eles e os mais ricos.” por exemplo.
F
“É o que aconteceu na China nas últimas décadas: graças a reformas liberalizantes, o país
experimentou uma brutal redução da pobreza extrema (foram 300 milhões de pessoas que
deixaram a pobreza extrema e hoje consomem avidamente) ao mesmo tempo em que a desi-
gualdade também se intensificou: há toda uma classe de milionários e bilionários que antes
não existia.”
7. Os alunos realizarão uma
6. O trecho “A conclusão é precipitada”, que abre o terceiro parágrafo do artigo A desigualdade importa?,
C O
produção textual com base
nos conhecimentos adqui- refere-se à qual conclusão presente no texto?
ridos anteriormente quanto
O V
ao gênero artigo de opinião. O trecho opinativo refere-se à conclusão do senso comum de que “Melhorando as condições de vida absolutas dos mais
Tal atividade deve ser vista
C SI
pobres, não seria preciso preocupar-se com a distância existente entre eles e os mais ricos”, que também consiste em
como o desembocar de todo
CAPÍTULO 4
O U
conhecimentos construídos
devem ser acionados pe-
N L
los alunos, de modo que o
7. Ainda neste grupo, você teve de produzir um texto do gênero reportagem. Tal reportagem dizia res-
48
SI XC
meramente opinativo, mas, peito às medidas tomadas pela sua comunidade escolar para combater a pobreza e a desigualdade
acima de tudo, sustentado social. Agora, você vai tratar desse mesmo tema, mas, dessa vez, marcará, de maneira explícita, seu
conscientemente com argu- posicionamento e o defenderá perante o leitor. Seu desafio é redigir um artigo de opinião cujo tema
mentos sólidos.
EN O E é pobreza e desigualdade social.
Como fazer
CESAR OKADA/ISTOCK
AT
9. Como você resumiria as etapas de planejamento a serem seguidas antes da escrita de um artigo de
opinião?
C O
Tais etapas são: reflexão sobre o tema, para definir um posicionamento, e listagem de argumentos possíveis de serem
LÍNGUA PORTUGUESA
usados.
O V
C SI
Exercícios propostos
O U
N L
10. É possível dizer que um artigo de opinião constitui-se por três partes principais. Indique a ordem
49
delas a seguir, por meio de números.
SI XC
2 Argumentação
1 Apresentação da opinião
EN O E
3 Conclusão
11. No trecho “A extrema igualdade, contudo, também traz perigos. Uma sociedade muito igualitária é 11. A conjunção adversativa
uma sociedade que tende a não premiar o desempenho excepcional, tolhendo seus maiores talen- “contudo” demonstra que o
D US
12. Qual é a relação entre o título e o subtítulo do texto e o último parágrafo dele?
ST IA
O último parágrafo do texto responde à pergunta feita no título e reforça a afirmação apresentada no subtítulo.
SI ER
13. Por que o autor afirma, em seu artigo de opinião, que a desigualdade não equivale à pobreza? Dê
um exemplo que justifique sua resposta.
AT
Porque pode haver pobreza mesmo na igualdade. Um exemplo disso é Bangladesh, que, apesar de ser um país igualitário,
é bastante pobre.
M
argumentos contrários.
Exercícios de aplicação
Releia o texto Os meios de comunicação e a juventude e responda às questões.
1. O título é bastante obje- 1. O título do artigo Os meios de comunicação e a juventude é
tivo e manifesta, de forma
direta, os dois tópicos con- obscuro: não indica com precisão o assunto do texto.
templados no texto, de for-
ma inter-relacionada. X claro: evidencia o que será tratado no texto.
C O
2. A locução conjuntiva ad- 2. A expressão “no entanto”, no primeiro parágrafo, serve para
O V
versativa “no entanto” serve,
no primeiro parágrafo, para a. apresentar um contra-argumento.
b. indicar opiniões que alguns leitores podem manifestar.
C SI
introduzir a tese de que “o
CAPÍTULO 4
O U
considerados ‘adultos’ ou d. introduzir uma das ideias centrais do artigo.
formadores de opinião,
como os grandes jornais ou e. atestar concordância total com opiniões opostas à manifestada no texto.
N L
telejornais de redes”.
50
3. Transcreva uma passagem do artigo em que o autor expõe uma ação que ele considera ser necessá-
SI XC
ria realizar.
É preciso que a sociedade esteja atenta ao que será feito de centenas de novos canais de TV e emissoras de rádio que
EN O E estarão disponíveis com as novas tecnologias digitais.
4. No segundo parágrafo, o autor menciona duas formas distintas de ver quem tem 18 ou 20 anos.
D US
5. No artigo, mostra-se o ideal do que seria uma “abordagem de sustentabilidade”, isto é, uma forma
de ver o mundo considerando a preservação ambiental. Quais tipos de problema devem ser vistos
de maneira relacionada nessa abordagem?
ST IA
convincente.
M
Exercícios propostos
7. Ao afirmar que o que foi 7. No último parágrafo do artigo, o autor indica ter começado a extrapolar o assunto principal do texto.
apresentado no último pará- A passagem em que isso ocorre é
grafo “pode ser tema de um
outro artigo”, o autor indica a. “No Brasil, pela lei, uma empresa de comunicação deve pertencer a um brasileiro nato.”
ter começado a exceder o b. “Isso faz com que sejam controladas por pessoas físicas e acabem sendo dirigidas por famílias.”
limite do assunto tratado.
c. “Os grandes grupos de comunicação, quase todos, são empresas familiares.”
d. “Alguns já estão sendo controlados por organizações religiosas, que também têm interesses mui-
to definidos.”
e. “Mas isso pode ser tema de outro artigo.”
C O
X negativo o fato de, no Brasil, os grupos de comunicação serem empresas familiares.
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
10. De que modo o fato de um autor evidenciar seu repertório em um texto argumentativo contribui
para torná-lo convincente?
C SI
Ao mostrar que tem conhecimentos sobre o que está abordando, o autor indica que seus argumentos apresentam força,
O U
já que são resultantes do domínio do assunto em questão.
N L
51
SI XC
Módulos 34, 35 e 36 | Gramática e argumentação: uso de modalizadores
Exercícios de aplicação
EN O E
1. Cite um adjetivo empregado no texto que serve para diferenciar os jovens de hoje dos jovens de
antigamente, justificando sua resposta.
D US
O adjetivo “tecnológico” serve para fazer essa diferenciação, na medida em que antigamente os jovens não tinham acesso
2. O texto, logo no início, diferencia a juventude de hoje da juventude de antigamente ao citar algumas
A E
experiências coletivas vividas pelo primeiro grupo. Que experiências são essas?
O texto cita as seguintes experiências: a virada do século, a queda das torres gêmeas e as mudanças climáticas.
E
EM L D
ST IA
3. De acordo com o que o texto apresentou, é possível afirmar que a internet favoreceu que o jovem
de hoje coloque-se no mundo de forma mais independente? Justifique sua resposta com base em
SI ER
um trecho do texto.
Sim, atualmente o jovem, por meio da internet, pode aprender diversos conteúdos de maneira mais independente. O trecho
que comprova isso é: “A escola ainda tem o papel central na formação do jovem, mas com a internet é possível aprender
AT
de maneira independente, o que abre uma gama infinita de possibilidades. São tantos conteúdos, vídeos etc. que, para
4. Releia este trecho do texto: “Ao contrário da época de nossos pais, quando o conhecimento era limi-
tado, o dinheiro e o tempo eram curtos, hoje, o jovem pode planejar melhor seu futuro”. Extraia dele
um adjetivo que indique, no sentido negativo, como era antigamente e um advérbio que indique,
no sentido positivo, como é nos dias de hoje.
O adjetivo é “limitado” (também é aceitável “curtos”) e o advérbio é “melhor”.
5. Na passagem “E outros que estão no mercado de trabalho ou desempregados, muitos ainda não
têm algo bem definido, talvez estejam tentando se descobrir”, a palavra indicativa de hipótese (for-
mulada pela autora) é
a. “outros”. b. “muitos”. c. “não”. d. “algo”. e. “talvez”.
Exercícios propostos
7. No trecho “O perfil do jovem no Brasil se divide em vários”, há um adjetivo que indica a multiplici-
dade do jovem no Brasil. Trata-se da palavra
a. “perfil”.
C O
b. “jovem”.
c. “Brasil”.
O V
d. “divide”.
C SI
e. “vários”.
CAPÍTULO 4
8. Localize, no último parágrafo do texto, um adjetivo que se refira à parcela de jovens com formação
O U
acadêmica e desempregada no país.
N L
Trata-se do adjetivo “grande”.
52
SI XC
9. Você viu que tanto a classe dos adjetivos quanto a dos advérbios servem para expressar posicio-
namentos em textos opinativos. Assim, cite um adjetivo e um advérbio que, em grande parte dos
EN O E contextos, indicam uma opinião desfavorável a algo.
Resposta pessoal. Sugestões: “ruim” (adjetivo) e “lamentavelmente” (advérbio).
10. Considere este trecho do texto: “O jovem de hoje é tecnológico. O celular passa a ser um item vital
para ele que está sempre conectado com tudo e todos”. Considerando sua própria experiência, você
D US
concorda com essas afirmações feitas pela autora? Apresente um argumento que defenda sua res-
posta, usando ao menos um adjetivo valorativo, ou seja, que expresse seu julgamento.
Resposta pessoal.
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
M
C O
c. dos parênteses.
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
d. dos colchetes.
e. das reticências.
C SI
Módulos 25, 26 e 27
O U
2. Existe um recurso argumentativo que serve para esclarecer uma ideia, a fim de que o interlocutor
N L
53
SI XC
possa se convencer dela. Esse recurso são as construções metafóricas , que podem ser defini-
3. Em um artigo de opinião, há uma forma de argumentar pela qual o autor antecipa-se a possíveis
argumentos contrários aos seus. Essa estratégia é chamada de
D US
a. argumentação.
b. contra-argumentação.
c. posição.
A E
d. defesa.
E
e. exposição.
EM L D
Módulos 32 e 33
ST IA
4. Para que uma argumentação tenha força, é importante que o autor do texto
X evite generalizações sem fundamento.
SI ER
Módulos 34, 35 e 36
M
rer para manifestar juízos de valor. São elas: a classe dos adjetivos e a dos
advérbios .
O U
N L
54
SI XC
EN O E Estratégias
argumentativas
D US
A E
E
EM L D
metafóricas.
AT
M
Exemplo: apreciar ou
Diretas ou depreciar uma ideia por
indiretas meio do emprego de
adjetivos ou advérbios.
Nome:
C O
1. O objetivo principal não é verificar a qualidade da reportagem, já que se trata de uma primeira tentativa, mas garantir que os alunos dominem
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
2. os princípios básicos da composição de um texto pertencente a esse gênero.
C SI
3. 1. Neste critério, é fundamental verificar se os textos correspondem à proposta de redação – ou seja: redigir uma reportagem.
O U
N L
4. 2. Aqui, deve-se avaliar se o aluno compreendeu a estrutura de uma reportagem, conforme explicado na teoria do capítulo.
301
SI XC
5. 3. Neste caso, é preciso observar se as informações utilizadas foram colocadas no texto de maneira aleatória ou se houve um planejamento,
6. EN O E
pensando em qual informação deveria aparecer primeiro e em qual deveria vir depois.
8. 5. É muito importante que os alunos escolham informações de naturezas diferentes para a reportagem, para que o texto não fique repetitivo.
9. 6. Na avaliação deste critério, é preciso verificar se os alunos escreveram em atendimento à prosa, seccionando o texto em parágrafos bem
A E
10. organizados. Ainda não se falou de forma aprofundada sobre a estrutura típica de um parágrafo, mas deve-se avaliar se as informações a
E
EM L D
12. 7. Neste caso, considerar apenas os recursos de que os alunos já dispõem para evitar a repetição desnecessária de palavras, expressões e
SI ER
13. estruturas. Eles, no entanto, devem ser incentivados a tentar novas possibilidades, com base no que já conhecem.
14. 8 e 9. Para avaliar a correção do texto quanto às regras de ortografia, é preciso levar em consideração o aprendizado dos alunos, sobretudo
AT
15. neste momento, em que muitas regras ainda não foram estudadas.
M
16. 10. De maneira semelhante a avaliação do sétimo critério, é fundamental considerar o panorama de palavras a que os alunos já foram
expostos. Isso significa que não se podem esperar, nos textos, palavras que extrapolem o universo de leitura oferecido na escola até o 8o ano.
17.
18.
19.
20.
22.
23.
24.
C O
25.
