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Hoje em dia é raro o negócio que não precisa de lidar com o mundo digital, e aqueles que resistem

fazê-lo depressa ficarão para trás. Por isso, o sucesso de qualquer negócio está intimamente ligado
à sua capacidade de lidar com tecnologias e de as usar a seu favor. É aqui que entram as
competências digitais.

Independentemente de serem freelancers, empreendedores ou trabalhadores por conta de outrem, já não


basta alguém dominar um idioma ou ter uma formação superior que lhe permita trabalhar numa
determinada indústria.

Para ter sucesso no meio profissional, é imprescindível ter competências digitais. Isto porque são elas que
facilitarão uma evolução contínua, que será vital para trabalhadores e negócios em qualquer indústria.

O que são as competências digitais?


Segundo o documento de análise das ações da União Europeia para combater o défice de competências
digitais, em 2019, ainda 35% da população ativa entre os 25 e os 64 anos não possuía competências
digitais básicas. No entanto, estas são cada vez mais importantes no mercado de trabalho.

Ter competências digitais não significa apenas aprender a utilizar um determinado programa. Significa ter
um conjunto de habilidades e atitudes que permitem uma facilidade em lidar com diversos
dispositivos, sistemas e plataformas digitais. Isto para que cada pessoa tenha mais autonomia e
versatilidade, seja no trabalho ou até na sua vida pessoal.

De acordo com o Quadro de Referência Europeu, a competência digital é uma das oito competências
essenciais para a aprendizagem ao longo da vida. Ela é definida como a capacidade de utilização
segura e crítica das tecnologias no trabalho, nos tempos livres e na comunicação.

Qual a importância das competências digitais para os negócios?


Qualquer negócio que queira tirar o maior partido das tecnologias, e acompanhar a evolução do mundo
digital, precisa de colaboradores que tenham competências digitais. Isto porque são elas que vão
permitir:

 Melhor gestão do tempo: graças ao conhecimento necessário para utilizar softwares que permitam a
automação de tarefas e dispositivos que agilizam as funções dos trabalhadores. Tudo isto permitirá
cumprir os prazos definidos e, em alguns casos, encurtá-los.

 Otimização de custos: muitas das tecnologias de que dispomos permitem uma redução do desperdício
de recursos e aumentar a produtividade sem elevar custos de produção. Isto leva a uma relação custo-
benefício mais vantajosa para os negócios que lhes permite produzir cada vez mais por menos.

 Maior criatividade e inovação: a transformação digital permitiu aos trabalhadores refletir sobre questões
e desafios rotineiros de forma a encontrar soluções criativas e inovadoras. Trabalhadores com
competências digitais são mais proativos e autónomos no que toca a antecipar imprevistos e reagir a
situações adversas.
 Administração mais eficiente: permite um melhor manuseamento de computadores, tablets,
smartphones, aplicações e outros recursos digitais. Estes irão facilitar a comunicação entre os diferentes
departamentos de uma empresa e acesso a mais informações. A interação entre todas estas ferramentas
digitais também permite aumentar a eficiência de tarefas rotineiras.

Que competências digitais existem?


Segundo o programa INCoDe.2030, as competências digitais dividem-se nas seguintes áreas:

 Dispositivos tecnológicos: ser capaz de diferenciar dispositivos tecnológicos e os seus diferentes


componentes.

 Literacia da informação: saber pesquisar, gerir e analisar informação digital. Para isto é preciso que haja
uma compreensão da lógica de pesquisa e uma capacidade de distinguir qual é a informação
verdadeiramente relevante. Isto irá permitir economizar os recursos de uma empresa.

 Comunicação e cidadania: entender os diferentes canais de comunicação de forma a que haja uma
interação eficaz com o cliente. Esta interação acontece desde o momento em que é feito o pedido de
informação e até ao suporte pós-venda. Por outro lado, para que a colaboração com os restantes membros
da equipa também seja a mais eficiente.

 Criação de conteúdos: utilizar as várias plataformas e ferramentas para criar, modificar, gerir e partilhar
conteúdos nos diferentes formatos (texto, imagem, áudio, vídeo, etc.) em ambiente digital. Também é
importante reconhecer os direitos de propriedade intelectual e licenças de utilização de conteúdo produzido
por terceiros.

 Segurança e privacidade: entender quais são as ameaças que as empresas enfrentam no meio digital e
saber prevenir eventuais falhas, controlando o acesso a informação privada e sensível.

 Desenvolvimento de soluções: mais importante do que analisar a informação é saber interpretá-la de


forma crítica. Isto irá permitir identificar necessidades e possíveis problemas em ambiente digital e elaborar
estratégias para os resolver.

Como promover o desenvolvimento de competências digitais no seu negócio?


As competências digitais devem estar em constante atualização e expansão, uma vez que a tecnologia
também está constantemente a evoluir. Isto também implica que uma formação constante não é suficiente.
É preciso criar oportunidades para pôr esse conhecimento em prática.

Apenas através da prática é que freelancers, empreendedores e trabalhadores irão perceber a


vantagem de desenvolver estas capacidades. Isto irá motivá-los a continuar o processo de
constante aprendizagem.

