Você está na página 1de 98

AUTOR

Prof. Me. Cleber Jose Semensate Santos

Mestre em Desenvolvimento de Tecnologias, Especialista em Programação


Orientada a Objetos e Analista de Sistemas para Internet. Criador do SGA – Sistema de
Gestão de Aprendizes do Instituto INAMARE de Maringá (www.inamare.org.br/sga). Por 10
anos foi Analista de Sistemas do PROE – Programa de Estágio (www.proe.org.br), vinculado
às ACEs – Associações Comerciais e a FACIAP – Federações das Associações Comerciais
do Paraná. Atualmente é Diretor da CVC Software, empresa dedicada a desenvolvimento
de Sistemas para Internet. Atualmente está como Professor e Coordenador dos Cursos de
TI na modalidade Graduação-EaD da UniFCV.

INFORMAÇÕES RELEVANTES:
• Tecnólogo em Processamento de Dados (UNICESUMAR)
• Especialista em Programação Orientada a Objetos (UNICESUMAR)
• Especialista em Gestão de Projetos Sociais (UNIFCV)
• Mestre em Desenvolvimento de Tecnologias (LACTEC/UFPR)
• Coordenador dos Cursos ADS e GTI EaD
• Proprietário da Empresa CVC Softwares
• Desenvolvimento de Software e MKT Digital
• http://lattes.cnpq.br/7950356175153672
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL

SEJA BEM-VINDO(A)!
Este livro foi elaborado para você ficar antenado nas tecnologias mobile. Mobilidade
hoje indispensável em nosso dia-a-dia.
Nesta linha, procuraremos apresentar conteúdos relevantes e que lhe auxiliarão a
se posicionar no que diz respeito a mobilidade. Desta forma, na unidade I, apresentaremos
os benefícios da tecnologia móvel no mundo atual. Mostraremos a importância dos serviços
de localização oferecidos, as principais aplicações de um smartphone, já que a partir disto,
pode-se localizar um aparelho em todo lugar, seja para o quesito comercial ou fora dele.
Veremos também sobre a importância de estar conectado no mundo de hoje.
Na segunda unidade, preparamos um conteúdo que se aplica a pessoas
desenvolvedoras, mas todos os outros perfis envolvidos na produção de um software podem
se beneficiar da leitura deste material. Dentre os perfis envolvidos, citamos os gerentes de
projetos, implantadores, analistas, testadores e donos de produtos.
Na unidade III, focaremos no desenvolvimento nativo fazendo nosso primeiro
programa. Não iremos abordar desenvolvimento híbrido (quando um código fonte pode ser
usado em diversos sistemas operacionais mobile, como Android e iOS).
Por fim, com auxílio do conteúdo presente na unidade IV, você poderá compreender
um pouco mais sobre sistemas operacionais mobile e a expansão do celular. Além disso,
visualizaremos juntos as diferenças existentes das tecnologias móveis, bem como a forma
como serviços de localização e o uso dos dispositivos móveis podem auxiliar no mundo dos
negócios.
Assim, nós te acenamos a participar desta jornada com afinco, dedicação e sede
por conhecimento!
Boa leitura!
SUMÁRIO

UNIDADE I....................................................................................................... 5
Os Benefícios da Tecnologia Móvel no Mundo Atual

UNIDADE II.................................................................................................... 25
Desenvolvimento para Android

UNIDADE III................................................................................................... 59
Meu Primeiro Programa para Android

UNIDADE IV................................................................................................... 79
Sistemas Operacionais para Dispositivos Móveis
UNIDADE I
Os Benefícios da Tecnologia
Móvel no Mundo Atual
Professor Mestre Cleber Semensate

Plano de Estudo:
● A expansão explosiva do celular
● Tipos de tecnologia móvel
● Alternativas de acesso móvel
● Serviços de localização
● Uso dos dispositivos móveis nos negócios
● Aplicativos (APP) ou negócio?

Objetivos de Aprendizagem:
● Compreender a expansão do celular e a sua modalidade.
● Visualizar a diferença das tecnologias móveis existentes.
● Estudar os serviços de localização e como eles podem ajudar empresas a
melhorarem seus negócios.
● Mencionar as alternativas de acesso móvel disponibilizados como forma de pontos
de conexão.
● Estudar o uso dos dispositivos móveis como forma de melhorar o faturamento dos
negócios empresariais.

5
INTRODUÇÃO

Olá, aluno(a), em nossa primeira unidade, aprenderemos um pouco mais sobre


mobilidade. Por que se tornar móvel? É um dos questionamentos mais importantes que
uma empresa deve se fazer nos dias atuais, já que a evolução está em grande crescente,
realizando ações em tempo real. Podemos dizer que empresas que buscam uma
lucratividade final têm que se adequar e se atentar a esse novo tipo de tecnologia e novo
tipo de comércio, já que ela permite a estimulação e o compartilhamento de informações
de sua marca.
Além disso, há a necessidade de realizar estudos e verificar como se tornar móvel,
verificar nicho de mercado, a abrangência de redes móveis etc., já que é uma tendência de
evolução das empresas, ter aplicações móveis.
Falamos também sobre efeitos da conectividade de um modo geral, como a
população se comporta com cada tipo de tecnologia, abrangendo seus benefícios e
malefícios.
A partir dessa discussão, entramos em nosso capítulo IV, no qual falaremos sobre
as diversas tecnologias utilizadas para a conexão dos aparelhos móveis, disponibilizados
pelas operadoras de telefonia móvel.
Abordaremos também a importância dos serviços de localização oferecidos, os
quais são hoje uma das principais aplicações de um smartphone, já que a partir disso,
pode-se localizar um aparelho em qualquer lugar, seja para o quesito comercial ou não.
Sabedores da importância de se estar conectado no mundo atual, neste capítulo,
abordaremos as duas alternativas que estão sendo bem utilizadas: Hotspot e Wi-max,
tecnologias que estão “desafogando” as conexões móveis.
Por fim, vamos debater a respeito de como os dispositivos móveis auxiliam nos
negócios. Entraremos em contato com o Mobile Marketing e o comércio eletrônico por meio
de aplicações móveis. Mas e se sua empresa quiser um aplicativo móvel, o que fazer?
Nesta unidade, também iremos realizar uma breve introdução de boas práticas para um
bom aplicativo e a apresentação de algumas ferramentas que ajudarão em sua confecção.
Vamos dar continuidade a nossos estudos?

UNIDADE I Os Benefícios da Tecnologia Móvel no Mundo Atual 6


1. A EXPANSÃO EXPLOSIVA DO CELULAR

Nas últimas décadas, lemos e ouvimos muito sobre o crescimento na aquisição de


aparelhos celulares pela população em todo mundo. O “boom” se deu em decorrência de
vários fatores, entre eles, pela expansão da internet móvel e pela necessidade das pessoas
estarem conectadas cada vez mais e a maior parte do dia. Além disso, a popularização dos
dispositivos móveis, atingindo as mais diversas classes sociais, também é um fator que
impacta nesse crescimento.
Em várias regiões do Planeta o número de aparelhos celulares ultrapassou o
número de habitantes. Num âmbito global, usuários que se utilizam da telefonia móvel já
ultrapassou os usuários que preferem a telefonia fixa (SRIVASTAVA; KIRWAN; SILVER,
2006). No ano de 2007, tínhamos a proporção de 1 aparelho para cada 2 habitantes.
Fazendo uma proporção, não é nada inimaginável o número de aparelhos superando o
número de habitantes, não acham?
E isso está prestes a acontecer. A UIT (União Internacional de Telecomunicações)
informou, em 2015, à Rádio ONU, que o número de celulares no mundo já ultrapassou a
marca de 7 bilhões de aparelhos. Fazendo um comparativo com a população mundial, que
é de aproximadamente 7,4 bilhões de habitantes, há quase uma equiparação 1x1 entre
habitantes e aparelhos celulares. O primeiro telefone móvel chegou ao Brasil na década
de 90 e utilizava a tecnologia analógica. Com o passar do tempo e o melhoramento da
tecnologia, passando a ser digital, a venda de aparelhos teve uma grande crescente.

UNIDADE I Os Benefícios da Tecnologia Móvel no Mundo Atual 7


Em 2003, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), responsável por
regulamentar o mercado de telefonia móvel no Brasil, informou que no país o número de
celulares ultrapassou o número de telefones fixos, no qual eram 40 milhões de aparelhos
celulares ativos, contra 39 milhões de telefones fixos (FÉ, 2008). Já em meados de 2007, a
quantidade de celulares era aproximadamente de 106 milhões de aparelhos.
Dados da Anatel ainda mostram que, em 2015, havia aproximadamente 257 milhões
de linhas celulares ativas no Brasil. Podemos observar alguns dados no gráfico ao lado,
no qual constata-se o crescimento de linhas de celulares ativas. E, apesar de uma queda
aparente com relação ao ano de 2014, observa-se ainda o crescimento gradativo de linhas
ativas, fechando, em fevereiro de 2016, na marca de milhões de linhas celulares, segundo
as últimas informações da Anatel, ou seja, há mais celulares do que população no Brasil, já
que a população brasileira está em torno de 206 milhões, segundo o IBGE.
Dessa forma, segundo a Revista ComputerWorld (outubro/2013, p. 12), constatou-
se que o crescimento da mobilidade no Brasil, entre outras coisas, se deu devido à
necessidade de dar respostas rápidas aos negócios e alavancar empresas. Hoje, é o
acesso a telefonia móvel que liga a sociedade a informação, desde a agricultores instalados
em locais distantes, até a população urbana num âmbito geral, atraindo todas as classes
sociais.
Dizemos, dessa forma, que há uma democratização da tecnologia. Aliado a isso,
você verá, no decorrer do capítulo, como a quarta geração auxilia no trabalho de expansão
de aparelhos celulares.
Entretanto não foi somente essas tecnologias que auxiliaram no crescimento; a
seguir, iremos estudar um pouco mais sobre os tipos de tecnologia móvel e sua evolução,
que como um todo trouxe diversos benefícios aos usuários, sejam pessoais ou empresariais.
Vamos dar continuidade a esse aprendizado?

UNIDADE I Os Benefícios da Tecnologia Móvel no Mundo Atual 8


2. TIPOS DE TECNOLOGIA MÓVEL
Tecnologia Móvel nada mais é do que a comunicação por dispositivos/equipamentos,
realizada por meio de redes sem fio. Dentre essas redes, podemos citar: redes locais sem
fio (WLAN – Wireless Local Area Network), as redes de longa distância (WWAN – Wireless
Wide Area Network) e as redes pessoais (WPAN – Wireless Personal Area Network).
Em uma breve descrição das redes pessoais, podemos dizer que permitem
a conexão entre equipamentos de forma sem fio restrita a uma curta distância. A rede
PAN mais conhecida e mais utilizada no mundo é a tecnologia Bluetooth, muito utilizada
na conexão de dispositivos, periféricos e vários outros. Porém a conexão desse tipo de
tecnologia chega somente a aproximadamente 10 metros de distância (BERNAL, 2002).
No quesito mobilidade, hoje, o bluetooth realiza conexões entre aparelhos celulares
e vários outros dispositivos, como relógios, fones de ouvido e até mesmo realiza uma
interação com nossos veículos.
Já em Redes Locais sem fio, que hoje em dia são muito utilizadas, há um alcance
de aproximadamente 200 metros, e realiza a conexão de vários dispositivos/ equipamentos
que suportam a tecnologia Wi-Fi, dentre eles celulares, notebooks, tablets, smart Tvs, entre
outros. Essa tecnologia permite a conexões de alta velocidade, porém obstáculos físicos,
como paredes, interferem na cobertura do local onde está disponibilizada, por esse motivo
há a limitação do alcance (FÉ, 2008).

UNIDADE I Os Benefícios da Tecnologia Móvel no Mundo Atual 9


Essa tecnologia, além de utilizada em residências, é muito utilizada em empresas
e shoppings, auxiliando na propagação da informação e dados (no caso de empresas) e
utilizada como forma de marketing por shoppings.
Outra alternativa de tecnologia móvel e que está em grande uso pela população
mundial é a REDE WWAN, mais conhecida como rede de telefonia celular móvel. Esta, por
sua vez, teve início com a primeira geração (1G), que se utilizava do sistema analógico e
quase não havia transmissão de dados, além do sinal de voz (ROSS; KUROSE, 2013).
Conforme as tecnologias avançaram, surgiu a segunda geração (2G). Essa
tecnologia ainda é muito presente nas cidades brasileiras e utiliza-se do formato digital,
também realizando serviços de voz de alta qualidade e sem ruídos. Além disso, foi a primeira
tecnologia a suportar a navegação por dados móveis, também conhecida como conexão
WAP (Wireless Application Protocol), que permite a comunicação entre os aparelhos móveis
(RAPPAPORT, 2009).
Com o mundo cada vez mais globalizado, houve a necessidade de, cada vez mais,
evoluir os sistemas de telefonia móvel e a terceira geração (3G) veio para auxiliar isso.
Na teoria, prometendo velocidades de até 7 Mbps, essa tecnologia originou-se na busca
por agregar valor aos usuários e, para empresas, auxiliar na mobilidade da comunicação.
Usuários podem trocar informações instantâneas, recebendo/enviando mensagens e
arquivos importantes através de seus smartphones. Na prática, no Brasil, a tecnologia 3G
oferece velocidade pouco superior a 2 Mbps e já está presente na maioria das cidades
brasileiras (FÉ, 2008).
Ainda no sistema de terceira geração, surgiu o 3G+. Como o sistema de telefonia
móvel crescia cada vez mais e as conexões por aparelhos celulares teve um grande
aumento, o 3G+ veio teoricamente para tentar aumentar a velocidade das conexões,
aliviando o sistema anterior. Prometia velocidades de até 21 Mbps, porém, aluno(a), você
que se utiliza desse sistema sabe muito bem que isso é mera teoria.
Estamos na era da quarta geração (4G), que, em tese, é a conexão mais rápida da
internet móvel no momento. No Brasil, essa tecnologia ainda está em expansão, estando
disposta na maioria das grandes cidades brasileiras.

UNIDADE I Os Benefícios da Tecnologia Móvel no Mundo Atual 10


Figura 1: Evolução da rede de telefonia celular móvel.