O V
26.
C SI
CAPÍTULO 4
O U
27.
N L
28.
302
SI XC
29.
30.
EN O E
31.
D US
32.
33.
A E
E
EM L D
Nome:
C O
1. O objetivo principal não é verificar a qualidade do artigo de opinião, já que se trata de uma primeira tentativa, mas garantir que os alunos
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
2. dominem os princípios básicos da composição de um texto pertencente a esse gênero.
C SI
3. 1. Neste critério, é fundamental verificar se os textos correspondem à proposta de redação – ou seja: redigir um artigo de opinião que trate
O U
N L
4. de pobreza e de desigualdade social, mobilizando, para isso, o que foi apresentado neste material, além do repertório pessoal de cada aluno.
303
SI XC
5. 2. Aqui, é importante avaliar se o aluno compreendeu a estrutura de um artigo de opinião, conforme explicado na teoria do capítulo.
6. EN O E
3. Neste caso, é preciso observar se os argumentos utilizados foram colocados no texto de maneira aleatória ou se houve um planejamento,
7. pensando em qual informação deveria aparecer primeiro e em qual deveria vir depois.
D US
8. 4. Este critério corresponde à capacidade de seleção de argumentos que não possam ser facilmente rebatidos, como de autoridades, de fatos
10. 5. É muito importante que os alunos escolham argumentos de naturezas diferentes para o artigo de opinião, para que o texto não fique repetitivo.
E
EM L D
11. 6. Na avaliação deste critério, é preciso verificar se os alunos escreveram em atendimento à prosa, seccionando o texto em parágrafos bem
ST IA
12. organizados. Ainda não se tratou de maneira aprofundada da estrutura típica de um parágrafo, mas deve-se avaliar se as informações a serem
SI ER
14. 7. Quanto ao último critério, considerar apenas os recursos de que os alunos já dispõem para evitar a repetição desnecessária de palavras,
AT
15. expressões e estruturas. Eles, no entanto, devem ser incentivados a tentar novas possibilidades, com base no que já conhecem.
M
16. 8 e 9. Para avaliar a correção do texto quanto às regras de ortografia, é preciso levar em consideração o aprendizado dos alunos, sobretudo
18. 10. De maneira semelhante à avaliação do sétimo critério, é fundamental considerar o panorama de palavras a que os alunos já foram expostos.
19. Isso significa que não se podem esperar, nos textos, palavras que extrapolem o universo de leitura oferecido na na escola até o 8o ano.
20.
22.
23.
24.
C O
25.
O V
26.
C SI
CAPÍTULO 4
O U
27.
N L
28.
304
SI XC
29.
30.
EN O E
31.
D US
32.
33.
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E
EM L D
C O
O V
C SI
O U
N L
SI XC
EN O E
D US
C O
Este mapa mostra ligação entre os conteúdos
das disciplinas, sendo ponto de partida para
O V
um trabalho interdisciplinar.
C SI
LÍNGUA
PORTUGUESA
O U
Textos normativos e
N L
reinvidicativos, proposta
política, preposição,
SI XC
MATEMÁTICA regência verbal e termos CIÊNCIAS
da oração DA NATUREZA
Ângulos e triângulos CS CN HI
EN O E Eletricidade
CN GE LP MA GE
D US
A E
Conscientização
corporal, ioga e pilates
3 Revolução Francesa e
Império Napoleônico
Economia e consumo
ST IA
LP GE CS
SI ER
AT
ARTE GEOGRAFIA
Arte comercial
M
Continente americano
e música
CIÊNCIAS
SOCIAIS
CS HI HI CN CS
Trabalho e
relações sociais
GE HI
GUE
PÁG.
12 CAPÍTULO 5
A E
Normas e reivindicações
E
EM L D
46 CAPÍTULO 6
Conectar as partes
ST IA
SI ER
SA
AT
M
ARSENISSPYROS/ISTOCK
CAPÍTULO
NORMAS E
NORMAS E
REIVINDICAÇÕES
OBJETIVOS DO GRUPO REIVINDICAÇÕES
C O
• Contribuir com a escrita
LÍNGUA PORTUGUESA
de textos normativos e
O V
O assunto deste capítulo são as normas e as reivindicações, cuja estruturação é feita por
de regras e regulamentos
OBJETIVOS
nos vários âmbitosDO GRUPOda
meio de textos normativos. Para aproximar este tópico da realidade dos alunos, pode-se
Você já parou para pensar que, durante vários momentos de
C SI
falar sobre o exercício da cidadania em uma democracia, em que é fundamental que
escola, levando
• Contribuir com aem conta
escrita senossa
conheçamvida,osparticipamos de diversas
direitos e os deveres situações
dos cidadãos, garantidas
os quais são dispostos nesse tipo
o contexto de produção depor lei,Além
texto. como estudar, e que
de contribuírem para atambém temos
organização deveres,
da sociedade, como
esses textos permitem
de textos normativos e
O U
que se possa
seguir acompanhar
algumas se oestabelecidas
regras que eles determinam
por está
essassendo cumprido ou não.
leis?
edeasregras
características dos
e regulamentos
gêneros
nos váriosemâmbitos
questão.da
N L
• escola, levando
Identificar em conta
a preposição
12
SI XC
o
comocontexto de invariável
palavra produção
equeas conecta
características
palavrasdose
SERGEYRYZHOV/ISTOCK
gêneros
termos de emumaquestão.
oração.
• Identificar
Diferenciaracomplementos
preposição
EN O E
como
diretospalavra invariável
e indiretos de
que
verbosconecta palavras e
transitivos,
termos de uma da
apropriando-se oração.
regência decomplementos
• Diferenciar verbos
D US
de uso frequente.
diretos e indiretos de
No trânsito, existem também direitos e de-
• verbos
Produzir transitivos,
textos veres que devem ser seguidos. Todo cidadão
apropriando-se
reivindicatórios,da
regência de verbos tem direito à segurança no trânsito, por isso
levando em conta seu
de uso frequente. as vias devem ser bem sinalizadas. É nosso
contexto de produção
A E
gêneros em questão.
reivindicatórios,
direitos e deveres que devem outra pessoa.
• levando
Analisar aem conta seu
forma
contexto de produção
composicional de textos ser seguidos. Todo cidadão tem
epertencentes
as características dos
a gêneros direito à segurança no trânsito,
por isso as vias devem ser bem
ST IA
gêneros em questão. e a
normativos/jurídicos
gêneros adaforma
• Analisar esfera política. sinalizadas. É nosso dever trafegar,
• composicional
Analisar, a partirdedotextos seja a pé, seja em veículos, de
SI ER
pertencentes a gênerosa
contexto de produção, maneira segura, sem oferecer
normativos/jurídicos
forma de organizaçãoedas a risco à vida de outra pessoa.
gêneros da esfera
cartas abertas, política.
abaixo-
AT
-assinados
• Analisar, e petições
a partir do
on-line.
contexto de produção, a
• forma de organização
Identificar os termos das
SERGEYRYZHOV/ISTOCK
cartas abertas,daabaixo-
constitutivos oração.
M
-assinados e petições
• Interpretar efeitos de
on-line.
sentido de modificadores
• Identificar os termos
do verbo (adjuntos
constitutivos da oração.
adverbiais, advérbios e
expressões efeitos
• Interpretar adverbiais).
de
• sentido
Realizar de modificadores
enquetes
do verbo (adjuntos
de forma a levantar
adverbiais,
prioridades,advérbios
problemas ea Todos também têm direito ao
expressões adverbiais).
resolver ou propostas. meio ambiente ecologicamente
• Realizar enquetes equilibrado, pois ele é essencial
de forma a levantar a uma vida saudável. Portanto,
prioridades, problemas a é nosso dever protegê-lo.
resolver ou propostas.
ARSENISSPYROS/ISTOCK
saudável. Portanto, é nos-
so dever protegê-lo.
RAWPIXEL/ISTOCK
O assunto deste capítulo são
as normas e as reivindicações,
cuja estruturação é feita por
meio de textos normativos.
FREEMIXER/ISTOCK
Para aproximar este tópico da
realidade dos alunos, pode-se
falar sobre o exercício da ci-
C O
dadania em uma democracia,
LÍNGUA PORTUGUESA
em que é fundamental que se
O V
conheçam os direitos e os de-
veres dos cidadãos, os quais
C SI
são dispostos nesse tipo de
RAWPIXEL/ISTOCK
texto. Além de contribuírem
para a organização da socie-
O U
dade, esses textos permitem
que se possa acompanhar se
N L
o que eles determinam está
13
sendo cumprido ou não.
SI XC
EN O E Os direitos e deveres quando
seguidos podem garantir
uma boa convivência entre as
pessoas. Devemos respeitar o
próximo e suas diferenças.
Do mesmo modo, devemos ser
D US
RAWPIXEL/ISTOCK RAWPIXEL/ISTOCK
devemos ser respeitados. É nosso direito.
ST IA
SI ER
FREEMIXER/ISTOCK
AT
M
C O
desenvolvida é para que os alunos
sejam capazes de “Relacionar textos
e documentos legais e normativos Talvez você ainda não tenha percebido, mas age de acordo com regras
O V
de importância universal, nacional
ou local que envolvam direitos, em
em vários aspectos da sua vida. Por exemplo, você espera o semáforo de
C SI
pedestre ficar verde para atravessar a rua, não é mesmo? Isso é uma re-
CAPÍTULO 5
O U
Brasileira, o ECA –, e a regulamen- impõem algumas determinações a você, como jogar videogame somente
tação da organização escolar – por
depois de fazer sua tarefa da escola.
N L
exemplo, regimento escolar –, a seus
14
SI XC
cendo e analisando possíveis moti-
Na vida pública, instruções de conduta e de procedimento são dispostas
vações, finalidades e sua vinculação em textos normativos, que podem tratar de questões específicas ou am-
com experiências humanas e fatos
históricos e sociais, como forma de plas. A Constituição brasileira, por exemplo, abrange diversos setores da
EN O E
ampliar a compreensão dos direitos
e deveres, de fomentar os princípios
organização do país.
democráticos e uma atuação pautada Em 1988, após o processo de redemocratização do Brasil, foi promul-
pela ética da responsabilidade (o ou-
tro tem direito a uma vida digna tanto gada a Constituição Federal que está em vigência atualmente. A Carta
Magna, como também é conhecida essa Constituição, dispõe, entre outros
D US
quanto eu tenho)”.
temas, dos direitos e deveres dos cidadãos. Pela primeira vez na histó-
ria do país, a Constituição apresentou os direitos da criança e do adoles-
cente de maneira mais ampla, conforme se observa em seu artigo 227,
A E
citado a seguir.
E
EM L D
RIA DE EDIÇÕES TÉCNICAS, 2015. 6. ED. 177P. FICHA CATALOGRÁFICA: RAQUEL PIMENTEL DOS SANTOS.
VIGGIANO, RENZO. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. SENADO FEDERAL, BRASÍLIA.SUBSECRETA-
1 4
LIGHTFIELDSTUDIOS/ISTOCKPHOTO
DIDESIGN021/ISTOCKPHOTO
C O
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
C SI
Direito à vida e à saúde “Art. 7º A criança e o ado-
O U
lescente têm direito à proteção, à vida e à saúde, me-
diante a efetivação de políticas sociais públicas que
N L
Direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer
15
permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e
SI XC
“Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à edu-
harmonioso, em condições dignas de existência.”
cação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pes-
soa, preparo para o exercício da cidadania e qualifi-
EN O E cação para o trabalho, assegurando-se-lhes:
2
SKYNESHER/ISTOCKPHOTO
Direito à liberdade, ao respeito e à dignidade cimento a irmãos que frequentem a mesma etapa ou
ciclo de ensino da educação básica.
“Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liber-
dade, ao respeito e à dignidade como pessoas huma- Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis
nas em processo de desenvolvimento e como sujeitos ter ciência do processo pedagógico, bem como parti-
ST IA
de direitos civis, humanos e sociais garantidos na cipar da definição das propostas educacionais."
Constituição e nas leis.”
SI ER
5
SOLSTOCK/ISTOCKPHOTO
SKYNESHER/ISTOCKPHOTO
3
AT
M
C O
<coc.pear.sn/cDFgHJR>.
Estrutura e linguagem de um texto normativo
O V
De modo a organizar as informações e facilitar sua localização, o texto nor-
C SI
CAPÍTULO 5
O U
Optou-se por deixar de fora da expli- um trecho retirado do ECA.
N L
cação as alíneas e os itens, por consi-
derar que haveria muitas informações
16
SI XC
para o aluno absorver neste momento.