Para isso, os freelancers e empreendedores devem participar em ações de formação, workshops e outros
cursos que lhes permitam adquirir novas competências digitais. Para além disso, as pequenas e médias
empresas também deverão proporcionar essa oportunidade aos seus trabalhadores.

Foi com o intuito de ajudar a promover o desenvolvimento das competências digitais que o Governo
português criou a “Iniciativa Nacional Competências Digitais e.2030”. Este programa disponibiliza no seu
site vários kits de aprendizagem que podem ser consultados por todos os que pretendem desenvolver as
suas competências digitais.

BLOG: Sabe o que são competências digitais e como pode desenvolvê-las? | Invoicexpress
Wikipedia:
Ambiente digital é um espaço de interação remota, existindo em três tipos:

-entre sujeito-sujeito (como quando participamos de uma chamada de vídeo ou nos comunicamos por texto e
áudio),

-sujeito-plataforma (como quando interagimos com mensagens pré-programadas em WhatsApp de conta


comercial)

- plataforma-plataforma (como quando no cruzamento e compartilhamento de dados entre aplicações). Essas


interações são possibilitadas por intermédio das tecnologias de software e hardware, utilizando-se de
interconexões viabilizadas pela internet.

Contextualização
Com a terceira revolução industrial, após a Segunda Guerra Mundial, inúmeros avanços tecnológicos
sucederam-se até os dias atuais, como a robótica, genética, informática, telecomunicações, eletrônica, etc.
Dentre os tais, a internet e seus fenômenos.
Criada em 1969, a Arpanet (como até então se chamava) interligava laboratórios de pesquisa nos Estados
Unidos e pertencia ao Departamento de Defesa norte-americano, garantido a comunicação entre militares e
cientistas.[1]
Em 1982, agora com o nome de internet, a tecnologia de rede começou a expansão para outros países, tendo
seu uso comercial liberado em 1987. Uma década depois, o Laboratório Europeu de Física e Partículas
inventou a World Wide Web, comportando inserção de informações e dados acessíveis a qualquer usuário
conectado em qualquer parte do mundo.[1]
Como o mundo atual cada vez mais informatizado e dinâmico, eclodem com amplitudes outrora inimagináveis,
os ambientes digitais.

Terminologia
Segundo o dicionário Michaelis, a palavra “ambiente”[2] (do latim lat ambiens) pode fazer referência àquilo que
envolve ou circunda os seres vivos ou coisas e constitui o meio em que se encontram. Ainda segundo o mesmo
dicionário, a palavra “digital”[3] (do latim lat digitalis) pode fazer menção (dentre outros significados)
a computador que opera com quantidades numéricas ou informações expressas por algarismos, bem como a
dispositivo que opera com valores binários.
Poderíamos encontra a significação para o termo “ambientes digitais” naquilo a que se refere às plataformas
virtuais criadas a partir de algoritmos computacionais e eletrônicos numa linguagem informatizada, seguindo
parâmetros lógicos de programação binária para fim de uma interação responsiva, irrompendo dos espaços
físicos que nos rodeiam.

Ambientes digitais e suas propriedades


Os ambientes digitais proporcionam interatividade e possibilidades quase que infinitas de exploração,
pesquisa e navegabilidade. Segundo a autora Janet Murray, esses ambientes possuem quatro propriedades:
procedimental, participativa, espacial e enciclopédica.[4]
Procedimental
São procedimentais, pois há uma série de regras pré-programadas para que se comportem de maneira
complexa e aleatória, reagindo aos comandos de seus usuários através de mecanismos de inteligência
computacional.
Participativa
São participativos, apresentando uma variedade de escolhas por meio de ramificações, menus e links,
possibilitando interações diversas. O ambiente digital é programado para assimilar e corresponder ao
comportamento do usuário, dado a este, a depender da plataforma, determinado leque de interações possíveis.
Espacial
São espaciais, já que seus espaços são navegáveis e podemos nos mover dentro deles.
Enciclopédica
São enciclopédicos, comportando o armazenamento de dados e informações em quantidade gigantesca,
podendo ser acessível em qualquer parte do mundo se compartilhados na internet.

Ambientes digitais e os generos textuais


O mundo informatizado da sociedade contemporânea exige dos indivíduos não somente habilidades para o uso
dos recursos tecnológicos, como também para comunicar-se com eficiência, transitando pelos variados gêneros
que circulam nos ambientes digitais, segundo os elementos textuais que os constituem. Com o avanço
das TICs, surgem novas práticas de leitura e escrita, propiciadas principalmente pelos usos do computador e
do smartphone, associados à internet. Essas novas práticas comunicacionais contam, além do processo de
leitura e escrita, com a presença de recursos multisemióticos e multimidiáticos [5], incorporando imagens, sons,
vídeos e links. Conforme os estudos de Mikhail Bakhtin, os gêneros discursivos são fenômenos sociais
concretos e únicos, constituídos historicamente nas atividades humanas, caracterizados por uma forma básica
mais ou menos estável, porém, suscetível a determinadas modificações e adaptações [6]. Deste modo,
o ambiente digital proporcionou o surgimento dos gêneros digitais, alguns como novos, outros como
reformulação e variação de outros. Todavia, se personificam nas telas em forma de hipertexto[nota 1].

Exemplos de gêneros digitais

 E-mail
 Post[nota 2]
 Chat
 Blog

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