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SIMULADOS/QUESTÕES
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Questão 1: IDECAN -
Projeto de Lei do governo retira dos Bombeiros competência para fiscalizar obras
1 MANAUS – Um Projeto de Lei do governo do estado do Amazonas, em tramitação na Assembleia
Legislativa (ALE), que estava 2 previsto para ser votado dia 7, retira do Corpo de Bombeiros Militar do
Amazonas a competência para realizar vistorias e emitir 3 laudos sobre os sistemas de incêndio de obras
e edificações até a emissão do Habite-se. Atualmente, o Corpo de Bombeiros emite 4 parecer sobre o
projeto básico da obra, atestando sua regularidade, e outro, no final do serviço, para comprovar se a
construtora 5 cumpriu o que estava previsto.

6 O Projeto de Lei altera a Lei 2.812, de 17 de julho de 2003, que institui o Sistema de Segurança contra
Incêndio e Pânico em 7 Edificações e Áreas de Risco. A mudança é feita em uma palavra no Parágrafo
3° do Artigo 3° da Lei. A redação atual estabelece 8 que “Os municípios se obrigam a autorizar o Corpo
de Bombeiros Militar a se pronunciar nos processos referentes às hipóteses de 9 que trata o caput do
artigo”. Na nova redação, a expressão “se pronunciar” é substituída por “fiscalizar”, ficando assim o
Parágrafo 10 3°: “Os municípios obrigam-se a autorizar o Corpo de Bombeiros Militar a fiscalizar os
sistemas e projetos referentes às hipóteses 11 de que trata o caput do artigo”.

12 Com a mudança, o Corpo de Bombeiros deixa de emitir parecer sobre os projetos e todo o processo
de construção das 13 edificações, uma vez que não há mais obrigação de “se pronunciar”, mas apenas
de fiscalizar. Tal fiscalização, no entanto, pode 14 ser feita a qualquer tempo.

15 A intenção, com a mudança, de acordo com o governo, é acelerar a emissão de vistorias e desafogar
a demanda do Corpo de 16 Bombeiros. O Projeto é defendido pelo Conselho Regional de Engenharia e
Agronomia do Amazonas (CREA-AM) e pela Federação 17 das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM),
apesar de haver resistências do próprio Corpo de Bombeiros. Em reunião realizada 18 na manhã desta
terça-feira, na sala da presidência da ALE, o Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros em exercício,
coronel 19 Fernando Sérgio Austregésilo, posicionou-se contra a matéria e disse que a mudança não é a
solução.

20 Fernando Sérgio defende que sejam feitos investimentos no aparelhamento e efetivo do Corpo de
Bombeiros. “Como todo órgão 21 público, nós temos deficiência de atendimento porque a demanda é
maior que a oferta. Temos que investir em efetivo e 22 aparelhamento”, disse. A sugestão do Corpo de
Bombeiros é que a mudança atinja apenas pequenas empresas, mantendo a 23 exigência de vistoria no
projeto para empresas de médio e grande portes. A medida, segundo o coronel, reduziria os riscos à 24
população.

25 Antes de o Projeto de Lei chegar à ALE, o Corpo de Bombeiros já travava uma batalha com o CREA-
AM a respeito da vistoria 26 de obras.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


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27 No dia 13 de fevereiro deste ano, o CREA-AM enviou um ofício ao Comando-Geral do Corpo de


Bombeiros solicitando quais 28 profissionais do quadro técnico da instituição analisam os projetos de
combate a incêndio e desempenham atividades técnicas de 29 engenharia e agronomia.

30 A resposta não chegou e, no dia 6 de abril, um novo documento foi enviado pelo CREA-AM pedindo
as mesmas informações, 31 mas com tom ameaçador. A entidade dizia, no fim do documento, que caso
não fosse observado o prazo para a resposta, seria 32 lavrado um auto de infração, com base na Lei
5.195/1966.

Disponível em: https://amazonasatual.com.br/projeto-de-lei-do-governo-retira-dos-bombeiros-competencia-para-fiscalizar-


obras/. Acesso em: 3 out. 2022. (Parcial e adaptado.)
De acordo com o texto, é correto afirmar que
a) foram aprovadas as mudanças nas vistorias pelo Corpo de Bombeiros Militar.
b) foi aprovada a alteração no Projeto de Lei que regulamenta as vistorias em edificações.
c) estão em discussão mudanças substanciais nas vistorias e nos laudos em edificações.
d) ficou decidido que o Corpo de Bombeiros Militar fará os laudos nas edificações.
e) ficou decidido que CREA-AM e FIEAM farão revisão no Projeto de Lei.

Questão 2: IDECAN -
Projeto de Lei do governo retira dos Bombeiros competência para fiscalizar obras
1 MANAUS – Um Projeto de Lei do governo do estado do Amazonas, em tramitação na Assembleia
Legislativa (ALE), que estava 2 previsto para ser votado dia 7, retira do Corpo de Bombeiros Militar do
Amazonas a competência para realizar vistorias e emitir 3 laudos sobre os sistemas de incêndio de obras
e edificações até a emissão do Habite-se. Atualmente, o Corpo de Bombeiros emite 4 parecer sobre o
projeto básico da obra, atestando sua regularidade, e outro, no final do serviço, para comprovar se a
construtora 5 cumpriu o que estava previsto.

6 O Projeto de Lei altera a Lei 2.812, de 17 de julho de 2003, que institui o Sistema de Segurança contra
Incêndio e Pânico em 7 Edificações e Áreas de Risco. A mudança é feita em uma palavra no Parágrafo
3° do Artigo 3° da Lei. A redação atual estabelece 8 que “Os municípios se obrigam a autorizar o Corpo
de Bombeiros Militar a se pronunciar nos processos referentes às hipóteses de 9 que trata o caput do
artigo”. Na nova redação, a expressão “se pronunciar” é substituída por “fiscalizar”, ficando assim o
Parágrafo 10 3°: “Os municípios obrigam-se a autorizar o Corpo de Bombeiros Militar a fiscalizar os
sistemas e projetos referentes às hipóteses 11 de que trata o caput do artigo”.

12 Com a mudança, o Corpo de Bombeiros deixa de emitir parecer sobre os projetos e todo o processo
de construção das 13 edificações, uma vez que não há mais obrigação de “se pronunciar”, mas apenas
de fiscalizar. Tal fiscalização, no entanto, pode 14 ser feita a qualquer tempo.

15 A intenção, com a mudança, de acordo com o governo, é acelerar a emissão de vistorias e desafogar
a demanda do Corpo de 16 Bombeiros. O Projeto é defendido pelo Conselho Regional de Engenharia e
Agronomia do Amazonas (CREA-AM) e pela Federação 17 das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM),
apesar de haver resistências do próprio Corpo de Bombeiros. Em reunião realizada 18 na manhã desta
terça-feira, na sala da presidência da ALE, o Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros em exercício,
coronel 19 Fernando Sérgio Austregésilo, posicionou-se contra a matéria e disse que a mudança não é a
solução.

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20 Fernando Sérgio defende que sejam feitos investimentos no aparelhamento e efetivo do Corpo de
Bombeiros. “Como todo órgão 21 público, nós temos deficiência de atendimento porque a demanda é
maior que a oferta. Temos que investir em efetivo e 22 aparelhamento”, disse. A sugestão do Corpo de
Bombeiros é que a mudança atinja apenas pequenas empresas, mantendo a 23 exigência de vistoria no
projeto para empresas de médio e grande portes. A medida, segundo o coronel, reduziria os riscos à 24
população.

25 Antes de o Projeto de Lei chegar à ALE, o Corpo de Bombeiros já travava uma batalha com o CREA-
AM a respeito da vistoria 26 de obras.

27 No dia 13 de fevereiro deste ano, o CREA-AM enviou um ofício ao Comando-Geral do Corpo de


Bombeiros solicitando quais 28 profissionais do quadro técnico da instituição analisam os projetos de
combate a incêndio e desempenham atividades técnicas de 29 engenharia e agronomia.

30 A resposta não chegou e, no dia 6 de abril, um novo documento foi enviado pelo CREA-AM pedindo
as mesmas informações, 31 mas com tom ameaçador. A entidade dizia, no fim do documento, que caso
não fosse observado o prazo para a resposta, seria 32 lavrado um auto de infração, com base na Lei
5.195/1966.

Disponível em: https://amazonasatual.com.br/projeto-de-lei-do-governo-retira-dos-bombeiros-competencia-para-fiscalizar-


obras/. Acesso em: 3 out. 2022. (Parcial e adaptado.)
Conforme o texto, é correto afirmar que
a) o CREA-AM está questionando as mudanças sugeridas no Projeto de Lei aprovado pela ALE.
b) os técnicos da ALE são os responsáveis pela mudança no documento que altera a emissão de laudos
e pareceres.
c) o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas é quem emite pareceres e laudos nas edificações.
d) o Sistema de Segurança contra Incêndio e Pânico em Edificações e Áreas de Risco existe desde 1966.
e) a FIEAM deseja que o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas seja o responsável pela emissão de
laudos e pareceres.

Questão 3: IDECAN -
Projeto de Lei do governo retira dos Bombeiros competência para fiscalizar obras
1 MANAUS – Um Projeto de Lei do governo do estado do Amazonas, em tramitação na Assembleia
Legislativa (ALE), que estava 2 previsto para ser votado dia 7, retira do Corpo de Bombeiros Militar do
Amazonas a competência para realizar vistorias e emitir 3 laudos sobre os sistemas de incêndio de obras
e edificações até a emissão do Habite-se. Atualmente, o Corpo de Bombeiros emite 4 parecer sobre o
projeto básico da obra, atestando sua regularidade, e outro, no final do serviço, para comprovar se a
construtora 5 cumpriu o que estava previsto.

6 O Projeto de Lei altera a Lei 2.812, de 17 de julho de 2003, que institui o Sistema de Segurança contra
Incêndio e Pânico em 7 Edificações e Áreas de Risco. A mudança é feita em uma palavra no Parágrafo
3° do Artigo 3° da Lei. A redação atual estabelece 8 que “Os municípios se obrigam a autorizar o Corpo
de Bombeiros Militar a se pronunciar nos processos referentes às hipóteses de 9 que trata o caput do
artigo”. Na nova redação, a expressão “se pronunciar” é substituída por “fiscalizar”, ficando assim o
Parágrafo 10 3°: “Os municípios obrigam-se a autorizar o Corpo de Bombeiros Militar a fiscalizar os
sistemas e projetos referentes às hipóteses 11 de que trata o caput do artigo”.

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12 Com a mudança, o Corpo de Bombeiros deixa de emitir parecer sobre os projetos e todo o processo
de construção das 13 edificações, uma vez que não há mais obrigação de “se pronunciar”, mas apenas
de fiscalizar. Tal fiscalização, no entanto, pode 14 ser feita a qualquer tempo.

15 A intenção, com a mudança, de acordo com o governo, é acelerar a emissão de vistorias e desafogar
a demanda do Corpo de 16 Bombeiros. O Projeto é defendido pelo Conselho Regional de Engenharia e
Agronomia do Amazonas (CREA-AM) e pela Federação 17 das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM),
apesar de haver resistências do próprio Corpo de Bombeiros. Em reunião realizada 18 na manhã desta
terça-feira, na sala da presidência da ALE, o Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros em exercício,
coronel 19 Fernando Sérgio Austregésilo, posicionou-se contra a matéria e disse que a mudança não é a
solução.

20 Fernando Sérgio defende que sejam feitos investimentos no aparelhamento e efetivo do Corpo de
Bombeiros. “Como todo órgão 21 público, nós temos deficiência de atendimento porque a demanda é
maior que a oferta. Temos que investir em efetivo e 22 aparelhamento”, disse. A sugestão do Corpo de
Bombeiros é que a mudança atinja apenas pequenas empresas, mantendo a 23 exigência de vistoria no
projeto para empresas de médio e grande portes. A medida, segundo o coronel, reduziria os riscos à 24
população.

25 Antes de o Projeto de Lei chegar à ALE, o Corpo de Bombeiros já travava uma batalha com o CREA-
AM a respeito da vistoria 26 de obras.

27 No dia 13 de fevereiro deste ano, o CREA-AM enviou um ofício ao Comando-Geral do Corpo de


Bombeiros solicitando quais 28 profissionais do quadro técnico da instituição analisam os projetos de
combate a incêndio e desempenham atividades técnicas de 29 engenharia e agronomia.

30 A resposta não chegou e, no dia 6 de abril, um novo documento foi enviado pelo CREA-AM pedindo
as mesmas informações, 31 mas com tom ameaçador. A entidade dizia, no fim do documento, que caso
não fosse observado o prazo para a resposta, seria 32 lavrado um auto de infração, com base na Lei
5.195/1966.

Disponível em: https://amazonasatual.com.br/projeto-de-lei-do-governo-retira-dos-bombeiros-competencia-para-fiscalizar-


obras/. Acesso em: 3 out. 2022. (Parcial e adaptado.)
É correto afirmar que o Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros
a) aponta que as vistorias precisam ocorrer apenas na conclusão das obras e não no início delas.
b) reconhece que são necessárias mudanças para melhorar as vistorias feitas nas edificações.
c) exige solução do governo do Amazonas para o impasse instaurado em função do novo Projeto de Lei.
d) sugere que sejam revisadas cláusulas do Projeto de Lei.
e) entende que as mudanças resolverão os problemas atuais.

Questão 4: INEP (ENEM) -

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TEXTO II

Nas ruas, na cidade e no parque Ninguém nunca prendeu o Delegado. O vaivém de rua em rua e sua longa
vida são relembrados e recontados. Exemplo de sobrevivência, liderança, inteligência canina, desde
pequenininho seu focinho negro e seus olhos delineados desenharam um mapa mental olfativo-visual de
Lavras. Corria de quem precisava correr e se aproximava de quem não lhe faria mal, distinguia este daquele.
Assim, tornou-se um cão comunitário. Nunca se soube por que escolheu a rua, talvez lhe tenham feito mal
dentro de quatro paredes. Idoso, teve câncer e desapareceu. O querido foi procurado pela cidade inteira por
duas protetoras, mas nunca encontrado.

COSTA, A. R. N. Viver o amor aos cães: Parque Francisco de Assis. Carmo do Cachoeira: Irdin, 2014 (adaptado).
Os dois textos abordam a temática de animais de rua, porém, em relação ao Texto I, o Texto II
a) problematiza a necessidade de adoção de animais sem lar.
b) valida a troca afetiva entre os pets adotados e seus donos.
c) reforça a importância da campanha de adoção de animais.
d) exalta a natureza amigável de cães e de gatos.
e) promove a campanha de adoção de animais.

Questão 5: INEP (ENEM) -


É ruivo? Tem olhos azuis? É homem ou mulher? Usa chapéu? Quem jogou Cara a Cara na infância sabe de
cor o roteiro de perguntas para adivinhar quem é o personagem misterioso do seu oponente.

Agora, o jogo está prestes a ganhar uma nova versão. A designer polonesa Zuzia Kozerska-Girard está
desenvolvendo uma variação do Guess Who? (nome do Cara a Cara em inglês), em que as personalidades
do tabuleiro são, na verdade, mulheres notáveis da história e da atualidade, como a artista Frida Kahlo, a
ativista Malala Yousafzai, a astronauta Valentina Tereshkova e a aviadora Amelia Earhart. O Who’s She?
(“Quem é ela?”, em português) traz, no total, 28 mulheres que representam diversas profissões, nacionalidades
e idades.

A ideia é que, em vez de perguntar sobre a aparência das personagens, as questões sejam direcionadas aos
feitos delas: ganhou algum Nobel, fez alguma descoberta? Para cada personagem há um cartão com fatos
divertidos e interessantes sobre sua vida. Uma campanha entrou no ar com o objetivo de arrecadar dinheiro
para desenvolver o Who’s She?. A meta inicial era reunir 17 mil dólares. Oito dias antes de a campanha acabar,

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o projeto já angariou quase 350 mil dólares. A chegada do jogo à casa do comprador varia de acordo com a
quantia doada — quanto mais você doou, mais rápido vai poder jogar.

Disponível em: www.super.abril.com.br. Acesso em: 4 dez. 2018 (adaptado).


Ao divulgar a adaptação do jogo para questões relativas a ações e habilidades de mulheres notáveis, o
texto busca
a) contribuir para a formação cidadã dos jogadores.
b) refutar modelos estereotipados de beleza e elegância.
c) estimular a competitividade entre potenciais compradores.
d) exemplificar estratégias de arrecadação financeira pela internet.
e) desenvolver conhecimentos lúdicos específicos dos tempos atuais.

Questão 6: INEP (ENEM) -

Para convencer o público-alvo sobre a necessidade de um trânsito mais seguro, essa peça publicitária
apela para o(a)
a) sentimento de culpa provocado no condutor causador de acidentes.
b) dano psicológico causado nas vítimas da violência nas estradas.
c) importância do monitoramento do trânsito pelas autoridades competentes.
d) necessidade de punição a motoristas alcoolizados envolvidos em acidentes.
e) sofrimento decorrente da perda de entes queridos em acidentes automobilísticos.

Questão 7: INEP (ENEM) -


Ciente de que, no campo da criação, as inovações tecnológicas abrem amplo leque de possibilidades — ao
permitir, e mesmo estimular, que o artista explore a fundo, em seu processo criativo, questões como a
aleatoriedade, o acaso, a não linearidade e a hipermídia —, Leo Cunha comenta que, no que tange ao campo
da divulgação, as alternativas são ainda mais evidentes: “Afinal, é imensa a capacidade de reprodução,
multiplicação e compartilhamento das obras artísticas/culturais. Ao mesmo tempo, ganham dimensão os
dilemas envolvidos com a questão da autoria, dos direitos autorais, da reprodução e intervenção não
autorizadas, entre outras questões”. Já segundo a professora Yacy-Ara Froner, o uso de ferramentas
tecnológicas não pode ser visto como um fim em si mesmo. Isso porque computadores, samplers, programas
de imersão, internet e intranet, vídeo, televisão, rádio, GPD etc. são apenas suportes com os quais os artistas
exercem sua imaginação.

SILVA JR., M. G. Movidas pela dúvida. Minas faz Ciências, n. 52, dez.-fev. 2013 (adaptado).
Segundo os autores citados no texto, a expansão de possibilidades no campo das manifestações artísticas
promovida pela internet pode pôr em risco o(a)

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a) sucesso dos artistas.


b) valorização dos suportes.
c) proteção da produção estética.
d) modo de distribuição de obras.
e) compartilhamento das obras artísticas.

Questão 8: INEP (ENEM) -


Ora, sempre que surge uma nova técnica, ela quer demonstrar que revogará as regras e coerções que
presidiram o nascimento de todas as outras invenções do passado. Ela se pretende orgulhosa e única. Como
se a nova técnica carreasse com ela, automaticamente, para seus novos usuários, uma propensão natural a
fazer economia de qualquer aprendizagem. Como se ela se preparasse para varrer tudo que a precedeu, ao
mesmo tempo transformando em analfabetos todos os que
ousassem repeli-la.

Fui testemunha dessa mudança ao longo de toda a minha vida. Ao passo que, na realidade, é o contrário que
acontece. Cada nova técnica exige uma longa iniciação numa nova linguagem, ainda mais longa na medida
em que nosso espírito é formatado pela utilização das linguagens que precederam o nascimento da recém-
chegada.

ECO, U.; CARRIÈRE, J.-C. Não contem com o fim do livro. Rio de Janeiro: Record, 2010 (adaptado).
O texto revela que, quando a sociedade promove o desenvolvimento de uma nova técnica, o que mais
impacta seus usuários é a
a) dificuldade na apropriação da nova linguagem.
b) valorização da utilização da nova tecnologia.
c) recorrência das mudanças tecnológicas.
d) suplantação imediata dos conhecimentos prévios.
e) rapidez no aprendizado do manuseio das novas invenções.

Questão 9: INEP (ENEM) -


Papos

— Me disseram...
— Disseram-me.
— Hein?
— O correto é “disseram-me”. Não “me disseram”.
— Eu falo como quero. E te digo mais... Ou é “digo-te”?
— O quê?
— Digo-te que você...
— O “te” e o “você” não combinam.
— Lhe digo?
— Também não. O que você ia me dizer?
— Que você está sendo grosseiro, pedante e
chato. [...]
— Dispenso as suas correções. Vê se esquece-me.
Falo como bem entender. Mais uma correção e eu...
— O quê?
— O mato.
— Que mato?

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— Mato-o. Mato-lhe. Mato você. Matar-lhe-ei-te.


Ouviu bem? Pois esqueça-o e para-te. Pronome
no lugar certo é elitismo!
— Se você prefere falar errado...
— Falo como todo mundo fala. O importante é me
entenderem. Ou entenderem-me?

VERISSIMO, L. F. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001 (adaptado).
Nesse texto, o uso da norma-padrão defendido por um dos personagens torna-se inadequado em razão
do(a)
a) falta de compreensão causada pelo choque entre gerações.
b) contexto de comunicação em que a conversa se dá.
c) grau de polidez distinto entre os interlocutores.
d) diferença de escolaridade entre os falantes.
e) nível social dos participantes da situação.

Questão 10: INEP (ENEM) -


São vários os fatores, internos e externos, que influenciam os hábitos das pessoas no acesso à internet, assim
como nas práticas culturais realizadas na rede. A utilização das tecnologias de informação e comunicação está
diretamente relacionada aos aspectos como: conhecimento de seu uso, acesso à linguagem letrada, nível de
instrução, escolaridade, letramento digital etc. Os que detêm tais recursos (os mais escolarizados) são os que
mais acessam a rede e também os que possuem maior índice de acumulatividade das práticas. A análise dos
dados nos possibilita dizer que a falta de acesso à rede repete as mesmas adversidades e exclusões já
verificadas na sociedade brasileira no que se refere a analfabetos, menos escolarizados, negros, população
indígena e desempregados. Isso significa dizer que a internet, se não produz diretamente a
exclusão, certamente a reproduz, tendo em vista que os que mais a acessam são justamente os mais jovens,
escolarizados, remunerados, trabalhadores qualificados, homens e brancos.

SILVA, F. A. B.; ZIVIANE, P.; GHEZZI, D. R. As tecnologias digitais e seus usos. Brasília; Rio de Janeiro: Ipea, 2019 (adaptado).
Ao analisarem a correlação entre os hábitos e o perfil socioeconômico dos usuários da internet no Brasil,
os pesquisadores
a) apontam o desenvolvimento econômico como solução para ampliar o uso da rede.
b) questionam a crença de que o acesso à informação é igualitário e democrático.
c) afirmam que o uso comercial da rede é a causa da exclusão de minorias.
d) refutam o vínculo entre níveis de escolaridade e dificuldade de acesso.
e) condicionam a expansão da rede à elaboração de políticas inclusivas.

Questão 11: INEP (ENEM) -


TEXTO I
A língua não é uma nomenclatura, que se apõe a uma realidade pré-categorizada, ela é que classifica a
realidade. No léxico, percebe-se, de maneira mais imediata, o fato de que a língua condensa as experiências
de um dado povo.

FIORIN, J. L. Língua, modernidade e tradição. Diversitas, n. 2, mar.-set. 2014.

TEXTO II

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As expressões coloquiais ainda estão impregnadas de discriminação contra os negros. Basta recordar algumas
delas, como passar um “dia negro”, ter um “lado negro”, ser a “ovelha negra” da família ou praticar “magia
negra”.

Disponível em: https://brasil.elpais.com. Acesso em: 22 maio 2018.


O Texto II exemplifica o que se afirma no Texto I, na medida em que defende a ideia de que as escolhas
lexicais são resultantes de um
a) expediente próprio do sistema linguístico que nos apresenta diferentes possibilidades para traduzir
estados de coisas.
b) ato inventivo de nomear novas realidades que surgem diante de uma comunidade de falantes de
uma língua.
c) mecanismo de apropriação de formas linguísticas que estão no acervo da formação do idioma
nacional.
d) processo de incorporação de preconceitos que são recorrentes na história de uma sociedade.
e) recurso de expressão marcado pela objetividade que se requer na comunicação diária.

Questão 12: INEP (ENEM) -

Considerando-se a função social dos posts, essa imagem evidencia a apropriação de outro gênero com o
objetivo de
a) promover o uso adequado de campanhas publicitárias do governo.
b) divulgar o projeto sobre transparência da administração pública.
c) responsabilizar o cidadão pelo controle dos gastos públicos.
d) delegar a gestão de projetos de lei ao contribuinte.
e) assegurar a fiscalização dos gastos públicos.

Questão 13: INEP (ENEM) -

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Ela era linda. Gostava de dançar, fazia teatro em São Paulo e sonhava ser atriz em Hollywood. Tinha 13 anos
quando ganhou uma câmera de vídeo — e uma irmã. As duas se tornaram suas companheiras de
experimentações. Adolescente, Elena vivia a criar filminhos e se empenhava em dirigir a pequena Petra nas
cenas que inventava. Era exigente com a irmã. E acreditava
no potencial da menina para satisfazer seus arroubos de diretora precoce. Por cinco anos, integrou algumas
das melhores companhias paulistanas de teatro e participou de preleções para filmes e trabalhos na TV. Nunca
foi chamada. No início de 1990, Elena tinha 20 anos quando se mudou para Nova York para cursar artes
cênicas e batalhar uma chance no mercado americano. Deslocada, ansiosa, frustrada após alguns testes de
elenco malsucedidos, decepcionada com a ausência de reconhecimento e vitimada por uma depressão que
se agravava com a falta de perspectivas, Elena pôs fim à vida no segundo semestre. Petra tinha 7 anos. Vinte
anos depois, é ela, a irmã caçula, que volta a Nova York para percorrer os últimos passos da irmã, vasculhar
seus arquivos e transformar suas memórias em imagem e poesia.

Elena é um filme sobre a irmã que parte e sobre a irmã que fica. É um filme sobre a busca, a perda, a saudade,
mas também sobre o encontro, o legado, a memória. Um filme sobre a Elena de Petra e sobre a Petra de
Elena, sobre o que ficou de uma na outra e, essencialmente, um filme sobre a delicadeza.

VANUCHI, C. Época, 19 out. 2012 (adaptado).


O texto é exemplar de um gênero discursivo que cumpre a função social de
a) narrar, por meio de imagem e poesia, cenas da vida das irmãs Petra e Elena.
b) descrever, por meio das memórias de Petra, a separação de duas irmãs.
c) sintetizar, por meio das principais cenas do filme, a história de Elena.
d) lançar, por meio da história de vida do autor, um filme autobiográfico.
e) avaliar, por meio de análise crítica, o filme em referência.

Questão 14: INEP (ENEM) -


PALAVRA – As gramáticas classificam as palavras em substantivo, adjetivo, verbo, advérbio, conjunção,
pronome, numeral, artigo e preposição. Os poetas classificam as palavras pela alma porque gostam de brincar
com elas, e para brincar com elas é preciso ter intimidade primeiro. É a alma da palavra que define, explica,
ofende ou elogia, se coloca entre o significante e o significado para dizer o que quer, dar sentimento às coisas,
fazer sentido. A palavra nuvem chove. A palavra triste chora. A palavra sono dorme. A palavra tempo passa.
A palavra fogo queima. A palavra faca corta. A palavra carro corre. A palavra “palavra” diz. O que quer. E
nunca desdiz depois. As palavras têm corpo e alma, mas são diferentes das pessoas em vários pontos. As
palavras dizem o que querem, está dito, e pronto.

FALCÃO, A. Pequeno dicionário de palavras ao vento. São Paulo: Salamandra, 2013 (adaptado).
Esse texto, que simula um verbete para a palavra “palavra’’, constitui-se como um poema porque
a) tematiza o fazer poético, como em “Os poetas classificam as palavras pela alma”.
b) utiliza o recurso expressivo da metáfora, como em “As palavras têm corpo e alma”.
c) valoriza a gramática da língua, como em “substantivo, adjetivo, verbo, advérbio, conjunção”.
d) estabelece comparações, como em “As palavras têm corpo e alma, mas são diferentes das pessoas”.
e) apresenta informações pertinentes acerca do conceito de “palavra”, como em “As gramáticas
classificam as palavras”.

Questão 15: INEP (ENEM) -


Seis em cada dez pessoas com 15 anos ou mais não praticam esporte ou atividade física. São mais de 100
milhões de sedentários. Esses são dados do estudo Práticas de esporte e atividade física, da Pnad 2015,
realizado pelo IBGE. A falta de tempo e de interesse são os principais motivos apontados para o sedentarismo.
Paralelamente, 73,3% das pessoas de 15 anos ou mais afirmaram que o poder público deveria investir em

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esporte ou atividades físicas. Observou-se uma relação direta entre escolaridade e renda na realização de
esportes ou atividades físicas. Enquanto 17,3% das pessoas que não tinham instrução realizavam diversas
práticas corporais, esse percentual chegava a 56,7% das pessoas com superior completo. Entre as pessoas
que têm práticas de esporte e atividade física regulares, o percentual de praticantes ia de 31,1%, na classe
sem rendimento, a 65,2%, na classe de cinco salários mínimos ou mais. A falta de tempo foi mais declarada
pela população adulta, com destaque entre as pessoas de 25 a 39 anos. Entre os adolescentes de 15 a 17
anos, o principal motivo foi não gostarem ou não quererem. Já o principal motivo para praticar esporte,
declarado por 11,2 milhões de pessoas, foi relaxar ou se divertir, seguido de melhorar a qualidade de vida ou
o bem-estar. A falta de instalação esportiva acessível ou nas proximidades foi um motivo pouco citado,
demonstrando que a não prática estaria menos associada à infraestrutura disponível.

Disponível em: www.esporte.gov.br. Acesso em: 9 ago. 2017 (adaptado).


Com base na pesquisa e em uma visão ampliada de saúde, para a prática regular de exercícios ter
influência significativa na saúde dos brasileiros, é necessário o desenvolvimento de estratégias que
a) promovam a melhoria da aptidão física da população, dedicando-se mais tempo aos esportes.
b) combatam o sedentarismo presente em parcela significativa da população no território nacional.
c) facilitem a adoção da prática de exercícios, com ações relacionadas à educação e à distribuição de
renda.
d) auxiliem na construção de mais instalações esportivas e espaços adequados para a prática de
atividades físicas e esportes.
e) estimulem o incentivo fiscal para a iniciativa privada destinar verbas aos programas nacionais de
promoção da saúde pelo esporte.

Questão 16: INEP (ENEM) -


Mas seu olhar verde, inconfundível, impressionante, iluminava com sua luz misteriosa as sombrias arcadas
superciliares, que pareciam queimadas por ela, dizia logo a sua origem cruzada e decantada através das
misérias e dos orgulhos de homens de aventura, contadores de histórias fantásticas, e de mulheres caladas e
sofredoras, que acompanhavam os maridos e amantes através das matas intermináveis, expostas às febres,
às feras, às cobras do sertão indecifrável, ameaçador e sem fim, que elas percorriam com a ambição única de
um “pouso” onde pudessem viver, por alguns dias, a vida ilusória de família
e de lar, sempre no encalço dos homens, enfebrados pela procura do ouro e do diamante.

PENNA, C. Fronteira. Rio de Janeiro: Tecnoprint, s/d.


Ao descrever os olhos de Maria Santa, o narrador estabelece correlações que refletem a
a) caracterização da personagem como mestiça.
b) construção do enredo de conquistas da família.
c) relação conflituosa das mulheres e seus maridos.
d) nostalgia do desejo de viver como os antepassados.
e) marca de antigos sofrimentos no fluxo de consciência.

Questão 17: INEP (ENEM) -


A conquista da medalha de prata por Rayssa Leal, no skate street nos Jogos Olímpicos, é exemplo da
representatividade feminina no esporte, avalia a âncora do jornal da rede de televisão da CNN. A
apresentadora, que também anda de skate, celebrou a vitória da brasileira, que entrou para a história como a
atleta mais nova a subir num pódio defendendo o Brasil. “Essa representatividade do esporte nos Jogos faz
pensarmos que não temos que ficar nos encaixando em nenhum lugar. Posso gostar de passar notícia e,
mesmo assim, gostar de skate, subir montanha, mergulhar, andar de bike, fazer yoga. Temos que parar de
ficar enquadrando as pessoas dentro de regras. A gente vive num padrão no qual a menina ganha boneca,

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mas por que também não fazer um esporte de aventura? Por que o homem pode se machucar, cair de joelhos,
e a menina tem que estar sempre lindinha dentro de um padrão? Acabamos limitando os talentos das pessoas”,
afirmou a jornalista, sobre a prática do skate por mulheres.

Disponível em: www.cnnbrasil.com.br. Acesso em: 31 out. 2021 (adaptado).


O discurso da jornalista traz questionamentos sobre a relação da conquista da skatista com a
a) conciliação do jornalismo com a prática do skate.
b) inserção das mulheres na modalidade skate street.
c) desconstrução da noção do skate como modalidade masculina.
d) vanguarda de ser a atleta mais jovem a subir no pódio olímpico.
e) conquista de medalha nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Questão 18: INEP (ENEM) -


As línguas silenciadas do Brasil

Para aprender a língua de seu povo, o professor Txaywa Pataxó, de 29 anos, precisou estudar os fatores que,
por diversas vezes, quase provocaram a extinção da língua patxôhã. Mergulhou na história do Brasil e
descobriu fatos violentos que dispersaram os pataxós, forçados a abandonar a própria língua para escapar da
perseguição. “Os pataxós se espalharam, principalmente, depois do Fogo de 1951. Queimaram tudo e
expulsaram a gente das nossas terras. Isso constrange o nosso povo até hoje”, conta Txaywa, estudante da
Universidade Federal de Minas Gerais e professor na aldeia Barra Velha, região de Porto Seguro (BA). Mais
de quatro décadas depois, membros da etnia retornaram ao antigo local e iniciaram um movimento de
recuperação da língua patxôhã. Os filhos de Sameary Pataxó já são fluentes — e ela, que se mudou quando
já era adulta para a aldeia, tenta aprender um pouco com eles. “É a nossa identidade. Você diz quem você é
por meio da sua língua”, afirma a professora de ensino fundamental sobre a importância de restaurar a língua
dos pataxós. O patxôhã está entre as línguas indígenas faladas no Brasil: o IBGE estimou 274 línguas no
último censo. A publicação Povos indígenas no Brasil 2011/2016, do Instituto Socioambiental, calcula 160.
Antes da chegada dos portugueses, elas totalizavam mais de mil.

Disponível em: https://brasil.elpais.com. Acesso em: 11 jun. 2019 (adaptado).


O movimento de recuperação da língua patxôhã assume um caráter identitário peculiar na medida em
que
a) denuncia o processo de perseguição histórica sofrida pelos povos indígenas.
b) conjuga o ato de resistência étnica à preservação da memória cultural.
c) associa a preservação linguística ao campo da pesquisa acadêmica.
d) estimula o retorno de povos indígenas a suas terras de origem.
e) aumenta o número de línguas indígenas faladas no Brasil.

Questão 19: INEP (ENEM) -

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O texto sobre os chamados nativos digitais traz informações com a função de


a) propor ações específicas para cada etapa da infância.
b) estabelecer regras que devem ser seguidas à risca.
c) explicar os efeitos do acesso precoce à internet.
d) determinar a incorporação de rituais à educação dos filhos.
e) educar com base em um conjunto de estratégias formativas.

Questão 20: INEP (ENEM) -


Criado há cerca de 20 anos na Califórnia, o mountainboard é um esporte de aventura que utiliza uma espécie
de skate off-road para realizar manobras similares às das modalidades de snowboard, surf e do próprio skate.
A atividade chegou ao Brasil em 1997 e hoje possui centenas de praticantes, um circuito nacional respeitável
e mais de uma dezena de pistas espalhadas pelo país. Segundo consta na história oficial, o mountainboard foi
criado por praticantes de snowboard que sentiam falta de praticar o esporte nos períodos sem neve. Para isso,
eles desenvolveram um equipamento bem simples: uma prancha semelhante ao modelo utilizado na neve
(menor e um pouco menos flexível), com dois eixos bem resistentes, alças para encaixar os pés e quatro pneus
com câmaras de ar para regular a velocidade que pode ser alcançada em diferentes condições. Com essa
configuração, o esporte se mostrou possível em diversos tipos de terreno: grama, terra, pedras, asfalto e areia.
Além desses pisos, também é possível procurar pelas próprias trilhas para treinar as manobras.

Disponível em: www.webventure.com.br. Acesso em: 19 jun. 2019.


A história da prática do mountainboard representa uma das principais marcas das atividades de
aventura, caracterizada pela
a) competitividade entre seus praticantes.
b) atividade com padrões técnicos definidos.
c) modalidade com regras predeterminadas.
d) criatividade para adaptações a novos espaços.
e) necessidade de espaços definidos para a sua realização.

Questão 21: INEP (ENEM) -

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Projeto na Câmara de BH quer a vacinação gratuita


de cães contra a leishmaniose

A doença é grave e vem causando preocupação na


região metropolitana da capital mineira

Ela é uma doença grave, transmitida pela picada do mosquito-palha, e afeta tanto os seres humanos quanto
os cachorros: a leishmaniose. Por ser um problema de saúde pública, a doença pode ganhar uma ação
preventiva importante, caso um projeto de lei seja aprovado na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH).
Diante do alto número de casos da doença na Grande BH, a Comissão de Saúde e Saneamento da CMBH
aprovou a proposta de realização de campanhas públicas de vacinação gratuita de cães contra a leishmaniose,
tema do PL 404/17, apreciado pelo colegiado em reunião ordinária, no dia 6 de dezembro.

Disponível em: https://revistaencontro.com.br. Acesso em: 11 dez. 2017.


Essa notícia, além de cumprir sua função informativa, assume o papel de
a) fiscalizar as ações de saúde e saneamento da cidade.
b) defender os serviços gratuitos de atendimento à população.
c) conscientizar a população sobre grave problema de saúde pública.
d) propor campanhas para a ampliação de acesso aos serviços públicos.
e) responsabilizar os agentes públicos pela demora na tomada de decisões.

Questão 22: INEP (ENEM) -


O bebê de tarlatana rosa

— [...] Na terça desliguei-me do grupo e caí no mar alto da depravação, só, com uma roupa leve por cima da
pele e todos os maus instintos fustigados. De resto a cidade inteira estava assim. É o momento em que por
trás das máscaras as meninas confessam paixões aos rapazes, é o instante em que as ligações mais secretas
transparecem, em que a virgindade é dúbia, e todos nós a achamos inútil, a honra uma caceteação, o bom
senso uma fadiga. Nesse momento tudo é possível, os maiores absurdos, os maiores crimes; nesse momento
há um riso que galvaniza os sentidos e o beijo se desata naturalmente.

Eu estava trepidante, com uma ânsia de acanalhar-me, quase mórbida. Nada de raparigas do galarim
perfumadas e por demais conhecidas, nada do contato familiar, mas o deboche anônimo, o deboche ritual de
chegar, pegar, acabar, continuar. Era ignóbil. Felizmente muita gente sofre do mesmo mal no carnaval.

RIO, J. Dentro da noite. São Paulo: Antiqua, 2002.


No texto, o personagem vincula ao carnaval atitudes e reações coletivas diante das quais expressa
a) consagração da alegria do povo.
b) atração e asco perante atitudes libertinas.
c) espanto com a quantidade de foliões nas ruas.
d) intenção de confraternizar com desconhecidos.
e) reconhecimento da festa como manifestação cultural.

Questão 23: INEP (ENEM) -


10 de maio
Fui na delegacia e falei com o tenente. Que homem amavel! Se eu soubesse que ele era tão amavel, eu teria
ido na delegacia na primeira intimação. [...] O tenente interessou-se pela educação dos meus filhos. Disse-me
que a favela é um ambiente propenso, que as pessoas tem mais possibilidade de delinquir do que tornar-se

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util a patria e ao país. Pensei: se ele sabe disto, porque não faz um relatorio e envia para os politicos? O senhor
Janio Quadros, o Kubstchek e o Dr. Adhemar de Barros? Agora falar para mim, que sou uma pobre lixeira.
Não posso resolver nem as minhas dificuldades.

... O Brasil precisa ser dirigido por uma pessoa que já passou fome. A fome tambem é professora. Quem passa
fome aprende a pensar no próximo, e nas crianças.

JESUS, C. M. Quarto de despejo: diário de uma favelada. São Paulo: Ática, 2014.
A partir da intimação recebida pelo filho de 9 anos, a autora faz uma reflexão em que transparece a
a) lição de vida comunicada pelo tenente.
b) predisposição materna para se emocionar.
c) atividade política marcante da comunidade.
d) resposta irônica ante o discurso da autoridade.
e) necessidade de revelar seus anseios mais íntimos.

Questão 24: INEP (ENEM) -


Vanda vinha do interior de Minas Gerais e de dentro de um livro de Charles Dickens. Sem dinheiro para criá-
la, sua mãe a dera, com seus sete anos, a uma conhecida. Ao recebê-la, a mulher perguntou o que a garotinha
gostava de comer. Anotou tudo num papel. Mal a mãe virou as costas, no entanto, a fulana amassou a lista e,
como uma vilã de folhetim, decretou: “A partir de hoje, você não vai mais nem sentir o cheiro dessas comidas!”.

Vanda trabalhou lá até os quinze anos, quando recebeu a carta de uma prima com uma nota de cem cruzeiros,
saiu de casa com a roupa do corpo e fugiu num ônibus para São Paulo.

Todas as vezes que eu e minha irmã a importunávamos com nossas demandas de criança mimada, ela nos
contava histórias da infância de gata-borralheira, fazia-nos apertar seu nariz quebrado por uma das filhas da
“patroa” com um rolo de amassar pão e nos expulsava da cozinha: “Sai pra lá, peste, e me deixa acabar essa
janta”.

PRATA, A. Nu de botas. São Paulo: Cia. das Letras, 2013 (adaptado).


Pela ótica do narrador, a trajetória da empregada de sua casa assume um efeito expressivo decorrente
da
a) citação a referências literárias tradicionais.
b) alusão à inocência das crianças da época.
c) estratégia de questionar a bondade humana.
d) descrição detalhada das pessoas do interior.
e) representação anedótica de atos de violência.

Questão 25: INEP (ENEM) -

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TEXTO II

O termo ready-made foi criado por Marcel Duchamp (1887-1968) para designar um tipo de objeto, por ele
inventado, que consiste em um ou mais artigos de uso cotidiano, produzidos em massa, selecionados sem
critérios estéticos e expostos como obras de arte em espaços especializados (museus e galerias). Seu primeiro
ready-made, de 1912, é uma roda de bicicleta montada sobre um banquinho (Roda de bicicleta). Ao
transformar qualquer objeto em obra de arte, o artista realiza uma crítica radical ao sistema da arte.

Disponível em: www.bienal.org.br. Acesso em: 1 set. 2016 (adaptado).


A instalação In absentia propõe um diálogo com o ready-made Roda de bicicleta, demonstrando que
a) as formas de criticar obras do passado se repetem.
b) a recorrência de temas marca a arte do final do século XX.
c) as criações desmistificam os valores estéticos estabelecidos.
d) o distanciamento temporal permite a transformação dos referenciais estéticos.
e) o objeto ausente sugere a degradação da forma superando o modelo artístico.

Questão 26: VUNESP - Leia o texto para responder a questão.

Livros já venderam mais em 2021 do que em todo o ano passado, mostra pesquisa

A venda de livros em 2021 já superou todo o acumulado do ano passado em apenas dez meses, mostrando
que o mercado editorial vive um momento promissor. Foram vendidos 43,9 milhões de livros este ano,
quando em todo o ano de 2020 se comercializaram 41 ,9 milhões de exemplares: o crescimento foi de
33% em quantidade de livros e de 31 % em faturamento.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Vale lembrar que, se o início da quarentena representou um baque forte para o mercado editorial, ele
se recuperou em poucos meses e terminou o ano passado com um resultado favorável. Editores têm
apontado que a pandemia estimulou a leitura, restando como uma possibilidade de lazer ainda acessível
durante o período de quarentena.

A política de descontos agressiva das plataformas online também ajudou a aumentar as vendas. Quem
ainda sofre são as livrarias físicas, ameaçadas pela competição com gigantes virtuais que são capazes
de praticar preços mais baixos. O setor tem, por motivos como esse, voltado a se aglutinar em torno da
ideia de uma lei que estabeleça preço fixo para livros recém-lançados.

(Walter Porto. htlps:l/www1.folha. uol.com.br/ilustrada/2021 /12/ livros-ja-venderam-mais-em-2021 -do-que-em-todo-o-


anopassado- mostra -pesqu isa.shtml. 06.12.2021. Adaptado)

Conforme o texto, embora a quarentena inicialmente tenha


a) feito com que o hábito de ler fosse renovado, essa mudança se mostrou ineficiente para alavancar
o comércio de livros.
b) estimulado um esboço de aumento do hábito de ler, não tardou a que a leitura fosse preterida por
atividades de lazer online.
c) causado retração no mercado editorial, posteriormente criou condições propícias para impulsionar
a leitura e a venda de livros.
d) favorecido o aumento na comercialização de livros, os descontos oferecidos comprometeram os
ganhos das editoras.
e) fomentado as vendas online de livros, passado o primeiro ímpeto, as livrarias físicas retomaram a
preferência dos consumidores.

Questão 27: VUNESP - Leia o texto para responder a questão.

Texto 01

Livros já venderam mais em 2021 do que em todo o ano passado, mostra pesquisa

A venda de livros em 2021 já superou todo o acumulado do ano passado em apenas dez meses, mostrando
que o mercado editorial vive um momento promissor. Foram vendidos 43,9 milhões de livros este ano,
quando em todo o ano de 2020 se comercializaram 41 ,9 milhões de exemplares: o crescimento foi de
33% em quantidade de livros e de 31 % em faturamento.

Vale lembrar que, se o início da quarentena representou um baque forte para o mercado editorial, ele
se recuperou em poucos meses e terminou o ano passado com um resultado favorável. Editores têm
apontado que a pandemia estimulou a leitura, restando como uma possibilidade de lazer ainda acessível
durante o período de quarentena.

A política de descontos agressiva das plataformas online também ajudou a aumentar as vendas. Quem
ainda sofre são as livrarias físicas, ameaçadas pela competição com gigantes virtuais que são capazes
de praticar preços mais baixos. O setor tem, por motivos como esse, voltado a se aglutinar em torno da
ideia de uma lei que estabeleça preço fixo para livros recém-lançados.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

(Walter Porto. htlps:l/www1.folha. uol.com.br/ilustrada/2021 /12/ livros-ja-venderam-mais-em-2021 -do-que-em-todo-o-


anopassado- mostra -pesqu isa.shtml. 06.12.2021. Adaptado)

Texto 02

A Amazon pega, mata e come

Foi-se embora a Livraria São José, sebo mais antigo do Rio de Janeiro, fundado há 85 anos - e todo
mundo acha normal. Ora, tudo não está morrendo ao nosso redor? Por que livrarias, logo elas, iriam
escapar à destruição que atinge o país inteiro? É a vida - ou a morte - que segue.

Em sua fase espetacular - entre as décadas de 40 e 60 - , a São José chegou a ter três lojas e estoque
de 100 mil livros. Tornou-se editora e promoveu tardes de autógrafos. A primeira foi um luxo: "Itinerário
de Pasárgada", de Manuel Bandeira, em 1954. Eram concorrid íssimas - não se sabe se pelos autores ou
se pelas "madrinhas" deles, beldades como Tônia Carrero e Odette Lara.

Ponto de encontro de intelectuais, estudantes e buquinadores 1 profissionais, fuçando nas estantes e


bancadas poderiam ser vistos lado a lado figuras tão díspares como o ex-presidente Eurico Gaspar Dutra
e o romancista Lúcio Cardoso. Matando aula na Faculdade Nacional de Filosofia, foi lá que o cronista
Ruy Castro começou sua invejada coleção de livros.

Não "essenciais", as livrarias cariocas estão fechadas para cumprir o recesso sanitário. É um setor do
comércio que, com a pandemia, recorreu sobretudo à atividade online. Melhor do que ninguém a
Amazon sabe disso e se aproveita para complicar ainda mais a vida de livreiros e editores. Em recente
e-mail, agigante norte-americana pediu descontos maiores e aumento na cobrança de taxas de
marketing.

Na arte do oportunismo, a Amazon é o carcará de João do Vale na seca do sertão: pega, mata e come 2.

1 Buquinar: buscar e comprar li vros usados em livrarias, bancas, sebos.

2 Referência à letra da música "Carca rá", de João do Vale.

(Alvaro Costa e Silva. ht!ps :l/www1.folha. uol.com.br/colunas/ alvaro-costa-e-silva/2021 /03/a-amazon-pega-mata-e-come.shtml.


29.03.2021. Adaptado)

Nesse texto, o autor analisa um dos assuntos também tratado no texto anterior, destacando
a) a falta de ações governamentais de contenção à rápida disseminação do vírus responsável pela
pandemia.
b) a escassez de opções de lazer para uma população cuja pandemia obriga a permanecer encerrada
em suas casas.
c) a forma como o comércio online indiretamente alavancou as vendas de livros, beneficiando
sobretudo as lojas físicas.
d) as vantagens do comércio online frente ao hábito primitivo e dispendioso de procurar objetos em
lojas físicas.
e) o papel decisivo de uma das grandes empresas de vendas online para a ruína do comércio físico
tradicional.

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Questão 28: VUNESP - Leia o texto para responder a questão.


A Amazon pega, mata e come

Foi-se embora a Livraria São José, sebo mais antigo do Rio de Janeiro, fundado há 85 anos - e todo
mundo acha normal. Ora, tudo não está morrendo ao nosso redor? Por que livrarias, logo elas, iriam
escapar à destruição que atinge o país inteiro? É a vida - ou a morte - que segue.

Em sua fase espetacular - entre as décadas de 40 e 60 - , a São José chegou a ter três lojas e estoque
de 100 mil livros. Tornou-se editora e promoveu tardes de autógrafos. A primeira foi um luxo: "Itinerário
de Pasárgada", de Manuel Bandeira, em 1954. Eram concorridíssimas - não se sabe se pelos autores ou
se pelas "madrinhas" deles, beldades como Tônia Carrero e Odette Lara.

Ponto de encontro de intelectuais, estudantes e buquinadores 1 profissionais, fuçando nas estantes e


bancadas poderiam ser vistos lado a lado figuras tão díspares como o ex-presidente Eurico Gaspar Dutra
e o romancista Lúcio Cardoso. Matando aula na Faculdade Nacional de Filosofia, foi lá que o cronista
Ruy Castro começou sua invejada coleção de livros.

Não "essenciais", as livrarias cariocas estão fechadas para cumprir o recesso sanitário. É um setor do
comércio que, com a pandemia, recorreu sobretudo à atividade online. Melhor do que ninguém a
Amazon sabe disso e se aproveita para complicar ainda mais a vida de livreiros e editores. Em recente
e-mail, agigante norte-americana pediu descontos maiores e aumento na cobrança de taxas de
marketing.

Na arte do oportunismo, a Amazon é o carcará de João do Vale na seca do sertão: pega, mata e come2.

1 Buquinar: buscar e comprar li vros usados em livrarias, bancas, sebos.

2 Referência à letra da música "Carca rá", de João do Vale.

(Alvaro Costa e Silva. ht!ps :l/www1.folha. uol.com.br/colunas/ alvaro-costa-e-silva/2021 /03/a-amazon-pega-mata-e-come.shtml.


29.03.2021. Adaptado)

Conforme o autor, a Livraria São José, sebo mais antigo do Rio de Janeiro,
a) simboliza a resistência da cultura, ao se manter ativa enquanto outros setores são severamente
prejudicados pela pandemia.
b) deve sua ruína a sucessivos eventos extravagantes, sem relação com a literatura, cujo único fim era
o de atrair frequentadores ilustres.
c) erra ao recusar-se a fechar suas portas para obedecer às medidas sanitárias de contenção da
pandemia impostas pelo poder público.
d) foi por muitos anos um local privilegiado de difusão cultural, o que não impediu que sucumbisse ao
oportunismo do comércio online.
e) constitui a amostra viva da incapacidade do comércio brasileiro de sair da condição de atraso e
inserir-se na realidade do mundo atual.

Questão 29: VUNESP - Leia o texto, para responder a questão.

Uma geração de extraterrestres

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Penso que Michel Serres seja a mente filosófica mais aguda na França de hoje e, como todo bom filósofo,
é capaz de dedicar-se também à reflexão sobre a atualidade. Uso despudoradamente (à exceção de
alguns comentários pessoais) um belíssimo artigo de Serres publicado em março de 2010 que recorda
coisas que, para os leitores mais jovens, dizem respeito aos filhos e, para nós, mais velhos, aos netos.

Só para começar, estes filhos ou netos nunca viram um porco, uma vaca, uma galinha. Os novos seres
humanos não estão mais habituados a viver na natureza, e só conhecem as cidades. Trata-se de uma
das maiores revoluções antropológicas depois do neolítico' .

Há mais de sessenta anos, os jovens europeus não conhecem guerras, beneficiam-se de uma medicina
avançada e não sofrem como sofreram seus antepassados. Então, que obras literárias poderão apreciar,
visto que não conheceram a vida rústica, as colheitas, os monumentos aos caídos, as bandeiras
dilaceradas pelas balas inimigas, a urgência vital de uma moral?

Foram formados por meios de comunicação concebidos por adultos que reduziram a sete segundos o
tempo de permanência de uma imagem e a quinze segundos o tempo de resposta às perguntas. São
educados pela publicidade que exagera nas abreviações e nas palavras estrangeiras e faz com que
percam o senso da língua materna. A escola não é mais o local da aprendizagem e, habituados aos
computadores, esses jovens vivem boa parte da sua vida no virtual. Nós vivíamos num espaço métrico
perceptível, e eles vivem num espaço irreal onde vizinhanças e distâncias não fazem mais a menor
diferença.

Não vou me deter nas reflexões de Serres acerca das possibilidades de administrar as novas exigências
da educação. Em todo caso, sua panorâmica nos fala de um período semelhante, pela subversão total,
ao da invenção da escrita e, séculos depois, da imprensa. Só que estas novas técnicas hodiernas mudam
em grande velocidade. Por que não estávamos preparados para esta transformação?

Serres conclui que talvez a culpa seja também dos filósofos, que, por profissão, deveriam prever as
mudanças dos saberes e das práticas e não o fizeram de maneira suficiente porque, "empenhados na
política de todo dia, não viram chegar a contemporaneidade". Não sei se Serres tem toda razão, mas
alguma ele tem.

' Última divisão da Idade da Pedra, caracterizada pelo desenvolvimento da agricultura e a domesticação de animais.

(Umberto Eco. Pape Satàn aleppe: crônicas de uma sociedade liquida. 2 ed. - Rio de Janeiro: Record, 2017. Excerto adaptado)

O autor do texto traz uma reflexão sobre


a) os desafios para despertar nas pessoas de idade mais avançada o interesse por tecnologias que
poderiam aproximá-Ias dos mais jovens.
b) os limites da credibilidade de pontos de vista estreitamente fundamentados a partir de conclusões
de estudos realizados por terceiros.
c) a vantagem que os mais jovens extraem das tecnologias de comunicação para conhecer melhor que
gerações passadas a própria realidade social.
d) a incapacidade dos filósofos da atualidade de compreender a realidade que os cerca com a mesma
agudeza que o faziam os pensadores antigos.

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e) a maneira como as novas tecnologias de comunicação produziram uma profunda mudança de


comportamento, observável na sociedade atual.

Questão 30: VUNESP - Leia o texto, para responder a questão.

Uma geração de extraterrestres

Penso que Michel Serres seja a mente filosófica mais aguda na França de hoje e, como todo bom filósofo,
é capaz de dedicar-se também à reflexão sobre a atualidade. Uso despudoradamente (à exceção de
alguns comentários pessoais) um belíssimo artigo de Serres publicado em março de 2010 que recorda
coisas que, para os leitores mais jovens, dizem respeito aos filhos e, para nós, mais velhos, aos netos.

Só para começar, estes filhos ou netos nunca viram um porco, uma vaca, uma galinha. Os novos seres
humanos não estão mais habituados a viver na natureza, e só conhecem as cidades. Trata-se de uma
das maiores revoluções antropológicas depois do neolítico' .

Há mais de sessenta anos, os jovens europeus não conhecem guerras, beneficiam-se de uma medicina
avançada e não sofrem como sofreram seus antepassados. Então, que obras literárias poderão apreciar,
visto que não conheceram a vida rústica, as colheitas, os monumentos aos caídos, as bandeiras
dilaceradas pelas balas inimigas, a urgência vital de uma moral?

Foram formados por meios de comunicação concebidos por adultos que reduziram a sete segundos o
tempo de permanência de uma imagem e a quinze segundos o tempo de resposta às perguntas. São
educados pela publicidade que exagera nas abreviações e nas palavras estrangeiras e faz com que
percam o senso da língua materna. A escola não é mais o local da aprendizagem e, habituados aos
computadores, esses jovens vivem boa parte da sua vida no virtual. Nós vivíamos num espaço métrico
perceptível, e eles vivem num espaço irreal onde vizinhanças e distâncias não fazem mais a menor
diferença.

Não vou me deter nas reflexões de Serres acerca das possibilidades de administrar as novas exigências
da educação. Em todo caso, sua panorâmica nos fala de um período semelhante, pela subversão total,
ao da invenção da escrita e, séculos depois, da imprensa. Só que estas novas técnicas hodiernas mudam
em grande velocidade. Por que não estávamos preparados para esta transformação?

Serres conclui que talvez a culpa seja também dos filósofos, que, por profissão, deveriam prever as
mudanças dos saberes e das práticas e não o fizeram de maneira suficiente porque, "empenhados na
política de todo dia, não viram chegar a contemporaneidade". Não sei se Serres tem toda razão, mas
alguma ele tem.

' Última divisão da Idade da Pedra, caracterizada pelo desenvolvimento da agricultura e a domesticação de animais.

(Umberto Eco. Pape Satàn aleppe: crônicas de uma sociedade liquida. 2 ed. - Rio de Janeiro: Record, 2017. Excerto adaptado)

Para o autor do texto, os mais jovens, apesar de


a) pouco habituados a viver na natureza, empregam eficazmente a tecnologia de comunicação para
compreenderem o espaço em que vivem.

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b) optarem por uma formação mediada pelas tecnologias, ela lhes propicia experiências do mesmo
nível das que tinham as gerações anteriores.
c) beneficiados pela paz e pelos avanços científicos, têm a formação prejudicada por se valerem de
meios que os privam de vivenciar a realidade.
d) relativamente adaptados às experiências do mundo virtual, ainda não estão de fato preparados para
usar o atual potencial tecnológico.
e) serem criticados por terem uma relação muito estreita com os computadores, tiram enorme
benefício dessa relação no que respeita à aprendizagem.

Questão 31: FADESP - Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.

Música provoca boas sensações, controla o emocional e melhora a atenção

A música estimula a produção de substâncias relacionadas ao prazer, além de regular nossos


sentimentos e ajudar na concentração. Descubra como ela desenvolve os sentidos e provoca bem-
estar

Música! “Sem ela a vida seria um erro” (Friedrich Nietzsche). “Depois do silêncio, é o que mais se
aproxima de expressar o inexprimível” (Aldous Huxley). “A música exprime a mais alta filosofia numa
linguagem que a razão não compreende” (Arthur Schopenhauer). “É a arte mais perfeita: nunca revela
o seu último segredo” (Oscar Wilde). “A música é o verbo do futuro. É o barulho que pensa” (Victor
Hugo). “É capaz de reproduzir, em sua forma real, a dor que dilacera a alma e o sorriso que inebria”
(Beethoven). “Onde há música não pode haver coisa má” (Miguel de Cervantes). “A música pode ser o
exemplo único do que poderia ter sido – se não tivesse havido a invenção da linguagem, a formação das
palavras, a análise das ideias – a comunicação das almas” (Marcel Proust).

Os pensadores dispensam apresentação e os atributos da música, questionamentos. A agradável


combinação de ritmo, harmonia e melodia só faz bem. A música anima, refina e afina. Acalma também.
Facilita o aprendizado e a concentração, promove interações e desenvolve os sentidos. Não à toa tornou-
se um recorrente objeto de estudo para as neurociências. Os cientistas querem compreender como o
cérebro reage aos sons. Já está comprovada a capacidade de levar o indivíduo a uma condição biológica,
de aspecto imunológico ou cerebral, mais equilibrada. E também sua contribuição para pacientes com
doenças orgânicas do cérebro, como o mal de Parkinson, demências ou problemas de natureza
psiquiátrica, em função da área onde é processada.

A música pode controlar reações emocionais, facilitar o entendimento de informações cognitivas e


induzir a produção de dopamina e serotonina, substâncias relacionadas ao prazer e bem-estar. As notas
musicais seriam capazes de aumentar a plasticidade cerebral – para a qual tem muita gente por aí
fazendo palavra cruzada. A professora e pesquisadora Betânia Parizzi se dedica ao estudo e ensino de
música e cognição e pedagogia da música na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Doutora em
ciências da saúde, ela desenvolveu um método de musicalização para bebês de seis a 24 meses. “A
prática sistematizada envolve refinamento sensorial variado, desenvolve habilidades motoras
complexas, alimenta a criança com sonoridades vitais na aquisição da linguagem e em sua capacidade
expressiva”, diz.

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Carolina, de 1 ano e meio, não tem tamanho para compreender a contribuição do avô, Pacífico
Mascarenhas, para a música mineira. Mas já faz um ano que frequenta o curso de educação musical para
bebês oferecido pelo Núcleo Villa-Lobos. Segundo a mãe, Ana Cristina Schu Mascarenhas, de 35, a outra
filha, Valentina, hoje com 3 anos, também é estimulada desde os primeiros meses de vida. “Elas
convivem com música desde que nasceram. Carolina ama a aula, e participa de tudo. Às vezes percebo
uma mudança no comportamento mesmo antes da professora começar. Ela adora bater no piano, já
sabe soprar a flauta. Acho muito importante essa estimulação”, comenta a produtora de eventos que
procurou o curso ao saber de sua contribuição para o desenvolvimento infantil. Alguém duvida?

[...]
Por Carolina Cotta

Disponível em https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2014/03/30/noticias-saude,192685/musica-provoca-boas-sensacoes-
controla-o-emocional-e-melhora-a-atenca.shtml
Acessado em 8 de janeiro de 2020
Texto adaptado

De acordo com o texto, os benefícios proporcionados pela música são


a) espirituais e sociais.
b) neurológicos e pessoais.
c) biológicos e terapêuticos.
d) cognitivos e pedagógicos.

Questão 32: FADESP - Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.

Música provoca boas sensações, controla o emocional e melhora a atenção

A música estimula a produção de substâncias relacionadas ao prazer, além de regular nossos


sentimentos e ajudar na concentração. Descubra como ela desenvolve os sentidos e provoca bem-
estar

Música! “Sem ela a vida seria um erro” (Friedrich Nietzsche). “Depois do silêncio, é o que mais se
aproxima de expressar o inexprimível” (Aldous Huxley). “A música exprime a mais alta filosofia numa
linguagem que a razão não compreende” (Arthur Schopenhauer). “É a arte mais perfeita: nunca revela
o seu último segredo” (Oscar Wilde). “A música é o verbo do futuro. É o barulho que pensa” (Victor
Hugo). “É capaz de reproduzir, em sua forma real, a dor que dilacera a alma e o sorriso que inebria”
(Beethoven). “Onde há música não pode haver coisa má” (Miguel de Cervantes). “A música pode ser o
exemplo único do que poderia ter sido – se não tivesse havido a invenção da linguagem, a formação das
palavras, a análise das ideias – a comunicação das almas” (Marcel Proust).

Os pensadores dispensam apresentação e os atributos da música, questionamentos. A agradável


combinação de ritmo, harmonia e melodia só faz bem. A música anima, refina e afina. Acalma também.
Facilita o aprendizado e a concentração, promove interações e desenvolve os sentidos. Não à toa tornou-
se um recorrente objeto de estudo para as neurociências. Os cientistas querem compreender como o
cérebro reage aos sons. Já está comprovada a capacidade de levar o indivíduo a uma condição biológica,
de aspecto imunológico ou cerebral, mais equilibrada. E também sua contribuição para pacientes com

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doenças orgânicas do cérebro, como o mal de Parkinson, demências ou problemas de natureza


psiquiátrica, em função da área onde é processada.

A música pode controlar reações emocionais, facilitar o entendimento de informações cognitivas e


induzir a produção de dopamina e serotonina, substâncias relacionadas ao prazer e bem-estar. As notas
musicais seriam capazes de aumentar a plasticidade cerebral – para a qual tem muita gente por aí
fazendo palavra cruzada. A professora e pesquisadora Betânia Parizzi se dedica ao estudo e ensino de
música e cognição e pedagogia da música na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Doutora em
ciências da saúde, ela desenvolveu um método de musicalização para bebês de seis a 24 meses. “A
prática sistematizada envolve refinamento sensorial variado, desenvolve habilidades motoras
complexas, alimenta a criança com sonoridades vitais na aquisição da linguagem e em sua capacidade
expressiva”, diz.

Carolina, de 1 ano e meio, não tem tamanho para compreender a contribuição do avô, Pacífico
Mascarenhas, para a música mineira. Mas já faz um ano que frequenta o curso de educação musical para
bebês oferecido pelo Núcleo Villa-Lobos. Segundo a mãe, Ana Cristina Schu Mascarenhas, de 35, a outra
filha, Valentina, hoje com 3 anos, também é estimulada desde os primeiros meses de vida. “Elas
convivem com música desde que nasceram. Carolina ama a aula, e participa de tudo. Às vezes percebo
uma mudança no comportamento mesmo antes da professora começar. Ela adora bater no piano, já
sabe soprar a flauta. Acho muito importante essa estimulação”, comenta a produtora de eventos que
procurou o curso ao saber de sua contribuição para o desenvolvimento infantil. Alguém duvida?

[...]
Por Carolina Cotta

Disponível em https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2014/03/30/noticias-saude,192685/musica-provoca-boas-sensacoes-
controla-o-emocional-e-melhora-a-atenca.shtml
Acessado em 8 de janeiro de 2020
Texto adaptado

Para Marcel Proust, a música


a) transforma as pessoas.
b) leva as pessoas a interagir.
c) estimula as pessoas a pensar.
d) distrai as pessoas.

Questão 33: FGV - Texto 1

“Um homem acusado de tentativa de feminicídio foi preso, neste sábado (13/11), por policiais civis da
48ª DP (Seropédica). O acusado já possuía dois registros de agressões contra a vítima. De acordo com
agentes, no dia 06 de novembro, ele voltou a agredir a companheira e tentou matá-la.

O criminoso foi encaminhado para o sistema prisional, onde ficará à disposição da Justiça.”

Considerando a estrutura geral do texto 1, o último período tem a função de:

a) exemplificar moralmente o resultado de má conduta;

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b) indicar a consequência provisória da tentativa de homicídio;


c) mostrar a pena aplicada ao criminoso reincidente;
d) destacar um procedimento legal em casos semelhantes;
e) apontar a causa de o criminoso ter sido detido.

Questão 34: FGV -


“Meu aluno Roberto tira sempre boas notas nas provas, mesmo trabalhando vinte horas semanais num
restaurante do Centro. Isso prova que o trabalho em tempo parcial não prejudica o estudo universitário.”

O problema da tese defendida nesse texto é o de que ela:


a) se apoia sobre um caso particular, não representativo;
b) se fundamenta num princípio universal que é aplicado a um caso particular;
c) se estrutura a partir de uma analogia, partindo de um terreno conhecido para um desconhecido;
d) não se apoia em fatos para a defesa da tese, tornando-a, por isso mesmo, muito debilitada;
e) se ancora em um testemunho de autoridade.

Questão 35: FGV - Um casal pretendia assistir a determinado filme, mas, à porta do cinema, para sua
surpresa, havia uma fila incomensurável de pessoas nos guichês. Diante disso, o marido declarou:

– Puxa! Eu esqueci que eram férias das crianças!

Com essa frase, o marido indica que:


a) não gostaria de ter vindo em função do grande número de crianças na plateia;
b) arrependeu-se de não ter trazido o filho para o cinema;
c) lembrou-se de que o filme a ser assistido era destinado especialmente ao público infantil;
d) se enganou na opção do filme a ser assistido em função de informações incompletas dos jornais;
e) entendeu a razão do grande número de pessoas nas filas.

Questão 36: FGV - Um cliente de um restaurante estuda o cardápio e pede explicações sobre a “sopa
de ninhos de andorinha”; o garçom explica que se trata de andorinhas marinhas e que a sopa é feita
com as algas que a ave recolhe no mar e deposita no ninho. O cliente comenta:

– Ainda bem!

O comentário do cliente indica que ele estava preocupado com:


a) a demora na preparação do prato;
b) o alto custo da refeição;
c) a utilização de elementos estranhos;
d) o futuro das aves;
e) o visual negativo da comida.

Questão 37: FGV - Leia o seguinte anúncio de um programa de rádio:

“Acompanhe nossa programação! Falamos de coração para coração, para os que possuem sentimentos
e têm cérebro!”

Em outras palavras, a rádio:

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a) trata de temas sentimentais para gente inteligente;


b) procura abordar temas comuns em nossas vidas;
c) tenta recordar fatos amorosos da vida dos ouvintes;
d) incentiva a participação de depoimentos pessoais;
e) busca despertar sentimentos nos possíveis ouvintes.

Questão 38: FGV - Num passeio, alguém pergunta a um dos acompanhantes:

– Que horas são?

A resposta mais relevante para essa pergunta é:


a) Não sei, mas estou com uma fome danada;
b) Deve ser tarde porque o sol já está se pondo;
c) Ali na esquina, vamos ver no relógio da torre;
d) Hora de voltar, pois já estou cansado;
e) Para que ficar preocupado com a hora?

Questão 39: FGV - A embalagem de um biscoito mostra o seguinte:

Biscoitos Vó Mecias
Tradicional sabor mineiro
Estrelinha de castanha

O nome dos biscoitos - Vó Mecias - tem a finalidade de:


a) indicar qualidade superior do produto;
b) mostrar que se trata de algo muito antigo;
c) valorizar a tradição sobre a modernidade;
d) destacar a origem mineira do produto;
e) ressaltar o cuidado na elaboração do produto.

Questão 40: FGV - Observe o texto a seguir, de uma campanha publicitária:

Gripol – ajuda a conviver com a gripe


Quando você ficar gripado, procure viver bem com ela. Procure aliviar seu mal-estar com Gripol. É
questão de dias e de ficar o melhor possível enquanto a gripe dure.

O texto da publicidade tem por finalidade:


a) mostrar a superioridade de Gripol sobre todos os concorrentes;
b) destacar a eficiência do tratamento com Gripol;
c) revelar o processo de tratamento utilizado;
d) convencer o leitor a comprar o medicamento;
e) indicar a necessidade de conviver harmoniosamente com as moléstias.

Questão 41: FGV - São famosas no Brasil as frases que os caminhoneiros escrevem nos para-choques
ligadas à sua atividade.

A frase abaixo que é desligada dessa profissão é:

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a) Nas curvas do teu corpo capotei meu coração;


b) O beijo é como cigarro: não sustenta, mas vicia;
c) Perigo não é cavalo na pista, mas burro na direção;
d) Paquere todas as mulheres, mas conserve a sua direita;
e) Estepe e mulher é sempre bom ter de reserva.

Questão 42: FGV - A cultura humana foi preservando sabedoria nas frases denominadas provérbios; o
provérbio africano abaixo que recomenda prudência aos leitores é:
a) O silêncio é uma cerca em torno do conhecimento;
b) Quando dois elefantes brigam, quem sofre é a grama;
c) A sorte não é como a roupa que se veste e despe;
d) Não saiba seu sócio de ti mais do que sabes dele;
e) Papagaio velho não aprende a falar.

Questão 43: FGV - Uma escritora francesa, falando da felicidade, afirmou que: “A felicidade é uma
bola atrás da qual corremos enquanto rola e que chutamos logo que para”.