Este é o momento oportuno para apli- TÍTULO II
car o exercício 1 da seção “Para con- Dos Direitos Fundamentais
ferir”, referente aos módulos 37 e 38.
EN O E Capítulo IV
Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desen-
GRUPO volvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para
D US
Os recursos naturais não são III – direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escola-
bens infinitos. A fim de poder
E
res superiores;
EM L D
fim da distribuição gratuita Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagó-
de sacolas plásticas em super- gico, bem como participar da definição das propostas educacionais.
mercados. A motivação dessa
proibição é tentar reduzir o
AT
C O
Leia, a seguir, alguns trechos do regulamento do funcionamento do Cam-
LÍNGUA PORTUGUESA
peonato Brasileiro da série A.
O V
EXPLORE MAIS
C SI
Capítulo IV
Do sistema de disputa Regulamento dos Jogos
O U
Escolares da Juventude
Art. 13 – O Campeonato será disputado no sistema de pontos corridos, de forma
Um bom exemplo de re-
contínua, em turno e returno, sendo 19 (dezenove) jogos de ida e 19 (dezenove)
N L
gulamento relacionado
jogos de volta, sagrando-se campeão o clube que acumular o maior número de
17
a esportes é o dos Jogos
SI XC
pontos ganhos em toda a disputa. Escolares da Juventude,
Parágrafo único – O mando de campo de todas as partidas pertencerá ao clube maior evento estudantil
esportivo brasileiro, que
colocado à esquerda da tabela elaborada pela DCO.
EN O E pode ser encontrado no site
Art. 14 – Em caso de empate em pontos ganhos entre 2 (dois) ou mais clubes ao do evento, disponível em:
final do campeonato, o desempate, para efeito de classificação final, será efetuado <coc.pear.sn/aNkLi15>.
observando-se os critérios a seguir:
1o) maior número de vitórias;
D US
C O
Paulo.
Consumo de água
Nesse caso, ao retirarmos o
O V
“a”, a frase perde o sentido,
Consumo: antecedente
C SI
fica sem contexto. Em “Ire-
CAPÍTULO 5
O U
“ir” a “São Paulo”.
Artigo definido: A cidade
N L
de São Paulo é caótica.
Preposições essenciais
18
SI XC
Perceba que o artigo vem
sempre antes de um subs- Observe o quadro a seguir.
tantivo e pode ser retirado
da frase sem prejuízo de
EN O E
sentido, ou seja, consegui- a ante após até
mos entender o contexto.
com contra
“Cidade de São Paulo é
caótica.” de desde
Pronome oblíquo átono:
D US
em entre
Conheci São Paulo ontem. →
Conheci-a ontem. para perante por
Os pronomes sempre re-
tomam um substantivo.
sem sob sobre
A E
sar de, acima de, abaixo de, a fim de, além de, por conta de, em frente a,
junto a, perto de etc.
C O
Combinação e contração
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
A combinação ocorre quando a preposição acompanha outra palavra, e ne-
C SI
Este é o momento oportuno para apli-
nhum fonema é perdido. Por exemplo: a + o = ao; a + onde = aonde. car o exercício 2 da seção “Para confe-
rir”, referente ao módulo 40.
Já na contração, as palavras unem-se e ocorre a perda de um fone-
O U
ma. Por exemplo: de + a = da; de + o = do; em + o = no; por + a = pela;
N L
em + este = neste.
19
SI XC
Carga semântica
A semântica diz respeito ao significado de um termo em um enunciado.
EN O E
Uma palavra, quando analisada sozinha, pode ter diversos sentidos, mas,
quando inserida em uma frase, cria-se um contexto e determina-se qual é
o significado aplicado nesse contexto.
D US
mas regionais.
g. Instrumento. O garoto feriu-se com os espinhos da planta.
M
C O
Os cidadãos obedecem ao regulamento.
O V
C SI
CAPÍTULO 5
O U
O verbo é sempre o termo regente, aquele que exige um complemento,
N L
enquanto o complemento verbal é o termo regido, aquele que é subordi-
20
SI XC
nado ao verbo. Assim, nesse exemplo, “obedecem” é o termo regente, que
precisa de um objeto indireto – “ao regulamento” –, que é o termo regido.
EN O E Se o verbo não exigir um complemento, não haverá termo regente e regi-
do. E esse verbo é o intransitivo.
No entanto, existem verbos que admitem mais de uma regência, isto é,
podem ter mais de um termo regido. É o caso, por exemplo, do verbo “aspi-
D US
MOUSTACHEGIRL/ISTOCKPHOTOS
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
SOUTH_AGENCY/ISTOCKPHOTOS
C O
LÍNGUA PORTUGUESA
Maria e João viajaram.
O V
Ontem, corri.
C SI
O U
Os verbos transitivos diretos apresentam um objeto direto como termo
regido, não necessitando de preposição para estabelecer a regência verbal.
N L
21
O objeto direto responde, principalmente, às perguntas “o quê?” e “quem?”.
SI XC
Observe alguns exemplos.
Por fim, existem os casos em que o verbo pode ser transitivo direto e in-
direto – quando a ação contida no verbo necessita de dois complementos,
M
Seguem exemplos.
1. Assistir
C O
a. Quando tem o significado de “presenciar”, o verbo assistir é transiti-
O V
vo indireto, regendo a preposição “a”. Exemplo: Todos assistiram ao docu-
C SI
CAPÍTULO 5
O U
transitivo indireto, novamente regendo a preposição “a”. Exemplo: Ao ler
N L
a Constituição, descobri os benefícios que assistem a mim.
22
SI XC
c. Quando tem o significado de “ajudar”, “prestar socorro”, o verbo é
transitivo direto; portanto, não rege preposição. Exemplo: O médico
EN O E assistia o paciente.
2. Preferir
D US
3. Lembrar e esquecer
ST IA
C O
Esse tipo de prática ocorre no cotidiano, tanto oralmente, em uma simples EXPLORE MAIS
LÍNGUA PORTUGUESA
conversa, debate ou discussão mais acirrada, quanto por meio de texto es-
O V
Petição on-line
crito, como cartas abertas, abaixo-assinados e petições on-line: são os cha- Para conhecer como fun-
C SI
mados textos reivindicativos, muito utilizados em contextos de defesa ou ciona uma petição
on-line, acesse:
de debates sobre direitos dos cidadãos. Esses textos, como o próprio nome <coc.pear.sn/fvNbZoM>.
O U
diz, seguem o significado da palavra reivindicar, que quer dizer “requerer”,
N L
“solicitar”, “reclamar”. Vamos conhecer tipos e características desses textos.
23
SI XC
Carta aberta é um veículo de comunicação coletiva, escrita por uma ou
mais pessoas e destinada a outro grupo, por exemplo, sindicatos, entidades
de representação ou comunidade. Sua principal característica é informar
EN O E
ou reivindicar algo ou, ainda, argumentar sobre determinado assunto.
Veja, a seguir, a estrutura que esse tipo de texto costuma apresentar.
PARA IR ALÉM
Petições e abaixo-assinado
D US
4) Conclusão: encerramento do discurso e sugestão ou solicitação de uma solu- dicos, uma petição é defini-
ção para o problema apresentado. da basicamente como um
instrumento utilizado para
conseguir uma decisão favo-
No abaixo-assinado, um grupo de pessoas mobiliza-se por uma reivin-
ST IA
C O
<coc.pear.sn/orG6RDQ>. Oriundo do latim democratia, o primeiro registro que se tem da palavra
democracia no idioma português é do ano de 1671. No francês, démocratie,
O V
existe desde o século XIV. Todos esses vocábulos advêm da mesma raiz: o
C SI
termo grego demokratía, que une demos (“povo”) e kratía (“força, poder”).
CAPÍTULO 5
O U
todo o poder deve emanar do povo, temos o direito – e o dever – de sermos
A vida coletiva acontece por meio
N L
de trocas: conversas, economias, cidadãos ativos, pensando e agindo de acordo com valores coletivos.
24
SI XC
trabalhos. Voluntariamente ou não,
ao vivermos em sociedade, já somos Já vimos que os textos normativos garantem direitos e obrigações para
ativos. Contudo, a “participação ativa” os cidadãos – este é o ponto teórico; o aspecto prático, por sua vez, é execu-
que norteia este conjunto de módulos
trata das iniciativas que o indivíduo
EN O E tado por meio da cidadania.
pode tomar para promover melhorias
à sociedade.
FRANCKREPORTER/ISTOCKPHOTO
É importante mencionar que essa
ação pode ocorrer de maneira macro,
alcançando grande número de pes-
D US
Devemos, então, fazer valer a voz que nos é conferida pela democracia e
atuar constantemente por nossos ideais e necessidades. E, ao dizer “nos-
sos”, precisamos nos lembrar de que vivemos em sociedade e temos de con-
siderar as demandas desse todo que representa a sociedade. Há de se atuar
por nós mesmos e por nossos semelhantes, ainda que tenhamos necessida-
des diferentes – isso é coexistir.
C O
que ele estava despedido: contenção de custos, você sabe como direito à vida, à liberdade,
LÍNGUA PORTUGUESA
é, a situação não está boa, tenho de dispensar gente. à propriedade, à igualdade
O V
PINSKY, JAIME. II. PINSKY, CARLA BASSANEZI. HISTÓRIA DA CIDADANIA. SÃO PAULO: EDITORA CONTEXTO, 2003. 6A EDIÇÃO.
Por mais que esperasse esse anúncio, que na verdade até tar- perante a lei: é, em resumo,
ter direitos civis. É também
C SI
dara um pouco, muitos outros já haviam sido postos na rua – foi participar no destino da
um choque. Afinal, fazia cinco anos que trabalhava na empresa. sociedade, votar, ser vo-
O U
Um cargo modesto, de empacotador, mas ele nunca pretendera tado, ter direitos políticos.
mais: afinal, mal sabia ler e escrever. O salário não era grande Os direitos civis e políticos
N L
não asseguram a democra-
coisa, mas permitia-lhe, com muito esforço, sustentar a família,
25
cia sem os direitos sociais,
SI XC
esposa e dois filhos pequenos. Mas já não tinha salário, não tinha aqueles que garantem a
emprego – não tinha nada. participação do indivíduo
Passou no departamento pessoal, assinou os papéis que lhe na riqueza coletiva: o direi-
EN O E to à educação, ao trabalho,
apresentaram, recebeu seu derradeiro pagamento e, de repente,
ao salário justo, à saúde,
estava na rua. Uma rua movimentada, cheia de gente apressada. a uma velhice tranquila.
Gente que vinha de lugares e que ia para outros lugares. Gente que Exercer a cidadania plena
sabia o que fazer. é ter direitos civis, políticos
D US
e sociais”.
Ele, não. Ele não sabia o que fazer. Habitualmente iria para casa,
contente com a perspectiva do fim de semana, o passeio no par-
que com os filhos, a conversa com os amigos. Agora, a situação
era outra. Como poderia chegar em casa e contar à mulher que
A E
C O
nomes. Não lembrava mais como se chamavam.
O V
E aí começou a esquecer coisas a respeito de si próprio. A em-
presa em que trabalhara. O endereço da casa onde morara. A sua
C SI
CAPÍTULO 5
O U
Aquilo foi mais difícil. É verdade que, havia muito tempo, nin-
N L
guém lhe chamava pelo nome. Vagando de um lado para outro,
26
SI XC
nhecidos e ninguém exigia apresentação. Mesmo assim foi com
certa inquietação que pela primeira vez se perguntou: como é
EN O E mesmo o meu nome? Tentou, por algum tempo, se lembrar. Era
um nome comum, sem nenhuma peculiaridade, algo como José
da Silva (mas não era José da Silva); mas isto, ao invés de facilitar,
só lhe dificultava a tarefa. Em algum momento tivera uma car-
teira de identidade que sempre carregara consigo; mas perdera
D US
tou o cabelo, que lhe chegara aos ombros. Enrolado na toalha, foi
buscar as roupas. Surpresa:
— Joguei fora – disse o padre. — Fediam demais.
Antes que ele pudesse protestar, o padre entregou-lhe um pacote:
— Tome. É uma roupa decente.
Ele entrou no vestiário. O pacote continha cuecas, camisa, uma
calça, meias, sapatos. Tudo usado, mas em bom estado. Limpo.
Ele vestiu-se, olhou no espelho. E ficou encantado: não reconhe-
cia o homem que via ali. Ao sair, o padre, de trás de um balcão,
interpelou-o:
C O
– sim, como que embriagado. Mas embriagado pelo céu, pela luz
LÍNGUA PORTUGUESA
do sol, pelas árvores, pela multidão que enchia as ruas. Tão ar-
O V
rebatado estava que, ao atravessar a avenida, não viu o ônibus.