1ª Geração:
Telefonia celular móvel.
Primeira geração (1G)
Sistema analógico
sinal de voz

2ª Geração:
Formato digital,
Serviços de voz de alta qualidade
Primeira tecnologia a suportar a navegação por dados móvel
Conexão WAP (Wireless Application Protocol)

3ª Geração:
Velocidades de até 7 Mbps
Velocidade 3G
Melhor mobilidade da comunicação
Possibilidade de troca de informações instantâneas

4ª Geração:
Tecnologia 4G
Até o momento, a velocidade mais rápida da internet móvel
Tecnologia em expansão

Fonte: elaborado pelo autor.

A tecnologia 4G presente no Brasil é a tecnologia LTE (Long Term Evolution)


que é uma evolução da tecnologia de terceira geração (3G – HSDPA). O 4G é a primeira
tecnologia a não diferenciar os canais de dados e de voz, realizando todas chamadas
por VoIP. Teoricamente essa tecnologia atinge até 100 Mbps de download e 50 Mbps de
upload, porém, na prática, não é o que as operadoras de telefonia oferecem (TANENBAUM;
WETHERALL, 2011).
Mas o que a tecnologia 4G tem de diferencial com relação às outras? Nesse caso,
o que faz a tecnologia conseguir altos índices de velocidade é a forma de comunicação
entre as torres, que ocorre por meio de fibras óticas. No Brasil, porém, essa tecnologia não
consegue penetrar corretamente em lugares fechados ou com obstáculos. Isso se deve a
frequência em que a mesma é executada (2.500 MHz). Entretanto o plano de expansão
dessa tecnologia se intensificará a partir de 2018, quando acontecerá o desligamento das
TV’s analógicas, desse modo, as operadoras de telefonia irão utilizar a frequência na faixa
de 700 MHz que tem melhor propagação de sinal em ambientes fechados e com obstáculos.
Em algumas cidades brasileiras, o desligamento das TV’s analógicas já ocorreu, é
o caso da cidade de Rio Verde, no estado de Goiás. A partir desse fato, a empresa Claro de
telefonia celular já começou um projeto piloto para trabalhar com a tecnologia 4,5G, que já
opera na faixa de 700 MHz. Esse teste já traz uma experiência do que será possível fazer

UNIDADE I Os Benefícios da Tecnologia Móvel no Mundo Atual 11


com a tecnologia 5G, a futura queridinhas das operadoras de telefonia e dos consumidores
finais.
Contudo, apesar desses testes, para a tecnologia 5G estar presente entre nós,
definitivamente ainda irá demorar para acontecer, com previsão para ser disponibilizada ao
consumidor final em meados de 2020. Porém a evolução para essa tecnologia irá permitir
atingir grandes velocidade finais para os dispositivos móveis; fazendo um comparativo,
tecnicamente o 5G tem o objetivo de atingir 10 vezes mais velocidade do que o 4G.
É imensurável que a tecnologia 5G trará muitos benefícios e um desses benefícios
é o futuro da Internet das Coisas (relembre no capítulo II). A União Europeia, em um
documento, menciona que a tecnologia irá conectar máquinas, dispositivos e pessoas,
facilitando a entrega de cuidados pessoais (como remédios personalizados), otimizando a
logística e diversos outros setores.
Outro ponto importante para essa tecnologia, e por isso os diversos estudos
realizados, é que nela não pode haver interrupção de dados, como ocorre em outras
tecnologias móveis. Necessita de uma confiança igual ou superior à conexão com fibra
ótica, para que, no futuro, se possa colocar em prática a internet das coisas. Outro benefício
é que essa tecnologia irá consumir menos bateria que as outras, já que, com a internet
das coisas, alguns dispositivos exigirão uma duração maior. Vimos até aqui algumas
tecnologias móveis existentes que auxiliam na mobilidade. A seguir, iremos falar um pouco
sobre algumas alternativas de acesso móvel que auxiliam no acesso a internet quando
você não está conectado à alguma tecnologia disponibilizada pelas empresas de telefonia.

UNIDADE I Os Benefícios da Tecnologia Móvel no Mundo Atual 12


3. ALTERNATIVAS DE ACESSO MÓVEL
Aluno(a), você já chegou a algum lugar, um restaurante, por exemplo, e, quando foi
verificar em seu celular, havia uma rede WI-FI disponível? Abrimos até um grande sorriso
quando constatamos isso, não é? Pois bem, chamamos esse tipo de Wi-Fi disponível de
Hotspot, que nada mais é do que uma rede sem fio que está disponível para ser utilizada.
Normalmente os Hotspots são encontrados em locais públicos, como bares,
cafeterias, restaurantes, shoppings e diversos outros estabelecimentos, e são oferecidos ao
usuário de forma gratuita, ou não, aceitando a conexão de diversos dispositivos portáteis.
Para o acesso, ou é realizado o pagamento de uma taxa, como em aeroportos, ou então
o usuário realiza o login na rede por meio de seu perfil de alguma rede social ou e-mail.
Após isso, é só sair navegando e aproveitando o que o mundo digital tem de melhor.
Atualmente, vários smartphones podem exercer também essa função, assim, o usuário
pode disponibilizar, caso queira, uma conexão móvel com algum amigo ou qualquer pessoa.
Porém deve-se ter cuidado com o acesso a esses Hotspots, pelo fato da segurança
do dispositivo, já que quem controla a rede Hotspot possui acesso a todo conteúdo de
dispositivos conectados. Nesse sentido, é ideal ter um bom antivírus para dispositivos
móveis instalado em seu aparelho, evitar compras e realizar movimentações bancárias
on-line.
Há também os Hotspots das operadoras de telefonia móvel, que se utilizam disso
como uma alternativa para desafogar as conexões 3G e 4G. Um caso bem simples que
você pode verificar a disponibilidade é chegar em um shopping e se deparar com um WI-FI

UNIDADE I Os Benefícios da Tecnologia Móvel no Mundo Atual 13


com a denominação, por exemplo, de “TIM Wi-Fi”, ou de qualquer outra operadora ou
provedor. Algumas operadoras disponibilizam de forma gratuita o acesso.
Outro tipo de tecnologia que auxilia a mobilidade é o Wi-Max (Worldwide Interoperability
for Microwave Access). Ela é uma versão atualizada do Wi-Fi e foi desenvolvida para ser
utilizada em Redes MAN (Redes Metropolitanas) e opera a cerca de 50 quilômetros e uma
velocidade de até 75 megabites por segundo (CASAS, 2009). O Wi-Max utiliza-se de torres
parecidas com as torres de telefonia celular e ajuda a chegar em diversas áreas que hoje
não tem acesso a internet banda larga. Além disso, essa tecnologia é compatível com as
antenas de telefonia, antenas inteligentes que apontam constantemente para o receptor,
mesmo em movimento, ou seja, o Wi-Max não é uma concorrente das tecnologias 3G e 4G,
mas podemos dizer que é uma tecnologia “irmã” que pode auxiliar na cobertura e aliviar
as redes existentes. Um ponto positivo é que ela, teoricamente, gosta de cidades com
muitos prédios e concreto. Um tanto quanto estranho isso não acham? Mas é isso mesmo,
as modulação do sinal utiliza o concreto, o aço e o vidro para refletir ainda mais o sinal, e
enviá-lo a uma distância um pouco maior (FÉ, 2008).
Fazendo uma análise bem rápida, percebemos que essa tecnologia auxilia e muito,
pois você pode estar com seu celular ou algum dispositivo ou notebook e poderá acessar a
internet de qualquer lugar. Isso se dá devido ao Wi-Max ter desenvolvido duas aplicações,
tanto para estações fixas quanto para estações móvel.
O crescimento da banda larga no Brasil vem aumentando de uma maneira
extraordinária, e sabemos que, em relação à mobilidade, somente as tecnologias 3G e
4G não serão suficientes para “dar conta do recado” e conseguir atender a demanda de
internet banda larga móvel. O mercado, assim, necessita de novas tecnologias que auxiliem
o atendimento a essa demanda, por isso, experiências com tecnologias Wi-Max e o 5G são
fundamentais para esse crescimento.
Quando houver uma grande demanda de internet móvel, os usuários e empresas
irão se beneficiar e muito. Podemos dizer que um desses benefícios é que empresas podem
se utilizar mais de serviços de localização para angariar clientes e aumentar sua renda
posteriormente. Veremos um pouco mais sobre o que é e como os serviços de localização
são utilizados a seguir. Vamos lá?

UNIDADE I Os Benefícios da Tecnologia Móvel no Mundo Atual 14


4. SERVIÇOS DE LOCALIZAÇÃO
Você já parou para observar que você pode estar sendo observado pelo seu próprio
aparelho celular? Pois bem, tecnicamente falando é o que acontece. Nossos dispositivos
móveis possuem diversos serviços, e um deles é o serviço de localização.
Os primeiros aparelhos a terem esse tipo de serviços utilizavam a tecnologia de
localização de terminais móveis. As operadoras de telefonia móvel começaram a utilizar
esse serviço em 1996, permitindo a localização de qualquer ligação para o serviço público
de emergência, tendo precisão de 100 metros em sua localização (BERNAL, 2002). Hoje,
a maioria dos aparelhos ativos apresenta essa tecnologia para os mais variados fins. Um
grande exemplo de como utilizamos é quando necessitamos ir a determinado local e não
sabemos como chegar. No caso de nosso exemplo, a tecnologia ajudou a substituir o tão
velho e muito usado mapa impresso. Você já imaginou que teria que ter acesso a todos os
mapas impressos de todas as cidades que você queira conhecer? Seria um tanto quanto
trabalhoso descobrir a melhor rota para se chegar ao destino final, não acha?
Com a tecnologia, a maioria dos aparelhos modernos existentes possui um serviço
de localização por meio do GPS (Global Positioning System). Você, caro(a) usuário(a), irá
simplesmente ter que informar ao serviço onde quer ir, que ele traçará a melhor rota para
levá-lo ao destino final.
Mas esse serviço é útil? Sabemos que sim! Porém serviços de localização devem
ser tratados como prioridade no quesito segurança, pois esses serviços além de informarem
a localização do usuário e serem úteis para as empresas ampliarem o tão bom conhecido

UNIDADE I Os Benefícios da Tecnologia Móvel no Mundo Atual 15


marketing, também podem ser utilizados por pessoas erradas, como sequestradores e
ladrões, já que esses serviços indicam a maioria das coisas que fizemos em nossa rotina
diária.
Segundo Bernal (2002), o serviço de localização possui categorias de serviços,
dispostos da seguinte forma:
■ Serviços de Informação: filtram as informações de acordo com a localização
e o perfil do usuário. Exemplo: localização de prestadores de serviço.
■ Tarifas baseadas na localização: dependendo de sua localização, empresas
de telefonia aplicam descontos ou tarifas diferenciadas.
■ Serviços de Emergência, públicos ou privados: utilizado para melhor
localização com relação à triagem de problemas que podem ter acontecido, por exemplo,
localizar uma ambulância que esteja mais perto de sua residência.
■ Rastreamento de veículos e pessoas: o veículo ou a pessoa são localizados
mesmo que não haja sinal da operadora. É um serviço mais sensível que o utilizado pelo GPS
(um exemplo, é o utilizado para localizar pessoas para o serviço público de emergência).
■ Comércio Móvel: permitem que empresas localizem seus consumidores por
meio da análise do perfil de cada um. Nesse caso, encaminha mensagens de texto com
promoções, atraindo clientes à loja.
■ Entretenimento e relacionamento: hoje é bem utilizado. Podemos citar
os aplicativos sociais de relacionamento e até mesmo a própria rede social Facebook,
informando quais amigos ou pessoas estão próximas de onde você está.
Observando essas categorias, percebemos o quão são utilizados os serviços de
localização. Hoje, quaisquer aplicativos instalados em nossos celulares solicitam a permissão
pelo usuário para utilização do serviço de localização, sejam em jogos, aplicativos comerciais,
redes sociais, aplicativos de compras, de bancos e vários outros. Alguns, além de se utilizar
dos serviços para verificar sua localização, disponibilizam linhas de marketing digital,
oferecendo pacotes de propagandas a empresas, que no caso, transformam o aplicativo de
terceiros como forma de veículo de comunicação de sua marca e como forma de alavancar
as vendas em determinada região. A partir disso, podem encaminhar descontos especiais
na tela dos aplicativos, que, de uma forma ou outra, induzem o usuário à verificação de tal
promoção. Teremos uma melhor noção de como as empresas utilizam esse tipo de serviço
no próximo tópico, em que mostraremos exemplos de uso dos dispositivos móveis nos
negócios das empresas.

UNIDADE I Os Benefícios da Tecnologia Móvel no Mundo Atual 16


5. USO DOS DISPOSITIVOS MÓVEIS NOS NEGÓCIOS
No mundo atual, globalizado, cada vez mais empresas estão divulgando seus
produtos utilizando as plataformas móveis. Mas como as empresas fazem isso? Algumas
contratam empresas especializadas em marketing digital e outras divulgam por si só. Esse
tipo de marketing digital recebe o nome de Mobile Marketing, que nada mais é do que se
utilizar de táticas de marketing voltados à mobilidade. A principal característica do marketing
móvel é o acesso a informações pelos consumidores, por meio de equipamentos móveis a
qualquer hora e em qualquer local, sem perder muito de seu tempo. É uma das formas mais
baratas de comunicação com o usuário; com apenas uma mensagem de texto, pode-se
deixar o usuário a par de promoções, ou ainda apresentar a sua marca (CASAS, 2009).
O marketing mobile está presente em quase tudo hoje. O que começou somente
com mensagens de texto, hoje, se expande por diversas formas, com marketing em redes
sociais (Facebook, Twitter, SnapChat etc), sites de vídeos, aplicativos de celulares e outros.
É inegável a concorrência que cada produto tem e utilizar desses meios digitais para
um melhor marketing acaba sendo um diferencial que trará frutos e, consequentemente,
consumidores a sua marca.
A partir do crescimento do marketing móvel e de ter cada vez mais usuários
realizando transações por aparelhos móveis, com praticidade e mobilidades, as empresas
começaram a olhar também para o comércio móvel. Praticidade na compra dos produtos é
um dos principais motivos para trazer ainda mais consumidores e, por consequência, maior
lucratividade final.