Com esse pensamento, a escritora quer dizer-nos que a felicidade humana:


a) é um estado transitório em nossas vidas;
b) depende de nosso estado de espírito;
c) está sempre presente em nossa existência;
d) se compara às nossas brincadeiras infantis;
e) afasta a infelicidade para bem longe.

Questão 44: FGV - Observe o texto a seguir.

“O Conselho Holandês de Saúde explica que os açúcares da fruta no suco de laranja são absorvidos pelo
corpo muito rapidamente porque eles entram no corpo em forma líquida. Porque eles entram no corpo
tão rápido em uma quantidade tão alta, o corpo converte facilmente este açúcar em gordura. Um copo
de suco de laranja contém tanto açúcar quanto um copo de refrigerante. Isso significa que você pode
ganhar peso rapidamente, e pessoas com mais gordura corporal terão maior chance de ter diabetes.
Tudo a partir de um copo de suco de laranja!”

O segmento desse texto em que há a preocupação de informar e de convencer é:


a) O Conselho Holandês de Saúde explica que os açúcares da fruta no suco de laranja são absorvidos
pelo corpo muito rapidamente porque eles entram no corpo em forma líquida;
b) Porque eles entram no corpo tão rápido em uma quantidade tão alta, o corpo converte facilmente
este açúcar em gordura;
c) Um copo de suco de laranja contém tanto açúcar quanto um copo de refrigerante;
d) Isso significa que você pode ganhar peso rapidamente, e pessoas com mais gordura corporal terão
maior chance de ter diabetes;
e) Tudo a partir de um copo de suco de laranja!

Questão 45: FGV - Numa noite friorenta, um casal recebe um casal de amigos para jantar; sentam-se
inicialmente na sala de visitas, onde as janelas estão abertas e a mulher recém-chegada diz: “Os jornais
dizem que hoje vai ser a noite mais fria do ano!”

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Nesse caso, a frase tem uma função manifesta e uma função real, que correspondem, respectivamente,
a:
a) uma informação e um pedido;
b) uma declaração e uma ordem;
c) uma manifestação afetiva e uma informação;
d) uma constatação e uma explicação;
e) uma explicação e uma solicitação.

Questão 46: FGV - Todas as frases abaixo têm valor informativo; a opção em que foi proposta uma
modificação de modo a tornar a frase menos objetiva é:
a) Decidimos modificar esta lei / Decidiu-se modificar a lei;
b) Os produtores de vinho vendem o produto mais caro este ano / O vinho é vendido mais caro este
ano;
c) O colégio recusou a matrícula de meu filho / Recusaram a matrícula do meu filho;
d) Nossa editora só considerará as demandas de autores portadores de diplomas universitários / Só
serão consideradas as demandas de autores portadores de diplomas universitários;
e) Consertou-se o carro dele e o conserto foi caro / O conserto do carro dele foi caro.

Questão 47: Um cartaz de um loteamento dizia: “Se você adquirir um lote de terreno no Campus
Inconfidência, você vai ter como vizinhos as pessoas mais ricas e importantes da cidade! Você pode!”

Nesse caso, o apelo para que o comprador adquira o terreno se centraliza:


a) na localização privilegiada;
b) nos preços mais acessíveis;
c) na facilidade do pagamento;
d) na grande dimensão dos lotes;
e) no relacionamento social.

Questão 48: FGV - A frase abaixo que, ao contrário das demais, só traz dados objetivos, sem a
participação do enunciador, é:
a) O desempenho do time ontem foi excepcional;
b) É pena que tenha chovido tanto no final de semana;
c) Segundo o que eu penso, esse médico é um enganador;
d) Você não passa de um charlatão vulgar;
e) João acertou na loteria e está feliz com isso.

Questão 49: FGV - Observe o texto a seguir.

“A corrida sempre esteve muito presente na minha vida, mas no começo dessa pandemia fui forçado a
parar de fazer o que amo. Quando meu médico me liberou para praticar novamente, isolado, senti um
desconforto no joelho e fui forçado a dar uma pausa… Não pude acreditar que isso estava acontecendo
comigo, não podia aceitar que nunca mais ia praticar o esporte da minha vida. Eu pesquisei em tudo
que podia, tentei tomar remédio para dor e até mesmo voltei ao meu médico. Mas só depois de tanto
pesquisar, pude achar um blog onde um cara passou pela mesma coisa que eu, e a única coisa que
ajudou ele a resolver a dor foi a joelheira Ultra K.”

A finalidade essencial desse texto é:

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a) dar um depoimento pessoal;


b) incentivar pessoas a praticar esportes;
c) divulgar um produto comercial;
d) ajudar pessoas a enfrentar problemas;
e) promover a necessidade de consultas médicas.

Questão 50: FGV - Observe o texto a seguir.

“A Instituição Policial brasileira, segundo documentação existente no Museu Nacional do Rio de Janeiro,
data de 1530, quando da chegada de Martim Afonso de Sousa enviado ao Brasil-Colônia por D. João III.
A pesquisa histórica revela que, no dia 20 de novembro de 1530, a Polícia brasileira iniciava as suas
ações, promovendo justiça e organizando os serviços de ordem pública, como melhor entendesse, nas
terras conquistadas do Brasil. A partir de então a Instituição Policial brasileira passou por seguidas
reformulações nos anos de 1534, 1538, 1557, 1565, 1566, 1603, e, assim, sucessivamente. Somente em
1808, com a chegada do príncipe Dom João ao Brasil, a polícia começou a ser estruturada, comandada
por um delegado e composta por escrivães e agentes.

Na época, uma das principais funções desta organização era se prevenir de espiões europeus e fiscalizar
embarcações. A polícia, então, também começou a ser chamada de Civil, como uma forma de
diferenciá-la de outras formas de policiamento, por seu caráter investigativo.”

O texto acima mostra seguidamente a preocupação com a precisão informativa; a marca destacada que
corresponde a uma outra preocupação, que não a de precisão, é:
a) a fonte segura das informações: “A Instituição Policial brasileira, segundo documentação existente
no Museu Nacional do Rio de Janeiro, data de 1530”;
b) a datação precisa: “A partir de então a Instituição Policial brasileira passou por seguidas
reformulações nos anos de 1534, 1538, 1557, 1565, 1566, 1603, e, assim, sucessivamente”;
c) a finalidade histórica: “Na época, uma das principais funções desta organização era se prevenir de
espiões europeus e fiscalizar embarcações”;
d) a base informativa de credibilidade: “A pesquisa histórica revela que, no dia 20 de novembro de
1530, a Polícia brasileira iniciava as suas ações”;
e) a preocupação terminológica: “A polícia, então, também começou a ser chamada de Civil, como
uma forma de diferenciá-la de outras formas de policiamento, por seu caráter investigativo”.

Questão 51: FGV - Texto 3

Com a chegada da temporada de verão, a Polícia Militar contará com o reforço de efetivo em Balneário
Camboriú, buscando manter os indicadores dos crimes violentos em queda. No ano de 2019 ocorreram
13 homicídios. Já no ano passado, este número foi reduzido para 10.

Diante a intensificação das ações policiais, o 12º Batalhão de Polícia Militar conseguiu alcançar em 2021,
até o dia de hoje, a impressionante marca de apenas 6 homicídios dolosos. Isto significa uma redução
de 40% no triênio, e se comparado ao ano de 2019, a redução ultrapassaria a 50%.

O reforço de efetivo em Balneário Camboriú busca manter os indicadores dos crimes violentos em queda,
visando a manutenção da qualidade de vida da cidade, que é referência tanto no âmbito estadual, como
nacional.

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Adaptado. Polícia Civil - Balneário Camboriú.

O termo destacado que marca uma interferência do redator da notícia no conteúdo veiculado no texto
3 é:
a) Com a chegada da temporada de verão, a Polícia Militar contará com o reforço de efetivo em
Balneário Camboriú, buscando manter os indicadores dos crimes violentos em queda;
b) No ano de 2019 ocorreram 13 homicídios. Já no ano passado, este número foi reduzido para 10;
c) Diante a intensificação das ações policiais, o 12º Batalhão de Polícia Militar conseguiu alcançar em
2021, até o dia de hoje, a impressionante marca de apenas 6 homicídios dolosos;
d) Isto significa uma redução de 40% no triênio, e se comparado ao ano de 2019, a redução ultrapassaria
a 50%;
e) ...visando a manutenção da qualidade de vida da cidade, que é referência tanto no âmbito estadual,
como nacional.

Questão 52: FGV - “A questão é saber se essa adaptação cinematográfica mostra qualidades estéticas;
meu parecer sobre esse tema é que esse filme marcará a história do cinema”.

No texto acima, há a manifestação de uma opinião por parte do enunciador; indique a estratégia
empregada na manifestação dessa opinião:
a) apresentação de uma opinião própria, mas revestindo-a de uma aparência geral;
b) declaração de uma opinião alheia, confrontando-a com outro ponto de vista;
c) confrontação de diversas opiniões, mesmo que algumas estejam implícitas;
d) indicação de uma opinião própria, reivindicando claramente a paternidade da ideia;
e) comentário de uma opinião apresentada como própria.

Questão 53: FGV - Observe o trecho inicial de uma redação escolar:

“Os defensores do meio ambiente discordam de muitas frases ditas como verdades absolutas: ‘Mais vale
um pássaro na mão que dois voando’ ou ‘Quem não tem cão caça com gato’ recebem sugestões de
mudanças para ‘Mais vale um pássaro voando que dois na mão’ ou ‘Não se deve caçar com cão nem com
gato’.”

Nesse caso, as citações dos ditados originais cumprem o seguinte papel:


a) ao mesmo tempo que revelam uma opinião, elas servem de base para o apoio de uma argumentação;
b) indicam exemplos de pensamentos que apoiam a argumentação fundamental do texto;
c) servem de base para um comentário em função do argumento desenvolvido;
d) apresentam uma opinião a ser comentada ao mesmo tempo que servem como ponto de apelo para a
leitura;
e) mostram exemplos de frases ditas anteriormente e que servem de apoio para o desenvolvimento do
texto.

Questão 54: FGV - Um dicionário nos informa o seguinte sobre o vocábulo necropsia: “Exame minucioso
que, sendo realizado por um especialista, é feito no corpo de uma pessoa morta, buscando encontrar o
momento e a causa de sua morte; exame médico realizado num cadáver; autópsia.”

Verifica-se, com essa definição, que:

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a) os médicos não são responsáveis pelos exames em cadáveres;


b) necropsia é o mesmo que autópsia;
c) o vocábulo necropsia possui apenas um significado;
d) a necropsia é realizada apenas em mortes criminosas;
e) a necropsia indica também o local da morte.

Questão 55: FGV - O Detran/MG publica o seguinte texto: “O laudo de necropsia é um documento
elaborado pelo Instituto Médico Legal. Após ser gerado pelo IML, é encaminhado para a Delegacia de
Trânsito em sua localidade. O prazo estimado para liberação do laudo é de aproximadamente trinta dias
após o óbito, mediante apresentação dos documentos necessários.” (Adaptado)

Esse texto tem a finalidade de:


a) fornecer informações básicas sobre o laudo de necropsia;
b) indicar o conteúdo de um laudo de necropsia;
c) definir simplesmente um laudo de necropsia;
d) ensinar o processo rápido da obtenção de um laudo de necropsia;
e) mostrar que o laudo de necropsia é um documento oficial.

Questão 56: FGV - “O laudo de necropsia é um documento elaborado pelo Instituto Médico Legal. Após
ser gerado pelo IML, é encaminhado para a Delegacia de Trânsito em sua localidade. O prazo estimado
para liberação do laudo é de aproximadamente trinta dias após o óbito, mediante apresentação dos
documentos necessários.” (Adaptado)

Esse texto traz uma informação implícita para o leitor, que é:


a) o prazo de liberação do documento era menor anteriormente;
b) entre os documentos necessários para a liberação do laudo citado está a prova da quitação do seguro
obrigatório;
c) o prazo de trinta dias para a liberação do documento é rigorosamente estabelecido por lei;
d) o texto se refere somente a mortes no trânsito;
e) a Delegacia de Trânsito é a responsável pela exatidão do documento.

Questão 57: FGV - Texto 1

Vejamos, agora, o que nos diz Machado de Assis sobre a autópsia: “Li um termo de autópsia. Nunca
deixo de ler esses documentos, não para aprender anatomia, mas para verificar ainda uma vez como a
língua científica é diferente da literária. Nesta, a imaginação vai levando as palavras belas e brilhantes,
faz imagens sobre imagens, adjetiva tudo, usa e abusa de reticências, se o autor gosta delas. Naquela,
tudo é seco, exato e preciso. O hábito externo é externo, o interno é interno; cada fenômeno, cada
osso, é designado por um vocábulo único. A cavidade torácica, a cavidade abdominal, a hipóstase
cadavérica, a tetania, cada um desses lugares e fenômenos não pode receber duas apelações, sob pena
de não ser ciência.” (Adaptado. A Semana, 1830)

Observe o seguinte trecho do texto de Machado de Assis: “Li um termo de autópsia. Nunca deixo de ler
esses documentos, não para aprender anatomia, mas para verificar ainda uma vez como a língua
científica é diferente da literária.”

Nesse segmento do texto 1, a frase “não para aprender anatomia” desempenha a seguinte função:

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a) contrariar um possível pensamento dos leitores;


b) mostrar a finalidade principal de sua leitura;
c) ridicularizar a forma de escrever esses documentos;
d) indicar seu distanciamento de temas desagradáveis;
e) criticar o ensino de Medicina em sua época.

Questão 58: FGV - Texto 1

Vejamos, agora, o que nos diz Machado de Assis sobre a autópsia: “Li um termo de autópsia. Nunca
deixo de ler esses documentos, não para aprender anatomia, mas para verificar ainda uma vez como a
língua científica é diferente da literária. Nesta, a imaginação vai levando as palavras belas e brilhantes,
faz imagens sobre imagens, adjetiva tudo, usa e abusa de reticências, se o autor gosta delas. Naquela,
tudo é seco, exato e preciso. O hábito externo é externo, o interno é interno; cada fenômeno, cada
osso, é designado por um vocábulo único. A cavidade torácica, a cavidade abdominal, a hipóstase
cadavérica, a tetania, cada um desses lugares e fenômenos não pode receber duas apelações, sob pena
de não ser ciência.” (Adaptado. A Semana, 1830)

“Nesta, a imaginação vai levando as palavras belas e brilhantes, faz imagens sobre imagens, adjetiva
tudo, usa e abusa de reticências, se o autor gosta delas.”

O pensamento culinário abaixo que exemplifica a elaboração de “imagens sobre imagens”, como diz
Machado de Assis no texto 1, é:
a) “Há mais simplicidade na pessoa que come caviar por impulso do que em alguém dedicado a comer
cereais matinais por princípio”;
b) “A cozinha de sua casa é feliz, um casamento de produtos naturais, um com o outro”;
c) “Aprendi que esparramar as ervilhas no prato dá a impressão de que você comeu mais”;
d) “Um avião é lugar perfeito para fazer dieta”;
e) “Restaurante sofisticado é o que serve sopa fria de propósito”.

Questão 59: UNESC - O texto seguinte servirá de base para responder a questão.

Zé Alegria

Havia uma fazenda onde os trabalhadores viviam tristes e isolados.

Eles estendiam suas roupas surradas no varal e alimentavam seus magros cães com o pouco que sobrava
das refeições.

Todos que viviam ali trabalhavam na roça do Sinhozinho João, um homem rico e poderoso. Esse, sendo
dono de muitas terras, exigia que todos trabalhassem duro, pagando muito pouco por isso.

Um dia, chegou ali um novo empregado, cujo apelido era Zé Alegria.

Era um jovem agricultor em busca de trabalho.

Recebeu, como todos, uma velha casa onde iria morar enquanto trabalhasse ali.

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O jovem vendo aquela casa suja e largada, resolveu dar-lhe vida nova.

Pegou uma parte de suas economias, foi até a cidade e comprou algumas latas de tinta.

Chegando em casa, cuidou da limpeza e, em suas horas vagas, lixou e pintou as paredes com cores
alegres e brilhantes, além de colocar flores nos vasos.

Aquela casa limpa e arrumada chamava a atenção de todos que passavam.

O jovem sempre trabalhava alegre e feliz na fazenda, era por isso que tinha esse apelido.

Os outros trabalhadores lhe perguntavam:

- Como você consegue trabalhar feliz e sempre cantando com o pouco dinheiro que ganhamos?

O jovem olhou bem para os amigos e disse:

- Bem, esse trabalho, hoje é tudo que eu tenho.

Ao invés de blasfemar e reclamar, prefiro agradecer por ele.

Quando aceitei este trabalho, sabia de suas limitações.

Não é justo que agora que estou aqui, fique reclamando.

Farei com capricho e amor aquilo que aceitei fazer.

Os outros olharam admirados. "Como ele podia pensar assim?"

Afinal, acreditavam ser vítimas das circunstâncias abandonados pelo destino...

O entusiasmo do rapaz, em pouco tempo, chamou a atenção de Sinhozinho, que passou a observar à
distância os passos dele.

Um dia Sinhozinho pensou:

- Alguém que cuida com tanto cuidado e carinho da casa que emprestei, cuidará com o mesmo capricho
da minha fazenda.

Ele é o único aqui que pensa como eu.

Estou velho e preciso de alguém que me ajude na administração da fazenda.

Sinhozinho foi até a casa do rapaz e, após tomar um café bem fresquinho, ofereceu ao jovem um
emprego de administrador da fazenda.

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O rapaz prontamente aceitou.

Seus amigos agricultores novamente foram perguntar-lhe:

- O que faz algumas pessoas serem bem-sucedidas e outras não?

E ouviram, com atenção, a resposta:

- Em minhas andanças, meus amigos, eu aprendi muito e o principal é que:

A vida é como um navio, e nós é que somos o capitão, não somos vítimas do destino. Existe em nós o
livre-arbítrio, e com ele a capacidade de realizar e dar vida nova a tudo que nos cerca. E isso depende
de cada um"

Assinale a frase que NÃO apresenta uma lição para o texto "Zé Alegria":
a) Toda pessoa é capaz de efetuar mudanças significativas no mundo que nos cerca.
b) Sempre haverá alguém observando suas atitudes, e delas vai depender o seu futuro.
c) Eu devo assumir a responsabilidade e controle das minhas ações, ao invés de ficar procurando
"culpados" pela minha situação.
d) Eu posso, através das minhas atitudes, influenciar o lugar onde eu estou, ao invés de me deixar
influenciar por ele.
e) Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado.

Questão 60: FGV - A questão desta prova é elaborada a partir de pequenos textos e pretendem avaliar
sua capacidade em interpretar e compreender textos, assim como em redigir de forma correta e
adequada.

“A conversação: coisa tão supérflua e tão necessária, em que uns não dizem sempre o que sabem e em
que outros não sabem sempre o que dizem.”

Nessa frase, a crítica se dirige a dois tipos de pessoas, indicadas pelos segmentos sublinhados; a crítica
se dirige, respectivamente, a pessoas que
a) desconhecem o que estão falando / são falsas.
b) ocultam fatos ou ideias / são ignorantes.
c) mentem sobre o que dizem / são hipócritas.
d) valorizam o que têm a dizer / são orgulhosas.
e) se negam a falar o que sabem / são sábias.

Questão 61: FGV - A questão desta prova é elaborada a partir de pequenos textos e pretendem avaliar
sua capacidade em interpretar e compreender textos, assim como em redigir de forma correta e
adequada.

Nosso poeta Manuel Bandeira disse certa vez:

“Brasileiro não sabe os nomes das plantas, nem das flores, e a qualquer objeto chama ‘coisa’, ‘troço’,
‘negócio’.”

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A falha apontada pelo poeta é


a) designar uma realidade específica por um termo geral, que não a identifica.
b) a ignorância dos nomes científicos das plantas e das flores, trocando-os por vocábulos coloquiais.
c) a não utilização da linguagem culta, substituindo-a por vocábulos populares ou chulos.
d) a substituição de vocábulos tradicionalmente portugueses por brasileirismos sem sentido.
e) a troca de vocábulos de valor semântico positivo por outros de valor semântico negativo.

Questão 62: FGV - A questão desta prova é elaborada a partir de pequenos textos e pretendem avaliar
sua capacidade em interpretar e compreender textos, assim como em redigir de forma correta e
adequada.

“Quando um cachorro morde uma pessoa, isto não é notícia, mas quando uma pessoa morde um
cachorro, isto é notícia.”

Segundo essa frase, um fato vira notícia quando


a) traz prejuízo notório ao ser humano.
b) mostra aspectos inesperados.
c) envolve a relação homem X animal.
d) contém detalhes mórbidos.
e) desperta interesse por problemas sociais.

Questão 63: FGV - A questão desta prova é elaborada a partir de pequenos textos e pretendem avaliar
sua capacidade em interpretar e compreender textos, assim como em redigir de forma correta e
adequada.

“As pessoas não param de confundir com notícias o que leem nos jornais.”

Essa frase critica um aspecto dos jornais, que é


a) o apelo às fake news.
b) o desinteresse por temas nacionais importantes.
c) a ausência de critério na seleção de notícias.
d) a falta de credibilidade das fontes.
e) o despreparo dos jornalistas em geral.

Questão 64: FGV - A questão desta prova é elaborada a partir de pequenos textos e pretendem avaliar
sua capacidade em interpretar e compreender textos, assim como em redigir de forma correta e
adequada.

Todas as frases abaixo têm por tema o casamento. Assinale a frase que, ao contrário das demais, mostra
uma visão positiva do matrimônio.
a) Sabe o que significa voltar para casa à noite e encontrar uma mulher que lhe dá amor, afeto e
ternura? Significa que você entrou na casa errada, só isso.
b) Todas as tragédias terminam com a morte. Todas as comédias terminam com o casamento.
c) O casamento é uma escola onde se aprende tarde demais.
d) Todas as mulheres honrarão os seus maridos, tanto os grandes quanto os pequenos.
e) Quando um homem casa, ou trai sua natureza ou trai sua mulher.

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Questão 65: FGV -


Texto 4 - Inquérito Policial

“O primeiro passo para delimitar os aspectos gerais do que seria o inquérito policial pode partir do
próprio vernáculo, inquérito, que pode ser entendido como ‘ato ou efeito de inquirir; conjunto de atos
ou diligências com o que se visa a apurar alguma coisa’, ao passo que o verbo inquirir, do qual o
substantivo deriva, pode ser definido como ‘procurar informações acerca de; indagar; investigar;
pesquisar’, ou ainda, ‘fazer indagações, investigações, pesquisas, perquirições, de natureza filosófica
ou científica; investigar, indagar, pesquisar, esquadrinhar’.

Assim, sob um ponto de vista geral, podemos entender o inquérito como o conjunto de atos e diligências
que, por meio de investigação, pesquisa e perquirição, busca apurar as causas de algo”

(Jusbrasil.com.br).

O texto tem caráter metalinguístico, ou seja, parte da análise da língua para entendimento de algo.

A frase abaixo em que essa preocupação com a língua está ausente é:


a) No Rio, os alunos dizem colar, mas na Bahia é pescar;
b) O nome preconceito abrange uma série de problemas;
c) A gíria registra maneiro em lugar de elegante;
d) O nome Amazonas tem documentação histórica;
e) O dicionário registra um conjunto de palavras.

Questão 66: FGV - Texto 5

“Um investigador de crimes cibernéticos é um agente da lei especializado na avaliação de casos


envolvendo crimes de computador. Esse pessoal pode trabalhar para agências policiais e empresas
privadas e também pode ser conhecido como técnico em computação forense. O trabalho nesse campo
requer treinamento em tecnologia da informação e aplicação da lei, para que as pessoas tenham as
ferramentas para localizar evidências, bem como as habilidades para protegê-las e garantir que sejam
utilizáveis em tribunal.

Quando membros do público denunciam crimes cibernéticos, um investigador de crimes cibernéticos


participa da investigação. Isso pode incluir qualquer coisa, desde testar a rede de um banco para
determinar como e quando ocorreu um vazamento de dados até avaliar um computador individual que
pode ter sido usado em um crime. Os investigadores de crimes cibernéticos podem recuperar e
reconstruir dados se forem danificados ou destruídos, acidental ou intencionalmente. Eles também
podem explorar redes de computadores, computadores individuais e discos rígidos para identificar
evidências de atividade criminosa”

(Netinbag.com).

“Um investigador de crimes cibernéticos é um agente da lei especializado na avaliação de casos


envolvendo crimes de computador. Esse pessoal pode trabalhar para agências policiais e empresas
privadas e também pode ser conhecido como técnico em computação forense.”

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Nesse segmento do texto, o trecho sublinhado não está bem estruturado já que não deveria estar ligado
por E ao trecho anterior, por não tratar de assunto a ele relacionado.

O mesmo acontece em:


a) Quem diz que o futebol não tem lógica não entende de futebol e não sabe o que é lógica;
b) O mundo é um livro e aquele que viaja lê apenas uma página;
c) Camping é o modo que a natureza tem de promover o negócio hoteleiro e o turista é alguém que
viaja para ver coisas diferentes;
d) Você é um ser espiritual imerso em uma experiência humana e não um ser humano em busca de
uma experiência espiritual;
e) A vida espiritual nos remove do mundo cotidiano e nos leva a um aprofundamento nesse mundo.

Questão 67: FGV - Uma das marcas da estruturação adequada de um texto é a adequação lógica entre
seus componentes, salvo em textos especiais, como no caso do humor.

A frase abaixo que mostra ilogicidade é:


a) Antigamente as coisas eram piores, mas foram piorando;
b) Nunca faça hoje o que você pode adiar para amanhã;
c) Ninguém está nos negócios por diversão, mas isso não quer dizer que não há diversão nos negócios;
d) Pessoas persistentes começam seu sucesso onde os outros terminam com fracasso;
e) Uma empresa que trata mal seus funcionários trata mal seus clientes.

Questão 68: FGV - A questão desta prova é elaborada a partir de pequenos textos e pretendem avaliar
sua capacidade em interpretar e compreender textos, assim como em redigir de forma correta e
adequada.

Um pensador italiano disse:

“Sou a favor da liberdade de pensamento, desde que não se transforme em palavras.”

Assinale a afirmação correta sobre a ideia e os componentes desse pensamento.


a) A frase é um paradoxo, pois o pensamento se materializa em palavras.
b) A segunda oração indica uma consequência do que é afirmado na primeira.
c) O pensamento é uma ironia contra os que falam sem pensar.
d) A frase mostra uma estrutura argumentativa, com a apresentação de uma tese e de argumentos que
a defendem.
e) A estruturação da frase mostra um pensamento de cunho universal, sem participação do autor.

Questão 69: FGV - A questão desta prova é elaborada a partir de pequenos textos e pretendem avaliar
sua capacidade em interpretar e compreender textos, assim como em redigir de forma correta e
adequada.

“O mais importante não é o número de ideias agrupadas em sua mente, mas o vínculo que as une.”

Essa frase fala de uma característica do real conhecimento, que é construído


a) pela quantidade de ideias que você armazena.
b) pelas relações estabelecidas entre as ideias.

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c) pela seleção qualitativa das ideias.


d) pela independência de cada ideia.
e) pela substituição progressiva das ideias.

Questão 70: FGV - A questão desta prova é elaborada a partir de pequenos textos e pretendem avaliar
sua capacidade em interpretar e compreender textos, assim como em redigir de forma correta e
adequada.

Observe o seguinte pensamento de Millôr Fernandes:

“Eu acho, porque acho; os argumentos, arranjo depois.”

Em termos argumentativos, Millôr Fernandes


a) procura argumentar da forma mais lógica possível.
b) considera que opiniões independem de argumentos.
c) mostra que as opiniões devem apoiar-se em argumentos.
d) indica que suas opiniões são testemunhos de autoridade.
e) demonstra que textos argumentativos devem partir de certezas.

Questão 71: FGV - A questão desta prova é elaborada a partir de pequenos textos e pretendem avaliar
sua capacidade em interpretar e compreender textos, assim como em redigir de forma correta e
adequada.

Todas as frases abaixo dizem respeito à comunicação humana; assinale aquela que fala de um tipo de
comunicação diferente das demais.
a) Deixe uma série de pensamentos felizes correrem em sua mente. Eles vão transparecer em seu rosto.
b) O vestuário fala. Fala o fato de eu me apresentar no escritório de manhã com uma gravata normal
de riscas ou com uma gravata psicodélica.
c) As palavras não conseguem expressar os pensamentos com precisão.
d) Estava com a saúde tão debilitada que tínhamos de descobrir suas vontades pelo simples movimento
do olhar.
e) A simples apresentação da charge fazia com que todos rissem.

Questão 72: FGV - A questão desta prova é elaborada a partir de pequenos textos e pretendem avaliar
sua capacidade em interpretar e compreender textos, assim como em redigir de forma correta e
adequada.

Um conhecido jogador de futebol, negro, foi entrevistado na França onde lhe perguntaram se no Brasil
havia racismo; sua resposta foi:

“Não; no Brasil, onde preto não entra, branco pobre também não entra”.

A frase demonstra haver no Brasil, segundo ele,


a) racismo.
b) preconceito linguístico.
c) homofobia.
d) preconceito social.

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e) intolerância religiosa.

Questão 73: FGV - A questão desta prova é elaborada a partir de pequenos textos e pretendem avaliar
sua capacidade em interpretar e compreender textos, assim como em redigir de forma correta e
adequada.

Observe a seguinte frase humorística:

“Era um deputado conservador. Seu único programa político era conservar sua cadeira na Câmara.”

O humor é obtido, em muitos casos, pelo inesperado de algo; no caso dessa frase, o inesperado está
a) no fato de o programa do político não ter mais de um tópico.
b) na atribuição de um sentido diferente ao termo conservador.
c) na informação de que os conservadores nada fazem de útil.
d) na circunstância de alguns políticos não terem programas.
e) na referência a um parlamento antigo, em função da presença do termo cadeira.

Questão 74: CEBRASPE (CESPE) - Um registro de mutações ligadas ao mundo eletrônico se refere ao
que chamo de a ordem das propriedades, tanto em um sentido jurídico — o que fundamenta a
propriedade literária e o copyright — quanto em um sentido textual — o que define as características
ou propriedades dos textos.

O texto eletrônico, tal qual o conhecemos, é um texto móvel, maleável, aberto. O leitor pode intervir
em seu próprio conteúdo, e não somente nos espaços deixados em branco pela composição tipográfica.
Pode deslocar, recortar, estender, recompor as unidades textuais das quais se apodera. Nesse processo,
desaparece a atribuição dos textos ao nome de seu autor, já que são constantemente modificados por
uma escritura coletiva, múltipla, polifônica.

Essa mobilidade lança um desafio aos critérios e às categorias que, pelo menos desde o século XVIII,
identificam as obras com base na sua estabilidade, singularidade e originalidade. Há um estreito vínculo
entre a identidade singular, estável, reproduzível dos textos e o regime de propriedade que protege os
direitos dos autores e dos editores. É essa relação que coloca em questão o mundo digital, que propõe
textos brandos, ubíquos, palimpsestos.

Roger Chartier. Os desafios da escrita. Tradução de Fulvia M. L. Moreto. São Paulo:


Editora UNESP, 2002, p. 24-25 (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.

O texto afirma que os textos eletrônicos, dada sua mobilidade, maleabilidade e abertura, são escritos
para serem modificados.
Certo
Errado

Questão 75: CEBRASPE (CESPE) -

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Um registro de mutações ligadas ao mundo eletrônico se refere ao que chamo de a ordem das
propriedades, tanto em um sentido jurídico — o que fundamenta a propriedade literária e o copyright
— quanto em um sentido textual — o que define as características ou propriedades dos textos.

O texto eletrônico, tal qual o conhecemos, é um texto móvel, maleável, aberto. O leitor pode intervir
em seu próprio conteúdo, e não somente nos espaços deixados em branco pela composição tipográfica.
Pode deslocar, recortar, estender, recompor as unidades textuais das quais se apodera. Nesse processo,
desaparece a atribuição dos textos ao nome de seu autor, já que são constantemente modificados por
uma escritura coletiva, múltipla, polifônica.

Essa mobilidade lança um desafio aos critérios e às categorias que, pelo menos desde o século XVIII,
identificam as obras com base na sua estabilidade, singularidade e originalidade. Há um estreito vínculo
entre a identidade singular, estável, reproduzível dos textos e o regime de propriedade que protege os
direitos dos autores e dos editores. É essa relação que coloca em questão o mundo digital, que propõe
textos brandos, ubíquos, palimpsestos.

Roger Chartier. Os desafios da escrita. Tradução de Fulvia M. L. Moreto. São Paulo:


Editora UNESP, 2002, p. 24-25 (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.

Nos textos eletrônicos, a interferência do leitor pode ir além da sua forma e atingir, também, o seu
conteúdo.
Certo
Errado

Questão 76: CEBRASPE (CESPE) -


Um registro de mutações ligadas ao mundo eletrônico se refere ao que chamo de a ordem das
propriedades, tanto em um sentido jurídico — o que fundamenta a propriedade literária e o copyright
— quanto em um sentido textual — o que define as características ou propriedades dos textos.

O texto eletrônico, tal qual o conhecemos, é um texto móvel, maleável, aberto. O leitor pode intervir
em seu próprio conteúdo, e não somente nos espaços deixados em branco pela composição tipográfica.
Pode deslocar, recortar, estender, recompor as unidades textuais das quais se apodera. Nesse processo,
desaparece a atribuição dos textos ao nome de seu autor, já que são constantemente modificados por
uma escritura coletiva, múltipla, polifônica.

Essa mobilidade lança um desafio aos critérios e às categorias que, pelo menos desde o século XVIII,
identificam as obras com base na sua estabilidade, singularidade e originalidade. Há um estreito vínculo
entre a identidade singular, estável, reproduzível dos textos e o regime de propriedade que protege os
direitos dos autores e dos editores. É essa relação que coloca em questão o mundo digital, que propõe
textos brandos, ubíquos, palimpsestos.

Roger Chartier. Os desafios da escrita. Tradução de Fulvia M. L. Moreto. São Paulo:


Editora UNESP, 2002, p. 24-25 (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.

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O mundo digital coloca em xeque o conceito de texto como se conhecia, bem como as tradicionais
relações de autoria e propriedade.
Certo
Errado

Questão 77: CEBRASPE (CESPE) -


Um registro de mutações ligadas ao mundo eletrônico se refere ao que chamo de a ordem das
propriedades, tanto em um sentido jurídico — o que fundamenta a propriedade literária e o copyright
— quanto em um sentido textual — o que define as características ou propriedades dos textos.

O texto eletrônico, tal qual o conhecemos, é um texto móvel, maleável, aberto. O leitor pode intervir
em seu próprio conteúdo, e não somente nos espaços deixados em branco pela composição tipográfica.
Pode deslocar, recortar, estender, recompor as unidades textuais das quais se apodera. Nesse processo,
desaparece a atribuição dos textos ao nome de seu autor, já que são constantemente modificados por
uma escritura coletiva, múltipla, polifônica.

Essa mobilidade lança um desafio aos critérios e às categorias que, pelo menos desde o século XVIII,
identificam as obras com base na sua estabilidade, singularidade e originalidade. Há um estreito vínculo
entre a identidade singular, estável, reproduzível dos textos e o regime de propriedade que protege os
direitos dos autores e dos editores. É essa relação que coloca em questão o mundo digital, que propõe
textos brandos, ubíquos, palimpsestos.

Roger Chartier. Os desafios da escrita. Tradução de Fulvia M. L. Moreto. São Paulo:


Editora UNESP, 2002, p. 24-25 (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.

O autor do texto apresentado defende que os textos eletrônicos têm propriedades singulares que
conduzem a uma revisão das fronteiras entre os diferentes tipos textuais, da noção jurídica de
propriedade e das leis referentes à propriedade intelectual e ao copyright.
Certo
Errado

Questão 78: CEBRASPE (CESPE) -


A tecnologia finalmente está derrubando os muros do tradicionalismo que envolve o mundo do direito.
Cercado de costumes e hábitos por todos os lados, o direito e seus operadores têm a fama de serem
apegados a formalismos, praxes e arcaísmos resistentes a mudanças mais radicais. São práticas
persistentes, passadas adiante por gerações e cultivadas como se necessárias para manter a integridade
e a operacionalidade costumeira do sistema.

Nem mesmo o hermético universo do direito resistiu às mudanças tecnológicas trazidas pela rede
mundial de computadores e pela possibilidade do uso de softwares de inteligência artificial para análise
de grandes volumes de dados.

Novidades cuja aplicação foi impulsionada pelo incessante crescimento de demandas judiciais e pela
necessidade de implementar e efetivar o sistema de precedentes qualificados.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Todas essas inovações, sem dúvida nenhuma, transformaram o sistema de justiça como o conhecíamos
e o cotidiano dos operadores do direito.

O direito, o processo decisório e os julgamentos são eminentemente de natureza humana e dependem


do ser humano para serem bem realizados. Assim, mesmo que os avanços tecnológicos sejam inevitáveis,
todas as inovações eletrônicas e virtuais devem sempre ser implementadas com parcimônia e vistas com
muito cuidado, não apenas para sempre permitirem o exercício de direitos e garantias, mas também
para não restringirem — e, sim, ampliarem — o acesso à justiça e, sobretudo, para manterem a
insubstituível humanidade da justiça.

Rafael Muneratti. Justiça virtual e acesso à justiça. In: Revista da Defensoria


Pública do Estado do Rio Grande do Sul, ano 12, v. 1, n.º 28, 2021 (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.

A humanidade é um fator importante para o direito e para a justiça.


Certo
Errado

Questão 79: CEBRASPE (CESPE) -


A tecnologia finalmente está derrubando os muros do tradicionalismo que envolve o mundo do direito.
Cercado de costumes e hábitos por todos os lados, o direito e seus operadores têm a fama de serem
apegados a formalismos, praxes e arcaísmos resistentes a mudanças mais radicais. São práticas
persistentes, passadas adiante por gerações e cultivadas como se necessárias para manter a integridade
e a operacionalidade costumeira do sistema.

Nem mesmo o hermético universo do direito resistiu às mudanças tecnológicas trazidas pela rede
mundial de computadores e pela possibilidade do uso de softwares de inteligência artificial para análise
de grandes volumes de dados.

Novidades cuja aplicação foi impulsionada pelo incessante crescimento de demandas judiciais e pela
necessidade de implementar e efetivar o sistema de precedentes qualificados.

Todas essas inovações, sem dúvida nenhuma, transformaram o sistema de justiça como o conhecíamos
e o cotidiano dos operadores do direito.

O direito, o processo decisório e os julgamentos são eminentemente de natureza humana e dependem


do ser humano para serem bem realizados. Assim, mesmo que os avanços tecnológicos sejam inevitáveis,
todas as inovações eletrônicas e virtuais devem sempre ser implementadas com parcimônia e vistas com
muito cuidado, não apenas para sempre permitirem o exercício de direitos e garantias, mas também
para não restringirem — e, sim, ampliarem — o acesso à justiça e, sobretudo, para manterem a
insubstituível humanidade da justiça.

Rafael Muneratti. Justiça virtual e acesso à justiça. In: Revista da Defensoria


Pública do Estado do Rio Grande do Sul, ano 12, v. 1, n.º 28, 2021 (com adaptações).

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


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Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.

O texto argumenta que as demandas crescentes do direito tornaram imperativa a aproximação dessa
área com a tecnologia.
Certo
Errado

Questão 80: CEBRASPE (CESPE) -


A tecnologia finalmente está derrubando os muros do tradicionalismo que envolve o mundo do direito.
Cercado de costumes e hábitos por todos os lados, o direito e seus operadores têm a fama de serem
apegados a formalismos, praxes e arcaísmos resistentes a mudanças mais radicais. São práticas
persistentes, passadas adiante por gerações e cultivadas como se necessárias para manter a integridade
e a operacionalidade costumeira do sistema.

Nem mesmo o hermético universo do direito resistiu às mudanças tecnológicas trazidas pela rede
mundial de computadores e pela possibilidade do uso de softwares de inteligência artificial para análise
de grandes volumes de dados.

Novidades cuja aplicação foi impulsionada pelo incessante crescimento de demandas judiciais e pela
necessidade de implementar e efetivar o sistema de precedentes qualificados.

Todas essas inovações, sem dúvida nenhuma, transformaram o sistema de justiça como o conhecíamos
e o cotidiano dos operadores do direito.

O direito, o processo decisório e os julgamentos são eminentemente de natureza humana e dependem


do ser humano para serem bem realizados. Assim, mesmo que os avanços tecnológicos sejam inevitáveis,
todas as inovações eletrônicas e virtuais devem sempre ser implementadas com parcimônia e vistas com
muito cuidado, não apenas para sempre permitirem o exercício de direitos e garantias, mas também
para não restringirem — e, sim, ampliarem — o acesso à justiça e, sobretudo, para manterem a
insubstituível humanidade da justiça.

Rafael Muneratti. Justiça virtual e acesso à justiça. In: Revista da Defensoria


Pública do Estado do Rio Grande do Sul, ano 12, v. 1, n.º 28, 2021 (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.

Infere-se do texto que o tradicionalismo característico da área do direito dificultou o uso da tecnologia
nessa área, dada a recusa de seus operadores em se adaptar aos avanços tecnológicos.
Certo
Errado

Questão 81: CEBRASPE (CESPE) -


A tecnologia finalmente está derrubando os muros do tradicionalismo que envolve o mundo do direito.
Cercado de costumes e hábitos por todos os lados, o direito e seus operadores têm a fama de serem
apegados a formalismos, praxes e arcaísmos resistentes a mudanças mais radicais. São práticas
persistentes, passadas adiante por gerações e cultivadas como se necessárias para manter a integridade
e a operacionalidade costumeira do sistema.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


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Nem mesmo o hermético universo do direito resistiu às mudanças tecnológicas trazidas pela rede
mundial de computadores e pela possibilidade do uso de softwares de inteligência artificial para análise
de grandes volumes de dados.

Novidades cuja aplicação foi impulsionada pelo incessante crescimento de demandas judiciais e pela
necessidade de implementar e efetivar o sistema de precedentes qualificados.

Todas essas inovações, sem dúvida nenhuma, transformaram o sistema de justiça como o conhecíamos
e o cotidiano dos operadores do direito.

O direito, o processo decisório e os julgamentos são eminentemente de natureza humana e dependem


do ser humano para serem bem realizados. Assim, mesmo que os avanços tecnológicos sejam inevitáveis,
todas as inovações eletrônicas e virtuais devem sempre ser implementadas com parcimônia e vistas com
muito cuidado, não apenas para sempre permitirem o exercício de direitos e garantias, mas também
para não restringirem — e, sim, ampliarem — o acesso à justiça e, sobretudo, para manterem a
insubstituível humanidade da justiça.

Rafael Muneratti. Justiça virtual e acesso à justiça. In: Revista da Defensoria


Pública do Estado do Rio Grande do Sul, ano 12, v. 1, n.º 28, 2021 (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.

Segundo o texto, as inovações eletrônicas e virtuais, por serem executadas sem parcimônia, põem em
risco o trabalho dos operadores do direito na medida em que suprimem o lado humano da justiça.
Certo
Errado

Questão 82: CEBRASPE (CESPE) -


A tecnologia finalmente está derrubando os muros do tradicionalismo que envolve o mundo do direito.
Cercado de costumes e hábitos por todos os lados, o direito e seus operadores têm a fama de serem
apegados a formalismos, praxes e arcaísmos resistentes a mudanças mais radicais. São práticas
persistentes, passadas adiante por gerações e cultivadas como se necessárias para manter a integridade
e a operacionalidade costumeira do sistema.

Nem mesmo o hermético universo do direito resistiu às mudanças tecnológicas trazidas pela rede
mundial de computadores e pela possibilidade do uso de softwares de inteligência artificial para análise
de grandes volumes de dados.

Novidades cuja aplicação foi impulsionada pelo incessante crescimento de demandas judiciais e pela
necessidade de implementar e efetivar o sistema de precedentes qualificados.

Todas essas inovações, sem dúvida nenhuma, transformaram o sistema de justiça como o conhecíamos
e o cotidiano dos operadores do direito.

O direito, o processo decisório e os julgamentos são eminentemente de natureza humana e dependem


do ser humano para serem bem realizados. Assim, mesmo que os avanços tecnológicos sejam inevitáveis,

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

todas as inovações eletrônicas e virtuais devem sempre ser implementadas com parcimônia e vistas com
muito cuidado, não apenas para sempre permitirem o exercício de direitos e garantias, mas também
para não restringirem — e, sim, ampliarem — o acesso à justiça e, sobretudo, para manterem a
insubstituível humanidade da justiça.

Rafael Muneratti. Justiça virtual e acesso à justiça. In: Revista da Defensoria


Pública do Estado do Rio Grande do Sul, ano 12, v. 1, n.º 28, 2021 (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.

O trecho “como se necessárias para manter a integridade e a operacionalidade costumeira do sistema”


expressa uma avaliação crítica do autor em relação a algumas práticas da área do direito.
Certo
Errado

Questão 83: CEBRASPE (CESPE) -


Para falar de racismo, é preciso antes diferenciar o racismo de outras categorias que também aparecem
associadas à ideia de raça: preconceito e discriminação.

Podemos dizer que o racismo é uma forma sistemática de discriminação que tem a raça como
fundamento e que se manifesta por meio de práticas conscientes ou inconscientes que culminam em
desvantagens ou privilégios para indivíduos, a depender do grupo racial ao qual pertençam.

Embora haja relação entre os conceitos, o racismo difere do preconceito racial e da discriminação racial.
O preconceito racial é o juízo baseado em estereótipos acerca de indivíduos que pertençam a
determinado grupo racializado, o que pode ou não resultar em práticas discriminatórias. Considerar
negros violentos e inconfiáveis, judeus avarentos ou orientais “naturalmente” preparados para as
ciências exatas são exemplos de preconceitos.

A discriminação racial, por sua vez, é a atribuição de tratamento diferenciado a membros de grupos
racialmente identificados. Portanto, a discriminação tem como requisito fundamental o poder — ou
seja, a possibilidade efetiva do uso da força —, sem o qual não é possível atribuir vantagens ou
desvantagens por conta da raça. Assim, a discriminação pode ser direta ou indireta. A discriminação
direta é o repúdio ostensivo a indivíduos ou grupos, motivado pela condição racial, exemplo do que
ocorre em países que proíbem a entrada de negros, judeus, muçulmanos, pessoas de origem árabe ou
persa, ou ainda lojas que se recusam a atender clientes de determinada raça. Já a discriminação indireta
é um processo em que a situação específica de grupos minoritários é ignorada — discriminação de fato
— ou sobre a qual são impostas regras de “neutralidade racial” sem que se leve em conta a existência
de diferenças sociais significativas — discriminação pelo direito ou discriminação por impacto adverso.
A discriminação indireta é marcada pela ausência de intencionalidade explícita de discriminar pessoas.
Isso pode acontecer porque a norma ou prática não leva em consideração ou não pode prever de forma
concreta as consequências da norma.

Silvio Almeida. Racismo Estrutural (Feminismos Plurais).


Editora Jandaíra. Edição do Kindle (com adaptações).

Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item que se seguem.

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O texto trata os termos “racismo”, “discriminação racial” e “preconceito racial” como semanticamente
relacionados, embora distintos entre si.
Certo
Errado

Questão 84: CEBRASPE (CESPE) -


Para falar de racismo, é preciso antes diferenciar o racismo de outras categorias que também aparecem
associadas à ideia de raça: preconceito e discriminação.

Podemos dizer que o racismo é uma forma sistemática de discriminação que tem a raça como
fundamento e que se manifesta por meio de práticas conscientes ou inconscientes que culminam em
desvantagens ou privilégios para indivíduos, a depender do grupo racial ao qual pertençam.

Embora haja relação entre os conceitos, o racismo difere do preconceito racial e da discriminação racial.
O preconceito racial é o juízo baseado em estereótipos acerca de indivíduos que pertençam a
determinado grupo racializado, o que pode ou não resultar em práticas discriminatórias. Considerar
negros violentos e inconfiáveis, judeus avarentos ou orientais “naturalmente” preparados para as
ciências exatas são exemplos de preconceitos.

A discriminação racial, por sua vez, é a atribuição de tratamento diferenciado a membros de grupos
racialmente identificados. Portanto, a discriminação tem como requisito fundamental o poder — ou
seja, a possibilidade efetiva do uso da força —, sem o qual não é possível atribuir vantagens ou
desvantagens por conta da raça. Assim, a discriminação pode ser direta ou indireta. A discriminação
direta é o repúdio ostensivo a indivíduos ou grupos, motivado pela condição racial, exemplo do que
ocorre em países que proíbem a entrada de negros, judeus, muçulmanos, pessoas de origem árabe ou
persa, ou ainda lojas que se recusam a atender clientes de determinada raça. Já a discriminação indireta
é um processo em que a situação específica de grupos minoritários é ignorada — discriminação de fato
— ou sobre a qual são impostas regras de “neutralidade racial” sem que se leve em conta a existência
de diferenças sociais significativas — discriminação pelo direito ou discriminação por impacto adverso.
A discriminação indireta é marcada pela ausência de intencionalidade explícita de discriminar pessoas.
Isso pode acontecer porque a norma ou prática não leva em consideração ou não pode prever de forma
concreta as consequências da norma.

Silvio Almeida. Racismo Estrutural (Feminismos Plurais).


Editora Jandaíra. Edição do Kindle (com adaptações).

Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item que se seguem.

Infere-se das ideias do texto que o sistema de cotas raciais em universidades e concursos públicos
consiste em um tipo de discriminação indireta, “marcada pela ausência de intencionalidade explícita
de discriminar pessoas”.
Certo
Errado

Questão 85: CEBRASPE (CESPE) -

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E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Para falar de racismo, é preciso antes diferenciar o racismo de outras categorias que também aparecem
associadas à ideia de raça: preconceito e discriminação.

Podemos dizer que o racismo é uma forma sistemática de discriminação que tem a raça como
fundamento e que se manifesta por meio de práticas conscientes ou inconscientes que culminam em
desvantagens ou privilégios para indivíduos, a depender do grupo racial ao qual pertençam.

Embora haja relação entre os conceitos, o racismo difere do preconceito racial e da discriminação racial.
O preconceito racial é o juízo baseado em estereótipos acerca de indivíduos que pertençam a
determinado grupo racializado, o que pode ou não resultar em práticas discriminatórias. Considerar
negros violentos e inconfiáveis, judeus avarentos ou orientais “naturalmente” preparados para as
ciências exatas são exemplos de preconceitos.

A discriminação racial, por sua vez, é a atribuição de tratamento diferenciado a membros de grupos
racialmente identificados. Portanto, a discriminação tem como requisito fundamental o poder — ou
seja, a possibilidade efetiva do uso da força —, sem o qual não é possível atribuir vantagens ou
desvantagens por conta da raça. Assim, a discriminação pode ser direta ou indireta. A discriminação
direta é o repúdio ostensivo a indivíduos ou grupos, motivado pela condição racial, exemplo do que
ocorre em países que proíbem a entrada de negros, judeus, muçulmanos, pessoas de origem árabe ou
persa, ou ainda lojas que se recusam a atender clientes de determinada raça. Já a discriminação indireta
é um processo em que a situação específica de grupos minoritários é ignorada — discriminação de fato
— ou sobre a qual são impostas regras de “neutralidade racial” sem que se leve em conta a existência
de diferenças sociais significativas — discriminação pelo direito ou discriminação por impacto adverso.
A discriminação indireta é marcada pela ausência de intencionalidade explícita de discriminar pessoas.
Isso pode acontecer porque a norma ou prática não leva em consideração ou não pode prever de forma
concreta as consequências da norma.

Silvio Almeida. Racismo Estrutural (Feminismos Plurais).


Editora Jandaíra. Edição do Kindle (com adaptações).

Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item que se seguem.

Infere-se do texto que pessoas de determinados grupos raciais obtêm privilégios com as práticas de
racismo.
Certo
Errado

Questão 86: CEBRASPE (CESPE) -


Na sociedade líquido-moderna da hipermodernidade globalizante, o fazer compras não pressupõe
nenhum discurso. O consumidor — o hiperconsumidor — compra aquilo que lhe apraz. Ele segue as suas
inclinações individuais. O curtir é o seu lema.

Esse movimento social de hiperconsumismo, de vida para o consumo, guiou a pessoa natural para o
caminho da necessidade, da vontade e do gosto pelo consumo, bem como impulsionou o descarte de
cada vez mais recursos naturais finitos. Isso tem transformado negativamente o planeta, ao trazer
prejuízos não apenas para as futuras gerações, como também para as atuais, o que resulta em problemas
sociais, crises humanitárias e degradação do meio ambiente ecologicamente equilibrado, além de afetar

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


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o desenvolvimento humano, ao se precificar o ser racional, dissolvendo-se toda solidez social e trazendo-
se à tona uma sociedade líquido-moderna de hiperconsumidores vorazes e indiferentes às consequências
de seus atos sobre o meio ambiente ecologicamente equilibrado e sobre as gerações atuais e futuras.

O consumismo é uma economia do logro, do excesso e do lixo, pois faz que o ser humano trabalhe duro
para adquirir mais coisas, mas traz a sensação de insatisfação porque sempre há alguma coisa melhor,
maior e mais rápida do que no presente. Ao mesmo tempo, as coisas que se possuem e se consomem
enchem não apenas os armários, as garagens, as casas e as vidas, mas também as mentes das pessoas.

Nessa sociedade líquido-moderna de hiperconsumidores, o desejo satisfeito pelo consumo gera a


sensação de algo ultrapassado; o fim de um consumo significa a vontade de iniciar qualquer outro. Nessa
vida de hiperconsumo e para o hiperconsumo, a pessoa natural fica tentada com a gratificação própria
imediata, mas, ao mesmo tempo, os cérebros não conseguem compreender o impacto cumulativo em
um nível coletivo. Assim, um desejo satisfeito torna-se quase tão prazeroso e excitante quanto uma flor
murcha ou uma garrafa de plástico vazia.

O hiperconsumismo afeta não apenas a relação simbiótica entre o ser humano e o planeta, como também
fere de morte a moral, ao passo que torna tudo e todos algo precificável, descartável e indiferente.

Fellipe V. B. Fraga e Bruno B. de Oliveira. O consumo colaborativo


como mecanismo de desenvolvimento sustentável na sociedade
líquido-moderna. LAECC. Edição do Kindle (com adaptações).

Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se seguem.

Depreende-se do texto que o termo “hipermodernidade”, empregado para designar o momento atual
da sociedade humana, origina-se da referência a uma característica marcante da sociedade atual: o
hiperconsumo.
Certo
Errado

Questão 87: CEBRASPE (CESPE) -


Na sociedade líquido-moderna da hipermodernidade globalizante, o fazer compras não pressupõe
nenhum discurso. O consumidor — o hiperconsumidor — compra aquilo que lhe apraz. Ele segue as suas
inclinações individuais. O curtir é o seu lema.

Esse movimento social de hiperconsumismo, de vida para o consumo, guiou a pessoa natural para o
caminho da necessidade, da vontade e do gosto pelo consumo, bem como impulsionou o descarte de
cada vez mais recursos naturais finitos. Isso tem transformado negativamente o planeta, ao trazer
prejuízos não apenas para as futuras gerações, como também para as atuais, o que resulta em problemas
sociais, crises humanitárias e degradação do meio ambiente ecologicamente equilibrado, além de afetar
o desenvolvimento humano, ao se precificar o ser racional, dissolvendo-se toda solidez social e trazendo-
se à tona uma sociedade líquido-moderna de hiperconsumidores vorazes e indiferentes às consequências
de seus atos sobre o meio ambiente ecologicamente equilibrado e sobre as gerações atuais e futuras.

O consumismo é uma economia do logro, do excesso e do lixo, pois faz que o ser humano trabalhe duro
para adquirir mais coisas, mas traz a sensação de insatisfação porque sempre há alguma coisa melhor,

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


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maior e mais rápida do que no presente. Ao mesmo tempo, as coisas que se possuem e se consomem
enchem não apenas os armários, as garagens, as casas e as vidas, mas também as mentes das pessoas.

Nessa sociedade líquido-moderna de hiperconsumidores, o desejo satisfeito pelo consumo gera a


sensação de algo ultrapassado; o fim de um consumo significa a vontade de iniciar qualquer outro. Nessa
vida de hiperconsumo e para o hiperconsumo, a pessoa natural fica tentada com a gratificação própria
imediata, mas, ao mesmo tempo, os cérebros não conseguem compreender o impacto cumulativo em
um nível coletivo. Assim, um desejo satisfeito torna-se quase tão prazeroso e excitante quanto uma flor
murcha ou uma garrafa de plástico vazia.

O hiperconsumismo afeta não apenas a relação simbiótica entre o ser humano e o planeta, como também
fere de morte a moral, ao passo que torna tudo e todos algo precificável, descartável e indiferente.

Fellipe V. B. Fraga e Bruno B. de Oliveira. O consumo colaborativo


como mecanismo de desenvolvimento sustentável na sociedade
líquido-moderna. LAECC. Edição do Kindle (com adaptações).

Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se seguem.

O movimento de hiperconsumismo é descomprometido com a manutenção de um meio ambiente


ecologicamente equilibrado, segundo as informações do texto.
Certo
Errado

Questão 88: CEBRASPE (CESPE) -


Na sociedade líquido-moderna da hipermodernidade globalizante, o fazer compras não pressupõe
nenhum discurso. O consumidor — o hiperconsumidor — compra aquilo que lhe apraz. Ele segue as suas
inclinações individuais. O curtir é o seu lema.

Esse movimento social de hiperconsumismo, de vida para o consumo, guiou a pessoa natural para o
caminho da necessidade, da vontade e do gosto pelo consumo, bem como impulsionou o descarte de
cada vez mais recursos naturais finitos. Isso tem transformado negativamente o planeta, ao trazer
prejuízos não apenas para as futuras gerações, como também para as atuais, o que resulta em problemas
sociais, crises humanitárias e degradação do meio ambiente ecologicamente equilibrado, além de afetar
o desenvolvimento humano, ao se precificar o ser racional, dissolvendo-se toda solidez social e trazendo-
se à tona uma sociedade líquido-moderna de hiperconsumidores vorazes e indiferentes às consequências
de seus atos sobre o meio ambiente ecologicamente equilibrado e sobre as gerações atuais e futuras.

O consumismo é uma economia do logro, do excesso e do lixo, pois faz que o ser humano trabalhe duro
para adquirir mais coisas, mas traz a sensação de insatisfação porque sempre há alguma coisa melhor,
maior e mais rápida do que no presente. Ao mesmo tempo, as coisas que se possuem e se consomem
enchem não apenas os armários, as garagens, as casas e as vidas, mas também as mentes das pessoas.

Nessa sociedade líquido-moderna de hiperconsumidores, o desejo satisfeito pelo consumo gera a


sensação de algo ultrapassado; o fim de um consumo significa a vontade de iniciar qualquer outro. Nessa
vida de hiperconsumo e para o hiperconsumo, a pessoa natural fica tentada com a gratificação própria
imediata, mas, ao mesmo tempo, os cérebros não conseguem compreender o impacto cumulativo em

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


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um nível coletivo. Assim, um desejo satisfeito torna-se quase tão prazeroso e excitante quanto uma flor
murcha ou uma garrafa de plástico vazia.

O hiperconsumismo afeta não apenas a relação simbiótica entre o ser humano e o planeta, como também
fere de morte a moral, ao passo que torna tudo e todos algo precificável, descartável e indiferente.

Fellipe V. B. Fraga e Bruno B. de Oliveira. O consumo colaborativo


como mecanismo de desenvolvimento sustentável na sociedade
líquido-moderna. LAECC. Edição do Kindle (com adaptações).

Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se seguem.

Conforme as ideias do texto, uma flor murcha e uma garrafa de plástico vazia, assim como certos objetos
de consumo, são aprazíveis aos hiperconsumidores.
Certo
Errado

Questão 89: CEBRASPE (CESPE) -


Na sociedade líquido-moderna da hipermodernidade globalizante, o fazer compras não pressupõe
nenhum discurso. O consumidor — o hiperconsumidor — compra aquilo que lhe apraz. Ele segue as suas
inclinações individuais. O curtir é o seu lema.

Esse movimento social de hiperconsumismo, de vida para o consumo, guiou a pessoa natural para o
caminho da necessidade, da vontade e do gosto pelo consumo, bem como impulsionou o descarte de
cada vez mais recursos naturais finitos. Isso tem transformado negativamente o planeta, ao trazer
prejuízos não apenas para as futuras gerações, como também para as atuais, o que resulta em problemas
sociais, crises humanitárias e degradação do meio ambiente ecologicamente equilibrado, além de afetar
o desenvolvimento humano, ao se precificar o ser racional, dissolvendo-se toda solidez social e trazendo-
se à tona uma sociedade líquido-moderna de hiperconsumidores vorazes e indiferentes às consequências
de seus atos sobre o meio ambiente ecologicamente equilibrado e sobre as gerações atuais e futuras.

O consumismo é uma economia do logro, do excesso e do lixo, pois faz que o ser humano trabalhe duro
para adquirir mais coisas, mas traz a sensação de insatisfação porque sempre há alguma coisa melhor,
maior e mais rápida do que no presente. Ao mesmo tempo, as coisas que se possuem e se consomem
enchem não apenas os armários, as garagens, as casas e as vidas, mas também as mentes das pessoas.

Nessa sociedade líquido-moderna de hiperconsumidores, o desejo satisfeito pelo consumo gera a


sensação de algo ultrapassado; o fim de um consumo significa a vontade de iniciar qualquer outro. Nessa
vida de hiperconsumo e para o hiperconsumo, a pessoa natural fica tentada com a gratificação própria
imediata, mas, ao mesmo tempo, os cérebros não conseguem compreender o impacto cumulativo em
um nível coletivo. Assim, um desejo satisfeito torna-se quase tão prazeroso e excitante quanto uma flor
murcha ou uma garrafa de plástico vazia.

O hiperconsumismo afeta não apenas a relação simbiótica entre o ser humano e o planeta, como também
fere de morte a moral, ao passo que torna tudo e todos algo precificável, descartável e indiferente.

Fellipe V. B. Fraga e Bruno B. de Oliveira. O consumo colaborativo


como mecanismo de desenvolvimento sustentável na sociedade

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


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líquido-moderna. LAECC. Edição do Kindle (com adaptações).

Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se seguem.

De acordo com o texto, a lógica do hiperconsumo se traduz em um movimento reiterado e sem fim.
Certo
Errado

Questão 90: CEBRASPE (CESPE) -


Na sociedade líquido-moderna da hipermodernidade globalizante, o fazer compras não pressupõe
nenhum discurso. O consumidor — o hiperconsumidor — compra aquilo que lhe apraz. Ele segue as suas
inclinações individuais. O curtir é o seu lema.

Esse movimento social de hiperconsumismo, de vida para o consumo, guiou a pessoa natural para o
caminho da necessidade, da vontade e do gosto pelo consumo, bem como impulsionou o descarte de
cada vez mais recursos naturais finitos. Isso tem transformado negativamente o planeta, ao trazer
prejuízos não apenas para as futuras gerações, como também para as atuais, o que resulta em problemas
sociais, crises humanitárias e degradação do meio ambiente ecologicamente equilibrado, além de afetar
o desenvolvimento humano, ao se precificar o ser racional, dissolvendo-se toda solidez social e trazendo-
se à tona uma sociedade líquido-moderna de hiperconsumidores vorazes e indiferentes às consequências
de seus atos sobre o meio ambiente ecologicamente equilibrado e sobre as gerações atuais e futuras.

O consumismo é uma economia do logro, do excesso e do lixo, pois faz que o ser humano trabalhe duro
para adquirir mais coisas, mas traz a sensação de insatisfação porque sempre há alguma coisa melhor,
maior e mais rápida do que no presente. Ao mesmo tempo, as coisas que se possuem e se consomem
enchem não apenas os armários, as garagens, as casas e as vidas, mas também as mentes das pessoas.

Nessa sociedade líquido-moderna de hiperconsumidores, o desejo satisfeito pelo consumo gera a


sensação de algo ultrapassado; o fim de um consumo significa a vontade de iniciar qualquer outro. Nessa
vida de hiperconsumo e para o hiperconsumo, a pessoa natural fica tentada com a gratificação própria
imediata, mas, ao mesmo tempo, os cérebros não conseguem compreender o impacto cumulativo em
um nível coletivo. Assim, um desejo satisfeito torna-se quase tão prazeroso e excitante quanto uma flor
murcha ou uma garrafa de plástico vazia.

O hiperconsumismo afeta não apenas a relação simbiótica entre o ser humano e o planeta, como também
fere de morte a moral, ao passo que torna tudo e todos algo precificável, descartável e indiferente.

Fellipe V. B. Fraga e Bruno B. de Oliveira. O consumo colaborativo


como mecanismo de desenvolvimento sustentável na sociedade
líquido-moderna. LAECC. Edição do Kindle (com adaptações).

Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se seguem.

De acordo com o texto, na sociedade hipermoderna, o consumo está atrelado ao tratamento de pessoas
como coisas.
Certo
Errado

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Questão 91: OMNI - Leia o texto a seguir para responder à questão

Vista cansada
Otto Lara Resende 23/02/1992

Acho que foi o Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última
vez. Pela última ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi outro escritor quem disse. Essa ideia de
olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua,
não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou. Fugiu enquanto pôde do desespero que o
ruía - e daquele tiro brutal.

Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver,disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo
de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não vendo. Experimente ver pela
primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é
familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio.

Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu
caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê.

Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava
sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom dia e às vezes lhe passava um recado ou uma
correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.

Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, nunca o viu .
Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o
rito, pode ser que também ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a
voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.

Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta
é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho.
Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. _ Nossos olhos se gastam no dia a dia,
opacos. E por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.
https:l/www1.folha.uol.com.br 80

Assinale a alternativa que apresenta o tema central do texto.


a) A visão de vida do escritor Hemingway.
b) Princípios básicos de uma vida plena e feliz.
c) Um profissional que não enxergava o porteiro do prédio.
d) Nossa dificuldade para enxergar o que vemos repetidas vezes.

Questão 92: FGV - Um escritor americano é o autor do seguinte pensamento: “Felicidade é ter uma
família grande, amorosa, cuidadosa, que se preocupa com você e está bem unida, só que em outra
cidade”.

O fato de a família morar em outra cidade tem a função textual de


a) indicar a razão de provocar saudade e a vontade de novos encontros.
b) provocar um distanciamento que só intensifica o sentimento amoroso de todos.

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c) referir-se ironicamente ao fato de que a proximidade dos membros familiares pode causar problemas
d) mostrar a preocupação da família com alguns de seus membros que residem à grande distância.
e) demonstrar que, mesmo nas famílias unidas, há sempre problemas que concorrem para a separação.

Questão 93: FGV - Atenção: O texto a seguir refere-se à questão.

“Dicas para deixar sua vida mais divertida: escreva diariamente seu próprio horóscopo; pare de se levar
tão a sério, principalmente porque quando você morrer, o tamanho do seu funeral vai depender do
tempo que estiver fazendo. Diariamente, sorria e diga olá para cinco estranhos na rua.”

A dica de escrever diariamente seu próprio horóscopo faz com que o leitor
a) desconheça integralmente os problemas de sua vida futura.
b) despreze adivinhações e passe a viver racionalmente.
c) torne sua vida melhor a cada dia.
d) construa seu destino.
e) crie somente previsões positivas para si mesmo.

Questão 94: FGV - Atenção: O texto a seguir refere-se à questão.

“Dicas para deixar sua vida mais divertida: escreva diariamente seu próprio horóscopo; pare de se levar
tão a sério, principalmente porque quando você morrer, o tamanho do seu funeral vai depender do
tempo que estiver fazendo. Diariamente, sorria e diga olá para cinco estranhos na rua.”

O que há de inesperado na estruturação do texto é a recomendação de que o leitor


a) escreva seu próprio horóscopo e cumprimente estranhos na rua.
b) cumprimente estranhos na rua e deixe de levar-se a sério.
c) deixe de levar-se a sério e não conte com muita gente em seu funeral.
d) não conte com muita gente em seu funeral e sorria sempre.
e) sorria sempre e escreva seu próprio horóscopo.

Questão 95: FGV - “Você tem de prestar muita atenção se não souber para onde está indo, porque
você pode não chegar lá.”

Esse pensamento mostra um problema em sua formulação, que é a falta de coerência, o que também
ocorre na seguinte frase:
a) O homem que não tem medo de nada é tão poderoso como aquele a quem todos temem.
b) A liberdade não consiste somente em seguir a própria vontade, mas às vezes também em abandoná-
la.
c) Derrote o medo da morte e dê boas-vindas à morte do medo.
d) A maior glória de um povo livre é transmitir o espírito de liberdade a seus antepassados.
e) Se você não puder aguentar o calor, saia da cozinha.

Questão 96: FGV - Leia o texto a seguir.

“Todos devemos tomar a terceira dose da vacina, pois estudos americanos mostram que essa dose
suplementar eleva para 90% a eliminação de riscos; além do mais, essas vacinas já se mostraram seguras
e já deixaram de ser experimentais há algum tempo.”

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Sobre a estruturação desse pequeno texto argumentativo, assinale a afirmativa correta.


a) A tese do texto é a de que todos devem tomar a terceira dose da vacina.
b) Um dos argumentos a favor da vacina é um argumento de autoridade, fundamentada nos estudos
americanos.
c) Um elemento de contra-argumentação é o de que as vacinas já deixaram de ser experimentais.
d) A experiência também é elemento de convencimento na frase “já se mostraram seguras”
e) Os argumentos apresentados devem ser relativizados pela presença da ironia no texto.

Questão 97: FGV - Atenção: O texto a seguir refere-se à questão.

“Quando nada parece ajudar, eu vou e olho o cortador de pedras martelando sua rocha talvez cem
vezes sem que nem uma só rachadura apareça. No entanto, na centésima primeira martelada, a pedra
se abre em duas, e eu sei que não foi aquela que a conseguiu mas todas as outras que vieram antes.”

A primeira frase do texto - Quando nada parece ajudar, (...) - mostra uma situação de crise íntima.

A lição de vida dada pelo cortador de pedras mostra o valor da


a) perseverança.
b) força do trabalho.
c) fidelidade a uma causa.
d) organização nas tarefas.
e) Inconstância.

Questão 98: FGV - Assinale a frase a seguir em que se explica a comparação feita.
a) Sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas.
b) A sinceridade é um dom como os demais.
c) O acaso é um deus e um diabo ao mesmo tempo.
d) Beneficiar vilões é como jogar água ao mar.
e) Um homem com sorte é como um corvo branco.

Questão 99: RBO - Leia o texto abaixo para responder à questão.

Coberta de cinzas após erupção de vulcão, ilha de Tonga 'parece superfície da Lua', dizem
moradores

A grande erupção vulcânica perto da ilha de Tonga no sábado (15/1) provocou ondas de tsunami, uma
nuvem de cinzas e um blecaute na luz, na internet e nas telecomunicações da pequena ilha no Pacífico.

Um dia depois do pico das erupções, a estimativa é de que o número de afetados chegue a 80 mil pessoas
(a ampla maioria da população de 105 mil), segundo as sociedades da Federação Internacional da Cruz
Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC, na sigla em inglês) disseram à BBC.

Por enquanto, não foi reportada nenhuma morte. Mas as informações, fotos e relatos vindos da ilha
ainda são escassos, e a Nova Zelândia e a Austrália planejam enviar voos de reconhecimento à região,
para ajudar a dimensionar os danos.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

O tsunami "foi um choque para as pessoas, então de fato temos alguma preocupação com as ilhas mais
distantes e estamos tentando fazer contato com as pessoas", diz Katie Greenwood, integrante da IFRC
em Fiji, agregando que Tonga precisará de ajuda com urgência.

"Suspeitamos que até 80 mil pessoas em Tonga tenham sido afetadas, seja pela erupção em si ou pelas
ondas e inundações resultantes da erupção."

A erupção do vulcão submarino fez subir uma nuvem de cinzas ao céu e gerou ondas de até 1,2 metro.
Foi uma erupção tão forte que pôde ser ouvida até na Nova Zelândia, a mais de 2,3 mil quilômetros de
distância dali.