C SI
O choque, tremendo, jogou-o a distância. Ali ficou, imóvel, caído
sobre o asfalto, as pessoas rodeando-o. Curiosamente, não ti-
O U
nha dor; ao contrário, sentia-se leve, quase que como flutuando.
Deve ser o banho, pensou.
N L
Alguém se inclinou sobre ele, um policial. Que lhe perguntou:
27
SI XC
— Como é que está, cidadão? Dá para aguentar, cidadão?
Isso ele não sabia. Nem tinha importância. Agora sabia quem
era. Era um cidadão. Não tinha nome, mas tinha um título: cida-
EN O E
dão. Ser cidadão era, para ele, o começo de tudo. Ou o fim de tudo.
Seus olhos se fecharam. Mas seu rosto se abriu num sorriso.
O último sorriso do desconhecido, o primeiro sorriso do cidadão.
D US
PIXELFIT/ISTOCKPHOTO
AT
M
Exercícios de aplicação
1. Na sua opinião, o que significa atribuir às crianças e aos adolescentes a característica de sujeitos de
direitos?
Resposta pessoal. Sugestão: tratar crianças e adolescentes como sujeitos de direitos significa reconhecer que, embora
menores de idade e dependentes de certos cuidados, são cidadãos e pessoas com personalidade própria – mesmo que
C O
ainda em formação –, com necessidades próprias e, portanto, devem ter direitos assegurados para garantir seu adequado
O V
desenvolvimento humano. Com os direitos, o ECA confere-lhes, também, responsabilidades.
C SI
CAPÍTULO 5
O U
2. Leia o texto a seguir, publicado no site da ONU, que se relaciona com o tema estudado neste módulo.
N L
28
SI XC
Unesco: 1 em cada 5 crianças e adolescen- “Esses novos dados mostram o tamanho da lacuna
tes está fora da escola que precisa ser preenchida para garantir o acesso
Cerca de 263 milhões de crianças e adolescentes
EN O E universal à educação”, alerta a diretora-geral da
estão fora da escola, segundo levantamento di- Unesco, Audrey Azoulay. “Precisamos de abordagens
vulgado nesta semana [2/3/2018] pela Unesco. mais abrangentes e focadas, somadas a mais recur-
Isso significa que uma em cada cinco pessoas com sos para alcançar crianças e jovens que têm o direito
até 17 anos não frequenta uma instituição de en- à educação negado, com ênfase social nas meninas
D US
sino. Dados também apontam disparidades entre e em melhorar a qualidade da educação para todos.”
os jovens de nações ricas e pobres – em países de A dirigente acrescentou que tais mudanças são
baixa renda, a taxa de evasão de estudantes de 15 urgentes para avançar no cumprimento do Obje-
a 17 anos é de 59%, enquanto, nos países ricos, é tivo de Desenvolvimento Sustentável de no 4, que
A E
Com base em informações reunidas por seu Insti- primária e secundária de qualidade.
tuto de Estatística (UIS), a agência da ONU denun- Diferenças regionais, econômicas
cia uma estagnação nos progressos para recuperar e de gênero
ST IA
fora da escola caiu pouco mais de 1 milhão. centes está fora da escola. As meninas estão mais
No nível primário, a taxa de evasão escolar qua- propensas a serem excluídas dos sistemas de en-
se não sofreu modificações durante toda a década sino do que os meninos. Para cada 100 meninos
AT
passada, com 9%, ou 63 milhões de crianças de seis de 6 a 11 anos fora da escola, há 123 garotas sem
a 11 anos fora da escola. direito à educação.
O problema piora conforme avança a idade – Na América Latina e no Caribe, 9,9% das crian-
M
C O
3. A tirinha apresenta uma situação de descumprimento de um dos direitos fundamentais determina-
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
dos pelo ECA. Identifique-o e explique-o.
C SI
29
SI XC
EN O E
D US
O bullying praticado contra o jovem viola o direito ao respeito e à convivência comunitária, porque faz ele passar por
situação vexatória que prejudica o convívio com os demais. Constrangido, o garoto procurou a diretoria, que fomentou a
discussão do assunto dentro da escola – como deve ser feito – para que haja conscientização de alunos e professores e,
A E
consequentemente, o cumprimento dos direitos e deveres dispostos constitucionalmente e, também, pelo Estatuto da Com base neste texto, dis-
E
EM L D
que tomava quase toda a calçada no seu ca- O impasse se dá basicamente pela ausência
minho, numa travessa da avenida Eng. Luís de uma regulação específica para o uso de pa-
Carlos Berrini. tinetes nas ruas do país.
Já o ciclista Rodrigo Godarti, 32, diz cruzar Hoje, existe apenas uma resolução federal
constantemente com patinetes em alta velo- do Contran (Conselho Nacional de Trânsito)
cidade na avenida Paulista. de 2013. Ela estabelece regras gerais aos veí-
O súbito aumento de patinetes em São Pau- culos ciclomotores, nos quais se enquadram
lo desde o ano passado trouxe uma nova for- as patinetes elétricas.
ma de se locomover pela cidade, focada espe- Segundo a resolução, a circulação de patine-
cialmente em pequenas distâncias. tes é permitida apenas em áreas destinadas
C O
dá conta do novo fenômeno das patinetes. Marcelo Loureiro, chefe da Grow no país.
[…] Sobre os que andam de patinete sobre a calçada, Lou-
O V
Fortaleza, por exemplo, já tem suas normas. A ideia reiro afirma que essa condição não é a ideal.
C SI
é exigir que as empresas construam um espaço para o "A empresa é contra o uso da patinete na calçada. Mas
CAPÍTULO 5
estacionamento de patinetes a cada dez equipamentos a regulação atual diz que ele pode. E o usuário acaba
que estejam disponíveis para aluguel. usando por falta de opção de infraestrutura, que sempre
O U
Esse espaço deverá ser o prolongamento de uma calça- foi pensada no carro", diz.
N L
da sobre uma vaga de carro no asfalto. Com isso, a pre- […]
30
SI XC
feitura espera diminuir o impacto de concentração de Líder de planejamento de segurança viária de Lisboa,
patinetes estacionadas nas calçadas, fenômeno comum Pedro Homem de Gouveia diz que os mesmos debates
a várias cidades onde existe o modelo. enfrentados em São Paulo ocorrem também em Portugal.
EN O E
Outra regra de Fortaleza é que a empresa dona da patine-
te tem que retirar em até três horas um equipamento que
Segundo ele, a discussão pode ser uma chance para
repensar a cidade e o espaço privilegiado do carro. Se, o
esteja em local inadequado, após uma denúncia. No caso conflito entre pedestres e patinetes na calçada é discu-
de Sabrina, na avenida Berrini em São Paulo, foi preciso tível, não é, contudo, o cerne da questão.
D US
4 A falta de regras sobre o uso de patinetes tem gerado quais situações perigosas no trânsito de São Paulo?
Como há disputa por espaço entre pedestres e patinetes na calçada, há situações perigosas como a da gestante Sabrina,
ST IA
que teve de caminhar fora da calçada, ou de uma mulher de muletas tendo de desviar de patinetes. Assim, desde o primeiro
instante de vida, percebe-se que o indivíduo tem sua dignidade violada, não tendo respaldo social e governamental.
SI ER
Embora não haja uma regra específica para as patinetes elétricas, há uma resolução federal do Contran com regras gerais
sobre veículos ciclomotores, que podem ser aplicadas para elas. A resolução trata de onde as patinetes podem circular e
M
estacionamento a cada dez patinetes e o espaço dele seria um prolongamento de uma calçada, ocupando uma vaga de
carro. Além disso, a empresa dona da patinete deve retirar a patinete que esteja em local inadequado em até três horas.
C O
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
8. Releia este trecho retirado do texto sobre patinetes. 8. A expressão “tem que
(de)” equivale a “deve”, indi-
C SI
cando, portanto, sentido de
Outra regra de Fortaleza é que a empresa dona da patinete tem que retirar em até obrigação de fazer algo.
três horas um equipamento que esteja em local inadequado, após uma denúncia.
O U
N L
31
O termo em destaque indica sentido de
SI XC
a. possibilidade. c. obrigação. e. permissão.
b. dúvida. d. proibição.
EN O E
Módulo 39 | Produção de texto normativo
Exercícios de aplicação
D US
das Nações Unidas) – incluindo o Brasil – apenas três anos após o fim da Segunda
Guerra Mundial (1939-1945). Seus 30 artigos compõem a base de todas as leis con-
temporâneas que defendem os direitos essenciais de todo o ser humano, como o
direito à vida, à integridade física, à livre expressão e à associação, sem qualquer
ST IA
distinção de raça, cor, sexo, religião ou visão política. Esses 70 anos da declaração, no
entanto, não estão marcados apenas por celebrações. Em todo o mundo, os direitos
SI ER
ameaça aos direitos humanos desde o pós-Guerra. “Todo o sistema criado em 1948
está sendo duramente questionado e cada vez mais há rejeição ao conceito de uni-
versalidade dos direitos”, disse Levine.
M
CHARLEAUX, João Paulo. Os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Nexo Jornal. Disponí-
vel em: <https://coc.pear.sn/GAyOq7o>. Acesso em: ago. 2019. Adaptado.
Esta matéria pode ser classificada como um texto normativo? Explique sua resposta.
Não. Embora trate da Declaração dos Direitos Humanos – este, sim, é um texto normativo –, a matéria anterior não tem
como intuito estabelecer uma regulamentação. Trata-se de uma notícia de jornal (texto informativo). Não há quaisquer
elementos que possam caracterizá-lo como um texto normativo: não há disposição de normas, e o conteúdo não é orga-
C O
territórios sob sua jurisdição.
O V
FOCHESATTO, Elias. 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. CDHPF.
Disponível em: <https://coc.pear.sn/3mYt1RC>. Acesso em: ago. 2019. Adaptado.
C SI
CAPÍTULO 5
O U
N L
Artigo I
32
SI XC
tadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com
espírito de fraternidade.
EN O E Artigo II
1 – Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades esta-
belecidas nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça,
cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacio-
D US
Artigo III
Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Artigo IV
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico
ST IA
Exercícios propostos
5. Escreva um artigo sobre um direito que você gostaria que fosse assegurado ao mundo.
C O
Resposta pessoal.
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
C SI
O U
N L
33
SI XC
EN O E
6. A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um documento que objetiva
D US
Módulo 40 | Preposição
ST IA
Exercícios de aplicação
SI ER
1. Na oração “Chorou de dor”, a preposição “de” indica uma relação de causa, introduzindo uma locu-
ção adverbial. A seguir, estão relacionados alguns tipos de vínculo e algumas frases. Relacione-os,
de acordo com a preposição destacada na frase.
AT
a. Conteúdo
b. Posse
c. Finalidade
M
d. Lugar
e. Causa
C O
O V
Retire do texto as preposições e as combinações e contrações de preposições com outras palavras.
No caso das contrações e das combinações, detalhe como ocorreu cada formação.
C SI
CAPÍTULO 5
O U
A combinação é: “aos” (a + os).
N L
As contrações são: “dos” (de + os), “nesse” (em + nesse), “às” (a + as), “pela” (por + a), “da” (de + a).
34
SI XC
3. A preposição da alternati-
EN O E 3. Assinale a alternativa em que a preposição destacada estabelece o mesmo tipo de relação que na
va em questão estabelece a seguinte frase: Criaram-se a pão e água.
mesma relação daquela pre-
sente na frase do enunciado, a. Entrego a autorização a você.
que é de instrumento. b. Escrevi todo o texto à mão, solicitando autorização para a ação de entrega de marmitas às pes-
D US
Exercícios propostos
E
EM L D
4. A preposição “neste” é o re- 4. Assinale a alternativa em que há uma preposição unida a um pronome demonstrativo.
sultado da contração da prepo- a. Estive na sala de aula com o grupo do trabalho.
ST IA
Exercícios de aplicação
1. Leia, a seguir, um trecho de uma notícia sobre o Museu do Amanhã, localizado no Rio de Janeiro, e
responda aos itens.
C O
O Museu do Amanhã, do Rio de Janeiro, ganhou […] o prêmio internacional Mipim
LÍNGUA PORTUGUESA
(Mercado Internacional dos Profissionais Imobiliários), na categoria Construção Verde
O V
mais Inovadora, superando concorrentes do Reino Unido, da Suécia e da Alemanha. O
C SI
resultado foi divulgado em Cannes, na França.