UNIDADE I Os Benefícios da Tecnologia Móvel no Mundo Atual 17


Podemos dizer então que o comércio eletrônico se juntou com a computação
móvel e expandiu a produtividade, vendendo cada vez mais. Essa junção recebe o nome
de m-commerce, surgida para os consumidores, que querem mais conteúdo, mais serviços
e informações que possam ser acessadas em variados dispositivos e a qualquer momento.
Será que uma empresa que tiver um aplicativo móvel para web terá vantagem sobre outras?
Sim, comparado com as concorrentes, elas chamarão muito mais atenção do que outras
que ainda não aderiram a esse novo tipo de comércio.
Kalakota e Robinson (2002) dizem que mobilidade é simplesmente uma tecnologia
em busca de um problema de negócio e que é preciso encontrar soluções para algum
problema antigo e que possa ser realizado de forma prática no mundo atual. Para isso,
toda empresa que se propõe a entrar no mundo da mobilidade, necessita de um plano de
negócio voltado para isso, analisando o mercado, encontrando soluções, tornando o mundo
mais prático para seu consumidor.
Produtos e serviços podem ser oferecidos de qualquer parte do mundo. Um projeto
de expansão on-line e que elimina custos com vendedores, instalações e manutenção de
ponto físico. A mobilidade de uma empresa pode estar em um site, otimizando-o para que
seja possível a visualização dos produtos de forma adequada e possível a realização da
compra, ou ainda por meio de aplicativos confeccionados especificamente para dispositivos
móveis (CASAS, 2009). Esses aplicativos devem ser tratados com o maior cuidado pelas
empresas, eles são totalmente diferentes dos aplicativos desktop. Deve-se levar em conta
a experiência do usuário e devem, ainda, ser continuamente atualizados de acordo com a
evolução do mundo móvel.
Um dos principais conceitos utilizados por empresas em seus aplicativos é a
sincronização das redes sociais com o aplicativo, seja para login de acesso, ou simplesmente
para obter informações necessárias de localização ou de interesses do cliente. A partir dessa
sincronização, caso o cliente goste de algum produto, pode compartilhar por intermédio da
rede social e isso, consequentemente, possibilita a conquista de mais clientes. Além das
vendas, os aplicativos geram um marketing digital espontâneo e de graça.
Um forte relacionamento com o cliente ajuda a empresa a conseguir um dos
principais objetivos ao adotar um aplicativo móvel, que é o fortalecimento de sua marca.
Hoje, há um grande crescimento em transações e vendas realizadas em aplicativos
móveis, dessa forma, podemos dizer então, que o futuro do comércio eletrônico é cada
vez mais móvel. Mas o que sua empresa precisa fazer para criar um aplicativo móvel?
Falaremos um pouco mais sobre isso a seguir.

UNIDADE I Os Benefícios da Tecnologia Móvel no Mundo Atual 18


6. APLICATIVOS (APP) OU NEGÓCIO?
Ter mais clientes e um pouco mais de rentabilidade nos negócios não é nada ruim,
não acham? Os aplicativos móveis podem deixar você num mesmo patamar, ou, caso dê
certo, te levarem a ganhar muito dinheiro.
Você pode até ter uma ideia de um aplicativo, mas não tem nenhuma noção de
como desenvolvê-lo, não é? Você tem opções de desenvolvedores, ou ainda você mesmo
pode realizar esse projeto. Porém, para isso, você precisa realizar uma grande análise de
mercado, dessa forma, você vai garantir se seu aplicativo é bom, ou se ele será deixado no
“limbo” dos aplicativos do mercado.
Certifique-se que você se aprofundou na existência de aplicativos existentes, nesse
caso, você terá que possuir um diferencial que chame a atenção dos usuários para o seu
app. No caso de aplicativos específicos, de vendas ou transações, procure tornar o seu
aplicativo estável e o mais simples possível, que faça o usuário navegar sem maiores
problemas.
É importante que a comunicação e o objetivo de seu aplicativo sejam claros. Mas
o que seria “claro”? Defina como ele irá funcionar; que tipo de problema ele irá resolver; se
haverá cobranças por download; se será oferecido alguma versão limitada grátis; se haverá
publicidade de outros setores embutidos em seu app e muitas outras situações.
Lendo esse texto, talvez você imagine: mas, se eu for contratar alguma empresa
especializada, eles podem roubar minha ideia, não podem? Bom, você pode realizar um

UNIDADE I Os Benefícios da Tecnologia Móvel no Mundo Atual 19


acordo de confidencialidade com o pessoal, mas é indispensável que você detalhe o máximo
as funcionalidades de seu aplicativo.
Uma boa funcionalidade para o seu aplicativo é a utilização de recursos do aparelho
celular e acessos a redes sociais. Mas você se pergunta: para que acesso a redes sociais?
Bem, como dito neste capítulo, a rede social, hoje, é fundamental para a expansão de
uma empresa, contudo, deve ser usada com cautela. Você pode utilizar registros em seu
aplicativo através das redes sociais, que no caso, irão realizar o cadastro no aplicativo, por
meio de dados contidos nas redes sociais. Estes dados ainda podem ser usados para envio
de promoções, informações sobre a empresa, dependendo do que o usuário mais acessa
e mais tem interesse.
Você pode ainda implementar nos aplicativos o compartilhamento de algum produto,
ou alguma informação da empresa nas redes sociais, deixando a critério do usuário a
realização deste compartilhamento ou não. Além do mais, você pode usar essas redes
sociais como forma de marketing digital, para que demais usuários possam conhecer sua
ferramenta.
Já na parte de recursos dos smartphones, o que irá ajudar muito sua empresa, é
o recurso de geolocalização, estudado no tópico Serviços de Localização. Outros recursos
que podem ser explorados são os acessos multimídia, câmera e outros; todos dependendo
exclusivamente de permissões a serem cedidas pelos usuários. Já sabemos até aqui que
devemos documentar o que queremos que nosso aplicativo faz, não é? Mas e agora?
Para qual Sistema Operacional devo fazer meu aplicativo? Bem, cada sistema operacional
necessita de algumas especificações diferentes, cabe a você, dono(a) do aplicativo, verificar
qual nicho de mercado, e qual tipo de usuário você deseja atingir.
Há vários tipos de ambientes de desenvolvimento no mercado que criam aplicativos
em várias linguagens. Uma das linguagens mais populares utilizada é o Java, no entanto
fica a critério do desenvolvedor qual ferramenta irá utilizar. A seguir disponibilizamos uma
lista de algumas ferramentas que podem ser utilizadas para a elaboração de apps:
■ Appery.io: é um construtor de aplicativos móveis baseados na nuvem que
você pode usar para criar aplicativos para Android, iOS e Windows Phone.
■ Mobile Roadie: é um criador de aplicativos que permite que qualquer pessoa
crie e gerencie os seus próprios aplicativos para iOS ou Android. A plataforma suporta todos
os tipos de mídia, com a importação automática de RSS, Twitter ou Google News e uma
funcionalidade de autoatualização por meio do qual os usuários podem conversar uns com
os outros em tempo real.

UNIDADE I Os Benefícios da Tecnologia Móvel no Mundo Atual 20


■ Good Barber: fornece uma plataforma para criar aplicativos para iPhone e
dispositivos com sistemas operacionais Android, permitindo-lhe assumir o controle de todos
os detalhes do seu aplicativo sem produzir uma única linha de código.
■ Appy Pie: é uma ferramenta de criação de aplicativos baseado na nuvem. A
plataforma permite que usuários sem conhecimentos de programação criem um app para
Windows, Android e iOS, e o publiquem para o Google Play ou iTunes.

Mas o que fazer após terminar de construir seu aplicativo? A maioria das lojas virtuais
solicitam que você tenha um cadastro em sua loja on-line de distribuição. No quesito apoio,
na hora de construir um projeto no Android Developer você tem apoio desde a gerência da
conta até o envio do aplicativo ao Google Play.
Mesmo assim, não é segredo o grande alcance que as redes sociais têm. Nesse
sentido, para obter mais sucesso, espalhe uma divulgação sobre seu aplicativo nas
diversas redes sociais. O sucesso do aplicativo depende do conjunto da obra: divulgação
com aplicativo e funcionalidade.

UNIDADE I Os Benefícios da Tecnologia Móvel no Mundo Atual 21


SAIBA MAIS

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) informou que a quantidade de


aparelhos celulares ativos no Brasil já é maior do que a quantidade da população Brasi-
leira.
Consequentemente, é fato que cada vez mais os brasileiros estão se conectando à inter-
net, seja para auxiliar no trabalho, ou, para acessar as diversas redes sociais existentes.
Consequência: o celular se tornou a principal forma de acesso à internet no Brasil, auxi-
liando na marca de 50% das casas brasileiras com acesso a internet.
Fonte: http://computerworld.com.br/celular-ja-e-principal-forma-de-acesso-internet-no-brasil

Sabemos hoje da importância das conexões móveis. Pelo fato de termos um gran-
de número de aparelhos celulares ativos no mundo, quase ultrapassando o número de
habitantes, sentimos na “pele” o quão a velocidade das conexões móveis caíra em rela-
ção a qualidade.
Nesse sentido, cada tecnologia surgida vem para auxiliar as demais e aliviar no sentido
de velocidade de conexão. E com o 5G não é diferente, seu surgimento irá ajudar as
tecnologias mais velozes (3G e 4G) de forma a aumentar sua qualidade final.
Fonte: http://computerworld.com.br/5g-tende-tornar-redes-3g-e-4g-mais-rapidas

REFLITA

“A sorte é como o mercado, onde, muitas vezes, se você puder esperar um pouco, o
preço cairá.” (Francis Bacon).

“A arquitetura do nosso futuro não está apenas inacabada; o andaime mal foi construí-
do.” (George Lamming).

UNIDADE I Os Benefícios da Tecnologia Móvel no Mundo Atual 22


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Prezado(a) aluno(a), nesta unidade, aprendemos como se deu a expansão dos


aparelhos celulares no Brasil e no mundo. Uma expansão que fez o número de aparelhos
celulares ultrapassar o número de aparelhos fixos em várias regiões de nosso Planeta.

Falamos também das tecnologias móveis, as formas com que a maioria dos
celulares utilizam para se conectar, seja por voz, texto ou dados. Estudamos um pouco
sobre o princípio dessa tecnologia, passando por todas as evoluções e suas principais
características, até chegar a uma introdução a nossa futura tecnologia 5G, que nos trará
ainda mais benefícios, como, por exemplo, a tão esperada Internet das Coisas.

Vimos ainda que o celular é muito mais do que um aparelho que somente realiza
ligações, mensagens de texto e acessa a internet. Hoje, ele é utilizado para os mais diversos
fins e com as mais diversas funcionalidades. E não podíamos deixar de comentar sobre os
serviços de localização oferecidos, que passam além da utilização de mapas, sendo muito
usados nos negócios para “descobrir” onde o cliente se encontra.

Além das tecnologias de conexão móvel estudadas, vimos também acessos


alternativos que hoje estão cada vez mais presentes nos estabelecimentos e nas cidades.
É o caso do Hotspot e do Wi-Max. Assim, usuários dessas tecnologias podem usufruir das
conexões em qualquer parte de uma cidade ou região que ela abrange.

Por fim, estudamos como os dispositivos móveis ajudam as empresas a aumentar


sua lucratividade. Desde ao simples utilizar do aparelho para o acesso de sites, até a criação
de aplicativos mobile para vendas de seus produtos.

UNIDADE I Os Benefícios da Tecnologia Móvel no Mundo Atual 23


MATERIAL COMPLEMENTAR

LIVRO
• Título: Gerenciamento de Dispositivos Móveis e Serviços de
Telecom – Estratégias de Marketing, mobilidade e comunicação.
• Autor: Roberto Dariva.
• Editora: Campus.
• Sinopse: este livro aborda três grandes temas do novo
mundo da tecnologia: “aplicativos móveis”, “gerenciamento de
dispositivos móveis” e “gerenciamento de custos de telecom”.
O autor, especialista no assunto é um dos pioneiros no país em
desenvolvimento de aplicações para smartphones, vai ajudá-
lo a profissionalizar a mobilidade e a gestão de serviços de
telecomunicações de sua empresa.

FILME/VÍDEO
• Título: A História Secreta da Obsolescência Planeada.
• Ano: 2011.
• Sinopse: O documentário Comprar, tirar, comprar retrata a respeito
da obsolescência programada e seus impactos na sociedade.

• Link: https://www.youtube.com/watch?v=o0k7UhDpOAo

UNIDADE I Os Benefícios da Tecnologia Móvel no Mundo Atual 24


UNIDADE II
Desenvolvimento para Android
Professor Mestre Cleber Semensate

Plano de Estudo:
● Pré requisitos para programar aplicativos para Android
● Configuração de hardware
● Instalação JDK
● Entendendo a IDE Android Studio

Objetivos de Aprendizagem:
● Localizar e verificar erros
● Identificar os comandos e teclas úteis
● Entender como executar a aplicação
● Criar o AVD padrão disponibilizado pela SDK

25
INTRODUÇÃO

Olá, caro(a) aluno(a)!

Olá, esta Unidade sobre o Android, que foi elaborado especialmente para você
conhecer ou aprimorar suas habilidades na criação de aplicativos para este sistema
operacional.

O conteúdo deste livro se aplica a pessoas desenvolvedoras, mas todos os outros


perfis envolvidos na produção de um software podem se beneficiar da leitura deste material.
Dentre os perfis envolvidos, citamos os gerentes de projetos, implantadores, analistas,
testadores e donos de produtos.

Não é necessário conhecimento prévio na linguagem Java ou Kotlin e nenhuma


experiência para com desenvolvimento mobile. O único pré requisito é conhecer lógica de
programação.

Irei apresentar o desenvolvimento para Android utilizando Java e Kotlin. Não iremos
abordar desenvolvimento híbrido (quando um código fonte pode ser usado em diversos
sistemas operacionais mobile, como Android e iOS).

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 26


1. Android

Pré requisitos para programar aplicativos para Android

Para desenvolver aplicativos para Android, você precisa de:


● uma JDK instalada no seu computador
○ JDK significa Java Developer Kit.
○ A JDK pode ser da Oracle ou a OpenJDK.
■ Utilize a versão mais atualizada da JDK e sempre acima
da JDK 7.
■ Oracle: https://www.oracle.com/techne-
twork/pt/java/javase/downloads/jdk8-
downloads-2133151.html
■ OpenJDK: https://openjdk.java.net/install/
○ Estou usando a versão 1.8.0_201 da Oracle JDK para escrever
este material.