Moradores locais que conseguiram se comunicar com o exterior disseram que a ilha se parece à
"superfície da Lua", coberta com uma camada de cinzas vulcânicas, e máscaras faciais se tornaram
importantes para prevenir a inalação dessas partículas.

A preocupação é que as cinzas parecem estar contaminando os reservatórios de água - portanto, água
potável é uma das principais necessidades no momento em Tonga, afirmou neste domingo a premiê da
Nova Zelândia, Jacinda Ardern.

A premiê neozelandesa afirmou ter recebido informações sobre danos significativos à capital de Tonga,
causados sobretudo pelo tsunami. Agora, disse Ardern, a situação está mais calma e a luz começava a
ser reestabelecida em partes da ilha, mas ainda não se sabe muito a respeito das pessoas que moram
nas ilhas menores - algumas delas são bem próximas ao vulcão, e imagens de satélite mostram que
algumas ficaram completamente inundadas.

As cinzas que pairam no ar ainda impedem uma visualização clara da região, mas a Nova Zelândia espera
enviar um avião militar a esses locais nesta segunda-feira (17/1).

Moradores da Nova Zelândia e Austrália que têm parentes em Tonga se dizem preocupados com o bem-
estar deles.

Especialistas afirmam que a erupção do Hunga-Tonga-Hunga-Ha'apai, que durou vários dias até atingir
seu pico no sábado, foi uma das mais violentas na região em décadas, e desencadeou alertas de perigo
de tsunami em diversos países com costa no Oceano Pacífico, como EUA e Japão.

Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/ciencia/coberta-de-cinzas-apos-erupcao-de-vulcao-ilha-de-tonga-parece-superficie-da-
lu-dizem-moradores,a93d94961233cd4c3dfdfe819e16ea2d9ttpylzc.html. Acessado em 14/01/2022.

De acordo com o texto, é correto afirmar que


a) cerca de 80 mil pessoas foram afetadas pela erupção vulcânica e que, após as buscas realizadas,
confirmaram não ter havido óbitos.
b) a explosão da erupção, ocorrida no topo da ilha Tonga, foi tão forte que pôde ser ouvida da Nova
Zelândia.
c) apesar da situação estar ficando mais calma, há uma grande preocupação em relação a
consequências causadas pela nuvem de cinzas.
d) a ação do vulcão, de acordo com os especialistas, foi uma das mais violentas em face de sua erupção
repentina no sábado.

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Questão 100: CEBRASPE (CESPE) -Texto CB1A1-I


A pandemia transformou a rotina de diversas pessoas ao redor do mundo, principalmente em relação à
sustentabilidade.

Dentro de casa, aumentou a percepção quanto à importância de modelos de consumo mais conscientes
e responsáveis, como a escolha de produtos mais duráveis e menos geradores de resíduos. No entanto,
a transformação mais significativa, que deveria vir das empresas, ainda é relativamente tímida.

De acordo com Mariana Schuchovski, professora de Sustentabilidade do ISAE Escola de Negócios, a


disseminação do vírus é resultado do atual modelo de desenvolvimento, que fomenta o uso irracional
de recursos naturais e a destruição de hábitats, como florestas e outras áreas, o que faz que animais,
forçados a mudar seus hábitos de vida, contraiam e transmitam doenças que não existiriam em situações
normais. “Situações de desequilíbrio ambiental, causadas principalmente por desmatamento e
mudanças de clima, aumentam ainda mais a probabilidade de que zoonoses, ou seja, doenças de origem
animal, nos atinjam e alcancem o patamar de epidemias e pandemias”, explica a professora.

A especialista aponta que todos nós, indivíduos, sociedade e empresas, precisamos entender os impactos
desta pandemia no meio ambiente e na sustentabilidade bem como refletir sobre eles e, principalmente,
sobre a sua relação inversa: o impacto da (in)sustentabilidade dos nossos modelos de produção e
consumo como causador desta pandemia. “Toda escolha que fazemos pode ser para apoiar ou não a
sustentabilidade”, diz Mariana. Por outro lado, para que possamos fazer melhores escolhas e praticar o
verdadeiro consumo consciente, é necessário que, em primeiro lugar, as empresas realizem a produção
consciente, assumindo sua verdadeira responsabilidade pelos impactos que causam.

Internet: <www.ecodebate.com.br> (com adaptações).

Com base nas ideias do texto CB1A1-I, julgue o item que se segue.

O texto apresenta uma crítica ao atual modelo de desenvolvimento e atrela o padrão de consumo dos
indivíduos à forma de produção das empresas.
Certo
Errado

Questão 101: CEBRASPE (CESPE) - Texto CB1A1-I


A pandemia transformou a rotina de diversas pessoas ao redor do mundo, principalmente em relação à
sustentabilidade.

Dentro de casa, aumentou a percepção quanto à importância de modelos de consumo mais conscientes
e responsáveis, como a escolha de produtos mais duráveis e menos geradores de resíduos. No entanto,
a transformação mais significativa, que deveria vir das empresas, ainda é relativamente tímida.

De acordo com Mariana Schuchovski, professora de Sustentabilidade do ISAE Escola de Negócios, a


disseminação do vírus é resultado do atual modelo de desenvolvimento, que fomenta o uso irracional
de recursos naturais e a destruição de hábitats, como florestas e outras áreas, o que faz que animais,
forçados a mudar seus hábitos de vida, contraiam e transmitam doenças que não existiriam em situações
normais. “Situações de desequilíbrio ambiental, causadas principalmente por desmatamento e

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E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

mudanças de clima, aumentam ainda mais a probabilidade de que zoonoses, ou seja, doenças de origem
animal, nos atinjam e alcancem o patamar de epidemias e pandemias”, explica a professora.

A especialista aponta que todos nós, indivíduos, sociedade e empresas, precisamos entender os impactos
desta pandemia no meio ambiente e na sustentabilidade bem como refletir sobre eles e, principalmente,
sobre a sua relação inversa: o impacto da (in)sustentabilidade dos nossos modelos de produção e
consumo como causador desta pandemia. “Toda escolha que fazemos pode ser para apoiar ou não a
sustentabilidade”, diz Mariana. Por outro lado, para que possamos fazer melhores escolhas e praticar o
verdadeiro consumo consciente, é necessário que, em primeiro lugar, as empresas realizem a produção
consciente, assumindo sua verdadeira responsabilidade pelos impactos que causam.

Internet: <www.ecodebate.com.br> (com adaptações).

Com base nas ideias do texto CB1A1-I, julgue o item que se segue.

De acordo com as ideias do texto, não haveria pandemia se as empresas assumissem verdadeiramente
sua responsabilidade ambiental.
Certo
Errado

Questão 102: CEBRASPE (CESPE) - Texto CB1A1-I


A pandemia transformou a rotina de diversas pessoas ao redor do mundo, principalmente em relação à
sustentabilidade.

Dentro de casa, aumentou a percepção quanto à importância de modelos de consumo mais conscientes
e responsáveis, como a escolha de produtos mais duráveis e menos geradores de resíduos. No entanto,
a transformação mais significativa, que deveria vir das empresas, ainda é relativamente tímida.

De acordo com Mariana Schuchovski, professora de Sustentabilidade do ISAE Escola de Negócios, a


disseminação do vírus é resultado do atual modelo de desenvolvimento, que fomenta o uso irracional
de recursos naturais e a destruição de hábitats, como florestas e outras áreas, o que faz que animais,
forçados a mudar seus hábitos de vida, contraiam e transmitam doenças que não existiriam em situações
normais. “Situações de desequilíbrio ambiental, causadas principalmente por desmatamento e
mudanças de clima, aumentam ainda mais a probabilidade de que zoonoses, ou seja, doenças de origem
animal, nos atinjam e alcancem o patamar de epidemias e pandemias”, explica a professora.

A especialista aponta que todos nós, indivíduos, sociedade e empresas, precisamos entender os impactos
desta pandemia no meio ambiente e na sustentabilidade bem como refletir sobre eles e, principalmente,
sobre a sua relação inversa: o impacto da (in)sustentabilidade dos nossos modelos de produção e
consumo como causador desta pandemia. “Toda escolha que fazemos pode ser para apoiar ou não a
sustentabilidade”, diz Mariana. Por outro lado, para que possamos fazer melhores escolhas e praticar o
verdadeiro consumo consciente, é necessário que, em primeiro lugar, as empresas realizem a produção
consciente, assumindo sua verdadeira responsabilidade pelos impactos que causam.

Internet: <www.ecodebate.com.br> (com adaptações).

Com base nas ideias do texto CB1A1-I, julgue o item que se segue.

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E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Conforme o texto, um dos reflexos da pandemia no mundo diz respeito à mudança de hábitos das
pessoas, principalmente daqueles relacionados à sustentabilidade.
Certo
Errado

Questão 103: CEBRASPE (CESPE) - Texto CB1A1-I


A pandemia transformou a rotina de diversas pessoas ao redor do mundo, principalmente em relação à
sustentabilidade.

Dentro de casa, aumentou a percepção quanto à importância de modelos de consumo mais conscientes
e responsáveis, como a escolha de produtos mais duráveis e menos geradores de resíduos. No entanto,
a transformação mais significativa, que deveria vir das empresas, ainda é relativamente tímida.

De acordo com Mariana Schuchovski, professora de Sustentabilidade do ISAE Escola de Negócios, a


disseminação do vírus é resultado do atual modelo de desenvolvimento, que fomenta o uso irracional
de recursos naturais e a destruição de hábitats, como florestas e outras áreas, o que faz que animais,
forçados a mudar seus hábitos de vida, contraiam e transmitam doenças que não existiriam em situações
normais. “Situações de desequilíbrio ambiental, causadas principalmente por desmatamento e
mudanças de clima, aumentam ainda mais a probabilidade de que zoonoses, ou seja, doenças de origem
animal, nos atinjam e alcancem o patamar de epidemias e pandemias”, explica a professora.

A especialista aponta que todos nós, indivíduos, sociedade e empresas, precisamos entender os impactos
desta pandemia no meio ambiente e na sustentabilidade bem como refletir sobre eles e, principalmente,
sobre a sua relação inversa: o impacto da (in)sustentabilidade dos nossos modelos de produção e
consumo como causador desta pandemia. “Toda escolha que fazemos pode ser para apoiar ou não a
sustentabilidade”, diz Mariana. Por outro lado, para que possamos fazer melhores escolhas e praticar o
verdadeiro consumo consciente, é necessário que, em primeiro lugar, as empresas realizem a produção
consciente, assumindo sua verdadeira responsabilidade pelos impactos que causam.

Internet: <www.ecodebate.com.br> (com adaptações).

Com base nas ideias do texto CB1A1-I, julgue o item que se segue.

Segundo as informações do texto, a pandemia tem fomentado o uso irracional de recursos naturais e a
destruição de hábitats.
Certo
Errado

Questão 104: CEBRASPE (CESPE) - Texto CB1A1-I


A pandemia transformou a rotina de diversas pessoas ao redor do mundo, principalmente em relação à
sustentabilidade.

Dentro de casa, aumentou a percepção quanto à importância de modelos de consumo mais conscientes
e responsáveis, como a escolha de produtos mais duráveis e menos geradores de resíduos. No entanto,
a transformação mais significativa, que deveria vir das empresas, ainda é relativamente tímida.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

De acordo com Mariana Schuchovski, professora de Sustentabilidade do ISAE Escola de Negócios, a


disseminação do vírus é resultado do atual modelo de desenvolvimento, que fomenta o uso irracional
de recursos naturais e a destruição de hábitats, como florestas e outras áreas, o que faz que animais,
forçados a mudar seus hábitos de vida, contraiam e transmitam doenças que não existiriam em situações
normais. “Situações de desequilíbrio ambiental, causadas principalmente por desmatamento e
mudanças de clima, aumentam ainda mais a probabilidade de que zoonoses, ou seja, doenças de origem
animal, nos atinjam e alcancem o patamar de epidemias e pandemias”, explica a professora.

A especialista aponta que todos nós, indivíduos, sociedade e empresas, precisamos entender os impactos
desta pandemia no meio ambiente e na sustentabilidade bem como refletir sobre eles e, principalmente,
sobre a sua relação inversa: o impacto da (in)sustentabilidade dos nossos modelos de produção e
consumo como causador desta pandemia. “Toda escolha que fazemos pode ser para apoiar ou não a
sustentabilidade”, diz Mariana. Por outro lado, para que possamos fazer melhores escolhas e praticar o
verdadeiro consumo consciente, é necessário que, em primeiro lugar, as empresas realizem a produção
consciente, assumindo sua verdadeira responsabilidade pelos impactos que causam.

Internet: <www.ecodebate.com.br> (com adaptações).

Com base nas ideias do texto CB1A1-I, julgue o item que se segue.

O texto associa a escolha de produtos mais duráveis e menos geradores de resíduos a um modelo de
consumo mais consciente e responsável.
Certo
Errado

Questão 105: RBO -


Coberta de cinzas após erupção de vulcão, ilha de Tonga 'parece superfície da Lua', dizem
moradores

A grande erupção vulcânica perto da ilha de Tonga no sábado (15/1) provocou ondas de tsunami, uma
nuvem de cinzas e um blecaute na luz, na internet e nas telecomunicações da pequena ilha no Pacífico.
Um dia depois do pico das erupções, a estimativa é de que o número de afetados chegue a 80 mil pessoas
(a ampla maioria da população de 105 mil), segundo as sociedades da Federação Internacional da Cruz
Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC, na sigla em inglês) disseram à BBC.
Por enquanto, não foi reportada nenhuma morte. Mas as informações, fotos e relatos vindos da ilha
ainda são escassos, e a Nova Zelândia e a Austrália planejam enviar voos de reconhecimento à região,
para ajudar a dimensionar os danos.
O tsunami "foi um choque para as pessoas, então de fato temos alguma preocupação com as ilhas mais
distantes e estamos tentando fazer contato com as pessoas", diz Katie Greenwood, integrante da IFRC
em Fiji, agregando que Tonga precisará de ajuda com urgência.
"Suspeitamos que até 80 mil pessoas em Tonga tenham sido afetadas, seja pela erupção em si ou pelas
ondas e inundações resultantes da erupção."
A erupção do vulcão submarino fez subir uma nuvem de cinzas ao céu e gerou ondas de até 1,2 metro.
Foi uma erupção tão forte que pôde ser ouvida até na Nova Zelândia, a mais de 2,3 mil quilômetros de
distância dali.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Moradores locais que conseguiram se comunicar com o exterior disseram que a ilha se parece à
"superfície da Lua", coberta com uma camada de cinzas vulcânicas, e máscaras faciais se tornaram
importantes para prevenir a inalação dessas partículas.
A preocupação é que as cinzas parecem estar contaminando os reservatórios de água - portanto, água
potável é uma das principais necessidades no momento em Tonga, afirmou neste domingo a premiê da
Nova Zelândia, Jacinda Ardern.
A premiê neozelandesa afirmou ter recebido informações sobre danos significativos à capital de Tonga,
causados sobretudo pelo tsunami. Agora, disse Ardern, a situação está mais calma e a luz começava a
ser reestabelecida em partes da ilha, mas ainda não se sabe muito a respeito das pessoas que moram
nas ilhas menores - algumas delas são bem próximas ao vulcão, e imagens de satélite mostram que
algumas ficaram completamente inundadas.
As cinzas que pairam no ar ainda impedem uma visualização clara da região, mas a Nova Zelândia espera
enviar um avião militar a esses locais nesta segunda-feira (17/1).
Moradores da Nova Zelândia e Austrália que têm parentes em Tonga se dizem preocupados com o bem-
estar deles.
Especialistas afirmam que a erupção do Hunga-Tonga-Hunga-Ha'apai, que durou vários dias até atingir
seu pico no sábado, foi uma das mais violentas na região em décadas, e desencadeou alertas de perigo
de tsunami em diversos países com costa no Oceano Pacífico, como EUA e Japão.
Fonte:https://www.terra.com.br/noticias/ciencia/coberta-de-cinzas-apos-erupcao-de-vulcao-ilha-de-tonga-parece
superficie-da-lua-dizem-moradores,a93d94961233cd4c3dfdfe819e16ea2d9ttpylzc.html Acessado em 14/01/2022

De acordo com o texto é correto afirmar que:


a) apesar da situação estar ficando mais calma, há uma grande preocupação em relação a consequências
causadas pela nuvem de cinzas.
b) a ação do vulcão, de acordo com os especialistas, foi uma das mais violentas em face de sua erupção
repentina no sábado.
c) a explosão da erupção, ocorrida no topo da ilha Tonga, foi tão forte que pôde ser ouvida da Nova
Zelândia.
d) cerca de 80 mil pessoas foram afetadas pela erupção vulcânica e que, após as buscas realizadas,
confirmaram não haver óbitos.

Questão 106: CEBRASPE (CESPE) - Texto CB2A1-I


Assim como cidadania e cultura formam um par integrado de significações, cultura e territorialidade
são, de certo modo, sinônimos. A cultura, forma de comunicação do indivíduo e do grupo com o universo,
é herança, mas também um reaprendizado das relações profundas entre o ser humano e o seu meio, um
resultado obtido por intermédio do próprio processo de viver. Incluindo o processo produtivo e as
práticas sociais, a cultura é o que nos dá a consciência de pertencer a um grupo, do qual é o cimento.
É por isso que as migrações agridem o indivíduo, roubando-lhe parte do ser, obrigando-o a uma nova e
dura adaptação em seu novo lugar. Desterritorialização é frequentemente outra palavra para significar
alienação, estranhamento, que são, também, desculturização.

Esse processo é, também, o que comanda as migrações, que são, por si sós, processos de
desterritorialização e, paralelamente, processos de desculturização. O novo ambiente opera como uma
espécie de denotador. Sua relação com o novo morador se manifesta dialeticamente como
territorialidade nova e cultura nova, que interferem reciprocamente, mudando paralelamente
territorialidade e cultura, e mudando o ser humano.

Milton Santos. O espaço do Cidadão. 7.ª ed.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2020, p. 81-83 (com adaptações).

Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o seguinte item.

O segundo período do primeiro parágrafo apresenta um argumento a favor da afirmação de que cultura
e territorialidade são sinônimos.
Certo
Errado

Questão 107: CEBRASPE (CESPE) - Texto CB2A1-I


Assim como cidadania e cultura formam um par integrado de significações, cultura e territorialidade
são, de certo modo, sinônimos. A cultura, forma de comunicação do indivíduo e do grupo com o universo,
é herança, mas também um reaprendizado das relações profundas entre o ser humano e o seu meio, um
resultado obtido por intermédio do próprio processo de viver. Incluindo o processo produtivo e as
práticas sociais, a cultura é o que nos dá a consciência de pertencer a um grupo, do qual é o cimento.
É por isso que as migrações agridem o indivíduo, roubando-lhe parte do ser, obrigando-o a uma nova e
dura adaptação em seu novo lugar. Desterritorialização é frequentemente outra palavra para significar
alienação, estranhamento, que são, também, desculturização.

Esse processo é, também, o que comanda as migrações, que são, por si sós, processos de
desterritorialização e, paralelamente, processos de desculturização. O novo ambiente opera como uma
espécie de denotador. Sua relação com o novo morador se manifesta dialeticamente como
territorialidade nova e cultura nova, que interferem reciprocamente, mudando paralelamente
territorialidade e cultura, e mudando o ser humano.

Milton Santos. O espaço do Cidadão. 7.ª ed.


São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2020, p. 81-83 (com adaptações).

Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o seguinte item.

O emprego da expressão “É (...) que”, no quarto período do primeiro parágrafo, enfatiza que as
migrações agridem o indivíduo pelas razões expressas no segundo e no terceiro período desse mesmo
parágrafo, e não por outras quaisquer.
Certo
Errado

Questão 108: NUCEPE UESPI - Texto II para a questão

A gênese da Polícia Militar do Piauí

A gênese da Polícia Militar do Piauí está no que hoje boa parte dos historiadores entende como o marco
inaugural do Brasil como nação: a vinda da família real portuguesa, em 22 de janeiro de 1808, quando,
sob o comando do Príncipe Regente Dom João VI, um contingente de aproximadamente 15 mil pessoas
chega ao Brasil. Diante da necessidade de organizar e manter a ordem pública na cidade do Rio de
Janeiro, então capital da América Portuguesa e local escolhido como residência por quase toda a Corte,
uma das primeiras medidas do Príncipe Regente Dom João foi criar a Intendência Geral da Polícia da
Corte e do Estado do Brasil, a qual deveria seguir a mesma organização e a mesma jurisdição de sua

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correspondente portuguesa, e cuja função era disciplinar e criar uma ordem social condizente com as
pretensões da Corte.
(http://www.pm.pi.gov.br/memorial.php, ACESSO EM 22.3.2021-adaptado)

A vinda da família real portuguesa para o Brasil oportunizou a criação da Intendência Geral da Polícia
da Corte. De acordo com o texto, essa criação
a) comprovou a intenção da família real de ficar radicada no Brasil.
b) procurou atender ao desejo da Nação de mais segurança pública.
c) atendeu aos anseios da Corte quanto a produzir uma ordem social.
d) gerou as condições para o Brasil tornar-se tão seguro quanto Portugal.
e) possibilitou ao grande continente de portugueses trabalho na área de segurança.

Questão 109: NUCEPE UESPI - Texto V para a questão

(https://www.aofergs.com.br/salve-21-de-abril-dia-do-policial-militar/acesso em 22.3.2021)

O texto, homenageando os policiais civil e militar, considera esses profissionais como disponíveis,
corajosos e sempre prontos para agir. Considerando que as frases iniciais do texto digam respeito a esses
profissionais, deve-se concluir que eles
a) não sentem medo.
b) atuam a despeito do medo.
c) agem motivados pelo medo.
d) atuam se provocados pelo medo.
e) paralisam-se ante a presença medo.

Questão 110: CETAP - Leia o texto e responda a questão.

TRANSFORMO ESCOMBROS EM MÚSICA.


O bombeiro Davi Lopes, 51, converte a madeira queimada no incêndio do Museu Nacional em belos
instrumentos.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Sou músico desde criança. Aos 10 anos, tocava saxofone e flauta. Também já gostava de passear pelo
Museu Nacional, no Rio, minha cidade. Era fascinado por história e arqueologia. Mas aí cresci. Fui vendo
que dava para fazer dentro da minha realidade e acabei entrando para o Corpo de Bombeiros, onde
estou desde 1987. Assim que ingressei na corporação, adotei a marcenaria como hobby, fazendo portas
e móveis. A música, porém, nunca me deixou e, um dia, me veio a ideia de coletar madeira dos
escombros dos incêndios que ajudava a debelar e transformá-Ia em instrumentos. Sabia que precisava
estudar, treinar, aprender. E como não havia luthiers no Rio naquela época, completei o tempo de
serviço necessário para tirar uma licença remunerada e parti para São Paulo para fazer um curso e
observar profissionais conhecidos em atividade. Na volta, me senti preparado para estrear meu próprio
trabalho.

Eu não estava de plantão no dia do incêndio do Museu Nacional, o fatídico 2 de setembro de 2018.
Mesmo assim, vesti o uniforme e corri para lá. Trabalhei madrugada adentro, concentrado no combate
às labaredas que engoliam o prédio no resgate do acervo. Não havia espaço para emoção naquele
momento, só senso de dever: salvar o máximo que pudesse das chamas. Depois, sim, chorei. Continuei
lá todos os dias e comecei a pensar no destino das madeiras ainda aproveitáveis. Era um material
revestido de história, não podia ser desperdiçado. Foi quando recebi um e-mail oficial que dizia: "Ajude
a reconstruir o Museu Nacional com a sua ideia". E ela apareceu. Encaminhei uma proposta de produzir
instrumentos musicais com aquele monte de madeira - e foi aceita. Dei então início aos pedidos de
autorização, porque ainda que se tratando de escombros, continuava sendo patrimônio da União.

Junto com outras seis pessoas de diversas áreas empenhadas em trabalhar para reerguer o Museu
Nacional, surgiu o Grupo Fênix, do qual fazem parte o cineasta Vinícius Dônola e o cantor Paulinho
Mosca, meu amigo. O objetivo é justamente pôr a frente o projeto de converter a madeira queimada,
aparentemente sem uso, em instrumentos musicais que podem trazer dinheiro e vir a ser preciosos para
o renascimento do museu. Para mim, virou uma missão. A ideia de um documentário que seria intitulado
"Fênix: o Voo de Davi", nasceu logo na primeira reunião e começaram a filmar desde os primeiros dias
de labuta, mesmo sem patrocínio firmado, registrando a força tarefa. Fomos retirando as madeiras -
mogno, cedro, vinhático, peroba do campo, braúna, jacarandá - e catalogamos, separando o que servia.
O plano inicial era construir doze instrumentos e exibi-los em apresentações e shows para arrecadar
recursos. Com a pandemia, só consegui fazer seis: violão de corda de aço, violão de corda de náilon,
bandolim, cavaquinho, violino e viola caipira.

A divulgação do projeto teve padrinhos fora de série, que me causaram grande emoção ao tocar meus
instrumentos, como Gilberto Gil e Paulinho da Viola. Uma honra. O projeto foi ganhando corpo, e a
Globo adquiriu o direito de exibição do documentário (disponível na Globo Play). Vamos agora oferecer
os instrumentos em um leilão com renda revertida para o museu. Meu pai era cantor de coral e é uma
pena que tenha morrido há 18 anos, sem poder ver tudo isso. Ele ficaria comovido. Minha mãe, uma
artesão talentosa, acompanha o andamento dos trabalhos com aquela sensação de que o caminho é
bom. Depois do trágico incêndio, meu empenho é para reconstruir a joia . carioca que vimos
desaparecer. É a reedificação da vida a partir dos escombros, é renascer após as cinzas sem nunca
recuar, como a Fênix da mitologia.

Fonte: Depoimento dado a Marina Lang. VEJA, 15 de setembro, 2021.

O título: "Fênix: o Voo de Davi" e o depoimento dado só não permitem afirmar:


a) É pertinente relacionar o ser mitológico que renasce das cinzas ao projeto.

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b) É adequado, pois Davi tira, de ruínas, arte.


c) "Voo" refere-se, semanticamente, à ousadia do projeto.
d) É inusitado, pois as profissões de Davi não têm ligação com o efeito produzido.

Questão 111: CETAP - Leia o texto e responda a questão.

TRANSFORMO ESCOMBROS EM MÚSICA.


O bombeiro Davi Lopes, 51, converte a madeira queimada no incêndio do Museu Nacional em belos
instrumentos.

Sou músico desde criança. Aos 10 anos, tocava saxofone e flauta. Também já gostava de passear pelo
Museu Nacional, no Rio, minha cidade. Era fascinado por história e arqueologia. Mas aí cresci. Fui vendo
que dava para fazer dentro da minha realidade e acabei entrando para o Corpo de Bombeiros, onde
estou desde 1987. Assim que ingressei na corporação, adotei a marcenaria como hobby, fazendo portas
e móveis. A música, porém, nunca me deixou e, um dia, me veio a ideia de coletar madeira dos
escombros dos incêndios que ajudava a debelar e transformá-Ia em instrumentos. Sabia que precisava
estudar, treinar, aprender. E como não havia luthiers no Rio naquela época, completei o tempo de
serviço necessário para tirar uma licença remunerada e parti para São Paulo para fazer um curso e
observar profissionais conhecidos em atividade. Na volta, me senti preparado para estrear meu próprio
trabalho.

Eu não estava de plantão no dia do incêndio do Museu Nacional, o fatídico 2 de setembro de 2018.
Mesmo assim, vesti o uniforme e corri para lá. Trabalhei madrugada adentro, concentrado no combate
às labaredas que engoliam o prédio no resgate do acervo. Não havia espaço para emoção naquele
momento, só senso de dever: salvar o máximo que pudesse das chamas. Depois, sim, chorei. Continuei
lá todos os dias e comecei a pensar no destino das madeiras ainda aproveitáveis. Era um material
revestido de história, não podia ser desperdiçado. Foi quando recebi um e-mail oficial que dizia: "Ajude
a reconstruir o Museu Nacional com a sua ideia". E ela apareceu. Encaminhei uma proposta de produzir
instrumentos musicais com aquele monte de madeira - e foi aceita. Dei então início aos pedidos de
autorização, porque ainda que se tratando de escombros, continuava sendo patrimônio da União.

Junto com outras seis pessoas de diversas áreas empenhadas em trabalhar para reerguer o Museu
Nacional, surgiu o Grupo Fênix, do qual fazem parte o cineasta Vinícius Dônola e o cantor Paulinho
Mosca, meu amigo. O objetivo é justamente pôr a frente o projeto de converter a madeira queimada,
aparentemente sem uso, em instrumentos musicais que podem trazer dinheiro e vir a ser preciosos para
o renascimento do museu. Para mim, virou uma missão. A ideia de um documentário que seria intitulado
"Fênix: o Voo de Davi", nasceu logo na primeira reunião e começaram a filmar desde os primeiros dias
de labuta, mesmo sem patrocínio firmado, registrando a força tarefa. Fomos retirando as madeiras -
mogno, cedro, vinhático, peroba do campo, braúna, jacarandá - e catalogamos, separando o que servia.
O plano inicial era construir doze instrumentos e exibi-los em apresentações e shows para arrecadar
recursos. Com a pandemia, só consegui fazer seis: violão de corda de aço, violão de corda de náilon,
bandolim, cavaquinho, violino e viola caipira.

A divulgação do projeto teve padrinhos fora de série, que me causaram grande emoção ao tocar meus
instrumentos, como Gilberto Gil e Paulinho da Viola. Uma honra. O projeto foi ganhando corpo, e a
Globo adquiriu o direito de exibição do documentário (disponível na Globo Play). Vamos agora oferecer

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os instrumentos em um leilão com renda revertida para o museu. Meu pai era cantor de coral e é uma
pena que tenha morrido há 18 anos, sem poder ver tudo isso. Ele ficaria comovido. Minha mãe, uma
artesão talentosa, acompanha o andamento dos trabalhos com aquela sensação de que o caminho é
bom. Depois do trágico incêndio, meu empenho é para reconstruir a joia . carioca que vimos
desaparecer. É a reedificação da vida a partir dos escombros, é renascer após as cinzas sem nunca
recuar, como a Fênix da mitologia.

Fonte: Depoimento dado a Marina Lang. VEJA, 15 de setembro, 2021.

Assinale a alternativa em que a palavra não pertence ao universo musical:


a) designer de moda.
b) cantor.
c) luthiers.
d) musicoterapeuta.

Questão 112: FUNDATEC - Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo
do texto estão citados na questão.
Para entender a gestão do SUS: antecedentes

Antes da criação do Sistema Único de Saúde (SUS), a assistência à saúde no país tinha uma estreita
vinculação com as atividades previdenciárias, e o caráter contributivo do sistema de então gerava uma
divisão da população brasileira em dois grandes grupos (além da pequena parcela da população que
podia pagar os serviços de saúde por sua própria conta): previdenciários e não previdenciários.

Essa divisão, que é profundamente injusta do ponto de vista social, separava a população brasileira em
cidadãos de 1ª e de 2ª classe. Os de 1ª classe, representados pelos contribuintes da previdência, tinham,
mesmo com as dificuldades inerentes ao sistema de então, um alcance mais amplo à assistência à saúde,
dispondo de uma rede de serviços e prestadores de serviços ambulatoriais e hospitalares providos pela
previdência social por meio do INAMPS. Os de 2ª classe, representados pelo restante da população
brasileira, os não previdenciários, tinham um acesso bastante limitado à assistência à saúde –
normalmente restrito ações dos poucos hospitais públicos e atividades filantrópicas de
determinadas entidades assistenciais.

Essa lógica de estruturação e financiamento das atividades de atenção e assistência à saúde, além das
evidentes d...criminações dela decorrentes, determinava uma lógica de divisão de papéis e
competências dos diversos órgãos públicos envolvidos com a questão de saúde.

Dessa forma, o Ministério da Saúde (MS) e as Secretarias de Saúde dos Estados e Municípios
desenvolviam, fundamentalmente, ações de promoção da saúde e prevenção de doenças, com destaque
para as campanhas de vacinação e controle de endemias. A atuação desses entes públicos na prestação
de assistência à saúde era bastante limitada, restringindo-se ações desenvolvidas por alguns poucos
hospitais próprios e pela Fundação de Serviços Especiais de Saúde Pública (FSESP) e dirigidas à população
não previdenciária – os chamados indigentes. Esses indigentes tinham ainda, por uma atividade
caritativa, atendimento em serviços assistenciais de saúde que eram prestados por instituições de
caráter filantrópico, como as chamadas Santas Casas.

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Já na assistência à saúde, a grande atuação do poder público se dava pela Previdência Social –
inicialmente pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e depois pelo Instituto Nacional de
Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), autarquia do Ministério da Previdência e Assistência
Social. As ações desenvolvidas pelo INAMPS – que tinham caráter contributivo – beneficiavam apenas os
trabalhadores da economia formal, com “carteira assinada”, e seus dependentes, os chamados
previdenciários. Não havia, portanto, caráter universal na atuação dessa autarquia. O INAMPS aplicava
nos Estados, por intermédio de suas Superintendências Regionais, recursos para que a assistência à
saúde fosse de modo mais ou menos proporcional ao volume de beneficiários e...istente e a assistência
prestada se dava por meio de serviços próprios (postos de assistência médica e hospitais próprios) e de
uma vasta rede de serviços, ambulatoriais e hospitalares, contratados para a prestação de serviços.

Toda esta situação – a de...articulação dos serviços de saúde da época e os evidentes prejuízos à saúde
da população decorrentes do modelo vigente naquela época – começou a gerar no seio da comunidade
de profissionais da saúde, de sanitaristas e da própria sociedade brasileira, um movimento na direção
de uma reforma sanitária e de uma transformação dos paradigmas do sistema de saúde. Dentro desse
processo e como prenúncio das profundas mudanças que estavam por vir, o INAMPS adotou uma série
de medidas que aproximavam sua ação de uma cobertura universal de clientela, dentre as quais se
destaca o fim da exigência da carteira do INAMPS para o atendimento nos hospitais próprios e
conveniados da rede pública.

(Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/para_entender_gestao.pdf – texto adaptado especialmente para esta


prova).

Considerando o exposto pelo texto, analise as assertivas a seguir:

I. Após a criação do SUS, o sistema de assistência à saúde caracterizou-se por fomento do sistema
previdenciário, dividindo os cidadãos entre aqueles que tinham acesso a todo o sistema de saúde
público e aqueles que contavam com apenas parte dos serviços.

II. Antes da criação do SUS, o sistema de saúde era menos burocrático, o que se alterou após a
criação do órgão, gerando uma extensa rede de corresponsabilidades.

III. O MS e as Secretárias de Saúde Estaduais e Municipais tinham atuação limitada na promoção


de assistência à saúde, mas eram responsáveis por ações como a vacinação e pelo atendimento a
indigentes.

Quais estão corretas?


a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas I e III.

Questão 113: FUNDATEC - Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo
do texto estão citados na questão.
Para entender a gestão do SUS: antecedentes

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Antes da criação do Sistema Único de Saúde (SUS), a assistência à saúde no país tinha uma estreita
vinculação com as atividades previdenciárias, e o caráter contributivo do sistema de então gerava uma
divisão da população brasileira em dois grandes grupos (além da pequena parcela da população que
podia pagar os serviços de saúde por sua própria conta): previdenciários e não previdenciários.

Essa divisão, que é profundamente injusta do ponto de vista social, separava a população brasileira em
cidadãos de 1ª e de 2ª classe. Os de 1ª classe, representados pelos contribuintes da previdência, tinham,
mesmo com as dificuldades inerentes ao sistema de então, um alcance mais amplo à assistência à saúde,
dispondo de uma rede de serviços e prestadores de serviços ambulatoriais e hospitalares providos pela
previdência social por meio do INAMPS. Os de 2ª classe, representados pelo restante da população
brasileira, os não previdenciários, tinham um acesso bastante limitado à assistência à saúde –
normalmente restrito ações dos poucos hospitais públicos e atividades filantrópicas de
determinadas entidades assistenciais.

Essa lógica de estruturação e financiamento das atividades de atenção e assistência à saúde, além das
evidentes d...criminações dela decorrentes, determinava uma lógica de divisão de papéis e
competências dos diversos órgãos públicos envolvidos com a questão de saúde.

Dessa forma, o Ministério da Saúde (MS) e as Secretarias de Saúde dos Estados e Municípios
desenvolviam, fundamentalmente, ações de promoção da saúde e prevenção de doenças, com destaque
para as campanhas de vacinação e controle de endemias. A atuação desses entes públicos na prestação
de assistência à saúde era bastante limitada, restringindo-se ações desenvolvidas por alguns poucos
hospitais próprios e pela Fundação de Serviços Especiais de Saúde Pública (FSESP) e dirigidas à população
não previdenciária – os chamados indigentes. Esses indigentes tinham ainda, por uma atividade
caritativa, atendimento em serviços assistenciais de saúde que eram prestados por instituições de
caráter filantrópico, como as chamadas Santas Casas.

Já na assistência à saúde, a grande atuação do poder público se dava pela Previdência Social –
inicialmente pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e depois pelo Instituto Nacional de
Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), autarquia do Ministério da Previdência e Assistência
Social. As ações desenvolvidas pelo INAMPS – que tinham caráter contributivo – beneficiavam apenas os
trabalhadores da economia formal, com “carteira assinada”, e seus dependentes, os chamados
previdenciários. Não havia, portanto, caráter universal na atuação dessa autarquia. O INAMPS aplicava
nos Estados, por intermédio de suas Superintendências Regionais, recursos para que a assistência à
saúde fosse de modo mais ou menos proporcional ao volume de beneficiários e...istente e a assistência
prestada se dava por meio de serviços próprios (postos de assistência médica e hospitais próprios) e de
uma vasta rede de serviços, ambulatoriais e hospitalares, contratados para a prestação de serviços.

Toda esta situação – a de...articulação dos serviços de saúde da época e os evidentes prejuízos à saúde
da população decorrentes do modelo vigente naquela época – começou a gerar no seio da comunidade
de profissionais da saúde, de sanitaristas e da própria sociedade brasileira, um movimento na direção
de uma reforma sanitária e de uma transformação dos paradigmas do sistema de saúde. Dentro desse
processo e como prenúncio das profundas mudanças que estavam por vir, o INAMPS adotou uma série
de medidas que aproximavam sua ação de uma cobertura universal de clientela, dentre as quais se
destaca o fim da exigência da carteira do INAMPS para o atendimento nos hospitais próprios e
conveniados da rede pública.

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(Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/para_entender_gestao.pdf – texto adaptado especialmente para esta


prova).

Assinale a alternativa que NÃO caracteriza as ações do INAMPS.


a) Parceria Público- Privada.
b) Caráter excludente.
c) Caráter contributivo.
d) Vinculadas a outro órgão público.
e) Caráter formal de atendimento.

Questão 114: FUNDATEC - Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo
do texto estão citados na questão.
Para entender a gestão do SUS: antecedentes

Antes da criação do Sistema Único de Saúde (SUS), a assistência à saúde no país tinha uma estreita
vinculação com as atividades previdenciárias, e o caráter contributivo do sistema de então gerava uma
divisão da população brasileira em dois grandes grupos (além da pequena parcela da população que
podia pagar os serviços de saúde por sua própria conta): previdenciários e não previdenciários.

Essa divisão, que é profundamente injusta do ponto de vista social, separava a população brasileira em
cidadãos de 1ª e de 2ª classe. Os de 1ª classe, representados pelos contribuintes da previdência, tinham,
mesmo com as dificuldades inerentes ao sistema de então, um alcance mais amplo à assistência à saúde,
dispondo de uma rede de serviços e prestadores de serviços ambulatoriais e hospitalares providos pela
previdência social por meio do INAMPS. Os de 2ª classe, representados pelo restante da população
brasileira, os não previdenciários, tinham um acesso bastante limitado à assistência à saúde –
normalmente restrito ações dos poucos hospitais públicos e atividades filantrópicas de
determinadas entidades assistenciais.

Essa lógica de estruturação e financiamento das atividades de atenção e assistência à saúde, além das
evidentes d...criminações dela decorrentes, determinava uma lógica de divisão de papéis e
competências dos diversos órgãos públicos envolvidos com a questão de saúde.

Dessa forma, o Ministério da Saúde (MS) e as Secretarias de Saúde dos Estados e Municípios
desenvolviam, fundamentalmente, ações de promoção da saúde e prevenção de doenças, com destaque
para as campanhas de vacinação e controle de endemias. A atuação desses entes públicos na prestação
de assistência à saúde era bastante limitada, restringindo-se ações desenvolvidas por alguns poucos
hospitais próprios e pela Fundação de Serviços Especiais de Saúde Pública (FSESP) e dirigidas à população
não previdenciária – os chamados indigentes. Esses indigentes tinham ainda, por uma atividade
caritativa, atendimento em serviços assistenciais de saúde que eram prestados por instituições de
caráter filantrópico, como as chamadas Santas Casas.

Já na assistência à saúde, a grande atuação do poder público se dava pela Previdência Social –
inicialmente pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e depois pelo Instituto Nacional de
Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), autarquia do Ministério da Previdência e Assistência
Social. As ações desenvolvidas pelo INAMPS – que tinham caráter contributivo – beneficiavam apenas os
trabalhadores da economia formal, com “carteira assinada”, e seus dependentes, os chamados

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


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previdenciários. Não havia, portanto, caráter universal na atuação dessa autarquia. O INAMPS aplicava
nos Estados, por intermédio de suas Superintendências Regionais, recursos para que a assistência à
saúde fosse de modo mais ou menos proporcional ao volume de beneficiários e...istente e a assistência
prestada se dava por meio de serviços próprios (postos de assistência médica e hospitais próprios) e de
uma vasta rede de serviços, ambulatoriais e hospitalares, contratados para a prestação de serviços.

Toda esta situação – a de...articulação dos serviços de saúde da época e os evidentes prejuízos à saúde
da população decorrentes do modelo vigente naquela época – começou a gerar no seio da comunidade
de profissionais da saúde, de sanitaristas e da própria sociedade brasileira, um movimento na direção
de uma reforma sanitária e de uma transformação dos paradigmas do sistema de saúde. Dentro desse
processo e como prenúncio das profundas mudanças que estavam por vir, o INAMPS adotou uma série
de medidas que aproximavam sua ação de uma cobertura universal de clientela, dentre as quais se
destaca o fim da exigência da carteira do INAMPS para o atendimento nos hospitais próprios e
conveniados da rede pública.

(Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/para_entender_gestao.pdf – texto adaptado especialmente para esta


prova).

Observe a charge a seguir e as afirmações que se fazem sobre sua relação com o texto.

Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/.

I. O SUS tem um desempenho melhor que o INAMPS, pois consegue atender todos os cidadãos
brasileiros com excelência de recursos, como mostrado pela charge.

II. O INAMPS foi o precursor das ações que buscavam a universalidade das ações de assistência à
saúde.

Assinale a alternativa correta.


a) As assertivas I e II são verdadeiras, e a II é uma complementação correta da primeira.
b) As assertivas I e II são verdadeiras, mas a II não é uma complementação correta da primeira.
c) As assertivas I e II são falsas.
d) A assertiva I é verdadeira, e a II, falsa.

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e) A assertiva I é falsa, e a II, verdadeira.

Questão 115: CETAP - Leia o texto e responda a questão.

IDEIAS E LIBERDADE

Dias atrás me chamou a atenção um texto do amigo e filósofo Luiz Felipe Pondé. Sua provocação era:
"O capitalismo estaria apodrecendo?". Estaria chegando ao fim sem nenhuma utopia viável para pôr no
lugar? Achei interessante aquilo. Existe agora o "modelo chinês", desafiando a democracia liberal. Há
muita instabilidade política e um debate imenso sobre os males do mercado. Estaríamos à beira de
algum precipício?

Uma das razões para a decadência seria o impacto das novas tecnologias - como a automação, a internet
das coisas e a inteligência artificial- na destruição dos empregos. O raciocínio é intuitivo. Quando
chegarem os carros autônomos, o que os motoristas do Uber vão fazer? E o pessoal do telemarketing,
quando tudo for automatizado? Foi assim com os cubeiros, lá em Porto Alegre, chamados de "tigres",
que carregavam aqueles cilindros com dejetos humanos, antes das redes sanitárias. E com as telefonistas
inglesas, que eram 120.000, em 1970, e hoje não passam de 20.000.

Muitos postos de trabalho desaparecerão e outros serão criados. Estudo da OCDE mostrou que, em vinte
anos, o emprego industrial declinou 20% mas cresceu 27% no setor de serviços. É o feijão com arroz da
economia de mercado. Schumpeter já havia teorizado sobre isso com sua tese da "destruição criadora".
Ainda recentemente, três pesquisadores da Consultoria Deloitte, lan Stewart, Debapratim De a Alex
Cole, apresentaram uma pesquisa com dados do censo inglês desde 1871 e foram taxativos: "A tecnologia
criou mais empregos do que destruiu nos últimos 144 anos".

Outra razão do abismo seria a desigualdade. Se tornou comum dizer que a má distribuição de renda vai
corroer o sistema. Falta demonstrar qual o padrão "certo" de distribuição econômica que se deve buscar.
Como bem observou John Rawls, tendemos a comparar nossa situação com a de pessoas mais próximas
a nós, nas comunidades em que convivemos e em relação às posições a que aspiramos. Não na "grande
sociedade". Ninguém acorda todos os dias enfurecido com a fortuna de Jeff Bezos. Mas, com razão nos
indignamos se fomos discriminados, no trabalho ou na vida social.

Nos temas que realmente importam há avanços relevantes em nosso tempo. A drástica redução da
pobreza talvez seja o mais crucial deles. Apenas no período da malafamada globalização, a pobreza
global caiu de 36% para 10% entre 1990 e 2015. Outro aspecto: a convergência das famílias americanas
com alimentação caiu de 4,2 dos padrões básicos de vida. O US Bureau of Labor Statistic mostrou que,
entre 1901 e 2002 o gasto das famílias americanas com alimentação caiu de 42% para 13% de sua renda.
Na Inglaterra, o gasto caiu de 35%, em 1050, para pouco mais de 11% em 2014.Não só a renda cresceu,
como o custo relativo dos produtos básicos caiu significativamente.

Há um tema muito mais amplo ai que se refere à igualdade de direitos. Lembro quando Obama, no
aniversário dos cinquenta anos na Marcha de Selma, provocou a imensa multidão que refazia o projeto
de Martin Luther King, na luta pelos direitos civis, dizendo que "se você acha que nada mudou nos
últimos cinquenta anos, pergunta a alguém que viveu em Selma ou Chicago nos anos 50. Pergunte à
mulher que hoje é CEO, e não mais restrita a ser secretária, se nada mudou. Pergunte ao seu amigo gay

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se é mais fácil ter orgulho na América hoje do que há 30 anos". E concluiu: "Negar este progresso é
roubar nosso próprio poder de transformar."

No mundo da economia, poucas pessoas expressam melhor um tipo de otimismo realista do que Deirdre
Mc-Closkey, autora da monumental trilogia sobre a igualdade, a dignidade e. as virtudes burguesas,
Deirdre não gosta da palavra capitalismo. Prefere e ideia do "inovismo". Seu ponto é que não foi o
capital, mas, sim as ideias ou a inovação que fizeram a diferença no surgimento da moderna economia
do mercado. Em algum momento entre os séculos XVII e XIX, o homem comum ganhou dignidade. O
padeiro, o comerciante, o inventor de coisas. Primeiro timidamente, mas em um processo contínuo a
pari passu à afirmação das sociedades de direito. Daí o casamento moderno entre a economia de
mercado e a democracia liberal.

Fonte: Veja, ed. 2775. Fernando Schuler é cientista político e


professor do Insper.

A tese de destruição criadora de Schumpeter não pode ser exemplificada por:


a) Vendedor de enciclopédia - Google.
b) Caçador de ratos - empresas de dedetização.
c) Linotipista - imprensa - mercado editorial.
d) Máquina fotográfica - datilógrafos.

Questão 116: CETAP - Leia o texto e responda a questão.

IDEIAS E LIBERDADE

Dias atrás me chamou a atenção um texto do amigo e filósofo Luiz Felipe Pondé. Sua provocação era:
"O capitalismo estaria apodrecendo?". Estaria chegando ao fim sem nenhuma utopia viável para pôr no
lugar? Achei interessante aquilo. Existe agora o "modelo chinês", desafiando a democracia liberal. Há
muita instabilidade política e um debate imenso sobre os males do mercado. Estaríamos à beira de
algum precipício?

Uma das razões para a decadência seria o impacto das novas tecnologias - como a automação, a internet
das coisas e a inteligência artificial- na destruição dos empregos. O raciocínio é intuitivo. Quando
chegarem os carros autônomos, o que os motoristas do Uber vão fazer? E o pessoal do telemarketing,
quando tudo for automatizado? Foi assim com os cubeiros, lá em Porto Alegre, chamados de "tigres",
que carregavam aqueles cilindros com dejetos humanos, antes das redes sanitárias. E com as telefonistas
inglesas, que eram 120.000, em 1970, e hoje não passam de 20.000.

Muitos postos de trabalho desaparecerão e outros serão criados. Estudo da OCDE mostrou que, em vinte
anos, o emprego industrial declinou 20% mas cresceu 27% no setor de serviços. É o feijão com arroz da
economia de mercado. Schumpeter já havia teorizado sobre isso com sua tese da "destruição criadora".
Ainda recentemente, três pesquisadores da Consultoria Deloitte, lan Stewart, Debapratim De a Alex
Cole, apresentaram uma pesquisa com dados do censo inglês desde 1871 e foram taxativos: "A tecnologia
criou mais empregos do que destruiu nos últimos 144 anos".

Outra razão do abismo seria a desigualdade. Se tornou comum dizer que a má distribuição de renda vai
corroer o sistema. Falta demonstrar qual o padrão "certo" de distribuição econômica que se deve buscar.

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Como bem observou John Rawls, tendemos a comparar nossa situação com a de pessoas mais próximas
a nós, nas comunidades em que convivemos e em relação às posições a que aspiramos. Não na "grande
sociedade". Ninguém acorda todos os dias enfurecido com a fortuna de Jeff Bezos. Mas, com razão nos
indignamos se fomos discriminados, no trabalho ou na vida social.

Nos temas que realmente importam há avanços relevantes em nosso tempo. A drástica redução da
pobreza talvez seja o mais crucial deles. Apenas no período da malafamada globalização, a pobreza
global caiu de 36% para 10% entre 1990 e 2015. Outro aspecto: a convergência das famílias americanas
com alimentação caiu de 4,2 dos padrões básicos de vida. O US Bureau of Labor Statistic mostrou que,
entre 1901 e 2002 o gasto das famílias americanas com alimentação caiu de 42% para 13% de sua renda.
Na Inglaterra, o gasto caiu de 35%, em 1050, para pouco mais de 11% em 2014.Não só a renda cresceu,
como o custo relativo dos produtos básicos caiu significativamente.

Há um tema muito mais amplo ai que se refere à igualdade de direitos. Lembro quando Obama, no
aniversário dos cinquenta anos na Marcha de Selma, provocou a imensa multidão que refazia o projeto
de Martin Luther King, na luta pelos direitos civis, dizendo que "se você acha que nada mudou nos
últimos cinquenta anos, pergunta a alguém que viveu em Selma ou Chicago nos anos 50. Pergunte à
mulher que hoje é CEO, e não mais restrita a ser secretária, se nada mudou. Pergunte ao seu amigo gay
se é mais fácil ter orgulho na América hoje do que há 30 anos". E concluiu: "Negar este progresso é
roubar nosso próprio poder de transformar."

No mundo da economia, poucas pessoas expressam melhor um tipo de otimismo realista do que Deirdre
Mc-Closkey, autora da monumental trilogia sobre a igualdade, a dignidade e. as virtudes burguesas,
Deirdre não gosta da palavra capitalismo. Prefere e ideia do "inovismo". Seu ponto é que não foi o
capital, mas, sim as ideias ou a inovação que fizeram a diferença no surgimento da moderna economia
do mercado. Em algum momento entre os séculos XVII e XIX, o homem comum ganhou dignidade. O
padeiro, o comerciante, o inventor de coisas. Primeiro timidamente, mas em um processo contínuo a
pari passu à afirmação das sociedades de direito. Daí o casamento moderno entre a economia de
mercado e a democracia liberal.

Fonte: Veja, ed. 2775. Fernando Schuler é cientista político e


professor do Insper.

Palavras que resumem as ideias de Deirdre Mc-Closkey sobre o surgimento da moderna economia de
mercado:
a) crédito ilimitado.
b) crescimento de renda.
c) criatividade empreendedora.
d) evolução feminina.

Questão 117: FUNDATEC - Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do
texto estão citados na questão.
Os impactos da pandemia na gestão de saúde pública

Todo o sistema de saúde foi drasticamente impactado pela pandemia do novo coronavírus. Uma
remodelagem rápida precisou ser feita para atender os diversos casos da doença que são descobertos a
cada dia.

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Este novo ...enário trouxe desafios que antes eram difíceis de se imaginar para a gestão da saúde
pública. Protocolos rígidos de segurança, isolamento social, fechamento dos estabelecimentos
comerciais, dentre outras medidas, foram tomadas para evitar ao máximo a proliferação do vírus.

Neste ponto, precisamos destacar que, quando falamos de saúde pública, trata-se de algo que engloba
todas as medidas tomadas pelo Estado para garantir o bem-estar físico, mental e social da população.

Gestão da saúde pública na pandemia


A Covid-19 mudou a rotina do mundo e criou uma grande crise de saúde para todos os países. A situação
se transformou rápido, e um vírus, ainda desconhecido no fim de 2019, desencadeou uma pandemia em
2020.

A quantidade de casos e de pessoas mortas por conta da doença trouxe tona a importância de se
ter uma rede de saúde bem preparada e que seja capa... de atender às demandas da população.

Diversas medidas começaram a ser tomadas para monitorar os casos e melhorar a capacidade de
atendimento. O dia dia do atendimento aos pacientes mudou, e garantir a segurança dos
profissionais envolvidos se tornou um desafio.

Desenvolver planos adequados para o enfrentamento do problema se tornou e...encial para a gestão da
saúde pública. Fazer com que o sistema tenha a capacidade suficiente para realizar o atendimento de
todos depende de um gerenciamento eficiente.

As mudanças no sistema de saúde


Os sistemas de saúde público e privado precisaram se adequar, remanejar leitos, separar os pacientes
com Covid-19 dos demais, dentre outras medidas. Já a população em geral precisou adotar cuidados
antes incomuns, como o uso de máscaras, evitar aglomerações e manter o distanciamento.

Todas as alterações foram feitas para evitar a propagação do vírus. Mas, como não houve muito tempo
para uma preparação em larga escala, alguns pontos ainda são sensíveis.

De acordo com a nota técnica “A pandemia de Covid-19 e os profissionais de saúde pública no Brasil”,
divulgada pela Fundação Getúlio Vargas em maio deste ano, mais de 60% dos profissionais da saúde não
se sente preparado ou não soube responder se está preparado para atuar em meio pandemia.

Esse dado nos mostra que o sistema ainda não estava preparado para enfrentar a magnitude da situação.

Preocupações e cuidados com a população


Essas foram algumas medidas que foram tomadas pelos profissionais e pela população. Mas vale salientar
que todo o cuidado e preocupação só darão os resultados esperados se todos fizerem sua parte.

Quando as medidas para evitar a propagação do vírus não são seguidas, a gestão da saúde pública se
torna ainda mais desafiadora.

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Aqui é preciso dizer que o sistema de saúde não teria capacidade de atender em situações de aumento
significativo dos casos, ainda mais com isso acontecendo ao mesmo tempo. O isolamento social e os
cuidados extras com a higiene evitam que mais pessoas se contaminem e acabem sobrecarregando o
sistema.

(Disponível em: https://grupoelfa.com.br/impactos-


pandemia-gestao-saude/#gestao-saude-publica – texto adaptado especialmente para esta prova) .

Considerando o exposto pelo texto, analise as assertivas a seguir:

I. De acordo com o texto, devido à excelente gestão do sistema de saúde brasileiro, em poucos
meses após o início da pandemia, todo o sistema estava estabilizado e tranquilo.

II. À época da publicação do texto, mais da metade dos trabalhadores da saúde estava insegura
ou não tinha certeza a respeito de como lidar com a pandemia.

III. De acordo com o texto, o não cumprimento de protocolos pela população tem significativo
impacto no sistema de saúde, mostrando que o processo integra a todos.

Quais estão corretas?


a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas I e III.
e) Apenas II e III.

Questão 118: FUNDATEC - Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do
texto estão citados na questão.
Os impactos da pandemia na gestão de saúde pública
Todo o sistema de saúde foi drasticamente impactado pela pandemia do novo coronavírus. Uma
remodelagem rápida precisou ser feita para atender os diversos casos da doença que são descobertos a
cada dia.
Este novo ...enário trouxe desafios que antes eram difíceis de se imaginar para a gestão da saúde
pública. Protocolos rígidos de segurança, isolamento social, fechamento dos estabelecimentos
comerciais, dentre outras medidas, foram tomadas para evitar ao máximo a proliferação do vírus.
Neste ponto, precisamos destacar que, quando falamos de saúde pública, trata-se de algo que engloba
todas as medidas tomadas pelo Estado para garantir o bem-estar físico, mental e social da população.
Gestão da saúde pública na pandemia A Covid-19 mudou a rotina do mundo e criou uma grande crise
de saúde para todos os países. A situação se transformou rápido, e um vírus, ainda desconhecido no fim
de 2019, desencadeou uma pandemia em 2020.
A quantidade de casos e de pessoas mortas por conta da doença trouxe tona a importância de se
ter uma rede de saúde bem preparada e que seja capa... de atender às demandas da população.
Diversas medidas começaram a ser tomadas para monitorar os casos e melhorar a capacidade de
atendimento. O dia dia do atendimento aos pacientes mudou, e garantir a segurança dos
profissionais envolvidos se tornou um desafio.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


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Desenvolver planos adequados para o enfrentamento do problema se tornou e...encial para a gestão da
saúde pública. Fazer com que o sistema tenha a capacidade suficiente para realizar o atendimento de
todos depende de um gerenciamento eficiente.
As mudanças no sistema de saúde Os sistemas de saúde público e privado precisaram se adequar,
remanejar leitos, separar os pacientes com Covid-19 dos demais, dentre outras medidas. Já a população
em geral precisou adotar cuidados antes incomuns, como o uso de máscaras, evitar aglomerações e
manter o distanciamento.
Todas as alterações foram feitas para evitar a propagação do vírus. Mas, como não houve muito tempo
para uma preparação em larga escala, alguns pontos ainda são sensíveis.
De acordo com a nota técnica “A pandemia de Covid-19 e os profissionais de saúde pública no Brasil”,
divulgada pela Fundação Getúlio Vargas em maio deste ano, mais de 60% dos profissionais da saúde não
se sente preparado ou não soube responder se está preparado para atuar em meio pandemia.
Esse dado nos mostra que o sistema ainda não estava preparado para enfrentar a magnitude da situação.
Preocupações e cuidados com a população Essas foram algumas medidas que foram tomadas pelos
profissionais e pela população. Mas vale salientar que todo o cuidado e preocupação só darão os
resultados esperados se todos fizerem sua parte.
Quando as medidas para evitar a propagação do vírus não são seguidas, a gestão da saúde pública se
torna ainda mais desafiadora.
Aqui é preciso dizer que o sistema de saúde não teria capacidade de atender em situações de aumento
significativo dos casos, ainda mais com isso acontecendo ao mesmo tempo. O isolamento social e os
cuidados extras com a higiene evitam que mais pessoas se contaminem e acabem sobrecarregando o
sistema.
(Disponível em: https://grupoelfa.com.br/impactos-
pandemia-gestao-saude/#gestao-saude-publica – texto adaptado especialmente para esta prova) .

Assinale a alternativa que NÃO indica uma medida adotada pelo sistema de saúde e pela população a
fim de impedir a proliferação do vírus.
a) Separação de leitos para pacientes infectados pelo Corona vírus.
b) Isolamento social.
c) Proibição de aglomerações.
d) Reorganização somente do sistema de saúde público.
e) Garantia da segurança dos profissionais de saúde.

Questão 119: FUNDATEC - Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do
texto estão citados na questão.
Os impactos da pandemia na gestão de saúde pública

Todo o sistema de saúde foi drasticamente impactado pela pandemia do novo coronavírus. Uma
remodelagem rápida precisou ser feita para atender os diversos casos da doença que são descobertos a
cada dia.

Este novo ...enário trouxe desafios que antes eram difíceis de se imaginar para a gestão da saúde
pública. Protocolos rígidos de segurança, isolamento social, fechamento dos estabelecimentos
comerciais, dentre outras medidas, foram tomadas para evitar ao máximo a proliferação do vírus.

Neste ponto, precisamos destacar que, quando falamos de saúde pública, trata-se de algo que engloba
todas as medidas tomadas pelo Estado para garantir o bem-estar físico, mental e social da população.

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Gestão da saúde pública na pandemia A Covid-19 mudou a rotina do mundo e criou uma grande crise
de saúde para todos os países. A situação se transformou rápido, e um vírus, ainda desconhecido no fim
de 2019, desencadeou uma pandemia em 2020.

A quantidade de casos e de pessoas mortas por conta da doença trouxe tona a importância de se
ter uma rede de saúde bem preparada e que seja capa... de atender às demandas da população.

Diversas medidas começaram a ser tomadas para monitorar os casos e melhorar a capacidade de
atendimento. O dia dia do atendimento aos pacientes mudou, e garantir a segurança dos
profissionais envolvidos se tornou um desafio.

Desenvolver planos adequados para o enfrentamento do problema se tornou e...encial para a gestão da
saúde pública. Fazer com que o sistema tenha a capacidade suficiente para realizar o atendimento de
todos depende de um gerenciamento eficiente.

As mudanças no sistema de saúde


Os sistemas de saúde público e privado precisaram se adequar, remanejar leitos, separar os pacientes
com Covid-19 dos demais, dentre outras medidas. Já a população em geral precisou adotar cuidados
antes incomuns, como o uso de máscaras, evitar aglomerações e manter o distanciamento.

Todas as alterações foram feitas para evitar a propagação do vírus. Mas, como não houve muito tempo
para uma preparação em larga escala, alguns pontos ainda são sensíveis.

De acordo com a nota técnica “A pandemia de Covid-19 e os profissionais de saúde pública no Brasil”,
divulgada pela Fundação Getúlio Vargas em maio deste ano, mais de 60% dos profissionais da saúde não
se sente preparado ou não soube responder se está preparado para atuar em meio pandemia.

Esse dado nos mostra que o sistema ainda não estava preparado para enfrentar a magnitude da situação.

Preocupações e cuidados com a população


Essas foram algumas medidas que foram tomadas pelos profissionais e pela população. Mas vale salientar
que todo o cuidado e preocupação só darão os resultados esperados se todos fizerem sua parte.

Quando as medidas para evitar a propagação do vírus não são seguidas, a gestão da saúde pública se
torna ainda mais desafiadora.
Aqui é preciso dizer que o sistema de saúde não teria capacidade de atender em situações de aumento
significativo dos casos, ainda mais com isso acontecendo ao mesmo tempo. O isolamento social e os
cuidados extras com a higiene evitam que mais pessoas se contaminem e acabem sobrecarregando o
sistema.

(Disponível em: https://grupoelfa.com.br/impactos-


pandemia-gestao-saude/#gestao-saude-publica – texto adaptado especialmente para esta prova) .

Analise as assertivas a seguir a respeito da relação entre o texto e a charge subsequente:

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Fonte: https://www.sjc.sp.gov.br/media/121023/lp_9%C2%BA-ano.pdf.

I. A charge retoma uma das medidas para conter a disseminação do Corona vírus exposta pelo
texto.

CONTUDO

II. Ela o faz de forma humorística, sendo uma referência a um dos aspectos tratados com seriedade
pelo texto.

A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.


a) Ambas são verdadeiras e a segunda assertiva é uma ressalva correta à primeira.
b) Ambas são verdadeiras, mas a assertiva II não é uma ressalva correta à primeira.
c) A primeira assertiva é verdadeira, e a segunda, falsa.
d) A primeira assertiva é falsa, e a segunda, verdadeira.
e) Ambas são assertivas falsas.

Questão 120: CEBRASPE (CESPE) -


Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não faz o menor
sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo é natural e cultural ao
mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o homem tome distância do meio
ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao
se extrair do mundo por meio de um movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um
todo. Pensando bem, entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós
mesmos e de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores, flores e
mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo ao qual isso tudo
pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um todo. Mas, a partir do
momento em que nos habituamos a representar a natureza como um todo, ela se torna, por assim dizer,
um grande relógio, do qual podemos desmontar o mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos
aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século
XVII, na Europa. Esse movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única

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vez. Para retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e senhor
da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das técnicas, mas também
a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de então, de objetos sem ligação com os
humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas convertidos em meros recursos que podemos usar e
dos quais podemos tirar proveito. Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos
impedia de vê-la unicamente como fonte de riqueza.

Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23 (com adaptações).

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às ideias nele
expressas, julgue o item a seguir.

Conforme o texto, o conceito de natureza pressupõe o distanciamento do homem em relação ao


ambiente onde ele vive.
Certo
Errado

Questão 121: CEBRASPE (CESPE) -


Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não faz o menor
sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo é natural e cultural ao
mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o homem tome distância do meio
ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao
se extrair do mundo por meio de um movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um
todo. Pensando bem, entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós
mesmos e de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores, flores e
mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo ao qual isso tudo
pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um todo. Mas, a partir do
momento em que nos habituamos a representar a natureza como um todo, ela se torna, por assim dizer,
um grande relógio, do qual podemos desmontar o mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos
aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século
XVII, na Europa. Esse movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única
vez. Para retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e senhor
da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das técnicas, mas também
a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de então, de objetos sem ligação com os
humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas convertidos em meros recursos que podemos usar e
dos quais podemos tirar proveito. Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos
impedia de vê-la unicamente como fonte de riqueza.

Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23 (com adaptações).

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às ideias nele
expressas, julgue o item a seguir.

Conclui-se das ideias do texto que entender o mundo como um todo é uma ideia esquisita porque a
perspectiva de qualquer conhecimento é incompleta, parcial.
Certo

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Errado

Questão 122: CEBRASPE (CESPE) -


Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não faz o menor
sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo é natural e cultural ao
mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o homem tome distância do meio
ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao
se extrair do mundo por meio de um movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um
todo. Pensando bem, entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós
mesmos e de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores, flores e
mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo ao qual isso tudo
pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um todo. Mas, a partir do
momento em que nos habituamos a representar a natureza como um todo, ela se torna, por assim dizer,
um grande relógio, do qual podemos desmontar o mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos
aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século
XVII, na Europa. Esse movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única
vez. Para retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e senhor
da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das técnicas, mas também
a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de então, de objetos sem ligação com os
humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas convertidos em meros recursos que podemos usar e
dos quais podemos tirar proveito. Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos
impedia de vê-la unicamente como fonte de riqueza.

Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23 (com adaptações).

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às ideias nele
expressas, julgue o item a seguir.

O texto defende que os aborígenes australianos não percebem o fato de que natureza e cultura são
distintas.
Certo
Errado

Questão 123: CEBRASPE (CESPE) -


Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não faz o menor
sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo é natural e cultural ao
mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o homem tome distância do meio
ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao
se extrair do mundo por meio de um movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um
todo. Pensando bem, entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós
mesmos e de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores, flores e
mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo ao qual isso tudo
pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um todo. Mas, a partir do
momento em que nos habituamos a representar a natureza como um todo, ela se torna, por assim dizer,
um grande relógio, do qual podemos desmontar o mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


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aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século
XVII, na Europa. Esse movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única
vez. Para retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e senhor
da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das técnicas, mas também
a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de então, de objetos sem ligação com os
humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas convertidos em meros recursos que podemos usar e
dos quais podemos tirar proveito. Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos
impedia de vê-la unicamente como fonte de riqueza.

Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23 (com adaptações).

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às ideias nele
expressas, julgue o item a seguir.

De acordo com o texto, a objetificação da natureza, e sua consequente exploração, é o resultado


benéfico do desenvolvimento das ciências e das técnicas.
Certo
Errado

Questão 124: CEBRASPE (CESPE) -


Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não faz o menor
sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo é natural e cultural ao
mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o homem tome distância do meio
ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao
se extrair do mundo por meio de um movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um
todo. Pensando bem, entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós
mesmos e de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores, flores e
mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo ao qual isso tudo
pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um todo. Mas, a partir do
momento em que nos habituamos a representar a natureza como um todo, ela se torna, por assim dizer,
um grande relógio, do qual podemos desmontar o mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos
aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século
XVII, na Europa. Esse movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única
vez. Para retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e senhor
da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das técnicas, mas também
a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de então, de objetos sem ligação com os
humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas convertidos em meros recursos que podemos usar e
dos quais podemos tirar proveito. Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos
impedia de vê-la unicamente como fonte de riqueza.

Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23 (com adaptações).

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às ideias nele
expressas, julgue o item a seguir.

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As expressões “daí” e “a partir de então”, no penúltimo período do texto, e “Naquela altura”, no último
período, estabelecem uma sucessão temporal composta de três momentos distintos.
Certo
Errado

Questão 125: CEBRASPE (CESPE) -


Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não faz o menor
sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo é natural e cultural ao
mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o homem tome distância do meio
ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao
se extrair do mundo por meio de um movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um
todo. Pensando bem, entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós
mesmos e de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores, flores e
mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo ao qual isso tudo
pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um todo. Mas, a partir do
momento em que nos habituamos a representar a natureza como um todo, ela se torna, por assim dizer,
um grande relógio, do qual podemos desmontar o mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos
aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século
XVII, na Europa. Esse movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única
vez. Para retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e senhor
da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das técnicas, mas também
a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de então, de objetos sem ligação com os
humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas convertidos em meros recursos que podemos usar e
dos quais podemos tirar proveito. Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos
impedia de vê-la unicamente como fonte de riqueza.

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expressas, julgue o item a seguir.

Conforme o texto, a natureza perdeu sua alma pelo fato de o ser humano ter-se instituído como seu
“mestre e senhor”.
Certo
Errado

Questão 126: CEBRASPE (CESPE) -


Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não faz o menor
sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo é natural e cultural ao
mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o homem tome distância do meio
ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao
se extrair do mundo por meio de um movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um
todo. Pensando bem, entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós
mesmos e de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores, flores e
mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo ao qual isso tudo

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pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um todo. Mas, a partir do
momento em que nos habituamos a representar a natureza como um todo, ela se torna, por assim dizer,
um grande relógio, do qual podemos desmontar o mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos
aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século
XVII, na Europa. Esse movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única
vez. Para retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e senhor
da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das técnicas, mas também
a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de então, de objetos sem ligação com os
humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas convertidos em meros recursos que podemos usar e
dos quais podemos tirar proveito. Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos
impedia de vê-la unicamente como fonte de riqueza.

Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23 (com adaptações).

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às ideias nele
expressas, julgue o item a seguir.

Ainda que o texto não defina o que seria a alma da natureza, é possível inferir dos seus sentidos que tal
alma possui vínculos com os humanos.
Certo
Errado

Questão 127: CEBRASPE (CESPE) -


Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não faz o menor
sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo é natural e cultural ao
mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o homem tome distância do meio
ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao
se extrair do mundo por meio de um movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um
todo. Pensando bem, entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós
mesmos e de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores, flores e
mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo ao qual isso tudo
pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um todo. Mas, a partir do
momento em que nos habituamos a representar a natureza como um todo, ela se torna, por assim dizer,
um grande relógio, do qual podemos desmontar o mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos
aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século
XVII, na Europa. Esse movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única
vez. Para retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e senhor
da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das técnicas, mas também
a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de então, de objetos sem ligação com os
humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas convertidos em meros recursos que podemos usar e
dos quais podemos tirar proveito. Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos
impedia de vê-la unicamente como fonte de riqueza.

Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23 (com adaptações).

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expressas, julgue o item a seguir.