Para o diretor-geral do museu, Ricardo Piquet, o prêmio é um reconhecimento da
O U
conexão entre o conteúdo do Museu do Amanhã, que “trata da sustentabilidade do
planeta”, e o fato “de ser um prédio sustentável”.
N L
Piquet acentuou que, com o prêmio, a responsabilidade aumenta, na medida em que
35
SI XC
se tem de preservar os sistemas que foram pensados e projetados para o museu, para
dar o caráter sustentável ao prédio. Entre esses sistemas, ele destacou o de captação
de água da Baía de Guanabara, as placas de energia solar na cobertura e o espelho
EN O E
d’água que reduz a temperatura no entorno do museu.
[…]
GANDRA, Alana. Museu do Amanhã ganha na França prêmio de Construção Verde mais Inovadora.
Agência Brasil. Disponível em: <https://coc.pear.sn/Mn4gJAy>. Acesso em: jul. 2019.
D US
Ganhou: transitivo direto; trata: transitivo indireto; aumenta: intransitivo; preservar: transitivo direto; dar: transitivo
E
EM L D
direto e indireto.
Foram usadas a preposição “de” com o verbo “tratar” e a preposição “a” com o verbo “dar”.
SI ER
2. Assinale a frase em que o verbo é apresentado com a regência adequada. 2. O verbo “assistir”, no sen-
AT
3. Dê a função sintática dos trechos em destaque na frase a seguir e classifique o verbo quanto à sua
regência.
Entreguei as marmitas às pessoas em situação de rua.
As marmitas: objeto direto.
C O
O V
C SI
CAPÍTULO 5
O U
Quando estava triste, procurei ajuda. Sempre serei grato pela mão amiga que me foi estendida.
Assim, aprendi o poder da empatia e da solidariedade.
N L
36
SI XC
Na oração “procurei ajuda”, classifique o verbo “procurar” e identifique o termo que completa seu
sentido.
O verbo “procurar” é transitivo direto, e o termo que completa seu sentido – objeto direto – é “ajuda”.
EN O E
D US
A E
E
EM L D
Exercícios propostos
6. Crie três frases, utilizando os verbos “esquecer”, “assistir” e “preferir”, de acordo com as regras gra-
ST IA
7. A frase que apresenta a correta regência verbal, de acordo com a norma culta da língua portuguesa, é:
a. Os sertanejos assistem aos companheiros que precisam de ajuda.
b. Assistimos o documentário sobre o caráter coletivo da educação de uma criança.
c. O médico assistiu ao enfermo adequadamente.
d. Lembre-se de que não trabalharei amanhã.
e. Ao aceitar a proposta, o rapaz preferiu mais o lucro do que seu próprio bem-estar.
Exercícios de aplicação
Leia o abaixo-assinado a seguir e responda às questões de 1 a 5.
C O
tamos, porém, profundamente infelizes e insatisfeitos e inócuas:
LÍNGUA PORTUGUESA
com o tipo de embalagem utilizada para entregá-lo: “Por risco de contaminação, a legislação não per-
O V
garrafas plásticas. mite utilização de material reciclável para alimentos
C SI
Quando se busca preservar o planeta, consumir de perecíveis, portanto, não podemos utilizar matéria-
modo consciente e seguir a legislação – no caso, o -prima reciclada em nosso processo de produção”.
Plano Nacional de Resíduos Sólidos, que vigora desde Ou: “Infelizmente nossa fábrica não está estrutura-
O U
2014 – vemos que a empresa deixa muito a desejar. da para embalagens de vidro” – uma das soluções por
N L
Uma família de quatro pessoas consome, fazendo nós propostas –. “Isso requer um amplo estudo para
37
SI XC
um cálculo modesto, 7 litros de leite por semana. troca de equipamentos e altos investimentos.”
São 30 garrafas por mês, 365 por ano. Por mais que Ora, qualquer processo de adequação requer in-
as garrafas sejam recicláveis, por mais que se tente vestimentos. E acreditamos que 10 anos (!) seja um
EN O E
utilizá-las para outros fins, trata-se de um impacto
ambiental fenomenal, que deve ser endereçado pela
período razoavelmente amplo para se estudar e im-
plementar mudanças.
empresa de modo responsável e urgentemente. Entendemos, ainda, que tais investimentos po-
Segundo dados oficiais do Sistema Nacional de derão ser amortizados na medida em que vocês
D US
Informações sobre Saneamento (SNIS), cuja coorde- terão clientes mais satisfeitos e dispostos a con-
nação é do Ministério das Cidades, apenas 5,7% do sumir os produtos que vendem. Poderia estudar-
material reciclável no país são deveras reciclados. Ou -se, também, se é viável repassar parte desse valor
seja, grande porcentagem das garrafas produzidas aos consumidores. Clientes que recebem o leite em
A E
por vocês não chega a ser recuperada. Segundo esse casa poderiam adquirir seus próprios “kits” de gar-
E
cálculo, das 365 garrafas/ano de uma família, apenas rafas de vidro, por exemplo.
EM L D
21 seriam recicladas. As outras 344 garrafas termi- É nossa intenção resolver o problema e estamos
nam em aterros, rios, mar. E estamos falando de uma dispostos a ajudar na busca de soluções para se che-
única família! gar a embalagens mais propícias.
ST IA
Portanto, as garrafas plásticas utilizadas pela em- O que não aceitamos mais são respostas burocrá-
presa são profundamente nocivas ao meio ambien- ticas e defensivas, sem que, ano após ano, nenhuma
SI ER
1. Esse texto começa com um vocativo. Qual é ele? A quem é destinado esse abaixo-assinado?
O vocativo é “Prezados senhores”. O abaixo-assinado destina-se às pessoas que gerenciam determinada empresa de leite. VOCABULÁRIO
Amortizado: resga-
tado, extinto.
Inócuo: incapaz de
gerar algum efeito,
2. Qual é a principal reivindicação desse abaixo-assinado? seja positivo ou ne-
O abaixo-assinado pede que a empresa tome ações que visem ao uso de outros tipos de embalagem que não sejam de gativo.
SAC: Serviço de
plástico, como as de vidro, ou então, que ela opte por embalagens recicláveis. Atendimento ao
Consumidor.
C O
incorreta porque não há in- Não, não foi a primeira manifestação. De acordo com o abaixo-assinado, foram feitas, anteriormente, reclamações ao SAC
formação alguma no texto
O V
que indique que os vende- da empresa sobre isso, mas não se obtiveram respostas satisfatórias.
dores recolham as garrafas
C SI
de leite. A alternativa c está
CAPÍTULO 5
O U
recebem o leite em casa. A táveis seriam positivos?
alternativa e está incorreta
Sim, seriam positivos, pois, de acordo com o abaixo-assinado, os gastos com a adequação a diferentes embalagens po-
N L
porque o impacto das gar-
rafas de leite sobre o meio
38
deriam ser transformados em ganhos, por meio de mais clientes, que consumiriam seus produtos exatamente por estes
SI XC
ambiente é exatamente a
preocupação dos assinantes
serem ecologicamente sustentáveis.
do abaixo-assinado.
7. A petição on-line é muito parecida com o abaixo-assinado. Descreva algumas características desse
gênero textual.
E
EM L D
A petição on-line é um texto com proposta argumentativa que pode conter elementos que configuram uma identidade
própria no ambiente virtual, como links, guias de compartilhamento por meio de redes sociais, hashtags, espaço para
ST IA
comentários etc. De modo geral, solicita a defesa de direitos a um setor hierarquicamente superior e também convoca
os demais cidadãos para apoiar uma causa. Pelo fato de o ambiente virtual ser muito vasto, não é possível apurar com
SI ER
C O
que deem razão ao pedido. Assim, com base nos conhecimentos adquiridos no conjunto anterior de
LÍNGUA PORTUGUESA
módulos, chegou o momento de você praticar a produção de um abaixo-assinado.
O V
Como fazer
C SI
a. Imagine que, em sua sala de aula, não haja ventilador ou ar-condicionado. Os termômetros estão
marcando 36 oC com frequência, e o desconforto provocado pelo calor tem sido grande e prejudicial
O U
até mesmo à concentração. Por esse motivo, você e os colegas de classe decidem fazer um abaixo-
-assinado para pedir a resolução desse problema, e você se propõe a ser o redator do texto reivindi-
N L
cativo, sendo que os demais apenas assinarão ao final do texto.
39
SI XC
b. É importante que você deixe claro o que está pedindo no abaixo-assinado. Com isso, não basta
que seja solicitada a resolução do problema do calor excessivo de modo genérico; é necessário que
você seja propositivo, sugerindo que se instalem ventiladores ou aparelhos de ar-condicionado, que
EN O E
haja mais árvores ao redor do prédio, que reformem as janelas para melhorar a ventilação das salas
etc. É possível incluir histórias pessoais sobre os problemas que o calor possa ter gerado na vida
EXPLORE MAIS
escolar, de modo a deixar evidente como isso tem afetado o cotidiano dos alunos. Calor e estudo
Leia sobre o impac-
c. Redija o abaixo-assinado para a situação sugerida, atentando-se às características desse gênero
to do calor no de-
textual. É importante lembrar que esse texto se inicia com um vocativo, apresentando quem é o
D US
sempenho escolar
destinatário, acompanhado pelo pronome de tratamento. Depois, passa-se ao corpo do texto, ex- em: <coc.pear.sn/
pondo a situação, os argumentos e as sugestões. Por fim, colocam-se o local, a data e as assinaturas upeSdJ0>.
dos solicitantes. Use a folha de produção de texto. Redação pág. 315
d. Lembre-se de que a linguagem deve estar adequada à norma-padrão, sem coloquialismos, além
A E
de precisar ser clara e objetiva. Como é um pedido coletivo, é comum o emprego da primeira pessoa
E
EM L D
Exercícios propostos
ST IA
O abaixo-assinado é composto por vocativo, corpo do texto, local, data e assinaturas dos solicitantes.
AT
M
C O
de medidas, como suspensão de férias de agentes comunitários, remanejo de profis-
sionais e instalação de pontos de referência.
O V
As unidades de referência para ajudar a população serão as dos bairros Barrinha,
Bom Jesus, São José do Triunfo, Nova Viçosa e a Policlínica.
C SI
CAPÍTULO 5
De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, de janeiro a abril deste ano [2019]
foram notificados 81 casos suspeitos de dengue, dos quais 31 foram confirmados, dois
O U
descartados e 48 estão em investigação. Também foram comprovados dois registros de
N L
chikungunya na cidade. [...]
40
SI XC
Zona da Mata. G1. Disponível em: <https://coc.pear.sn/NpcIeOL>. Acesso em: ago. 2019.
12. O texto escolhido seriaEN O E Supondo ser um morador de Viçosa e, sabendo da necessidade de conscientização da população
a carta aberta, porque é a acerca do combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças citadas no texto, você de-
melhor maneira de expor
uma situação de interesse cide escrever um texto para informar a população sobre os riscos e o dever de tomar precauções. O
coletivo e argumentos per- gênero textual mais apropriado, neste caso, seria
tinentes para múltiplos e in- a. o regulamento.
D US
determinados destinatários
(no caso, toda a população b. o texto constitucional.
de Viçosa).
c. a petição on-line.
d. o abaixo-assinado.
A E
e. a carta aberta.
E
EM L D
Fiscais do Ibama publicam carta aberta sobre de servidores do Ibama, bem como nomeações de ges-
ST IA
LUOMAN/ISTOCKPHOTO
órgão superavitário, não justificando a redução e
contingenciamento do seu orçamento.
[…]
C O
esta luta sem instrumentos, infraestrutura e valori-
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
zação. Continuaremos nossa luta dentro de nossas
capacidades.
C SI
CHEFIAS DE FISCALIZAÇÃO DO INSTITUTO BRASILEI-
O U
RO DE MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS
RENOVÁVEIS DOS ESTADOS DA REPÚBLICA FEDERA-
N L
TIVA DO BRASIL
41
SI XC
Fiscais do Ibama. Fiscais do Ibama publicam carta aberta sobre
desmatamento da Amazônia. Missões. Disponível em:
<https://coc.pear.sn/Rb8CHrk>. Acesso em: ago 2019.
EN O E
13. Qual foi o objetivo dos autores ao escreverem essa carta aberta?
O objetivo da carta foi expor os motivos pelos quais houve o aumento do desmatamento da Amazônia, de acordo com os VOCABULÁRIO
D US
fiscais do Ibama, e indicar quais ações deveriam ser tomadas para que se evite a continuação desse aumento. Contingenciamento:
estabelecimento de
limites à produção e
comercialização de
determinado produto.