● uma SDK do Android


○ SDK significa Software Developer Kit
○ a SDK do Android é uma pasta com um conjunto
de arquivos que permitem que o código fonte de-
senvolvimento seja compilado para Android
○ Geralmente a SDK já é instalada juntamente com a IDE (ver
abaixo)
○ Estou usando a SDK 28.0.3 na produção deste material

● uma versão de API para desenvolvimento Android


○ A API representa a versão do sistema operacio-
nal Android que iremos utilizar para emular nossos
aplicativos.

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 27


○ Aconselha-se usar sempre a última versão para
ter acesso aos recursos mais atualizados.
○ O Android mantém a compatibilidade de aplicati-
vos antigos. Ou seja, os aplicativos desenvolvidos
em versões antigas, funcionam nas APIs mais re-
centes. Mas o inverso nem sempre acontece, pois
algum recurso da versão mais nova não estará
disponível para APIs mais antigas
○ Estou usando a API 28 que refere-se a versão Android Pie 9.0

● uma IDE para a criação do código fonte


○ IDE significa interface de desenvolvimento. É um
programa que você utiliza para criar outros pro-
gramas.
○ Até 2012, a IDE padrão para desenvolvimento An-
droid era o Eclipse com o plugin ADT.
○ Em 2013, houve uma mudanças e o Android Stu-
dio passou a ser a ferramenta padrão.
○ O Android Studio é baseado no IntelliJ IDEA, que
é uma IDE para desenvolvimento Java e que é
mantido pela empresa JetBrains
○ Para instalar o Android Studio, juntamente com a
SDK e uma API específica, acesse https://develo-
per.android.com/studio/
○ Estou usando a versão Android Studio 3.4 para a produção des-
te material.

● um AVD para emular um dispositivo móvel


○ AVD significa Android Virtual Device
○ É nele que você irá testar o seu aplicativo desenvolvido no An-
droid Studio
○ Um AVD é uma emulação de celular
○ Você pode usar o AVD da própria SDK mas ela
geralmente demora para ser executada.
○ A sugestão é utilizar programas a parte para este
fim. O mais indicado é o Genymotion (https://www.
genymotion.com/)
■ Ele é uma ferramenta paga, mas para de-
senvolvimento individual é permitido o uso
da versão Trial.
○ Ou então utilize seu próprio celular para realizar as simulações.
○ Nas próximas páginas irei mostrar como realizar a configuração
○ Estou usando o Genymotion 3.0.2 para a elabo-
ração deste material e estou usando um celular
Google Pixel com Android Pie 9.0 (api 28).

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 28


Figura 1 - AVD a ser utilizado na aula

Fonte: elaborado pelo autor

Histórico de versões (API) Android

Conforme vimos nas descrições acima, cada versão do sistema operacional Android
possui um código de API e tem um nome específico.

Por uma convenção de software, cada versão vai seguindo uma letra do alfabeto.
E para incrementar esta convenção, o time de desenvolvedores do Android acrescentou o
nome de um doce para cada versão. Vamos conferir como foram os lançamentos a partir
da imagem abaixo:

Figura 2 - Versões do Android

Fonte: elaborado pelo autor.

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 29


Figura 3 - Versões Android com respectivas APIs

Fonte: elaborado pelo autor.

Como você bem percebe, cada ano uma nova versão do sistema operacional
é lançada e novos recursos são disponibilizados. Por isto, é sempre bom estar atento ao
site [Developer] para saber das novidades. Enquanto escrevo este livro (abril/maio 2019)
utilizando a API 28, sei que a versão Android Q (API 29) está disponível para testes dos
desenvolvedores. A mesma deverá ser oficializada em maio ou junho durante a convenção
anual da Google (Google I/O - https://events.google.com/io/). Entendo ser arriscado
escrever este material com a última API pois ela está em versão BETA e nem nome tem
definida. Caso você esteja estudando num ano posterior a 2019, sugiro usar as versões
mais atualizadas pois existe uma regra de compatibilidade entre versões que permitem a
ausência de “quebra” nos aplicativos.

A regra diz o seguinte:


• todos aplicativos desenvolvidos em versões mais antigas, continuarão a
funcionar nas versões mais atuais.
• Ou seja, um aplicativo desenvolvido na API 9 continuará a rodar na API 28

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 30


• Mas o inverso pode não ocorrer, pois o desenvolvedor pode ter usado algum
recurso que tem na API 28 e que não existia na API 9.
• Este material irá explicar como fazer estes aplicativos seguindo a forma mais
compatível possível.

Algumas curiosidades são relevantes entre as APIs, vamos relatar cada uma delas:
• Não existem celulares em operação usando a API 8 (versão Android Froyo)
• Ainda existem celulares em operação usando APIs antigas, como a versão 9
e 10 (Gingerbread e Ice Cream Sandwich, respectivamente). Ambas não tem
mais suporte por parte da equipe de desenvolvedores da Android
• A partir da versão Ice Cream Sandwich foi possível desenvolver para tablets de
um forma correta e preparada
• Na API 19 (KitKat) tivemos o primeiro sistema operacional mobile com o
patrocínio de uma empresa de alimentos (Nestlé)
• Na API 28 (Oreo) novamente tivemos patrocínio de uma empresa de alimentos
(Nabisco)

Confira abaixo a porcentagem de uso das versões (dados de 26/10/2018). Para


acompanhar de forma atualizada acesse o Android Dashboard https://developer.android.
com/about/dashboards

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 31


Figura 4 - Android Dashboard

Fonte: elaborado pelo autor.

Figura 5: Android Dashboard - gráfico em formato de pizza

Fonte: elaborado pelo autor.

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 32


Como sugestão, baseado nos gráficos acima evite fazer um aplicativo numa API
anterior a 23 (Marshmarllow). Praticamente 75% dos dispositivos móveis estão ou na API
23 ou superior.

Java ou Kotlin?
Para desenvolver aplicativos nativos para Android, você pode utilizar duas
linguagens de programação. Pode utilizar Java ou Kotlin. E neste momento, você deve
estar se perguntando:

Figura 6 - Kotlin ou Java?

Fonte: elaborado pelo autor

Vale a pena lembrar que a utilização de Kotlin passou a ser permitida em 2017,
mediante a disponibilização do Android Studio 3.0. Para saber mais desta migração de
linguagem de programação, acesse o link do InfoQ (https://www.infoq.com/br/news/2017/06/
android-kotlin)

Caso você queira converter seus aplicativos Java para Kotlin, o Android Studio faz
esta conversão para você. Esta opção está disponível no menu CODE → CONVERT JAVA
FILE TO KOTLIN FILE, ou pelo atalho ctrl + alt + shift + k.

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 33


Figura 7 - opção de conversão de arquivos Java para Kotlin

Fonte: elaborado pelo autor.

Por fim, reforço que podemos trabalhar com as duas linguagens de programação
para Android. Não existe um anúncio de encerramento ao suporte a linguagem Java. O
conselho que deixo é conhecer de ambas e trabalhe na que você melhor se identificar.

Começando!!!!
Configuração de hardware
O Android tem a fama de exigir bastante recursos de hardware para operar de
forma satisfatória. Pois bem, tenho que confessar que isto é verdade. Se o seu computador
tem 4 gigabytes de memória, você terá que ter bastante paciência para que os aplicativos
sejam compilados e emulados.

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 34


O ideal é que você tenha pelo 8 gigabytes de memória, mas se você tem 6 giga
(como é o meu caso) conseguirá trabalhar normalmente.

A memória é um ponto chave para o sucesso no desenvolvimento do Android. Tanto


o Android Studio como o emulador AVD consomem muita memória e processamento.

E por falar em processamento, se você tiver um processador multinucleado (por


exemplo a série Intel Core I3 ou superior) você terá um bom desempenho no Android. Se
for uninucleado, você terá sérias dificuldades.

Caso você tenha o benefício de ter uma unidade SSD, isto poderá ajudar bastante
no momento da compilação. Além disto, tenha espaço de armazenamento pois alguns gigas
serão utilizados pelo Android

Em resumo:
• tenha o máximo possível de memória RAM
• tenha processador multinucleado (quanto mais núcleo é melhor)
• se tiver unidade SSD ajudará bastante.
• tenha bastante espaço de armazenamento. O Android usa bastante espaço
para a emulação e para cada projeto. E também usa para o armazenamento de
arquivos temporários.

Figura 8 – Configuração mínima

Fonte: elaborado pelo autor.

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 35


1.1 Instalação JDK
O passo a passo abaixo serve para sistemas operacionais Microsoft Windows.
Para Linux e MacOS usem o passo 2 deste link https://docs.oracle.com/cd/E19182-01/821-
0917/inst_set_jdk_korn_bash_t/index.html

1. Abra um prompt de comando no Windows (cmd.exe)


2. Verifique se a JDK está instalada. Para isto digite java -version

Figura 9 - Verificando configuração da JDK

3. Caso tenha parecido algo parecido com a mensagem acima, está tudo ok e
você pode seguir para a próxima página.
4. Caso tenha aparecido algo parecido com a imagem abaixo, continue por aqui:

Figura 10 - Problemas na configuração do Java

5. Pressione a tecla que representa a bandeira windows + a tecla PAUSE. Isto irá
abrir a tela de configuração do Microsoft Windows.

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 36


Figura 11 - Painel de configurações do Windows

Fonte: elaborado pelo autor.

6. Acesse a opção configurações avançadas do sistema


7. Depois clique na aba avançado
8. Depois clique no botão VARIÁVEIS DE AMBIENTE

Figura 12 – Configurando variável de ambiente

Fonte: elaborado pelo autor.

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 37


9. Uma nova janela será aberta.
10. No quadrado VARIÁVEIS DO SISTEMA (segundo quadrado), clique no botão
NOVO. Adicione a variável JAVA_HOME (em maiúsculo) e adicione o caminho
onde está a instalação da sua JDK
Figura 13 - Variável JAVA_HOME

Fonte: elaborado pelo autor.

Atenção!!! Cuidado para não colocar a pasta errada. Não é a pasta da JRE!

11. Após criar esta variável, clique em PATH e pode ser seja aberta uma tela para
adicionar um novo registro (figura 13) ou então um campo para você digitar
(figura 14).

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 38


Figura 14 - Path do sistema

Fonte: elaborado pelo autor.

Figura 15 - Path do sistema

Fonte: elaborado pelo autor.

12. Adicione o comando %JAVA_HOME%\bin\


13. Posicione esta variável como primeira opção caso o seu Windows represente a
figura
14. Use o botão MOVER PARA CIMA até deixar o JAVA_HOME como primeira
opção.
15. Caso o seu Windows tenha aberto a figura 16, coloque a JAVA_HOME logo no
início da descrição

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 39


Figura 16 - Adicionado variável no PATH

Fonte: elaborado pelo autor.

16. Pressione OK. Abra um novo prompt de comando (cmd.exe) e digite java -version
e o resultado deve ser semelhante ao passo 2.

1.2 Instalando o Android Studio e SDK

1. Acesse o site https://developer.android.com/studio e faça o download


2. Esta versão do Android Studio já inclui a SDK.
3. O download do Android Studio com SDK costuma ter o tamanho acima de 900
megas e a SDK sozinha, costuma ter menos de 200 megas.
4. Após o download, execute o arquivo e siga as orientações dadas na tela.

Após a instalação, inicie o Android Studio para iniciar o desenvolvimento de um


novo aplicativo.
Caso precise encontrar informações sobre a SDK, acesse o menu TOOLS → SDK
MANAGER
Figura 17 - SDK Manager

Fonte: elaborado pelo autor.

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 40


1.3 Entendendo a IDE Android Studio

Figura 18 - Android Studio

Fonte: elaborado pelo autor.

Após o carregamento do Android Studio, você encontrará algo parecido com a


imagem acima. Para cada projeto que você queira trabalhar, um novo Android Studio irá
ser aberto. Ou seja, cuidado para não ter vários Android Studios consumindo memória RAM
de forma desnecessária.

O item 1 da imagem acima representa o local onde irá ser exibida a estrutura de
arquivos e pastas de um projeto. O código fonte de cada arquivo é exibido no quadrante 2,
mediante duplo clique no arquivo exibido no quadrante 1.

O quadrante 3 é utilizado para serem exibidas status e logs do aplicativo que está
sendo desenvolvido. E no quadrante 4 são exibidos logs diversos da IDE.

1.4 Perspectivas

No quadrante 1, você pode utilizar diversas perspectivas para exibir os arquivos


do projeto. a mais comum é a perspectiva ANDROID (figura 19). Caso queira ver todos os
arquivos e a estrutura de pasta conforme está sendo salva no disco rígido, utilize a opção
PROJECT.

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 41


Figura 19 - Perspectiva Android

Fonte: elaborado pelo autor.

1.5 Gradle

Ao começar o uso do Android Studio, você perceberá com muita frequência algumas
chamadas para um aplicativo chamado Gradle.

Este é um sistema de automação de compilação, semelhante ao Apache Maven.


Ou seja, todo o controle de compilação e gerenciamento de dependências é feito de
forma centralizada e uniforme. A diferença entre Gradle e Maven é que o Gradle supre as
deficiências que haviam no Apache Maven.

O Gradle costuma utilizar muito a internet, pois ele procura as dependências


(libs) na internet para daí trazer para o computador local. E como o Android Studio realiza
salvamentos automáticos, o gradle é acionado com alta frequência para geração de build.
Isto pode consumir bastante processamento do hardware. Caso isto esteja atrapalhando,
mude para operar de forma offline para evitar problemas. No próximo assunto, algumas
dicas para otimizar seu gradle e IDE serão apresentados.