O autor do texto argumenta que a representação da natureza unicamente como recurso decorre da
constatação, pela humanidade, da própria superioridade.
Certo
Errado

Questão 128: CEBRASPE (CESPE) -


Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não faz o menor
sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo é natural e cultural ao
mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o homem tome distância do meio
ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao
se extrair do mundo por meio de um movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um
todo. Pensando bem, entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós
mesmos e de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores, flores e
mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo ao qual isso tudo
pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um todo. Mas, a partir do
momento em que nos habituamos a representar a natureza como um todo, ela se torna, por assim dizer,
um grande relógio, do qual podemos desmontar o mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos
aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século
XVII, na Europa. Esse movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única
vez. Para retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e senhor
da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das técnicas, mas também
a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de então, de objetos sem ligação com os
humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas convertidos em meros recursos que podemos usar e
dos quais podemos tirar proveito. Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos
impedia de vê-la unicamente como fonte de riqueza.

Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23 (com adaptações).

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às ideias nele
expressas, julgue o item a seguir.

Depreende-se do texto que, para os aborígenes australianos, o que no Ocidente se entende por natureza
não é uma fonte de riqueza.
Certo
Errado

Questão 129: UFMT - Leia o texto a seguir para responder à questão.

A segurança pública e a sociedade

Aos olhos do povo, parece ser a Polícia a única responsável pela segurança da sociedade, quando em
verdade tem essa instituição somente a função mais árdua de todas, vez que atua na linha de frente em

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prevenção ao crime ou na garimpagem de criminosos e na execução das leis penais, a fim de torná-las
efetivas ao exigir o cumprimento das regras sociais e solucionar os seus conflitos. [...]

Agora que a epidemia da insegurança se alastrou por todo o Brasil, a própria sociedade se mostra
preocupada com o problema e até já comunga com o preceito constitucional de que a segurança pública
é responsabilidade de todos, e com isso já se formam movimentos diversos que objetivam maior
interatividade com a Polícia para uma consequente união de forças de combate ao crime. [...]

Entretanto, essa necessária e importante interação ainda aparece de maneira emperrada, pois existe a
tradição arraigada no seio de grande parte da sociedade em generalizar, colocando-se como regra ao
invés da exceção, que a Polícia é ineficiente e criminosa, que todo policial é ignorante, arbitrário,
violento e irresponsável, quando em verdade, de uma maneira geral, tais entendimentos não passam de
pensamentos ilógicos e insensatos [...].

A eficiência do trabalho policial está intimamente ligada ao bom relacionamento entre cidadãos e
policiais. Um deve ver e sentir o outro no valor da amizade, como elemento de apoio, de confiança nos
seus recíprocos atos. Os policiais dependem da iniciativa e da cooperação das pessoas e estas dependem
da proteção dos policiais. [...].

(MARQUES, A.J.M. Disponível em: https://www.algosobre.com.br/interesse-publico/a-seguranca-publica-e-a-sociedade.html. Acesso


em:
30/10/21.)

Assinale o trecho que revela a tese defendida pelo autor sobre o assunto abordado no texto.
a) existe a tradição arraigada no seio de grande parte da sociedade em generalizar, colocando-se como
regra ao invés da exceção, que a Polícia é ineficiente e criminosa, que todo policial é ignorante,
arbitrário, violento e irresponsável [...].
b) Aos olhos do povo, parece ser a Polícia a única responsável pela segurança da sociedade.
c) tem essa instituição somente a função mais árdua de todas, vez que atua na linha de frente em
prevenção ao crime ou na garimpagem de criminosos e na execução das leis penais [...].
d) A eficiência do trabalho policial está intimamente ligada ao bom relacionamento entre cidadãos e
policiais.
e) Agora que a epidemia da insegurança se alastrou por todo o Brasil, a própria sociedade se mostra
preocupada com o problema [...].

Questão 130: UFMT - Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.

A etiqueta digital
Regras para você não se tornar um inconveniente no celular

Falta de educação no celular e nas redes sociais é o que não falta. Novos tempos exigem novas regras.
Eis algumas, mas não todas. Tornou-se importante aprender a não ser invasivo, chato ou simplesmente
mal-educado.

[...]

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KKKKKKKKKK – E quem responde tudo com “KKKKKKK”? É uma risada ou um relincho? A conversa não
avança. “Como você está?” Resposta: “De quarentena KKKKKKK”. E por aí vai. Um kkk de leve, tudo
bem. Mas o excesso é ridículo.

Fim de papo – Tem gente que não quer terminar a conversa. Eu trabalho de noite, todo mundo sabe.
Se vem mensagem, me despeço rapidinho. “Tudo bem então, bjs”. A pessoa continua como se não
tivesse lido. Eu me despeço de novo: “Ótimo, bjão”. Imediatamente desaba sobre mim uma conversa
do tipo: “Estou triste hoje”. É o momento de iniciar confidência? Antes, eu me preocupava. “Está triste?
O que houve?”... Hoje sou rápido: “Espero que fique bem. Bjs”. E desligo.

Vácuo – Horrendo é deixar o interlocutor no vácuo. Alguém me diz que vai viajar no fim de semana.
“Para onde?” A pessoa some. Dali a três, quatro dias, reaparece. “Tudo bem?” Não se fala mais na
conversa anterior. É péssimo.

Incluir alguém em um grupo sem perguntar – Abro meu celular. Há cinquenta mensagens de um grupo
que não conheço. Piadas, papos... Alguém me botou na roda! Saio imediatamente. Mas meu número
particular já se espalhou por não sei quantas pessoas. É muito deselegante. Antes de incluir alguém,
pergunte se a pessoa concorda!

Pedir curtidas – Não tem coisa mais brega do que mendigar curtidas. Muitas vezes, se elogio um post,
no direct, por amizade, vem o pedido: “Curte lá”. Se não curto, a pessoa fica ofendidíssima!
Inacreditável. Curtida virou prova de amizade?

A deselegância impera. Tudo o que a pessoa não faz na vida real, apronta na internet. Por exemplo,
mandar um nude sem que seja pedido. Nude está tão facinho! Diz aí: quando é apresentado a alguém,
você tira a roupa imediatamente?

(CARRASCO, W. In: Revista Veja, edição de 8 de julho de 2020.)

A leitura do texto permite afirmar que o autor


a) considera deselegantes todas as comunicações feitas via redes sociais.
b) desdenha os leitores que são polidos e agem com respeito.
c) pretende difamar os usuários das redes sociais que são invasivos.
d) pretende ensinar o leitor a ser bem-educado nas redes sociais.
e) considera que, por amizade, as pessoas suportam ofensas.

Questão 131: UFMT - Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.

WWW.ATUALIZAR.COM
A pandemia tornou mais urgente se manter antenado na tecnologia

IMAGINEM. Eu sou da época da máquina de escrever. Datilografava página por página. Tec, tec, tec. Já
não era novinho quando surgiu o computador doméstico. Foi fantástico – os vizinhos não reclamavam
mais quando eu escrevia à noite. Eu sei. A vida sem internet parece inacreditável hoje. [...]

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A pandemia tornou a tecnologia mais obrigatória que nunca. Tenho de aprender aquilo que nunca pensei
em saber. Reunião por Zoom, por exemplo. Ou Google Meet. São programas de videoconferência. É
assim que se realizam as reuniões de trabalho atualmente. [...]

Há peças de teatro apresentadas pelo Instagram. É uma outra linguagem! Todos os dias boto um
aplicativo de meditação e relaxo, aprendendo a respirar, descansando... já escolhi um aplicativo da
ioga para fazer pelo celular. Mas ainda estou ensaiando começar... E cada vez há mais um novo
aplicativo para desvendar, uma plataforma para conhecer. Eu que cheguei a ter aula de caligrafia com
caneta tinteiro, vejam só! [...]

Às vezes, acho que não sou mais um indivíduo, e que me tornei um aplicativo. Estou em upload, em
contínua transferência de dados. Vivo em modo de atualização. Aceitei esse novo modo de viver. Este
admirável mundo novo já se incorporou à minha rotina diária. As novidades de hoje serão passado
amanhã. Eu e você também temos de seguir o ritmo.

(CARRASCO, W. In: Revista Veja, edição de 24 de junho de 2020.)

Em vários momentos do texto, o autor interage diretamente com o leitor, seja para responder a uma
possível pergunta, para chamar sua atenção ou para propor uma ação. Em qual trecho NÃO ocorre essa
interação?
a) Eu que cheguei a ter aula de caligrafia com caneta tinteiro, vejam só!
b) Eu sei. A vida sem internet parece inacreditável hoje.
c) Vivo em modo de atualização. Aceitei esse novo modo de viver.
d) Eu e você também temos de seguir o ritmo.
e) IMAGINEM.

Questão 132: UFMT - Leia o excerto a seguir para responder à questão.

Imaginemos uma cena possível do cotidiano:

Um garoto vai para a escola levado de carro por seu pai. Ao sinal vermelho do semáforo, surge bem em
frente um menino mirrado, com roupas surradas e um nariz de palhaço, fazendo um triste show circense
de malabarismo. Outros dois também aproveitam a parada obrigatória para vender balas ou pedir
moedas. Rapidamente, o vidro do carro sobe depois da ordem e do comentário do pai: Está vendo, filho,
é assim que começa. Daqui a alguns anos, esses moleques vagabundos que não querem estudar e
trabalhar estarão roubando e matando. Isso não tem jeito de consertar. Acende o verde e lá vai o garoto
para escola um pouco assustado, mas aliviado: Ainda bem que minha família é do bem.

Está plantada a semente do preconceito social.

(CARDOSO, C.M. Fundamentos para uma educação na diversidade. In: https://acervodigital.unesp.br/bitstream/unesp/. Acesso em
20/10/2021.)

Analise as afirmativas sobre a fala do pai constante do excerto.

I- Emite um juízo de valor que considera os garotos como inferiores a ele em vários aspectos.

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II- Mostra crença na desigualdade natural entre os seres humanos, considerando-se como possuidor
da verdade absoluta e como padrão de comportamento de referência para todos.

III- Revela rejeição de culturas diferentes que, potencialmente, segundo ele, possam ameaçar o
seu status quo.

IV- Considera os garotos seres semelhantes, porém inferiores, cópias imperfeitas de um modelo
único, o que justifica a exclusão, a dominação, a exploração.

Estão corretas as afirmativas


a) I, II e III, apenas.
b) I, II, III e IV.
c) II e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) II e III, apenas.

Questão 133: Com. Exam. (MPE GO) - ‘Quando o mar está calmo, todo mundo pode ser timoneiro.’

Apresenta-se como uma interpretação adequada dessa frase:


a) Todos demonstramos qualidades, se a situação nos é favorável.
b) Não se deve recuar diante do perigo.
c) É importante estarmos preparados para sermos úteis.
d) Em momentos difíceis, a maioria nos abandona.

Questão 134: Com. Exam. (MPE GO) - Vacinação de crianças no Brasil contra a Covid-19: o que
sabemos até agora (Giulia Granchi Da BBC Brasil em São Paulo. 14 de janeiro de 2022).

O menino indígena Davi Seremramiwe Xavante, de 8 anos, recebeu a primeira dose do imunizante da
Pfizer no Estado de São Paulo. Apesar disso, ainda há muita incerteza sobre o calendário e a
disponibilidade de doses para que a campanha avance de fato.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a aplicação da vacina Comirnaty (da Pfizer-
BioNTech) em crianças de 5 a 11 anos no dia 16 de dezembro de 2021. O parecer levou em conta dados
disponíveis sobre a eficácia e a segurança da vacina, que foram analisados por diferentes profissionais
da área da saúde, contando com a participação de especialistas externos de diferentes sociedades
médicas brasileiras.

Além disso, de acordo com a agência, a análise também considerou o relatório da aprovação da FDA
(Food and Drug Administration), agência regulatória dos Estados Unidos, assim como o cenário de
aprovação internacional das autoridades que possuem medidas semelhantes às do Brasil. (...)

Por enquanto, a única vacina disponível contra a covid-19 para crianças é a Pfizer-BioNTech. A análise
da Anvisa concluiu que, quando administrada no esquema de duas doses em crianças de 5 a 11 anos de
idade, o imunizante é seguro e eficaz na prevenção da covid-19 sintomática, na prevenção das forma
grave e potencialmente fatal da doença.

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Em agosto de 2021, o Instituto Butantan também chegou a pedir o uso emergencial da CoronaVac em
crianças a partir de três anos, mas a diretoria da Anvisa rejeitou por unanimidade alegando falta de
dados que comprovassem a eficácia e segurança.

O governo federal também fez uma consulta pública sobre o tema, com o objetivo de "informar e
conhecer as dúvidas da população sobre a vacinação de crianças". O debate foi encerrado no dia 2 de
janeiro e não gerou mudanças na aprovação.

(Texto adaptado. Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-59999518. Acessado em 17.01.22)

Assinale a alternativa com uma interpretação correta acerca do texto acima:


a) O Brasil iniciou a vacinação infantil contra a covid-19 pelas crianças indígenas de São Paulo.
b) A Anvisa autorizou a aplicação da vacina em crianças de 5 a 11 anos de idade que tenham completado
a idade até 16 de dezembro de 2021.
c) Por enquanto, a única vacina disponível contra a covid-19 para crianças é a Pfizer-BioNTech. A
análise da Anvisa concluiu que, quando administrada no esquema de duas doses em crianças de 5 a 11
anos de idade, o imunizante é seguro e eficaz na prevenção da covid-19 assintomática, na prevenção
das forma grave e potencialmente fatal da doença
d) Por enquanto, a única vacina disponível contra a covid-19 para crianças é a Pfizer-BioNTech, mas o
Instituto Butantan também chegou a pedir o uso emergencial da CoronaVac em crianças a partir de três
anos.

Questão 135: Com. Exam. (MPE GO) -


Vacinação de crianças no Brasil contra a Covid-19: o que sabemos até agora (Giulia Granchi Da BBC Brasil
em São Paulo. 14 de janeiro de 2022).

O menino indígena Davi Seremramiwe Xavante, de 8 anos, recebeu a primeira dose do imunizante da
Pfizer no Estado de São Paulo. Apesar disso, ainda há muita incerteza sobre o calendário e a
disponibilidade de doses para que a campanha avance de fato.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a aplicação da vacina Comirnaty (da Pfizer-
BioNTech) em crianças de 5 a 11 anos no dia 16 de dezembro de 2021. O parecer levou em conta dados
disponíveis sobre a eficácia e a segurança da vacina, que foram analisados por diferentes profissionais
da área da saúde, contando com a participação de especialistas externos de diferentes sociedades
médicas brasileiras.

Além disso, de acordo com a agência, a análise também considerou o relatório da aprovação da FDA
(Food and Drug Administration), agência regulatória dos Estados Unidos, assim como o cenário de
aprovação internacional das autoridades que possuem medidas semelhantes às do Brasil. (...)

Por enquanto, a única vacina disponível contra a covid-19 para crianças é a Pfizer-BioNTech. A análise
da Anvisa concluiu que, quando administrada no esquema de duas doses em crianças de 5 a 11 anos de
idade, o imunizante é seguro e eficaz na prevenção da covid-19 sintomática, na prevenção das forma
grave e potencialmente fatal da doença.

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Em agosto de 2021, o Instituto Butantan também chegou a pedir o uso emergencial da CoronaVac em
crianças a partir de três anos, mas a diretoria da Anvisa rejeitou por unanimidade alegando falta de
dados que comprovassem a eficácia e segurança.

O governo federal também fez uma consulta pública sobre o tema, com o objetivo de "informar e
conhecer as dúvidas da população sobre a vacinação de crianças". O debate foi encerrado no dia 2 de
janeiro e não gerou mudanças na aprovação.

(Texto adaptado. Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-59999518. Acessado em 17.01.22)

Assinale a alternativa com uma interpretação incorreta acerca do texto acima:


a) O governo federal também fez uma consulta pública sobre o tema, com o objetivo de "informar e
conhecer as dúvidas da população sobre a vacinação de crianças", mas o debate foi encerrado tendo em
vista a politização extremada do assunto no país..
b) Apesar do início da vacinação infantil no país contra a Covid-19, ainda há muita incerteza sobre o
calendário e a disponibilidade de doses para que a campanha avance de fato.
c) A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a aplicação da vacina Comirnaty (da
Pfizer-BioNTech) em crianças de 5 a 11 anos no dia 16 de dezembro de 2021. O parecer levou em conta
dados disponíveis sobre a eficácia e a segurança da vacina, que foram analisados por diferentes
profissionais da área da saúde, contando com a participação de especialistas externos de diferentes
sociedades médicas brasileiras
d) Em agosto de 2021, o Instituto Butantan também chegou a pedir o uso emergencial da CoronaVac
em crianças a partir de três anos, mas a diretoria da Anvisa rejeitou por unanimidade alegando falta de
dados que comprovassem a eficácia e segurança.

Questão 136: UFMT - Leia o texto a seguir para responder à questão.

Saber parar

Vamos começar pelo final, para ninguém aí querer pular para a última linha. A ansiedade é uma antiga
conhecida da nossa espécie e tem uma função importante: preparar o corpo e a mente para decisões e
ações ligeiras numa situação de forte estresse. Por exemplo, a de esbarrar com um predador faminto
numa savana africana. A questão é que o ambiente e os desafios de hoje mudaram muito desde a Pré-
História. Os predadores agora são outros e atendem pelo nome de excesso de estímulos – de informação,
de tarefas, de metas.

Essas batalhas diárias podem deixar feridas, dor e dúvida. E o pior é que fomos ensinados a passar por
cima de tudo isso e seguir pleníssimos, apesar do peso. Como se fôssemos máquina. E aí o mecanismo
natural que nos salva de tantos perigos nunca tem trégua. Fica ligado constantemente, trazendo
problemas e, muitas vezes, a necessidade de buscar ajuda profissional para ajustá-lo. Porque somos
humanos.

Não sei bem de que forma chegamos até aqui, na normalização do ato de sorrir para o outro enquanto
por dentro a gente chora. Deve ter a ver com nossa visão equivocada do que é ser forte. Achamos que
só tem valor aquele que dá conta de tudo, supera limites, alcança o primeiro lugar. Se essas vitórias
alcançam a saúde física e emocional do tal ser perfeito, poucos parecem se importar. Mas quem disse
que precisa ser assim? Quem determinou que não podemos parar, desistir, recomeçar?

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


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[...] O desacelerar pode estar na leitura de um livro, num gole de chá, em uma atividade física, em não
fazer nada.[...]

(KEDOUK, Márcia. In: Revista TODOS, 10/2021.)

No penúltimo parágrafo, as duas perguntas feitas pela autora podem ser consideradas retóricas. O que
justifica serem assim chamadas?
a) Buscam obter uma informação nova para complementar os argumentos dados.
b) Pretendem provocar ou reafirmar um ponto de vista ou refletir sobre o assunto abordado.
c) Têm caráter mal-intencionado, com o propósito de usar as respostas contra quem as formulou.
d) São usadas principalmente para ensinar a arte da eloquência, da linguagem.
e) Exigem uma resposta imediata do interlocutor, sob pena de não ocorrer compreensão do texto.

Questão 137: FADESP - Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.

Polícia Militar do Pará comemora 39 anos


do ingresso de mulheres na corporação

O Dia da Policial Militar, instituído pela Assembleia Legislativa, busca valorizar e reconhecer o papel
feminino na segurança pública

Há exatos 39 anos, em 1º de fevereiro de 1982, começou a história da participação feminina na Polícia


Militar do Pará, com a entrada no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cfap), no distrito
de Outeiro, em Belém, da primeira turma de policiais femininas da corporação. Eram quatro alunas
sargento e 50 alunas soldado, além de três oficiais, estas as pioneiras do Curso de Formação de Oficiais
(CFO), realizado na Academia de Polícia Militar do Barro Branco, da PM de São Paulo (SP). Já a primeira
turma de praças foi coordenada pelo coronel Roberto Pessoa Campos, da PM do Pará.

Uma das pioneiras na instituição, a major Máurea Mendes Leite, que hoje está na reserva remunerada,
relembra que a chegada feminina à PM do Pará foi uma mudança de paradigma para a corporação e para
as mulheres. “Foi um caminho simbólico. A maioria das mulheres tinha uma origem humilde, e isso foi
um grande salto na nossa vida profissional e na perspectiva de vida das nossas famílias. A carreira a ser
trilhada na PM foi um marco de empoderamento das mulheres e uma nova perspectiva profissional. A
cada aniversário voltam lembranças boas de luta e conquistas, e eu fico muito grata em fazer parte
desta história”, ressalta a oficial da reserva.

No dia 14 de dezembro de 2011 foi aprovada a Lei Ordinária 7.576, de autoria da deputada estadual Ana
Cunha, que instituiu o dia 1º de fevereiro como Dia da Policial Militar no Pará. A parlamentar justificou
no projeto a importância da presença feminina no Pará, argumentando que a instituição de datas
comemorativas tem como um de seus objetivos valorizar a cultura e a formação da identidade social,
evidenciando a memória coletiva de algo ou alguém que, por seus méritos, não deva ser esquecido.

Segundo ela, a data é o reconhecimento do trabalho desempenhado pelas policiais militares que atuam
na manutenção de ordem e segurança pública no Estado.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

O comandante-geral da PM, coronel José Dilson Melo de Souza Júnior, ressaltou a importância não só da
turma de 1982, como de todas as mulheres que fazem parte da corporação. “Parabenizamos todas as
mulheres que fazem parte da história da PM, e ressaltamos que esta data, além de simbolizar a entrada
da primeira turma feminina, também foi instituída em lei estadual como dia da Policial Militar do Pará”,
reiterou o comandante-geral.

Por Taiane Figueiredo (PM) Disponível em


https://agenciapara.com.br/noticia/24807/ Acessado em 18/11/2021 Texto adaptado

De acordo com o texto, a presença de mulheres no contingente da Polícia Militar do Pará teve como
marco
a) a implementação do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cfap) em Outeiro.
b) o ingresso, no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças, das primeiras mulheres.
c) a conclusão do curso de formação e aperfeiçoamento de praças por mulheres policiais.
d) a oficialização da presença de mulheres na corporação da Polícia Militar do Estado do Pará.

Questão 138: FADESP - Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.
Polícia Militar do Pará comemora 39 anos
do ingresso de mulheres na corporação

O Dia da Policial Militar, instituído pela Assembleia Legislativa, busca valorizar e reconhecer o papel
feminino na segurança pública

Há exatos 39 anos, em 1º de fevereiro de 1982, começou a história da participação feminina na Polícia


Militar do Pará, com a entrada no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cfap), no distrito
de Outeiro, em Belém, da primeira turma de policiais femininas da corporação. Eram quatro alunas
sargento e 50 alunas soldado, além de três oficiais, estas as pioneiras do Curso de Formação de Oficiais
(CFO), realizado na Academia de Polícia Militar do Barro Branco, da PM de São Paulo (SP). Já a primeira
turma de praças foi coordenada pelo coronel Roberto Pessoa Campos, da PM do Pará.

Uma das pioneiras na instituição, a major Máurea Mendes Leite, que hoje está na reserva remunerada,
relembra que a chegada feminina à PM do Pará foi uma mudança de paradigma para a corporação e para
as mulheres. “Foi um caminho simbólico. A maioria das mulheres tinha uma origem humilde, e isso foi
um grande salto na nossa vida profissional e na perspectiva de vida das nossas famílias. A carreira a ser
trilhada na PM foi um marco de empoderamento das mulheres e uma nova perspectiva profissional. A
cada aniversário voltam lembranças boas de luta e conquistas, e eu fico muito grata em fazer parte
desta história”, ressalta a oficial da reserva.

No dia 14 de dezembro de 2011 foi aprovada a Lei Ordinária 7.576, de autoria da deputada estadual Ana
Cunha, que instituiu o dia 1º de fevereiro como Dia da Policial Militar no Pará. A parlamentar justificou
no projeto a importância da presença feminina no Pará, argumentando que a instituição de datas
comemorativas tem como um de seus objetivos valorizar a cultura e a formação da identidade social,
evidenciando a memória coletiva de algo ou alguém que, por seus méritos, não deva ser esquecido.

Segundo ela, a data é o reconhecimento do trabalho desempenhado pelas policiais militares que atuam
na manutenção de ordem e segurança pública no Estado.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

O comandante-geral da PM, coronel José Dilson Melo de Souza Júnior, ressaltou a importância não só da
turma de 1982, como de todas as mulheres que fazem parte da corporação. “Parabenizamos todas as
mulheres que fazem parte da história da PM, e ressaltamos que esta data, além de simbolizar a entrada
da primeira turma feminina, também foi instituída em lei estadual como dia da Policial Militar do Pará”,
reiterou o comandante-geral.

Por Taiane Figueiredo (PM) Disponível em


https://agenciapara.com.br/noticia/24807/ Acessado em 18/11/2021 Texto adaptado

Concluíram o Curso de Formação de Oficiais, na Academia de Polícia Militar do Barro Branco, em São
Paulo,
a) quatro alunas sargento, 50 alunas soldado e três oficiais.
b) quatro alunas sargento.
c) 50 alunas soldado.
d) três alunas oficiais.

Questão 139: FADESP - Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.

Polícia Militar do Pará comemora 39 anos


do ingresso de mulheres na corporação

O Dia da Policial Militar, instituído pela Assembleia Legislativa, busca valorizar e reconhecer o papel
feminino na segurança pública

Há exatos 39 anos, em 1º de fevereiro de 1982, começou a história da participação feminina na Polícia


Militar do Pará, com a entrada no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cfap), no distrito
de Outeiro, em Belém, da primeira turma de policiais femininas da corporação. Eram quatro alunas
sargento e 50 alunas soldado, além de três oficiais, estas as pioneiras do Curso de Formação de Oficiais
(CFO), realizado na Academia de Polícia Militar do Barro Branco, da PM de São Paulo (SP). Já a primeira
turma de praças foi coordenada pelo coronel Roberto Pessoa Campos, da PM do Pará.

Uma das pioneiras na instituição, a major Máurea Mendes Leite, que hoje está na reserva remunerada,
relembra que a chegada feminina à PM do Pará foi uma mudança de paradigma para a corporação e para
as mulheres. “Foi um caminho simbólico. A maioria das mulheres tinha uma origem humilde, e isso foi
um grande salto na nossa vida profissional e na perspectiva de vida das nossas famílias. A carreira a ser
trilhada na PM foi um marco de empoderamento das mulheres e uma nova perspectiva profissional. A
cada aniversário voltam lembranças boas de luta e conquistas, e eu fico muito grata em fazer parte
desta história”, ressalta a oficial da reserva.

No dia 14 de dezembro de 2011 foi aprovada a Lei Ordinária 7.576, de autoria da deputada estadual Ana
Cunha, que instituiu o dia 1º de fevereiro como Dia da Policial Militar no Pará. A parlamentar justificou
no projeto a importância da presença feminina no Pará, argumentando que a instituição de datas
comemorativas tem como um de seus objetivos valorizar a cultura e a formação da identidade social,
evidenciando a memória coletiva de algo ou alguém que, por seus méritos, não deva ser esquecido.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Segundo ela, a data é o reconhecimento do trabalho desempenhado pelas policiais militares que atuam
na manutenção de ordem e segurança pública no Estado.

O comandante-geral da PM, coronel José Dilson Melo de Souza Júnior, ressaltou a importância não só da
turma de 1982, como de todas as mulheres que fazem parte da corporação. “Parabenizamos todas as
mulheres que fazem parte da história da PM, e ressaltamos que esta data, além de simbolizar a entrada
da primeira turma feminina, também foi instituída em lei estadual como dia da Policial Militar do Pará”,
reiterou o comandante-geral.

Por Taiane Figueiredo (PM) Disponível em


https://agenciapara.com.br/noticia/24807/ Acessado em 18/11/2021 Texto adaptado

Para a major Máurea Mendes Leite, a chegada de mulheres na PM do Pará mudou paradigmas porque
a) determinou alterações na constituição do contingente da PM.
b) empoderou mulheres que antes não conseguiam ascender.
c) representou a conquista de direitos reivindicados há tempos.
d) permitiu que estas tivessem mais expectativas profissionais.

Questão 140: FADESP - Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.

Polícia Militar do Pará comemora 39 anos


do ingresso de mulheres na corporação

O Dia da Policial Militar, instituído pela Assembleia Legislativa, busca valorizar e reconhecer o papel
feminino na segurança pública

Há exatos 39 anos, em 1º de fevereiro de 1982, começou a história da participação feminina na Polícia


Militar do Pará, com a entrada no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cfap), no distrito
de Outeiro, em Belém, da primeira turma de policiais femininas da corporação. Eram quatro alunas
sargento e 50 alunas soldado, além de três oficiais, estas as pioneiras do Curso de Formação de Oficiais
(CFO), realizado na Academia de Polícia Militar do Barro Branco, da PM de São Paulo (SP). Já a primeira
turma de praças foi coordenada pelo coronel Roberto Pessoa Campos, da PM do Pará.

Uma das pioneiras na instituição, a major Máurea Mendes Leite, que hoje está na reserva remunerada,
relembra que a chegada feminina à PM do Pará foi uma mudança de paradigma para a corporação e para
as mulheres. “Foi um caminho simbólico. A maioria das mulheres tinha uma origem humilde, e isso foi
um grande salto na nossa vida profissional e na perspectiva de vida das nossas famílias. A carreira a ser
trilhada na PM foi um marco de empoderamento das mulheres e uma nova perspectiva profissional. A
cada aniversário voltam lembranças boas de luta e conquistas, e eu fico muito grata em fazer parte
desta história”, ressalta a oficial da reserva.

No dia 14 de dezembro de 2011 foi aprovada a Lei Ordinária 7.576, de autoria da deputada estadual Ana
Cunha, que instituiu o dia 1º de fevereiro como Dia da Policial Militar no Pará. A parlamentar justificou
no projeto a importância da presença feminina no Pará, argumentando que a instituição de datas
comemorativas tem como um de seus objetivos valorizar a cultura e a formação da identidade social,
evidenciando a memória coletiva de algo ou alguém que, por seus méritos, não deva ser esquecido.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


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Segundo ela, a data é o reconhecimento do trabalho desempenhado pelas policiais militares que atuam
na manutenção de ordem e segurança pública no Estado.

O comandante-geral da PM, coronel José Dilson Melo de Souza Júnior, ressaltou a importância não só da
turma de 1982, como de todas as mulheres que fazem parte da corporação. “Parabenizamos todas as
mulheres que fazem parte da história da PM, e ressaltamos que esta data, além de simbolizar a entrada
da primeira turma feminina, também foi instituída em lei estadual como dia da Policial Militar do Pará”,
reiterou o comandante-geral.

Por Taiane Figueiredo (PM) Disponível em


https://agenciapara.com.br/noticia/24807/ Acessado em 18/11/2021 Texto adaptado

Segundo Ana Cunha, a instituição do Dia da Policial Militar no Pará permitiu


a) a valorização da cultura do Estado do Pará.
b) o reconhecimento do trabalho das policiais.
c) a continuidade da memória coletiva paraense.
d) a abertura de vagas de emprego para mulheres.

Questão 141: FADESP - Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.

Polícia Militar do Pará comemora 39 anos


do ingresso de mulheres na corporação

O Dia da Policial Militar, instituído pela Assembleia Legislativa, busca valorizar e reconhecer o papel
feminino na segurança pública

Há exatos 39 anos, em 1º de fevereiro de 1982, começou a história da participação feminina na Polícia


Militar do Pará, com a entrada no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cfap), no distrito
de Outeiro, em Belém, da primeira turma de policiais femininas da corporação. Eram quatro alunas
sargento e 50 alunas soldado, além de três oficiais, estas as pioneiras do Curso de Formação de Oficiais
(CFO), realizado na Academia de Polícia Militar do Barro Branco, da PM de São Paulo (SP). Já a primeira
turma de praças foi coordenada pelo coronel Roberto Pessoa Campos, da PM do Pará.

Uma das pioneiras na instituição, a major Máurea Mendes Leite, que hoje está na reserva remunerada,
relembra que a chegada feminina à PM do Pará foi uma mudança de paradigma para a corporação e para
as mulheres. “Foi um caminho simbólico. A maioria das mulheres tinha uma origem humilde, e isso foi
um grande salto na nossa vida profissional e na perspectiva de vida das nossas famílias. A carreira a ser
trilhada na PM foi um marco de empoderamento das mulheres e uma nova perspectiva profissional. A
cada aniversário voltam lembranças boas de luta e conquistas, e eu fico muito grata em fazer parte
desta história”, ressalta a oficial da reserva.

No dia 14 de dezembro de 2011 foi aprovada a Lei Ordinária 7.576, de autoria da deputada estadual Ana
Cunha, que instituiu o dia 1º de fevereiro como Dia da Policial Militar no Pará. A parlamentar justificou
no projeto a importância da presença feminina no Pará, argumentando que a instituição de datas
comemorativas tem como um de seus objetivos valorizar a cultura e a formação da identidade social,
evidenciando a memória coletiva de algo ou alguém que, por seus méritos, não deva ser esquecido.

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Segundo ela, a data é o reconhecimento do trabalho desempenhado pelas policiais militares que atuam
na manutenção de ordem e segurança pública no Estado.

O comandante-geral da PM, coronel José Dilson Melo de Souza Júnior, ressaltou a importância não só da
turma de 1982, como de todas as mulheres que fazem parte da corporação. “Parabenizamos todas as
mulheres que fazem parte da história da PM, e ressaltamos que esta data, além de simbolizar a entrada
da primeira turma feminina, também foi instituída em lei estadual como dia da Policial Militar do Pará”,
reiterou o comandante-geral.

Por Taiane Figueiredo (PM) Disponível em


https://agenciapara.com.br/noticia/24807/ Acessado em 18/11/2021 Texto adaptado

Em Foi um caminho simbólico. A maioria das mulheres tinha uma origem humilde, e isso foi um grande
salto na nossa vida profissional e na perspectiva de vida das nossas famílias, o termo grifado refere-se
a) à chegada das mulheres à Polícia Militar do Estado do Pará.
b) à mudança de paradigma para a corporação e para as mulheres.
c) ao caráter simbólico da atuação feminina na PM.
d) ao fato de a maioria das policiais ser de origem humilde.

Questão 142: OBJETIVA CONCURSOS -


Como as pérolas são formadas?

Um grão de areia ou um bichinho que habita os oceanos, como um camarão, entra na concha da ostra.
Ele segue direto para uma região do corpo do animal conhecida como manto.

O manto é especialista em defesa. Assim que identifica a invasão, ele gera uma irritação. A seguir,
dobra-se sobre o intruso, como se fizesse um embrulho. Isso evita que a visita indesejada se mova.

O sistema de defesa da ostra é ativado e libera uma substância brilhante, chamada de nácar ou
madrepérola. O material é depositado em camadas sobre o invasor e endurece depressa, formando uma
bolota – é a pérola! Ela cresce sem parar, pois a ostra nunca para de enviar madrepérola ao local.

A reação que cria uma pérola acontece aos poucos. Por isso, a pedra leva cerca de três anos para se
formar, dependendo da espécie da ostra. Depois de tanto tempo, se o que invadiu o molusco foi um
bicho, ele acaba desaparecendo.

Ostras têm um sistema muito eficiente de defesa: a própria concha. É muito difícil que algo consiga
invadi-la e formar uma pérola. Na natureza, isso acontece em uma a cada 10 mil ostras. Por isso, a
pedra é rara e cara.

O formato da pérola depende do invasor e do local onde ele se instala. Quando o visitante gruda no
manto, fica preso e se torna irregular. Mas, se ele se descola, o nácar o reveste por inteiro e a pedra
fica redonda. As cores variam: branca, creme, rosa, cinza, preta, entre outras. Isso depende da espécie
de ostra e de substâncias que estão na água.
(Fonte: Abril - adaptado.)
Em conformidade com o texto, marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar
a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:

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( _ ) O manto é uma parte da ostra especialista em ataque. Ao perceber uma invasão,


mediatamente expande-se sobre o intruso.

( _ ) As ostras não têm um bom sistema de defesa. Por esse motivo, invasores facilmente invadem
sua concha.

( _ ) As cores de uma pérola podem variar conforme a espécie da ostra e as substâncias que estão
na água.
a) E - E - C.
b) E - C - C.
c) C - E - E.
d) C - C - E.

Questão 143: CEBRASPE (CESPE) - Texto CG1A1-I

O terror torna-se total quando independe de toda oposição; reina supremo quando ninguém mais lhe
barra o caminho. Se a legalidade é a essência do governo não tirânico e a ilegalidade é a essência da
tirania, então o terror é a essência do domínio totalitário. O terror é a realização da lei do movimento.

O seu principal objetivo é tornar possível, à força da natureza ou da história, propagar-se livremente
por toda a humanidade, sem o estorvo de qualquer ação humana espontânea. Como tal, o terror procura
“estabilizar” os homens, a fim de liberar as forças da natureza ou da história. Esse movimento seleciona
os inimigos da humanidade contra os quais se desencadeia o terror, e não pode permitir que qualquer
ação livre, de oposição ou de simpatia, interfira com a eliminação do “inimigo objetivo” da história ou
da natureza, da classe ou da raça. Culpa e inocência viram conceitos vazios; “culpado” é quem estorva
o caminho do processo natural ou histórico que já emitiu julgamento quanto às “raças inferiores”,
quanto a quem é “indigno de viver”, quanto a “classes agonizantes e povos decadentes”. O terror manda
cumprir esses julgamentos, mas no seu tribunal todos os interessados são subjetivamente inocentes: os
assassinados porque nada fizeram contra o regime, e os assassinos porque realmente não assassinaram,
mas executaram uma sentença de morte pronunciada por um tribunal superior. Os próprios governantes
não afirmam serem justos ou sábios, mas apenas executores de leis, teóricas ou naturais; não aplicam
leis, mas executam um movimento segundo a sua lei inerente.

No governo constitucional, as leis positivas destinam-se a erigir fronteiras e a estabelecer canais de


comunicação entre os homens, cuja comunidade é continuamente posta em perigo pelos novos homens
que nela nascem. A estabilidade das leis corresponde ao constante movimento de todas as coisas
humanas, um movimento que jamais pode cessar enquanto os homens nasçam e morram. As leis
circunscrevem cada novo começo e, ao mesmo tempo, asseguram a sua liberdade de movimento, a
potencialidade de algo inteiramente novo e imprevisível; os limites das leis positivas são para a
existência política do homem o que a memória é para a sua existência histórica: garantem a
preexistência de um mundo comum, a realidade de certa continuidade que transcende a duração
individual de cada geração, absorve todas as novas origens e delas se alimenta.

Confundir o terror total com um sintoma de governo tirânico é tão fácil, porque o governo totalitário
tem de conduzir-se como uma tirania e põe abaixo as fronteiras da lei feita pelos homens. Mas o terror

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total não deixa atrás de si nenhuma ilegalidade arbitrária, e a sua fúria não visa ao benefício do poder
despótico de um homem contra todos, muito menos a uma guerra de todos contra todos. Em lugar das
fronteiras e dos canais de comunicação entre os homens individuais, constrói um cinturão de ferro que
os cinge de tal forma que é como se a sua pluralidade se dissolvesse em Um-Só-Homem de dimensões
gigantescas. Abolir as cercas da lei entre os homens — como o faz a tirania — significa tirar dos homens
os seus direitos e destruir a liberdade como realidade política viva, pois o espaço entre os homens,
delimitado pelas leis, é o espaço vital da liberdade.

Hannah Arendt. Origens do totalitarismo. Internet:<www.dhnet.org.br> (com adaptações).

De acordo com o texto CG1A1-I, o terror corresponde


a) ao fundamento da ilegalidade.
b) à materialização do regime tirânico.
c) ao objetivo do governo constitucional.
d) ao cerne do regime totalitário.
e) à concretização do ‘inimigo objetivo’ da história ou da natureza.

Questão 144: CEBRASPE (CESPE) - Texto CG1A1-I

O terror torna-se total quando independe de toda oposição; reina supremo quando ninguém mais lhe
barra o caminho. Se a legalidade é a essência do governo não tirânico e a ilegalidade é a essência da
tirania, então o terror é a essência do domínio totalitário. O terror é a realização da lei do movimento.

O seu principal objetivo é tornar possível, à força da natureza ou da história, propagar-se livremente
por toda a humanidade, sem o estorvo de qualquer ação humana espontânea. Como tal, o terror procura
“estabilizar” os homens, a fim de liberar as forças da natureza ou da história. Esse movimento seleciona
os inimigos da humanidade contra os quais se desencadeia o terror, e não pode permitir que qualquer
ação livre, de oposição ou de simpatia, interfira com a eliminação do “inimigo objetivo” da história ou
da natureza, da classe ou da raça. Culpa e inocência viram conceitos vazios; “culpado” é quem estorva
o caminho do processo natural ou histórico que já emitiu julgamento quanto às “raças inferiores”,
quanto a quem é “indigno de viver”, quanto a “classes agonizantes e povos decadentes”. O terror manda
cumprir esses julgamentos, mas no seu tribunal todos os interessados são subjetivamente inocentes: os
assassinados porque nada fizeram contra o regime, e os assassinos porque realmente não assassinaram,
mas executaram uma sentença de morte pronunciada por um tribunal superior. Os próprios governantes
não afirmam serem justos ou sábios, mas apenas executores de leis, teóricas ou naturais; não aplicam
leis, mas executam um movimento segundo a sua lei inerente.

No governo constitucional, as leis positivas destinam-se a erigir fronteiras e a estabelecer canais de


comunicação entre os homens, cuja comunidade é continuamente posta em perigo pelos novos homens
que nela nascem. A estabilidade das leis corresponde ao constante movimento de todas as coisas
humanas, um movimento que jamais pode cessar enquanto os homens nasçam e morram. As leis
circunscrevem cada novo começo e, ao mesmo tempo, asseguram a sua liberdade de movimento, a
potencialidade de algo inteiramente novo e imprevisível; os limites das leis positivas são para a
existência política do homem o que a memória é para a sua existência histórica: garantem a
preexistência de um mundo comum, a realidade de certa continuidade que transcende a duração
individual de cada geração, absorve todas as novas origens e delas se alimenta.

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Confundir o terror total com um sintoma de governo tirânico é tão fácil, porque o governo totalitário
tem de conduzir-se como uma tirania e põe abaixo as fronteiras da lei feita pelos homens. Mas o terror
total não deixa atrás de si nenhuma ilegalidade arbitrária, e a sua fúria não visa ao benefício do poder
despótico de um homem contra todos, muito menos a uma guerra de todos contra todos. Em lugar das
fronteiras e dos canais de comunicação entre os homens individuais, constrói um cinturão de ferro que
os cinge de tal forma que é como se a sua pluralidade se dissolvesse em Um-Só-Homem de dimensões
gigantescas. Abolir as cercas da lei entre os homens — como o faz a tirania — significa tirar dos homens
os seus direitos e destruir a liberdade como realidade política viva, pois o espaço entre os homens,
delimitado pelas leis, é o espaço vital da liberdade.

Hannah Arendt. Origens do totalitarismo. Internet:<www.dhnet.org.br> (com adaptações).

Infere-se do texto CG1A1-I que, na lógica que rege o tribunal do terror, além dos assassinados, também
são subjetivamente inocentes os assassinos, porque estes
a) apenas executam as leis do regime totalitário.
b) são vítimas do regime totalitário.
c) devem obediência aos seus governantes.
d) buscam justiça.
e) são privilegiados pelo regime totalitário.

Questão 145: OBJETIVA CONCURSOS -


Do início ao fim? O ciclo de vida da árvore

As árvores são plantas com tronco de madeira, formadas por raiz, caule, galhos e folhas. Elas podem
ser angiospermas (quando dão flores e as sementes são protegidas por um fruto, como a macieira) e
gimnospermas (sem flores e sem frutos, com sementes sem proteção, como os pinheiros).

Tudo começa quando a semente do fruto de uma árvore cai no chão. Lá dentro, protegido pela casca,
está o embrião da futura planta. Ele se alimenta de uma reserva de nutrientes __________ na semente
e cresce com a ajuda da água retirada do solo. Assim, aos poucos, ganha força para romper a casca e
tornar-se uma pequena árvore.

Nos primeiros meses de vida, a árvore já é capaz de conseguir tudo o que precisa para se desenvolver.
Vindos do solo, água e sais minerais entram pela raiz, sobem pelo tronco e chegam às folhas, que fazem
a fotossíntese.

Você só ________ a parte de cima, mas, quando é jovem, a árvore cresce também para baixo, nas
raízes. Além disso, a planta cresce para os lados com o desenvolvimento das células que formam o
tronco.

Viu uma árvore com flores, frutos ou sementes? Sinal de que ela já é adulta e está pronta para se
reproduzir. A forma mais conhecida é pelas flores: ao receber o _________ de outras flores da mesma
espécie, elas se transformam em frutos, onde estão as sementes que, ao caírem no chão, darão origem
a novas árvores.

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Um dos sinais de que uma árvore está ficando velha é que as raízes não conseguem mais retirar do solo
toda a água e sais minerais necessários para viver. O transporte de nutrientes pela planta também não
funciona bem. Aí, as folhas caem, os galhos perdem força e a casca se solta do tronco.

(Fonte: Abril - adaptado.)

Em conformidade com o texto, assinalar a alternativa CORRETA:


a) As árvores podem ser classificadas como angiospermas, que é quando a árvore não tem flores nem
frutos; além disso, sua semente é sem proteção. Um exemplo desse tipo de árvore seria os pinheiros.
b) As gimnospermas são árvores que apresentam flores e suas sementes são protegidas, como é o caso
da macieira.
c) O sinal que uma árvore já está adulta e pronta para reproduzir é quando ela apresenta flores, frutos
ou sementes.
d) Nos primeiros meses de vida, a árvore precisa de uma atenção especial, pois não consegue encontrar
nutrientes no solo para se desenvolver sozinha.

Questão 146: AOCP -


O surpreendente efeito da positividade tóxica na saúde mental

Lucía Blasco

Pode parecer contraditório, mas a positividade pode ser tóxica.

"Qualquer tentativa de escapar do negativo — evitá-lo, sufocá-lo ou silenciá-lo — falha. Evitar o


sofrimento é uma forma de sofrimento", escreveu o escritor americano Mark Manson em seu livro A Arte
Sutil de Ligar o Foda-se. É precisamente nisso que consiste a positividade tóxica ou positivismo extremo:
impor a nós mesmos — ou aos outros — uma atitude falsamente positiva, generalizar um estado feliz e
otimista seja qual for a situação, silenciar nossas emoções "negativas" ou as dos outros. (...)

O psicólogo da saúde Antonio Rodellar, especialista em transtornos de ansiedade e hipnose clínica,


prefere falar em "emoções desreguladas" do que "negativas". "A paleta de cores emocionais engloba
emoções desreguladas, como tristeza, frustração, raiva, ansiedade ou inveja. Não podemos ignorar que,
como seres humanos, temos aquela gama de emoções que têm uma utilidade e que nos dão informações
sobre o que acontece no nosso meio e no nosso corpo", explica Rodellar à BBC News Mundo.

Para a terapeuta e psicóloga britânica Sally Baker, "o problema com a positividade tóxica é que ela é
uma negação de todos os aspectos emocionais que sentimos diante de qualquer situação que nos
represente um desafio." "É desonesto em relação a quem somos permitir-nos apenas expressões
positivas", diz Baker. (...) “Nós nos escondemos atrás da positividade para manter outras pessoas longe
de uma imagem que nos mostra imperfeitos." (...) "Quando ignoramos nossas emoções negativas, nosso
corpo aumenta o volume para chamar nossa atenção para esse problema. Suprimir as emoções nos
esgota mental e fisicamente. Não é saudável e não é sustentável a longo prazo", diz a terapeuta. (...)

Teresa Gutiérrez, psicopedagoga e especialista em neuropsicologia, considera que "o positivismo tóxico
tem consequências psicológicas e psiquiátricas mais graves do que a depressão". "Pode levar a uma vida
irreal que prejudica nossa saúde mental. Tanto positivismo não é positivo para ninguém. Se não houver
frustração e fracasso, não aprendemos a desenvolver em nossas vidas", disse ele à BBC Mundo.

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O positivismo tóxico está na moda? Baker pensa que sim e atribui isso às redes sociais, "que nos obrigam
a comparar nossas vidas com as vidas perfeitas que vemos online". (...) "Se houvesse mais honestidade
sobre as vulnerabilidades, nos sentiríamos mais livres para experimentar todos os tipos de emoções.
Somos humanos e devemos nos permitir sentir todo o espectro de emoções. É ok não estar bem. Não
podemos ser positivos o tempo todo."

Gutiérrez acredita que houve um aumento do positivismo tóxico "nos últimos anos", mas principalmente
durante a pandemia. (...) "Todas as emoções são como ondas: ganham intensidade e depois descem e
tornam-se espuma, até desaparecer aos poucos. O problema é quando não as queremos sentir porque
nos tornamos mais dóceis perante uma 'onda' que se aproxima". (...)

Stephanie Preston, professora de psicologia da Universidade de Michigan, nos EUA, acredita que a
melhor maneira de validar as emoções é "apenas ouvi-las". "Quando alguém compartilha sentimentos
negativos com você, em vez de correr para fazer essa pessoa se sentir melhor ou pensar mais
positivamente ("Tudo vai ficar bem"), tente levar um segundo para refletir sobre seu desconforto ou
medo e faça o possível para ouvir", aconselha a especialista. (...)

Como aplicar isso na prática? Em vez de dizer "não pense nisso, seja positivo", diga "me diz o que você
está sentindo, eu te escuto". Em vez de falar "poderia ser pior", diga "sinto muito que está passando por
isso". Em vez de "não se preocupe, seja feliz", diga "estou aqui para você". (...) "Tudo bem olhar para o
copo meio cheio, mas aceitando que pode haver situações em que o copo está meio vazio e, a partir
daí, assumir a responsabilidade de como construímos nossas vidas".

Para Baker, o que devemos lembrar é que "todas as nossas emoções são autênticas e reais, e todas elas
são válidas".

Adaptado de: https://www.bbc.com/portuguese/geral-55278174. Acesso em: 28 dez. 2021.

Considerando o conteúdo do texto em análise, assinale a alternativa INCORRETA.


a) Segundo a autora, pode parecer paradoxal que a palavra positividade – que tem teor otimista – seja
qualificada como “tóxica”, termo de valor negativo.
b) De acordo com o texto, “positividade tóxica” e “positivismo extremo” são expressões equivalentes,
no que tange ao sentido.
c) Pareceres de psicólogos e demais especialistas citados no texto, em unanimidade, advertem para a
importância de que não se silenciem as emoções negativas.
d) Para a psicopedagoga, Teresa Gutiérrez, verifica-se um crescimento do positivismo prejudicial na
atualidade, sobretudo, devido às dificuldades que se têm enfrentado em razão do flagelo da Covid-19.
e) As expressões “É desonesto em relação a quem somos”, “paleta de cores emocionais” e "copo meio
cheio”, destacadas no texto, foram empregadas em sentido conotativo, figurado.

Questão 147: AOCP - Texto I


Mafalda conhecendo a Liberdade

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QUINO. 10 anos com Mafalda. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010.

Texto II

Jean-Paul Sartre: “O inferno são os outros” O ser humano é absolutamente livre. Mas isso não é tão
simples -e agradável- quanto parece

Estamos condenados a ser livres. Essa é a sentença de Sartre para a humanidade. O filósofo e escritor
francês, ao lado do argelino Albert Camus, foi um dos maiores representantes do existencialismo,
corrente filosófica que nasceu com Kierkegaard e reflete sobre o sentido que o homem dá à própria
vida. Para Sartre, a existência do ser humano vem antes da sua essência. Ou seja, não nascemos como
uma tesoura, que foi feita para cortar, por exemplo.

Segundo o filósofo, antes de tomar qualquer decisão, não somos nada. Vamos nos moldando a partir das
nossas escolhas. Toda essa liberdade resulta em muita angústia. Essa angústia é ainda maior quando
percebemos que nossas ações são um espelho para a sociedade. Estamos constantemente pintando um
quadro de como deveria ser a sociedade a partir das nossas ações — o curioso é que o próprio Sartre era
viciado em anfetaminas, ou seja, não foi exatamente um exemplo de conduta. Defendia que temos
inteira liberdade para decidir o que queremos nos tornar ou fazer com nossa vida.

A má-fé seria mentir para si mesmo, tentando nos convencer de que não somos livres. O problema é
que nossos projetos pessoais entram em conflito com o projeto de vida dos outros. Eles, os outros, tiram
parte de nossa autonomia. Por isso, temos de refletir sobre nossas escolhas para não sair por aí agindo
sem rumo, deixando de realizar as coisas que vão definir a existência de cada um.

Ao mesmo tempo, é pelo olhar do outro que reconhecemos a nós mesmos, com erros e acertos. Já que
a convivência expõe nossas fraquezas, os outros são o “inferno” — daí a origem da célebre frase do
pensador francês.

Em uma França devastada, após o final da 2ª Guerra, liberdade não era exatamente a palavra do
momento. Mas as ideias de Sartre inspiraram toda uma geração de ativistas, como os revolucionários de
Paris, em maio de 1968, que ajudaram a derrubar o governo conservador francês. O filósofo ficou
conhecido também pela sua relação com Simone de Beauvoir, outra ilustre filósofa existencialista. Ela
foi sua companheira de toda a vida, apesar de nunca terem firmado um compromisso....

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E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Sartre morreu como um filósofo pop. Em 15 de abril de 1980, mais de 50 mil pessoas foram ao seu
funeral.

Disponível em: https://super.abril.com.br/ideias/o-inferno-sao-os-outros-sartre/. Acesso em: 27 dez. 2021.

Considerando o conteúdo do Texto I, assinale a alternativa correta.


a) O texto revela uma crítica à ausência de liberdade das mulheres ao personificar tal direito civil
mediante uma garota de pequena estatura.
b) No texto, a altura física e o nome da menina que conversa com Mafalda são determinantes para
alcance da crítica proposta na tira.
c) A tira de Mafalda propõe uma reflexão acerca das liberdades individuais de cada cidadão,
questionando o significado do nome próprio “Liberdade”.
d) Na tira de Mafalda, o leitor é provocado a refletir sobre sua liberdade de expressão, apresentada,
no texto, como pequena e limitada.
e) O texto precisa ser lido em âmbito conotativo, a partir da conjunção de seus elementos verbais e
visuais, os quais, juntos, constroem a crítica à falta de liberdade das crianças na atualidade.

Questão 148: AOCP - Texto I


Mafalda conhecendo a Liberdade

QUINO. 10 anos com Mafalda. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010.

Texto II

Jean-Paul Sartre: “O inferno são os outros” O ser humano é absolutamente livre. Mas isso não é tão
simples -e agradável- quanto parece

Estamos condenados a ser livres. Essa é a sentença de Sartre para a humanidade. O filósofo e escritor
francês, ao lado do argelino Albert Camus, foi um dos maiores representantes do existencialismo,
corrente filosófica que nasceu com Kierkegaard e reflete sobre o sentido que o homem dá à própria
vida. Para Sartre, a existência do ser humano vem antes da sua essência. Ou seja, não nascemos como
uma tesoura, que foi feita para cortar, por exemplo.

Segundo o filósofo, antes de tomar qualquer decisão, não somos nada. Vamos nos moldando a partir das
nossas escolhas. Toda essa liberdade resulta em muita angústia. Essa angústia é ainda maior quando
percebemos que nossas ações são um espelho para a sociedade. Estamos constantemente pintando um
quadro de como deveria ser a sociedade a partir das nossas ações — o curioso é que o próprio Sartre era

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


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viciado em anfetaminas, ou seja, não foi exatamente um exemplo de conduta. Defendia que temos
inteira liberdade para decidir o que queremos nos tornar ou fazer com nossa vida.

A má-fé seria mentir para si mesmo, tentando nos convencer de que não somos livres. O problema é
que nossos projetos pessoais entram em conflito com o projeto de vida dos outros. Eles, os outros, tiram
parte de nossa autonomia. Por isso, temos de refletir sobre nossas escolhas para não sair por aí agindo
sem rumo, deixando de realizar as coisas que vão definir a existência de cada um.

Ao mesmo tempo, é pelo olhar do outro que reconhecemos a nós mesmos, com erros e acertos. Já que
a convivência expõe nossas fraquezas, os outros são o “inferno” — daí a origem da célebre frase do
pensador francês.

Em uma França devastada, após o final da 2ª Guerra, liberdade não era exatamente a palavra do
momento. Mas as ideias de Sartre inspiraram toda uma geração de ativistas, como os revolucionários de
Paris, em maio de 1968, que ajudaram a derrubar o governo conservador francês. O filósofo ficou
conhecido também pela sua relação com Simone de Beauvoir, outra ilustre filósofa existencialista. Ela
foi sua companheira de toda a vida, apesar de nunca terem firmado um compromisso....

Sartre morreu como um filósofo pop. Em 15 de abril de 1980, mais de 50 mil pessoas foram ao seu
funeral.

Disponível em: https://super.abril.com.br/ideias/o-inferno-sao-os-outros-sartre/. Acesso em: 27 dez. 2021.

No Texto I, a “conclusão estúpida”, à qual a personagem “Liberdade” refere-se, corresponde


a) à comum relação que se faz entre a altura da personagem e a dimensão do termo “liberdade”.
b) à limitação de pensamento e imaginação de Mafalda em específico.
c) à ampla capacidade da população em geral em compreender o sentido do termo “liberdade”.
d) às dificuldades de compreensão das pessoas em entender as restrições de sua própria liberdade.
e) à desaprovação da personagem em ter sido nomeada como “Liberdade”.

Questão 149: AOCP - Texto I

Mafalda conhecendo a Liberdade

QUINO. 10 anos com Mafalda. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010.

Texto II

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Jean-Paul Sartre: “O inferno são os outros” O ser humano é absolutamente livre. Mas isso não é tão
simples -e agradável- quanto parece

Estamos condenados a ser livres. Essa é a sentença de Sartre para a humanidade. O filósofo e escritor
francês, ao lado do argelino Albert Camus, foi um dos maiores representantes do existencialismo,
corrente filosófica que nasceu com Kierkegaard e reflete sobre o sentido que o homem dá à própria
vida. Para Sartre, a existência do ser humano vem antes da sua essência. Ou seja, não nascemos como
uma tesoura, que foi feita para cortar, por exemplo.

Segundo o filósofo, antes de tomar qualquer decisão, não somos nada. Vamos nos moldando a partir das
nossas escolhas. Toda essa liberdade resulta em muita angústia. Essa angústia é ainda maior quando
percebemos que nossas ações são um espelho para a sociedade. Estamos constantemente pintando um
quadro de como deveria ser a sociedade a partir das nossas ações — o curioso é que o próprio Sartre era
viciado em anfetaminas, ou seja, não foi exatamente um exemplo de conduta. Defendia que temos
inteira liberdade para decidir o que queremos nos tornar ou fazer com nossa vida.

A má-fé seria mentir para si mesmo, tentando nos convencer de que não somos livres. O problema é
que nossos projetos pessoais entram em conflito com o projeto de vida dos outros. Eles, os outros, tiram
parte de nossa autonomia. Por isso, temos de refletir sobre nossas escolhas para não sair por aí agindo
sem rumo, deixando de realizar as coisas que vão definir a existência de cada um.

Ao mesmo tempo, é pelo olhar do outro que reconhecemos a nós mesmos, com erros e acertos. Já que
a convivência expõe nossas fraquezas, os outros são o “inferno” — daí a origem da célebre frase do
pensador francês.

Em uma França devastada, após o final da 2ª Guerra, liberdade não era exatamente a palavra do
momento. Mas as ideias de Sartre inspiraram toda uma geração de ativistas, como os revolucionários de
Paris, em maio de 1968, que ajudaram a derrubar o governo conservador francês. O filósofo ficou
conhecido também pela sua relação com Simone de Beauvoir, outra ilustre filósofa existencialista. Ela
foi sua companheira de toda a vida, apesar de nunca terem firmado um compromisso....

Sartre morreu como um filósofo pop. Em 15 de abril de 1980, mais de 50 mil pessoas foram ao seu
funeral.

Disponível em: https://super.abril.com.br/ideias/o-inferno-sao-os-outros-sartre/. Acesso em: 27 dez. 2021.

Considerando o conteúdo dos Textos I e II, assinale a alternativa correta.


a) Os textos I e II mantêm uma relação intertextual, na medida em que tratam de um mesmo assunto,
a liberdade.
b) Tanto o texto I quanto o texto II manifestam a ideia de liberdade como algo restrito, pequeno,
limitado.
c) Para Sartre (texto II), a liberdade e a existência do ser humano estão diretamente relacionadas à
tomada de decisões de cada um.
d) De acordo com o filósofo francês (texto II), grande parte da angústia que se sente é gerada pelo
fato de sermos livres.
e) Segundo Sartre (texto II), o convívio coletivo oprime e estreita a capacidade de escolha que os
indivíduos possuem.

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Questão 150: SELECON - TEXTO I

A resistência (trecho)
Isto não é uma história.
Isto é história. Isto é história e, no entanto, quase tudo o que tenho ao meu dispor é a memória, noções
fugazes de dias tão remotos, impressões anteriores à consciência e à linguagem, resquícios indigentes
que eu insisto em malversar em palavras. Não se trata aqui de uma preocupação abstrata, embora de
abstrações eu tanto me valha: procurei meu irmão no pouco que escrevi até o momento e não o
encontrei em parte alguma. Alguma ideia talvez lhe seja justa, alguma descrição porventura o evoque,
dissipei em parágrafos sinuosos uns poucos dados ditos verídicos, mais nada. Não se depreenda desta
observação desnecessária, ao menos por enquanto, a minha ingenuidade: sei bem que nenhum livro
jamais poderá contemplar ser humano nenhum, jamais constituirá em papel e tinta sua existência feita
de sangue e de carne. Mas o que digo aqui é algo mais grave, não é um formalismo literário: falei do
temor de perder meu irmão e sinto que o perco a cada frase.

Por um instante me confundo, esqueço que também as coisas precedem as palavras, que tratar de
acessá-las implicará sempre novas falácias, e, como antes pelo texto, parto por este apartamento à
procura de rastros do meu irmão, atrás de algo que me restitua sua realidade. Não estou em sua casa,
a casa dos meus pais onde o imagino fechado no quarto, não posso bater à sua porta. Milhares de
quilômetros nos separam, um país inteiro nos separa, mas tenho a meu favor o estranho hábito de nossa
mãe de ir deixando, pelas casas da família, objetos que nos mantenham em contato. Neste apartamento
de Buenos Aires ninguém mora. Desde a morte dos meus avós ele é só uma estância de passagem,
encruzilhada de familiares distantes, distraídos, apressados, esquecidos da existência dos outros.
Encontro um álbum de fotos cruzado na estante, largado no ângulo exato que o faça casual. Tenho que
virar algumas páginas para que enfim me assalte o rosto do meu irmão, para que enfim me surpreenda
o que eu já esperava.
Julián Fuks
Julián Fuks (Extraído de: A resistência. São Paulo: Companhia das Letras, 2015)
“Isto não é uma história. Isto é história.” No primeiro parágrafo, a palavra “uma” é omitida na segunda
frase. O uso e a omissão do artigo, em sequência, configuram um recurso linguístico que destaca o
seguinte aspecto da narrativa:
a) descrição generalista da personagem materna
b) relação entre distância cronológica e geográfica
c) trabalho ficcional sobre as recordações familiares
d) tensão entre objetos pessoais e móveis domésticos

Questão 151: SELECON - TEXTO I

A resistência (trecho)
Isto não é uma história.
Isto é história. Isto é história e, no entanto, quase tudo o que tenho ao meu dispor é a memória, noções
fugazes de dias tão remotos, impressões anteriores à consciência e à linguagem, resquícios indigentes
que eu insisto em malversar em palavras. Não se trata aqui de uma preocupação abstrata, embora de
abstrações eu tanto me valha: procurei meu irmão no pouco que escrevi até o momento e não o
encontrei em parte alguma. Alguma ideia talvez lhe seja justa, alguma descrição porventura o evoque,
dissipei em parágrafos sinuosos uns poucos dados ditos verídicos, mais nada. Não se depreenda desta

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observação desnecessária, ao menos por enquanto, a minha ingenuidade: sei bem que nenhum livro
jamais poderá contemplar ser humano nenhum, jamais constituirá em papel e tinta sua existência feita
de sangue e de carne. Mas o que digo aqui é algo mais grave, não é um formalismo literário: falei do
temor de perder meu irmão e sinto que o perco a cada frase.

Por um instante me confundo, esqueço que também as coisas precedem as palavras, que tratar de
acessá-las implicará sempre novas falácias, e, como antes pelo texto, parto por este apartamento à
procura de rastros do meu irmão, atrás de algo que me restitua sua realidade. Não estou em sua casa,
a casa dos meus pais onde o imagino fechado no quarto, não posso bater à sua porta. Milhares de
quilômetros nos separam, um país inteiro nos separa, mas tenho a meu favor o estranho hábito de nossa
mãe de ir deixando, pelas casas da família, objetos que nos mantenham em contato. Neste apartamento
de Buenos Aires ninguém mora. Desde a morte dos meus avós ele é só uma estância de passagem,
encruzilhada de familiares distantes, distraídos, apressados, esquecidos da existência dos outros.
Encontro um álbum de fotos cruzado na estante, largado no ângulo exato que o faça casual. Tenho que
virar algumas páginas para que enfim me assalte o rosto do meu irmão, para que enfim me surpreenda
o que eu já esperava.
Julián Fuks
Julián Fuks (Extraído de: A resistência. São Paulo: Companhia das Letras, 2015)
No segundo parágrafo, o narrador indica que há uma expectativa em sua busca. Em relação a essa
expectativa, é possível reconhecer um sentimento de:
a) incredulidade
b) imparcialidade
c) insatisfação
d) indiferença

Questão 152: SELECON - TEXTO II

Arte e cirurgia estética

A prática da cirurgia estética, tal como vem sendo intensamente exercida na cultura contemporânea,
visa a adequar um corpo aos valores exaltados pela cultura. Esta constrói, assim, um lugar estético
previamente definido e exalta-o como norma; os que não estiverem adequados a essa construção são
marginalizados, estão à margem, isto é, fora do lugar. A experiência subjetiva – negativa – que provocará
a demanda pela cirurgia estética é portanto a experiência de uma atopia, de um estar fora do lugar, de
um não ter lugar. A cirurgia estética então aparece como o instrumento que a cultura disponibiliza para
que as pessoas tornem-se adequadas ao lugar, ponham fim à sensação existencialmente desconfortável
da atopia.

Curiosamente, a precondição subjetiva para uma experiência de arte é muitas vezes também a
experiência negativa da atopia. Os caminhos da arte e da cirurgia estética se originam na mesma
encruzilhada – seus destinos entretanto serão radicalmente diferentes. O que é a experiência da atopia?
A criança que tem problemas de saúde e cuja debilidade a impossibilita de participar, normalmente,
das atividades corriqueiras das demais crianças, impedindo-a assim de pertencer a um grupo. É o caso
do grande pianista Nelson Freire, tal como nos conta o documentário de João Moreira Salles. A saúde
frágil cria um pequeno exílio, um outro lugar que, contudo, não pode ainda ser experimentado como
lugar: não há nada nele, ele se define apenas negativamente – pela impossibilidade, pelo vazio, pela
ausência, por não ser o “verdadeiro” lugar, isto é, o lugar do grupo, da aceitação, da norma.

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E onde está a arte nisso tudo? A arte é exatamente o meio pelo qual, na encruzilhada da atopia,
preenche-se o vazio do isolamento dando-lhe um conteúdo e fazendo dele, assim, um espaço – um lugar.
A arte é o meio pelo qual o sujeito nomeia a si e ao mundo de uma outra forma. Essa renomeação cria
um lugar, na medida em que um mundo renomeado é imediatamente um mundo revalorado. Isso
reconfigura todo o espaço, pois é uma determinada estrutura de valoração, normativa, que condena a
diferença à atopia. Francisco Bosco
(Extraído e adaptado de: Banalogias. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007)
De acordo com o ponto de vista manifestado no primeiro parágrafo, a demanda por cirurgia estética é
caracterizada por:
a) atitude de contestação à cultura
b) projeto de adequação a padrões
c) consciência de experimentação inovadora
d) valorização de comportamentos singulares

Questão 153: SELECON - TEXTO II

Arte e cirurgia estética

A prática da cirurgia estética, tal como vem sendo intensamente exercida na cultura contemporânea,
visa a adequar um corpo aos valores exaltados pela cultura. Esta constrói, assim, um lugar estético
previamente definido e exalta-o como norma; os que não estiverem adequados a essa construção são
marginalizados, estão à margem, isto é, fora do lugar. A experiência subjetiva – negativa – que provocará
a demanda pela cirurgia estética é portanto a experiência de uma atopia, de um estar fora do lugar, de
um não ter lugar. A cirurgia estética então aparece como o instrumento que a cultura disponibiliza para
que as pessoas tornem-se adequadas ao lugar, ponham fim à sensação existencialmente desconfortável
da atopia.

Curiosamente, a precondição subjetiva para uma experiência de arte é muitas vezes também a
experiência negativa da atopia. Os caminhos da arte e da cirurgia estética se originam na mesma
encruzilhada – seus destinos entretanto serão radicalmente diferentes. O que é a experiência da atopia?
A criança que tem problemas de saúde e cuja debilidade a impossibilita de participar, normalmente,
das atividades corriqueiras das demais crianças, impedindo-a assim de pertencer a um grupo. É o caso
do grande pianista Nelson Freire, tal como nos conta o documentário de João Moreira Salles. A saúde
frágil cria um pequeno exílio, um outro lugar que, contudo, não pode ainda ser experimentado como
lugar: não há nada nele, ele se define apenas negativamente – pela impossibilidade, pelo vazio, pela
ausência, por não ser o “verdadeiro” lugar, isto é, o lugar do grupo, da aceitação, da norma.

E onde está a arte nisso tudo? A arte é exatamente o meio pelo qual, na encruzilhada da atopia,
preenche-se o vazio do isolamento dando-lhe um conteúdo e fazendo dele, assim, um espaço – um lugar.
A arte é o meio pelo qual o sujeito nomeia a si e ao mundo de uma outra forma. Essa renomeação cria
um lugar, na medida em que um mundo renomeado é imediatamente um mundo revalorado. Isso
reconfigura todo o espaço, pois é uma determinada estrutura de valoração, normativa, que condena a
diferença à atopia. Francisco Bosco
(Extraído e adaptado de: Banalogias. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007)
A visão construída em torno da arte, no texto, considera sua função de:
a) impedir a socialização de sujeitos diferentes

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b) possibilitar o aparecimento de novos valores


c) impor uma dinâmica de isolamento dos artistas
d) favorecer um comportamento de ocupação dos espaços

Questão 154: VUNESP - Leia o texto para responder à questão.

O desafio

Vou desafiar meus leitores e minhas leitoras. É um convite a uma posição mais científica na formulação
de opiniões. O pensamento científico tenta enfrentar o que for “preconceito”. Dentre muitos sentidos,
a palavra indica um conceito surgido antes da experiência, algo que está na cabeça sem observação da
realidade. Como na parábola dos cegos que apalpam um elefante, uns imaginam que a forma do
mamiífero seja de uma espada por tocarem no marfim, outro afirma ser uma parede por tocar seu
abdômen e um terceiro garante que é uma mangueira por ter encostado, exclusivamente, na tromba.
(...) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense [Paulo Freire].
Encontro bem menos leitores. Lanço o desafio cheio de esperança no centenário dele: antes de defender
ou atacar Paulo Freire, leia dois livros dele ao menos. Depois de ler e examinar a obra, (...) emita sua
sagrada opinião, agora com certo embasamento. Educação é algo muito sério. Paulo Freire encarou o
gravíssimo drama do analfabetismo. Hoje vivemos outro tipo de drama: pessoas que possuem a
capacidade de ler e se recusam a fazê-lo.