A E
Discricionário: livre
E
EM L D
de condições, ilimi-
14. Pode-se dizer que o texto atendeu aos requisitos estruturais do gênero textual? tado.
Sim. Estão presentes o título, a introdução, o desenvolvimento e a conclusão. Logo, o texto atendeu à organização técnica Macular: sujar, com-
prometer algo ou
da carta aberta. alguém por meio de
ST IA
algo desonroso.
Superavitário: em
SI ER
os outros destinatários da carta aberta? Por que eles teriam interesse nessa carta?
Os outros destinatários são a sociedade brasileira e a imprensa especializada. Como a Amazônia é um patrimônio ines-
M
timável do Brasil, em termos ambientais, culturais e econômicos, ela é um tema de interesse público, portanto as razões
para o aumento de seu desmatamento devem interessar à sociedade brasileira, assim como é importante que a imprensa
Exercícios de aplicação
1. O portal e-Cidadania é um projeto criado para aumentar a participação popular no Senado. Nele, o
cidadão pode enviar uma ideia legislativa (para propor uma lei), participar de eventos interativos,
como debates e audiências públicas, e também opinar sobre projetos de lei em consultas públicas.
Pense em uma situação hipotética que necessite de uma lei que a regulamente, e transforme-a em
uma ideia legislativa. Transcreva a seguir sua ideia, explicando seu raciocínio. Você pode debater
sobre o tema com os colegas de classe e o professor antes de registrar seu texto.
C O
Resposta pessoal.
O V
C SI
CAPÍTULO 5
O U
N L
42
SI XC
2. Herbert de Souza, conhecido como Betinho, sociólogo brasileiro ativista dos direitos humanos, con-
ceituou: “O cidadão é um indivíduo que tem consciência de seus direitos e deveres e participa ativa-
EN O E mente de todas as questões da sociedade. Tudo que acontece no mundo acontece comigo.”.
Segundo o conceito de Betinho, é correto afirmar que
a. o cidadão é o indivíduo que se omite diante do debate político.
b. a cidadania é restrita aos políticos.
c. o cidadão é aquele que vive apenas em sociedade.
D US
d. a cidadania compreende a necessidade que as pessoas têm de participar da vida política, sempre
visando à harmonia e à adequação da sociedade.
e. o cidadão exerce sua cidadania apenas na urna.
A E
A crônica de Scliar mostra como um indivíduo, após perder seu emprego, começa a ser privado de todos os seus direitos
básicos, descaracterizando-se enquanto cidadão. Vivendo às margens do sistema, o personagem, desprovido de tratamento
humano, foi reconhecido figurativamente como cidadão apenas no momento de sua morte.
ST IA
SI ER
4. O que você, cidadão ativo, acha que pode ser feito para melhorar a problemática das pessoas que
vivem nas ruas?
AT
Resposta pessoal.
M
C O
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
C SI
O U
N L
43
SI XC
EN O E
D US
Exercícios propostos
A E
E
EM L D
É participando ativamente da vida pública – exercício que pode ser feito de diversas maneiras e em diversos âmbitos
ST IA
da sociedade – que desempenhamos nosso direito de cidadania em uma democracia, em que o poder emana do povo.
SI ER
AT
Textos normativos contêm regras sobre procedimentos e condutas, fazendo uso de linguagem
Estatuto
C O
objetiva e simples. Um exemplo de texto normativo é o
da Criança e do Adolescente .
O V
C SI
CAPÍTULO 5
Módulo 40
O U
2. Marque um X na frase em que há uma locução prepositiva.
N L
Ontem, fomos à escola.
44
SI XC
Os documentos estão conformes.
3. Em qual(is) dos casos apresentados a seguir é necessário acrescentar a preposição “a”? Justifique “caber”, “ser de direito”, por-
sua resposta. tanto precisa da preposição
E
EM L D
Módulos 43, 44 e 45
4. Complete os espaços a seguir, levando em conta a estrutura de um abaixo-assinado.
AT
pelo corpo do texto , no qual se expõe a situação, além de termos que servem para
Módulos 46 e 47
5. Cidadania pode ter como sinônimo a palavra
a. alienação.
b. participação.
c. indiferença.
d. exclusão.
e. individualismo.
C O
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
C SI
Para sua prática,
O U
Concretiza-se por
Orienta-se por é importante o
meio de textos
N L
textos normativos. domínio de aspectos
reivindicativos.
45
SI XC
gramaticais.
EN O E
Decreta as normas, as
D US
regras e os preceitos
Forma de difundir
de funcionamento Preposição: palavra
aquilo que
de determinadas que serve para unir
constituímos em
instituições para fins termos e orações.
nosso pensamento.
A E
de organização da
sociedade.
E
EM L D
ST IA
SI ER
Carta aberta:
Regência verbal:
Exemplos: Constituição comunicação coletiva
determina como
Federal e Estatuto composta por
ocorrerá a ligação entre
AT
Abaixo-assinado:
documento de
reivindicação formado
por vocativo, corpo
de texto, local, data e
assinaturas.
6 CONECTAR AS PARTES
C O
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
C SI
O U
N L
46
SI XC
EN O E
D US
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
M
NASTCO/ISTOCK
A cidadania engloba a política e, por isso, é
O
miliaridade e entendimento em relação à forma
s textos normativos/jurídicos, que vimos anterior- de escrita, à mensagem, ao contexto etc. Isso
se dará em atenção às habilidades (EF69LP27)
mente, foram criados com o intuito de estabelecer e (EF89LP20) da BNCC.
união harmônica na sociedade, e é por esse mesmo
É importante explicar aos alunos de que manei-
objetivo que os textos políticos – propostas, programas e ra a política pode atuar na solução dos proble-
propagandas – devem ser pautados. mas da sociedade. Sugere-se que seja realizado
um debate em classe, para que os estudantes
C O
saibam a forma correta de falar sobre soluções,
LÍNGUA PORTUGUESA
justificativas e formas de execução para solu-
O V
cionar – ou pedir solução, no caso da política – os
problemas que surgem no cotidiano de nossas
vidas.
C SI
O U
Em todos os módulos deste grupo, incluindo
os deste capítulo, reiteramos o fato de que
vivemos em sociedade e apontamos a impor-
N L
tância e a responsabilidade que cada indivíduo
47
SI XC
tem com os outros. Assim, “conectar as partes”,
título do capítulo em questão, também se re-
laciona a essa ideia de necessidade de ação
conjunta.
EN O E
D US
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
M
C O
uma reflexão importante: para a concretização dos objetivos propostos.
“A propaganda política tem Retomando a ideia de que somos seres sociais e de que podemos – e de-
O V
o propósito de divulgar
vemos – participar ativamente da vida pública e política; é de extrema im-
C SI
ideologias político-partidá-
CAPÍTULO 6
rias, filosofias desse ou da- portância lutarmos pela efetivação de nossos direitos e sermos agentes de
quele partido; a propagan- mudança na sociedade.
O U
da eleitoral tem o objetivo
de convencer os eleitores Nossa atuação não precisa ser vultosa para ser significante. Podemos,
N L
a votar num determinado por exemplo, agir em círculos menores, no nosso próprio meio, como: rei-
48
SI XC
candidato a cargo eletivo; e vindicar melhoria nas carteiras da escola, solicitar o reparo de um buraco
a propaganda governamen-
tal tem o propósito de me- na rua do bairro, fazer a coleta seletiva do lixo da nossa casa, ajudar uma
lhorar, ampliar ou refazer a
EN O E pessoa idosa a atravessar a rua, entre muitas outras ações. O importante é
imagem do governo, seja de nos mantermos informados, repassarmos as informações e sermos ativos
qualquer esfera, dentro do
seu território ou fora dele.” na construção de um mundo melhor, sem violência, mais sustentável, justo
e igualitário.
D US
VOCABULÁRIO
DIEGOGRANDI/ISTOCKPHOTO
Vultoso: muito grande,
considerável.
A E
E
EM L D
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
C SI
O U
N L
49
SI XC
Nessa tirinha, Miguelito faz menção a duas funções sintáticas: sujeito e
predicado. Além dessas funções, uma oração pode ser composta por várias
EN O E
outras. Porém, antes de conhecê-las, é importante saber que, de maneira
geral, os termos de uma oração podem ser divididos em três tipos: essen- PARA IR ALÉM
ciais, integrantes e acessórios. Veja isso sistematizado a seguir.
Frase × Oração
D US
Termos essenciais
Resumidamente, para en-
tender a diferença entre
frase e oração, temos que ter
Quase toda oração tem um sujeito e um predicado. Desse modo, esses dois em mente que a definição
principal de frase é “a união
A E
Exemplo:
Jair e Cláudio torcem para o mesmo time.→ Núcleos do sujeito: Jair, Cláudio.
C O
pode ser identificado pela desinência (terminação) do verbo.
O V
Exemplo:
C SI
CAPÍTULO 6
O U
não esteja escrito, o sujeito “eu” – que está implícito – é facil-
mente reconhecível em ambas as orações.
N L
50
SI XC
Sujeito indeterminado é aquele que não permite identificação.
EN O E Exemplos:
Exemplos:
C O
anuncia.→ O verbo significativo pode ser transitivo direto, transitivo indireto,
LÍNGUA PORTUGUESA
transitivo direto e indireto, ou intransitivo.
O V
C SI
Um verbo é chamado de significativo quando expressa ação. Pode ser
chamado também de verbo nocional.
O U
Predicado nominal é aquele que tem como núcleo um nome, chamado
N L
de predicativo. Neste caso, o verbo é de ligação. Atua como o elo entre o
51
SI XC
sujeito e o predicativo.
Exemplo:
EN O E
Maria estava feliz.→ Núcleo do predicado: feliz (predicativo).
D US
Termos integrantes
ST IA
Complemento verbal
AT
Exemplos:
C O
Existem algumas “dicas”
para ajudar nesta tarefa. Exemplos:
O V
Vamos a algumas delas:
O complemento nominal
C SI
Fumar é prejudicial à saúde.→ Nome (adjetivo): prejudicial; comple-
CAPÍTULO 6
é um termo integrante,
ou seja, um termo que, se mento nominal: à saúde.
O U
retirado da oração, a deixa Havia a necessidade de cuidados especiais.→ Nome (substantivo):
com sentido incompleto. O necessidade; complemento nominal: de cuidados especiais.
N L
adjunto adnominal pode O rapaz estava longe de casa.→ Nome (advérbio): longe; complemento
52
SI XC
nominal: de casa.
quência sujeito + verbo +
complemento perca senti-
do. Por isso é chamado de
termo acessório. EN O E Agente da passiva
O complemento nominal O agente da passiva é o termo da frase que pratica a ação expressa pelo
normalmente vem ligado a
um substantivo abstrato. verbo quando este se apresenta na voz passiva. Geralmente, é um substan-
No complemento nominal, tivo ou um pronome e vem acompanhado das preposições “por” ou “de”.
D US
que a “saúde” pode receber A mulher foi eleita pelos jurados.→Sujeito paciente: a mulher; verbo
investimento. O que não na voz passiva: foi eleita; agente da passiva: pelos jurados.
E
EM L D
adjunto adnominal.
Voz passiva
SI ER
A voz passiva ocorre quando o sujeito da oração sofre a ação verbal, que é
praticada pelo agente da passiva. Observe os exemplos a seguir.
AT
C O
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
Amanhã, a funcionária virá à empresa assinar o contrato.→
Amanhã: adjunto adverbial de tempo.
C SI
O pai arrumou, cuidadosamente, o quarto da filha.→ Cuidado-
samente: adjunto adverbial de modo.
O U
O bolo estava muito saboroso.→ Muito: adjunto adverbial de in-
tensidade.
N L
53
Atrasei-me por causa do trânsito.→ Por causa do: adjunto ad-
SI XC
verbial de causa.
Talvez eu vá à reunião.→ Talvez: adjunto adverbial de dúvida.
EN O E
Adjunto adnominal
O adjunto adnominal acompanha o substantivo com a função de ca-
D US
Exemplos:
E
EM L D
Aposto
M
Exemplos:
SIM NÃO
estruturação.
C O
O V
C SI
CAPÍTULO 6
Espero que você tenha votado “sim”, porque o tema deste conjunto de mó-
O U
dulos é bastante interessante e, provavelmente, está muito presente no seu
N L
dia a dia, principalmente se considerarmos o uso das redes sociais.
54
SI XC
A enquete é um levantamento de opiniões de um grupo sobre determi-
nado assunto. Trata-se de um instrumento cuja finalidade é elucidar uma
EN O E questão para colocá-la em um contexto. A estrutura de uma enquete fun-
ciona de acordo com o planejamento descrito a seguir.