1.6 Otimizando o Android Studio

Na documentação oficial do Android, algumas dicas são compartilhadas para


otimizar o uso da IDE e do Gradle. Para leitura completa, acesse https://developer.android.
com/studio/build/optimize-your-build

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 42


Abaixo algumas dicas importantes para você aplicar ainda hoje:
a) Inative os relatórios de debug
Quando um aplicativo é executado pelo Android Studio, uma grande suite de
aplicativos precisa entrar em funcionamento e isto pode gerar demora no processamento.
Uma destas suítes é a de DEBUG e a sua geração de relatórios personalizados. Em tempo
de desenvolvimento, vale a pena configurar para que esta opção seja desabilitada:

1. Altere o arquivo build.gradle do module:app.


2. Dentro da tag buildTypes, adicione as novas propriedades logo abaixo da tag
release, inativando os relatórios de debug

android {
...
buildTypes {
debug {

ext.enableCrashlytics = false ext.alwaysUpdateBuildId = false


}
}

b) Trabalhando offline
Conforme vimos no item Gradle, este gerenciador de dependência consome muita
internet e gera builds a todo o momento. Por isto pode ser interessante o Gradle começar
a operacionalizar em modo offline.

Para usar o Gradle off-line ao compilar com o Android Studio, faça o seguinte:
● Abra a janela Preferences clicando em File > Settings (no Mac, Android
Studio > Preferences).
● No painel esquerdo, clique em Build, Execution, Deployment > Gradle.
● Marque a caixa de seleção Offline work.
● Clique em Apply ou OK.

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 43


Figura 20 - Offline Work

Fonte: elaborado pelo autor.

1.7 Locais para verificar erros

Durante a construção do aplicativo, eventuais erros podem surgir. E é importante


saber onde na IDE que identificamos quais erros existem.

Para isto existem as seguintes ferramentas:


● Event Log: esta opção é representada na figura 18, quadrante 4. Ela é acionada
clicando na palavra Event Log e é apresentada a imagem 21. Este espaço
irá exibir possíveis problemas que ocorrem na IDE. Alguns problemas como
problemas a conexão a internet ou versões desatualizadas irão aparecer neste
quadrante.

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 44


Figura 21 - Event Log

Fonte: elaborado pelo autor.

● Build: esta opção é representada na figura 18, quadrante 3. Ela é acionada


clicando na palavra Build e será apresentada a imagem 22. Este espaço irá exibir
possíveis problemas que ocorrem na construção da aplicação. Basicamente ela
é acionada a cada novo salvamento de arquivo. O Gradle é quem executa cada
etapa. Caso esteja tudo correto, ficará como na figura 22 (todas setas verdes).
Caso algo esteja errado, um X vermelho irá ser apresentado e clicando duas
vezes no item com problema, você encontrará a descrição do problema.

Se algo estiver com um X vermelho, não será possível executar o aplicativo no AVD
e em alguma situações a perspectiva ANDROID não irá funcionar.

Figura 22 – Build

Fonte: elaborado pelo autor.

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 45


● Logcat: esta opção é representada na figura 18, quadrante 4. Ela é acionada
clicando na palavra Logcat e é apresentada a imagem 23. Este espaço irá exibir
possíveis problemas que ocorrem no aplicativo durante sua execução no AVD.
No logcat podem ser exibidas mensagens de erro ou alguma mensagem que
o desenvolvedor queira utilizar (veremos como fazer isto no próximo capítulo).

Como sugestão, mude a caixa de seleção que esteja VERBOSE, para ERROR.
Além disso, mude a última caixa de seleção para SHOW ONLY SELECTED APPLICATION.
Com isto, só serão exibidas mensagens referente ao seu app e serão exibidas somente as
mensagens de erro.
Figura 23 – Logcat

Fonte: elaborado pelo autor.

1.8 Comandos e teclas úteis

● Alt + 6 aba Android Monitor (logcat)


● Alt + ENTER para importar algo ou concordar com a sugestão da IDE
● CTRL + F pesquisar dentro do arquivo
● CTRL + R substituir textos dentro de um arquivo
● CTRL + ALT + L formatar/identar o código fonte
● CTRL + SHIFT + F pesquisar em todo o projeto
● SHIFT + F6 renomear arquivos
● CTRL + SHIFT + N pesquisar arquivos

No link seguir maiores informações sobre atalhos podem ser encontradas


https://confluence.jetbrains.com/display/IntelliJIDEA/Configure+Keymap

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 46


1.9 Como executar a aplicação

Durante o desenvolvimento do seu aplicativo, você precisará executá-lo com uma


certa frequência para ter feedback se tudo está ficando conforme o planejado.

Para executar um aplicativo, é necessário que um AVD (Android Virtual Device)


esteja configurado junto a IDE. O AVD basicamente é uma emulação do sistema operacional
Android em cima do sistema operacional nativo do desenvolvedor (no meu caso Windows
10). Por ser uma emulação complexa (um sistema operacional mobile em cima de um
sistema operacional desktop), o AVD costuma demorar para iniciar. Por isto uma vez iniciado
o AVD, nunca mais feche a emulação enquanto estiver programando para Android.

Após iniciado o AVD, nunca feche-o

Existem 3 opções de AVD para serem utilizadas:


● AVD padrão disponibilizado pela SDK e acessado via Android Studio, no
menu TOOLS → AVD MANAGER
● Genymotion que é um software que acelera a emulação do sistema operacional
Android e disponibiliza mais tipos de celulares para emulação.
● Emular diretamente no smartphone mediante este estar conectado ao
computador pessoal via USB.

Destas três opções, a última é a opção que gasta menos recursos do computador
pessoal e tem a resposta mais rápida para compilação.

Todas as execuções de AVD (independente do tipo) vão acontecer ao clicar em


alguma das opções abaixo:

Figura 24 - opções de execução de AVD

Fonte: elaborado pelo autor.

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 47


Este botão irá abrir uma tela para selecionar qual AVD será executado e irá
executar o aplicativo

Este botão é usado para atualizações rápidas que não precisam de nova
compilação. É chamado de instant moment. Nem todas as alterações em código
fonte conseguem ser interpretadas por este botão.

Este botão é usado quando é necessário uma investigação do comportamento de


um aplicativo. É a opção de DEBUG e ela permite passar linha a linha do código
fonte em tempo de execução.

Lembrando que se houve algum erro encontrado na aba BUILD (ver tópico anterior),
não será possível a execução do AVD.

1. 10 Criando o AVD padrão disponibilizado pela SDK

1. Acesse a opção TOOLS → AVD MANAGER

Figura 25 - AVD Manager

Fonte: elaborado pelo autor.

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 48


2. Clique no botão CREATE VIRTUAL DEVICE para inserir um novo AVD
Figura 26 – AVD

Fonte: elaborado pelo autor.

3. Selecione algum modelo de smartphone. Gosto de testar com celulares de telas


de 5’ e resolução 1080 x 1920. Além disso, gosto de utilizar uma emulação mais
próxima de uma versão Android padrão (sem muita personalização), no caso
uso o Google Pixel.

Figura 27 - Seleção de modelos

Fonte: elaborado pelo autor.

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 49


4. Após selecionar o modelo é necessário selecionar para qual API você deseja
utilizar o AVD. Perceba que para cada API é necessário um download. Dê
preferência a última API estável e disponível para desenvolvimento. No meu
caso é a API 28.
Figura 28 – Seleção de API

Fonte: elaborado pelo autor.

5. Após o download, aparecerá algo semelhante a figura 29. Clique duas vezes
no emulador para iniciar. O primeiro processo de iniciar um AVD é sempre
demorado. Evite tentar abrir muitas vezes um AVD. Você irá gastar muito
processamento iniciando muitos AVDs.
6. Depois de iniciado este AVD não feche o mesmo para evitar desperdício de tempo

carregando novamente o AVD.

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 50


Figura 29 - emulador instalado

Fonte: elaborado pelo autor.

1. 11 Genymotion

O Genymotion é um software proprietário que pode ser baixado pelo site https://
www.genymotion.com/ . Mas para o uso não comercial ele pode ser utilizado sem restrições.

O Genymotion ganhou destaque por emular diversos modelos de celulares, em


especial os mais usados da Samsung. Além disto, o seu tempo de processamento e
emulação costuma ser entre 50% a 70% mais rápido que o AVD original que vem pelo SDK.

O Genymotion utiliza máquina virtual (Oracle VM Virtualbox) para otimizar o


processo de emulação. Por isto, ao instalar o Genymotion, será necessário instalar a Oracle
VM Virtualbox. Fique tranquilo que a instalação do Genymotion se encarrega de instalar
tudo.

Após a instalação, é necessário configurar um AVD dentro do Genymotion (figura


30).
1. Abra o programa Genymotion
2. Filtre o smartphone desejado (figura 30)

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 51


Figura 30 - Filtro de smartphones disponíveis para download na API 28

Fonte: elaborado pelo autor.

3. Para baixar uma versão, clique nos 3 pontos ao lado direito e selecione INSTALL
(figura 31).

Figura 31 - Instalação de um AVD no Genymotion

Fonte: elaborado pelo autor.

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 52


4. Após a instalação, clique duas vezes no smartphone para ele ser iniciado.
Figura 1 - AVD a ser utilizado na aula

Fonte: elaborado pelo autor.

5. Com a emulação do smartphone iniciado, retorne ao Android Studio e clique em


para rodar a aplicação. Irá ser apresentada uma tela semelhante a figura 32.

Figura 33 - Tela para seleção do AVD

Fonte: elaborado pelo autor.

Após iniciado um emulador do GENYMOTION, nunca feche-o

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 53


1. 12 Usando seu celular

Para executar no celular execute os passos abaixo:

1. Conecte seu celular ao seu computador pessoal por meio de um cabo USB
a. Caso você esteja usando uma versão inferior ao Windows 10, será necessário
baixar os drivers do celular no site do fabricante.
2. Vá no menu configurações do Android. Esta opção tem um ícone que é o
símbolo de uma engrenagem
3. Vá até a opção SISTEMA. Costuma ser a última opção da lista apresentada na
tela.
a. em modelos mais antigos de Android não tem esta opção
4. Vá na opção sobre o telefone ou sobre o dispositivo
5. Vá até a opção NÚMERO DA VERSÃO e clique 7 vezes seguidas
6. Um novo menu chamado PROGRAMADOR irá ser habilitado na tela SISTEMA
7. Neste novo menu, procure a opção DEPURAÇÃO USB
8. Habilite esta opção e autorize o certificado de depuração.
9. Retorne ao Android Studio e pressionar o botão
10. Uma tela semelhante a figura 34 irá ser aberta e você poderá selecionar o seu
smartphone para receber o aplicativo que está sendo desenvolvido.

Figura 34 - AVD com smartphone Android configurado

Fonte: elaborado pelo autor.

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 54


SAIBA MAIS
Layouts: Entendimento de como as telas são formadas e como cada componente de
tela é usado, ajudará seu aplicativo a ter uma quantidade maior de fãs. Vivemos um tem-
po onde a experiência do usuário (UX) é o diferencial. Lembro que UX não é somente
layout e disposição de campos é muito mais que isto.
<https://www.androidpro.com.br/blog/desenvolvimento-android/android-layouts-viewgroups-intro/>

Ciclo de vida, Activitys e Intents: representa uma estrutura de dados passiva com a
descrição abstrata da operação a ser realizada. O Android possui um ciclo de vida bem
definido. Este ciclo de vida representa como um aplicativo se comporta.
< https://www.androidpro.com.br/blog/desenvolvimento-android/activity-intro/>

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 55


REFLITA
1) Hoje eu me considero uma pessoa bastante produtiva, mas ainda luto contra a pro-
crastinação todos os dias e parece que não estou sozinho.

Normalmente 85% das pessoas procrastinam pelo menos ocasionalmente. Quase 25%
procrastinam com frequência.

De qual lado você está? Nesses 85% ou nos 25%?

Neste artigo, explicarei algumas dicas que aprendi em minhas dificuldades com a pro-
crastinação ao longo dos anos, o que deve ajudá-lo a concluir seu próximo projeto no
prazo.

Confie em mim, você vai me agradecer.

2) Você pode acreditar que quanto mais você envelhece, mais difícil é aprender a pro-
gramar e adquirir novas habilidades, ou seja, isso significa que aprender depois dos
30,40 e 50 anos é difícil.
Isso não necessariamente uma verdade. Acontece que nós nos acostumamos a fazer
algumas coisas de maneiras diferentes ao longo da vida.

Quando se trata de aprender coisas novas, todas as pessoas não têm problemas em
aprender coisas que lhes interessam. Podemos até dizer que aprender nos mantém
jovens.

Quando ficamos mais velhos, não são nossas mentes que nos traem, ao contrário, são
nossos corpos e as rotinas.

Um bebê por exemplo, começa a vida “sem saber nada” e, eventualmente, torna-se
uma pequena pessoa. Tudo dentro de poucos anos. Todos os dias, novas habilidades
se acumulam sobre as habilidades de ontem.

Como é que continuamos a adquirir novas habilidades e aprender a programar ao longo


da nossa vida? É um desejo contínuo de aprender, e é mais parecido com o modo como
um bebê cresce do que você imagina.

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 56


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Olá Aluno(a)!

Espero que o conteúdo deste livro possa ter lhe auxiliado na produção de softwares
mobile e que a leitura deste material tenha sido importante no seu aprendizado. Dentre os
perfis envolvidos, citamos os gerentes de projetos, implantadores, analistas, testadores e
donos de produtos.

Vimos a linguagem Java ou Kotlin e para o desenvolvimento mobile e você pode


perceber que o único pré requisito era conhecer uma lógica de programação.

Entendemos o desenvolvimento para Android utilizando Java e Kotlin. Abordamos


o desenvolvimento híbrido (quando um código fonte pode ser usado em diversos sistemas
operacionais mobile, como Android e iOS).

Parabéns por mais esta etapa e continue firme nos estudos!

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 57


MATERIAL COMPLEMENTAR

LIVRO
• Título: Android Aprendiz
• Autor: Fillipe Cordeiro
• Editora: AndroidPro
• Sinopse: O livro mostra exatamente o marco inicial do caminho
a ser percorrido para que você entre no mundo Android e, num
breve futuro, alcance o grau de profissionalismo para aproveitar as
oportunidades.

FILME/VÍDEO
• Título: Kotlin Android, Entendendo e Primeiro Projeto
• Ano: 2017
• Sinopse: Neste vídeo vamos iniciar os trabalhos com a mais
nova linguagem oficial para dev Android, o Kotlin. Iniciaremos
falando um pouco do contexto histórico e técnico e então vamos
a apresentação de um projeto Java Android, um aplicativo de
palíndromo, e logo depois vamos a transformação desse projeto
em um utilizando a linguagem Kotlin.