(Leandro Karnal. O desafio. Jomal O Estado de São Paulo, set.2021. Adaptado)

A partir do texto, pode-se concluir que o autor


a) convida os alfabetizados e os analfabetos a valorizarem a ciência para que se combata o racismo
existente contra os intelectuais.
b) desafia os leitores a uma postura mais científica na formulação de opiniões, de modo que elas sejam
mais embasadas e menos preconceituosas.
c) alerta para a seriedade da educação e nega o aspecto sagrado das opiniões que precisam ser
fundamentadas cientificamente.
d) condena os leitores que observam a realidade local para emitir uma opinião, assim como ocorre na
parábola dos cegos.
e) sugere que se elabore uma opinião que não defenda nem detrate a obra de Paulo Freire, visto que
a educação é algo sério.

Questão 155: VUNESP - Leia a tirinha para responder à questão.

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O humor da tirinha se dá principalmente


a) pelos diferentes sentidos atribuídos à palavra “úteis”.
b) pela possibilidade de o livro nunca chegar ao destino.
c) pelo pedido realizado com sucesso pela jovem.
d) pelo assunto inusitado do livro comprado.
e) pela compra online feita por alguém da terceira idade.

Questão 156: VUNESP - Leia o texto para responder à questão.

Quando amor e amizade são construídos pelo silêncio

Como crianças, que brincam sozinhas uma ao lado da outra, casais ou amigos aprenderam, na pandemia, novos modos de se
aproximar.

“Quer ler em silêncio sentada ao meu lado no Riverside Park?” Mandei essa mensagem para uma amiga
numa tarde de domingo, em julho. Eu estava exausta e apavorada com a aproximação das últimas horas
do fim de semana – mas não queria ficar sozinha. “Vamos nos encontrar à uma hora?”, escreveu ela de
volta. Arrumei a mochila, animada para passar mais uma tarde sozinha e com uma amiga.

O termo ‘brincadeira paralela’ geralmente é usado quando crianças pequenas brincam de forma
independente, lado a lado, mas também pode ser uma maneira valiosa de pensar no relacionamento
entre adultos. O envolvimento em uma brincadeira paralela é parte importante de como a criança

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aprende a interagir com outras e tornar-se um ser social. Pense em crianças construindo silenciosamente
cada uma a própria torre com blocos ou correndo pelo playground sem realmente interagir. Não se
envolvem, mas não estão brincando totalmente sozinhas.

Para os adultos, o que diferencia duas pessoas se ignorando na mesma sala e a brincadeira paralela é a
base segura que sustenta seu relacionamento, explicou o Dr. Amir Levine, psiquiatra. “A brincadeira
paralela é uma das marcas de um relacionamento seguro, mas tem de ser feita da maneira certa. Se
você sabe que a outra pessoa está disponível e que, se precisar, ela prestará atenção em você, isso lhe
dá segurança”, diz Levine.

Quando você não tem um relacionamento seguro, tentar agir de forma independente do parceiro,
enquanto compartilha o mesmo espaço, pode dar errado. A existência de brincadeiras paralelas em um
relacionamento pode ser o termômetro de um relacionamento saudável.

Sierra Reed, estrategista social e criativa, comentou que seus amigos mais próximos eram aqueles com
quem ela podia estar e não fazer nada. Ela pode trabalhar enquanto um amigo cozinha, por exemplo.
“São pessoas com quem posso estar, sentir o amor e pensar: ‘Isso é perfeito’.”

“Durante a covid, não podíamos nos afastar com frequência das pessoas com quem convivemos. Embora
eu não ache que sempre precisamos de um tempo a sós, às vezes precisamos ‘estar juntos, mas sem
interação’.”

(Sophie Vershbow, The New York Times. O Estado de S.Paulo, 23 de out.2021. Adaptado)

De acordo com informações textuais, é correto afirmar que


a) na brincadeira paralela, a criança permanece totalmente sozinha e desacompanhada para brincar,
aprimorando- se, assim, a independência.
b) a brincadeira paralela das crianças pode ser comparada ao comportamento desejável de um adulto
que busca a dependência do outro.
c) quando falta segurança no relacionamento entre adultos que dividem o mesmo espaço, recomenda-
-se cada um agir de forma independente.
d) a brincadeira paralela entre adultos, em que um sente segurança no outro, é uma demonstração de
que há estabilidade no relacionamento.
e) duas pessoas num mesmo ambiente, em atividades diversas, mesmo podendo um contar com o outro,
caracteriza um relacionamento fadado ao fracasso.

Questão 157: VUNESP - Leia o texto para responder à questão.

Quando amor e amizade são construídos pelo silêncio

Como crianças, que brincam sozinhas uma ao lado da outra, casais ou amigos aprenderam, na pandemia, novos modos de se
aproximar.

“Quer ler em silêncio sentada ao meu lado no Riverside Park?” Mandei essa mensagem para uma amiga
numa tarde de domingo, em julho. Eu estava exausta e apavorada com a aproximação das últimas horas
do fim de semana – mas não queria ficar sozinha. “Vamos nos encontrar à uma hora?”, escreveu ela de
volta. Arrumei a mochila, animada para passar mais uma tarde sozinha e com uma amiga.

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O termo ‘brincadeira paralela’ geralmente é usado quando crianças pequenas brincam de forma
independente, lado a lado, mas também pode ser uma maneira valiosa de pensar no relacionamento
entre adultos. O envolvimento em uma brincadeira paralela é parte importante de como a criança
aprende a interagir com outras e tornar-se um ser social. Pense em crianças construindo silenciosamente
cada uma a própria torre com blocos ou correndo pelo playground sem realmente interagir. Não se
envolvem, mas não estão brincando totalmente sozinhas.

Para os adultos, o que diferencia duas pessoas se ignorando na mesma sala e a brincadeira paralela é a
base segura que sustenta seu relacionamento, explicou o Dr. Amir Levine, psiquiatra. “A brincadeira
paralela é uma das marcas de um relacionamento seguro, mas tem de ser feita da maneira certa. Se
você sabe que a outra pessoa está disponível e que, se precisar, ela prestará atenção em você, isso lhe
dá segurança”, diz Levine.

Quando você não tem um relacionamento seguro, tentar agir de forma independente do parceiro,
enquanto compartilha o mesmo espaço, pode dar errado. A existência de brincadeiras paralelas em um
relacionamento pode ser o termômetro de um relacionamento saudável.

Sierra Reed, estrategista social e criativa, comentou que seus amigos mais próximos eram aqueles com
quem ela podia estar e não fazer nada. Ela pode trabalhar enquanto um amigo cozinha, por exemplo.
“São pessoas com quem posso estar, sentir o amor e pensar: ‘Isso é perfeito’.”

“Durante a covid, não podíamos nos afastar com frequência das pessoas com quem convivemos. Embora
eu não ache que sempre precisamos de um tempo a sós, às vezes precisamos ‘estar juntos, mas sem
interação’.”

(Sophie Vershbow, The New York Times. O Estado de S.Paulo, 23 de out.2021. Adaptado)

Segundo informações presentes no texto, Sierra Reed defende que


a) amigos próximos demonstram o seu amor cozinhando um para o outro nas ocasiões em que se
visitam.
b) um afastamento definitivo entre pessoas menos próximas é necessário durante a pandemia de covid.
c) há necessidade de se assumir como criança para que sejam retomadas as brincadeiras infantis.
d) todos precisam entender que o ser humano tem uma necessidade perene de estar sozinho.
e) as pessoas não precisam sempre estar a sós, de vez em quando é necessário estar juntas, mas sem
uma interagir com a outra.

Questão 158: VUNESP - Leia o texto e o poema para responder à questão.

Quando amor e amizade são construídos pelo silêncio (Texto I)

Como crianças, que brincam sozinhas uma ao lado da outra, casais ou amigos aprenderam, na pandemia, novos modos de se
aproximar.

“Quer ler em silêncio sentada ao meu lado no Riverside Park?” Mandei essa mensagem para uma amiga
numa tarde de domingo, em julho. Eu estava exausta e apavorada com a aproximação das últimas horas

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

do fim de semana – mas não queria ficar sozinha. “Vamos nos encontrar à uma hora?”, escreveu ela de
volta. Arrumei a mochila, animada para passar mais uma tarde sozinha e com uma amiga.

O termo ‘brincadeira paralela’ geralmente é usado quando crianças pequenas brincam de forma
independente, lado a lado, mas também pode ser uma maneira valiosa de pensar no relacionamento
entre adultos. O envolvimento em uma brincadeira paralela é parte importante de como a criança
aprende a interagir com outras e tornar-se um ser social. Pense em crianças construindo silenciosamente
cada uma a própria torre com blocos ou correndo pelo playground sem realmente interagir. Não se
envolvem, mas não estão brincando totalmente sozinhas.

Para os adultos, o que diferencia duas pessoas se ignorando na mesma sala e a brincadeira paralela é a
base segura que sustenta seu relacionamento, explicou o Dr. Amir Levine, psiquiatra. “A brincadeira
paralela é uma das marcas de um relacionamento seguro, mas tem de ser feita da maneira certa. Se
você sabe que a outra pessoa está disponível e que, se precisar, ela prestará atenção em você, isso lhe
dá segurança”, diz Levine.

Quando você não tem um relacionamento seguro, tentar agir de forma independente do parceiro,
enquanto compartilha o mesmo espaço, pode dar errado. A existência de brincadeiras paralelas em um
relacionamento pode ser o termômetro de um relacionamento saudável.

Sierra Reed, estrategista social e criativa, comentou que seus amigos mais próximos eram aqueles com
quem ela podia estar e não fazer nada. Ela pode trabalhar enquanto um amigo cozinha, por exemplo.
“São pessoas com quem posso estar, sentir o amor e pensar: ‘Isso é perfeito’.”

“Durante a covid, não podíamos nos afastar com frequência das pessoas com quem convivemos. Embora
eu não ache que sempre precisamos de um tempo a sós, às vezes precisamos ‘estar juntos, mas sem
interação’.”

(Sophie Vershbow, The New York Times. O Estado de S.Paulo, 23 de out.2021. Adaptado)

Casamento (Texto II)

Há mulheres que dizem:


Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como “este foi difícil”
“prateou no ar dando rabanadas”
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:

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somos noivo e noiva.

(Adélia Prado)

De acordo com as informações contidas no poema e no texto I, é correto afirmar:


a) No poema, o eu lírico experimenta momentos de solidão, uma vez que seu companheiro, que esbarra
os cotovelos nos seus, preocupa-se, apenas, com os peixes.
b) Nos dois textos, predominam os diálogos verbais, que são a base segura de um bom relacionamento
entre adultos que vivem sob o mesmo teto.
c) Nos dois textos, o silêncio presente no convívio entre adultos que dividem o mesmo espaço conduz
ao insucesso de um relacionamento.
d) No poema, nos momentos compartilhados por marido e mulher na cozinha, o eu lírico revive o
silêncio de quando viu o companheiro pela primeira vez.
e) No poema, o casal compartilha momentos de silêncio e cada um se sente acolhido, apesar de a
mulher se sentir incomodada por ter de levantar no meio da noite.

Questão 159: VUNESP - Leia o poema para responder à questão.

Casamento

Há mulheres que dizem:


Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como “este foi difícil”
“prateou no ar dando rabanadas”
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.

(Adélia Prado)

É correto afirmar que o sentido da frase dita pelo eu lírico – Eu não. – no 4o verso,
a) contradiz o contido na continuação desse verso.
b) opõe-se à ideia expressa no terceiro verso.
c) reforça o pensamento de outras mulheres.
d) compartilha a inquietação de outras mulheres.
e) confirma a ideia contida nos versos anteriores.

Questão 160: SELECON -

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Um alerta contemporâneo

O planeta nunca foi o mesmo. Ao longo do tempo, temos passado ao largo dessa questão, como se ela
não nos importasse para entendermos melhor onde estamos. E o que enfrentamos, a cada momento,
para existir. Um simples dado ignorado sobre o planeta pode nos revelar alguma coisa fundamental
sobre nós mesmos. Talvez esse simples dado, sobre a existência do que não conhecemos, nos explique
o que não conseguimos explicar até agora.

O calor excessivo na Europa, as cheias no continente asiático, as recentes chuvas de inverno durante o
nosso verão devem ser mais uma reação da natureza ao que temos feito de errado no mundo. Cada
fenômeno desses é um gesto de nossos parceiros para nos chamar a atenção para o que deve estar
errado. Ou, então, uma simples declaração de guerra, sei lá de que tipo.

Quando nossos erros se concluem antes de um desastre final, nossos parceiros deixam para lá, esperam
que desvendemos o fracasso de nossas más ideias. Outro dia, um daqueles príncipes do Oriente Médio
ofereceu ao Brasil fazer parte da Opep, a organização dos países exportadores de petróleo. Deve ter
feito o convite porque quase ninguém mais quer saber da Opep, por causa das novas fontes de energia.
Ninguém está mais a fim de gastar fortunas na exploração de petróleo, quando o mundo desenvolve e
já usa novas fontes limpas de energia, como a eólica e a solar.

O novo coronavírus é um sinal desse confronto entre o que foi vantagem no passado e hoje não é mais.
É uma formação natural de um mundo que ainda não conhecemos, equivalente ao que foi a Gripe
Espanhola, no final da Primeira Guerra Mundial. Um alerta contemporâneo.

No dia 11 de novembro de 1918, era assinado o tratado de paz que encerrava a Grande Guerra. Com
mais de 16 milhões de vítimas e histórias de arrepiar qualquer um de tanta violência e crueldade, essa
guerra seria responsável por um número de mortes que acabou sendo pequeno perto de outra tragédia
simultânea: a chamada Gripe Espanhola, que muitos acreditam ter interrompido de 30 a 50 milhões de
vidas, em todos os continentes. Curiosamente, como o coronavírus, a trágica epidemia não era uma
gripe, mas o resultado do surgimento e multiplicação de um vírus até então desconhecido.

Segundo historiadores da época, apesar do nome da epidemia, o vírus tinha sido trazido da costa leste
americana para a Europa, pelos combatentes dos Estados Unidos, que haviam entrado na guerra em
abril de 1918. Da Europa, os navios americanos e os de seus aliados o levaram para o resto do mundo,
chegando ao Rio de Janeiro no mês de setembro daquele ano, num navio britânico que deixou aqui a
gripe que não era gripe espalhada entre as meninas da Praça Mauá. E elas a transmitiram ao resto da
cidade, onde a epidemia atingiu 600 mil habitantes, mais da metade da população. Como no caso do
coronavírus, os que praticavam viagens transcontinentais eram os responsáveis por espalhar o vírus fatal
pelo mundo afora.

O coronavírus, como a Gripe Espanhola, é uma espécie de resistência da natureza às nossas


barbaridades. Uma resistência que ajudamos a se tornar de caráter global, graças ao progresso e ao
poder, como se fôssemos estimulados por forças que não compreendemos, nem somos capazes de
enfrentar. É claro que o coronavírus nos faz mal; por isso devemos combatê-lo. Mas, sempre lembrando
que ele vem de um mundo ao qual também pertencemos e ao qual devemos atenção e respeito, até
conhecê-lo melhor.

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Cacá Diegues. In: O Globo. 16/03/2020. [Adaptado] (Disponível em: https://oglobo.globo.com/opiniao/um-


alertacontemporaneo- 24305182)

De acordo com os sentidos do texto, é possível identificar como um receio do autor o fato de que:
a) apesar do coronavírus, a humanidade continue sem dar atenção ao que há de errado no atual modo
de vida
b) por causa do coronavírus, forças de progresso econômico e social, que já estavam mobilizadas, se
enfraqueçam
c) apesar do coronavírus, venham a ser abandonadas novas fontes de energia alternativa, como a eólica
e a solar
d) por causa do coronavírus, a intolerância entre as nações aumente e provoque a terceira guerra
mundial

Questão 161: SELECON -


Livrando a cara dos morcegos

Pode-se dizer que esta coluna é um desagravo aos morcegos da China e do mundo. A incansável fábrica
de bobagens da internet já transformou, a esta altura do campeonato, a famigerada “sopa de morcegos”
chinesa na fonte supostamente incontestável do novo coronavírus que tanto nos assombra, e os
mamíferos voadores, de fato, são um reservatório importante de entidades virais que às vezes atingem
a nossa espécie. Mas uma nova pesquisa indica que não existe nada de essencialmente perigoso nos vírus
que esses bichos carregam.

Aliás, as evidências reunidas pelo trabalho, que acaba de sair na revista científica PNAS, sugerem que
nenhum grupo de animais pode ser considerado, por si só, um grande vilão das chamadas zoonoses,
infecções que surgem em bichos e podem se espalhar para os seres humanos.

O quadro revelado pelo estudo de Nardus Mollentze e Daniel Streicker, pesquisadores da Universidade
de Glasgow (Reino Unido), é complexo e cheio de nuances, mas uma de suas principais conclusões é de
que existe uma correlação mais ou menos direta entre a diversidade de espécies de um grupo e a
diversidade de vírus zoonóticos (ou seja, que podem saltar dos bichos para o Homo sapiens).

Se isso for verdade, o que acontece é que os morcegos parecem ser reservatórios de vírus perigosos
simplesmente porque são muito diversificados.

De fato, uma em cada cinco espécies de mamíferos planeta afora pertence à chamada ordem dos
quirópteros (em grego, algo como “asas nas mãos”). Além da diversidade, porém, muita gente também
postulava outras características intrínsecas dos morcegos como forma de explicar sua aparente
periculosidade viral.

Por serem voadores, eles conseguiriam espalhar os vírus que carregam por áreas mais amplas do que
outros animais. Diversas espécies, principalmente as da Ásia e da África tropicais, vivem em bandos tão
numerosos e aglomerados que a troca de patógenos entre os animais seria bem mais intensa do que o
visto entre os demais mamíferos, potencializando a evolução viral.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Por fim, falava-se até em possíveis peculiaridades do sistema imunológico (de defesa contra doenças)
dos quirópteros, que poderiam torná-los mais permeáveis a abrigar vírus.

No novo estudo, os pesquisadores de Glasgow solaparam esse edifício de hipóteses ao fazer um


mapeamento de mais de 400 vírus zoonóticos e das diferentes ordens (grupos amplos, como os
quirópteros) de mamíferos e aves que os abrigam – no caso, oito ordens de mamíferos e três de aves.

Primeiro, os morcegos nem aparecem no topo da lista – juntos, os “líderes” são os cetartiodáctilos
(grupo ao qual pertencem os porcos e os bois) e os roedores, os quais, somados, respondem por 50% dos
vírus que saltam de animais para humanos.

Mais importante ainda, a correlação entre número de espécies de cada ordem e número de vírus que
causam zoonoses está clara em praticamente todos os casos.

Outro ponto crucial: mesmo as ordens mais diversificadas possuem seus vírus “parceiros”, que não são
os mesmos em outros animais. Os roedores, por exemplo, carregam muitos hantavírus e arenavírus –os
quais, aliás, volta e meia causam mortes no Brasil.

Resumo da ópera? O preço da biossegurança é a eterna vigilância. É essencial continuarmos a estudar a


biodiversidade de animais e vírus se quisermos estar preparados para a próxima pandemia. Desmatar
menos também não seria má ideia.

Reinaldo José Lopes


(Folha de São Paulo, 19/04/2020)

O título do texto antecipa o seguinte evento discutido no texto:


a) confirmação da degradação da biodiversidade
b) divulgação de pretensa causa sobre uma doença
c) denúncia da dificuldade de acesso a estudos recentes
d) alerta de extinção anunciada de uma espécie de animais

Questão 162: SELECON -


Livrando a cara dos morcegos

Pode-se dizer que esta coluna é um desagravo aos morcegos da China e do mundo. A incansável fábrica
de bobagens da internet já transformou, a esta altura do campeonato, a famigerada “sopa de morcegos”
chinesa na fonte supostamente incontestável do novo coronavírus que tanto nos assombra, e os
mamíferos voadores, de fato, são um reservatório importante de entidades virais que às vezes atingem
a nossa espécie. Mas uma nova pesquisa indica que não existe nada de essencialmente perigoso nos vírus
que esses bichos carregam.

Aliás, as evidências reunidas pelo trabalho, que acaba de sair na revista científica PNAS, sugerem que
nenhum grupo de animais pode ser considerado, por si só, um grande vilão das chamadas zoonoses,
infecções que surgem em bichos e podem se espalhar para os seres humanos.

O quadro revelado pelo estudo de Nardus Mollentze e Daniel Streicker, pesquisadores da Universidade
de Glasgow (Reino Unido), é complexo e cheio de nuances, mas uma de suas principais conclusões é de

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

que existe uma correlação mais ou menos direta entre a diversidade de espécies de um grupo e a
diversidade de vírus zoonóticos (ou seja, que podem saltar dos bichos para o Homo sapiens).

Se isso for verdade, o que acontece é que os morcegos parecem ser reservatórios de vírus perigosos
simplesmente porque são muito diversificados.

De fato, uma em cada cinco espécies de mamíferos planeta afora pertence à chamada ordem dos
quirópteros (em grego, algo como “asas nas mãos”). Além da diversidade, porém, muita gente também
postulava outras características intrínsecas dos morcegos como forma de explicar sua aparente
periculosidade viral.

Por serem voadores, eles conseguiriam espalhar os vírus que carregam por áreas mais amplas do que
outros animais. Diversas espécies, principalmente as da Ásia e da África tropicais, vivem em bandos tão
numerosos e aglomerados que a troca de patógenos entre os animais seria bem mais intensa do que o
visto entre os demais mamíferos, potencializando a evolução viral.

Por fim, falava-se até em possíveis peculiaridades do sistema imunológico (de defesa contra doenças)
dos quirópteros, que poderiam torná-los mais permeáveis a abrigar vírus.

No novo estudo, os pesquisadores de Glasgow solaparam esse edifício de hipóteses ao fazer um


mapeamento de mais de 400 vírus zoonóticos e das diferentes ordens (grupos amplos, como os
quirópteros) de mamíferos e aves que os abrigam – no caso, oito ordens de mamíferos e três de aves.

Primeiro, os morcegos nem aparecem no topo da lista – juntos, os “líderes” são os cetartiodáctilos
(grupo ao qual pertencem os porcos e os bois) e os roedores, os quais, somados, respondem por 50% dos
vírus que saltam de animais para humanos.

Mais importante ainda, a correlação entre número de espécies de cada ordem e número de vírus que
causam zoonoses está clara em praticamente todos os casos.

Outro ponto crucial: mesmo as ordens mais diversificadas possuem seus vírus “parceiros”, que não são
os mesmos em outros animais. Os roedores, por exemplo, carregam muitos hantavírus e arenavírus –os
quais, aliás, volta e meia causam mortes no Brasil.

Resumo da ópera? O preço da biossegurança é a eterna vigilância. É essencial continuarmos a estudar a


biodiversidade de animais e vírus se quisermos estar preparados para a próxima pandemia. Desmatar
menos também não seria má ideia.

Reinaldo José Lopes


(Folha de São Paulo, 19/04/2020)

A utilização de termos como “hantavírus” e “arenavírus”, entre outros, confere ao texto um tom de:
a) trocadilho jocoso
b) anedota cotidiana
c) proposição informal
d) divulgação científica

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Questão 163: SELECON -


Livrando a cara dos morcegos

Pode-se dizer que esta coluna é um desagravo aos morcegos da China e do mundo. A incansável fábrica
de bobagens da internet já transformou, a esta altura do campeonato, a famigerada “sopa de morcegos”
chinesa na fonte supostamente incontestável do novo coronavírus que tanto nos assombra, e os
mamíferos voadores, de fato, são um reservatório importante de entidades virais que às vezes atingem
a nossa espécie. Mas uma nova pesquisa indica que não existe nada de essencialmente perigoso nos vírus
que esses bichos carregam.

Aliás, as evidências reunidas pelo trabalho, que acaba de sair na revista científica PNAS, sugerem que
nenhum grupo de animais pode ser considerado, por si só, um grande vilão das chamadas zoonoses,
infecções que surgem em bichos e podem se espalhar para os seres humanos.

O quadro revelado pelo estudo de Nardus Mollentze e Daniel Streicker, pesquisadores da Universidade
de Glasgow (Reino Unido), é complexo e cheio de nuances, mas uma de suas principais conclusões é de
que existe uma correlação mais ou menos direta entre a diversidade de espécies de um grupo e a
diversidade de vírus zoonóticos (ou seja, que podem saltar dos bichos para o Homo sapiens).

Se isso for verdade, o que acontece é que os morcegos parecem ser reservatórios de vírus perigosos
simplesmente porque são muito diversificados.

De fato, uma em cada cinco espécies de mamíferos planeta afora pertence à chamada ordem dos
quirópteros (em grego, algo como “asas nas mãos”). Além da diversidade, porém, muita gente também
postulava outras características intrínsecas dos morcegos como forma de explicar sua aparente
periculosidade viral.

Por serem voadores, eles conseguiriam espalhar os vírus que carregam por áreas mais amplas do que
outros animais. Diversas espécies, principalmente as da Ásia e da África tropicais, vivem em bandos tão
numerosos e aglomerados que a troca de patógenos entre os animais seria bem mais intensa do que o
visto entre os demais mamíferos, potencializando a evolução viral.

Por fim, falava-se até em possíveis peculiaridades do sistema imunológico (de defesa contra doenças)
dos quirópteros, que poderiam torná-los mais permeáveis a abrigar vírus.

No novo estudo, os pesquisadores de Glasgow solaparam esse edifício de hipóteses ao fazer um


mapeamento de mais de 400 vírus zoonóticos e das diferentes ordens (grupos amplos, como os
quirópteros) de mamíferos e aves que os abrigam – no caso, oito ordens de mamíferos e três de aves.

Primeiro, os morcegos nem aparecem no topo da lista – juntos, os “líderes” são os cetartiodáctilos
(grupo ao qual pertencem os porcos e os bois) e os roedores, os quais, somados, respondem por 50% dos
vírus que saltam de animais para humanos.

Mais importante ainda, a correlação entre número de espécies de cada ordem e número de vírus que
causam zoonoses está clara em praticamente todos os casos.

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Outro ponto crucial: mesmo as ordens mais diversificadas possuem seus vírus “parceiros”, que não são
os mesmos em outros animais. Os roedores, por exemplo, carregam muitos hantavírus e arenavírus –os
quais, aliás, volta e meia causam mortes no Brasil.

Resumo da ópera? O preço da biossegurança é a eterna vigilância. É essencial continuarmos a estudar a


biodiversidade de animais e vírus se quisermos estar preparados para a próxima pandemia. Desmatar
menos também não seria má ideia.

Reinaldo José Lopes


(Folha de São Paulo, 19/04/2020)

“Pode-se dizer que esta coluna é um desagravo aos morcegos da China e do mundo” (1º parágrafo)

Ao afirmar que sua coluna é um desagravo, o autor explicita o objetivo de apresentar:


a) reparação de ofensa
b) acusação de culpadoa
c) comparação entre casos
d) rejeição de justificativa

Questão 164: SELECON -


Livrando a cara dos morcegos

Pode-se dizer que esta coluna é um desagravo aos morcegos da China e do mundo. A incansável fábrica
de bobagens da internet já transformou, a esta altura do campeonato, a famigerada “sopa de morcegos”
chinesa na fonte supostamente incontestável do novo coronavírus que tanto nos assombra, e os
mamíferos voadores, de fato, são um reservatório importante de entidades virais que às vezes atingem
a nossa espécie. Mas uma nova pesquisa indica que não existe nada de essencialmente perigoso nos vírus
que esses bichos carregam.

Aliás, as evidências reunidas pelo trabalho, que acaba de sair na revista científica PNAS, sugerem que
nenhum grupo de animais pode ser considerado, por si só, um grande vilão das chamadas zoonoses,
infecções que surgem em bichos e podem se espalhar para os seres humanos.

O quadro revelado pelo estudo de Nardus Mollentze e Daniel Streicker, pesquisadores da Universidade
de Glasgow (Reino Unido), é complexo e cheio de nuances, mas uma de suas principais conclusões é de
que existe uma correlação mais ou menos direta entre a diversidade de espécies de um grupo e a
diversidade de vírus zoonóticos (ou seja, que podem saltar dos bichos para o Homo sapiens).

Se isso for verdade, o que acontece é que os morcegos parecem ser reservatórios de vírus perigosos
simplesmente porque são muito diversificados.

De fato, uma em cada cinco espécies de mamíferos planeta afora pertence à chamada ordem dos
quirópteros (em grego, algo como “asas nas mãos”). Além da diversidade, porém, muita gente também
postulava outras características intrínsecas dos morcegos como forma de explicar sua aparente
periculosidade viral.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


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Por serem voadores, eles conseguiriam espalhar os vírus que carregam por áreas mais amplas do que
outros animais. Diversas espécies, principalmente as da Ásia e da África tropicais, vivem em bandos tão
numerosos e aglomerados que a troca de patógenos entre os animais seria bem mais intensa do que o
visto entre os demais mamíferos, potencializando a evolução viral.

Por fim, falava-se até em possíveis peculiaridades do sistema imunológico (de defesa contra doenças)
dos quirópteros, que poderiam torná-los mais permeáveis a abrigar vírus.

No novo estudo, os pesquisadores de Glasgow solaparam esse edifício de hipóteses ao fazer um


mapeamento de mais de 400 vírus zoonóticos e das diferentes ordens (grupos amplos, como os
quirópteros) de mamíferos e aves que os abrigam – no caso, oito ordens de mamíferos e três de aves.

Primeiro, os morcegos nem aparecem no topo da lista – juntos, os “líderes” são os cetartiodáctilos
(grupo ao qual pertencem os porcos e os bois) e os roedores, os quais, somados, respondem por 50% dos
vírus que saltam de animais para humanos.

Mais importante ainda, a correlação entre número de espécies de cada ordem e número de vírus que
causam zoonoses está clara em praticamente todos os casos.

Outro ponto crucial: mesmo as ordens mais diversificadas possuem seus vírus “parceiros”, que não são
os mesmos em outros animais. Os roedores, por exemplo, carregam muitos hantavírus e arenavírus –os
quais, aliás, volta e meia causam mortes no Brasil.

Resumo da ópera? O preço da biossegurança é a eterna vigilância. É essencial continuarmos a estudar a


biodiversidade de animais e vírus se quisermos estar preparados para a próxima pandemia. Desmatar
menos também não seria má ideia.

Reinaldo José Lopes


(Folha de São Paulo, 19/04/2020)

Para o autor, seu texto é motivado pelo desejo de:


a) combater notícias falsas
b) duvidar dos fatos científicos
c) reconhecer a fragilidade humana
d) demonstrar desigualdade entre regiões

Questão 165: SELECON -


Livrando a cara dos morcegos

Pode-se dizer que esta coluna é um desagravo aos morcegos da China e do mundo. A incansável fábrica
de bobagens da internet já transformou, a esta altura do campeonato, a famigerada “sopa de morcegos”
chinesa na fonte supostamente incontestável do novo coronavírus que tanto nos assombra, e os
mamíferos voadores, de fato, são um reservatório importante de entidades virais que às vezes atingem
a nossa espécie. Mas uma nova pesquisa indica que não existe nada de essencialmente perigoso nos vírus
que esses bichos carregam.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Aliás, as evidências reunidas pelo trabalho, que acaba de sair na revista científica PNAS, sugerem que
nenhum grupo de animais pode ser considerado, por si só, um grande vilão das chamadas zoonoses,
infecções que surgem em bichos e podem se espalhar para os seres humanos.

O quadro revelado pelo estudo de Nardus Mollentze e Daniel Streicker, pesquisadores da Universidade
de Glasgow (Reino Unido), é complexo e cheio de nuances, mas uma de suas principais conclusões é de
que existe uma correlação mais ou menos direta entre a diversidade de espécies de um grupo e a
diversidade de vírus zoonóticos (ou seja, que podem saltar dos bichos para o Homo sapiens).

Se isso for verdade, o que acontece é que os morcegos parecem ser reservatórios de vírus perigosos
simplesmente porque são muito diversificados.

De fato, uma em cada cinco espécies de mamíferos planeta afora pertence à chamada ordem dos
quirópteros (em grego, algo como “asas nas mãos”). Além da diversidade, porém, muita gente também
postulava outras características intrínsecas dos morcegos como forma de explicar sua aparente
periculosidade viral.

Por serem voadores, eles conseguiriam espalhar os vírus que carregam por áreas mais amplas do que
outros animais. Diversas espécies, principalmente as da Ásia e da África tropicais, vivem em bandos tão
numerosos e aglomerados que a troca de patógenos entre os animais seria bem mais intensa do que o
visto entre os demais mamíferos, potencializando a evolução viral.

Por fim, falava-se até em possíveis peculiaridades do sistema imunológico (de defesa contra doenças)
dos quirópteros, que poderiam torná-los mais permeáveis a abrigar vírus.

No novo estudo, os pesquisadores de Glasgow solaparam esse edifício de hipóteses ao fazer um


mapeamento de mais de 400 vírus zoonóticos e das diferentes ordens (grupos amplos, como os
quirópteros) de mamíferos e aves que os abrigam – no caso, oito ordens de mamíferos e três de aves.

Primeiro, os morcegos nem aparecem no topo da lista – juntos, os “líderes” são os cetartiodáctilos
(grupo ao qual pertencem os porcos e os bois) e os roedores, os quais, somados, respondem por 50% dos
vírus que saltam de animais para humanos.

Mais importante ainda, a correlação entre número de espécies de cada ordem e número de vírus que
causam zoonoses está clara em praticamente todos os casos.

Outro ponto crucial: mesmo as ordens mais diversificadas possuem seus vírus “parceiros”, que não são
os mesmos em outros animais. Os roedores, por exemplo, carregam muitos hantavírus e arenavírus –os
quais, aliás, volta e meia causam mortes no Brasil.

Resumo da ópera? O preço da biossegurança é a eterna vigilância. É essencial continuarmos a estudar a


biodiversidade de animais e vírus se quisermos estar preparados para a próxima pandemia. Desmatar
menos também não seria má ideia.

Reinaldo José Lopes


(Folha de São Paulo, 19/04/2020)

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No oitavo parágrafo, a menção a um novo estudo é importante para a argumentação do autor por indicar
que:
a) morcegos não são a principal espécie a carregar vírus que podem atingir humanos
b) desmatamentos apresentam maior incidência de risco à vida animal no planeta
c) pesquisas anteriores mostraram risco sobre outros grupos de animais mamíferos
d) humanos não apresentam contágio de elementos provenientes de voadores

Questão 166: FGV - Observe o texto argumentativo a seguir.

“Certas espécies animais e vegetais desaparecem cada vez mais rapidamente, o que tornou grave a
situação.

Primeiramente, várias espécies foram extintas por causa da caça. Assim, no século XVII, uma espécie
de mamíferos era extinta a cada cinco anos.

Posteriormente, no século XX, a população mundial aumentou de tal modo que, para encontrar novas
terras, os homens invadiram os espaços selvagens. Foram derrubadas imensas florestas e, assim,
numerosos animais desapareceram em função da destruição de seus hábitats. Também a poluição e a
instalação de linhas elétricas mataram muitas espécies de peixes e aves.

Por fim, uma nova caça intensiva, destinada ao comércio, suprimiu certas espécies, como a dos
rinocerontes, cujos chifres eram empregados na fabricação de afrodisíacos.

O homem sabe hoje que a vida sobre a terra é uma vasta cadeia em que cada ser vivo é um elo. Quando
uma espécie desaparece, outros animais e outras plantas passam a ficar ameaçadas. Progressivamente,
a vida humana se empobrece.”

Esse texto foi didaticamente estruturado; a única afirmativa abaixo inadequada em relação à sua
estruturação é:
a) a conclusão do texto é constituída a partir de um rápido resumo das ideias anteriormente expressas;
b) o último parágrafo do texto se liga estruturalmente ao primeiro, ampliando-o tematicamente;
c) a tese do texto foi devidamente comprovada pelos argumentos expressos em seus vários parágrafos;
d) os argumentos empregados na defesa da tese do texto foram dispostos em organização
cronologicamente progressiva;
e) cada um dos parágrafos que serve de argumento é introduzido por um marcador discursivo, que, em
seu conjunto, organizam o texto.

Questão 167: FGV - Observe a charge a seguir.

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A interpretação de texto refere-se à decodificação dos significados dos componentes textuais, enquanto
a compreensão diz respeito aos processos geradores de significação.
A pergunta abaixo que diz respeito à interpretação, e não à compreensão, é:
a) O que mostra na charge a intenção de viajar da família?
b) Como se pode notar que a família está em um lugar alto?
c) De que forma a pandemia está presente na charge?
d) O que demonstra o laço na mão do chefe da família?
e) Qual a expectativa da família representada na charge?

Questão 168: FGV - Abaixo aparecem opiniões variadas, todas elas expressas de um modo impessoal.
A citação a seguir que contém elementos de personalização é:
a) Os educadores são constantemente interrogados sobre o papel da televisão na educação das crianças;
parece hoje estabelecido que esse papel é benéfico;
b) Está universalmente estabelecido que a eficiência das regras de segurança depende da boa vontade
dos que as utilizam;
c) Parece a todos que a eficácia das vacinas está definitivamente comprovada, bastando ver-se a grande
diminuição de internações hospitalares;
d) Quanto a Grande sertão: veredas, se só se observam os grandes pensamentos que essa obra contém,
é certamente um livro impressionante;
e) Só se pode esperar que a equipe local de salvamento possa atuar de forma eficiente a fim de que
muitas vidas sejam salvas.

Questão 169: FGV - Seria importante que alguns dos textos que produzimos fossem lidos com atenção
pelos destinatários; para isso, a introdução desses textos pode apelar para estratégias diversas a fim de
conseguir essa atenção.

Abaixo estão reproduzidas cinco introduções textuais; aquela que mostra sua estratégia de atração
corretamente identificada é:
a) Começo por uma pequena narrativa: “Um homem sem coluna vertebral é como uma tenda de lona
sem o mastro. O eixo de nosso corpo, denominado também coluna vertebral, cumpre exatamente as
mesmas funções que o mastro de uma tenda. De forma idêntica, mantém-se ereto o corpo por obra de
numerosas tensões. Se o mastro falha, a tenda vem abaixo”;

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b) Começo por uma afirmação surpreendente, de caráter opinativo: “Quando Paulinho mexe em sua
coleção de selos, seus lábios incham de uma forma alarmante; Margarida sofre de asma quando visita o
tio farmacêutico; Tomás, entusiasta do alpinismo, sofre de erupção cutânea cada vez que inicia uma
escalada. Os casos citados são exemplos dessa misteriosa enfermidade chamada alergia”;
c) Começo por um ou vários exemplos: “O novo dicionário vai ser lançado esta semana e traz
informações preciosas, como a evolução semântica de cada uma das palavras nele inseridas, desde o
seu nascimento até o estágio atual de significação, além de datação das ocorrências dessas palavras”;
d) Começo por uma alusão histórica: “As passeatas de motivação política, particularmente as que
pretendem protestar contra algo, trazem sempre em seu bojo pessoas interessadas em tumultuá-las
além do razoável”;
e) Começo por um questionamento: “Não sei bem o que fazer quando meu neto me pergunta o
significado de uma palavra ‘perigosa’; não sei se digo claramente o seu significado ou se invento algo
mais palatável. Como sua curiosidade está aumentando, prevejo momentos de grandes dificuldades”.

Questão 170: FGV - Há dois textos de temática semelhante a seguir.

Texto 1 – “Um mestre (Jesus) em que parece haver tanta autoridade, ainda que sua doutrina seja
obscura, merece que seja crido por palavra... pode-se reconhecer sua autoridade, tendo em vista o
respeito que lhe rendem Moisés e Elias; isto é, a lei e os profetas, como já expliquei... Não procuremos
as razões das verdades que ele nos ensina: toda a razão, é que ele as falou.”

Texto 2 – “Certas pessoas têm fé porque seus pais os ensinaram a crer. Num sentido, é satisfatório:
nenhum axioma filosófico abalará essa fé; num outro sentido, é insatisfatório, porque sua fé não vem
de conhecimento pessoal.

Outros chegam à fé pela convicção após estudos. Isso é satisfatório num ponto: eles conhecem Deus por
íntima convicção; por outro lado, é insatisfatório porque se outros lhes demonstram a falsidade de seu
raciocínio, eles podem tornar-se descrentes.”
Comparando os dois textos, é correto afirmar que:
a) o texto 2 contraria o posicionamento do texto 1 em relação ao argumento de autoridade, pois só
reconhece essa autoridade por meio de relações pessoais, e não pela fé;
b) os dois textos contrariam a validade absoluta dos argumentos de autoridade, pois podem ser
desacreditados por demonstrações de sua pouca força;
c) o texto 1 condiciona a validade do argumento de autoridade desde que essa autoridade se tenha
manifestado por meio de documentos;
d) os dois textos afirmam a validade absoluta dos argumentos de autoridade, desde que bem
embasados;
e) o texto 2 mostra o perigo do argumento de autoridade e o risco do livre exame.

Questão 171: CEBRASPE (CESPE) - Texto CG2A1-I

Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível encontrar indícios do direito de acesso à justiça no
Código de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre frase “Olho por olho, dente por dente”, da
Lei de Talião. O código definia que o interessado poderia ser ouvido pelo soberano, que, por sua vez,
teria o poder de decisão.

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Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado de forma gradual, juntamente com as transformações
sociais que ocorreram durante a história da humanidade.

Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim da Segunda Guerra Mundial, da qual o Brasil
participou contra as ditaduras nazifascistas — devido à entrada dos Estados Unidos da América no
conflito, liderando e coordenando os esforços de guerra dos países do Eixo dos Aliados —, o mundo foi
tomado pelas ideias democráticas, e o regime autoritário do Estado Novo (iniciado em 1937) já não se
podia manter.

Foi somente com a Constituição de 1946 que o acesso à justiça foi materializado, prevendo-se que a lei
não poderia excluir do Poder Judiciário qualquer violação de direitos individuais. Esse foi um grande
avanço da legislação brasileira, mas não durou muito, já que, quase vinte anos depois, durante o regime
militar (1964-1985), o acesso ao Poder Judiciário foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e 1969, com a
emissão dos atos institucionais, as condutas praticadas por membros do governo federal foram excluídas
da apreciação judicial.

A partir de 1970, o Brasil começou a caminhar para a consagração efetiva do direito de acesso à justiça,
com a intensificação da luta dos movimentos sociais por igualdade social, cidadania plena, democracia,
efetivação de direitos fundamentais e sociais e efetividade da justiça.

Em 1988, foi promulgada a atual Constituição Federal, que materializou expressamente o acesso à
justiça em seu artigo 5.º, inciso XXXV, como direito fundamental de todos os brasileiros e estrangeiros
residentes no Brasil.

Nesse sentido, o legislador constituinte não só concedeu a possibilidade de acesso aos tribunais, como
também estabeleceu a criação de mecanismos adequados para garanti-la e efetivá-la.

O acesso à justiça deve ser compreendido, assim, como o acesso obtido tanto pelos meios alternativos
de solução de conflitos de interesses quanto pela via jurisdicional e das políticas públicas, de forma
tempestiva, adequada e eficiente, a toda e qualquer pessoa. É a pacificação social com a realização do
escopo da justiça.

Internet: <www.politize.com.br> (com adaptações).

O tema central do texto CG2A1-I é


a) a ampliação gradual do Poder Judiciário desde a previsão constitucional de 1946.
b) a definição expressa do princípio do acesso à justiça no Código de Hamurabi.
c) o estabelecimento de mecanismos que garantem o poder do governante.
d) a evolução histórica do direito de acesso à justiça.
e) o embasamento do princípio de acesso à justiça na Lei de Talião.

Questão 172: CEBRASPE (CESPE) - Texto CG2A1-I

Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível encontrar indícios do direito de acesso à justiça no
Código de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre frase “Olho por olho, dente por dente”, da
Lei de Talião. O código definia que o interessado poderia ser ouvido pelo soberano, que, por sua vez,
teria o poder de decisão.

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Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado de forma gradual, juntamente com as transformações
sociais que ocorreram durante a história da humanidade.

Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim da Segunda Guerra Mundial, da qual o Brasil
participou contra as ditaduras nazifascistas — devido à entrada dos Estados Unidos da América no
conflito, liderando e coordenando os esforços de guerra dos países do Eixo dos Aliados —, o mundo foi
tomado pelas ideias democráticas, e o regime autoritário do Estado Novo (iniciado em 1937) já não se
podia manter.

Foi somente com a Constituição de 1946 que o acesso à justiça foi materializado, prevendo-se que a lei
não poderia excluir do Poder Judiciário qualquer violação de direitos individuais. Esse foi um grande
avanço da legislação brasileira, mas não durou muito, já que, quase vinte anos depois, durante o regime
militar (1964-1985), o acesso ao Poder Judiciário foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e 1969, com a
emissão dos atos institucionais, as condutas praticadas por membros do governo federal foram excluídas
da apreciação judicial.

A partir de 1970, o Brasil começou a caminhar para a consagração efetiva do direito de acesso à justiça,
com a intensificação da luta dos movimentos sociais por igualdade social, cidadania plena, democracia,
efetivação de direitos fundamentais e sociais e efetividade da justiça.

Em 1988, foi promulgada a atual Constituição Federal, que materializou expressamente o acesso à
justiça em seu artigo 5.º, inciso XXXV, como direito fundamental de todos os brasileiros e estrangeiros
residentes no Brasil.

Nesse sentido, o legislador constituinte não só concedeu a possibilidade de acesso aos tribunais, como
também estabeleceu a criação de mecanismos adequados para garanti-la e efetivá-la.

O acesso à justiça deve ser compreendido, assim, como o acesso obtido tanto pelos meios alternativos
de solução de conflitos de interesses quanto pela via jurisdicional e das políticas públicas, de forma
tempestiva, adequada e eficiente, a toda e qualquer pessoa. É a pacificação social com a realização do
escopo da justiça.

Internet: <www.politize.com.br> (com adaptações).

Infere-se do texto CG2A1-I que o acesso à justiça


a) é concedido aos brasileiros natos e, com restrições, aos estrangeiros de qualquer nacionalidade
naturalizados brasileiros, ainda que não residam no Brasil.
b) é concedido ao cidadão brasileiro por decisão do Poder Judiciário.
c) é definido na Constituição Federal de 1988, mas não tem efetividade no mundo real.
d) representa a prerrogativa exclusiva dos brasileiros de buscar a tutela de seus direitos por meio da
atuação de um magistrado.
e) constitui, no Brasil, o direito de ter à disposição o meio constitucionalmente previsto para pleitear
e alcançar a tutela jurisdicional do Estado.

Questão 173: CEBRASPE (CESPE) - Texto

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

“Cada língua indígena é um reservatório único de conhecimento medicinal”. Assim escrevem os


pesquisadores Rodrigo Cámara-Leret e Jordi Bascompte em um recente estudo que faz um alerta: o
perigo do desaparecimento de antigos conhecimentos de plantas medicinais a partir da extinção das
línguas indígenas.

Em geral, quando se fala em plantas com propriedades medicinais, as discussões giram em torno da
extinção da biodiversidade. Nessa pesquisa, contudo, os cientistas focaram no que costuma ser
esquecido: o impacto da extinção das línguas para a perda desse conhecimento, tradicionalmente
transmitido oralmente.

Antes de tudo, a equipe do estudo precisava entender em que medida acontecia a perda de
conhecimento linguisticamente único.

No caso das plantas medicinais, era preciso entender em que grau o conhecimento delas estava atrelado
a apenas uma língua indígena. Dessa forma, seria possível compreender quais saberes seriam perdidos
no caso de extinção de determinado idioma.

Para isso, os pesquisadores analisaram três conjuntos de dados etnobotânicos (a ciência que estuda a
relação entre humanos e plantas). Eles contavam com cerca de 3,6 mil plantas medicinais, 236 línguas
indígenas e 12,5 mil “serviços de plantas medicinais” — combinações entre espécies de plantas e a
subcategoria medicinal para a qual elas eram indicadas, como “figueira-brava (Ficus insipida) + sistema
digestivo”. Os dados são referentes a três regiões com grande diversidade linguística e biológica:
América do Norte, noroeste da Amazônia e Nova Guiné.

Depois de analisarem os dados, os cientistas apontaram que o conhecimento indígena sobre as plantas
medicinais está, de fato, apoiado na singularidade linguística. No noroeste da Amazônia, 91% do
conhecimento medicinal não é compartilhado entre línguas — e se concentra em apenas um idioma. Em
Nova Guiné, essa taxa é de 84%; na América do Norte, 73%.

Além disso, eles observaram a porcentagem desse conhecimento que se concentra, especificamente,
em línguas ameaçadas de extinção. Na América do Norte, 86% do conhecimento medicinal único ocorre,
justamente, em idiomas em risco. No noroeste da Amazônia, 100%.

Para os cientistas, uma das hipóteses é a alta rotatividade cultural. Isso significa que, para uma mesma
planta, os povos indígenas possuem diversos conhecimentos e aplicações exclusivos. Sem uma Wikipédia
para reunir informações, cada cultura acumulou, ao longo do tempo, as próprias descobertas sobre cada
espécie.

O estudo ajuda a mostrar que cada língua (e cultura) indígena tem percepções únicas que, inclusive,
podem vir a oferecer seus conhecimentos medicinais também a outras sociedades.

Internet: <super.abril.com.br> (com adaptações).

Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.

O texto apresenta dados de uma pesquisa que alerta sobre o perigo do desaparecimento de antigos
conhecimentos acerca de plantas medicinais a partir da extinção das línguas indígenas.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Certo
Errado

Questão 174: CEBRASPE (CESPE) - Texto

“Cada língua indígena é um reservatório único de conhecimento medicinal”. Assim escrevem os


pesquisadores Rodrigo Cámara-Leret e Jordi Bascompte em um recente estudo que faz um alerta: o
perigo do desaparecimento de antigos conhecimentos de plantas medicinais a partir da extinção das
línguas indígenas.

Em geral, quando se fala em plantas com propriedades medicinais, as discussões giram em torno da
extinção da biodiversidade. Nessa pesquisa, contudo, os cientistas focaram no que costuma ser
esquecido: o impacto da extinção das línguas para a perda desse conhecimento, tradicionalmente
transmitido oralmente.

Antes de tudo, a equipe do estudo precisava entender em que medida acontecia a perda de
conhecimento linguisticamente único.

No caso das plantas medicinais, era preciso entender em que grau o conhecimento delas estava atrelado
a apenas uma língua indígena. Dessa forma, seria possível compreender quais saberes seriam perdidos
no caso de extinção de determinado idioma.

Para isso, os pesquisadores analisaram três conjuntos de dados etnobotânicos (a ciência que estuda a
relação entre humanos e plantas). Eles contavam com cerca de 3,6 mil plantas medicinais, 236 línguas
indígenas e 12,5 mil “serviços de plantas medicinais” — combinações entre espécies de plantas e a
subcategoria medicinal para a qual elas eram indicadas, como “figueira-brava (Ficus insipida) + sistema
digestivo”. Os dados são referentes a três regiões com grande diversidade linguística e biológica:
América do Norte, noroeste da Amazônia e Nova Guiné.

Depois de analisarem os dados, os cientistas apontaram que o conhecimento indígena sobre as plantas
medicinais está, de fato, apoiado na singularidade linguística. No noroeste da Amazônia, 91% do
conhecimento medicinal não é compartilhado entre línguas — e se concentra em apenas um idioma. Em
Nova Guiné, essa taxa é de 84%; na América do Norte, 73%.

Além disso, eles observaram a porcentagem desse conhecimento que se concentra, especificamente,
em línguas ameaçadas de extinção. Na América do Norte, 86% do conhecimento medicinal único ocorre,
justamente, em idiomas em risco. No noroeste da Amazônia, 100%.

Para os cientistas, uma das hipóteses é a alta rotatividade cultural. Isso significa que, para uma mesma
planta, os povos indígenas possuem diversos conhecimentos e aplicações exclusivos. Sem uma Wikipédia
para reunir informações, cada cultura acumulou, ao longo do tempo, as próprias descobertas sobre cada
espécie.

O estudo ajuda a mostrar que cada língua (e cultura) indígena tem percepções únicas que, inclusive,
podem vir a oferecer seus conhecimentos medicinais também a outras sociedades.

Internet: <super.abril.com.br> (com adaptações).

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.

Depreende-se do texto que a extinção da biodiversidade não é o foco da pesquisa de Rodrigo Cámara-
Leret e Jordi Bascompte acerca do desaparecimento de conhecimentos sobre plantas medicinais.
Certo
Errado

Questão 175: CETREDE -


SEREMOS TODOS TELEFONES (João Ubaldo Ribeiro)

Esse negócio de Google tirou a graça de muitas coisas. E dificultou a vida dos que mourejam nas letras,
obrigados por profissão e ganha-pão a escrever com regularidade, fazendo o que podem para atrair o
interesse de leitores e mostrar serviço, pois bem sabem que a mão que afaga é a mesma que apedreja
e o quem-te-viu-quem-te-vê será o destino inglório daqueles que dormirem no ponto. Antes do Google,
o esforçado cronista recorria a almanaques e enciclopédias e deles, laboriosamente, extraía novidades
para motivar ou adornar seu texto. Agora todo mundo pode fazer isso num par de cliques. Além do mais,
o cronista podia também exibir-se um pouco, o que talvez trouxesse algum benefício ao combalido
Narciso que carrega n'alma, além de realçar-lhe a reputação. Somente alguns poucos, entre os quais
ele, tinha tal ou qual informação, ou lembrava certos pormenores, em relação ao assunto comentado.
O Google acabou com isso e quem hoje em dia chegar ao extremo de escrever algo do tipo "você sabia?"
se arrisca a desmoralização instantânea.(a)

Mesmo consciente desses perigos, ouso dizer que a maior parte de vocês não sabia que hoje é o dia do
telefone. Eu por acaso sabia e me lembrei assim que vi a data no calendário. E também já sabia de uma
porção de coisas adicionais, inúteis mas talvez vistosas. Tudo isso, juro que é verdade, sem recorrer ao
Google. Faz mais tempo que eu gostaria de admitir, escrevi um trabalho escolar sobre Alexander Graham
Bell, o inventor do telefone, e não me esqueci de fatos importantíssimos. Para começar, Bell não era
americano, como geralmente se pensa; era escocês. E, se vocês pasmaram com esta, pasmem com a
próxima: nos primeiros telefones, não se falava e escutava ao mesmo tempo, era como nos walkie-
talkies dos filmes de guerra americanos e os interlocutores tinham que dizer "câmbio", ao terminarem
cada fala.

E, sim, D. Pedro II garantiu o papel do Brasil no sucesso da invenção. Os historiadores americanos


lembram como Sua Majestade, durante uma feira internacional em Filadélfia, ficou estupefato com o
novo aparelho e exclamou: "Meu Deus, isto fala!". Parece que ele botou mais fé na novidade que os
americanos, porque o presidente americano Rutherford B.

Hayes declarou mais tarde que se tratava de um aparelho interessante, mas sem nenhuma utilidade. D.
Pedro ganhou um e as centrais telefônicas começaram a se instalar no Brasil, notadamente no Rio de
Janeiro e, segundo eu li, tinham o hábito de pegar fogo com grande frequência. O coronel Ubaldo, meu
avô, como vários de seus contemporâneos, na hora de falar no telefone, botava o paletó e passava a
mão na careca, parecendo ajeitar uma cabeleira invisível e, depois que contaram a ele que funcionava
com eletricidade, acho que nunca mais tocou em nenhum.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

E mais sensacionais revelações eu teria a fazer, mas suspeito que todas podem ser achadas no Google,
para quem for suficientemente obsedado.(b) O que não se acha no Google são minhas memórias pessoais
em relação ao telefone. A primeira lembrança é o telefone lá de casa, quando morávamos em Aracaju.
Se não me engano, o número era 631 e o aparelho ocupava um espaço solene, no corredor de entrada.
Recordo as duas enormes baterias, com o formato de pilhas de lanterna, mas muito maiores. Pegava-se
o fone, rodava-se a manivela e falava-se com a telefonista, para pedir a ligação. Nessa época, Salvador
já tinha telefones automáticos, parecidos com os que a gente via no cinema e com um número enorme.
O da casa de meu tio Cecéu, por exemplo, era 8521 e eu causava grande inveja em meus colegas de
Aracaju, quando dizia que meu telefone em Salvador tinha esse numerozão - e sem telefonista.

Já as ligações interurbanas eram um problema, mesmo em Salvador ou qualquer outra cidade. Nem
sempre se conseguia e o telefonema tinha que ser programado com muita antecedência. Às vezes,
esperava-se o dia inteiro pela ligação.

Quando a conversa se iniciava, as vozes se perdiam numa fanfarra de zumbidos, estalos, pequenos
estampidos e ruídos de toda espécie, em que os telefonadores se esgoelavam em gritos altos e palavras
repetidas aos berros. Era inevitável a suspeita, em alguns casos convicção, de que seria mais eficaz
chegar à janela e soltar esses berros na direção da cidade para onde se telefonava, levando o papo
diretamente no gogó, sem precisar de nenhum aparelho. Pois é, nada como um dia depois do outro.
Ainda passei por mentiroso, quando, regressado ao Brasil depois de uma longa temporada nos Estados
Unidos, contei que o sujeito em Los Angeles discava diretamente para Nova York, na outra ponta do
país, a ligação se completava como se fosse local e se ouvia perfeitamente a voz do lado de lá.
Estabelecia-se um silêncio constrangido entre os ouvintes e não eram raros comentários elogiando minha
fértil imaginação de romancista. O curioso é que lá eu também passava pela mesma situação, quando
contava que, no Brasil, havia gente que esperava a instalação de um telefone durante décadas e as
linhas eram valorizadas como excelente investimento e deixadas como herança. Por fim, chegaram os
celulares e tabletes.(d) Tem gente que não larga o celular nem no chuveiro e dizem que já é até um
acessório sexual indispensável para muitos. Creio que, no futuro próximo, os recém-nascidos, ainda na
maternidade, terão vários chips implantados no cérebro e serão conectados antes de aprenderem a
falar, talvez numa rede social especializada. Um chip, secretamente instalado no celular do cônjuge
infiel, mostrará à parte corneada o endereço exato do motel onde o (a) sem-vergonha prevarica.(c) Um
aplicativo ora sendo aperfeiçoado saberá, por sutis alterações na voz, quando quem fala está mentindo.
Realiza-se o sonho de não passarmos de uma colmeia toda interligada, em que não haverá vida privada.
Feliz dia do telefone para todos.

Jornal O Estado de S. Paulo, 10 de março de 2013 | 02h13

Selecione a alternativa que ilustra a seguinte conclusão do cronista: “Realiza-se o sonho de não
passarmos de uma colmeia toda interligada, em que não haverá vida privada.”
a) “O Google acabou com isso e quem hoje em dia chegar ao extremo de escrever algo do tipo "você
sabia?" se arrisca a desmoralização instantânea.”
b) “E mais sensacionais revelações eu teria a fazer, mas suspeito que todas podem ser achadas no
Google, para quem for suficientemente obsedado.”
c) “Um chip, secretamente instalado no celular do cônjuge infiel, mostrará à parte corneada o
endereço exato do motel onde o (a) sem-vergonha prevarica.”
d) “Por fim, chegaram os celulares e tabletes.”

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


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Questão 176: CEBRASPE (CESPE) - Texto

Nossas cidades estão perdendo suas árvores rapidamente, mas até nisso somos um país desigual. Os
bairros mais nobres do Rio de Janeiro e de São Paulo seguem maravilhosamente arborizados, alguns
cada vez mais, frequentemente com árvores das mesmas espécies das que foram cortadas na frente da
sua casa ou do seu trabalho por serem supostamente inadequadas, para não causarem danos à
infraestrutura.

As castanholas, também conhecidas como sete-copas, são uma espécie extremamente abundante no Rio
de Janeiro, mas demonizadas em outras regiões menos urbanizadas, como no Pará, por exemplo, sob o
argumento de que “A raiz dela cresce demais” ou de que “Vai quebrar a calçada”. Árvores com raízes
robustas e que crescem por grandes distâncias são acusadas de destruir a pavimentação, ao passo que
aquelas de raízes reduzidas caem com facilidade.

As espécies de crescimento rápido são as que mais assustam os técnicos responsáveis pela arborização
exageradamente tementes à infraestrutura. Todavia, as outras demoram uma eternidade para crescer,
a vida passa ligeiramente e todos querem ver a tão sonhada arborização avançada. Não podem ficar
muito altas, especificam os técnicos, nem derrubar muitas folhas. Se derrubarem frutos grandes, como
mangas, por exemplo, nem pensar! Podem amassar a lataria de um carro! Flores e pequenos frutos
podem manchar a pintura! Há também aquelas árvores que atraem morcegos. Melhor não! Espinhos
estão fora de questão. E se alguém se machuca? Na autobiografia de Woody Allen, ele afirma algo
interessante: mais do que os outros, o inferno é o gosto dos outros.

A expectativa é que, nas próximas décadas, a temperatura das cidades suba consideravelmente devido
às mudanças climáticas globais. Nesse contexto, é muito bem-vinda qualquer sombra que venha a
reduzir a temperatura do asfalto, da calçada ou de uma parede. O canto dos pássaros e dos insetos e o
colorido das flores também têm importante papel na qualidade de vida dos cidadãos, comprovadamente
reduzindo o estresse e o risco de depressão. Esses são outros benefícios da arborização que, geralmente,
não são incluídos no contexto técnico, mas que devem ser mais bem pesados na equação dos riscos e
benefícios da arborização.

Rodolfo Salm. Cadê a árvore que estava aqui?, 19/2/2021. Internet: <www.correiocidadania.com.br> (com adaptações).

A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.

O tema central do texto é o crescimento exagerado das árvores nos grandes centros urbanos.
Certo
Errado

Questão 177: CEBRASPE (CESPE) - Texto

Nossas cidades estão perdendo suas árvores rapidamente, mas até nisso somos um país desigual. Os
bairros mais nobres do Rio de Janeiro e de São Paulo seguem maravilhosamente arborizados, alguns
cada vez mais, frequentemente com árvores das mesmas espécies das que foram cortadas na frente da
sua casa ou do seu trabalho por serem supostamente inadequadas, para não causarem danos à
infraestrutura.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

As castanholas, também conhecidas como sete-copas, são uma espécie extremamente abundante no Rio
de Janeiro, mas demonizadas em outras regiões menos urbanizadas, como no Pará, por exemplo, sob o
argumento de que “A raiz dela cresce demais” ou de que “Vai quebrar a calçada”. Árvores com raízes
robustas e que crescem por grandes distâncias são acusadas de destruir a pavimentação, ao passo que
aquelas de raízes reduzidas caem com facilidade.

As espécies de crescimento rápido são as que mais assustam os técnicos responsáveis pela arborização
exageradamente tementes à infraestrutura. Todavia, as outras demoram uma eternidade para crescer,
a vida passa ligeiramente e todos querem ver a tão sonhada arborização avançada. Não podem ficar
muito altas, especificam os técnicos, nem derrubar muitas folhas. Se derrubarem frutos grandes, como
mangas, por exemplo, nem pensar! Podem amassar a lataria de um carro! Flores e pequenos frutos
podem manchar a pintura! Há também aquelas árvores que atraem morcegos. Melhor não! Espinhos
estão fora de questão. E se alguém se machuca? Na autobiografia de Woody Allen, ele afirma algo
interessante: mais do que os outros, o inferno é o gosto dos outros.

A expectativa é que, nas próximas décadas, a temperatura das cidades suba consideravelmente devido
às mudanças climáticas globais. Nesse contexto, é muito bem-vinda qualquer sombra que venha a
reduzir a temperatura do asfalto, da calçada ou de uma parede. O canto dos pássaros e dos insetos e o
colorido das flores também têm importante papel na qualidade de vida dos cidadãos, comprovadamente
reduzindo o estresse e o risco de depressão. Esses são outros benefícios da arborização que, geralmente,
não são incluídos no contexto técnico, mas que devem ser mais bem pesados na equação dos riscos e
benefícios da arborização.

Rodolfo Salm. Cadê a árvore que estava aqui?, 19/2/2021. Internet: <www.correiocidadania.com.br> (com adaptações).

A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.

Predomina no texto a descrição dos tipos de malefícios que as árvores podem causar à infraestrutura
das cidades.
Certo
Errado

Questão 178: CEBRASPE (CESPE) - Texto

Nossas cidades estão perdendo suas árvores rapidamente, mas até nisso somos um país desigual. Os
bairros mais nobres do Rio de Janeiro e de São Paulo seguem maravilhosamente arborizados, alguns
cada vez mais, frequentemente com árvores das mesmas espécies das que foram cortadas na frente da
sua casa ou do seu trabalho por serem supostamente inadequadas, para não causarem danos à
infraestrutura.

As castanholas, também conhecidas como sete-copas, são uma espécie extremamente abundante no Rio
de Janeiro, mas demonizadas em outras regiões menos urbanizadas, como no Pará, por exemplo, sob o
argumento de que “A raiz dela cresce demais” ou de que “Vai quebrar a calçada”. Árvores com raízes
robustas e que crescem por grandes distâncias são acusadas de destruir a pavimentação, ao passo que
aquelas de raízes reduzidas caem com facilidade.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

As espécies de crescimento rápido são as que mais assustam os técnicos responsáveis pela arborização
exageradamente tementes à infraestrutura. Todavia, as outras demoram uma eternidade para crescer,
a vida passa ligeiramente e todos querem ver a tão sonhada arborização avançada. Não podem ficar
muito altas, especificam os técnicos, nem derrubar muitas folhas. Se derrubarem frutos grandes, como
mangas, por exemplo, nem pensar! Podem amassar a lataria de um carro! Flores e pequenos frutos
podem manchar a pintura! Há também aquelas árvores que atraem morcegos. Melhor não! Espinhos
estão fora de questão. E se alguém se machuca? Na autobiografia de Woody Allen, ele afirma algo
interessante: mais do que os outros, o inferno é o gosto dos outros.

A expectativa é que, nas próximas décadas, a temperatura das cidades suba consideravelmente devido
às mudanças climáticas globais. Nesse contexto, é muito bem-vinda qualquer sombra que venha a
reduzir a temperatura do asfalto, da calçada ou de uma parede. O canto dos pássaros e dos insetos e o
colorido das flores também têm importante papel na qualidade de vida dos cidadãos, comprovadamente
reduzindo o estresse e o risco de depressão. Esses são outros benefícios da arborização que, geralmente,
não são incluídos no contexto técnico, mas que devem ser mais bem pesados na equação dos riscos e
benefícios da arborização.

Rodolfo Salm. Cadê a árvore que estava aqui?, 19/2/2021. Internet: <www.correiocidadania.com.br> (com adaptações).

A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.

Depreende-se do texto que a presença de árvores nas cidades promove benefícios para a qualidade de
vida das pessoas, os quais, contudo, muitas vezes não são considerados em avaliações técnicas de
paisagismo urbano.
Certo
Errado

Questão 179: CETREDE -


SEREMOS TODOS TELEFONES (João Ubaldo Ribeiro)

Esse negócio de Google tirou a graça de muitas coisas. E dificultou a vida dos que mourejam nas letras,
obrigados por profissão e ganha-pão a escrever com regularidade, fazendo o que podem para atrair o
interesse de leitores e mostrar serviço, pois bem sabem que a mão que afaga é a mesma que apedreja
e o quem-te-viu-quem-te-vê será o destino inglório daqueles que dormirem no ponto. Antes do Google,
o esforçado cronista recorria a almanaques e enciclopédias e deles, laboriosamente, extraía novidades
para motivar ou adornar seu texto. Agora todo mundo pode fazer isso num par de cliques. Além do mais,
o cronista podia também exibir-se um pouco, o que talvez trouxesse algum benefício ao combalido
Narciso que carrega n'alma, além de realçar-lhe a reputação. Somente alguns poucos, entre os quais
ele, tinha tal ou qual informação, ou lembrava certos pormenores, em relação ao assunto comentado.
O Google acabou com isso e quem hoje em dia chegar ao extremo de escrever algo do tipo "você sabia?"(a)
se arrisca a desmoralização instantânea.

Mesmo consciente desses perigos, ouso dizer que a maior parte de vocês não sabia que hoje é o dia do
telefone. Eu por acaso sabia e me lembrei assim que vi a data no calendário. E também já sabia de uma
porção de coisas adicionais, inúteis mas talvez vistosas. Tudo isso, juro que é verdade, sem recorrer ao
Google. Faz mais tempo que eu gostaria de admitir, escrevi um trabalho escolar sobre Alexander Graham
Bell, o inventor do telefone, e não me esqueci de fatos importantíssimos. Para começar, Bell não era

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

americano, como geralmente se pensa; era escocês. E, se vocês pasmaram com esta, pasmem com a
próxima: nos primeiros telefones, não se falava e escutava ao mesmo tempo, era como nos walkie-
talkies dos filmes de guerra americanos e os interlocutores tinham que dizer "câmbio", ao terminarem
cada fala.

E, sim, D. Pedro II garantiu o papel do Brasil no sucesso da invenção. Os historiadores americanos


lembram como Sua Majestade, durante uma feira internacional em Filadélfia, ficou estupefato com o
novo aparelho e exclamou: "Meu Deus, isto fala!".(b) Parece que ele botou mais fé na novidade que os
americanos, porque o presidente americano Rutherford B.

Hayes declarou mais tarde que se tratava de um aparelho interessante,(c) mas sem nenhuma utilidade.
D. Pedro ganhou um e as centrais telefônicas começaram a se instalar no Brasil, notadamente no Rio de
Janeiro e, segundo eu li, tinham o hábito de pegar fogo com grande frequência. O coronel Ubaldo, meu
avô, como vários de seus contemporâneos, na hora de falar no telefone, botava o paletó e passava a
mão na careca, parecendo ajeitar uma cabeleira invisível e, depois que contaram a ele que funcionava
com eletricidade,(d) acho que nunca mais tocou em nenhum.

E mais sensacionais revelações eu teria a fazer, mas suspeito que todas podem ser achadas no Google,
para quem for suficientemente obsedado. O que não se acha no Google são minhas memórias pessoais
em relação ao telefone. A primeira lembrança é o telefone lá de casa, quando morávamos em Aracaju.
Se não me engano, o número era 631 e o aparelho ocupava um espaço solene, no corredor de entrada.
Recordo as duas enormes baterias, com o formato de pilhas de lanterna, mas muito maiores. Pegava-se
o fone, rodava-se a manivela e falava-se com a telefonista, para pedir a ligação. Nessa época, Salvador
já tinha telefones automáticos, parecidos com os que a gente via no cinema e com um número enorme.
O da casa de meu tio Cecéu, por exemplo, era 8521 e eu causava grande inveja em meus colegas de
Aracaju, quando dizia que meu telefone em Salvador tinha esse numerozão - e sem telefonista.

Já as ligações interurbanas eram um problema, mesmo em Salvador ou qualquer outra cidade. Nem
sempre se conseguia e o telefonema tinha que ser programado com muita antecedência. Às vezes,
esperava-se o dia inteiro pela ligação.

Quando a conversa se iniciava, as vozes se perdiam numa fanfarra de zumbidos, estalos, pequenos
estampidos e ruídos de toda espécie, em que os telefonadores se esgoelavam em gritos altos e palavras
repetidas aos berros. Era inevitável a suspeita, em alguns casos convicção, de que seria mais eficaz
chegar à janela e soltar esses berros na direção da cidade para onde se telefonava, levando o papo
diretamente no gogó, sem precisar de nenhum aparelho. Pois é, nada como um dia depois do outro.
Ainda passei por mentiroso, quando, regressado ao Brasil depois de uma longa temporada nos Estados
Unidos, contei que o sujeito em Los Angeles discava diretamente para Nova York, na outra ponta do
país, a ligação se completava como se fosse local e se ouvia perfeitamente a voz do lado de lá.
Estabelecia-se um silêncio constrangido entre os ouvintes e não eram raros comentários elogiando minha
fértil imaginação de romancista. O curioso é que lá eu também passava pela mesma situação, quando
contava que, no Brasil, havia gente que esperava a instalação de um telefone durante décadas e as
linhas eram valorizadas como excelente investimento e deixadas como herança. Por fim, chegaram os
celulares e tabletes. Tem gente que não larga o celular nem no chuveiro e dizem que já é até um
acessório sexual indispensável para muitos. Creio que, no futuro próximo, os recém-nascidos, ainda na
maternidade, terão vários chips implantados no cérebro e serão conectados antes de aprenderem a

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

falar, talvez numa rede social especializada. Um chip, secretamente instalado no celular do cônjuge
infiel, mostrará à parte corneada o endereço exato do motel onde o (a) sem-vergonha prevarica. Um
aplicativo ora sendo aperfeiçoado saberá, por sutis alterações na voz, quando quem fala está mentindo.
Realiza-se o sonho de não passarmos de uma colmeia toda interligada, em que não haverá vida privada.
Feliz dia do telefone para todos.