O questionário é formulado com base no objetivo pretendido, mas respei-
ta a seguinte estrutura-padrão:
D US
( ) Certo ( ) Errado
Agora, analise exemplos de enquetes com perguntas subjetivas.
I. Por que é necessário filtrar a água?
II. Qual é o papel do ensino na formação política das pessoas?
O levantamento de dados coletados por uma enquete contribui para a
realização de pesquisas que visam conhecer o perfil de determinado públi-
co. Com o estudo dessas informações, é possível planejar meios de organi-
zação social, de acordo com as necessidades ditadas pelas próprias pessoas,
que tiveram voz para expor sua opinião.
ASIAFOTO/ISTOCKPHOTOS
ENQUETE
Na sua opinião de que a cidade de Patos mais precisa?
Infraestrutura
612 votos
C O
Emprego
LÍNGUA PORTUGUESA
121 votos
O V
Pode-se dizer que uma das
Educação origens da enquete foi a
C SI
100 votos prática dos gregos antigos de
consultarem a população sobre
Saúde variados assuntos.
O U
77 votos Origem das pesquisas
Lazer Não é de hoje que as pesquisas
N L
18 votos de opinião pública, tais como
55
SI XC
as enquetes, são usadas para a
Total de votos: 928 resolução de um problema. Já
19 de setembro de 2018 − 29 de setembro de 2018
Enquete encerrada na Grécia Antiga, nas assem-
bleias atenienses, o povo era
EN O E
De acordo com 66% das pessoas que participaram da nossa enquete, in-
consultado sobre assuntos
políticos – como na escolha
de governantes –, ou sociais –
fraestrutura é a maior necessidade do município de Patos, no Sertão da PB.
como no caso de decidir se um
Na enquete, nós perguntamos: “Na sua opinião, o que a cidade de Patos prisioneiro deveria ser liberto
D US
ou não.
mais precisa?”. 612 pessoas votaram em infraestrutura. Já a opção lazer
recebeu o menor número de votos – 18 apenas.
No total, 928 pessoas votaram. A enquete ficou no ar por dez dias (de 19
A E
a 29 de setembro de 2018).
E
EM L D
Debate
No debate com os candidatos ao governo da Paraíba, realizado pela TV Diário do
ST IA
mais recorrentes.
PINHEIRO, Jocivan. CONFIRA: Em enquete, internautas elegem infraestrutura como
a maior necessidade do município de Patos. Diário do Sertão.
Disponível em: <https://coc.pear.sn/j2Dz9TX>. Acesso em: ago. 2019.
AT
Com base na enquete realizada pelo jornal, foi possível notar que a popu-
M
Exercícios de aplicação
1. O que você entende por vida pública? Como é a sua atuação na vida pública? Quais são as ações
sociais positivas que você promove em sua vida pública?
Resposta pessoal.
C O
O V
C SI
CAPÍTULO 6
O U
a. divulgar programas, ideologias e filosofias de partidos políticos.
N L
b. veicular programas sobre causas sociais, que visam aumentar a aceitação de uma ideia de deter-
56
SI XC
minado público.
c. vender bens ou serviços.
d. angariar votos para um candidato a cargo eletivo.
EN O E e. mostrar o compromisso de uma empresa com o bem-estar social.
3. De que forma a propaganda eleitoral pode nos levar a atuar na vida pública?
Resposta pessoal. Sugestão: a propaganda apresenta as propostas políticas de um candidato. Tomamos nossa decisão
D US
de voto com base nas propostas que acreditamos serem benéficas para a sociedade e informamo-nos a respeito delas,
de modo geral, pelas propagandas. Uma vez eleito o candidato em questão, é possível fiscalizar e cobrar, de acordo com o
VOCABULÁRIO
que foi prometido durante as campanhas eleitorais.
Atalhar: encurtar,
A E
Comitiva: grupo de
pessoas que acom- 4. Sendo um cidadão, como você acha que pode participar de ações políticas?
panha algo ou al- Resposta pessoal. Sugestão: é possível participar de ações políticas por meio do voto, de grêmios estudantis, de repre-
guém.
Deposto: ser desti- sentantes de turma, de campanhas, associações, assessorias, greve, manifestações, reivindicações, abaixo-assinados etc.
ST IA
Os garotos da rua resolveram brincar de governo, es- Eu separo as brigas, distribuo tarefas, trato de igual para
colheram o presidente e pediram-lhe que governasse igual os professores. Vocês obedecem, democraticamente.
para o bem de todos. — Assim não vale. O presidente deve ser nosso servidor
M
— Pois não – aceitou Martim. — Daqui por diante vocês ou, pelo menos, saber que todos somos iguais a ele. Que-
farão meus exercícios escolares e eu assino. Clóvis e mais remos vantagens.
dois de vocês formarão a minha segurança. — Eu sou o presidente e não posso ser igual a vocês, que
Januário será meu ministro da fazenda e pagará meu são presididos. Se exigirem coisas de mim, serão multa-
lanche. dos e perderão o direito de participar da minha comitiva
— Com que dinheiro? – atalhou Januário. nas festas. Pensam que ser presidente é moleza? Já estou
— Cada um de vocês contribuirá com um cruzeiro por sentindo como esse cargo é cheio de espinhos.
dia para a caixinha do governo. Foi deposto, e dissolvida a república.
— E o que é que nós lucramos com isso? – perguntaram ANDRADE, Carlos Drummond de. “Governar”. Contos plausíveis.
em coro. Rio de Janeiro: Record, 1994. Adaptado.
expuseram suas insatisfações e reivindicaram seus direitos, mas não foram atendidos. Por esse motivo, mantiveram-se
atuando na vida pública e depuseram o presidente, que não atendia às necessidades da população.
C O
6. Na visão do presidente do texto, qual é a motivação para governar?
LÍNGUA PORTUGUESA
Na visão do presidente do texto, governar interessa-lhe para ter privilégios em relação aos demais.
O V
C SI
O U
7. Você acha importante que a população fiscalize seus representantes (em quaisquer instâncias: mu-
nícipes com prefeito, alunos com representante de classe, condôminos com síndico)? Em caso de
N L
resposta positiva, quais devem ser os critérios a serem levados em consideração?
57
SI XC
Resposta pessoal.
EN O E
D US
C O
O V
C SI
CAPÍTULO 6
Exercícios propostos
O U
10. Como deve ser a linguagem usada em propostas e propagandas políticas?
N L
58
A linguagem deve ser clara, objetiva e acessível, a fim de que toda a população, de diferentes níveis educacionais, consiga
SI XC
entender a mensagem. Em se tratando de propaganda, por também ter a finalidade de convencimento, o texto deve ser
persuasivo.
EN O E
11. Sobre o gênero propaganda, é correto afirmar que
D US
12. Enem
CAMPANHA CONTRA DENGUE. SECOM, MINISTÉRIO DA SAÚDE. JOÃO
PESSOA. REVISTA NORDESTE, 2009. ANO 3, N.35, MAIO/JUNHO.2009
ST IA
SI ER
AT
M
C O
Releia o texto de Drummond, para responder às questões 13 e 14.
que todos lutem contra a
LÍNGUA PORTUGUESA
13. Considerando a fala do presidente do texto, qual era a proposta de seu governo? dengue, o texto é para os
O V
prefeitos participarem das
Em seu governo, o presidente iria separar brigas, distribuir tarefas e tratar de igual para igual os professores, e os seus
estratégias. A alternativa d
C SI
presididos teriam de obedecer a ele. está incorreta porque o tex-
to não tem como objetivo
ensinar os procedimentos,
O U
mas sim indicar um site que
os explique. A alternativa e
N L
está incorreta porque é o
governo federal que pede
59
SI XC
apoio dos governos esta-
duais e municipais.
EN O E
14. O presidente do texto de Drummond era um governante justo?
Não, ele não era justo, pois queria que todos obedecessem a ele, sem considerar as necessidades e as reivindicações dos
D US
que o escolheram. Achando-se superior a eles, governaria de acordo com os próprios interesses. Um exemplo disso é seus
Exercícios de aplicação
1. Classifique os sujeitos das orações seguintes.
AT
C O
c. aposto, vocativo, adjunto adnominal e adjunto adverbial.
d. adjunto adnominal, complemento verbal, aposto e vocativo.
O V
e. complemento nominal, vocativo, numeral e complemento verbal.
C SI
CAPÍTULO 6
O U
Ação de cidadania tem mais de 2 mil atendimentos em Curitiba
N L
A Secretaria da Justiça, Família e Trabalho registrou mais de 2 mil atendimentos no
60
SI XC
evento em comemoração a duas importantes datas: o Dia Nacional da Mulher (30 de
abril) e o Dia do Trabalho (1º de maio).
EN O E O trabalho para levar ações de cidadania e intermediação de empregos à população foi
realizado na terça-feira (30/04/2019) na Cidade Industrial de Curitiba, um dos maiores
bairros da capital. Durante as atividades foram realizados contratações e encaminha-
mentos pela rede de supermercados Condor e também pela empresa de telefonia OI. [...]
D US
Trata-se de um adjunto adverbial de lugar, que indica o local onde ocorreu a ação de cidadania.
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
b. “[...] foi realizado na terça-feira na Cidade Industrial de Curitiba, um dos maiores bairros da
M
capital”.
O termo destacado é um aposto explicativo.
JEAN GALVÃO, HTTPS://TIROLETAS.WORDPRESS.COM/
C O
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
C SI
O garoto, aparentemente exausto, estava aprendendo sobre sujeito indeterminado na escola, como se pode notar nas
O U
frases escritas na lousa. Quando chegou em casa, sua mãe indagou quem havia chegado e, ironicamente, ele respondeu
N L
fazendo um paralelo com o que havia estudado.
61
SI XC
EN O E
D US
A E
E
EM L D
a. Qual é o tipo de predicado predominante nas falas das personagens da tirinha? Justifique sua
resposta.
O predicado verbal é o predominante, pois se trata de um diálogo composto por frases que demonstram ações que as
Uma senhora vivia numa pequena chácara e tinha alguns animais: uma vaca, um porco,
uma galinha. E lá também guardava milho na tulha. E havia um rato que morava lá. Esse
rato vivia sossegado até o dia em que a mulher resolveu colocar uma ratoeira dentro da
tulha. O rato saiu desesperado. Correu até a vaca:
— Vaca, nós estamos com um problema sério; a mulher colocou uma ratoeira lá.
A vaca deu risada:
C O
— Como nós? Você já viu ratoeira pegar vaca? Eu não tenho nada com isso. Isso é proble-
O V
ma seu.
E saiu ruminando. O rato correu até o porco:
C SI
CAPÍTULO 6
— Porco, nós estamos com uma encrenca danada, a mulher colocou uma ratoeira lá.
— O que é isso? Estou aqui bem longe, isso não vai me pegar, não. Ratoeira não pega
O U
porco, olha o meu tamanho e olha o seu. O problema é seu.
N L
O rato, atônito, correu para a galinha:
62
SI XC
— Galinha, nós estamos com um problema muito sério.
— Pelo amor de Deus, eu já estou de problema por aqui e você ainda me vem torturar? O
máximo que eu posso fazer é rezar por você.
EN O E — Mas tem uma ratoeira lá.
— Mas isso não é comigo, é contigo.
O rato foi embora desanimado. À noite, todos dormiam e, de repente, splaft. A ratoeira
desarmou. Todos correram para olhar, inclusive o rato; era uma cascavel que tinha sido
D US
pega na ratoeira.
A mulher levantou-se, foi tirar a cascavel da ratoeira e tomou uma picada. Foi levada ao
hospital à beira da morte. Ficou 20 dias de recuperação e, na volta, precisava estabelecer
a saúde na chácara.
A E
Qual a melhor comida para reforçar a saúde? Canja. Lá se foi a galinha. Depois de um
E
EM L D
mês, resolveu dar um almoço com feijão tropeiro para os parentes que a tinham ajudado,
e lá se foi o porco. A questão é que o tratamento tinha ficado caro e aí tiveram de vender
a vaca para o açougue...
ST IA
CORTELLA, Mário Sérgio. Qual é a tua obra? Ed. 25. Vozes Nobilis. p. 121-122.
SI ER
b. Sabendo que toda fábula apresenta um caráter moral, qual é a moral dessa história?