• Link: https://www.youtube.com/watch?v=ZmGfPl06gPY

UNIDADE II Desenvolvimento para Android 58


UNIDADE III
Meu Primeiro Programa para Android
Professor Mestre Cleber Semensate

Plano de Estudo:
● Entendendo as pastas e arquivos
● Visualizando as Nomenclaturas e Padronizações
● Seu app falando muitas línguas

Objetivos de Aprendizagem:
● Criar o Primeiro Programa Android
● Importância do Android Manifest

59
INTRODUÇÃO

Olá, caro(a) aluno(a)!

Olá, esta Unidade sobre o Android, que foi elaborado especialmente para você
conhecer ou aprimorar suas habilidades na criação de aplicativos para este sistema
operacional.

Chegou a hora de criarmos o nosso primeiro aplicativo. Para isto, inicie o Android
Studio.

Dica: evite ficar com muitos programas paralelos abertos (como um navegador com
muitas abas, ou outros programas). O Android Studio consome bastante memória RAM.

Além disso, tome cuidado em ficar com um Android Studio aberto com um projeto
que não esteja usando.

Nesta Unidade iremos focar no desenvolvimento nativo. Não iremos abordar


desenvolvimento híbrido (quando um código fonte pode ser usado em diversos sistemas
operacionais mobile, como Android e iOS).

UNIDADE III Meu Primeiro Programa para Android 60


1. Primeiro Programa para Android

Para criar um novo projeto:


1. Acesse o menu FILE → NEW → NEW PROJECT
Figura 1 - Criando um novo projeto

Fonte: elaborado pelo autor.

2. Selecione a opção EMPTY ACTIVITY

UNIDADE III Meu Primeiro Programa para Android 61


Figura 2 - Criando projeto

Fonte: elaborado pelo autor.

Preencha os campos desta tela:

Figura 3 - Criando um projeto

Fonte: elaborado pelo autor.

UNIDADE III Meu Primeiro Programa para Android 62


a. O campo NAME representa o nome do seu aplicativo. neste campo é possível
usar espaço em branco e acentuação. Estou chamando o projeto de PrimeiroApp
b. O campo PACKAGE NAME define um nome padrão para os pacotes do projeto.
Por convenção, os pacotes devem ser todos com letra minúscula e separado
por pontos
c. O formato do nome do pacote segue a seguinte regra:
i. se o site da empresa que faz o software for www.meusite.com.br, o nome do
pacote será br.com.meusite.
ii. ou seja, desconsideramos o www e o nome do pacote é lido de forma
inversa (começando pelo br e depois .com e depois meusite).
d. O campo SAVE LOCATION é onde o projeto ficará armazenado
e. O campo LANGUAGE representa qual é a linguagem de programação primária
no projeto. Usarei JAVA, pois todos os exemplos abaixo são para JAVA, mas
caso você tenha mais domínio em Kotlin, fique a vontade de utilizar esta opção.
i. lembrando que no Github da aula, existem ambos os projetos: Java e Kotlin
f. No campo MINIMUM API LEVEL, você irá selecionar em qual versão será
compilada o seu aplicativo. No nosso caso, estou usando a API 28 (Android Pie,
versão 9.0)
i. se você for utilizar o seu celular, identifique a versão do Android instalada no
smartphone e utilize a mesma.
g. As demais caixas de seleção você poderá deixar desmarcado.

1.1 Entendendo as pastas e arquivos

Inicialmente, verifique se o projeto foi criado corretamente. Para isto use a aba
BUILD e verifique se esta aba está semelhante as figuras 4 ou figura 5:

Figura 4 - Fim do build após a criação de um novo aplicativo

Fonte: elaborado pelo autor.

UNIDADE III Meu Primeiro Programa para Android 63


ou
Figura 5 - tela apresentada quando o projeto é aberto juntamente com o Android Studio

Fonte: elaborado pelo autor.

As disposição das pastas estão seguindo a perspectiva ANDROID


Figura 6 - Perspectiva Android

Fonte: elaborado pelo autor.

Vamos analisar o que cada pasta representa e quais arquivos devem estar nelas:

UNIDADE III Meu Primeiro Programa para Android 64


Figura 7 - Estrutura de pastas

Fonte: elaborado pelo autor.

● Pasta manifests
○ Nesta pasta deverá ficar o arquivo AndroidManifest.xml, o qual possui toda a
configuração do aplicativo.
● Pasta java
○ Nesta pasta ficarão os arquivos Java ou Kotlin com toda a lógica de programação.
Seria algo que lembre o backend.
● Pasta res
○ Res é uma forma reduzida para a palavra RESOURCE
○ Nesta pasta são armazenados recursos como imagens, textos, estilos
○ Na pasta drawable ficam armazenadas imagens do sistema
○ Na pasta layout, ficam as telas do sistema
○ Na pasta mipmap, ficam os ícones da aplicação
○ Na pasta values, ficam os arquivos de personalização para cores, textos e e estilos.
É nesta pasta também que iremos criar menus de personalização.

UNIDADE III Meu Primeiro Programa para Android 65


● Gradle Script
○ Nesta categoria temos vários arquivos de configuração da sua aplicação. O que
você mais irá utilizar são os arquivos build.gradle. São dois arquivos build.gradle:
■ build.gradle (Module: app) - configurações da aplicação referente ao modo de
como compilar e quais dependências o projeto possui
■ build.gradle (Project: PrimeiroApp) - configurações de repositórios para download

1.2 Nomenclaturas e padronizações

O Android possui diversas padronizações e é muito importante entendê-las e segui-


las.

1. Padronização de nomes Android


● MainActivity.java
● activity_main.xml
● menu_main.xml

Todo projeto Android possui Activitys que são arquivos que interagem com o sistema
operacional Android. Por convenção, o nome deste arquivo deve acabam com o nome
Activity. (exemplo: MainActivity, FutebolActivity, CelularActivity).

Quando uma activity está vinculada a uma tela (o que não é obrigatório), o nome
da tela ou menus deve seguir um padrão. O nome do arquivo deve:
● começar pelo o que ele representa (activity ou menu ou tela)
● depois adicionamos um _ (underline)
● e por último o nome do arquivo como foi feito na activity
● exemplo: activity_futebol, activity_celular, menu_futebol ou menu_celular

Exemplo: Caso tenhamos que criar uma listagem de cidade vamos criar uma Activity
com o nome CidadeActivity (botão direito na pasta java e clique em NEW → JAVA CLASS
ou kolin class). Os demais arquivos (tela e menus por exemplo), deve seguir este padrão::
● ContaCorrenteActivity → activity_contacorrente → menu_contacorren

UNIDADE III Meu Primeiro Programa para Android 66


2. Convenção de nomes
Além da convenção de nomes entre activitys + telas, você precisa se atentar para
como estes nomes são escritos:
● Nome de projeto: usar padrão CamelCase (NomeDoProjeto) (sem espaços em
branco)
● Pacotes: minúsculo e separado por ponto (sem espaços)
● Nome de tela: minúsculo, letras, números, ponto e _ (sem espaços)
● Imagem: minúsculo, letras, números, ponto e _ (sem espaços) (arquivos jpg,
gif e png)
● Arquivos XML (menu, strings, css): minúsculo, letras, números, ponto e _
(sem espaços)
● Activitys - CamelCase (NomeDaActivity.java) (sem espaços em branco)

Se algo for digitado errado ou não está seguindo padrão esperado a seguinte
mensagem irá aparecer no LogCat:
Invalid file name: must contain only [a-z0-9_.]

1.3 Classe R

Todo componente adicionado numa tela pode ou não ter um identificador explícito:
android:id=”@+id/nome_qualquer”

Estes identificadores ficam armazenados numa classe chamada R.java. Ela é


reconstruída toda vez que uma alteração nos arquivos é salva e quando o gradle entre em
ação realizando uma nova compilação.

Nunca você vai precisar altera a classe R. Este é um arquivo auxiliar do Android
para ele mesmo.

Caso algum erro de criação tenha sido feita por parte do desenvolvedor, a classe
R não irá conseguir ser recriada e com isto não será possível usar o aplicativo num AVD.

UNIDADE III Meu Primeiro Programa para Android 67


1.4 .APK

Todo aplicativo após compilado com sucesso, se torna um .APK. Este é o tipo de
arquivo que é executado num celular emulador (AVD).

1.5 Imagens

Para adicionar imagens no Android, basta copiar a mesma e colar na pasta RES →
DRAWABLE.

O Android trabalha com imagens .JPG e .PNG. Dê preferência em .PNG

Caso você use uma imagem para ícone, a convenção diz que o nome do arquivo
deve iniciar com ic_

exemplo: imagemnormal.png e ic_icone.png

1.6 Strings

Nunca deixe um texto fixo numa tela ou numa Activity. Utilize o arquivo strings.xml
para centralizar os textos e aproveitar em outras telas.

O arquivo strings.xml não tem armazenadas as mensagens da aplicação. Ele


fica localizado no diretório de resources e é utilizado para armazenar valores de strings
reutilizáveis. É um dos recursos do Android e, assim como demais recursos, deve-se
referenciar com um ID.

Para enviar um texto para o arquivo strings, basta selecionar o texto e pressione
ALT+ENTER
e selecione a opção “EXTRACT STRING RESOURCE”

Vamos praticar? Para isto, abra o arquivo activity_main.xml que está na pasta RES
→ LAYOUT.

Neste arquivo você encontrará o texto da figura 42. Selecione a palavra “Hello
World!” e pressione ALT + ENTER e selecione a opção conforme a figura 42 mostra.

UNIDADE III Meu Primeiro Programa para Android 68


Figura 8 - Extrair texto

Fonte: elaborado pelo autor.

Figura 9 - Extrair texto

Fonte: elaborado pelo autor.

1.7 Seu app falando muitas línguas

Caso você use a prática de não ter texto fixo em telas e activitys, você poderá
adaptar seu aplicativo para que ele trabalhe com diversos idiomas. Fazer isto é mais fácil
do que você imagina. Siga os passos abaixo:
1. vá até a pasta RES → VALUES
2. clique no arquivo strings.xml

UNIDADE III Meu Primeiro Programa para Android 69


3. clique na opção Open Editor
Figura 10 - strings.xml

Fonte: elaborado pelo autor.

4. Clique no ícone de um mundo e escolha a linguagem desejada. No meu caso


será Portuguese (pt) in Brazil
Figura 11 - internacionalizando o strings.xml

Fonte: elaborado pelo autor.

5. Perceba que agora você possui dois arquivos strings.xml, um padrão (que é
usado para o idioma INGLÊS) e um outro com a bandeira do Brasil.
Figura 12 - Strings personalizados

Fonte: elaborado pelo autor.

UNIDADE III Meu Primeiro Programa para Android 70


Figura 13 - textos em inglês

Fonte: elaborado pelo autor.

Figura 14 - textos em português

Fonte: elaborado pelo autor.

Para testar esta mudança, execute a aplicação num AVD. Para isto clique no botão .
Após o início do aplicativo, verifique qual idioma que ele mostra o texto.
Figura 15 - Aplicação iniciando em inglês

Fonte: elaborado pelo autor.

Para trocar o idioma do celular, vá em:


● Configurações (Settings)
● Sistema (System)
● Idioma e texto (Language & Input)
● Idioma (Language)
● Portuguese ou English (United States)

UNIDADE III Meu Primeiro Programa para Android 71


Figura 16 - Mudando o idioma do aparelho

Fonte: elaborado pelo autor.

Figura 17 - Adicionando o idioma Português

Fonte: elaborado pelo autor.

Figura 18 - Aplicação iniciando em outro idioma (português)

Fonte: elaborado pelo autor.

UNIDADE III Meu Primeiro Programa para Android 72


1.8 Android Manifest

O arquivo AndroidManifest é o local onde as configurações da aplicação ficam


salvas. Nele incluímos e configuramos:
● as permissões necessárias para execução do app,
● as activitys mapeadas do sistema,
● o tema padrão da aplicação,
● o nome da aplicação,
● o ícone a ser utilizado pelo app.

Para mudar o ícone da aplicação faça:


● baixe uma nova imagem e salve na pasta res/drawable
● não se esqueça que ícones devem começar com ic_
(exemplo ic_nomedoarquivo.png)

● abra o arquivo AndroidManifest.xml (pasta manifests)


● Mude a linha android:icon

Figura 53 - android:icon

Fonte: elaborado pelo autor.

● Para alterar, selecione o texto dentro das aspas duplas e pressione ALT +
SPACE para abrir uma caixa de seleção
● digite @drawable/ic_nomedoarquivo

Figura 19 - android:icon alterado

Fonte: elaborado pelo autor.

UNIDADE III Meu Primeiro Programa para Android 73


1.9 Logcat

O Logcat faz o papel semelhante ao Log4J no Java. A ideia deste é que você
consiga criar evidências do que está acontecendo no código fonte e de alguma maneira os
logs poderão te ajudar a entender resultados dos cálculos realizados.

Lembrando que no Android não é possível usar System.out.prinln(“mensagem”).

O Logcat possui níveis de detalhamentos:


● Debug (d) - usado somente em tempo de desenvolvimento. Não é exibido
quando o aplicativo está em produção
● Information (i) - usado para trazer alguma informação útil do comportamento
do fluxo da aplicação
● Warning (w) - usado para trazer um alerta e que precisa de alguma atenção.
● Error (e) - usado para informar que algo não funcionou corretamente e que
precisa de atenção imediata.