Jornal O Estado de S. Paulo, 10 de março de 2013 | 02h13

Em narrativas literárias, em notícias e reportagens é comum apresentar-se a fala ou o pensamento de


personagens, de forma direta, por meio de um verbo dicendi.

Marque a alternativa que apresenta um exemplo desse recurso usado no texto.


a) “...escrever algo do tipo "você sabia?"
b) “...exclamou: "Meu Deus, isto fala!"
c) “declarou mais tarde que se tratava de um aparelho interessante..."
d) “depois que contaram a ele que funcionava com eletricidade...”

Questão 180: CEBRASPE (CESPE) - Texto

Nossas cidades estão perdendo suas árvores rapidamente, mas até nisso somos um país desigual. Os
bairros mais nobres do Rio de Janeiro e de São Paulo seguem maravilhosamente arborizados, alguns
cada vez mais, frequentemente com árvores das mesmas espécies das que foram cortadas na frente da
sua casa ou do seu trabalho por serem supostamente inadequadas, para não causarem danos à
infraestrutura.

As castanholas, também conhecidas como sete-copas, são uma espécie extremamente abundante no Rio
de Janeiro, mas demonizadas em outras regiões menos urbanizadas, como no Pará, por exemplo, sob o
argumento de que “A raiz dela cresce demais” ou de que “Vai quebrar a calçada”. Árvores com raízes
robustas e que crescem por grandes distâncias são acusadas de destruir a pavimentação, ao passo que
aquelas de raízes reduzidas caem com facilidade.

As espécies de crescimento rápido são as que mais assustam os técnicos responsáveis pela arborização
exageradamente tementes à infraestrutura. Todavia, as outras demoram uma eternidade para crescer,
a vida passa ligeiramente e todos querem ver a tão sonhada arborização avançada. Não podem ficar
muito altas, especificam os técnicos, nem derrubar muitas folhas. Se derrubarem frutos grandes, como
mangas, por exemplo, nem pensar! Podem amassar a lataria de um carro! Flores e pequenos frutos
podem manchar a pintura! Há também aquelas árvores que atraem morcegos. Melhor não! Espinhos
estão fora de questão. E se alguém se machuca? Na autobiografia de Woody Allen, ele afirma algo
interessante: mais do que os outros, o inferno é o gosto dos outros.

A expectativa é que, nas próximas décadas, a temperatura das cidades suba consideravelmente devido
às mudanças climáticas globais. Nesse contexto, é muito bem-vinda qualquer sombra que venha a
reduzir a temperatura do asfalto, da calçada ou de uma parede. O canto dos pássaros e dos insetos e o
colorido das flores também têm importante papel na qualidade de vida dos cidadãos, comprovadamente
reduzindo o estresse e o risco de depressão. Esses são outros benefícios da arborização que, geralmente,
não são incluídos no contexto técnico, mas que devem ser mais bem pesados na equação dos riscos e
benefícios da arborização.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Rodolfo Salm. Cadê a árvore que estava aqui?, 19/2/2021. Internet: <www.correiocidadania.com.br> (com adaptações).

A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.

O texto atribui à desigualdade social o fato de bairros nobres de grandes capitais brasileiras serem muito
mais arborizados que outras áreas.
Certo
Errado

Questão 181: CETREDE -


RETROSPECTIVA

Retrospectivas de fim de ano servem para passar o passado a limpo e organizar nossas lembranças que,
sem elas, seriam histórias sem nexo. O retrospectivista mais desatento da História foi Luís XVI que, na
véspera da Revolução Francesa, escreveu no seu diário: “Tudo calmo, nenhuma novidade no reino”. A
tradição de recapitular os principais acontecimentos do ano teria começado no ano 1, quando um
viajante no deserto anotou no caderno de viagem a presença daquela estranha estrela no céu da Judeia,
brilhando mais do que as outras, como que mostrando um caminho, e disse “Epa”.

No jornalismo, uma retrospectiva de fim de ano é obrigatória, e fácil de fazer. Basta juntar fatos e
feitos que se destacaram durante o ano, e pronto. O ano de 2020, que termina hoje, por exemplo,
esteve cheio de notícias destacáveis, como todos os anos. (I) É só reuni-las e teremos um típico ano com
seus altos e baixos, esperando sua inclusão na retrospectiva. Como todos os anos. Certo?

Você deve estar brincando com os pobres autores de retrospectivas e com a humanidade em geral.
Nenhum outro ano na nossa história foi tão diferente dos outros quanto 2020. (II) Nenhuma outra
retrospectiva foi – e continua sendo – tão inverossímil. Um vírus mal-intencionado surgiu não se sabe de
onde decidido a acabar conosco e, mesmo se não conseguir, alterar a vida sobre a Terra e a relação
entre as pessoas de maneira inédita, com efeitos imprevisíveis no futuro de cada um. (III)

Retrospectivas por vir terão que recorrer à ficção ou ao delírio para contar como foi 2020 e seus
desdobramentos. Elas podem muito bem ser sobre a guerra da vacina que fatalmente acontecerá em
poucos anos, ricos contra pobres lutando pela sobrevivência. (IV)

Prevê-se que retrospectivas do futuro se ocuparão do comportamento de jovens, em 2020 e depois, que
desafiaram as recomendações de como enfrentar o vírus assassino e continuaram fazendo festas sem
qualquer proteção, sugerindo que o vírus, além de todos os seus crimes, criara uma geração de
desinformados, de alienados ou de suicidas.(V)

(Fonte:Jornal O Estado de S. Paulo, 31 de dezembro de 2020 - 03h00)

Em sua crônica de 31 de dezembro de 2020, Veríssimo afirma que “No jornalismo, uma retrospectiva de
fim de ano é obrigatória, e fácil de fazer. Basta juntar fatos e feitos que se destacaram durante o ano,
e pronto.”.

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E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Analise as afirmativas de I a V e marque a alternativa que traz uma interpretação autorizada pelo texto,
relativamente aos “fatos e feitos” que, segundo o autor, se destacaram em 2020, ou quanto à natureza
da retrospectiva referente à esse ano.

(I) “O ano de 2020, que termina hoje, por exemplo, esteve cheio de notícias destacáveis, como
todos os anos.”.

(II) “Nenhum outro ano na nossa história foi tão diferente dos outros quanto 2020.”

(III) “Um vírus mal-intencionado surgiu não se sabe de onde decidido a acabar conosco alterar a
vida sobre a Terra e a relação entre as pessoas de maneira inédita, com efeitos imprevisíveis no
futuro de cada um.”

(IV) “Elas podem muito bem ser sobre a guerra da vacina que fatalmente acontecerá em poucos
anos, ricos contra pobres lutando pela sobrevivência.”

(V) “(...) jovens, em 2020 e depois, que desafiaram as recomendações de como enfrentar o vírus
assassino e continuaram fazendo festas sem qualquer proteção, sugerindo que o vírus, além de
todos os seus crimes, criara uma geração de desinformados, de alienados ou de suicidas.”

a) (I), (IV), (V).


b) (I), (II), (IV).
c) (II), (III).
d) (IV), (V).

Questão 182: CETREDE -


RETROSPECTIVA

Retrospectivas de fim de ano servem para passar o passado a limpo e organizar nossas lembranças que,
sem elas, seriam histórias sem nexo. O retrospectivista mais desatento da História foi Luís XVI que, na
véspera da Revolução Francesa, escreveu no seu diário: “Tudo calmo, nenhuma novidade no reino”. A
tradição de recapitular os principais acontecimentos do ano teria começado no ano 1, quando um
viajante no deserto anotou no caderno de viagem a presença daquela estranha estrela no céu da Judeia,
brilhando mais do que as outras, como que mostrando um caminho, e disse “Epa”.

No jornalismo, uma retrospectiva de fim de ano é obrigatória, e fácil de fazer. Basta juntar fatos e
feitos que se destacaram durante o ano, e pronto. O ano de 2020, que termina hoje, por exemplo,
esteve cheio de notícias destacáveis, como todos os anos. É só reuni-las e teremos um típico ano com
seus altos e baixos, esperando sua inclusão na retrospectiva. Como todos os anos. Certo?

Você deve estar brincando com os pobres autores de retrospectivas e com a humanidade em geral.
Nenhum outro ano na nossa história foi tão diferente dos outros quanto 2020. Nenhuma outra
retrospectiva foi – e continua sendo – tão inverossímil. Um vírus mal-intencionado surgiu não se sabe de
onde decidido a acabar conosco e, mesmo se não conseguir, alterar a vida sobre a Terra e a relação
entre as pessoas de maneira inédita, com efeitos imprevisíveis no futuro de cada um.

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Retrospectivas por vir terão que recorrer à ficção ou ao delírio para contar como foi 2020 e seus
desdobramentos. Elas podem muito bem ser sobre a guerra da vacina que fatalmente acontecerá em
poucos anos, ricos contra pobres lutando pela sobrevivência.

Prevê-se que retrospectivas do futuro se ocuparão do comportamento de jovens, em 2020 e depois, que
desafiaram as recomendações de como enfrentar o vírus assassino e continuaram fazendo festas sem
qualquer proteção, sugerindo que o vírus, além de todos os seus crimes, criara uma geração de
desinformados, de alienados ou de suicidas.

(Fonte:Jornal O Estado de S. Paulo, 31 de dezembro de 2020 - 03h00)

O trecho “A tradição de recapitular os principais acontecimentos do ano teria começado no ano 1, ...
faz referência a um sistema de datação do tempo. Considerando as indicações fornecidas pelo texto, é
correto inferir que o autor refere-se a um dos calendários criados para organizar o tempo histórico.

Marque a alternativa correta relativamente ao calendário considerado pelo autor.


a) Calendário Gregoriano.
b) Calendário Islâmico.
c) Calendário Judaico.
d) Calendário Revolucionário Francês.

Questão 183: FADESP - Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.

Crítico de cinema? Mas isso é uma profissão?

O francês Jean-Michel Frodon contou que, um dia, um taxista lhe perguntou sua profissão. “Sou crítico
de cinema”, respondeu. “Mas isso é uma profissão?”, questionou o taxista.

Frodon, um dos mais respeitados críticos de cinema da França, abriu nesta sexta-feira (10 de junho),
no Rio de Janeiro, a programação do Festival Varilux de Cinema Francês, que terá programação em 50
cidades, com uma master class sobre o seu ofício. Tive o prazer de estar na plateia, junto com alguns
dos mais conhecidos críticos do Brasil e entusiastas da sétima arte, e acompanhamos atentamente sua
“aula de mestre”. Foi lição em cima de lição. O francês, que foi diretor de redação da revista Cahiers
du Cinéma de 2003 a 2009 e é autor de diversos livros sobre cinema, foi inspirador. Lembrou que, a cada
semana, quando novos filmes são lançados, são as pessoas que escrevem sobre eles as responsáveis por
dar “respeitabilidade artística” àquela obra. “O filme, porém, vai além do fato de o crítico ter amado,
odiado ou falado besteira sobre um filme. Porque os críticos falam besteiras também…”

Frodon destaca que a crítica tem que se parecer com “um convite” para que se explore algo novo.
“Escrevemos para quem vai ver um filme ou para quem já viu? Isso não tem a menor importância.” O
que tem importância, para Frodon, é não deixar que um filme se transforme em um produto. Ou seja,
dar estrelinha, coração ou carinha de bravo para definir se um filme é ou não é bom.

Na plateia, nesse momento, foi interessante observar alguns críticos do jornal O Globo, famoso por sua
cotação “O Bonequinho…” Para quem não está familiarizado, as cotações variam de “O Bonequinho
aplaudiu de pé” a “O Bonequinho saiu da sala”, com algumas variantes no meio do caminho. “Na prática,

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pode ser útil para ajudar o leitor a escolher por este ou aquele filme, mas essa não é a razão de ser da
crítica.”

Transformar um filme em produto “suprime a dimensão mais importante do filme, que é a possibilidade
dele ser tratado com uma obra de arte”, destacou. “Um filme pode ser lazer, diversão, retratar um
fenômeno social, dar medo, ser um objeto de pesquisa, nos levar a outros planetas… Muitos são bonitos,
agradáveis, mas são objetos acabados, que não cumprem a promessa de se tornarem uma obra de arte,
enquanto outros sim, se diferenciam como obra de arte.”

Para Frodon, muitos filmes acabam sendo como “papel de parede, somente decorativos”, e o papel do
crítico, na sua literatura, é explicar ao leitor porque aquele filme descumpre a promessa de ser uma
obra de arte. “Cinema é muito mais que a história, os atores de quem gostamos, os efeitos especiais…”

A França, que tem 350 festivais de cinema por ano (!), é o berço da crítica desde que Diderot resolveu
escrever sobre pintura na segunda metade do século 18. No cinema, o Festival de Cannes é o auge de
qualquer crítico e Frodon já participou de muitos. “Quando começo uma crítica não sei o que vou
escrever”, admite o crítico, que mostra o caderninho no qual faz anotações durante o filme, mas que
diz não levar em conta. “Fazer anotações significa que não sou um espectador normal, anoto, mas não
releio, afinal, é difícil reler o que a gente escreve no escuro”, diverte-se.

Frodon diz que gosta quando lê uma crítica que defende um filme do qual não gostou. “É como entrar
em uma outra emoção. Porque uma crítica é algo pessoal, nós nos expomos, nos exibimos ali naquelas
palavras que tentam transmitir ideias que possam ser compartilhadas. Ser crítico é tentar ser um
escritor.”

Para Frodon, a chegada da internet, que deu voz a uma legião de críticos sem espaço nas grandes mídias,
“abre novas possibilidades”. “Um filme existe para que se fale dele, o cinema leva as pessoas a falarem,
antes falávamos entre nós, agora podemos falar com todo o mundo”, resume. “É direito absoluto de
todos poder falar dos filmes.”

“Às vezes, inclusive, me deparo com críticas na internet que são muito melhores, muito mais elaboradas,
do que as que estão nas páginas dos jornais e das revistas”, completa. O francês cita um conterrâneo,
André Bazin, um dos fundadores da revista Cahiers du Cinéma, que dizia que “todos os filmes nascem
livres e iguais em direito”, para um choque de realidade. “O que o Bazin dizia é uma utopia. Sabemos
que não é verdade, há os filmes ricos e poderosos e os filmes pobres e desconhecidos.”

Frodon lamenta que, em um mundo com tantos e tantos filmes para ver, o poder do marketing seja tão
dominante. “Quanto mais filmes podemos ver, mais vemos os mesmos filmes.”

Daniela Prandi Disponível em http://asn.blog.br/


2016/06/11/critico-de-cinema-mas-isso-e-uma-profissao/ Acessado em 6/12/2021

A aula que Jean-Michel Frodon ministrou na abertura do Festival Varilux de Cinema Francês teve como
tema
a) a abrangência do festival.
b) o cinema francês.
c) a importância do cinema.

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d) a profissão do ministrante.
e) a revista Cahiers du Cinéma.

Questão 184: FADESP - Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.

Crítico de cinema? Mas isso é uma profissão?

O francês Jean-Michel Frodon contou que, um dia, um taxista lhe perguntou sua profissão. “Sou crítico
de cinema”, respondeu. “Mas isso é uma profissão?”, questionou o taxista.

Frodon, um dos mais respeitados críticos de cinema da França, abriu nesta sexta-feira (10 de junho),
no Rio de Janeiro, a programação do Festival Varilux de Cinema Francês, que terá programação em 50
cidades, com uma master class sobre o seu ofício. Tive o prazer de estar na plateia, junto com alguns
dos mais conhecidos críticos do Brasil e entusiastas da sétima arte, e acompanhamos atentamente sua
“aula de mestre”. Foi lição em cima de lição. O francês, que foi diretor de redação da revista Cahiers
du Cinéma de 2003 a 2009 e é autor de diversos livros sobre cinema, foi inspirador. Lembrou que, a cada
semana, quando novos filmes são lançados, são as pessoas que escrevem sobre eles as responsáveis por
dar “respeitabilidade artística” àquela obra. “O filme, porém, vai além do fato de o crítico ter amado,
odiado ou falado besteira sobre um filme. Porque os críticos falam besteiras também…”

Frodon destaca que a crítica tem que se parecer com “um convite” para que se explore algo novo.
“Escrevemos para quem vai ver um filme ou para quem já viu? Isso não tem a menor importância.” O
que tem importância, para Frodon, é não deixar que um filme se transforme em um produto. Ou seja,
dar estrelinha, coração ou carinha de bravo para definir se um filme é ou não é bom.

Na plateia, nesse momento, foi interessante observar alguns críticos do jornal O Globo, famoso por sua
cotação “O Bonequinho…” Para quem não está familiarizado, as cotações variam de “O Bonequinho
aplaudiu de pé” a “O Bonequinho saiu da sala”, com algumas variantes no meio do caminho. “Na prática,
pode ser útil para ajudar o leitor a escolher por este ou aquele filme, mas essa não é a razão de ser da
crítica.”

Transformar um filme em produto “suprime a dimensão mais importante do filme, que é a possibilidade
dele ser tratado com uma obra de arte”, destacou. “Um filme pode ser lazer, diversão, retratar um
fenômeno social, dar medo, ser um objeto de pesquisa, nos levar a outros planetas… Muitos são bonitos,
agradáveis, mas são objetos acabados, que não cumprem a promessa de se tornarem uma obra de arte,
enquanto outros sim, se diferenciam como obra de arte.”

Para Frodon, muitos filmes acabam sendo como “papel de parede, somente decorativos”, e o papel do
crítico, na sua literatura, é explicar ao leitor porque aquele filme descumpre a promessa de ser uma
obra de arte. “Cinema é muito mais que a história, os atores de quem gostamos, os efeitos especiais…”

A França, que tem 350 festivais de cinema por ano (!), é o berço da crítica desde que Diderot resolveu
escrever sobre pintura na segunda metade do século 18. No cinema, o Festival de Cannes é o auge de
qualquer crítico e Frodon já participou de muitos. “Quando começo uma crítica não sei o que vou
escrever”, admite o crítico, que mostra o caderninho no qual faz anotações durante o filme, mas que

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


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diz não levar em conta. “Fazer anotações significa que não sou um espectador normal, anoto, mas não
releio, afinal, é difícil reler o que a gente escreve no escuro”, diverte-se.

Frodon diz que gosta quando lê uma crítica que defende um filme do qual não gostou. “É como entrar
em uma outra emoção. Porque uma crítica é algo pessoal, nós nos expomos, nos exibimos ali naquelas
palavras que tentam transmitir ideias que possam ser compartilhadas. Ser crítico é tentar ser um
escritor.”

Para Frodon, a chegada da internet, que deu voz a uma legião de críticos sem espaço nas grandes mídias,
“abre novas possibilidades”. “Um filme existe para que se fale dele, o cinema leva as pessoas a falarem,
antes falávamos entre nós, agora podemos falar com todo o mundo”, resume. “É direito absoluto de
todos poder falar dos filmes.”

“Às vezes, inclusive, me deparo com críticas na internet que são muito melhores, muito mais elaboradas,
do que as que estão nas páginas dos jornais e das revistas”, completa. O francês cita um conterrâneo,
André Bazin, um dos fundadores da revista Cahiers du Cinéma, que dizia que “todos os filmes nascem
livres e iguais em direito”, para um choque de realidade. “O que o Bazin dizia é uma utopia. Sabemos
que não é verdade, há os filmes ricos e poderosos e os filmes pobres e desconhecidos.”

Frodon lamenta que, em um mundo com tantos e tantos filmes para ver, o poder do marketing seja tão
dominante. “Quanto mais filmes podemos ver, mais vemos os mesmos filmes.”

Daniela Prandi Disponível em http://asn.blog.br/


2016/06/11/critico-de-cinema-mas-isso-e-uma-profissao/ Acessado em 6/12/2021

Do enunciado Foi lição em cima de lição (linha 9), é possível inferir que a aula foi
a) concorrida.
b) esclarecedora.
c) difícil.
d) cansativa.
e) indefinível.

Questão 185: FADESP - Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.

Crítico de cinema? Mas isso é uma profissão?

O francês Jean-Michel Frodon contou que, um dia, um taxista lhe perguntou sua profissão. “Sou crítico
de cinema”, respondeu. “Mas isso é uma profissão?”, questionou o taxista.

Frodon, um dos mais respeitados críticos de cinema da França, abriu nesta sexta-feira (10 de junho),
no Rio de Janeiro, a programação do Festival Varilux de Cinema Francês, que terá programação em 50
cidades, com uma master class sobre o seu ofício. Tive o prazer de estar na plateia, junto com alguns
dos mais conhecidos críticos do Brasil e entusiastas da sétima arte, e acompanhamos atentamente sua
“aula de mestre”. Foi lição em cima de lição. O francês, que foi diretor de redação da revista Cahiers
du Cinéma de 2003 a 2009 e é autor de diversos livros sobre cinema, foi inspirador. Lembrou que, a cada
semana, quando novos filmes são lançados, são as pessoas que escrevem sobre eles as responsáveis por

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


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dar “respeitabilidade artística” àquela obra. “O filme, porém, vai além do fato de o crítico ter amado,
odiado ou falado besteira sobre um filme. Porque os críticos falam besteiras também…”

Frodon destaca que a crítica tem que se parecer com “um convite” para que se explore algo novo.
“Escrevemos para quem vai ver um filme ou para quem já viu? Isso não tem a menor importância.” O
que tem importância, para Frodon, é não deixar que um filme se transforme em um produto. Ou seja,
dar estrelinha, coração ou carinha de bravo para definir se um filme é ou não é bom.

Na plateia, nesse momento, foi interessante observar alguns críticos do jornal O Globo, famoso por sua
cotação “O Bonequinho…” Para quem não está familiarizado, as cotações variam de “O Bonequinho
aplaudiu de pé” a “O Bonequinho saiu da sala”, com algumas variantes no meio do caminho. “Na prática,
pode ser útil para ajudar o leitor a escolher por este ou aquele filme, mas essa não é a razão de ser da
crítica.”

Transformar um filme em produto “suprime a dimensão mais importante do filme, que é a possibilidade
dele ser tratado com uma obra de arte”, destacou. “Um filme pode ser lazer, diversão, retratar um
fenômeno social, dar medo, ser um objeto de pesquisa, nos levar a outros planetas… Muitos são bonitos,
agradáveis, mas são objetos acabados, que não cumprem a promessa de se tornarem uma obra de arte,
enquanto outros sim, se diferenciam como obra de arte.”

Para Frodon, muitos filmes acabam sendo como “papel de parede, somente decorativos”, e o papel do
crítico, na sua literatura, é explicar ao leitor porque aquele filme descumpre a promessa de ser uma
obra de arte. “Cinema é muito mais que a história, os atores de quem gostamos, os efeitos especiais…”

A França, que tem 350 festivais de cinema por ano (!), é o berço da crítica desde que Diderot resolveu
escrever sobre pintura na segunda metade do século 18. No cinema, o Festival de Cannes é o auge de
qualquer crítico e Frodon já participou de muitos. “Quando começo uma crítica não sei o que vou
escrever”, admite o crítico, que mostra o caderninho no qual faz anotações durante o filme, mas que
diz não levar em conta. “Fazer anotações significa que não sou um espectador normal, anoto, mas não
releio, afinal, é difícil reler o que a gente escreve no escuro”, diverte-se.

Frodon diz que gosta quando lê uma crítica que defende um filme do qual não gostou. “É como entrar
em uma outra emoção. Porque uma crítica é algo pessoal, nós nos expomos, nos exibimos ali naquelas
palavras que tentam transmitir ideias que possam ser compartilhadas. Ser crítico é tentar ser um
escritor.”

Para Frodon, a chegada da internet, que deu voz a uma legião de críticos sem espaço nas grandes mídias,
“abre novas possibilidades”. “Um filme existe para que se fale dele, o cinema leva as pessoas a falarem,
antes falávamos entre nós, agora podemos falar com todo o mundo”, resume. “É direito absoluto de
todos poder falar dos filmes.”

“Às vezes, inclusive, me deparo com críticas na internet que são muito melhores, muito mais elaboradas,
do que as que estão nas páginas dos jornais e das revistas”, completa. O francês cita um conterrâneo,
André Bazin, um dos fundadores da revista Cahiers du Cinéma, que dizia que “todos os filmes nascem
livres e iguais em direito”, para um choque de realidade. “O que o Bazin dizia é uma utopia. Sabemos
que não é verdade, há os filmes ricos e poderosos e os filmes pobres e desconhecidos.”

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


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Frodon lamenta que, em um mundo com tantos e tantos filmes para ver, o poder do marketing seja tão
dominante. “Quanto mais filmes podemos ver, mais vemos os mesmos filmes.”

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2016/06/11/critico-de-cinema-mas-isso-e-uma-profissao/ Acessado em 6/12/2021

Para Jean-Michel Frodon, ao fazer seu trabalho, os críticos de cinema podem


a) mentir.
b) criar.
c) imaginar.
d) errar.
e) representar.

Questão 186: FADESP - Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.

Crítico de cinema? Mas isso é uma profissão?

O francês Jean-Michel Frodon contou que, um dia, um taxista lhe perguntou sua profissão. “Sou crítico
de cinema”, respondeu. “Mas isso é uma profissão?”, questionou o taxista.

Frodon, um dos mais respeitados críticos de cinema da França, abriu nesta sexta-feira (10 de junho),
no Rio de Janeiro, a programação do Festival Varilux de Cinema Francês, que terá programação em 50
cidades, com uma master class sobre o seu ofício. Tive o prazer de estar na plateia, junto com alguns
dos mais conhecidos críticos do Brasil e entusiastas da sétima arte, e acompanhamos atentamente sua
“aula de mestre”. Foi lição em cima de lição. O francês, que foi diretor de redação da revista Cahiers
du Cinéma de 2003 a 2009 e é autor de diversos livros sobre cinema, foi inspirador. Lembrou que, a cada
semana, quando novos filmes são lançados, são as pessoas que escrevem sobre eles as responsáveis por
dar “respeitabilidade artística” àquela obra. “O filme, porém, vai além do fato de o crítico ter amado,
odiado ou falado besteira sobre um filme. Porque os críticos falam besteiras também…”

Frodon destaca que a crítica tem que se parecer com “um convite” para que se explore algo novo.
“Escrevemos para quem vai ver um filme ou para quem já viu? Isso não tem a menor importância.” O
que tem importância, para Frodon, é não deixar que um filme se transforme em um produto. Ou seja,
dar estrelinha, coração ou carinha de bravo para definir se um filme é ou não é bom.

Na plateia, nesse momento, foi interessante observar alguns críticos do jornal O Globo, famoso por sua
cotação “O Bonequinho…” Para quem não está familiarizado, as cotações variam de “O Bonequinho
aplaudiu de pé” a “O Bonequinho saiu da sala”, com algumas variantes no meio do caminho. “Na prática,
pode ser útil para ajudar o leitor a escolher por este ou aquele filme, mas essa não é a razão de ser da
crítica.”

Transformar um filme em produto “suprime a dimensão mais importante do filme, que é a possibilidade
dele ser tratado com uma obra de arte”, destacou. “Um filme pode ser lazer, diversão, retratar um
fenômeno social, dar medo, ser um objeto de pesquisa, nos levar a outros planetas… Muitos são bonitos,
agradáveis, mas são objetos acabados, que não cumprem a promessa de se tornarem uma obra de arte,
enquanto outros sim, se diferenciam como obra de arte.”

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Para Frodon, muitos filmes acabam sendo como “papel de parede, somente decorativos”, e o papel do
crítico, na sua literatura, é explicar ao leitor porque aquele filme descumpre a promessa de ser uma
obra de arte. “Cinema é muito mais que a história, os atores de quem gostamos, os efeitos especiais…”

A França, que tem 350 festivais de cinema por ano (!), é o berço da crítica desde que Diderot resolveu
escrever sobre pintura na segunda metade do século 18. No cinema, o Festival de Cannes é o auge de
qualquer crítico e Frodon já participou de muitos. “Quando começo uma crítica não sei o que vou
escrever”, admite o crítico, que mostra o caderninho no qual faz anotações durante o filme, mas que
diz não levar em conta. “Fazer anotações significa que não sou um espectador normal, anoto, mas não
releio, afinal, é difícil reler o que a gente escreve no escuro”, diverte-se.

Frodon diz que gosta quando lê uma crítica que defende um filme do qual não gostou. “É como entrar
em uma outra emoção. Porque uma crítica é algo pessoal, nós nos expomos, nos exibimos ali naquelas
palavras que tentam transmitir ideias que possam ser compartilhadas. Ser crítico é tentar ser um
escritor.”

Para Frodon, a chegada da internet, que deu voz a uma legião de críticos sem espaço nas grandes mídias,
“abre novas possibilidades”. “Um filme existe para que se fale dele, o cinema leva as pessoas a falarem,
antes falávamos entre nós, agora podemos falar com todo o mundo”, resume. “É direito absoluto de
todos poder falar dos filmes.”

“Às vezes, inclusive, me deparo com críticas na internet que são muito melhores, muito mais elaboradas,
do que as que estão nas páginas dos jornais e das revistas”, completa. O francês cita um conterrâneo,
André Bazin, um dos fundadores da revista Cahiers du Cinéma, que dizia que “todos os filmes nascem
livres e iguais em direito”, para um choque de realidade. “O que o Bazin dizia é uma utopia. Sabemos
que não é verdade, há os filmes ricos e poderosos e os filmes pobres e desconhecidos.”

Frodon lamenta que, em um mundo com tantos e tantos filmes para ver, o poder do marketing seja tão
dominante. “Quanto mais filmes podemos ver, mais vemos os mesmos filmes.”

Daniela Prandi Disponível em http://asn.blog.br/


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Para Daniela Prandi, os profissionais de O Globo


a) desvirtuam seu ofício.
b) infantilizam seu ofício.
c) desvalorizam seu ofício.
d) vulgarizam seu ofício.
e) desrespeitam seu ofício.

Questão 187: FADESP - Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.

Crítico de cinema? Mas isso é uma profissão?

O francês Jean-Michel Frodon contou que, um dia, um taxista lhe perguntou sua profissão. “Sou crítico
de cinema”, respondeu. “Mas isso é uma profissão?”, questionou o taxista.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Frodon, um dos mais respeitados críticos de cinema da França, abriu nesta sexta-feira (10 de junho),
no Rio de Janeiro, a programação do Festival Varilux de Cinema Francês, que terá programação em 50
cidades, com uma master class sobre o seu ofício. Tive o prazer de estar na plateia, junto com alguns
dos mais conhecidos críticos do Brasil e entusiastas da sétima arte, e acompanhamos atentamente sua
“aula de mestre”. Foi lição em cima de lição. O francês, que foi diretor de redação da revista Cahiers
du Cinéma de 2003 a 2009 e é autor de diversos livros sobre cinema, foi inspirador. Lembrou que, a cada
semana, quando novos filmes são lançados, são as pessoas que escrevem sobre eles as responsáveis por
dar “respeitabilidade artística” àquela obra. “O filme, porém, vai além do fato de o crítico ter amado,
odiado ou falado besteira sobre um filme. Porque os críticos falam besteiras também…”

Frodon destaca que a crítica tem que se parecer com “um convite” para que se explore algo novo.
“Escrevemos para quem vai ver um filme ou para quem já viu? Isso não tem a menor importância.” O
que tem importância, para Frodon, é não deixar que um filme se transforme em um produto. Ou seja,
dar estrelinha, coração ou carinha de bravo para definir se um filme é ou não é bom.

Na plateia, nesse momento, foi interessante observar alguns críticos do jornal O Globo, famoso por sua
cotação “O Bonequinho…” Para quem não está familiarizado, as cotações variam de “O Bonequinho
aplaudiu de pé” a “O Bonequinho saiu da sala”, com algumas variantes no meio do caminho. “Na prática,
pode ser útil para ajudar o leitor a escolher por este ou aquele filme, mas essa não é a razão de ser da
crítica.”

Transformar um filme em produto “suprime a dimensão mais importante do filme, que é a possibilidade
dele ser tratado com uma obra de arte”, destacou. “Um filme pode ser lazer, diversão, retratar um
fenômeno social, dar medo, ser um objeto de pesquisa, nos levar a outros planetas… Muitos são bonitos,
agradáveis, mas são objetos acabados, que não cumprem a promessa de se tornarem uma obra de arte,
enquanto outros sim, se diferenciam como obra de arte.”

Para Frodon, muitos filmes acabam sendo como “papel de parede, somente decorativos”, e o papel do
crítico, na sua literatura, é explicar ao leitor porque aquele filme descumpre a promessa de ser uma
obra de arte. “Cinema é muito mais que a história, os atores de quem gostamos, os efeitos especiais…”

A França, que tem 350 festivais de cinema por ano (!), é o berço da crítica desde que Diderot resolveu
escrever sobre pintura na segunda metade do século 18. No cinema, o Festival de Cannes é o auge de
qualquer crítico e Frodon já participou de muitos. “Quando começo uma crítica não sei o que vou
escrever”, admite o crítico, que mostra o caderninho no qual faz anotações durante o filme, mas que
diz não levar em conta. “Fazer anotações significa que não sou um espectador normal, anoto, mas não
releio, afinal, é difícil reler o que a gente escreve no escuro”, diverte-se.

Frodon diz que gosta quando lê uma crítica que defende um filme do qual não gostou. “É como entrar
em uma outra emoção. Porque uma crítica é algo pessoal, nós nos expomos, nos exibimos ali naquelas
palavras que tentam transmitir ideias que possam ser compartilhadas. Ser crítico é tentar ser um
escritor.”

Para Frodon, a chegada da internet, que deu voz a uma legião de críticos sem espaço nas grandes mídias,
“abre novas possibilidades”. “Um filme existe para que se fale dele, o cinema leva as pessoas a falarem,

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

antes falávamos entre nós, agora podemos falar com todo o mundo”, resume. “É direito absoluto de
todos poder falar dos filmes.”

“Às vezes, inclusive, me deparo com críticas na internet que são muito melhores, muito mais elaboradas,
do que as que estão nas páginas dos jornais e das revistas”, completa. O francês cita um conterrâneo,
André Bazin, um dos fundadores da revista Cahiers du Cinéma, que dizia que “todos os filmes nascem
livres e iguais em direito”, para um choque de realidade. “O que o Bazin dizia é uma utopia. Sabemos
que não é verdade, há os filmes ricos e poderosos e os filmes pobres e desconhecidos.”

Frodon lamenta que, em um mundo com tantos e tantos filmes para ver, o poder do marketing seja tão
dominante. “Quanto mais filmes podemos ver, mais vemos os mesmos filmes.”

Daniela Prandi Disponível em http://asn.blog.br/


2016/06/11/critico-de-cinema-mas-isso-e-uma-profissao/ Acessado em 6/12/2021

Segundo Frodon, participar do Festival de Cannes representa, para os críticos de cinema,


a) sucesso.
b) notabilidade.
c) imortalidade.
d) consideração.
e) concretização.

Questão 188: FADESP - Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.

Crítico de cinema? Mas isso é uma profissão?

O francês Jean-Michel Frodon contou que, um dia, um taxista lhe perguntou sua profissão. “Sou crítico
de cinema”, respondeu. “Mas isso é uma profissão?”, questionou o taxista.

Frodon, um dos mais respeitados críticos de cinema da França, abriu nesta sexta-feira (10 de junho),
no Rio de Janeiro, a programação do Festival Varilux de Cinema Francês, que terá programação em 50
cidades, com uma master class sobre o seu ofício. Tive o prazer de estar na plateia, junto com alguns
dos mais conhecidos críticos do Brasil e entusiastas da sétima arte, e acompanhamos atentamente sua
“aula de mestre”. Foi lição em cima de lição. O francês, que foi diretor de redação da revista Cahiers
du Cinéma de 2003 a 2009 e é autor de diversos livros sobre cinema, foi inspirador. Lembrou que, a cada
semana, quando novos filmes são lançados, são as pessoas que escrevem sobre eles as responsáveis por
dar “respeitabilidade artística” àquela obra. “O filme, porém, vai além do fato de o crítico ter amado,
odiado ou falado besteira sobre um filme. Porque os críticos falam besteiras também…”

Frodon destaca que a crítica tem que se parecer com “um convite” para que se explore algo novo.
“Escrevemos para quem vai ver um filme ou para quem já viu? Isso não tem a menor importância.” O
que tem importância, para Frodon, é não deixar que um filme se transforme em um produto. Ou seja,
dar estrelinha, coração ou carinha de bravo para definir se um filme é ou não é bom.

Na plateia, nesse momento, foi interessante observar alguns críticos do jornal O Globo, famoso por sua
cotação “O Bonequinho…” Para quem não está familiarizado, as cotações variam de “O Bonequinho
aplaudiu de pé” a “O Bonequinho saiu da sala”, com algumas variantes no meio do caminho. “Na prática,

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pode ser útil para ajudar o leitor a escolher por este ou aquele filme, mas essa não é a razão de ser da
crítica.”

Transformar um filme em produto “suprime a dimensão mais importante do filme, que é a possibilidade
dele ser tratado com uma obra de arte”, destacou. “Um filme pode ser lazer, diversão, retratar um
fenômeno social, dar medo, ser um objeto de pesquisa, nos levar a outros planetas… Muitos são bonitos,
agradáveis, mas são objetos acabados, que não cumprem a promessa de se tornarem uma obra de arte,
enquanto outros sim, se diferenciam como obra de arte.”

Para Frodon, muitos filmes acabam sendo como “papel de parede, somente decorativos”, e o papel do
crítico, na sua literatura, é explicar ao leitor porque aquele filme descumpre a promessa de ser uma
obra de arte. “Cinema é muito mais que a história, os atores de quem gostamos, os efeitos especiais…”

A França, que tem 350 festivais de cinema por ano (!), é o berço da crítica desde que Diderot resolveu
escrever sobre pintura na segunda metade do século 18. No cinema, o Festival de Cannes é o auge de
qualquer crítico e Frodon já participou de muitos. “Quando começo uma crítica não sei o que vou
escrever”, admite o crítico, que mostra o caderninho no qual faz anotações durante o filme, mas que
diz não levar em conta. “Fazer anotações significa que não sou um espectador normal, anoto, mas não
releio, afinal, é difícil reler o que a gente escreve no escuro”, diverte-se.

Frodon diz que gosta quando lê uma crítica que defende um filme do qual não gostou. “É como entrar
em uma outra emoção. Porque uma crítica é algo pessoal, nós nos expomos, nos exibimos ali naquelas
palavras que tentam transmitir ideias que possam ser compartilhadas. Ser crítico é tentar ser um
escritor.”

Para Frodon, a chegada da internet, que deu voz a uma legião de críticos sem espaço nas grandes mídias,
“abre novas possibilidades”. “Um filme existe para que se fale dele, o cinema leva as pessoas a falarem,
antes falávamos entre nós, agora podemos falar com todo o mundo”, resume. “É direito absoluto de
todos poder falar dos filmes.”

“Às vezes, inclusive, me deparo com críticas na internet que são muito melhores, muito mais elaboradas,
do que as que estão nas páginas dos jornais e das revistas”, completa. O francês cita um conterrâneo,
André Bazin, um dos fundadores da revista Cahiers du Cinéma, que dizia que “todos os filmes nascem
livres e iguais em direito”, para um choque de realidade. “O que o Bazin dizia é uma utopia. Sabemos
que não é verdade, há os filmes ricos e poderosos e os filmes pobres e desconhecidos.”

Frodon lamenta que, em um mundo com tantos e tantos filmes para ver, o poder do marketing seja tão
dominante. “Quanto mais filmes podemos ver, mais vemos os mesmos filmes.”

Daniela Prandi Disponível em http://asn.blog.br/


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Na opinião de Frodon, a internet


a) popularizou a crítica de cinema.
b) libertou a crítica de cinema.
c) reconheceu a crítica de cinema.
d) viabilizou a crítica de cinema.

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e) democratizou a crítica de cinema.

Questão 189: FADESP - Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.

Crítico de cinema? Mas isso é uma profissão?

O francês Jean-Michel Frodon contou que, um dia, um taxista lhe perguntou sua profissão. “Sou crítico
de cinema”, respondeu. “Mas isso é uma profissão?”, questionou o taxista.

Frodon, um dos mais respeitados críticos de cinema da França, abriu nesta sexta-feira (10 de junho),
no Rio de Janeiro, a programação do Festival Varilux de Cinema Francês, que terá programação em 50
cidades, com uma master class sobre o seu ofício. Tive o prazer de estar na plateia, junto com alguns
dos mais conhecidos críticos do Brasil e entusiastas da sétima arte, e acompanhamos atentamente sua
“aula de mestre”. Foi lição em cima de lição. O francês, que foi diretor de redação da revista Cahiers
du Cinéma de 2003 a 2009 e é autor de diversos livros sobre cinema, foi inspirador. Lembrou que, a cada
semana, quando novos filmes são lançados, são as pessoas que escrevem sobre eles as responsáveis por
dar “respeitabilidade artística” àquela obra. “O filme, porém, vai além do fato de o crítico ter amado,
odiado ou falado besteira sobre um filme. Porque os críticos falam besteiras também…”

Frodon destaca que a crítica tem que se parecer com “um convite” para que se explore algo novo.
“Escrevemos para quem vai ver um filme ou para quem já viu? Isso não tem a menor importância.” O
que tem importância, para Frodon, é não deixar que um filme se transforme em um produto. Ou seja,
dar estrelinha, coração ou carinha de bravo para definir se um filme é ou não é bom.

Na plateia, nesse momento, foi interessante observar alguns críticos do jornal O Globo, famoso por sua
cotação “O Bonequinho…” Para quem não está familiarizado, as cotações variam de “O Bonequinho
aplaudiu de pé” a “O Bonequinho saiu da sala”, com algumas variantes no meio do caminho. “Na prática,
pode ser útil para ajudar o leitor a escolher por este ou aquele filme, mas essa não é a razão de ser da
crítica.”

Transformar um filme em produto “suprime a dimensão mais importante do filme, que é a possibilidade
dele ser tratado com uma obra de arte”, destacou. “Um filme pode ser lazer, diversão, retratar um
fenômeno social, dar medo, ser um objeto de pesquisa, nos levar a outros planetas… Muitos são bonitos,
agradáveis, mas são objetos acabados, que não cumprem a promessa de se tornarem uma obra de arte,
enquanto outros sim, se diferenciam como obra de arte.”

Para Frodon, muitos filmes acabam sendo como “papel de parede, somente decorativos”, e o papel do
crítico, na sua literatura, é explicar ao leitor porque aquele filme descumpre a promessa de ser uma
obra de arte. “Cinema é muito mais que a história, os atores de quem gostamos, os efeitos especiais…”

A França, que tem 350 festivais de cinema por ano (!), é o berço da crítica desde que Diderot resolveu
escrever sobre pintura na segunda metade do século 18. No cinema, o Festival de Cannes é o auge de
qualquer crítico e Frodon já participou de muitos. “Quando começo uma crítica não sei o que vou
escrever”, admite o crítico, que mostra o caderninho no qual faz anotações durante o filme, mas que
diz não levar em conta. “Fazer anotações significa que não sou um espectador normal, anoto, mas não
releio, afinal, é difícil reler o que a gente escreve no escuro”, diverte-se.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Frodon diz que gosta quando lê uma crítica que defende um filme do qual não gostou. “É como entrar
em uma outra emoção. Porque uma crítica é algo pessoal, nós nos expomos, nos exibimos ali naquelas
palavras que tentam transmitir ideias que possam ser compartilhadas. Ser crítico é tentar ser um
escritor.”

Para Frodon, a chegada da internet, que deu voz a uma legião de críticos sem espaço nas grandes mídias,
“abre novas possibilidades”. “Um filme existe para que se fale dele, o cinema leva as pessoas a falarem,
antes falávamos entre nós, agora podemos falar com todo o mundo”, resume. “É direito absoluto de
todos poder falar dos filmes.”

“Às vezes, inclusive, me deparo com críticas na internet que são muito melhores, muito mais elaboradas,
do que as que estão nas páginas dos jornais e das revistas”, completa. O francês cita um conterrâneo,
André Bazin, um dos fundadores da revista Cahiers du Cinéma, que dizia que “todos os filmes nascem
livres e iguais em direito”, para um choque de realidade. “O que o Bazin dizia é uma utopia. Sabemos
que não é verdade, há os filmes ricos e poderosos e os filmes pobres e desconhecidos.”

Frodon lamenta que, em um mundo com tantos e tantos filmes para ver, o poder do marketing seja tão
dominante. “Quanto mais filmes podemos ver, mais vemos os mesmos filmes.”

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2016/06/11/critico-de-cinema-mas-isso-e-uma-profissao/ Acessado em 6/12/2021

De acordo com o texto, é correto afirmar que


a) os filmes diferem no que diz respeito à qualidade.
b) Frodon atuou na fundação da Cahiers du Cinéma.
c) os críticos de cinema recebem formação acadêmica.
d) a indústria cinematográfica depende do mercado.
e) Diderot foi o mais importante crítico de cinema.

Questão 190: OBJETIVA CONCURSOS -


Níveis de neurotransmissores no cérebro podem influenciar habilidade matemática

Se você tem dificuldade em matemática, o problema pode estar na sua cabeça. Não por uma questão
psicológica, mas por causa dos seus neurotransmissores. Pesquisadores das Universidades de Oxford,
Surrey e Swansea, no Reino Unido, mostraram que os níveis de algumas dessas substâncias químicas no
cérebro podem predizer quão habilidosos seremos em matemática. O estudo foi publicado na revista
científica PLOS Biology.

Os neurotransmissores são substâncias químicas responsáveis por transportar sinais entre os neurônios,
permitindo o bom funcionamento do cérebro. Dois deles, o glutamato e o ácido gama-aminobutírico
(GABA), possuem papéis complementares: enquanto o GABA atua como inibidor do sistema nervoso
central, o glutamato acentua a atividade dos neurônios. Esses dois neurotransmissores já haviam sido
associados à capacidade de aprendizado, e agora cientistas constataram que eles podem influenciar no
desempenho de crianças e adultos em testes aritméticos.

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O estudo contou com 255 participantes, desde crianças a partir dos seis anos de idade até estudantes
universitários. Os voluntários foram submetidos a dois testes de matemática, o segundo feito com 18
meses de diferença. A partir das provas, os pesquisadores relacionaram os resultados com imagens dos
pacientes obtidas através de ressonâncias magnéticas.

Os cientistas tinham como foco a análise dos neurotransmissores na parte esquerda do sulco intraparietal
(IPS) do cérebro. A região em questão foi escolhida por já ter sido associada à habilidade matemática
em estudos anteriores. Dados do artigo mostram que crianças com níveis mais altos de GABA e níveis
inferiores de glutamato apresentaram melhores resultados nos testes. Para os adultos, foi o inverso. Os
voluntários mais velhos com níveis maiores de glutamato e menores de GABA tiveram melhor
desempenho nas tarefas.

Até então, pesquisas do tipo haviam focado em intervalos curtos de desenvolvimento. O novo estudo,
que analisa pessoas de diferentes idades e em diferentes épocas, mostra não só a relação entre os
neurotransmissores e a habilidade matemática, mas também como os efeitos causados pelos níveis das
substâncias podem mudar com o passar da idade. Ou seja, um nível de neurotransmissores que te ajudou
no passado, talvez não seja tão positivo no futuro. Informações do tipo contribuem para estudos acerca
do desenvolvimento cerebral e devem continuar sendo exploradas.
(Fonte: Abril - adaptado.)
Em conformidade com o texto, assinalar a alternativa CORRETA:
a) Por analisar pessoas de diferentes idades e em similares épocas, o estudo mostra que a habilidade
matemática e os efeitos causados pelos níveis das substâncias podem mudar com o passar da idade,
evidenciando a importância da constância dos neurotransmissores.
b) Os dados do estudo, publicados no artigo, mostram que crianças com níveis ínferos de GABA e níveis
supremos de glutamato apresentaram melhores resultados nos testes. Em contrapartida, os voluntários
mais velhos tiveram melhor desempenho nas tarefas quando possuíam níveis maiores de glutamato e
menores de GABA.
c) O glutamato e o ácido gama-aminobutírico possuem papéis complementares, visto que o glutamato
atua na inibição do sistema nervoso central; já o ácido gama-aminobutírico potencializa o acionamento
dos neurônios.
d) Conforme estudo publicado em revista científica, os neurotransmissores mostraram que os níveis de
algumas substâncias químicas do cérebro confirmam o quão habilidosos seremos em matemática.
e) O foco que os cientistas tinham era a análise dos neurotransmissores na parte esquerda do sulco
intraparietal (IPS) do cérebro, pois a região em questão já havia sido relacionada com a habilidade
matemática em estudos anteriores.

Questão 191: OBJETIVA CONCURSOS -


Como funciona o toboágua?

Ao descer em um toboágua, apesar da velocidade em que você está, não há risco de sair voando do
brinquedo. A velocidade nas curvas do trajeto é sempre menor do que seria na queda livre de uma
pessoa. Além isso, a velocidade da descida varia a cada trecho, garantindo a segurança.

A tendência natural do corpo é seguir reto. Mas um toboágua com curvas muda essa lei da física: quando
aparece uma curva na pista, entramos em contato com a lateral da estrutura, que nos empurra de volta
e nos obriga a seguir pelo caminho que não é o reto. O filete de água presente durante toda a descida
também ajuda na condução do corpo humano pelo trajeto certo.

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A velocidade de descida em um toboágua varia de pessoa para pessoa: quanto mais massa (peso) você
tiver, maior será a velocidade que pode atingir. Outros fatores influenciam, como a área de contato
com a pista (quanto menor, maior é a velocidade), o tipo de tecido e o comprimento da roupa que você
está usando (quanto mais comprida ela for, menor é a velocidade).

Apesar de parecer que você chega ao final do trajeto em uma velocidade menor, isso não é verdade – o
impacto ao atingir a água é proporcional à velocidade que você manteve durante o caminho.

Contudo, a maneira como nosso corpo bate na água da piscina (com os pés, por exemplo) pode alterar
a sensação, deixando-a mais suave. E a curvatura do toboágua também engana: cria a sensação de
suavidade na inclinação para que o impacto pareça menor.

(Fonte: Uol - adaptado.)

Em conformidade com o texto, assinalar a alternativa CORRETA:


a) Para garantir a segurança, a velocidade de descida permanece constante em cada trecho do
toboágua.
b) A tendência natural do corpo de seguir reto é mantida em um toboágua com curvas, algo respaldado
pela lei da física.
c) Visando ajudar na condução do corpo humano pelo trajeto certo, um filete de água é presente no
decorrer de toda a descida.
d) Os fatores que influenciam na velocidade de descida de um toboágua são apenas o peso da pessoa
e o tipo de tecido da roupa utilizada.
e) A curvatura do toboágua cria a sensação de brutalidade na inclinação, fazendo com que o impacto
do corpo na água pareça maior.

Questão 192: OBJETIVA CONCURSOS -


10 anos de Fukushima: o dia em que o Japão foi atingido por terremoto, tsunami e acidente nuclear

O mundo enfrentou uma tragédia dupla de proporções monumentais em 2004. Um poderoso terremoto
no Oceano Índico foi seguido de um tsunami destruidor, que deixou mais de 260 mil mortos em 14 países.

Sete anos depois, um acontecimento semelhante teria não apenas dois, mas três atos. Um desastre
triplo castigou o Japão, quando um terremoto tão intenso quanto o do Oceano Índico, mas desta vez no
Pacífico, provocou um tsunami também devastador, contra o qual as sólidas defesas japonesas não
tiveram chance.

A fúria do mar, por sua vez, provocou um acidente nuclear na usina de Fukushima, 260 quilômetros ao
norte de Tóquio. Mais de 18 mil pessoas foram mortas pelo tsunami, e o acidente em Fukushima forçou
a retirada de 160 mil pessoas que moravam nas imediações.

Foi a maior catástrofe enfrentada pelo Japão desde as bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e
Nagasaki, em 1945.

O dia 11 de março de 2011, uma sexta-feira, dificilmente será esquecido pelos japoneses. Em um ponto
do Oceano Pacífico, a 130 quilômetros ao leste da cidade de Sendai, um terremoto não apenas sacudiu

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como também deslocou o Japão. Essa movimentação forçou o mar para cima, causando o tsunami —
uma série de ondas gigantes. Acostumado a grandes tremores seguidos de destruição em larga escala,
— como em Tóquio, em 1923, e em Kobe, em 1995 —, o Japão começava a enfrentar uma sucessão de
eventos inédita em sua história.

O Japão é considerado o país mais bem preparado do mundo contra terremotos. Depois da tragédia de
1923, que matou 140 mil pessoas, os edifícios japoneses passaram a ser construídos para absorver a
energia de um abalo sísmico e, assim, são capazes de manter-se de pé.
(Fonte: Globo - adaptado.)
Com base no texto, analisar a sentença abaixo:

A tragédia dupla que ocorreu no ano de 2004 assolou grande parte do Japão, deixando só nesse país
mais de 260 mil mortos (1ª parte). Um terremoto intenso, no ano de 2011, sacudiu e deslocou o Japão
(2ª parte). Depois de uma tragédia de 1923, os edifícios japoneses são construídos a fim de absorver a
energia de um abalo sísmico (3ª parte).

A sentença está:
a) Totalmente correta.
b) Correta somente em sua 3ª parte.
c) Correta somente em suas 1ª e 2ª partes.
d) Correta somente em suas 2ª e 3ª partes.
e) Totalmente incorreta.

Questão 193: FGV - “A segurança pública é um direito humano fundamental, essencial à preservação
da vida e à garantia de direitos. Portanto, independentemente de condição social, econômica, política,
filosófica, a todo ser humano lhe é assegurado o direito de viver em segurança.”
Assinale a afirmação correta sobre o conteúdo desse texto.

a) A segurança pública é uma causa da existência dos direitos humanos.


b) Os direitos humanos diferem em função das condições sociais dos cidadãos.
c) Entre os direitos humanos fundamentais está a segurança de todos.
d) A segurança pública garante a todos o direito à vida.
e) Os direitos sociais, econômicos, políticos e filosóficos são garantidos pela segurança pública.

Questão 194: FGV - O ex-ministro da Fazenda Roberto Campos afirmou: “Nossa Constituição é uma
mistura de dicionário de utopias e regulamentação minuciosa do efêmero”.
Ao afirmar que nossa Constituição se mostra como um “dicionário de utopias”, o ex-ministro quer dizer
que as leis

a) estão dispostas em ordem alfabética.


b) são de difícil entendimento pelos cidadãos.
c) tratam de fatos de difícil ocorrência.
d) mostram-se de impossível efetivação.
e) se fundamentam em princípios filosóficos.

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Questão 195: FGV - O ex-ministro da Fazenda Roberto Campos afirmou: “Nossa Constituição é uma
mistura de dicionário de utopias e regulamentação minuciosa do efêmero”.
Quando, no mesmo pensamento, o ex-ministro declara que nossa Constituição traz “uma
regulamentação minuciosa do efêmero”, ele quer mostrar que nossas leis

a) se perdem em detalhes inúteis.


b) tratam de fatos de rara ocorrência.
c) exploram os temas de forma profunda.
d) indicam medidas sem aplicabilidade.
e) recomendam providências que não se tomam.

Questão 196: FGV - Nosso grande escritor Machado de Assis escreveu em uma de suas crônicas: “Creio
em poucas coisas, e uma das que entram no meu credo é a justiça, tanto a do céu como a da terra,
assim a pública como a particular”.
Considerando os componentes desse pensamento, podemos afirmar que:

a) a afirmação mais importante do pensamento é a de que Machado crê integralmente na justiça.


b) os argumentos que defendem a afirmação inicial são “tanto a do céu como a da terra, assim a
pública como a particular”.
c) a afirmação inicial do texto é fruto dos inúmeros estudos do autor na área jurídica.
d) a declaração de que a justiça entra no seu credo, mostra o caráter religioso da afirmação feita.
e) a expressão “tanto a do céu como a da terra” tem valor comparativo entre esses dois tipos de
justiça.

Questão 197: FGV - “A Justiça é cega. E às vezes lenta e gananciosa. A figura de Thêmis, deusa grega
da Justiça, costuma ser representada por uma mulher segurando uma balança em uma das mãos e uma
espada em outra. A venda nos olhos veio só no século XIV, quando os alemães acharam que seria uma
boa para representar a imparcialidade e ausência de preconceitos.”
Sobre essa imagem mitológica da Justiça, assinale a única afirmativa correta.

a) A justiça é cega porque às vezes comete injustiças.


b) A justiça é lenta porque demora a decidir as causas.
c) A balança indica o peso da culpa nos criminosos.
d) A espada mostra a violência das penas judiciais.
e) A venda nos olhos mostra a justiça como irresponsável.

Questão 198: FGV - Uma famosa série televisiva dos anos 90 tinha um protagonista que declarou o
seguinte em um dos capítulos: “Como policial perdi muitos casos devido a truques jurídicos, mas eu
acreditava no sistema. Como promotor perdi muitos casos para advogados corruptos, mas eu acreditava
no sistema. Como juiz eu procurei seguir a lei ao pé da letra, porque eu acreditava no sistema... até
eles destruírem minha família. Daí eu parei de acreditar no sistema e passei a acreditar na Justiça”.

Deduz-se dessa fala que, para esse personagem,

a) a crença no sistema foi uma boa decisão.


b) a família do protagonista foi destruída por agentes da lei.

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c) a justiça e o sistema formam um só corpo.


d) o sistema não garante a justiça.
e) a justiça só é feita no plano religioso.

Questão 199: FGV - Numa reunião de estudos, foram sugeridas algumas medidas para a proteção dos
agentes de segurança durante a pandemia, entre elas:
1. Garantir Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) que protejam os profissionais da segurança
pública e do sistema prisional.
2. Reforçar a estrutura de hospitais dedicados aos profissionais de segurança e priorizar a testagem
destes.
3. Apoiar e fortalecer o trabalho das forças de segurança a partir da colaboração federativa entre União,
Estados e Municípios.
4. Monitorar e reorientar o trabalho das forças de segurança para lidar com os novos problemas de
segurança, bem como ter políticas claras de uso da força para lidar com novos desafios surgidos com a
crise.
5. Estabelecer mecanismos seguros e confiáveis para o registro das mortes (garantindo insumos para
testagem obrigatória e investigação de todas as mortes suspeitas).

As medidas de proteção citadas visam à proteção específica dos agentes de segurança pública; a
proteção da medida destacada que está erradamente identificada é:

a) Medida 1 – proteção contra a contaminação da Covid.


b) Medida 2 – prioridade de testagem para os agentes.
c) Medida 3 – união das forças de segurança para maior proteção.
d) Medida 4 – readaptação das forças de segurança diante de novos desafios.
e) Medida 5 – garantia de registro confiável das mortes ocorridas entre a população durante a
pandemia.

Questão 200: FGV - Observe as quatro frases a seguir:


1. Pequenas coisas só afetam as mentes pequenas.
2. Estupidez consiste em querer chegar a conclusões. Nós somos um fio e quere conhecer o pano todo.
3. Minha única razão para mencionar isto é que isto é irrelevante.
4. Se você pensa que é muito pequeno para fazer diferença, tente dormir em um quarto fechado com
um mosquito.
Essas quatro frases estão relacionadas a um tema, que é:

a) a insignificância dos homens.


b) a impossibilidade do conhecimento.
c) os riscos da vida.
d) a presença do pecado.
e) a fraqueza humana.

Questão 201: FGV -


Em muitos momentos de nossa vida profissional, temos que apresentar uma ideia e defendê-la. Observe
o texto a seguir, publicado há alguns anos, como mostra o tema da discussão:
“Frequentemente ouve-se dizer que a causa principal da distância dos jovens em relação à leitura é a
televisão. Não vamos insistir aqui sobre os problemas que esse aparelho apresenta para a leitura e o

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estudo, mas desejo acrescentar duas reflexões: primeiro, que já Rousseau, no século XVIII, qualificava
a leitura como ‘o castigo da juventude’, o que indica que, mesmo quando não havia televisão, ler
também podia ser uma atividade pouco atrativa para muitos jovens. Em segundo lugar, que, apesar do
que sempre se diz sobre a pouca leitura, nunca se leu tanto quanto agora e, às vezes, a televisão, ainda
que pareça mentira, usada racionalmente, pode ajudar a ler. Assim, é frequente que as séries televisivas
de mais audiência façam disparar a venda dos livros nos que se baseiam, como ocorreu com a série
‘Senhor dos Anéis’. Pode ser que esse cinema doméstico não ajude a promover a leitura, já que é mais
passivo que o livro, exige menos esforço mental, é mais atrativo para os pequenos, mas em nenhum
caso é a principal razão de que hoje em dia não se leia”.

Observe o seguinte texto de Pascal, que discute a distinção entre demonstrar e agradar: “Ninguém
ignora que há dois caminhos por onde as opiniões são recebidas na alma, que são o entendimento e a
vontade. O mais natural é o do entendimento, porque não deveríamos aceitar jamais a não ser as
verdades demonstradas; mas o mais comum, embora contra a natureza, é o caminho da vontade porque
todos os homens são levados sempre a crer não pela prova, mas pelo prazer. Esse caminho é baixo,
indigno e estranho: assim todos o desaprovam”.

O segmento abaixo que se utiliza dos dois caminhos referidos por Pascal a fim de convencer o leitor é:
a) A partir desta semana as crianças já podem ser vacinadas contra a Covid, pois tanto a Anvisa como
o Ministério da Saúde autorizaram essa vacinação, fundamentados em pesquisas e na experiência de
outros países, o que deixa, em alguns casos, os pais tranquilos quanto à saúde dos filhos;
b) No livro A cidade e as serras, o romancista português Eça de Queiroz procura mostrar a superioridade
destas sobre aquela, apoiado na tranquilidade do campo, na solidariedade dos habitantes do interior e
em seu conservadorismo pacífico;
c) Todos os verbetes deste dicionário estão dispostos em ordem alfabética e contêm informações
gramaticais, etimológicas e enciclopédicas, todas elas magnificamente embasadas em obras de nome
consagrado;
d) O laudo da autópsia no corpo do artista, vítima de um acidente de trânsito em pleno centro da cidade
de São Paulo, trazia a causa da morte como politraumatismo, em função da grande velocidade do veículo
no momento da ocorrência;
e) Se você viajar a Portugal, não deixe de visitar o Santuário de Fátima, pois, mesmo para os que não
possuem crença religiosa, as demonstrações de fé, sobretudo das pessoas mais humildes, emocionam a
todos.

Questão 202: FGV - Leia com atenção o texto de Albert Camus: “Não há vida sem diálogo. E, na maior
parte do mundo, o diálogo está sendo substituído pela polêmica. O século XX é o século da polêmica e
do insulto. Ela se trava entre as nações e os indivíduos e ocupa o espaço que era anteriormente ocupado
pelo diálogo de reflexão. Milhares de vozes, dia e noite, praticando cada uma de seu lado um monólogo
tumultuado, derramam sobre as pessoas uma torrente de palavras mistificadoras, ataques, defesas,
exaltações...[...] Não há vida sem persuasão. E a história moderna não conhece nada além da
intimidação”.

O texto abaixo que exemplifica o caso da intimidação do leitor é:


a) A sociedade atual, marcada pelo avanço científico e tecnológico, abriu caminhos para novas relações
culturais, sociais e econômicas. Não sendo um mundo descolado de um contexto mais amplo, a escola
não se constitui como um espaço inerte às tensões da sociedade. Exige-lhe mudanças nas formas de

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relações e interações, ao tratamento da informação e construção de conhecimentos que permitam a


seus estudantes desvelar e participar ativamente na realidade;
b) É papel do abrigo reintegrar crianças e adolescentes institucionalizados a suas famílias, além de
atuar visando à transformação da realidade vivida pela maioria das famílias que recorrem aos seus
serviços. Dessa forma, os abrigos, suas diretorias, seus técnicos e funcionários atuarão de forma
construtiva nas diversas etapas da reintegração, processo esse que sempre envolve a recuperação da
autoestima, do valor e da dignidade da família;
c) Falar sobre diversidade na Educação Infantil ainda parece ser um tabu. Para algumas famílias, vários
fatores podem complicar esse diálogo, geralmente influenciados por crenças pessoais que acabam
interferindo nas percepções. Não é diferente para algumas professoras ou professores, que acabam
evitando essa conversa pelos mesmos motivos, ou ainda, por não saberem muito bem como lidar com
questões relacionadas à diversidade nas composições familiares;
d) Em um momento sócio-histórico no qual ecologia, sustentabilidade e educação ambiental perderam
o status de temas emergentes e palavras de ordem para se tornarem fatores essenciais à sobrevivência
humana, é fundamental investigar o que nossas escolas ensinam em termos de relações pessoa-
ambiente;
e) A Educação Inclusiva surge praticamente como uma alternativa de socialização para pessoas
excluídas da sociedade que viviam apenas no meio familiar. Muitas crianças com algum tipo de
deficiência, há pouco tempo, não podiam participar e interagir ativamente do processo de ensino e
aprendizagem no ambiente escolar junto com as crianças ditas “normais”. A partir de manifestações
sociais, declarações e direitos garantidos em leis pode-se dizer que houve alteração nesse cenário.

Questão 203: FGV - “Naquele verão de 2021, o grupo de turistas se aglomerou à porta da Matriz, ao
redor do guia, que, naquele momento, lhes passava informações importantes para a adequada
visualização daquele monumento. A enorme porta de madeira chamou logo a atenção, mas o interior
do templo, com suas imagens barrocas, levou, em seguida, emoção a todos os que têm olhos para ver.
Na saída, os comentários reclamavam do pouco tempo de visita a locais tão belos, mas o mês de janeiro
estava no fim e o trabalho já se anunciava.”

Esse pequeno texto traz um conjunto de elementos encarregados de situações temporais; sobre esse
aspecto, a única afirmação inadequada é:
a) há indicações diretas e precisas de localização temporal, como no caso de “o mês de janeiro estava
no fim”;
b) alguns objetos, como as imagens barrocas, localizam indiretamente a época da Matriz;
c) algumas ações podem trazer implicitamente ideia de tempo, como a expressão “Na saída”;
d) os termos “logo” e “em seguida” dão indicações de tempo posterior, de forma precisa;
e) o termo “naquele momento” tem referência cronológica em função da situação narrada.

Questão 204: FGV - Leia o texto abaixo, publicado em jornal algum tempo atrás:
Tecnologia e família

São inegáveis as mudanças positivas que a internet trouxe para a vida de muitas famílias em nosso país
e no mundo, como a possibilidade de trabalho e educação a distância e uma intensa vida social.

Creio que o acesso aos recursos da internet nem sempre tem consequências positivas. É frequente ver
que os adolescentes e jovens – por estarem diante da tela do computador – invertem perigosamente

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seus horários, perdem horas de sono e, basicamente, deixam de relacionar-se com amigos e membros
da família.

É verdade que a internet é um instrumento que possibilita uma nova forma de relação interpessoal, mas
esta é muito diferente da relação íntima, cara a cara, que se dá no âmbito familiar. Por isso, a perda
da noção de contacto físico e emocional – que no mundo da rede é substituído pela transmissão e
interação virtual – poderia afetar as relações familiares.

O lar é um espaço privilegiado onde rapidamente podemos detectar as consequências do uso abusivo da
rede, com claras repercussões no conjunto do entorno familiar. Todos devíamos preparar-nos para o
grande desafio do novo milênio, que é o de tentar integrar os incríveis progressos científicos e
tecnológicos, aqui representados pela internet, de modo que possam ampliar os limites da experiência
humana sem desumanizá-la, mas enriquecendo-a e aprofundando-a.

Sobre o texto acima, é correto afirmar que:


a) a tese defendida pelo autor do texto é a de que a internet traz consigo a perda de contato com a
realidade;
b) o autor utiliza a estratégia argumentativa de exemplificação no primeiro e segundo parágrafos do
texto;
c) o terceiro parágrafo apresenta uma ideia de concessão positiva para a internet, desacompanhada
de qualquer refutação;
d) a relação argumentativa de causa/consequência está presente no último período do texto;
e) no primeiro período do último parágrafo, o autor do texto apela argumentativamente para um
testemunho de autoridade, apoiado na experiência pessoal.

Questão 205: FGV - Observe o seguinte texto, de autoria de um conhecido sociólogo contemporâneo:
“A moda satisfaz ao mesmo tempo o desejo de reunião com os outros, e o do isolamento, da
diferenciação. O indivíduo na moda se sente diferente, original, e, ao mesmo tempo, objeto da
aprovação do maior número de pessoas, que se comportam como ele”.

Sobre os componentes estruturais desse segmento, a afirmação adequada é:


a) o desejo de reunião com os outros se explica pela necessidade de ser admirado pelos que mostram
comportamento diferente do seu;
b) o texto reflete o ponto de vista de um sociólogo porque destaca o pensamento íntimo da pessoa que
está na moda;
c) a pessoa que está na moda é vista como insegura em suas convicções, pois necessita socialmente da
aprovação alheia;
d) a característica essencial da moda é a contradição aparente entre o isolamento e a interação;
e) a moda é vista, no texto, como algo fútil e de reduzida importância na vida humana.

Questão 206: FGV - Observe os dois textos a seguir.

1) “Nossa civilização é uma soma de conhecimentos e de lembranças acumuladas por gerações que nos
precederam. Nós não podemos participar dela a não ser entrando em contato com o pensamento dessas
gerações.”

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2) “Os jovens dificilmente admitem o valor da experiência. A mutação brusca que vivemos, o
acontecimento da sociedade científica, desqualifica seriamente, é necessário que se diga, a experiência
das gerações precedentes.”

Sobre esses textos, é correto afirmar que:


a) segundo o texto 1, a inserção de alguém em um estado civilizatório depende do estudo do
pensamento das gerações precedentes, ação distante dos jovens;
b) o texto 2 nos diz que o progresso científico faz com que grande parte dos jovens desqualifique o
valor da experiência, em função mesmo de esses conhecimentos novos não dependerem dela;
c) os textos 1 e 2 se aproximam pelo enfoque de extrema valorização da experiência das gerações
passadas, ainda que em aparente oposição;
d) o texto 1 valoriza o acúmulo de conhecimentos das gerações antecedentes, mas os coloca acima de
nossas possibilidades atuais;
e) os textos 1 e 2 se opõem frontalmente, tendo por base o procedimento da juventude diante dos
conhecimentos e lembranças das gerações passadas.

Questão 207: FGV - Observe o texto descritivo a seguir.

“Entramos vagarosa e silenciosamente pela porta do laboratório às escuras; o cheiro do local era
nauseabundo e havia uma substância pegajosa não identificada por todo o chão. Havia tubos de ensaio
espalhados, como se os trabalhadores do local tivessem saído às pressas... Pelo amargo de nossas bocas,
as expectativas eram as piores possíveis.”

A estratégia empregada nessa descrição é a de:


a) descrever detalhadamente, construindo-se da parte para o todo;
b) apresentar os elementos da descrição de cima para baixo;
c) utilizar todos os sentidos físicos na descrição;
d) identificar claramente os componentes do cenário descrito;
e) mostrar os elementos de longe para perto.

Questão 208: FGV - Observe as quatro frases a seguir, todas elas redigidas por um mesmo indivíduo:

1. Não se pode esperar que esse filme venha a ter o sucesso que ele merece.
2. Nós apreciamos os esforços da prefeitura da cidade para aumentar os espaços verdes.
3. De acordo com os peritos, as causas do acidente seriam de origem criminosa.
4. Nós poderíamos imaginar que os progressos científicos garantiriam num futuro próximo a
felicidade da humanidade?