Resposta pessoal. Sugestão: a falta de senso de coletividade pode ser prejudicial ao indivíduo que é egoísta.
b. tempo:
Resposta pessoal. Sugestão: Ontem, fui ao sítio de João.
c. lugar:
C O
LÍNGUA PORTUGUESA
Resposta pessoal. Sugestão: Em São Paulo, há muitos prédios.
O V
d. causa:
C SI
Resposta pessoal. Sugestão: Chegou tarde por causa de uma reunião.
O U
a. Pablo, pai de Ronaldo, ajuda-o a fazer a tarefa de casa.
N L
b. Gosto muito de ler sobre direitos e obrigações.
63
SI XC
c. Chegamos à montanha ao final da tarde.
d. Fomos de carro para outro país.
e. Talvez Pedro pudesse me ajudar.
EN O E
9. Elabore frases usando as palavras do quadro.
Exercícios de aplicação
Leia a notícia a seguir para responder às questões de 1 a 4.
Zoo de São Paulo faz enquete para escolher nome de pequenas leoas
O Zoológico de São Paulo criou uma enquete para escolher os nomes das duas fêmeas filho-
tes de leão nascidas em 18 de maio 2018 […]. É possível votar em Naila (que significa, em
C O
árabe, a que tem sucesso) e Núbia (dourada); Aisha (vitalícia) e Amira (princesa); ou Kênia
O V
(pequena rainha) e Zaila (feminina). A votação on-line termina no dia 30 de setembro.
As duas são filhas do macho chamado Iduma, que veio da África do Sul, e da fêmea Erindi,
C SI
CAPÍTULO 6
procedente da Holanda. O casal vinha sendo monitorado, no Brasil, pela Fundação Parque
Zoológico de São Paulo há pouco mais de um ano.
O U
O casal e seus filhotes recebem cuidados diários de uma equipe composta por tratadores,
biólogos e veterinários. Os filhotes foram mantidos, no início da vida, em área restrita. Nas
N L
64
últimas semanas, passaram por uma fase de adaptação ao recinto, na área de exposição.
SI XC
A assessoria de imprensa do Zoológico informou que os filhotes não podem ser integra-
dos à natureza por estarem habituados com a presença humana.
EN O E O Zoológico de São Paulo existe desde 1958 e tem mais de 3,2 mil animais, entre aves,
répteis, mamíferos, anfíbios e invertebrados. São mantidos animais raros, como os orango-
tangos, o gavião-da-Malásia, os rinocerontes-brancos, a ararinha-azul-de-lear, entre outros.
CRUZ, Fernanda. Zoo de São Paulo faz enquete para escolher nome de pequenas leoas. Agência Brasil.
Disponível em: <https://coc.pear.sn/8MYG2py>. Acesso em: ago. 2019.
D US
2. Para participar da enquete, era necessário ir até o zoológico? Justifique sua resposta.
Não, não era necessário ir até o zoológico para participar da enquete, pois ela foi feita on-line.
AT
M
3. Pode-se fazer uma en- 3. Qual é o significado dos nomes possíveis para as leoas? Em qual opção você teria votado?
quete em sala a respeito das As possibilidades de nomes são Naila (a que tem sucesso); Núbia (dourada); Aisha (vitalícia); Amira (princesa); Kênia (pe-
escolhas dos alunos, fazen-
do a contagem dos nomes quena rainha) e Zaila (feminina). Resposta pessoal.
vencedores.
C O
faça a enquete com seus colegas de classe, e anote os resultados.
humanos, como tratado-
LÍNGUA PORTUGUESA
Resposta pessoal. res, biólogos e veterinários.
O V
A alternativa e está incor-
reta porque, embora haja
C SI
menção aos orangotangos
no texto, não é dito que eles
ficam na mesma área onde
O U
ficam os filhotes de leões.
N L
65
SI XC
EN O E
6. Observe a imagem a seguir e responda ao que se pede.
MELPOMENEM/ISTOCKPHOTOS
D US
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
a. Caso os ícones da imagem sejam opções de resposta de uma enquete, que sentido cada um deles
pode ter?
AT
Resposta pessoal. Sugestão: O primeiro ícone (verde) pode ser “muito satisfatório”; o segundo (amarelo), “satisfatório”;
b. Pense em uma pergunta que poderia ter as opções de resposta indicadas no item anterior.
Resposta pessoal. Sugestão: “Você está satisfeita com o atendimento da loja onde acabou de realizar sua compra?”.
meio de diversas formas, traçando um perfil predominante de opinião, demanda e outros temas e servindo como funda-
C O
O V
C SI
CAPÍTULO 6
O U
Partindo do princípio de que democracia, etimologicamente, significa que o povo detém o poder, é possível dizer que,
N L
em uma enquete, as pessoas estão expondo suas opiniões, indicando problemas, posicionando-se sobre determinado
66
SI XC
assunto. É uma forma, portanto, de reivindicar algo e, assim, exercer a democracia.
EN O E
D US
ARMANDINHO, DE ALEXANDRE BECK
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
objetiva, que seja de fácil compreensão e interpretação, evitando qualquer tipo de ambiguidade.
M
10. A enquete
a. é um instrumento que permite a coleta de dados, informações e opiniões acerca de questões
previamente formuladas.
b. apresenta, em sua estrutura, título, introdução, desenvolvimento e conclusão.
c. é a regulamentação, em texto, de uma norma já estabelecida.
d. organiza as leis econômicas, sociais e culturais de determinado território.
e. pode ser realizada apenas em redes sociais por causa de seus direitos autorais.
C O
Obscuridade
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
X Objetividade
C SI
Subjetividade
X Atratividade
O U
Monotonia
N L
67
SI XC
2. Complete os espaços seguintes de acordo com o que você aprendeu neste grupo.
e
EN O E
filosofias desse ou daquele partido.
Módulos 50, 51 e 52
3. Marque E para termo essencial, I para termo integrante e A para termo acessório.
D US
A Adjunto adnominal
E Sujeito
A E
I Objeto direto
E
EM L D
Módulos 53 e 54
5. Considerando todos os problemas que permeiam uma sociedade, uma enquete pode servir para avaliar
SI ER
MARCHMEENA29/ISTOCKPHOTOS
AT
M
O U
TEXTOS POLÍTICOS
N L
68
SI XC
EN O E
D US
da oração: essenciais,
integrantes e acessórios.
M
Nome:
C O
1. O objetivo principal não é verificar a qualidade do texto normativo, mas garantir que os alunos dominem os princípios básicos da composição
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
2. de um texto desse gênero.
C SI
3. 1. Quanto ao primeiro critério, o importante é verificar se o texto corresponde à proposta de redação – redigir um regulamento supondo
O U
N L
4. um campeonato interclasses.
313
SI XC
5. 2 e 3. Para o segundo e terceiro critérios, é importante avaliar se os alunos compreenderam a estrutura de um texto normativo, conforme
6. EN O E
explicado na teoria do capítulo.
7. 4. Quanto ao quarto critério, é preciso observar se os alunos apresentam as regras para a organização de um campeonato esportivo como
D US
9. 5. O quinto critério corresponde à coerência. É preciso avaliar a organização e a clareza das informações apresentadas, sem que uma se
A E
10. confunda com a outra ou alguma não possa ser imediatamente compreendida pelos leitores.
E
EM L D
11. 6. Este critério avalia se os alunos conseguem desenvolver seu texto sem a repetição desnecessária de palavras. No texto normativo, a repe-
ST IA
12. tição pode ser necessária, visto que o texto deve ser claro e preciso, de modo que o uso, por exemplo, de sinônimos, no lugar da repetição,
SI ER
14. 7. Deve-se verificar o domínio dos alunos em relação às regras ortográficas. Até este momento, os alunos já analisaram todos os casos de
AT
15. regularidades e irregularidades ortográficas – que ainda serão retomadas e reforçadas ao longo dos três anos finais do Ensino Fundamental.
M
16. Isso permite, portanto, uma análise mais criteriosa do que a que se vinha fazendo até o 7o ano.
17. 8. É importante que os alunos desenvolvam o emprego correto de sinais de pontuação, visto que já adquiriram um conhecimento maior
19.
20.
22.
23.
24.
C O
25.
O V
26.
C SI
CAPÍTULO 5
O U
27.
N L
28.
314
SI XC
29.
30.
EN O E
31.
D US
32.
33.
A E
E
EM L D
CRITÉRIOS GERAIS NOTA CRITÉRIOS DE ANÁLISE DO TEXTO ESCRITO/EVIDÊNCIA Sim Parcialmente Não
SI ER
Nome:
C O
1. Agora, os critérios dizem respeito à avaliação dos textos reivindicativos produzidos pelos alunos.
LÍNGUA PORTUGUESA
O V
2. O objetivo principal não é verificar a qualidade do texto reivindicativo, já que se trata de uma primeira tentativa, mas garantir que os alunos
C SI
3. dominem os princípios básicos dessa composição.
O U
N L
4. 1. Quanto ao primeiro critério, o importante é verificar se o texto corresponde à proposta de redação – escrever um abaixo-assinado solicitando
315
SI XC
5. a resolução do problema supostamente vivido pelos alunos e seus colegas (calor excessivo sem nenhum recurso que o amenize).
6. EN O E
2 e 3. Para o segundo e terceiro critérios, é importante avaliar se os alunos compreenderam a estrutura de um texto reivindicativo e de um
8. 4. Quanto a esse critério, é preciso observar se os alunos apresentam o problema e o que eles desejam que o destinatário do abaixo-assinado faça.
9. 5. O quinto critério corresponde à coerência. É preciso avaliar a organização e a clareza das informações apresentadas, sem que uma se confunda
A E
10. com a outra ou alguma não possa ser imediatamente compreendida pelos leitores.
E
EM L D
11. 6. Este critério avalia se os alunos conseguem desenvolver seu texto sem a repetição desnecessária de palavras.
ST IA
12. 7. Deve-se verificar o domínio dos alunos das regras ortográficas. Até este momento, os alunos já analisaram todos os casos de regularidades
SI ER
13. e irregularidades ortográficas – que ainda serão retomadas e reforçadas ao longo dos três anos finais do Ensino Fundamental. Isso permite,
14. portanto, uma análise mais criteriosa do que a que se vinha fazendo até o 7o ano.
AT
15. 8. É importante que os alunos desenvolvam o emprego correto de sinais de pontuação, visto que já adquiriram um conhecimento maior sobre
M
17.
18.
19.
20.
22.
23.
24.
C O
25.
O V
26.
C SI
CAPÍTULO 5
O U
27.
N L
28.
316
SI XC
29.
30.
EN O E
31.
D US
32.
33.
A E
E
EM L D
CRITÉRIOS GERAIS NOTA CRITÉRIOS DE ANÁLISE DO TEXTO ESCRITO/EVIDÊNCIA Sim Parcialmente Não
SI ER
C O
Discutir e apresentar propostas para o problema da do local escolhido. Se preferir, o grupo escolherá um
exemplo de uma cidade do mundo na qual os órgãos
O V
mobilidade urbana, pelo qual passam muitas grandes
cidades do Brasil. públicos encontraram e adotaram uma solução para
C SI
tal problema. O grupo apresentará o seu trabalho aos
Áreas trabalhadas demais, fazendo uso de imagens e meios tecnológicos
O U
Geografia, Ciências Sociais e Língua Portuguesa possíveis e adequados.
N L
Justificativa Sugestões de itens
SI XC
Promover debates e levantar sugestões a respeito de – Criação de projetos de integração entre os meios de
questões enfrentadas pelas pessoas em suas cidades é transporte. Exemplo: ônibus, trem, metrô, bilhete
uma estratégia de reflexão e de interação com o mun-
EN O E único etc.;
do em que se vive e do qual os alunos fazem parte. – Mais investimento em transporte público de quali-
dade;
Material necessário – Incentivo ao setor de pesquisa e técnicas no emprego
D US
Mobilidade urbana é definida como o deslocamento – Restrição ao uso de veículos motorizados, rodízio,
taxas mais elevadas para quem usa automóveis etc.
E
transitam de ônibus, trem, metrô ou outros meios de com base nas seguintes perguntas.
transporte público. São muitos os problemas que a po- – O que você achou mais interessante nessa atividade?
SI ER
pulação das grandes cidades tem enfrentado no que – O que a realização desse trabalho o fez refletir sobre
se refere ao deslocamento: congestionamento, serviço o problema apresentado?
público de má qualidade no transporte, a inexistên- – O que esse trabalho o fez pensar sobre o futuro?
AT
C O
O V
C SI
O U
N L
SI XC
EN O E
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A E
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EM L D
ST IA
SI ER
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EN O E
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SI ER
AT
M
C O
O V
C SI
O U
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SI XC
EN O E
D US
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
M