Para usar o Logcat, você irá digitar o código abaixo na MainActivity, dentro do
método onCreate()

@Override
protected void onCreate(Bundle savedInstanceState) {
super.onCreate(savedInstanceState);
setContentView(R.layout.activity_main);

Log.d(“categoria”, “mensagem de debug”); Log.i(“categoria”,


“mensagem de informação”); Log.w(“categoria”, “mensagem de
aviso”); Log.e(“categoria”, “mensagem de erro”);
Log.e(“categoria”, “mensagem de erro”, new
RuntimeException(“erro”));

UNIDADE III Meu Primeiro Programa para Android 74


Não se esqueça de importar a classe Log (coloque o cursor na palavra Log e
pressione ALT+ENTER).

import android.util.Log;

O Logcat sempre precisa de um tipo, uma categoria que pode ser filtrada e uma
mensagem.
User Alt+6 para verificar o logcat

SAIBA MAIS

Layouts: entender como as telas são formadas e como cada componente de tela é usa-
do, ajudará seu aplicativo a ter uma quantidade maior de fãs. Vivemos um tempo onde
a experiência do usuário (UX) é o diferencial. Lembro que UX não é somente layout e
disposição de campos é muito mais que isto.
Fonte: https://www.androidpro.com.br/blog/desenvolvimento-android/android-layouts-viewgroups-intro

Ciclo de vida, Activitys e Intents: Aplicativos geralmente têm várias atividades pouco
vinculadas entre si. Normalmente, uma atividade em um aplicativo é especificada como
“principal”, que é a apresentada ao usuário ao iniciar o aplicativo pela primeira vez. Cada
atividade pode, então, iniciar outra atividade para executar diferentes ações.
Fonte: https://developer.android.com/guide/components/activities/?hl=pt-br

UNIDADE III Meu Primeiro Programa para Android 75


REFLITA

1. Existem muitas vantagens em adotar uma metodologia de desenvolvimento de sof-


tware como o Scrum, mesmo que você esteja trabalhando sozinho.

Utilizar uma metodologia para dimensionar corretamente suas tarefas do dia a dia
pode ser incrivelmente libertador e produtivo.

Continue lendo para ver como utilizar o Scrum em seu fluxo de trabalho de desen-
volvimento e como você pode aplicar no desenvolvimento de seus projetos, mesmo
trabalhando sozinho.

2. Além de satisfazer seus clientes ou a empresa para qual você trabalha é importan-
te você como desenvolvedor ficar feliz com seu código. Por isso, utilizar os Design
Patterns no desenvolvimento Android pode ser essencial para escrever um código
limpo e claro.

Além de você, outros desenvolvedores poderão herdar seu código no futuro e nem
sempre deixar vários comentários é a melhor opção para facilitar o entendimento do
mesmo. Até mesmo para você.

Os Design Patterns são soluções reutilizáveis ​​para problemas comuns no desenvol-


vimento de software e aqui você vai ter uma visão geral de alguns deles.

UNIDADE III Meu Primeiro Programa para Android 76


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Olá Aluno(a)!

Espero que o conteúdo deste livro possa ter lhe auxiliado na produção de softwares
mobile e que a leitura deste material tenha sido importante no seu aprendizado. Dentre os
perfis envolvidos, citamos os gerentes de projetos, implantadores, analistas, testadores e
donos de produtos.

Focamos no desenvolvimento nativo. Abordamos o desenvolvimento híbrido


(quando um código fonte pode ser usado em diversos sistemas operacionais mobile, como
Android e iOS).

Parabéns por mais esta etapa e continue firme nos estudos!

UNIDADE III Meu Primeiro Programa para Android 77


MATERIAL COMPLEMENTAR

LIVRO
• Título: Començando com Android Studio
• Autor: Fillipe Cordeiro
• Editora: AndroidPro
• Sinopse: Guia Passo a Passo para Configurar e Utilizar o Android
Studio e suas Ferramentas. Se você está começando agora e
está tendo problemas para configurar o Android Studio e seus
emuladores.

FILME/VÍDEO
• Título: Programação de Aplicativos
• Ano: 2018
• Sinopse: Já pensou em fazer um aplicativo para celular ? Acha que
isso é apenas para programadores profissionais? Eu tenho que te
alertar que neste vídeo, você vai descobrir que a programação de
aplicativos já esta disponível para todos! Todos, mesmo!!!

• Link: https://www.youtube.com/watch?v=TKPXS7V1YLo

UNIDADE III Meu Primeiro Programa para Android 78


UNIDADE IV
Sistemas Operacionais para
Dispositivos Móveis
Professor Mestre Cleber Semensate

Plano de Estudo:
● Sistemas operacionais mobile
● Dados referentes a mobilidade

Objetivos de Aprendizagem:
● Entender as diferenças entre os SOs para dispositivos móveis (mobile) para os
SOs utilizados em notebooks ou computadores pessoas
● Entender a dimensão da evolução das aplicações com o uso das tecnologias
móveis.
● Entender os desafios para os sistemas operacionais mobile no Brasil e no Mundo.

79
INTRODUÇÃO

Olá, caro(a) aluno(a)!

Este capítulo tem a finalidade de mostrar as diferenças que refletem quando


precisamos desenvolver um aplicativo/software para o sistema operacional mobile. Com
exceção da parte de processamento, todas as outras áreas de um sistema operacional
devem ser bem pensadas. Considero que de 2017 em diante, o poder de processamento
dos celulares cresceu de forma exponencial e hoje competem de forma eficaz com os
computadores pessoais.

Com respeito às demais áreas de um celular, percebo que um dispositivo mobile não
possui o mesmo poder de armazenamento do que um computador pessoal e devemos nos
atentar a isto para não utilizar este recurso de forma amadora ao desenvolver aplicativos.
Temos que ter este mesmo pensamento e cuidado para os tamanhos de telas pois temos
que pensar em celulares de 4 polegadas, 4’7 e 5,5 polegadas. Além disto, dispositivos
mobile podem ser tablets com telas maiores das que já foram mencionadas.

Por último gosto de pensar que num dispositivo móvel temos outro problema que
deve ser avaliado com criticidade é o cuidado na quantidade de dados que trafegam. Nesta
linha observaremos vários gráfico que nos auxiliará a entender esta exponencial forma
eficaz de computadores pessoais, os celulares.

Boa leitura e bons estudos!

UNIDADE IV Sistemas Operacionais para Dispositivos Móveis 80


1. SISTEMAS OPERACIONAIS MOBILE

Caro aluno(a), com respeito aos sistemas operacionais, conhecemos fortemente os


sistemas operacionais Android e iOS. Mas temos vários outros que valem a pena conhecer.
Vamos apresentá-los!

1.1 Android

Muitos acreditam que o sistema operacional Android é da


Google. Na verdade, a dona deste sistema operacional é a OHA
(Open Handset Alliance - https://www.openhandsetalliance.com/) que
é composta por diversas empresas mundiais dos setores de produção
de semicondutores, operadores de telefonia móvel, empresas de
software e fabricantes de aparelhos celulares. Vale a pena destacar
que empresas concorrentes do Android (como Apple, Microsoft e Nokia) não fazem parte
deste grupo.
A Google desenvolve e mantém o código aberto do sistema operacional Android.
Framework é a camada responsável por disponibilizar aos desenvolvedores as
APIs (Applications Programming Interface). A partir dessas interfaces de programação, é
possível desenvolver aplicações para rodar no sistema operacional Android.
O diretório “/Sdcard” armazena os dados do cartão SD não removível do Android.

UNIDADE IV Sistemas Operacionais para Dispositivos Móveis 81


Confira a lista de membros em:
https://www.openhandsetalliance.com/oha_members.html.

O sistema operacional Android é baseado em Linux e todo seu código fonte está
disponível para acesso (está sobre o modelo open source de disponibilização). Foi lançado
em 2008 e atualmente é o líder mundial de dispositivos que utilizam este sistema operacional.

Atualmente possui nas seguintes versões:


● Android Mobile: utilizado em tablets e smartphones,
● Android Wear: versão customizada do Android Mobile para atender dispositivos
como relógios smarts,
● Android TV: versão customizada do Android Mobile para ser utilizada como
central multimídia de aparelhos de televisões (smart tv),
● Android Auto: versão customizada do Android Mobile para ser utilizada como
central multimídia de veículos,
● Android Chrome OS: versão customizada do Android Mobile para ser utilizada
em laptops, originalmentes chamados de Chromebook,
● Android Things: versão customizada do Android Mobile para ser utilizada em
embarcados. Este modelo de sistema operacional é o mais enxuto de todos pois
dispositivos embarcados tem recursos computacionais limitados,
● Android NDK: versão customizada do Android Mobile para que seja utilizada
nativamente a linguagem C ou C++. Lembrando que estas não são as linguagens
padrões para o desenvolvimento.

1.2 Apple iOS

Sistema operacional desenvolvido pela Apple para ser utilizado


nos smartphones Iphone e tablets Ipad. É um sistema operacional
proprietário então não permite personalizações.
Foi criado em 2007 e é um dos grandes responsáveis pela
mudança do comportamento humano, o qual atualmente não consegue
viver sem smartphone.
Caracteriza-se pela facilidade no uso e integração com as diversas plataformas da
Apple. Sempre foi o pioneiro em inovações referente a mobilidade.

UNIDADE IV Sistemas Operacionais para Dispositivos Móveis 82


Para desenvolver aplicativos nativos para este sistema operacional aconselha-
se fortemente utilizar computadores da própria Apple e os aplicativos desenvolvidos
nativamente para iOS não funcionam para o Android.

1. 3 Samsung Bada

Este sistema operacional foi lançado em 2010


como um projeto paralelo ao Android para atender diversos
smartphones da marca Samsung. Ele é baseado na
linguagem de programação C++.

A intenção da Samsung era posteriormente que este sistema operacional atendesse


a demanda de televisores smarts.

Entende-se este sistema operacional como uma estratégia da Samsung de não


ficar dependente exclusivamente do Android.

O projeto ainda existe mas foi despriorizado para que o Tizen fosse impulsionado.

1.4 Tizen

O Tizen é um sistema operacional de código


fonte aberto criado em 2013. Ele é uma iniciativa do Linux
Foundation com um apoio considerável de empresas
como a Samsung, Intel e Panasonic. Basicamente atua com aplicativos desenvolvidos em
HTML5 e C++.

Ele atende uma demanda de sistemas operacionais mais enxutos para serem
utilizados em dispositivos embarcados, smarts tvs, tablets e smartphones. Ele permite
diversas personalizações.

A Samsung tem interesse neste projeto para que ela não fique totalmente dependente
do sistema operacional Android. Vale a pena ressaltar que os dispositivos Samsung Galaxy
Gear utilizam Tizen e não Android.

UNIDADE IV Sistemas Operacionais para Dispositivos Móveis 83


1.5 BlackBerry/RIM

A BlackBerry ficou conhecida no mundo por


produzir aparelhos que foram utilizados pelo FBI e a Casa
Branca. O sucesso destes aparelhos ocorria basicamente
no mercado corporativo por serem aparelhos que tinham
seus dados criptografados.
O sistema operacional era o BlackBerry OS e não trazia tantas funcionalidades
com interface amigável. Com a popularização do Iphone e posteriormente de smartphones
com Android, a BlackBerry passou a enfrentar crises.
Atualmente, esta empresa canadense não está mais fabricando smartphones
e passou a utilizar o sistema operacional Android. O foco passou a seguir com o
desenvolvimento de aplicativos.

1.6 Firefox OS/KaiOS

É um sistema operacional mais enxuto e focado em


aparelhos móveis com poucos recursos de processamento e
que tem preços mais acessíveis.
Ele é baseado no projeto Firefox OS, o qual tinha a proposta de ser um projeto open
source e com a utilização de aplicativos desenvolvidos em HTML 5.
O Firefox OS acabou não tendo o apoio comercial pretendido e o KaiOS busca
este público que o Firefox OS não conseguiu atingir.
O KaioOS surgiu em 2017, sendo este o sistema operacional mais recente dos
listados neste material.

1.7 Windows Phone

Lançado em 2010, este


sistema operacional é baseado
no Windows NT. A Microsoft tentou com este sistema operacional estar presente num
cenário tão rentável e promissor como o dispositivos mobile. Durante algum tempo não
havia como a Microsoft competir de frente com iOS e Android.

UNIDADE IV Sistemas Operacionais para Dispositivos Móveis 84


O cenário mudou um pouco com a chegada da Nokia em 2011. A ideia para esta
parceria envolvia a produção do sistema operacional pela Microsoft e a produção de
aparelhos pela Nokia. Com isso a Nokia encerrava a manutenção do Symbian OS e reduzia
a quantidade de esforço para a manutenção do sistema operacional.
Este sistema operacional é de código fonte fechado e utilizava um conceito próprio
para interfaces. Este conceito era denominado Metro.
A comercialização de aparelhos com Windows Phone foi encerrada e o Windows 10
passou a ser o sistema mobile que atende tanto computadores desktop como dispositivos
móveis e até outros dispositivos como o XBox.

1.8 Nokia Symbian OS

É o sistema operacional mais antigo da lista


apresentada neste material. Começou a ser produzido em
1997 e teve seu último release em 2012.
Inicialmente atendia as marcas Samsung, Motorola, Sony Ericson e Nokia. Destas
marcas, somente a Nokia seguiu até meados de 2011 com este sistema operacional. A
Nokia tomou a decisão de encerrar as atividades com o Symbian OS pois estava mais
focada no Windows Phone.
O Symbian utlizava a linguagem de programação C++, mas era possível desenvolver
aplicativos em outras linguagens de programação como Java.

Nokia Series 40
É o sistema operacional mais usado no mundo quando pensamos em dispositivos
móveis mais limitados. Denominamos estes aparelhos de features phones. Durante muito
tempo a Nokia dominou este segmento de telefonia com os famosos celulares indestrutíveis
e com baterias com longuíssima duração (algo em torno de 5 a 7 dias sem precisar
recarregar).
Existe uma tendência que os features phones utilizem outro sistema operacional,
o KaiOS.

UNIDADE IV Sistemas Operacionais para Dispositivos Móveis 85


1.9 LG WebOS

Este sistema operacional originalmente foi desenvolvido


pela empresa Palm, que foi a pioneira quanto a dispositivos
móveis, já na década de 90.

Inicialmente era chamado de PalmOS e era utilizado nos aparelhos que a própria
Palm desenvolvia.

Com a aquisição da Palm pela Hewlett-Packard (HP), o sistema operacional preciso


mudar de nome para webOS.

Em 2013, a LG fez uma proposta para a HP visando a aquisição deste sistema


operacional, pois a LG desejava aproveitar este sistema operacional para a suas televisões
smart.

Atualmente o projeto está sobre a licença open source e está baseado no núcleo do
Linux. Lembrando que a LG utiliza Android para seus smartphones.