Todos esses textos manifestam opiniões; a afirmação correta sobre eles é:


a) as frases 2 e 3 manifestam opiniões pessoais.
b) a frase 2 mostra uma opinião pessoal, dando-lhe um aspecto geral.
c) todas as frases partem de opiniões alheias, retomadas como se fossem próprias.
d) as frases 3 e 4 apresentam uma opinião e, em seguida, a comentam.
e) a frase 1 confronta opiniões diversas.

Questão 209: FGV - Todas as frases abaixo mostram dois segmentos sublinhados; a frase em que a
troca de posição desses segmentos torna a frase inadequada é:

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a) A família é um conjunto de pessoas que se defendem em bloco e se atacam em particular;


b) Em questão de árvores genealógicas, é mais seguro andar pelos ramos que se aprofundar nas raízes;
c) Família é o grupo de pessoas unidas pelo sangue e o amor mas separadas por dinheiro;
d) Famílias com bebê e famílias sem bebê têm dó umas das outras;
e) Na infância, o que se ouve ou o que se vê não sobe para o cérebro.

Questão 210: FGV - Muitas vezes temos que redigir textos argumentativos, ou seja, para mostrar que
uma determinada ideia (tese) é verdadeira, utilizamos argumentos; nossa argumentação pode ter
caráter objetivo ou subjetivo.

A frase abaixo que mostra uma argumentação subjetiva é:


a) Uma das principais causas de morte de jovens nas grandes cidades brasileiras são os acidentes de
trânsito; a cada ano morrem cerca de 4.000 jovens entre 15 e 29 anos;
b) Hoje, não se pode viver sem um telefone celular ou semelhante, sob risco de ficar socialmente à
margem;
c) Já ficou comprovado que mais de 50% das pessoas consultam seu celular logo assim que despertam;
d) Se a mesa mede 130cm x 60cm, não podemos colocá-la no salão, pois só há um espaço vago de 100cm
x 50cm;
e) Sigo rigorosamente a dieta estabelecida pela OMS e meus exames têm mostrado um resultado
excelente.

Questão 211: FGV - “A imagem era de uma pessoa que não podia inspirar outro sentimento que não
o do respeito, porque seu aspecto mostrava uma face larga com um grande nariz e pequenos olhos
abaixo de grossas sobrancelhas. Uns lábios finos se desenhavam sob um bigode tímido, tudo isso com
uma pele morena bastante fresca com traços de ótima saúde. A cabeça era suportada por um corpo
bastante avantajado...”

Esse pequeno fragmento é exemplo de um texto descritivo. A afirmação correta sobre ele é:
a) a descrição se limita a características físicas de uma pessoa, particularmente de sua cabeça;
b) a tendência global dos traços descritivos apresentados é caracterizar uma pessoa por sua firmeza e
elegância;
c) a estratégia descritiva empregada é a de dar uma ideia do todo, mostrando a seguir detalhes desse
todo;
d) o observador encarregado da descrição faz questão de ser bastante objetivo, sem interferências de
caráter subjetivo;
e) as características apresentadas, relativas ao aspecto geral da pessoa descrita, não confirmam a
imagem de respeito referida no início do texto.

Questão 212: CESGRANRIO -


“Maior fronteira agrícola do mundo
está no bioma amazônico”,
diz pesquisador da Embrapa

O Brasil é um dos poucos países no mundo com a possibilidade de ampliar áreas com a agropecuária. De
fato, um estudo da ONU mostra que o país será o grande responsável por produzir os alimentos
necessários para atender os mais de 9 bilhões de pessoas que habitarão o planeta em 2050. De acordo

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com pesquisadores da Embrapa, a região possui potencial e áreas para ampliação sustentável da
agricultura. Portanto, a responsabilidade do agricultor brasileiro é muito grande.

A região amazônica se mostra promissora para a agricultura, pois ela é rica em um insumo fundamental,
a água. Estados como Rondônia e Acre têm municípios que recebem até 2.800 milímetros de chuvas por
ano. E isso proporciona a qualidade e a possibilidade de semear mais de uma cultura por ano.

Entretanto, as críticas internacionais, quanto ao uso e à ampliação da agricultura na região amazônica,


são um limitante para a exploração dessas áreas. Para cada nova área aberta para a agricultura,
partedeveria ser obrigatoriamente destinada à preservação ambiental, segundo as exigências dos países
que compram nossos produtos agrícolas.

POPOV, Daniel. Canal Rural. Disponível em:


https://www.canalrural. com.br/projeto-soja-brasil/noticia/maior-fronteira-agricola- -mundo-amazonia-embrapa/. 19 set. 2019.
Acesso em: 30 nov. 2021. Adaptado.

De acordo com o texto, para atender às exigências internacionais, o país deve


a) conscientizar os agricultores da necessidade de ampliar seus negócios.
b) diversificar os tipos de culturas que exigem a utilização de muita água.
c) garantir a destinação de terras a atividades de preservação ambiental.
d) liberar as áreas de cultivo de produtos agrícolas na região amazônica.
e) restringir as terras amazônicas ao desenvolvimento da pecuária.

Questão 213: CESGRANRIO -


Uma cena

É de manhã. Não num lugar qualquer, mas no Rio. E não numa época qualquer, mas no outono. Outono
no Rio. O ar é fino, quase frio, as pedras portuguesas da calçada estão úmidas. No alto, o céu já é de
um azul escandaloso, mas o sol oblíquo ainda não conseguiu vencer os prédios e arrasta seus raios pelo
mar, pelas praias, por cima das montanhas, longe dali. Não chegou à rua. E, naquele trecho, onde as
amendoeiras trançam suas copas, ainda é quase madrugada.

Mesmo assim, ela já está lá – como se à espera do sol.

É uma senhora de cabelos muito brancos, sentada em sua cadeira, na calçada. Na rua tranquila, de
pouco movimento, não passa quase ninguém a essa hora, tão de manhãzinha. Nem carros, nem pessoas.
O que há mais é o movimento dos porteiros e dos pássaros. Os primeiros, com suas vassouras e
mangueiras, conversando sobre o futebol da véspera. Os segundos, cantando – dentro ou fora das gaiolas.

Mas, mesmo com tão pouco movimento, a senhora já está sentada muito ereta, com seu
vestidoestampado, de corte simples, suas sandálias. Tem o olhar atento, o sorriso pronto a
cumprimentar quem surja. No braço da cadeira de plástico branco, sua mão repousa, mas também
parece pronta a erguer -se num aceno, quando alguém passar.

É uma cena bonita, eu acho. Cena que se repete todos os dias. Parece coisa de antigamente.

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Parece. Não fosse por um detalhe. A senhora, sentada placidamente em sua cadeira na calçada,
observando as manhãs, está atrás das grades.

Meu irmão, que foi morar fora do Brasil e ficou 15 anos sem vir aqui, ao voltar só teve um choque: as
grades. Nada mais o impressionou, tudo ele achou normal. Fez comentários vagos sobre as árvores
crescidas no Aterro, sobre o excesso de gente e carros, tudo sem muita ênfase. Mas e essas grades, me
perguntou, por que todas essas grades? E eu, espantada com seu espanto, eu que de certa forma já me
acostumara à paisagem gradeada, fiquei sem saber o que dizer.

Penso nisso agora, ao passar pela rua e ver aquela senhora. Todos os dias, o porteiro coloca ali a cadeira
para que ela se sente, junto ao jardim, em frente à portaria, por trás da proteção do gradil pintado com
tinta cor de cobre. E essa cena tão singela, de sabor tão antigo, se desenrola assim, por trás de barras
de ferro, que mesmo sendo de alumínio para não enferrujar são de um ferro simbólico, que prende,
constrange, restringe.

Eu, da calçada, vejo-a sempre por entre as tiras verticais de metal, sua figura frágil me fazendo lembrar
os passarinhos que os porteiros guardam nas gaiolas, pendurados nas árvores.

SEIXAS, Heloisa. Contos mínimos. Rio de Janeiro: Record, 2001.

Esse texto, que se inicia a partir do cotidiano de uma velha senhora que tem por hábito sentar-se na
calçada observando as manhãs, constrói uma crítica
a) ao abandono dos idosos que, na velhice, se veem sozinhos, sem o apoio e o carinho de sua família.
b) ao excesso de pessoas e carros nas ruas, que somente é percebido por quem se afasta da cidade por
um tempo e retorna.
c) às cenas diárias que repetem costumes do passado, que há muito já deveriam ter sido abandonados
pela população.
d) às grades, que hoje dominam o cenário das cidades e que foram sendo colocadas aos poucos ao
redor de todos nós.
e) às autoridades de segurança pública, que não atuam em prol do direito de ir e vir, sem riscos, da
população.

Questão 214: CESGRANRIO -


Uma cena

É de manhã. Não num lugar qualquer, mas no Rio. E não numa época qualquer, mas no outono. Outono
no Rio. O ar é fino, quase frio, as pedras portuguesas da calçada estão úmidas. No alto, o céu já é de
um azul escandaloso, mas o sol oblíquo ainda não conseguiu vencer os prédios e arrasta seus raios pelo
mar, pelas praias, por cima das montanhas, longe dali. Não chegou à rua. E, naquele trecho, onde as
amendoeiras trançam suas copas, ainda é quase madrugada.

Mesmo assim, ela já está lá – como se à espera do sol.a

É uma senhora de cabelos muito brancos, sentada em sua cadeira, na calçada. Na rua tranquila, de
pouco movimento, não passa quase ninguém a essa hora, tão de manhãzinha. Nem carros, nem pessoas.
O que há mais é o movimento dos porteiros e dos pássaros. Os primeiros, com suas vassouras e
mangueiras, conversando sobre o futebol da véspera. Os segundos, cantando – dentro ou fora das gaiolas.

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Mas, mesmo com tão pouco movimento, a senhora já está sentada muito ereta, com seu vestido
estampado, de corte simples, suas sandálias. Tem o olhar atento, o sorriso pronto a cumprimentar quem
surja. No braço da cadeira de plástico branco, sua mão repousa, mas também parece pronta a erguer -
se num aceno, quando alguém passar.b

É uma cena bonita, eu achoc. Cena que se repete todos os dias. Parece coisa de antigamente.

Parece. Não fosse por um detalhe. A senhora, sentada placidamente em sua cadeira na calçada,
observando as manhãs, está atrás das grades.

Meu irmão, que foi morar fora do Brasil e ficou 15 anos sem vir aqui, ao voltar só teve um choque: as
gradesd. Nada mais o impressionou, tudo ele achou normal. Fez comentários vagos sobre as árvores
crescidas no Aterro, sobre o excesso de gente e carros, tudo sem muita ênfase. Mas e essas grades, me
perguntou, por que todas essas grades? E eu, espantada com seu espanto, eu que de certa forma já me
acostumara à paisagem gradeada, fiquei sem saber o que dizer.

Penso nisso agora, ao passar pela rua e ver aquela senhorae. Todos os dias, o porteiro coloca ali a cadeira
para que ela se sente, junto ao jardim, em frente à portaria, por trás da proteção do gradil pintado com
tinta cor de cobre. E essa cena tão singela, de sabor tão antigo, se desenrola assim, por trás de barras
de ferro, que mesmo sendo de alumínio para não enferrujar são de um ferro simbólico, que prende,
constrange, restringe.

Eu, da calçada, vejo-a sempre por entre as tiras verticais de metal, sua figura frágil me fazendo lembrar
os passarinhos que os porteiros guardam nas gaiolas, pendurados nas árvores.

SEIXAS, Heloisa. Contos mínimos. Rio de Janeiro: Record, 2001.

O texto apresenta-se dividido em dois momentos: o primeiro, em que o narrador descreve


minuciosamente a cena observada; e o segundo, em que o narrador se aproxima mais do leitor,
estabelecendo, com ele, uma quase conversa e colocando-se explicitamente no texto. O início do
segundo momento se dá com o trecho:
a) “Mesmo assim, ela já está lá – como se à espera do sol.”
b) “No braço da cadeira de plástico branco, sua mão repousa, mas também parece pronta a erguer-se
num aceno, quando alguém passar.”
c) “É uma cena bonita, eu acho.”
d) “Meu irmão, que foi morar fora do Brasil e ficou 15 anos sem vir aqui, ao voltar só teve um choque:
as grades.”
e) “Penso nisso agora, ao passar pela rua e ver aquela senhora.”

Questão 215: FGV - Assinale a frase que mostra uma visão positiva da ciência.
a) A ciência consiste em substituir o saber que parecia seguro por uma teoria, ou seja, por algo
problemático.
b) Essa é a essência da ciência: faça uma pergunta impertinente e você cairá no caminho da resposta
pertinente.
c) A ciência é o grande antídoto ao veneno do entusiasmo e da superstição.
d) Creio que o único objetivo da ciência consista em aliviar a fadiga da existência humana.

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e) Todas as ciências exatas trabalham sem exatidão.

Questão 216: FGV - Observe a frase: “A ciência consiste em substituir o saber que parecia seguro por
uma teoria, ou seja, por algo problemático”.

Nessa frase, a expressão ou seja tem a função de


a) explicar o significado de teoria para o autor.
b) acrescentar uma informação ao que já tinha sido dito.
c) retificar uma falha na afirmação anterior.
d) confirmar, por redundância, uma ideia já expressa.
e) tornar humorística uma informação já prestada.

Questão 217: FGV - O célebre biólogo Pasteur disse: “A ciência não tem pátria!”

Com isso, ele pretende dizer que


a) não importa o inventor, mas sim o invento.
b) a ciência é um conhecimento abstrato, que não se prende a um país.
c) o local onde algo foi criado não é importante.
d) todos os homens colaboram para o desenvolvimento da ciência.
e) os bens trazidos pela ciência pertencem à humanidade.

Questão 218: FGV - Observe o seguinte pensamento de C. Bernard: “O observador deve ser o fotógrafo
da natureza, sua observação deve representar exatamente a natureza. É preciso observar sem ideias
preconcebidas; o espírito do observador deve ser passivo, ou seja, deve calar-se; ele ouve a natureza e
escreve o que ela dita.”

Assinale a frase abaixo que mostra a completa isenção do observador diante da natureza observada.
a) O vento impressionante perturbava a paisagem.
b) A ventania agitava as folhas das árvores.
c) O vento trazia muita inquietação aos pobres moradores.
d) Nunca ventara tanto naquele pequenino lugar.
e) A aldeia tremia de medo sob a forte ventania.

Questão 219: CEV UECE -


A Gravidade da Questão Indígena no Brasil

Estamos diante de um dos mais graves desafios que


se tem notícia quanto ao extermínio de povos
indígenas em nosso país. Um absurdo inominável

O Brasil há décadas vem enfrentando diversas e sérias crises, incluindo crise política, econômica, social,
ambiental/ecológica e cultural, as quais têm se agravado tanto pela presença da pandemia do
coronavírus quanto pela visão conservadora e retrógrada dos atuais governantes, tanto no plano federal
quanto em diversos estados e municípios.

No que concerne à questão indígena, diversos organismos e estudiosos nacionais e internacionais têm
denunciado que um GENOCÍDIO está em curso em nosso país e tudo indica que pode se transformar em

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uma tragédia humana de proporções catastróficas no Brasil, afetando a vida, a cultura e as formas de
subsistência e sobrevivência dos povos indígenas, principalmente na Amazônia Legal, crime este já
denunciado no Tribunal Internacional de Haia e outros organismos internacionais. Pior é que esta
tragédia humanitária acontece ante a omissão e conivência de autoridades e organismos públicos a quem
caberia defender os interesses dos povos indígenas.

Todas essas atrocidades podem ser simplesmente legalizadas nos termos de projeto de Lei (PL- 490) que
tramita no Congresso Nacional, bem como ação que está sob análise do Supremo Tribunal Federal, o
chamado Marco Temporal.

No Brasil existem aproximadamente 114 grupos indígenas que desconhecem o jogo político em Brasília,
mas podem vir a ser totalmente afetados pelas decisões tomadas naquele tabuleiro. O jornalista Gil
Alessi conta como estes povos isolados na Amazônia Legal, que, por decisão própria, não possuem
nenhum contato com a sociedade — podem ser extintos caso o PL 490/2007 seja aprovado.

O projeto, que autoriza as possibilidades de contato com as aldeias dos rincões amazônicos, abre as
portas para o “genocídio” indígena. Em tramitação na Câmara dos Deputados, o PL é “uma rede de atos
de cunho legislativo ou administrativo que desmantelam o arcabouço desenhado ao longo das últimas
três décadas para garantir a igualdade formal e material dos povos indígenas no Brasil”, escrevem Laura
Trajber Waisbich e Ilona Szabó, do Instituto Igarapé.

Ademais, vale a pena ler e refletir sobre a avaliação do Conselho Indígena Missionário (CIMI) quanto aos
riscos que a aprovação do PL 490 pelo Congresso Nacional - e se o mesmo vier a ser sancionado pelo
Presidente da República - representa para o presente e o futuro dos povos indígenas no Brasil.

“A proposta altera o Estatuto do Índio (Lei 6.001/1973) e atualiza o texto da PEC 215, uma das maiores
ameaças aos direitos indígenas que já tramitou no Congresso. O projeto permite a supressão de direitos
dos indígenas garantidos na Constituição, entre eles, a posse permanente de suas terras e o direito
exclusivo sobre seus recursos naturais.

O projeto de lei permite a implantação de hidrelétricas, mineração, estradas e arrendamentos, entre


outros, eliminando a consulta livre prévia e informada às comunidades afetadas. A proposta permite
retirar o “usufruto exclusivo” dos indígenas de qualquer área “cuja ocupação atenda a relevante
interesse público da União”. Vai viabilizar ainda a legalização automática de centenas de garimpos nas
Tis (terras indígenas), hoje responsáveis pela disseminação da Covid-19, a contaminação por mercúrio,
a destruição de nascentes e rios inteiros e o desmatamento.”

Estamos vivendo tempos sombrios no Brasil, ao invés das conquistas aprovadas pela Assembleia Nacional
Constituinte e que foram incorporadas na Constituição (cidadã) de 1988 serem implementadas ao longo
dessas mais de três décadas, o que temos visto é a supressão de diversas dessas conquistas através de
Emendas Constitucionais (atualmente já mais de uma centena) que desfiguram completamente a
vontade da Constituinte, por Legislaturas, cujos deputados e senadores não foram eleitos para revisarem
a Constituição de 1988, mas que o fazem através desses subterfúgios, atendendo aos interesses de
grupos econômicos, nacionais e internacionais, e forças poderosas que atuam indiretamente através de
representantes eleitos no Legislativo ou no Executivo.

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Estamos diante de um dos mais graves desafios que se tem notícia quanto ao extermínio de povos
indígenas em nosso país. Um absurdo inominável. Alguma coisa precisa ser feita com urgência a fim de
impedir e acabar com este genocídio silencioso.

JUACY DA SILVA, professor universitário, fundador, titular e aposentado UFMT, sociólogo, mestre em
sociologia, colaborador de diversas veículos de comunicação.

Disponível:https://www.ecodebate.com.br/2021/07/08/a-gravidade-da-questao-indigena-no-brasil/ Texto adaptado.


Acesso em 05/12/2021

Considerando a avaliação do CIMI, é correto afirmar que são ações previstas no PL 490/2007:
a) garantia de direitos indígenas previstos na constituição e implantação de hidrelétricas, mineração,
estradas, entre outros.
b) posse permanente das terras pelos indígenas e direito exclusivo sobre seus recursos naturais.
c) usufruto exclusivo dos indígenas de qualquer área e legalização automática de centenas de garimpos
nas terras indígenas.
d) atualização do texto da PEC 215, umas das maiores ameaças aos direitos indígenas, e alteração no
Estatuto do Índio.

Questão 220: CEV UECE -


A Gravidade da Questão Indígena no Brasil

Estamos diante de um dos mais graves desafios que


se tem notícia quanto ao extermínio de povos
indígenas em nosso país. Um absurdo inominável

O Brasil há décadas vem enfrentando diversas e sérias crises, incluindo crise política, econômica, social,
ambiental/ecológica e cultural, as quais têm se agravado tanto pela presença da pandemia do
coronavírus quanto pela visão conservadora e retrógrada dos atuais governantes, tanto no plano federal
quanto em diversos estados e municípios.

No que concerne à questão indígena, diversos organismos e estudiosos nacionais e internacionais têm
denunciado que um GENOCÍDIO está em curso em nosso país e tudo indica que pode se transformar em
uma tragédia humana de proporções catastróficas no Brasil, afetando a vida, a cultura e as formas de
subsistência e sobrevivência dos povos indígenas, principalmente na Amazônia Legal, crime este já
denunciado no Tribunal Internacional de Haia e outros organismos internacionais. Pior é que esta
tragédia humanitária acontece ante a omissão e conivência de autoridades e organismos públicos a quem
caberia defender os interesses dos povos indígenas.

Todas essas atrocidades podem ser simplesmente legalizadas nos termos de projeto de Lei (PL- 490) que
tramita no Congresso Nacional, bem como ação que está sob análise do Supremo Tribunal Federal, o
chamado Marco Temporal.

No Brasil existem aproximadamente 114 grupos indígenas que desconhecem o jogo político em Brasília,
mas podem vir a ser totalmente afetados pelas decisões tomadas naquele tabuleiro. O jornalista Gil
Alessi conta como estes povos isolados na Amazônia Legal, que, por decisão própria, não possuem
nenhum contato com a sociedade — podem ser extintos caso o PL 490/2007 seja aprovado.

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O projeto, que autoriza as possibilidades de contato com as aldeias dos rincões amazônicos, abre as
portas para o “genocídio” indígena. Em tramitação na Câmara dos Deputados, o PL é “uma rede de atos
de cunho legislativo ou administrativo que desmantelam o arcabouço desenhado ao longo das últimas
três décadas para garantir a igualdade formal e material dos povos indígenas no Brasil”, escrevem Laura
Trajber Waisbich e Ilona Szabó, do Instituto Igarapé.

Ademais, vale a pena ler e refletir sobre a avaliação do Conselho Indígena Missionário (CIMI) quanto aos
riscos que a aprovação do PL 490 pelo Congresso Nacional - e se o mesmo vier a ser sancionado pelo
Presidente da República - representa para o presente e o futuro dos povos indígenas no Brasil.

“A proposta altera o Estatuto do Índio (Lei 6.001/1973) e atualiza o texto da PEC 215, uma das maiores
ameaças aos direitos indígenas que já tramitou no Congresso. O projeto permite a supressão de direitos
dos indígenas garantidos na Constituição, entre eles, a posse permanente de suas terras e o direito
exclusivo sobre seus recursos naturais.

O projeto de lei permite a implantação de hidrelétricas, mineração, estradas e arrendamentos, entre


outros, eliminando a consulta livre prévia e informada às comunidades afetadas. A proposta permite
retirar o “usufruto exclusivo” dos indígenas de qualquer área “cuja ocupação atenda a relevante
interesse público da União”. Vai viabilizar ainda a legalização automática de centenas de garimpos nas
Tis (terras indígenas), hoje responsáveis pela disseminação da Covid-19, a contaminação por mercúrio,
a destruição de nascentes e rios inteiros e o desmatamento.”

Estamos vivendo tempos sombrios no Brasil, ao invés das conquistas aprovadas pela Assembleia Nacional
Constituinte e que foram incorporadas na Constituição (cidadã) de 1988 serem implementadas ao longo
dessas mais de três décadas, o que temos visto é a supressão de diversas dessas conquistas através de
Emendas Constitucionais (atualmente já mais de uma centena) que desfiguram completamente a
vontade da Constituinte, por Legislaturas, cujos deputados e senadores não foram eleitos para revisarem
a Constituição de 1988, mas que o fazem através desses subterfúgios, atendendo aos interesses de
grupos econômicos, nacionais e internacionais, e forças poderosas que atuam indiretamente através de
representantes eleitos no Legislativo ou no Executivo.

Estamos diante de um dos mais graves desafios que se tem notícia quanto ao extermínio de povos
indígenas em nosso país. Um absurdo inominável. Alguma coisa precisa ser feita com urgência a fim de
impedir e acabar com este genocídio silencioso.

JUACY DA SILVA, professor universitário, fundador, titular e aposentado UFMT, sociólogo, mestre em
sociologia, colaborador de diversas veículos de comunicação.

Disponível:https://www.ecodebate.com.br/2021/07/08/a-gravidade-da-questao-indigena-no-brasil/ Texto adaptado.


Acesso em 05/12/2021

Analisando o propósito comunicativo do texto em estudo, é correto afirmar que este


a) denuncia um genocídio silencioso no Brasil e a omissão de autoridades, bem como destaca a
necessidade de atitudes impeditivas.
b) esclarece a situação dos indígenas e os adverte a respeito do jogo político presente nas decisões
que lhes dizem respeito.

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c) defende a prepotência de detentores do poder, que abusam da autoridade para fazer valer os
interesses dos povos indígenas.
d) adverte a respeito da situação indígena, utilizando seu exemplo como instrumento de denúncia
frente às práticas sociais.

Questão 221: CEV UECE -


Desligue a criança! A desconexão digital em cinco etapas

BEATRIZ LUCAS

Com o desconfinamento, chegou ao consultório da psicóloga María Guerrero um novo perfil de paciente:
crianças que usavam muito pouco ou nada as telas e agora não há maneira de que façam algo sem elas.
Além do hábito, María Guerrero está preocupada com as consequências para a saúde física e mental.

“Vários estudos nos falam sobre problemas de obesidade, hábitos sedentários com perda de massa
muscular, perda de visão... Mas também pode desencadear ansiedade ou depressão e, de acordo com
uma experiência realizada pela revista americana de pediatria, crianças que estão em contato de forma
habitual com dispositivos móveis, tablets ou computadores são mais irritáveis e mostram menos
capacidade de atenção, memória e concentração do que aquelas que não estão”, diz Guerrero, que é
psicóloga do aplicativo de controle parental Qustodio.

Segundo Guerrero, o cérebro de uma criança “funciona por hábitos e estes demoram cerca de 21 dias
para se estabelecer. E a tecnologia foi a única via de comunicação e lazer durante mais de 100 dias”.
Esta especialista costuma explicar aos pais que, se seu filho está mais preso do que o normal, não é que
ele seja esquisito, mas é algo comum: “A maioria dos jogos, redes sociais e aplicativos para crianças foi
projetada para que o cérebro secrete substâncias relacionadas ao prazer”.

Mas antes que o leitor se desespere e se deixe levar pelo catastrofismo, a psicóloga alerta: “Existe um
caminho de volta, entretanto não é fácil e haverá resistência à mudança”, diz esta especialista em
novas tecnologias.

Etapa 1. Calma, seus filhos certamente não são viciados em telas

Manuel Bruscas, vice-presidente da área de produto do Qustodio, um aplicativo de controle parental


usado por mais de 50.000 famílias na Espanha, explica que “Muitas crianças notarão que lhes falta algo,
as relações são construídas com olhares, com empatia, com relação física e isso a tela não lhes dá,
então é aí que devemos provocar o processo de desconexão”.

Mas o fato de que as tecnologias sejam usadas mais do que antes ou que crianças e adolescentes relutem
em largar a tela não significa que sejam viciados. O psicólogo Garicoitz Mendigutxia, diretor do programa
Suspertu, para a prevenção de dependências do Projeto Hombre Navarra, esclarece que, para que seja
considerada uma dependência, ou melhor, um “uso conflitivo das tecnologias”, estas devem lhes
subtrair tempo e inclusive dinheiro de outras atividades da vida. “Deve haver situações de isolamento
social, afetando sua dinâmica de vida ―por exemplo, que a família não possa sair para jantar porque o
filho prefere ficar conectado―, só se relacionam com as redes ou têm problemas e conflitos familiares
ou porque ficam conectados a noite toda e isso afeta o desempenho escolar”, explica o psicólogo. Se
não for esse o caso, o plano de ação funcionará mais facilmente.

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Etapa 2. Fale com as crianças e defina os limites para a desconexão progressiva

Educadores, psicólogos e especialistas em dependência concordam que esses hábitos saudáveis devem
começar quando as crianças passam a ter acesso às telas: é preciso sentar para conversar com elas e
estabelecer os limites de uso, tempos, horários e espaços.

María Guerrero acredita que é preciso recorrer a argumentos científicos e explicar-lhes que as telas
podem prejudicar a saúde. Os especialistas em visão alertaram para um agravamento da saúde visual
em grande escala durante o confinamento e a Fundação Pau Gasol afirma que a Espanha é a líder
europeia em obesidade infantil. O excesso de telas gera estresse, irritabilidade, isolamento e
depressão... E ressalta: “Proibir é inútil, porque terão de usar a Internet para estudar, manter contato
com os colegas... E, quando proibimos totalmente algo, impedimos que nossos filhos aprendam a
estabelecer uma relação saudável e isso gera problemas mais graves a longo prazo, porque acaba se
tornando um objeto de grande desejo”.

Etapa 3. Aqui sim, agora sim

Os especialistas também propõem que os espaços e os momentos sejam limitados: “O celular ou o tablet
deve ser usado em um espaço comum da casa, não deve ser usado enquanto estivermos com a família
nas refeições e tampouco deixá-los sozinhos na Internet. Devemos estar ao lado deles, supervisionando-
os”, apontam. Os aplicativos de controle parental podem ajudar nesses limites: se o dispositivo for
desligado, eles não culpam os pais e, além disso, as famílias podem monitorar o que os filhos veem e
conversar com eles sobre isso.

Também recomendam estabelecer tempos máximos de uso, dependendo da idade.

Embora Bruscas ressalte que não se trata tanto do tempo, mas da qualidade do que veem na rede. “Se
seu filho é fã de piano ou de programação e passa horas assistindo a tutoriais online, na realidade está
cultivando um hobby”, diz.

Etapa 4. Seja seu modelo

“Somos o que nossos pais nos ensinaram quando tentavam não nos ensinar nada”. Esta frase do filósofo
e escritor Umberto Eco é uma das favoritas do educador Francisco Castaño para explicar às famílias que
passam por seu consultório a importância do que mães e pais fazem nos processos educacionais. “Os
menores acabam fazendo o que os adultos fazem. Por isso a reflexão e o plano de ação devem ser em
família e com o compromisso de todos, de pais e mães, de preservar espaços sem tecnologia”, conclui
Castaño.

Etapa 5. Tempo juntos

Bruscas acredita que as telas nunca deveriam “substituir interações ricas com outras pessoas, com a
família ou com amigos”. Por isso propõe compartilhar esportes, passeios, atividades ao ar livre,
atividades domésticas, fazer refeições, tarefas de limpeza, organização da casa... “Fazer coisas com

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E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

elas também lhe dá motivo para falar e permite que você se aproxime das telas e veja em que seu filho
está interessado, conheça isso e o questione”, diz Mendigutxia, psicólogo do Projeto Hombre Navarra.

O psicólogo e fundador da empresa, Joan Amorós propõe “uma hora da natureza para cada hora de
tela”. E em que se baseia essa recomendação? “Os ambientes naturais nos ajudam a descongestionar a
vista e a atenção que você presta a um estímulo tão forte e conciso quanto a tela. Oferecem estímulos
suaves, como o mar, as nuvens ou o pôr do sol, que atraem a atenção sem que tenhamos de estar
concentrados e isso permite descansar a mente do cansaço produzido pelas telas ou pelo trabalho”.

Disponível em: https://brasil.elpais.com/sociedade/2020-07-18/desligue-a-crianca-a-desconexao-


digital-em-cinco-etapas.html?rel=mas. Acesso em 28/11/2021.
Texto adaptado.

Assinale a opção cujo enunciado resume o texto corretamente.


a) Estudos revelam a relação entre o abuso de tecnologia e o isolamento, bem como as consequências
da pandemia que são: obesidade, hábitos sedentários com perda de massa muscular e perda de visão.
b) Com o desconfinamento, surge um novo hábito entre as crianças que é a dependência das telas, o
que as deixa mais irritáveis e com menos capacidade de atenção, memória e concentração.
c) Durante o confinamento, houve uma explosão no consumo de telas e a superexposição implica risco
à saúde física e mental, mas especialistas indicam cinco etapas para deixar de lado os dispositivos.
d) A reversão de dependência das telas é apresentada em cinco etapas: constatação de não se tratar
de vício, definição de limites, estabelecimento de regras para o uso, pais como modelo e opções de
atividades.

Questão 222: CEV UECE -


Desligue a criança! A desconexão digital em cinco etapas

BEATRIZ LUCAS

Com o desconfinamento, chegou ao consultório da psicóloga María Guerrero um novo perfil de paciente:
crianças que usavam muito pouco ou nada as telas e agora não há maneira de que façam algo sem elas.
Além do hábito, María Guerrero está preocupada com as consequências para a saúde física e mental.

“Vários estudos nos falam sobre problemas de obesidade, hábitos sedentários com perda de massa
muscular, perda de visão... Mas também pode desencadear ansiedade ou depressão e, de acordo com
uma experiência realizada pela revista americana de pediatria, crianças que estão em contato de forma
habitual com dispositivos móveis, tablets ou computadores são mais irritáveis e mostram menos
capacidade de atenção, memória e concentração do que aquelas que não estão”, diz Guerrero, que é
psicóloga do aplicativo de controle parental Qustodio.

Segundo Guerrero, o cérebro de uma criança “funciona por hábitos e estes demoram cerca de 21 dias
para se estabelecer. E a tecnologia foi a única via de comunicação e lazer durante mais de 100 dias”.
Esta especialista costuma explicar aos pais que, se seu filho está mais preso do que o normal, não é que
ele seja esquisito, mas é algo comum:(I) “A maioria dos jogos, redes sociais e aplicativos para crianças
foi projetada para que o cérebro secrete substâncias relacionadas ao prazer”.

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Mas antes que o leitor se desespere e se deixe levar pelo catastrofismo, a psicóloga alerta: “Existe um
caminho de volta, entretanto não é fácil(II) e haverá resistência à mudança”, diz esta especialista em
novas tecnologias.

Etapa 1. Calma, seus filhos certamente não são viciados em telas

Manuel Bruscas, vice-presidente da área de produto do Qustodio, um aplicativo de controle parental


usado por mais de 50.000 famílias na Espanha, explica que “Muitas crianças notarão que lhes falta algo,
as relações são construídas com olhares, com empatia, com relação física e isso a tela não lhes dá,
então é aí que devemos provocar o processo de desconexão”.

Mas o fato de que as tecnologias sejam usadas mais do que antes ou que crianças e adolescentes relutem
em largar a tela não significa que sejam viciados. O psicólogo Garicoitz Mendigutxia, diretor do programa
Suspertu, para a prevenção de dependências do Projeto Hombre Navarra, esclarece que, para que seja
considerada uma dependência, ou melhor, um “uso conflitivo das tecnologias”, estas devem lhes
subtrair tempo e inclusive dinheiro de outras atividades da vida. “Deve haver situações de isolamento
social, afetando sua dinâmica de vida ―por exemplo, que a família não possa sair para jantar porque o
filho prefere ficar conectado―, só se relacionam com as redes ou têm problemas e conflitos familiares
ou porque ficam conectados a noite toda e isso afeta o desempenho escolar”, explica o psicólogo. Se
não for esse o caso, o plano de ação funcionará mais facilmente.

Etapa 2. Fale com as crianças e defina os limites para a desconexão progressiva

Educadores, psicólogos e especialistas em dependência concordam que esses hábitos saudáveis devem
começar quando as crianças passam a ter acesso às telas: é preciso sentar para conversar com elas e
estabelecer os limites de uso, tempos, horários e espaços.

María Guerrero acredita que é preciso recorrer a argumentos científicos e explicar-lhes que as telas
podem prejudicar a saúde. Os especialistas em visão alertaram para um agravamento da saúde visual
em grande escala durante o confinamento e a Fundação Pau Gasol afirma que a Espanha é a líder
europeia em obesidade infantil. O excesso de telas gera estresse, irritabilidade, isolamento e
depressão... E ressalta: “Proibir é inútil, porque terão de usar a Internet para estudar, manter contato
com os colegas... E, quando proibimos totalmente algo, impedimos que nossos filhos aprendam a
estabelecer uma relação saudável e isso gera problemas mais graves a longo prazo, porque acaba se
tornando um objeto de grande desejo”.

Etapa 3. Aqui sim, agora sim

Os especialistas também propõem que os espaços e os momentos sejam limitados: “O celular ou o tablet
deve ser usado em um espaço comum da casa, não deve ser usado enquanto estivermos com a família
nas refeições e tampouco deixá-los sozinhos na Internet. Devemos estar ao lado deles, supervisionando-
os”, apontam. Os aplicativos de controle parental podem ajudar nesses limites: se o dispositivo for
desligado, eles não culpam os pais e, além disso, as famílias podem monitorar o que os filhos veem e
conversar com eles sobre isso.

Também recomendam estabelecer tempos máximos de uso, dependendo da idade.

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Embora Bruscas ressalte que não se trata tanto do tempo, mas da qualidade do que veem na rede. “Se
seu filho é fã de piano ou de programação e passa horas assistindo a tutoriais online, na realidade está
cultivando um hobby”, diz.

Etapa 4. Seja seu modelo

“Somos o que nossos pais nos ensinaram quando tentavam não nos ensinar nada”. Esta frase do filósofo
e escritor Umberto Eco é uma das favoritas do educador Francisco Castaño para explicar às famílias que
passam por seu consultório a importância do que mães e pais fazem nos processos educacionais. “Os
menores acabam fazendo o que os adultos fazem. Por isso a reflexão e o plano de ação devem ser em
família e com o compromisso de todos, de pais e mães, de preservar espaços sem tecnologia”, conclui
Castaño.

Etapa 5. Tempo juntos

Bruscas acredita que as telas nunca deveriam “substituir interações ricas com outras pessoas, com a
família ou com amigos”. Por isso propõe compartilhar esportes, passeios, atividades ao ar livre,
atividades domésticas, fazer refeições, tarefas de limpeza, organização da casa... “Fazer coisas com
elas também lhe dá motivo para falar e permite que você se aproxime das telas e veja em que seu filho
está interessado, conheça isso e o questione”, diz Mendigutxia, psicólogo do Projeto Hombre Navarra.

O psicólogo e fundador da empresa, Joan Amorós propõe “uma hora da natureza para cada hora de
tela”. E em que se baseia essa recomendação? “Os ambientes naturais nos ajudam a descongestionar a
vista e a atenção que você presta a um estímulo tão forte e conciso quanto a tela. Oferecem estímulos
suaves, como o mar, as nuvens ou o pôr do sol, que atraem a atenção sem que tenhamos de estar
concentrados e isso permite descansar a mente do cansaço produzido pelas telas ou pelo trabalho”.

Disponível em: https://brasil.elpais.com/sociedade/2020-07-18/desligue-a-crianca-a-desconexao-


digital-em-cinco-etapas.html?rel=mas. Acesso em 28/11/2021.
Texto adaptado.

Leia atentamente as frases a seguir:

I. “...se seu filho está mais preso do que o normal, não é que ele seja esquisito, mas é algo
comum...”.

II. “Existe um caminho de volta, entretanto não é fácil...”.

A ideia expressa pelos termos destacados nas frases acima é de


a) restrição.
b) explicação.
c) adição.
d) oposição.

Questão 223: FGV - “Ao entrar em um restaurante, todo cliente espera satisfazer desejos de ordem
física e emocional. Os cardápios devem vir ao encontro dessas necessidades.”

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Assinale a afirmativa correta sobre o conteúdo da frase.


a) Os desejos de ordem física dizem respeito à fome do cliente.
b) Os desejos de ordem emocional se referem aos preços dos pratos.
c) As informações dos cardápios devem incentivar o apetite.
d) Os clientes de restaurantes procuram comida boa e barata.
e) Os restaurantes montam cardápios deficientes em alguns aspectos.

Questão 224: FGV - “Um argumento a favor do Diabo: é preciso recordar que nós ouvimos só uma
versão da história. Deus escreveu todos os livros.” (Samuel Buttler)

A defesa do Diabo se apoia num argumento contra


a) a falta de credibilidade.
b) a ausência de imparcialidade.
c) a incompetência da autoridade.
d) a fuga do assunto.
e) o círculo vicioso.

Questão 225: FGV - “O aluno inteligente dá mais trabalho para aprender jiu-jitsu, porque fica
pensando antes de fazer o golpe. Uma moça ou um burro vão aprender mais depressa do que o
inteligente.”

Essa frase estaria incluída hoje como exemplo de politicamente incorreto, por trazer um preconceito,
reconhecido por
a) intolerância religiosa.
b) homofobia.
c) racismo.
d) machismo.
e) preconceito linguístico.

Questão 226: FGV - o texto a seguir refere-se a questão.

O Padre Antônio Vieira, nosso brilhante orador do século XVII, disse, em um de seus sermões:

“A vida e o tempo nunca param; e, ou indo ou estando, ou caminhando ou parados, todos sempre e com
igual velocidade, passamos.”

O pensamento de Vieira tem por tema


a) a inutilidade da vida humana.
b) a transitoriedade da vida.
c) a longa duração de nossa existência.
d) a contínua movimentação das gerações.
e) a influência do tempo sobre nossas ações.

Questão 227: FGV - A questão, refere-se ao texto a seguir.

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“Não pergunte nem como nem por quê, simplesmente aproveite seu sorvete enquanto ele ainda está no
prato.”

O tema desse texto se repete no seguinte ditado popular:


a) Quem tudo quer, tudo perde.
b) Mais vale um pássaro na mão, que dois voando.
c) Nem tudo que reluz é ouro.
d) Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje.
e) Comeu o pão que o diabo amassou.

Questão 228: FGV - o texto a seguir refere-se a questão.

Um escritor americano escreveu certa vez:

“Não diga que não tem tempo suficiente. Você tem exatamente o mesmo número de horas por dia de
que dispuseram Helen Keller, Pasteur, Michelangelo, Madre Teresa de Calcutá, Leonardo da Vinci,
Thomas Jefferson e Albert Einstein.”

Com essa frase, o autor quer dizer que


a) o tempo é uma questão de preferência.
b) as obras artísticas não requerem muito tempo.
c) em épocas antigas, a consideração do tempo era outra.
d) a vida, em épocas passadas, era menos exigente.
e) ter ou não ter tempo é uma questão de opinião.

Questão 229: FGV - o texto a seguir refere-se a questão.

Um escritor americano escreveu certa vez:

“Não diga que não tem tempo suficiente. Você tem exatamente o mesmo número de horas por dia de
que dispuseram Helen Keller, Pasteur, Michelangelo, Madre Teresa de Calcutá, Leonardo da Vinci,
Thomas Jefferson e Albert Einstein.”

“Não diga que não tem tempo suficiente. Você tem exatamente o mesmo número de horas por dia de
que dispuseram Helen Keller, Pasteur, Michelangelo, Madre Teresa de Calcutá, Leonardo da Vinci,
Thomas Jefferson e Albert Einstein.”

Assinale a opção que apresenta uma resposta adequada ao argumento contido nessa frase.
a) Todas as pessoas citadas eram pessoas excepcionais e não podem ser comparadas a cidadãos comuns
como nós.
b) O problema não está em ter o mesmo número de horas disponíveis que essas pessoas, mas o que já
temos de horas ocupadas por tarefas ou deveres.
c) O fato é que, em outros momentos históricos, os deveres de cada um eram cumpridos na medida do
possível, sem cobranças inadiáveis e ameaças de penalidades.
d) Não devemos esquecer que essas pessoas contavam com equipes de trabalho.
e) A verdade é que as figuras citadas construíram, em toda a vida, pequeno número de obras.

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Questão 230: FGV - Um pensador alemão afirmou:

“Estamos vivendo em um tempo em que as máquinas se tornam cada vez mais complicadas e os cérebros
cada vez mais primitivos.”

Nessa frase há uma contradição lógica, pois


a) o progresso tecnológico é feito para ajudar e não para complicar.
b) as máquinas só se tornaram complicadas exatamente porque os homens passaram a sofrer uma
redução cerebral.
c) há uma falsa relação de causa / consequência entre os fatos citados na frase.
d) os cérebros é que inventaram as máquinas.
e) há uma falsa generalização na afirmação de que as máquinas não trazem facilidades, mas
complicações.

Questão 231: FADESP -


Felicidade x ideal de beleza: o conceito que aprisiona gerações de mulheres

O filme preferido na minha adolescência era "As Patricinhas de Bervely Hills". Devo ter assistido mais de
cem vezes, cheguei até a decorar as falas das personagens e principalmente da Dionne. O ápice daquela
época, pra mim, foi conhecê-la. A personagem era interpretada pela atriz Stacey Dash, uma jovem
negra, bonita e rica.

Eu tinha 14 anos e era a primeira vez que via uma jovem negra de tranças na TV interpretando uma
adolescente como as jovens brancas que eu assistia nos filmes da Sessão da Tarde: linda, sem problemas
financeiros e que namorava. Uma menina negra vivenciando o amor era algo que, aos 14 anos, eu nunca
havia visto na TV ou na vida real.

Sucesso dos anos 90, não à toa, o filme transcendeu sua época e até hoje é muito comentado entre as
gerações z e millennial. Mas a marca que este filme deixou no meu interior foi muito maior e devastadora
do que a presença da Dionne. Há algum tempo venho percebendo o quanto eu aprendi durante a minha
adolescência que para atingir a felicidade precisava eu sempre ser mais magra, mais bonita, mais
popular.

Se puder criar um termo aqui e agora eu diria que nós, adolescentes dos anos 90, vivemos uma agressiva
beauty wash* durante a Sessão da Tarde. Não só o filme das patricinhas, mas a maioria dos filmes que
assistimos contribuiu para ferrar com o conceito que temos sobre o nosso corpo. Quase todos eles
mostravam garotas que pra alcançar o sucesso se submetiam a mudanças físicas e de comportamento.
Tiravam os óculos, o aparelho ortodôntico, mudavam as roupas, os cabelos e perdiam alguns quilos para
se sentirem realizadas e felizes.

Isso fez com que uma geração de mulheres aprendesse que felicidade só se alcança quando atingimos
um determinado ideal de beleza. É como se existisse um passaporte pela felicidade e ele fosse um
extreme makeover**. Você se reconstrói, se transforma e encontra aquele boy lindo dos sonhos,
conquista o emprego desejado, se torna uma das pessoas mais populares do seu grupo.

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Mas isso tudo é só nos filmes. Porque com o passar dos anos nós descobrimos que muitos dos boys eram
tóxicos e que nem todas as garotas queriam conquistar homens, mas elas também amavam mulheres. O
trabalho dos sonhos pode ser algo criado por você mesma, uma empreendedora transformando sua
própria realidade através do seu empenho. E a popularidade? Ah! Em tempos de Instagram prefiro falar
sobre isso em outro texto.

Nós também descobrimos o quanto o ideal de beleza é uma contra resposta do machismo para as
conquistas políticas, sócio-econômicas das mulheres. Quanto maiores os nossos avanços na ocupação de
espaços para os quais fomos historicamente excluídas, maiores são as exigências de beleza expostas nas
capas de revistas, nas novelas, nos filmes. Consequentemente, maiores são os números de cirurgias
plásticas realizadas pelas mulheres.

E eu te pergunto: para agradar a quem? Quem estamos procurando agradar nesta busca por um corpo
perfeito? Parecemos querer agradar a todos menos a nós ou incomodar a todos, gerar um sentimento de
inveja e incômodo em quem não conseguiu passar por todas as etapas da felicidade futura.

Tenho 40 anos e zero medo de dizer que não aprendi a viver de maneira saudável com a minha aparência.
Continuo com meu cérebro programado para esperar o momento certo de acionar o botão felicidade, a
tal felicidade futura. Quando eu pesar 69 quilos, tiver dinheiro para comprar toda a coleção de roupas
da Ivy Park, dirigir um Land Rover e minha peruca de cabelo 100% humano balançando como nos
comerciais da L'Oréal eu serei feliz.

Me sinto um lixo quando percebo que não consigo valorizar todas as vitórias profissionais e emocionais
que tive nos últimos anos e fico à espera de um corpo, um carro, uma roupa e um penteado para ser
feliz. E eu sei que muitas das pessoas que lerão este texto também se sentem, sejam elas mulheres ou
homens ou sem gênero.

Às vezes me dói perceber que até a Beyoncé me impulsiona a me sentir ainda mais distante da felicidade.
Mesmo que ela faça roupas que vistam ao meu corpo tamanho 46 em eterno estado de dieta eu só a
vejo perfeita, sem erros, sem momentos que a distancie do padrão pré-estabelecido e imposto há anos
e agora impulsionado pelo instagramável. Tudo tem que ser instagramável.

Tem que estar bonito no Instagram para as pessoas curtirem, mandarem corações, elogiarem, escrevem
perfeita. Mas o que é ser perfeita? Será que estamos sendo reais ou meras marionetes a alimentar o
bolso de meia dúzia de homens brancos bilionários que estão determinando o momento em que eu serei
feliz, e este momento nunca é agora é sempre amanhã quando eu comprar a roupa y, fizer a cirurgia x
e dirigir o carro h?

Eu queria terminar este texto com uma receita mágica do que fazer pra sair deste sentimento pesado
de infelicidade do agora em busca da felicidade do amanhã que eu nem sei se existe, mas eu não tenho
essa receita. Eu só sei dizer que você é linda do jeito que você é. Mesmo que não existam referências,
faça do seu reflexo no espelho a sua própria referência e vá em busca de ser feliz agora.

Cristiane Guterres
Disponível em https://www.uol.com.br/universa/colunas/cris-guterres/2022/01/05/felicidade-x-ideal-de-beleza-o-conceito-
que-aprisiona-geracoes-de-mulheres.htm Acessado em 5/01/2022 Texto adaptado
* Beauty wash: banho de beleza

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

** Extreme makeover: programa do tipo reality show que consiste em reformar as residências dos participantes

Por meio de seu texto, a autora critica


a) o senso comum.
b) a indústria cultural.
c) os padrões sociais.
d) as opiniões genéricas.
e) o ideal conservador.

Questão 232: FADESP -


Felicidade x ideal de beleza: o conceito que aprisiona gerações de mulheres

O filme preferido na minha adolescência era "As Patricinhas de Bervely Hills". Devo ter assistido mais de
cem vezes, cheguei até a decorar as falas das personagens e principalmente da Dionne. O ápice daquela
época, pra mim, foi conhecê-la. A personagem era interpretada pela atriz Stacey Dash, uma jovem
negra, bonita e rica.

Eu tinha 14 anos e era a primeira vez que via uma jovem negra de tranças na TV interpretando uma
adolescente como as jovens brancas que eu assistia nos filmes da Sessão da Tarde: linda, sem problemas
financeiros e que namorava. Uma menina negra vivenciando o amor era algo que, aos 14 anos, eu nunca
havia visto na TV ou na vida real.

Sucesso dos anos 90, não à toa, o filme transcendeu sua época e até hoje é muito comentado entre as
gerações z e millennial. Mas a marca que este filme deixou no meu interior foi muito maior e devastadora
do que a presença da Dionne. Há algum tempo venho percebendo o quanto eu aprendi durante a minha
adolescência que para atingir a felicidade precisava eu sempre ser mais magra, mais bonita, mais
popular.

Se puder criar um termo aqui e agora eu diria que nós, adolescentes dos anos 90, vivemos uma agressiva
beauty wash* durante a Sessão da Tarde. Não só o filme das patricinhas, mas a maioria dos filmes que
assistimos contribuiu para ferrar com o conceito que temos sobre o nosso corpo. Quase todos eles
mostravam garotas que pra alcançar o sucesso se submetiam a mudanças físicas e de comportamento.
Tiravam os óculos, o aparelho ortodôntico, mudavam as roupas, os cabelos e perdiam alguns quilos para
se sentirem realizadas e felizes.

Isso fez com que uma geração de mulheres aprendesse que felicidade só se alcança quando atingimos
um determinado ideal de beleza. É como se existisse um passaporte pela felicidade e ele fosse um
extreme makeover**. Você se reconstrói, se transforma e encontra aquele boy lindo dos sonhos,
conquista o emprego desejado, se torna uma das pessoas mais populares do seu grupo.

Mas isso tudo é só nos filmes. Porque com o passar dos anos nós descobrimos que muitos dos boys eram
tóxicos e que nem todas as garotas queriam conquistar homens, mas elas também amavam mulheres. O
trabalho dos sonhos pode ser algo criado por você mesma, uma empreendedora transformando sua
própria realidade através do seu empenho. E a popularidade? Ah! Em tempos de Instagram prefiro falar
sobre isso em outro texto.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Nós também descobrimos o quanto o ideal de beleza é uma contra resposta do machismo para as
conquistas políticas, sócio-econômicas das mulheres. Quanto maiores os nossos avanços na ocupação de
espaços para os quais fomos historicamente excluídas, maiores são as exigências de beleza expostas nas
capas de revistas, nas novelas, nos filmes. Consequentemente, maiores são os números de cirurgias
plásticas realizadas pelas mulheres.

E eu te pergunto: para agradar a quem? Quem estamos procurando agradar nesta busca por um corpo
perfeito? Parecemos querer agradar a todos menos a nós ou incomodar a todos, gerar um sentimento de
inveja e incômodo em quem não conseguiu passar por todas as etapas da felicidade futura.

Tenho 40 anos e zero medo de dizer que não aprendi a viver de maneira saudável com a minha aparência.
Continuo com meu cérebro programado para esperar o momento certo de acionar o botão felicidade, a
tal felicidade futura. Quando eu pesar 69 quilos, tiver dinheiro para comprar toda a coleção de roupas
da Ivy Park, dirigir um Land Rover e minha peruca de cabelo 100% humano balançando como nos
comerciais da L'Oréal eu serei feliz.

Me sinto um lixo quando percebo que não consigo valorizar todas as vitórias profissionais e emocionais
que tive nos últimos anos e fico à espera de um corpo, um carro, uma roupa e um penteado para ser
feliz. E eu sei que muitas das pessoas que lerão este texto também se sentem, sejam elas mulheres ou
homens ou sem gênero.

Às vezes me dói perceber que até a Beyoncé me impulsiona a me sentir ainda mais distante da felicidade.
Mesmo que ela faça roupas que vistam ao meu corpo tamanho 46 em eterno estado de dieta eu só a
vejo perfeita, sem erros, sem momentos que a distancie do padrão pré-estabelecido e imposto há anos
e agora impulsionado pelo instagramável. Tudo tem que ser instagramável.

Tem que estar bonito no Instagram para as pessoas curtirem, mandarem corações, elogiarem, escrevem
perfeita. Mas o que é ser perfeita? Será que estamos sendo reais ou meras marionetes a alimentar o
bolso de meia dúzia de homens brancos bilionários que estão determinando o momento em que eu serei
feliz, e este momento nunca é agora é sempre amanhã quando eu comprar a roupa y, fizer a cirurgia x
e dirigir o carro h?

Eu queria terminar este texto com uma receita mágica do que fazer pra sair deste sentimento pesado
de infelicidade do agora em busca da felicidade do amanhã que eu nem sei se existe, mas eu não tenho
essa receita. Eu só sei dizer que você é linda do jeito que você é. Mesmo que não existam referências,
faça do seu reflexo no espelho a sua própria referência e vá em busca de ser feliz agora.

Cristiane Guterres
Disponível em https://www.uol.com.br/universa/colunas/cris-guterres/2022/01/05/felicidade-x-ideal-de-beleza-o-conceito-
que-aprisiona-geracoes-de-mulheres.htm Acessado em 5/01/2022 Texto adaptado
* Beauty wash: banho de beleza
** Extreme makeover: programa do tipo reality show que consiste em reformar as residências dos participantes

A autora do texto apreciava, na adolescência, o filme "As Patricinhas de Bervely Hills" porque este
retratava uma personagem negra que
a) vivia como qualquer jovem.
b) era uma atriz bonita e rica.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

c) se realizou após mudar a aparência.


d) representava um ideal de felicidade.
e) descobria o amor aos 14 anos.

Questão 233: FADESP -


Felicidade x ideal de beleza: o conceito que aprisiona gerações de mulheres

O filme preferido na minha adolescência era "As Patricinhas de Bervely Hills". Devo ter assistido mais de
cem vezes, cheguei até a decorar as falas das personagens e principalmente da Dionne. O ápice daquela
época, pra mim, foi conhecê-la. A personagem era interpretada pela atriz Stacey Dash, uma jovem
negra, bonita e rica.

Eu tinha 14 anos e era a primeira vez que via uma jovem negra de tranças na TV interpretando uma
adolescente como as jovens brancas que eu assistia nos filmes da Sessão da Tarde: linda, sem problemas
financeiros e que namorava. Uma menina negra vivenciando o amor era algo que, aos 14 anos, eu nunca
havia visto na TV ou na vida real.

Sucesso dos anos 90, não à toa, o filme transcendeu sua época e até hoje é muito comentado entre as
gerações z e millennial. Mas a marca que este filme deixou no meu interior foi muito maior e devastadora
do que a presença da Dionne. Há algum tempo venho percebendo o quanto eu aprendi durante a minha
adolescência que para atingir a felicidade precisava eu sempre ser mais magra, mais bonita, mais
popular.

Se puder criar um termo aqui e agora eu diria que nós, adolescentes dos anos 90, vivemos uma agressiva
beauty wash* durante a Sessão da Tarde. Não só o filme das patricinhas, mas a maioria dos filmes que
assistimos contribuiu para ferrar com o conceito que temos sobre o nosso corpo. Quase todos eles
mostravam garotas que pra alcançar o sucesso se submetiam a mudanças físicas e de comportamento.
Tiravam os óculos, o aparelho ortodôntico, mudavam as roupas, os cabelos e perdiam alguns quilos para
se sentirem realizadas e felizes.

Isso fez com que uma geração de mulheres aprendesse que felicidade só se alcança quando atingimos
um determinado ideal de beleza. É como se existisse um passaporte pela felicidade e ele fosse um
extreme makeover**. Você se reconstrói, se transforma e encontra aquele boy lindo dos sonhos,
conquista o emprego desejado, se torna uma das pessoas mais populares do seu grupo.

Mas isso tudo é só nos filmes. Porque com o passar dos anos nós descobrimos que muitos dos boys eram
tóxicos e que nem todas as garotas queriam conquistar homens, mas elas também amavam mulheres. O
trabalho dos sonhos pode ser algo criado por você mesma, uma empreendedora transformando sua
própria realidade através do seu empenho. E a popularidade? Ah! Em tempos de Instagram prefiro falar
sobre isso em outro texto.

Nós também descobrimos o quanto o ideal de beleza é uma contra resposta do machismo para as
conquistas políticas, sócio-econômicas das mulheres. Quanto maiores os nossos avanços na ocupação de
espaços para os quais fomos historicamente excluídas, maiores são as exigências de beleza expostas nas
capas de revistas, nas novelas, nos filmes. Consequentemente, maiores são os números de cirurgias
plásticas realizadas pelas mulheres.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

E eu te pergunto: para agradar a quem? Quem estamos procurando agradar nesta busca por um corpo
perfeito? Parecemos querer agradar a todos menos a nós ou incomodar a todos, gerar um sentimento de
inveja e incômodo em quem não conseguiu passar por todas as etapas da felicidade futura.

Tenho 40 anos e zero medo de dizer que não aprendi a viver de maneira saudável com a minha aparência.
Continuo com meu cérebro programado para esperar o momento certo de acionar o botão felicidade, a
tal felicidade futura. Quando eu pesar 69 quilos, tiver dinheiro para comprar toda a coleção de roupas
da Ivy Park, dirigir um Land Rover e minha peruca de cabelo 100% humano balançando como nos
comerciais da L'Oréal eu serei feliz.

Me sinto um lixo quando percebo que não consigo valorizar todas as vitórias profissionais e emocionais
que tive nos últimos anos e fico à espera de um corpo, um carro, uma roupa e um penteado para ser
feliz. E eu sei que muitas das pessoas que lerão este texto também se sentem, sejam elas mulheres ou
homens ou sem gênero.

Às vezes me dói perceber que até a Beyoncé me impulsiona a me sentir ainda mais distante da felicidade.
Mesmo que ela faça roupas que vistam ao meu corpo tamanho 46 em eterno estado de dieta eu só a
vejo perfeita, sem erros, sem momentos que a distancie do padrão pré-estabelecido e imposto há anos
e agora impulsionado pelo instagramável. Tudo tem que ser instagramável.

Tem que estar bonito no Instagram para as pessoas curtirem, mandarem corações, elogiarem, escrevem
perfeita. Mas o que é ser perfeita? Será que estamos sendo reais ou meras marionetes a alimentar o
bolso de meia dúzia de homens brancos bilionários que estão determinando o momento em que eu serei
feliz, e este momento nunca é agora é sempre amanhã quando eu comprar a roupa y, fizer a cirurgia x
e dirigir o carro h?

Eu queria terminar este texto com uma receita mágica do que fazer pra sair deste sentimento pesado
de infelicidade do agora em busca da felicidade do amanhã que eu nem sei se existe, mas eu não tenho
essa receita. Eu só sei dizer que você é linda do jeito que você é. Mesmo que não existam referências,
faça do seu reflexo no espelho a sua própria referência e vá em busca de ser feliz agora.

Cristiane Guterres
Disponível em https://www.uol.com.br/universa/colunas/cris-guterres/2022/01/05/felicidade-x-ideal-de-beleza-o-conceito-
que-aprisiona-geracoes-de-mulheres.htm Acessado em 5/01/2022 Texto adaptado
* Beauty wash: banho de beleza
** Extreme makeover: programa do tipo reality show que consiste em reformar as residências dos participantes

Para Cristiane Guterres, o filme "As Patricinhas de Bervely Hills"


a) ensinou-lhe valores importantes.
b) permitiu-lhe a realização de sonhos.
c) despertou-lhe sentimentos dolorosos.
d) ajudou-a a aceitar sua aparência.
e) fez-lhe sair do estado de inércia.

Questão 234: FADESP -


Felicidade x ideal de beleza: o conceito que aprisiona gerações de mulheres

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

O filme preferido na minha adolescência era "As Patricinhas de Bervely Hills". Devo ter assistido mais de
cem vezes, cheguei até a decorar as falas das personagens e principalmente da Dionne. O ápice daquela
época, pra mim, foi conhecê-la. A personagem era interpretada pela atriz Stacey Dash, uma jovem
negra, bonita e rica.

Eu tinha 14 anos e era a primeira vez que via uma jovem negra de tranças na TV interpretando uma
adolescente como as jovens brancas que eu assistia nos filmes da Sessão da Tarde: linda, sem problemas
financeiros e que namorava. Uma menina negra vivenciando o amor era algo que, aos 14 anos, eu nunca
havia visto na TV ou na vida real.

Sucesso dos anos 90, não à toa, o filme transcendeu sua época e até hoje é muito comentado entre as
gerações z e millennial. Mas a marca que este filme deixou no meu interior foi muito maior e devastadora
do que a presença da Dionne. Há algum tempo venho percebendo o quanto eu aprendi durante a minha
adolescência que para atingir a felicidade precisava eu sempre ser mais magra, mais bonita, mais
popular.

Se puder criar um termo aqui e agora eu diria que nós, adolescentes dos anos 90, vivemos uma agressiva
beauty wash* durante a Sessão da Tarde. Não só o filme das patricinhas, mas a maioria dos filmes que
assistimos contribuiu para ferrar com o conceito que temos sobre o nosso corpo. Quase todos eles
mostravam garotas que pra alcançar o sucesso se submetiam a mudanças físicas e de comportamento.
Tiravam os óculos, o aparelho ortodôntico, mudavam as roupas, os cabelos e perdiam alguns quilos para
se sentirem realizadas e felizes.

Isso fez com que uma geração de mulheres aprendesse que felicidade só se alcança quando atingimos
um determinado ideal de beleza. É como se existisse um passaporte pela felicidade e ele fosse um
extreme makeover**. Você se reconstrói, se transforma e encontra aquele boy lindo dos sonhos,
conquista o emprego desejado, se torna uma das pessoas mais populares do seu grupo.

Mas isso tudo é só nos filmes. Porque com o passar dos anos nós descobrimos que muitos dos boys eram
tóxicos e que nem todas as garotas queriam conquistar homens, mas elas também amavam mulheres. O
trabalho dos sonhos pode ser algo criado por você mesma, uma empreendedora transformando sua
própria realidade através do seu empenho. E a popularidade? Ah! Em tempos de Instagram prefiro falar
sobre isso em outro texto.

Nós também descobrimos o quanto o ideal de beleza é uma contra resposta do machismo para as
conquistas políticas, sócio-econômicas das mulheres. Quanto maiores os nossos avanços na ocupação de
espaços para os quais fomos historicamente excluídas, maiores são as exigências de beleza expostas nas
capas de revistas, nas novelas, nos filmes. Consequentemente, maiores são os números de cirurgias
plásticas realizadas pelas mulheres.

E eu te pergunto: para agradar a quem? Quem estamos procurando agradar nesta busca por um corpo
perfeito? Parecemos querer agradar a todos menos a nós ou incomodar a todos, gerar um sentimento de
inveja e incômodo em quem não conseguiu passar por todas as etapas da felicidade futura.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Tenho 40 anos e zero medo de dizer que não aprendi a viver de maneira saudável com a minha aparência.
Continuo com meu cérebro programado para esperar o momento certo de acionar o botão felicidade, a
tal felicidade futura. Quando eu pesar 69 quilos, tiver dinheiro para comprar toda a coleção de roupas
da Ivy Park, dirigir um Land Rover e minha peruca de cabelo 100% humano balançando como nos
comerciais da L'Oréal eu serei feliz.

Me sinto um lixo quando percebo que não consigo valorizar todas as vitórias profissionais e emocionais
que tive nos últimos anos e fico à espera de um corpo, um carro, uma roupa e um penteado para ser
feliz. E eu sei que muitas das pessoas que lerão este texto também se sentem, sejam elas mulheres ou
homens ou sem gênero.

Às vezes me dói perceber que até a Beyoncé me impulsiona a me sentir ainda mais distante da felicidade.
Mesmo que ela faça roupas que vistam ao meu corpo tamanho 46 em eterno estado de dieta eu só a
vejo perfeita, sem erros, sem momentos que a distancie do padrão pré-estabelecido e imposto há anos
e agora impulsionado pelo instagramável. Tudo tem que ser instagramável.

Tem que estar bonito no Instagram para as pessoas curtirem, mandarem corações, elogiarem, escrevem
perfeita. Mas o que é ser perfeita? Será que estamos sendo reais ou meras marionetes a alimentar o
bolso de meia dúzia de homens brancos bilionários que estão determinando o momento em que eu serei
feliz, e este momento nunca é agora é sempre amanhã quando eu comprar a roupa y, fizer a cirurgia x
e dirigir o carro h?

Eu queria terminar este texto com uma receita mágica do que fazer pra sair deste sentimento pesado
de infelicidade do agora em busca da felicidade do amanhã que eu nem sei se existe, mas eu não tenho
essa receita. Eu só sei dizer que você é linda do jeito que você é. Mesmo que não existam referências,
faça do seu reflexo no espelho a sua própria referência e vá em busca de ser feliz agora.

Cristiane Guterres
Disponível em https://www.uol.com.br/universa/colunas/cris-guterres/2022/01/05/felicidade-x-ideal-de-beleza-o-conceito-
que-aprisiona-geracoes-de-mulheres.htm Acessado em 5/01/2022 Texto adaptado
* Beauty wash: banho de beleza
** Extreme makeover: programa do tipo reality show que consiste em reformar as residências dos participantes

De acordo com o texto, as mulheres


a) não se interessam mais em conquistar o homem dos sonhos.
b) precisam da aprovação de outras pessoas para se respeitar.
c) buscam atingir um ideal que a sociedade não valoriza.
d) não dependem da popularidade para se sentirem bonitas.
e) podem se realizar profissionalmente com o próprio empenho.

Questão 235: FADESP -


Felicidade x ideal de beleza: o conceito que aprisiona gerações de mulheres

O filme preferido na minha adolescência era "As Patricinhas de Bervely Hills". Devo ter assistido mais de
cem vezes, cheguei até a decorar as falas das personagens e principalmente da Dionne. O ápice daquela
época, pra mim, foi conhecê-la. A personagem era interpretada pela atriz Stacey Dash, uma jovem
negra, bonita e rica.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Eu tinha 14 anos e era a primeira vez que via uma jovem negra de tranças na TV interpretando uma
adolescente como as jovens brancas que eu assistia nos filmes da Sessão da Tarde: linda, sem problemas
financeiros e que namorava. Uma menina negra vivenciando o amor era algo que, aos 14 anos, eu nunca
havia visto na TV ou na vida real.

Sucesso dos anos 90, não à toa, o filme transcendeu sua época e até hoje é muito comentado entre as
gerações z e millennial. Mas a marca que este filme deixou no meu interior foi muito maior e devastadora
do que a presença da Dionne. Há algum tempo venho percebendo o quanto eu aprendi durante a minha
adolescência que para atingir a felicidade precisava eu sempre ser mais magra, mais bonita, mais
popular.

Se puder criar um termo aqui e agora eu diria que nós, adolescentes dos anos 90, vivemos uma agressiva
beauty wash* durante a Sessão da Tarde. Não só o filme das patricinhas, mas a maioria dos filmes que
assistimos contribuiu para ferrar com o conceito que temos sobre o nosso corpo. Quase todos eles
mostravam garotas que pra alcançar o sucesso se submetiam a mudanças físicas e de comportamento.
Tiravam os óculos, o aparelho ortodôntico, mudavam as roupas, os cabelos e perdiam alguns quilos para
se sentirem realizadas e felizes.

Isso fez com que uma geração de mulheres aprendesse que felicidade só se alcança quando atingimos
um determinado ideal de beleza. É como se existisse um passaporte pela felicidade e ele fosse um
extreme makeover**. Você se reconstrói, se transforma e encontra aquele boy lindo dos sonhos,
conquista o emprego desejado, se torna uma das pessoas mais populares do seu grupo.

Mas isso tudo é só nos filmes. Porque com o passar dos anos nós descobrimos que muitos dos boys eram
tóxicos e que nem todas as garotas queriam conquistar homens, mas elas também amavam mulheres. O
trabalho dos sonhos pode ser algo criado por você mesma, uma empreendedora transformando sua
própria realidade através do seu empenho. E a popularidade? Ah! Em tempos de Instagram prefiro falar
sobre isso em outro texto.

Nós também descobrimos o quanto o ideal de beleza é uma contra resposta do machismo para as
conquistas políticas, sócio-econômicas das mulheres. Quanto maiores os nossos avanços na ocupação de
espaços para os quais fomos historicamente excluídas, maiores são as exigências de beleza expostas nas
capas de revistas, nas novelas, nos filmes. Consequentemente, maiores são os números de cirurgias
plásticas realizadas pelas mulheres.

E eu te pergunto: para agradar a quem? Quem estamos procurando agradar nesta busca por um corpo
perfeito? Parecemos querer agradar a todos menos a nós ou incomodar a todos, gerar um sentimento de
inveja e incômodo em quem não conseguiu passar por todas as etapas da felicidade futura.

Tenho 40 anos e zero medo de dizer que não aprendi a viver de maneira saudável com a minha aparência.
Continuo com meu cérebro programado para esperar o momento certo de acionar o botão felicidade, a
tal felicidade futura. Quando eu pesar 69 quilos, tiver dinheiro para comprar toda a coleção de roupas
da Ivy Park, dirigir um Land Rover e minha peruca de cabelo 100% humano balançando como nos
comerciais da L'Oréal eu serei feliz.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Me sinto um lixo quando percebo que não consigo valorizar todas as vitórias profissionais e emocionais
que tive nos últimos anos e fico à espera de um corpo, um carro, uma roupa e um penteado para ser
feliz. E eu sei que muitas das pessoas que lerão este texto também se sentem, sejam elas mulheres ou
homens ou sem gênero.

Às vezes me dói perceber que até a Beyoncé me impulsiona a me sentir ainda mais distante da felicidade.
Mesmo que ela faça roupas que vistam ao meu corpo tamanho 46 em eterno estado de dieta eu só a
vejo perfeita, sem erros, sem momentos que a distancie do padrão pré-estabelecido e imposto há anos
e agora impulsionado pelo instagramável. Tudo tem que ser instagramável.