UNIDADE IV Sistemas Operacionais para Dispositivos Móveis 86


2. DADOS REFERENTES A MOBILIDADE

Costumo acessar o site da StatCounter([Statcounter-OS]) para ter uma ideia de


como está o uso de smartphones em diversas regiões do mundo. Isto me ajuda a decidir
em quais plataformas irei atuar. Por exemplo: caso tenha certeza que um aplicativo ficará
localizado somente no Brasil, será que já devo buscar desenvolver algo para iOS?

Para responder estas perguntas vamos exibir alguns gráficos baseados na seguinte
avaliação:

1. % Uso de sistemas mobile no Brasil


2. Linha do tempo quanto aos sistemas operacionais no Brasil
3. % Uso de sistemas mobile nos Estados Unidos
4. Linha do tempo quanto aos sistemas operacionais nos Estados Unidos
5. % Uso de sistemas mobile no Mundo
6. Linha do tempo quanto aos sistemas operacionais no Mundo
7. Marcas de aparelhos mais utilizadas no Mundo
8. Marcas de aparelhos mais utilizadas no Brasil
9. Marcas de aparelhos mais utilizadas nos Estados Unidos

Os dados compreendem o período de 12 meses (de março/2018 a março/2019).

UNIDADE IV Sistemas Operacionais para Dispositivos Móveis 87


Gráfico 1. % Uso de sistemas mobile no Brasil

Fonte: http://gs.statcounter.com/os-market-share/mobile/brazil/#monthly-201803-201903-bar

Ponto de atenção: no Brasil, o sistema operacional Android domina o mercado e


conforme gráfico, nos últimos 12 meses não houve oscilação grave que possa comprovar
aproximação do iOS nesta disputa.

Gráfico 2. Linha do tempo quanto aos sistemas operacionais no Brasil

Fonte: http://gs.statcounter.com/os-market-share/mobile/brazil/#monthly-201803-201903

UNIDADE IV Sistemas Operacionais para Dispositivos Móveis 88


Gráfico 3. % Uso de sistemas mobile nos Estados Unidos

Fonte: http://gs.statcounter.com/os-market-share/mobile/united-states-of-america/#monthly- 201803-


201903-bar

Ponto de atenção: diferente do Brasil, o sistema operacional iOS é o que domina


nos EUA, mas com contínua aproximação do Android, conforme demonstra no gráfico.

Gráfico 4. Linha do tempo quanto aos sistemas operacionais nos Estados Unidos

Fonte: http://gs.statcounter.com/os-market-share/mobile/united-states-of-america/#monthly-201803-201903

UNIDADE IV Sistemas Operacionais para Dispositivos Móveis 89


Gráfico 5. % Uso de sistemas mobile no Mundo

Fonte:http://gs.statcounter.com/os-market-share/mobile/worldwide#monthly-201803-201903- bar

Ponto de atenção: o gráfico mundial e o comportamento dos últimos 12 meses é


semelhante aos gráficos brasileiros.

Gráfico 6. Linha do tempo quanto aos sistemas operacionais no Mundo

Fonte: http://gs.statcounter.com/os-market-share/mobile/worldwide/#monthly-201803- 201903

UNIDADE IV Sistemas Operacionais para Dispositivos Móveis 90


Gráfico 7. Marcas de aparelhos mais utilizadas no Mundo

Fonte: http://gs.statcounter.com/vendor-market-share/mobile/worldwide/#monthly-201803-201903-bar

Gráfico 8. Marcas de aparelhos mais utilizadas no Brasil

Fonte: http://gs.statcounter.com/vendor-market-share/mobile/brazil#monthly-201803- 201903-bar

Ponto de atenção: o cenário para a marca Motorola é favorável no Brasil. Esta


porcentagem não existe em outras regiões.

UNIDADE IV Sistemas Operacionais para Dispositivos Móveis 91


Gráfico 9. Marcas de aparelhos mais utilizadas nos Estados Unidos

Fonte: http://gs.statcounter.com/vendor-market-share/mobile/united-states-of- america#monthly-


-201803-201903-bar

SAIBA MAIS

Agora que você chegou ao final do desenvolvimento da aplicação, salienta-se que essa
fase se refere a um entregável específico/uma versão, pois o desenvolvimento deve ser
contínuo em termos de funcionalidades e correções. Assim, para que a aplicação tenha
sucesso comercial, precisa-se executar algumas etapas para sua publicação.
Você deve acompanhar os requisitos das plataformas em que deseja publicar a aplica-
ção e ficar atento à legislação do país, porque, apesar de algo ser tolerado pelas lojas,
o desenvolvedor não está desobrigado com as leis vigentes.
Veja a relação de países que permitem ou proíbem a conta de desenvolvedor e a de
comerciante do Google, bem como a moeda de referência utilizada, no link a seguir.
Fonte: https://qrgo.page.link/vj5Z9

As tecnologias móveis de comunicação, sobretudo o celular, sofisticam-se e ampliam


cada vez mais suas funcionalidades. Em paralelo, desenvolvem-se novas formas de
experimentar as diversas situações sociais por meio desses equipamentos, principal-
mente entre os adolescentes. Nesse caso, o dispositivo funciona como forma de suprir
demandas de comunicação cada vez mais imediatas e complexas, além de necessida-
des como entretenimento, segurança e controle por parte dos usuários e dos seus fami-
liares. A convergência e a mobilidade, enquanto características inerentes destes dispo-
sitivos, surgem como pontos ideais para a estruturação das atividades contemporâneas
nestes micros contextos, uma vez que facilitam a vivência cotidiana em conformidade
com um ritmo acelerado de transformações e com os novos comportamentos urbanos.
Fonte: Ribeiro (2009).

UNIDADE IV Sistemas Operacionais para Dispositivos Móveis 92


REFLITA

A comunicação humana é um processo artificial. Baseia-se em artifícios, descobertas,


ferramentas, instrumentos e em símbolos organizados em códigos. Os homens comu-
nicam-se uns com os outros de uma maneira não natural. Na fala, não são produzidos
sons naturais, como, por exemplo, no canto dos pássaros, e a escrita não é um gesto
natural, como a dança das abelhas. Por isso a teoria da comunicação não é uma ciência
natural [...]. Com os avanços tecnológicos, a imagem surge como uma importante for-
ma de interação. Por meio da televisão, do computador, da fotografia, do cinema e até
mesmo dos celulares e tablets, o homem se vê diante de um momento histórico no qual
as imagens produzidas por aparelhos invadem a sua vida como um todo. E este mundo
codificado encontra na comunicação publicitária voltada ao Marketing, um forte aliado,
já que cada vez mais as empresas disputam o limitado tempo de interação das suas
marcas com seus clientes/espectadores/consumidores. (Silva).

“O ser humano é mobile por natureza, e essa mobilidade já carrega em si a ideia de


constante mudança” (Gabriel).

UNIDADE IV Sistemas Operacionais para Dispositivos Móveis 93


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Prezado(a) aluno(a), nesta unidade, mostramos as diferenças que refletem


quando precisamos desenvolver um aplicativo/software para o sistema operacional mobile.
Entendemos a forma exponencial que hoje competem de forma eficaz com os computadores
pessoais.

Percebemos que um dispositivo mobile não possui o mesmo poder de


armazenamento do que um computador pessoal, todavia, devemos nos atentar a isto para
não utilizar este recurso de forma amadora ao desenvolver aplicativos.

Por último gosto refletimos sobre os dispositivos móveis devem ser avaliados com
criticidade é o cuidado na quantidade de dados que trafegam. Nesta linha observamos
vários gráfico que nos auxiliou a entender esta exponencial forma eficaz de computadores
pessoais, os celulares.

Sendo assim, adquirimos o conhecimento sobre as tecnologias móveis e suas


tendências!

Bons estudos!

UNIDADE IV Sistemas Operacionais para Dispositivos Móveis 94


MATERIAL COMPLEMENTAR

LIVRO
• Título: M-business: tecnologia móvel e estratégia de negócios
• Autor: Ravi Kalakota
• Editora: Bookman
• Sinopse: Esta obra acaba com os mitos que levam as empresas
a desperdiçar bilhões de dólares em soluções mal concebidas.
Oferece um quadro completo do que está por trás do ciclo de
inovação e uma discussão sobre como empresas diferentes estão
desenvolvendo estratégias de mercado.

FILME/VÍDEO
• Título: A Cidade do Futuro: dispositivos móveis e a cidadania do
futuro
• Ano: Caio Vassão
• Sinopse: A Computação Ubíqua mudou a idéia de cidadania
de modo definitivo. A proposta desta palestra é demonstrar como
isso se deu, e quais são as conseqüências de longo prazo para
o desenvolvimento das cidades e da vida urbana a partir da
banalização da computação, em especial dos dispositivos móveis.
Por um lado, os sistemas interativos baseados em dispositivos
móveis incrementam a agilidade e a riqueza da vida urbana, e por
outro lado, também tornam as relações de vigilância, legitimidade
e política ainda mais complexas.
Como pode-se conceber produtos, apps e serviços baseados em
computação móvel que tratem dessas questões de modo efetivo?

• Link: https://www.youtube.com/watch?v=QHuRNyRYXRo

UNIDADE IV Sistemas Operacionais para Dispositivos Móveis 95


REFERÊNCIAS

BERNAL, P. S. M. Comunicações Móveis: Tecnologias e Aplicações. São Paulo: Érica, 2002.


BRASIL perde 22,9 milhões de linhas de celular em 2015. G1. Disponível em: <http:// g1.globo.com/
tecnologia/noticia/2016/02/brasil-perde-229-milhoes-de-linhas-de--celular-em-2015.html>. Acesso
em: 21 jul. 2016.
CASAS, A. L. Las. Marketing Móvel: Tendências e oportunidades no marketing eletrônico. São Paulo:
Saint Paul Editora, 2009.
CAVALLINI, R.; XAVIER, L.; SOCHACZEWSKI, A. Mobilize.1. ed. São Paulo: Ed. Dos Autores, 2010.
[Dashboard] https://developer.android.com/about/dashboards, acessado em 01/05/2019 às 15h42min.
[Developer] https://developer.android.com/
FÉ, A. L. D. M. Tecnologias Móveise a via pessoal: uma pesquisa sobre o impacto da comunicação
sem fio no tempo de trabalho e nas demais esperas da vida social. Tese de Doutorado. PUC – SP,
São Paulo, 2008.
FOROUZAN, B. A. C omunicação de Dados e Redes de Computadores. 3. ed. Porto Alegre: Bookman,
2006.
KALAKOTA, R.; ROBINSON, M. M-BUSINESS: A Tecnologia Móvel e Estratégica de Negócios. Porto
Alegre: Bookman, 2002.
[Kotlin] https://developer.android.com/kotlin
[LECHETA, 2015] LECHETA, Ricardo Rodrigues. Google Android - 5ª Edição. São Paulo: Novatec,
2015.
[LECHETA, 2018] LECHETA, Ricardo Rodrigues. Android Essencial com Kotlin. São
Paulo: Novatec, 2018.
MEGATÊNCIAS: Elas vão revolucionar ainda mais a forma como a TI é gerenciada e como as em-
presas geram receitas e se relacionam com seus clientes. REVISTA COMPUTERWORLD. Outu-
bro/2013. Ano XIX. Nº.559. p.12
RAPPAPORT, T. S. Comunicação sem fio: Princípios e práticas. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2009.
ROSS, K.; KUROSE, J. F. Redes de Computadores e a Internet: uma abordagem top down. 5. ed. São
Paulo:Pearson, 2005.
SRIVASTAVA, L.; KIRWAN, R.; SILVER, I. The Regulatory environment for future mobile multime-
dia services. 2006. Disponivel em: <www.itu.int/osg/spu/ni/multimobile/papers/ITU_MMSissuespa-
per_60606.pdf>. Acesso em: 14 jul. 2016.
[Statcounter-OS] http://gs.statcounter.com/os-market-share/mobile/worldwide
[Statcounter-Phone] http://gs.statcounter.com/vendor-market-share/mobile
[Studio] https://developer.android.com/studio
TANENBAUM, A.; WETHERALL, D. Redes de Computadores. 5. ed. São Paulo: Pearson, 2011.
TAURION, C. Internet Móvel: tecnologias, aplicações e modelos. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
TELEFONIA móvel e acessos. Dados, Agência nacional de telecomunicações. 2015. Disponível em:
<http://www.anatel.gov.br/dados/index.php/destaque-1/283-movel--acessos-maio>. Acesso em: 05
maio 2016.

UNIDADE IV Sistemas Operacionais para Dispositivos Móveis 96


CONCLUSÃO

Caro(a) aluno(a), assim terminamos nossa jornada! Foram 4 unidades que


passearam por diversos temas importantes, os quais giram em torno da Tecnologia e
Mobilidade.
Inicialmente, na unidade I, procuramos abordar conteúdos interessantes e que lhe
ajudaram a posicionar sobre a mobilidade. Foram apresentados os benefícios da tecnologia
móvel no mundo atual e a importância dos serviços de localização oferecidos, os quais são
hoje uma das principais aplicações de um smartphone, já que a partir disso, podemos nos
localizar em qualquer lugar, seja para o quesito comercial ou não. Vimos também sobre a
importância de se estar conectado no mundo atual.
Na unidade II, focamos o conteúdo para as pessoas desenvolvedoras, e todos os
outros perfis envolvidos na produção de um software. Dentre os perfis envolvidos, citamos
os gerentes de projetos, implantadores, analistas, testadores e donos de produtos.
Na unidade III, vimos sobre o desenvolvimento nativo e foi feito o primeiro programa.
Não foi abordado sobre desenvolvimento híbrido, uma vez que vendo o desenvolvimento
nativo observamos sobre os principais pontos do desenvolvimento.
Por fim, na unidade IV, você compreendeu um pouco mais sobre sistemas
operacionais mobile e a expansão do celular. Vimos também sobre as diferenças existentes
das tecnologias móveis, bem como a forma como serviços de localização e o uso dos
dispositivos móveis podem auxiliar no mundo dos negócios.
Espero que as considerações debatidas no decorrer de toda sua leitura tenham
sido válidas para a sua construção de conhecimento. Afinal, com o dinamismo que paira no
conceito desta palavra tão disseminada hoje em dia, “Conhecimento”, as engrenagens do
seu cérebro precisam ser lubrificadas constantemente.
Não pare por aqui! Vamos em frente!
Um abraço!

UNIDADE IV Sistemas Operacionais para Dispositivos Móveis 97

Você também pode gostar