Tem que estar bonito no Instagram para as pessoas curtirem, mandarem corações, elogiarem, escrevem
perfeita. Mas o que é ser perfeita? Será que estamos sendo reais ou meras marionetes a alimentar o
bolso de meia dúzia de homens brancos bilionários que estão determinando o momento em que eu serei
feliz, e este momento nunca é agora é sempre amanhã quando eu comprar a roupa y, fizer a cirurgia x
e dirigir o carro h?

Eu queria terminar este texto com uma receita mágica do que fazer pra sair deste sentimento pesado
de infelicidade do agora em busca da felicidade do amanhã que eu nem sei se existe, mas eu não tenho
essa receita. Eu só sei dizer que você é linda do jeito que você é. Mesmo que não existam referências,
faça do seu reflexo no espelho a sua própria referência e vá em busca de ser feliz agora.

Cristiane Guterres
Disponível em https://www.uol.com.br/universa/colunas/cris-guterres/2022/01/05/felicidade-x-ideal-de-beleza-o-conceito-
que-aprisiona-geracoes-de-mulheres.htm Acessado em 5/01/2022 Texto adaptado
* Beauty wash: banho de beleza
** Extreme makeover: programa do tipo reality show que consiste em reformar as residências dos participantes

Com o enunciado Mesmo que não existam referências, faça do seu reflexo no espelho a sua própria
referência e vá em busca de ser feliz agora, a autora do texto deixa às mulheres a seguinte mensagem:
a) respeite seu corpo como ele é.
b) busque a felicidade aceitando-se.
c) encare suas características físicas.
d) seja feliz apesar de seus defeitos.
e) acredite que você é perfeita.

Questão 236: FADESP -


Felicidade x ideal de beleza: o conceito que aprisiona gerações de mulheres

O filme preferido na minha adolescência era "As Patricinhas de Bervely Hills". Devo ter assistido mais de
cem vezes, cheguei até a decorar as falas das personagens e principalmente da Dionne. O ápice daquela
época, pra mim, foi conhecê-la. A personagem era interpretada pela atriz Stacey Dash, uma jovem
negra, bonita e rica.

Eu tinha 14 anos e era a primeira vez que via uma jovem negra de tranças na TV interpretando uma
adolescente como as jovens brancas que eu assistia nos filmes da Sessão da Tarde: linda, sem problemas
financeiros e que namorava. Uma menina negra vivenciando o amor era algo que, aos 14 anos, eu nunca
havia visto na TV ou na vida real.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Sucesso dos anos 90, não à toa, o filme transcendeu sua época e até hoje é muito comentado entre as
gerações z e millennial. Mas a marca que este filme deixou no meu interior foi muito maior e devastadora
do que a presença da Dionne. Há algum tempo venho percebendo o quanto eu aprendi durante a minha
adolescência que para atingir a felicidade precisava eu sempre ser mais magra, mais bonita, mais
popular.

Se puder criar um termo aqui e agora eu diria que nós, adolescentes dos anos 90, vivemos uma agressiva
beauty wash* durante a Sessão da Tarde. Não só o filme das patricinhas, mas a maioria dos filmes que
assistimos contribuiu para ferrar com o conceito que temos sobre o nosso corpo. Quase todos eles
mostravam garotas que pra alcançar o sucesso se submetiam a mudanças físicas e de comportamento.
Tiravam os óculos, o aparelho ortodôntico, mudavam as roupas, os cabelos e perdiam alguns quilos para
se sentirem realizadas e felizes.

Isso fez com que uma geração de mulheres aprendesse que felicidade só se alcança quando atingimos
um determinado ideal de beleza. É como se existisse um passaporte pela felicidade e ele fosse um
extreme makeover**. Você se reconstrói, se transforma e encontra aquele boy lindo dos sonhos,
conquista o emprego desejado, se torna uma das pessoas mais populares do seu grupo.

Mas isso tudo é só nos filmes. Porque com o passar dos anos nós descobrimos que muitos dos boys eram
tóxicos e que nem todas as garotas queriam conquistar homens, mas elas também amavam mulheres. O
trabalho dos sonhos pode ser algo criado por você mesma, uma empreendedora transformando sua
própria realidade através do seu empenho. E a popularidade? Ah! Em tempos de Instagram prefiro falar
sobre isso em outro texto.

Nós também descobrimos o quanto o ideal de beleza é uma contra resposta do machismo para as
conquistas políticas, sócio-econômicas das mulheres. Quanto maiores os nossos avanços na ocupação de
espaços para os quais fomos historicamente excluídas, maiores são as exigências de beleza expostas nas
capas de revistas, nas novelas, nos filmes. Consequentemente, maiores são os números de cirurgias
plásticas realizadas pelas mulheres.

E eu te pergunto: para agradar a quem? Quem estamos procurando agradar nesta busca por um corpo
perfeito? Parecemos querer agradar a todos menos a nós ou incomodar a todos, gerar um sentimento de
inveja e incômodo em quem não conseguiu passar por todas as etapas da felicidade futura.

Tenho 40 anos e zero medo de dizer que não aprendi a viver de maneira saudável com a minha aparência.
Continuo com meu cérebro programado para esperar o momento certo de acionar o botão felicidade, a
tal felicidade futura. Quando eu pesar 69 quilos, tiver dinheiro para comprar toda a coleção de roupas
da Ivy Park, dirigir um Land Rover e minha peruca de cabelo 100% humano balançando como nos
comerciais da L'Oréal eu serei feliz.

Me sinto um lixo quando percebo que não consigo valorizar todas as vitórias profissionais e emocionais
que tive nos últimos anos e fico à espera de um corpo, um carro, uma roupa e um penteado para ser
feliz. E eu sei que muitas das pessoas que lerão este texto também se sentem, sejam elas mulheres ou
homens ou sem gênero.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Às vezes me dói perceber que até a Beyoncé me impulsiona a me sentir ainda mais distante da felicidade.
Mesmo que ela faça roupas que vistam ao meu corpo tamanho 46 em eterno estado de dieta eu só a
vejo perfeita, sem erros, sem momentos que a distancie do padrão pré-estabelecido e imposto há anos
e agora impulsionado pelo instagramável. Tudo tem que ser instagramável.

Tem que estar bonito no Instagram para as pessoas curtirem, mandarem corações, elogiarem, escrevem
perfeita. Mas o que é ser perfeita? Será que estamos sendo reais ou meras marionetes a alimentar o
bolso de meia dúzia de homens brancos bilionários que estão determinando o momento em que eu serei
feliz, e este momento nunca é agora é sempre amanhã quando eu comprar a roupa y, fizer a cirurgia x
e dirigir o carro h?

Eu queria terminar este texto com uma receita mágica do que fazer pra sair deste sentimento pesado
de infelicidade do agora em busca da felicidade do amanhã que eu nem sei se existe, mas eu não tenho
essa receita. Eu só sei dizer que você é linda do jeito que você é. Mesmo que não existam referências,
faça do seu reflexo no espelho a sua própria referência e vá em busca de ser feliz agora.

Cristiane Guterres
Disponível em https://www.uol.com.br/universa/colunas/cris-guterres/2022/01/05/felicidade-x-ideal-de-beleza-o-conceito-
que-aprisiona-geracoes-de-mulheres.htm Acessado em 5/01/2022 Texto adaptado
* Beauty wash: banho de beleza
** Extreme makeover: programa do tipo reality show que consiste em reformar as residências dos participantes

Do enunciado É como se existisse um passaporte pela felicidade e ele fosse um extreme makeover** é
correto compreender que a felicidade é
a) o destino da pessoa que detém o passaporte.
b) a função do passaporte na vida de quem o possui.
c) a justificativa para a obtenção do passaporte.
d) a razão para se almejar o passaporte.
e) a origem do desejo de ter o passaporte.

Questão 237: FADESP -


Felicidade x ideal de beleza: o conceito que aprisiona gerações de mulheres

O filme preferido na minha adolescência era "As Patricinhas de Bervely Hills". Devo ter assistido mais de
cem vezes, cheguei até a decorar as falas das personagens e principalmente da Dionne. O ápice daquela
época, pra mim, foi conhecê-la. A personagem era interpretada pela atriz Stacey Dash, uma jovem
negra, bonita e rica.

Eu tinha 14 anos e era a primeira vez que via uma jovem negra de tranças na TV interpretando uma
adolescente como as jovens brancas que eu assistia nos filmes da Sessão da Tarde: linda, sem problemas
financeiros e que namorava. Uma menina negra vivenciando o amor era algo que, aos 14 anos, eu nunca
havia visto na TV ou na vida real.

Sucesso dos anos 90, não à toa, o filme transcendeu sua época e até hoje é muito comentado entre as
gerações z e millennial. Mas a marca que este filme deixou no meu interior foi muito maior e devastadora
do que a presença da Dionne. Há algum tempo venho percebendo o quanto eu aprendi durante a minha

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

adolescência que para atingir a felicidade precisava eu sempre ser mais magra, mais bonita, mais
popular.

Se puder criar um termo aqui e agora eu diria que nós, adolescentes dos anos 90, vivemos uma agressiva
beauty wash* durante a Sessão da Tarde. Não só o filme das patricinhas, mas a maioria dos filmes que
assistimos contribuiu para ferrar com o conceito que temos sobre o nosso corpo. Quase todos eles
mostravam garotas que pra alcançar o sucesso se submetiam a mudanças físicas e de comportamento.
Tiravam os óculos, o aparelho ortodôntico, mudavam as roupas, os cabelos e perdiam alguns quilos para
se sentirem realizadas e felizes.

Isso fez com que uma geração de mulheres aprendesse que felicidade só se alcança quando atingimos
um determinado ideal de beleza. É como se existisse um passaporte pela felicidade e ele fosse um
extreme makeover**. Você se reconstrói, se transforma e encontra aquele boy lindo dos sonhos,
conquista o emprego desejado, se torna uma das pessoas mais populares do seu grupo.

Mas isso tudo é só nos filmes. Porque com o passar dos anos nós descobrimos que muitos dos boys eram
tóxicos e que nem todas as garotas queriam conquistar homens, mas elas também amavam mulheres. O
trabalho dos sonhos pode ser algo criado por você mesma, uma empreendedora transformando sua
própria realidade através do seu empenho. E a popularidade? Ah! Em tempos de Instagram prefiro falar
sobre isso em outro texto.

Nós também descobrimos o quanto o ideal de beleza é uma contra resposta do machismo para as
conquistas políticas, sócio-econômicas das mulheres. Quanto maiores os nossos avanços na ocupação de
espaços para os quais fomos historicamente excluídas, maiores são as exigências de beleza expostas nas
capas de revistas, nas novelas, nos filmes. Consequentemente, maiores são os números de cirurgias
plásticas realizadas pelas mulheres.

E eu te pergunto: para agradar a quem? Quem estamos procurando agradar nesta busca por um corpo
perfeito? Parecemos querer agradar a todos menos a nós ou incomodar a todos, gerar um sentimento de
inveja e incômodo em quem não conseguiu passar por todas as etapas da felicidade futura.

Tenho 40 anos e zero medo de dizer que não aprendi a viver de maneira saudável com a minha aparência.
Continuo com meu cérebro programado para esperar o momento certo de acionar o botão felicidade, a
tal felicidade futura. Quando eu pesar 69 quilos, tiver dinheiro para comprar toda a coleção de roupas
da Ivy Park, dirigir um Land Rover e minha peruca de cabelo 100% humano balançando como nos
comerciais da L'Oréal eu serei feliz.

Me sinto um lixo quando percebo que não consigo valorizar todas as vitórias profissionais e emocionais
que tive nos últimos anos e fico à espera de um corpo, um carro, uma roupa e um penteado para ser
feliz. E eu sei que muitas das pessoas que lerão este texto também se sentem, sejam elas mulheres ou
homens ou sem gênero.

Às vezes me dói perceber que até a Beyoncé me impulsiona a me sentir ainda mais distante da felicidade.
Mesmo que ela faça roupas que vistam ao meu corpo tamanho 46 em eterno estado de dieta eu só a
vejo perfeita, sem erros, sem momentos que a distancie do padrão pré-estabelecido e imposto há anos
e agora impulsionado pelo instagramável. Tudo tem que ser instagramável.

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Tem que estar bonito no Instagram para as pessoas curtirem, mandarem corações, elogiarem, escrevem
perfeita. Mas o que é ser perfeita? Será que estamos sendo reais ou meras marionetes a alimentar o
bolso de meia dúzia de homens brancos bilionários que estão determinando o momento em que eu serei
feliz, e este momento nunca é agora é sempre amanhã quando eu comprar a roupa y, fizer a cirurgia x
e dirigir o carro h?

Eu queria terminar este texto com uma receita mágica do que fazer pra sair deste sentimento pesado
de infelicidade do agora em busca da felicidade do amanhã que eu nem sei se existe, mas eu não tenho
essa receita. Eu só sei dizer que você é linda do jeito que você é. Mesmo que não existam referências,
faça do seu reflexo no espelho a sua própria referência e vá em busca de ser feliz agora.

Cristiane Guterres
Disponível em https://www.uol.com.br/universa/colunas/cris-guterres/2022/01/05/felicidade-x-ideal-de-beleza-o-conceito-
que-aprisiona-geracoes-de-mulheres.htm Acessado em 5/01/2022 Texto adaptado
* Beauty wash: banho de beleza
** Extreme makeover: programa do tipo reality show que consiste em reformar as residências dos participantes

Do enunciado Me sinto um lixo quando percebo que não consigo valorizar todas as vitórias profissionais
e emocionais que tive nos últimos anos e fico à espera de um corpo, um carro, uma roupa e um penteado
para ser feliz. E eu sei que muitas das pessoas que lerão este texto também se sentem, sejam elas
mulheres ou homens ou sem gênero., entende-se que é comum
a) a supervalorização de bens materiais.
b) a frustração diante de exigências do mercado.
c) o sentimento de insatisfação sexual.
d) a busca daquilo que ainda não se conquistou.
e) o descontentamento com o próprio corpo.

Questão 238: FADESP -


Felicidade x ideal de beleza: o conceito que aprisiona gerações de mulheres

O filme preferido na minha adolescência era "As Patricinhas de Bervely Hills". Devo ter assistido mais de
cem vezes, cheguei até a decorar as falas das personagens e principalmente da Dionne. O ápice daquela
época, pra mim, foi conhecê-la. A personagem era interpretada pela atriz Stacey Dash, uma jovem
negra, bonita e rica.

Eu tinha 14 anos e era a primeira vez que via uma jovem negra de tranças na TV interpretando uma
adolescente como as jovens brancas que eu assistia nos filmes da Sessão da Tarde: linda, sem problemas
financeiros e que namorava. Uma menina negra vivenciando o amor era algo que, aos 14 anos, eu nunca
havia visto na TV ou na vida real.

Sucesso dos anos 90, não à toa, o filme transcendeu sua época e até hoje é muito comentado entre as
gerações z e millennial. Mas a marca que este filme deixou no meu interior foi muito maior e devastadora
do que a presença da Dionne. Há algum tempo venho percebendo o quanto eu aprendi durante a minha
adolescência que para atingir a felicidade precisava eu sempre ser mais magra, mais bonita, mais
popular.

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Se puder criar um termo aqui e agora eu diria que nós, adolescentes dos anos 90, vivemos uma agressiva
beauty wash* durante a Sessão da Tarde. Não só o filme das patricinhas, mas a maioria dos filmes que
assistimos contribuiu para ferrar com o conceito que temos sobre o nosso corpo. Quase todos eles
mostravam garotas que pra alcançar o sucesso se submetiam a mudanças físicas e de comportamento.
Tiravam os óculos, o aparelho ortodôntico, mudavam as roupas, os cabelos e perdiam alguns quilos para
se sentirem realizadas e felizes.

Isso fez com que uma geração de mulheres aprendesse que felicidade só se alcança quando atingimos
um determinado ideal de beleza. É como se existisse um passaporte pela felicidade e ele fosse um
extreme makeover**. Você se reconstrói, se transforma e encontra aquele boy lindo dos sonhos,
conquista o emprego desejado, se torna uma das pessoas mais populares do seu grupo.

Mas isso tudo é só nos filmes. Porque com o passar dos anos nós descobrimos que muitos dos boys eram
tóxicos e que nem todas as garotas queriam conquistar homens, mas elas também amavam mulheres. O
trabalho dos sonhos pode ser algo criado por você mesma, uma empreendedora transformando sua
própria realidade através do seu empenho. E a popularidade? Ah! Em tempos de Instagram prefiro falar
sobre isso em outro texto.

Nós também descobrimos o quanto o ideal de beleza é uma contra resposta do machismo para as
conquistas políticas, sócio-econômicas das mulheres. Quanto maiores os nossos avanços na ocupação de
espaços para os quais fomos historicamente excluídas, maiores são as exigências de beleza expostas nas
capas de revistas, nas novelas, nos filmes. Consequentemente, maiores são os números de cirurgias
plásticas realizadas pelas mulheres.

E eu te pergunto: para agradar a quem? Quem estamos procurando agradar nesta busca por um corpo
perfeito? Parecemos querer agradar a todos menos a nós ou incomodar a todos, gerar um sentimento de
inveja e incômodo em quem não conseguiu passar por todas as etapas da felicidade futura.

Tenho 40 anos e zero medo de dizer que não aprendi a viver de maneira saudável com a minha aparência.
Continuo com meu cérebro programado para esperar o momento certo de acionar o botão felicidade, a
tal felicidade futura. Quando eu pesar 69 quilos, tiver dinheiro para comprar toda a coleção de roupas
da Ivy Park, dirigir um Land Rover e minha peruca de cabelo 100% humano balançando como nos
comerciais da L'Oréal eu serei feliz.

Me sinto um lixo quando percebo que não consigo valorizar todas as vitórias profissionais e emocionais
que tive nos últimos anos e fico à espera de um corpo, um carro, uma roupa e um penteado para ser
feliz. E eu sei que muitas das pessoas que lerão este texto também se sentem, sejam elas mulheres ou
homens ou sem gênero.

Às vezes me dói perceber que até a Beyoncé me impulsiona a me sentir ainda mais distante da felicidade.
Mesmo que ela faça roupas que vistam ao meu corpo tamanho 46 em eterno estado de dieta eu só a
vejo perfeita, sem erros, sem momentos que a distancie do padrão pré-estabelecido e imposto há anos
e agora impulsionado pelo instagramável. Tudo tem que ser instagramável.

Tem que estar bonito no Instagram para as pessoas curtirem, mandarem corações, elogiarem, escrevem
perfeita. Mas o que é ser perfeita? Será que estamos sendo reais ou meras marionetes a alimentar o

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

bolso de meia dúzia de homens brancos bilionários que estão determinando o momento em que eu serei
feliz, e este momento nunca é agora é sempre amanhã quando eu comprar a roupa y, fizer a cirurgia x
e dirigir o carro h?

Eu queria terminar este texto com uma receita mágica do que fazer pra sair deste sentimento pesado
de infelicidade do agora em busca da felicidade do amanhã que eu nem sei se existe, mas eu não tenho
essa receita. Eu só sei dizer que você é linda do jeito que você é. Mesmo que não existam referências,
faça do seu reflexo no espelho a sua própria referência e vá em busca de ser feliz agora.

Cristiane Guterres
Disponível em https://www.uol.com.br/universa/colunas/cris-guterres/2022/01/05/felicidade-x-ideal-de-beleza-o-conceito-
que-aprisiona-geracoes-de-mulheres.htm Acessado em 5/01/2022 Texto adaptado
* Beauty wash: banho de beleza
** Extreme makeover: programa do tipo reality show que consiste em reformar as residências dos participantes

Para a autora, é instagramável o que


a) agrada aos usuários do Instagram.
b) está de acordo com os padrões.
c) é objeto da admiração geral.
d) se permite publicar na internet.
e) todos consideram unanimidade.

Questão 239: OBJETIVA CONCURSOS -


Como o pastel foi inventado?

Embora tenha ganhado forma, textura e ingredientes locais (mussarela, frango e carne moída, por
exemplo), o pastel foi inserido na nossa cultura por imigrantes do Extremo Oriente. Ou essa é a hipótese
mais aceita. A origem exata da receita não foi registrada, nem foi muito pesquisada, segundo afirma o
historiador e especialista em gastronomia Ricardo Maranhão.

A ideia é que o pastel teria se originado do chun juan, o rolinho primavera. O prato chinês é feito com
massa de farinha, recheio de vegetal e assado em uma frigideira untada. Por volta de 1890, imigrantes
chineses já vendiam os rolinhos no Brasil, por vezes com os recheios adaptados ao paladar local, como
a carne moída. E simplificando a massa folhada para uma camada só.

Esse pré-pastel ainda não era popular. A ascensão veio com a perseguição aos japoneses na Segunda
Guerra. Com vergonha e medo de serem escorraçados, já que o Brasil fez parte dos Aliados, os japoneses
aproveitaram a ignorância ocidental em relação à diferença entre sua cultura e a dos chineses e se
camuflaram nos hábitos dos outros. Eles, assim, assumiram a batuta do preparo e venda de pastéis.

A comunidade japonesa no Brasil já era, na época, muito maior que a chinesa. Isso permitiu ao pastel
se popularizar. Começaram a surgir pastelarias por São Paulo, e também as barraquinhas na feira, já
que muitos japoneses também eram feirantes que comercializavam frutas, hortaliças e legumes que
produziam no cinturão verde da capital paulista.

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De São Paulo, o pastel chegaria ao Rio de Janeiro, Belo Horizonte, e, enfim, ao País inteiro, com
variações locais. E, assim, deixou de ser uma especialidade exótica para ganhar o status de genuína
criação brasileira.

(Fonte: Uol - adaptado.)

Em conformidade com o texto, assinalar a alternativa CORRETA:


a) O pastel teria de originado do rolinho primavera, que é feito com massa de farinha, recheio de
vegetal e assado no forno.
b) Segundo Ricardo Maranhão, a origem exata da receita do pastel não foi muito pesquisada, mas
registrada.
c) Com variações locais, o pastel chegou do Rio de Janeiro a Belo Horizonte, e, enfim, ao País inteiro.
d) Por volta de 1890, imigrantes chineses já vendiam os rolinhos no Brasil, simplificando a massa
folhada para uma camada apenas.
e) Os chineses aproveitaram a ignorância ocidental em relação à diferença entre sua cultura e a dos
japoneses e se camuflaram nos hábitos dos outros.

Questão 240: OBJETIVA CONCURSOS -


Mudanças climáticas levam à queda em população de baleias, indica estudo

As baleias francas do Atlântico Norte quase foram extintas em razão da caça comercial no século 19.
Quando a prática foi proibida, a espécie se recuperou aos poucos. Mas, recentemente, em 2017,
aconteceu um declínio repentino na população. Um estudo publicado no periódico especializado
Oceanography tentou entender o motivo – e tudo indica que a culpa é das mudanças climáticas,
desencadeadas pela ação humana.

Os cientistas analisaram o Golfo do Maine, nos EUA, e o litoral da província canadense Nova Escócia.
Coletaram dados sobre a presença de plâncton, temperatura da água e outros parâmetros do oceano e,
é claro, avistamentos de baleias.

Esses números indicam que, de 2010 em diante, essas regiões do oceano foram alteradas como nunca
antes pelo aquecimento global. O baque é sentido com força pela corrente do Golfo – um fluxo natural
do Atlântico que tem origem no Golfo do México e influencia todo o clima da América do Norte e da
Europa.

Houve um aquecimento das águas na região do Golfo do Maine, o que criou um ambiente pouco favorável
para a alimentação das baleias – a população de crustáceos, por exemplo, que fazia parte das refeições
delas por lá, despencou.

Devido a isso, as baleias migraram rumo ao norte, até o Golfo de São Lourenço, no Canadá. Mas a espécie
também não se viu livre de problemas por lá: no novo habitat, elas não estariam protegidas contra
navios e equipamentos de pesca (como estavam no habitat anterior, por algumas medidas de
conservação).

Existem algumas medidas que são adotadas por autoridades do Canadá e dos EUA para evitar que as
baleias encontrem pescadores no Atlântico Norte. As medidas envolvem, por exemplo, restrições de

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velocidade para navios; pausas nas atividades pesqueiras quando uma baleia é avistada;
enfraquecimento das cordas utilizadas nas armadilhas de pesca.

Mas os cientistas afirmam que a melhor solução para o problema da pesca seria uma mudança
tecnológica: a adoção de materiais de pesca sem corda. Algo que dependeria, claro, de políticas públicas
forçando o emprego dessas tecnologias alternativas.

(Site: Abril - adaptado.)

Em conformidade com o texto, assinalar a alternativa CORRETA:


a) As baleias migraram rumo ao norte, até o Golfo de São Lourenço, no Canadá, unicamente pelo
aumento do aquecimento das águas na região do Golfo do Maine, o qual não acarreta nenhuma
consequência direta para elas.
b) A análise dos cientistas foi feita no litoral da província canadense Nova Escócia, local em que
reuniram dados sobre a presença de plâncton e a temperatura da água apenas.
c) A migração das baleias rumo ao norte, até o Golfo de São Lourenço, no Canadá, livra a espécie de
problemas como navios e equipamentos de pesca.
d) Autoridades do Canadá e dos EUA adotam algumas medidas, entre outras, como restrição de
velocidade para navios, a fim de evitar que as baleias encontrem pescadores no Atlântico Norte.
e) Em razão da caça comercial do século 19, as baleias francas do Atlântico Norte quase foram extintas.
Mesmo quando a prática foi proibida, a espécie não se recuperou.

Questão 241: RBO - Considere o trecho abaixo para responder à questão.

“De todas as obras que alguma vez se escreveram sobre política, talvez nenhuma provoque a sensação
de perene atualidade que, desde há quinhentos anos, continua a desprender-se das páginas d’O
PRÍNCIPE. A terminologia, os conceitos e, por maioria de razão, os exemplos nele invocados, sejam da
Europa do Quattrocento, ou da Antiguidade grecoromana, estão, obviamente, datados. Porém, a
impressão que se colhe da sua leitura é a de que o livro se dirige a nós, aqui e agora, e de que existe
no seu significado alguma coisa que sobrevive e extravasa as circunstâncias em que, sucessiva e
diferentemente, foi sendo lido. Dir-se-ia que a fortuna d’O PRÍNCIPE é uma “fortuna verde”, igual à que
Maquiavel atribui a César Borgia, uma fortuna reiteradamente verde, cuja verdura desafia o passar dos
tempos com a mesma temeridade com que desafia as coisas da política, trazendo à superfície de um
texto literariamente soberbo o que nessas mesmas coisas se tem por indizível e impensável, ou que,
muito simplesmente, não se ousa nomear.

Esse caráter de permanente novidade do texto, que transparece em leituras tão diferentes como aquelas
que dele fizeram Espinosa, Bayle, Fichte, Hegel, Clausewitz, Gramsci, Cassirer, Leo Strauss ou Althusser,
para citar apenas alguns dos mais relevantes, não se resume unicamente à sua condição de clássico.
Decerto os clássicos são autores que nos continuam a questionar e a tocar, quer ao entendimento, quer
ao afeto, e em cujas obras se desenha um cânon, intelectual, moral ou estético, que prevalece muito
para lá do seu tempo. Contudo, a forma como somos tocados e questionados por Maquiavel é,
literalmente, insólita. Nele, não existe uma teoria claramente identificável, uma doutrina que se
compare a tantas outras que enxameiam a história do pensamento político e que, a esse título,
suscitasse, hoje em dia, adesão ou rejeição. A insistente condenação do livro, como do seu autor,
envolta ao longo dos tempos num caudal de senso comum e de ideologias várias, é mais um estado de
alma, um esconjuro da imoralidade em política – o maquiavelismo – do que propriamente uma rejeição

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de possíveis teses por ele sustentadas. Tampouco se vislumbra, em toda a obra de Maquiavel, uma
organização coerente da experiência, uma súmula de fatos a que pudesse atribuir-se um significado
inequívoco ou de onde se extraísse uma orientação prática para situações análogas. A interminável
discussão entre aqueles que o têm por metre de soberanos, eficientes mas pouco escrupulosos, e os que
preferem ver nele um avisado inspirador da república e da liberdade – seja a dos cidadãos, seja a dos
povos – é bem a imagem dessa ambiguidade que parece inscrita no cerne das suas proposições. Em rigor,
talvez seja impossível garantir nesses termos “o que pensava Maquiavel”, ou mesmo “o que diz O
PRÍNCIPE”: será, de fato, uma obra onde o mal se faz passar por bem, “escrita pelo punho do diabo”,
como tanta gente suspeitou, desde muito cedo, e que tenta legitimar a prepotência dos soberanos
absolutos? Ou será antes uma sátira, que os homens avisados sempre perceberam como tal, mas que,
de tão engenhosa e camuflada, passou e ainda passa por elogio aos soberanos, como pretenderam, por
exemplo, Espinosa, Rousseau e a ENCYCLOPÉDIE? Ou não será uma coisa nem outra, antes “uma espécie
de manifesto político”, como viria a sustentar Antonio Gramsci? As opiniões sucedem-se e o “enigma”
de Maquiavel, como lhe chama Claude Lefort, na sequência, aliás, do que à sua maneira já assegurara
Croce, persiste. No entanto, apesar da indeterminação que envolve o seu significado, este livro
inclassificável, porventura definitivamente incompreensível sob certos aspectos, interpelanos de modo
tal, esteve e está de tal maneira presente em toda a Modernidade, que é impossível ficar-lhe indiferente
ou arrumá-lo definitivamente numa época – a sua – com a qual já pouco ou nada tivéssemos a ver. A que
é que se deve esse fascínio sempre renovado, essa sensação de proximidade, essa “fortuna verde” d’O
PRÍNCIPE?”

(Diogo Pires Aurélio, O PRÍNCIPE, Nicolau Maquiavel, Tradução, introdução e notas, São Paulo, Editora 34, 2020, pp.8-9.).

Depreende-se do texto que “O Príncipe” é uma obra cujo alcance deve-se


a) a uma teorização unívoca que foi se revestindo de novas leituras e novos significados ao longo dos
séculos.
b) à possibilidade de uma dupla leitura, podendo-se separar o significado que suscitou à época da sua
primeira edição e o significado que tem para o leitor de hoje.
c) a uma ambiguidade decorrente do seu caráter de obra aberta, que o torna um texto importante
para a compreensão da evolução do pensamento político moderno, porém superado por teorizações
posteriores.
d) ao seu caráter polivalente que despertou e continua a despertar interpretações diferentes e
portadoras de sentido nas diferentes épocas em que foi e continua a ser lido.
e) ao seu aspecto de obra que se renova permanentemente, afastando-se cada vez mais dos verdadeiros
objetivos pretendidos pelo autor, tendo perdido grande parte da força do seu pensamento original.

Questão 242: RBO - Considere o trecho abaixo para responder à questão.

“ Talvez pareça excessivo o escrúpulo do Cotrim, a quem não souber que ele possuía um caráter
ferozmente honrado. Eu mesmo fui injusto com ele durante os anos que se seguiram ao inventário de
meu pai, Reconheço que era um modelo. Arguiamno de avareza, e cuido que tinham razão; mas a
avareza é apenas a exageração de uma virtude e as virtudes devem ser como os orçamentos: melhor é
o saldo que o déficit. Como era muito seco de maneiras tinha inimigos, que chegavam a acusalo de
bárbaro. O único fato alegado neste particular era o de mandar com frequência escravos ao calabouço,
donde eles desciam a escorrer sangue; mas, além de que ele só mandava os perversos e os fujões, ocorre
que, tendo longamente contrabandeado em escravos, habituara-se de certo modo ao trato um pouco
mais duro que esse gênero de negócio requeria, e não se pode honestamente atribuir à índole original

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de um homem o que é puro efeito de relações sociais. A prova de que o Cotrim tinha sentimentos pios
encontrava-se no seu amor aos filhos, e na dor que padeceu quando lhe morreu Sara, dali a alguns
meses; prova irrefutável, acho eu, e não única.”

(Machado de Assis, MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS, Cotia, Ateliê Editorial, 2001, p.224)

Levando-se em conta a análise que o narrador faz do caráter de Cotrim, é possível concluir que este
a) se caracteriza por um conjunto de traços negativos resultantes, sobretudo, da sua própria índole.
b) aparece como um homem cujo comportamento, censurável sob certos aspectos, não deixa de
endossar um conjunto de valores inerentes ao seu meio social.
c) é apresentado como uma pessoa seca de maneiras na medida em que se revela incapaz de qualquer
gesto altruísta.
d) é enaltecido como um modelo de comportamento social e dono de um repertório de virtudes, sem
traços capazes de macular sua imagem.
e) é mostrado por meio de uma relativização, podendo-se reconhecer em seus vícios nada mais que o
preconceito do narrador.

Questão 243: OBJETIVA CONCURSOS -


Por que a Lua é importante para a Terra?

Durante séculos, o homem vem estudando a Lua e tentando descobrir como ela se formou e como passou
a orbitar a Terra. O que se sabe, no entanto, é que nosso satélite natural é essencial para que haja vida
por aqui.

A força da gravidade que a Lua exerce sobre a Terra e que a Terra exerce sobre a Lua causa uma espécie
de cabo de guerra — chamado de puxão gravitacional. Isso faz com que grandes massas de água, como
os oceanos, se movam dependendo da posição da Lua em relação à Terra.

Essa movimentação também acontece no material que existe no interior da Terra. Ao se mover, ele se
torna muito aquecido, derretendo o silicato presente ali e formando o manto e o magma. Isso faz com
que o planeta se mantenha vivo, em constante movimento.

A gravidade também estabiliza o movimento de rotação do nosso planeta, evitando mudanças em seu
eixo. E é graças a esse eixo de rotação que, durante o ano, há uma alternância dos hemisférios que se
voltam para o Sol. É também por isso que existem as quatro estações do ano, que mantêm as zonas
climáticas em equilíbrio. Tudo isso é essencial para que os seres vivos tenham condições de se
desenvolver.

A Lua também funciona como um escudo para a Terra, protegendo nosso planeta de grandes asteroides
ou cometas.
(Fonte: Uol - adaptado.)

Em conformidade com o texto, analisar os itens abaixo:

I. A Lua é um satélite natural, sendo essencial para que haja vida na Terra.
II. A gravidade é responsável por estabilizar o movimento de rotação da Terra, evitando mudanças em
seu eixo.

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III. É graças ao eixo de gravidade que, durante dois anos, há uma alternância dos hemisférios que se
voltam para a Lua.

Está(ão) CORRETO(S):
a) Somente o item I.
b) Somente o item II.
c) Somente os itens I e II.
d) Somente os itens I e III.
e) Todos os itens.

Questão 244: OBJETIVA CONCURSOS -


Por que a Lua é importante para a Terra?

Durante séculos, o homem vem estudando a Lua e tentando descobrir como ela se formou e como passou
a orbitar a Terra. O que se sabe, no entanto, é que nosso satélite natural é essencial para que haja vida
por aqui.

A força da gravidade que a Lua exerce sobre a Terra e que a Terra exerce sobre a Lua causa uma espécie
de cabo de guerra — chamado de puxão gravitacional. Isso faz com que grandes massas de água, como
os oceanos, se movam dependendo da posição da Lua em relação à Terra.

Essa movimentação também acontece no material que existe no interior da Terra. Ao se mover, ele se
torna muito aquecido, derretendo o silicato presente ali e formando o manto e o magma. Isso faz com
que o planeta se mantenha vivo, em constante movimento.

A gravidade também estabiliza o movimento de rotação do nosso planeta, evitando mudanças em seu
eixo. E é graças a esse eixo de rotação que, durante o ano, há uma alternância dos hemisférios que se
voltam para o Sol. É também por isso que existem as quatro estações do ano, que mantêm as zonas
climáticas em equilíbrio. Tudo isso é essencial para que os seres vivos tenham condições de se
desenvolver.

A Lua também funciona como um escudo para a Terra, protegendo nosso planeta de grandes asteroides
ou cometas.
(Fonte: Uol - adaptado.)

Em conformidade com o texto, assinalar a alternativa CORRETA:


a) O homem não vem estudando a lua e nem tentou descobrir como ela se formou.
b) O chamado puxão gravitacional se refere à força da gravidade que a Lua exerce sobre a Terra e que
a Terra exerce sobre a Lua.
c) Existe uma movimentação que ocorre no interior da Terra, fazendo com que ele se torne gélido.
d) A gravidade é a razão pela qual existem as quatro estações do ano, que são responsáveis por manter
as zonas climáticas em desarranjo.
e) A Terra funciona como uma espécie de escudo para a Lua, protegendo o satélite contra impactos
de grandes cometas.

Questão 245: OBJETIVA CONCURSOS -


De onde saiu o bordão do carro da pamonha?

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“Olha aí, olha aí, freguesia . São as deliciosas pamonhas de Piracicaba”. O autor dessa pérola é Dirceu
Bigelli – um vendedor de pamonhas que de fato atuava na cidade de Piracicaba, no interior de São Paulo.
Ele morreu aos 39 anos, em 1990, em um acidente automobilístico.

Dirceu originalmente falava ao vivo em um microfone enquanto dirigia, mas a garganta não aguentou o
tranco e ele resolveu compilar suas frases mais características em uma fita cassete. Em uma entrevista
à EPTV, o irmão de Dirceu, chamado Airton, exalta o tino comercial do vendedor: “O talento dele para
o negócio era nato. Sozinho, ele vendia até mil unidades por dia”.

A gravação se espalhou pelo Sudeste e além, e hoje acompanha centenas de carros que vendem o
quitute. Até Washington Olivetto prestou sua homenagem – e usou o bordão certa vez para anunciar
uma festa de aniversário de sua agência publicitária, a W/Brasil.
(Fonte: Super Interessante - adaptado)

Em conformidade com o texto, marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar
a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:

(_) O autor do bordão do carro da pamonha é um vendedor do quitute que de fato atuava na cidade de
Piracicaba, no interior de São Paulo.

(_) Certa vez, para anunciar uma festa de aniversário de sua agência publicitária, a W/Brasil,
Washington Olivetto usou o bordão do carro da pamonha

(_) Dirceu, desde o início, fez uso de gravação contendo suas frases mais características.

a) C - C - E.
b) E - C - C.
c) C - E - E.
d) E - E - C.
e) C - E - C.

Questão 246: IBADE -


O IMPACTO DA TECNOLOGIA EM NOSSAS VIDAS

Vivemos o ápice da influência tecnológica no mundo e não tem como negar. Estamos conectados o
tempo todo, seja pelo celular ou computador. O impacto da tecnologia em nossas vidas é extremamente
visível. Mas, isso é algo bom ou ruim?

A tecnologia facilita muito a nossa rotina e é um ótimo entretenimento. Com apenas uns cliques,
compartilhamos coisas pessoais, entramos em contato com aquele parente distante, descobrimos uma
nova música e assistimos a vários episódios de determinada série, mesmo off-line.

Conseguimos armazenar milhares de músicas na palma de nossas mãos, temos televisões com a maior
definição de imagem existente, guardamos todos os tipos de fotos e documentos pessoais na nuvem e
podemos acessá-los a qualquer hora e em qualquer lugar.

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Há alguns anos, não tínhamos o hábito de olhar o celular assim que acordávamos, ou passar a noite
inteira em claro vagando pelas redes sociais. Hoje em dia, se uma tragédia acontecer há milhares de
quilômetros de distância de onde estamos, sabemos instantaneamente. A tecnologia modificou
completamente nosso cotidiano, trazendo muitos benefícios e alguns malefícios também.

O lado ruim é que estamos tão ligados nas nossas vidas online, que esquecemos de manter o contato
off-line. Não prestamos mais atenção no mundo a nossa volta, não conversamos mais pessoalmente.

Por recebermos tantas informações o tempo todo, tornamo-nos mais desatentos. Parece que não
podemos ficar sem encontrar coisas novas, é um pecado deixar o celular de lado, ficamos dependentes
dessa conexão.

Outros pontos ruins são os problemas de visão que foram desenvolvidos nos últimos anos por ficar muito
tempo vendo a tela do celular e os problemas de audição por ouvir coisas muito altas no fone de ouvido.

A obesidade também é um fator que vem encadeando essas mudanças de hábito. As pessoas ficam a
maior parte de seu tempo sentadas, por conta da comodidade de comprar on-line, não precisam mais ir
até a loja, nem sair para pedir o almoço, pois existem vários aplicativos para isso.

Segundo a OMS, o sedentarismo está presente em 23% dos adultos; já nos mais jovens, esse índice é de
81%. Consequência direta do uso de videogames, celulares e computadores.

É importante ter um planejamento de quantas horas por dia você vai dedicar à tecnologia, para não
perder o foco e a produtividade. Apesar de ser algo incrível, ela também pode trazer consequências
sérias e permanentes a nossa saúde. Como todas as outras coisas, ela deve ser apreciada com
moderação.

Disponível em: https://www.madeinweb.com.br/o-impacto-da-tecnologia-emnossas -vidas/Adaptado

Após a leitura do texto, infere-se que, no:


a) Primeiro parágrafo, menciona-se o quão mal a tecnologia faz ao ser humano. No final, ele nos exorta
com uma pergunta retórica, deixando claro que isso não é bom.
b) Terceiro parágrafo, esclarece-se que a internet é o nosso meio de vida singular, único, exclusivo,
de modo que podemos ter acesso a todos os melhores e mais modernos equipamentos por um preço que
todos podem pagar.
c) Segundo parágrafo, o texto deixa claro que tudo pode ser conectado à internet, mesmo que ela
esteja em modo off-line. Isso gera menos custos para o consumidor.
d) Segundo parágrafo, ocorre a síntese do texto, o momento em que ele deixa claro todas as vantagens
que a tecnologia tem a nos oferecer, todos os seus benefícios.
e) Primeiro parágrafo, o texto não deixa claro se a conexão em tempo integral é positiva ou negativa,
deixando que o leitor faça sua própria análise. No final, ele nos exorta a pensar sobre o assunto.

Questão 247: CEBRASPE (CESPE) -


O texto mais célebre de A República é sem dúvida a Alegoria da Caverna, em que Platão, utilizando-
se de linguagem alegórica, discute o processo pelo qual o ser humano pode passar da visão habitual que
tem das coisas, “a visão das sombras”, unidirecional, condicionada pelos hábitos e preconceitos que
adquire ao longo de sua vida, até a visão do Sol, que representa a possibilidade de alcançar o

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conhecimento da realidade em seu sentido mais elevado e compreendê-la em sua totalidade. A visão do
Sol representa não só o alcance da Verdade e, portanto, do conhecimento em sua acepção mais
completa, já que o Sol é “a causa de tudo”, mas também, como diz Sócrates na conclusão dessa
passagem: “Nos últimos limites do mundo inteligível, aparece-me a ideia do Bem, que se percebe com
dificuldade, mas que não se pode ver sem se concluir que ela é a causa de tudo o que há de reto e de
belo. Acrescento que é preciso vê-la se se quer comportar-se com sabedoria, seja na vida privada, seja
na vida pública.”.

De acordo com este texto, a possibilidade de um indivíduo tornar-se justo e virtuoso depende de um
processo de transformação pelo qual deve passar. Assim, afasta-se das aparências, rompe com as cadeias
de preconceitos e condicionamentos e adquire o verdadeiro conhecimento. Tal processo culmina com a
visão da forma do Bem, representada pela matéria do Sol. O sábio é aquele que atinge essa percepção.
Para Platão, conhecer o Bem significa tornar-se virtuoso. Aquele que conhece a justiça não pode deixar
de agir de modo justo.

Danilo Marcondes. Textos básicos


de ética: de Platão a Foucault. 1ª ed. Rio de Janeiro: Jahar, 2007, p. 31 (com adaptações).

Em relação às ideias, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
subsecutivo.

Depreende-se do texto que as visões de Sócrates e Platão convergem ao relacionar a justiça ao


conhecimento do Bem.
Certo
Errado

Questão 248: CEBRASPE (CESPE) -


O texto mais célebre de A República é sem dúvida a Alegoria da Caverna, em que Platão, utilizando-
se de linguagem alegórica, discute o processo pelo qual o ser humano pode passar da visão habitual que
tem das coisas, “a visão das sombras”, unidirecional, condicionada pelos hábitos e preconceitos que
adquire ao longo de sua vida, até a visão do Sol, que representa a possibilidade de alcançar o
conhecimento da realidade em seu sentido mais elevado e compreendê-la em sua totalidade. A visão do
Sol representa não só o alcance da Verdade e, portanto, do conhecimento em sua acepção mais
completa, já que o Sol é “a causa de tudo”, mas também, como diz Sócrates na conclusão dessa
passagem: “Nos últimos limites do mundo inteligível, aparece-me a ideia do Bem, que se percebe com
dificuldade, mas que não se pode ver sem se concluir que ela é a causa de tudo o que há de reto e de
belo. Acrescento que é preciso vê-la se se quer comportar-se com sabedoria, seja na vida privada, seja
na vida pública.”.

De acordo com este texto, a possibilidade de um indivíduo tornar-se justo e virtuoso depende de um
processo de transformação pelo qual deve passar. Assim, afasta-se das aparências, rompe com as cadeias
de preconceitos e condicionamentos e adquire o verdadeiro conhecimento. Tal processo culmina com a
visão da forma do Bem, representada pela matéria do Sol. O sábio é aquele que atinge essa percepção.
Para Platão, conhecer o Bem significa tornar-se virtuoso. Aquele que conhece a justiça não pode deixar
de agir de modo justo.

Danilo Marcondes. Textos básicos

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de ética: de Platão a Foucault. 1ª ed. Rio de Janeiro: Jahar, 2007, p. 31 (com adaptações).

Em relação às ideias, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
subsecutivo.

Considerando-se as ideias de Platão e Sócrates apresentadas no texto, é possível concluir, se se acredita


que pessoas que operam sua vivência unicamente a partir de redes sociais vivem de aparências, que tais
pessoas não conhecem a Verdade.
Certo
Errado

Questão 249: CEBRASPE (CESPE) -


Muito tem sido escrito e debatido sobre a afirmativa de que a “Internet é terra de ninguém”. Tal
afirmativa não é de hoje, mas ainda alimenta uma sensação de impunidade ou de falsa responsabilidade
do que é postado ou compartilhado na Internet e pelas redes sociais. A expressão fakes news, em
particular, representa um estrangeirismo que mascara diversos crimes cometidos contra a honra, como
injúria, calúnia e difamação. Sob um olhar semântico, dizer “compartilhei fake news de alguém” não
carrega qualquer sentimento de culpa, ou se carrega, ela é mínima. Agora, dizer “cometi um crime
contra honra” já traz outras implicações, não só de ordem jurídica, mas também de grande
responsabilidade pessoal.

Marcelo Hugo da Rocha e Fernando Elias José. Cancelado:


a cultura do cancelamento e o prejulgamento nas redes sociais. Belo Horizonte, MG: Letramento, 2021, p. 36 (com adaptações).

No que se refere às ideias, aos sentidos e às construções linguísticas do texto precedente, assim como
a sua tipologia, julgue o item a seguir.

No texto, as frases ‘compartilhei fake news de alguém’ e ‘cometi um crime contra honra’ são
consideradas equivalentes, já que o compartilhamento de fake news pode ser crime.
Certo
Errado

Questão 250: CEBRASPE (CESPE) -


A PETROBRAS responde por cerca de 80% dos combustíveis ofertados no Brasil. Para isso, muito foi
investido em infraestrutura, com operações que consomem quase 100 bilhões de reais ao ano, conforme
dados de 2021.

O caminho do petróleo do poço até virar combustível no carro das pessoas é longo e complexo. Começa
na procura: acertar onde furar e encontrar petróleo exige conhecimento técnico de geólogos e geofísicos
e bastante investimento. E, mesmo com um time de experts do mais alto nível, achar petróleo não é
certo.

Transportar o petróleo do mar até as refinarias é também uma tarefa complexa, para a qual são
utilizados dutos e navios. Em terra, ele é tratado em refinarias, que separam desse óleo as frações de
gasolina, diesel e gás de cozinha, entre outros derivados. Os produtos são então disponibilizados às
diversas distribuidoras que hoje atendem o mercado brasileiro, responsáveis por fazer chegar cada um
deles aos consumidores finais.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Internet: <duvidasgasolina.petrobras.com.br> (com adaptações).

Considerando as ideias, os sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item


subsequente.

Infere-se do texto que achar petróleo não é uma certeza porque os erros na identificação do local de
perfuração impedem o reconhecimento da localização exata do produto.
Certo
Errado

Questão 251: CEBRASPE (CESPE) -


A PETROBRAS responde por cerca de 80% dos combustíveis ofertados no Brasil. Para isso, muito foi
investido em infraestrutura, com operações que consomem quase 100 bilhões de reais ao ano, conforme
dados de 2021.

O caminho do petróleo do poço até virar combustível no carro das pessoas é longo e complexo. Começa
na procura: acertar onde furar e encontrar petróleo exige conhecimento técnico de geólogos e geofísicos
e bastante investimento. E, mesmo com um time de experts do mais alto nível, achar petróleo não é
certo.

Transportar o petróleo do mar até as refinarias é também uma tarefa complexa, para a qual são
utilizados dutos e navios. Em terra, ele é tratado em refinarias, que separam desse óleo as frações de
gasolina, diesel e gás de cozinha, entre outros derivados. Os produtos são então disponibilizados às
diversas distribuidoras que hoje atendem o mercado brasileiro, responsáveis por fazer chegar cada um
deles aos consumidores finais.

Internet: <duvidasgasolina.petrobras.com.br> (com adaptações).

Considerando as ideias, os sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item


subsequente.

A informação apresentada no primeiro período do segundo parágrafo é desenvolvida no restante do


segundo parágrafo e no terceiro parágrafo.
Certo
Errado

Questão 252: CEBRASPE (CESPE) -


Alguns linguistas acreditam que o Homo erectus, há mais ou menos 1 milhão e meio de anos, já tinha
uma linguagem. Os argumentos que eles dão são que o Homo erectus tinha um cérebro relativamente
grande e usava ferramentas de pedra primitivas, porém bastante padronizadas. Essa hipótese pode ser
verdadeira, mas pode também estar bem longe do correto. O uso de ferramentas certamente não requer
linguagem.

Chimpanzés usam galhos como ferramentas para caçar cupins, ou pedras para quebrar nozes.
Obviamente, mesmo as ferramentas mais primitivas do Homo erectus (pedras lascadas) são muito mais

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sofisticadas que qualquer coisa usada por chimpanzés, mas ainda assim não há uma razão convincente
para crer que essas pedras não pudessem ter sido produzidas sem linguagem.

O tamanho do cérebro é igualmente problemático como indicador da presença de linguagem, porque


ninguém tem uma boa ideia de quanto cérebro exatamente é necessário para a linguagem. Além disso,
a capacidade para a linguagem pode ter permanecido latente no cérebro por milhões de anos, sem ter
sido de fato colocada em uso.

Guy Deutscher. O desenrolar da linguagem.


Renato Basso e Guilherme Henrique May (Trad.). Campinas: Mercado de Letras, 2014, p. 28-29 (com adaptações).

A respeito das ideias, dos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se
segue.

O autor do texto contesta os argumentos usados por alguns linguistas que defendem a ideia de que o
Homo erectus apresentava linguagem.
Certo
Errado

Questão 253: CEBRASPE (CESPE) -


Alguns linguistas acreditam que o Homo erectus, há mais ou menos 1 milhão e meio de anos, já tinha
uma linguagem. Os argumentos que eles dão são que o Homo erectus tinha um cérebro relativamente
grande e usava ferramentas de pedra primitivas, porém bastante padronizadas. Essa hipótese pode ser
verdadeira, mas pode também estar bem longe do correto. O uso de ferramentas certamente não requer
linguagem.

Chimpanzés usam galhos como ferramentas para caçar cupins, ou pedras para quebrar nozes.
Obviamente, mesmo as ferramentas mais primitivas do Homo erectus (pedras lascadas) são muito mais
sofisticadas que qualquer coisa usada por chimpanzés, mas ainda assim não há uma razão convincente
para crer que essas pedras não pudessem ter sido produzidas sem linguagem.

O tamanho do cérebro é igualmente problemático como indicador da presença de linguagem, porque


ninguém tem uma boa ideia de quanto cérebro exatamente é necessário para a linguagem. Além disso,
a capacidade para a linguagem pode ter permanecido latente no cérebro por milhões de anos, sem ter
sido de fato colocada em uso.

Guy Deutscher. O desenrolar da linguagem.


Renato Basso e Guilherme Henrique May (Trad.). Campinas: Mercado de Letras, 2014, p. 28-29 (com adaptações).

A respeito das ideias, dos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se
segue.

O fato de que alguns animais, como chimpanzés, também utilizam ferramentas enfraquece o argumento
de que se requer linguagem para usar ferramentas.
Certo
Errado

Questão 254: CEBRASPE (CESPE) -

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Alguns linguistas acreditam que o Homo erectus, há mais ou menos 1 milhão e meio de anos, já tinha
uma linguagem. Os argumentos que eles dão são que o Homo erectus tinha um cérebro relativamente
grande e usava ferramentas de pedra primitivas, porém bastante padronizadas. Essa hipótese pode ser
verdadeira, mas pode também estar bem longe do correto. O uso de ferramentas certamente não requer
linguagem.

Chimpanzés usam galhos como ferramentas para caçar cupins, ou pedras para quebrar nozes.
Obviamente, mesmo as ferramentas mais primitivas do Homo erectus (pedras lascadas) são muito mais
sofisticadas que qualquer coisa usada por chimpanzés, mas ainda assim não há uma razão convincente
para crer que essas pedras não pudessem ter sido produzidas sem linguagem.

O tamanho do cérebro é igualmente problemático como indicador da presença de linguagem, porque


ninguém tem uma boa ideia de quanto cérebro exatamente é necessário para a linguagem. Além disso,
a capacidade para a linguagem pode ter permanecido latente no cérebro por milhões de anos, sem ter
sido de fato colocada em uso.

Guy Deutscher. O desenrolar da linguagem.


Renato Basso e Guilherme Henrique May (Trad.). Campinas: Mercado de Letras, 2014, p. 28-29 (com adaptações).

A respeito das ideias, dos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se
segue.

A expressão “Além disso” introduz o argumento mais forte apresentado pelo autor do texto para
comprovar sua tese acerca do surgimento da linguagem humana.
Certo
Errado

Questão 255: CEBRASPE (CESPE) -


Uma vez estabelecida a ordem política, a caminhada civilizatória deu seus primeiros passos e, com o
início de sua organização em vilas, aldeias, comunas ou cidades, houve também a necessidade de criar
poderes instrumentais para que alguns de seus integrantes gerissem os interesses coletivos. Os
instrumentos de controle surgiram, então, muito antes do Estado moderno e apontam para a
Antiguidade.

No Egito, a arrecadação de tributos já era controlada por escribas; na Índia, o Código de Manu trazia
normas de administração financeira; o Senado Romano, com o auxílio dos questores, fiscalizava a
utilização dos recursos do Tesouro; e, na Grécia, os legisperitos surgiram como embriões dos atuais
tribunais de contas.

Com o nascimento do estado democrático de direito, torna-se inseparável dele a ideia de controle, visto
que, para que haja estado de direito, é indispensável que haja instituições e mecanismos hábeis para
garantir a submissão à lei. Desde então, consolidou-se, majoritariamente, a existência de dois sistemas
de controle no mundo: o primeiro, de origem anglo-saxã, denominado sistema de controladorias ou
sistema de auditoriasgerais; e o segundo, de origem romano-germânica, denominado sistema de
tribunais de contas.

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A finalidade tradicional desses modelos de controle, que se convencionou chamar de entidade de


fiscalização superior (EFS), é assegurar que a administração pública atue em consonância com os
princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico, cuja finalidade principal é defender os
interesses da coletividade. No Brasil, a arquitetura constitucional dedicou aos tribunais de contas essa
tarefa.

Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun. Os tribunais de contas na era da governança pública:
focos, princípios e ciclos estratégicos do controle externo.
Internet: <www.tcees.tc.br> (com adaptações).

Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.

Depreende-se do texto que a forma de organização das sociedades no espaço geográfico foi
determinante para a criação de instrumentos de controle.
Certo
Errado

Questão 256: CEBRASPE (CESPE) -


Uma vez estabelecida a ordem política, a caminhada civilizatória deu seus primeiros passos e, com o
início de sua organização em vilas, aldeias, comunas ou cidades, houve também a necessidade de criar
poderes instrumentais para que alguns de seus integrantes gerissem os interesses coletivos. Os
instrumentos de controle surgiram, então, muito antes do Estado moderno e apontam para a
Antiguidade.

No Egito, a arrecadação de tributos já era controlada por escribas; na Índia, o Código de Manu trazia
normas de administração financeira; o Senado Romano, com o auxílio dos questores, fiscalizava a
utilização dos recursos do Tesouro; e, na Grécia, os legisperitos surgiram como embriões dos atuais
tribunais de contas.

Com o nascimento do estado democrático de direito, torna-se inseparável dele a ideia de controle, visto
que, para que haja estado de direito, é indispensável que haja instituições e mecanismos hábeis para
garantir a submissão à lei. Desde então, consolidou-se, majoritariamente, a existência de dois sistemas
de controle no mundo: o primeiro, de origem anglo-saxã, denominado sistema de controladorias ou
sistema de auditoriasgerais; e o segundo, de origem romano-germânica, denominado sistema de
tribunais de contas.

A finalidade tradicional desses modelos de controle, que se convencionou chamar de entidade de


fiscalização superior (EFS), é assegurar que a administração pública atue em consonância com os
princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico, cuja finalidade principal é defender os
interesses da coletividade. No Brasil, a arquitetura constitucional dedicou aos tribunais de contas essa
tarefa.

Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun. Os tribunais de contas na era da governança pública:
focos, princípios e ciclos estratégicos do controle externo.
Internet: <www.tcees.tc.br> (com adaptações).

Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.

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O segundo parágrafo do texto dedica-se a apresentar fatos históricos que comprovam a afirmação
anterior de que os instrumentos de controle remontam a Antiguidade.
Certo
Errado

Questão 257: VUNESP - Leia o texto, para responder à questão.

China ultrapassa os EUA na produção científica

Pela primeira vez, a China superou os EUA em produção científica. Em 2020, instituições chinesas
publicaram 788 mil artigos contra 767 mil das americanas. É possível relativizar esse dado.

A China tem uma população quatro vezes maior que a americana, de modo que a produção per capita
dos EUA ainda é superior. A China também não tem ganhado tantos prêmios Nobel quanto os EUA, o que
faz supor que, nas áreas mais relevantes, os americanos liderem. Tudo isso é verdade, mas o fato é que
a ciência chinesa vem evoluindo de forma robusta. Nada indica que um apagão esteja próximo.

A questão é relevante para os economistas liberais, particularmente os da escola institucionalista*. Para


eles, o crescimento sustentável só é possível quando as instituições políticas de um país são inclusivas
e seus cidadãos gozam de liberdade para decidir o que farão de suas vidas e recursos. Isso ocorre porque
a prosperidade duradoura depende de um fluxo constante de inovações, que resulte em ganhos de
produtividade. Ainda segundo os institucionalistas, regimes autoritários, como o chinês, não asseguram
a liberdade necessária para que ciência e tecnologia se desenvolvam.

É possível que tais economistas tenham razão e que a China, por um déficit de liberdade, não consiga
manter o ritmo. Já vimos ditaduras colapsarem porque ficaram para trás na corrida tecnológica. O caso
mais notório é o da URSS, que, embora tenha chegado a liderar a ciência espacial, não foi capaz de
manter-se competitiva em outras áreas, com reflexos na economia.

Mas não dá para descartar a hipótese de que os institucionalistas estejam errados. Não me parece em
princípio impossível para um regime assegurar as liberdades necessárias para manter a ciência e a
economia funcionando sem estendê-las à política. Ditaduras podem se reinventar.

* Corrente de pensamento econômico que analisa o papel instituições para o comportamento da


economia.

(Hélio Schwartsman. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/


2021/12/china-ultrapassa-os-eua-na-producao-cientifica.shtml.
31.12.2021. Adaptado)
O autor do texto discute a
a) disputa acirrada pela hegemonia no desenvolvimento científico, que já compromete o crescimento
sustentável dos Estados Unidos.
b) decadência econômica e científica dos Estados Unidos, cada vez menos relevantes comparados a
países como Rússia e China.
c) evolução da China no campo da produção científica, que ultrapassou as publicações norte-
americanas em números absolutos.

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d) produção científica chinesa, que parece caminhar para o mesmo destino da antiga URSS, em vista
de decisões políticas equivocadas.
e) maneira como mudanças profundas no regime político tiveram papel preponderante para o atual
avanço científico na China.

Questão 258: VUNESP - Leia o texto, para responder à questão.

China ultrapassa os EUA na produção científica

Pela primeira vez, a China superou os EUA em produção científica. Em 2020, instituições chinesas
publicaram 788 mil artigos contra 767 mil das americanas. É possível relativizar esse dado.

A China tem uma população quatro vezes maior que a americana, de modo que a produção per capita
dos EUA ainda é superior. A China também não tem ganhado tantos prêmios Nobel quanto os EUA, o que
faz supor que, nas áreas mais relevantes, os americanos liderem. Tudo isso é verdade, mas o fato é que
a ciência chinesa vem evoluindo de forma robusta. Nada indica que um apagão esteja próximo.

A questão é relevante para os economistas liberais, particularmente os da escola institucionalista*. Para


eles, o crescimento sustentável só é possível quando as instituições políticas de um país são inclusivas
e seus cidadãos gozam de liberdade para decidir o que farão de suas vidas e recursos. Isso ocorre porque
a prosperidade duradoura depende de um fluxo constante de inovações, que resulte em ganhos de
produtividade. Ainda segundo os institucionalistas, regimes autoritários, como o chinês, não asseguram
a liberdade necessária para que ciência e tecnologia se desenvolvam.

É possível que tais economistas tenham razão e que a China, por um déficit de liberdade, não consiga
manter o ritmo. Já vimos ditaduras colapsarem porque ficaram para trás na corrida tecnológica. O caso
mais notório é o da URSS, que, embora tenha chegado a liderar a ciência espacial, não foi capaz de
manter-se competitiva em outras áreas, com reflexos na economia.

Mas não dá para descartar a hipótese de que os institucionalistas estejam errados. Não me parece em
princípio impossível para um regime assegurar as liberdades necessárias para manter a ciência e a
economia funcionando sem estendê-las à política. Ditaduras podem se reinventar.

* Corrente de pensamento econômico que analisa o papel instituições para o comportamento da


economia.

(Hélio Schwartsman. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/


2021/12/china-ultrapassa-os-eua-na-producao-cientifica.shtml.
31.12.2021. Adaptado)
Para o autor, embora a produção científica chinesa tenha
a) atingido bons resultados, eles poderiam ser muito mais expressivos se a análise dos dados não viesse
de instituições americanas.
b) obtido certo avanço, o país vive uma realidade socioeconômica que inviabiliza a manutenção desse
quadro de desenvolvimento.
c) estagnado, a ampliação das liberdades da população poderia reconduzir o país a uma situação
sustentável de progressos.

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d) superado em quantidade a norte-americana, estes últimos ainda estariam na dianteira em relação à


produção mais importante.
e) alcançado resultados expressivos, ela só será sustentável se esse avanço for acompanhado de
mudanças no regime político do país.

Questão 259: VUNESP - Leia o texto, para responder à questão.

China ultrapassa os EUA na produção científica

Pela primeira vez, a China superou os EUA em produção científica. Em 2020, instituições chinesas
publicaram 788 mil artigos contra 767 mil das americanas. É possível relativizar esse dado.

A China tem uma população quatro vezes maior que a americana, de modo que a produção per capita
dos EUA ainda é superior. A China também não tem ganhado tantos prêmios Nobel quanto os EUA, o que
faz supor que, nas áreas mais relevantes, os americanos liderem. Tudo isso é verdade, mas o fato é que
a ciência chinesa vem evoluindo de forma robusta. Nada indica que um apagão esteja próximo.

A questão é relevante para os economistas liberais, particularmente os da escola institucionalista*. Para


eles, o crescimento sustentável só é possível quando as instituições políticas de um país são inclusivas
e seus cidadãos gozam de liberdade para decidir o que farão de suas vidas e recursos. Isso ocorre porque
a prosperidade duradoura depende de um fluxo constante de inovações, que resulte em ganhos de
produtividade. Ainda segundo os institucionalistas, regimes autoritários, como o chinês, não asseguram
a liberdade necessária para que ciência e tecnologia se desenvolvam.

É possível que tais economistas tenham razão e que a China, por um déficit de liberdade, não consiga
manter o ritmo. Já vimos ditaduras colapsarem porque ficaram para trás na corrida tecnológica. O caso
mais notório é o da URSS, que, embora tenha chegado a liderar a ciência espacial, não foi capaz de
manter-se competitiva em outras áreas, com reflexos na economia.

Mas não dá para descartar a hipótese de que os institucionalistas estejam errados. Não me parece em
princípio impossível para um regime assegurar as liberdades necessárias para manter a ciência e a
economia funcionando sem estendê-las à política. Ditaduras podem se reinventar.

* Corrente de pensamento econômico que analisa o papel instituições para o comportamento da


economia.

(Hélio Schwartsman. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/


2021/12/china-ultrapassa-os-eua-na-producao-cientifica.shtml.
31.12.2021. Adaptado)
Para o autor, a posição defendida por economistas de que a ausência de instituições políticas livres
compromete a prosperidade econômica
a) mostra-se acertada, dada a dificuldade que a China já demonstra para conseguir manter o
crescimento vigoroso de sua economia.
b) é refutável, já que as barreiras ao progresso científico são da mesma natureza em ditaduras e em
nações em que se tem liberdade.
c) é equivocada, ao vaticinar que, via de regra, a prosperidade econômica de uma nação demandaria
inovação científica permanente.

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d) despreza o fato de que, justamente por se tratar de regimes fechados, os dados econômicos de tais
países não refletem a realidade.
e) é discutível, sendo possível a um governo conceder liberdades apenas o suficiente para manter a
produção econômica e científica.

Questão 260: VUNESP - Leia o texto, para responder à questão de números.

Direto da Zona Fantasma

Leio que a TV a cabo será o novo telefone fixo. Má notícia para os que, como eu, ainda veem nela uma
alternativa aos programas de auditório que infestam a TV aberta. O telefone fixo, por sua vez, já é um
fóssil paleozoico contemporâneo.

Nada como o avanço da tecnologia para redefinir as relações sociais. Há décadas na praça, acumulei
uma razoável quantidade de amigos com quem continuei mais ou menos em contato pelos canais
convencionais – telefone, e-mail, telegrama, uma ou outra carta e, em caso de viagem, o querido cartão
postal. Mas todos esses amigos devem ter se mudado para a Zona Fantasma, porque telegramas, cartas
e cartões postais são coisas que não recebo há 20 anos. E só agora me dou conta de que também não os
envio, donde, para eles, já devo ter sido despachado, idem, para a Zona Fantasma.

Estamos aprendendo a dispensar coisas que até há pouco eram corriqueiras no cotidiano. Faz tempo
que, por falta de ofertas, não compro um CD ou DVD. Por sorte, ainda tenho milhares, mas não sei até
quando existirá equipamento para tocá-los.

Há pouco, na rua, perguntei as horas a uma jovem com um relógio de pulso. Em vez de consultá-lo, ela
tirou do bolso um celular e olhou para a tela. Eram 9h30. Seu relógio deve estar na categoria de seus
brincos e pulseiras.

(Ruy Castro. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2022/01/


direto-da-zona-fantasma.shtml/. 30.01.2022. Adaptado)
No texto, o autor trata
a) da obsolescência da TV aberta, que vem perdendo direito de transmissão inclusive de programas de
auditório.
b) do avanço da tecnologia, destacando a forma como tal evolução o reaproximou de antigos amigos.
c) da opção pessoal por adotar a tecnologia em substituição ao antigo hábito de se comunicar por
cartas.
d) das mudanças no que diz respeito à forma como nos relacionamos com objetos de uso cotidiano.
e) do descaso com que pessoas sem habilidade com a tecnologia são tratadas, especialmente pelos
mais jovens.

Questão 261: VUNESP - Leia o texto, para responder à questão de números.

Direto da Zona Fantasma

Leio que a TV a cabo será o novo telefone fixo. Má notícia para os que, como eu, ainda veem nela uma
alternativa aos programas de auditório que infestam a TV aberta. O telefone fixo, por sua vez, já é um
fóssil paleozoico contemporâneo.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Nada como o avanço da tecnologia para redefinir as relações sociais. Há décadas na praça, acumulei
uma razoável quantidade de amigos com quem continuei mais ou menos em contato pelos canais
convencionais – telefone, e-mail, telegrama, uma ou outra carta e, em caso de viagem, o querido cartão
postal. Mas todos esses amigos devem ter se mudado para a Zona Fantasma, porque telegramas, cartas
e cartões postais são coisas que não recebo há 20 anos. E só agora me dou conta de que também não os
envio, donde, para eles, já devo ter sido despachado, idem, para a Zona Fantasma.

Estamos aprendendo a dispensar coisas que até há pouco eram corriqueiras no cotidiano. Faz tempo
que, por falta de ofertas, não compro um CD ou DVD. Por sorte, ainda tenho milhares, mas não sei até
quando existirá equipamento para tocá-los.

Há pouco, na rua, perguntei as horas a uma jovem com um relógio de pulso. Em vez de consultá-lo, ela
tirou do bolso um celular e olhou para a tela. Eram 9h30. Seu relógio deve estar na categoria de seus
brincos e pulseiras.

(Ruy Castro. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2022/01/


direto-da-zona-fantasma.shtml/. 30.01.2022. Adaptado)
A frase “O telefone fixo, por sua vez, já é um fóssil paleozoico contemporâneo.” é empregada pelo
autor para expressar a ideia de que, no tempo atual,
a) as pessoas ainda apreciam o telefone fixo.
b) a dependência do telefone fixo persiste.
c) o telefone fixo é um objeto antiquado.
d) o telefone fixo conseguiu reinventar-se.
e) o fim do uso do telefone fixo é injustificável.

Questão 262: VUNESP - Leia o texto, para responder à questão.

A perda da privacidade

Um dos problemas do nosso tempo, uma obsessão mais ou menos generalizada, é a privacidade. Para
dizer de maneira muito, mas muito simples, significa que cada um tem o direito de tratar da própria
vida sem que todos fiquem sabendo. Por isso, é preocupante que, através dos nossos cartões de crédito,
alguém possa ficar sabendo o que compramos, em que hotel ficamos e onde jantamos.

Parece, portanto, que a privacidade é um bem que todos querem defender a qualquer custo.

Mas a pergunta é: as pessoas realmente se importam tanto com a privacidade? Antes, a ameaça à
privacidade era a fofoca, e o que temíamos na fofoca era o atentado à nossa reputação pública. No
entanto, talvez por causa da chamada sociedade líquida, na qual todos estão em crise de identidade e
de valores e não sabem onde buscar os pontos de referência para definir-se, o único modo de adquirir
reconhecimento social é “mostrar-se” – a qualquer custo.

E assim, os cônjuges que antigamente escondiam zelosamente suas divergências participam de


programas de gosto duvidoso para interpretar tanto o papel do adúltero quanto o do traído, para delírio
do público.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


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Foi publicado recentemente um artigo de Zygmunt Bauman revelando que as redes sociais, que
representam um instrumento de vigilância de pensamentos e emoções alheios, são realmente usadas
pelos vários poderes com funções de controle, graças também à contribuição entusiástica de seus
usuários. Bauman fala de “sociedade confessional que eleva a autoexposição pública à categoria de
prova eminente e mais acessível, além de verossimilmente mais eficaz, de existência social”. Em outras
palavras, pela primeira vez na
história da humanidade, os espionados colaboram com os espiões, facilitando o trabalho destes últimos,
e esta rendição é para eles um motivo de satisfação porque afinal são vistos por alguém enquanto levam
a vida – e não importa se às vezes vivam como criminosos ou como imbecis.

A verdade também é que, já que todos podem saber tudo de todos, o excesso de informação não pode
produzir nada além de confusão, rumor e silêncio. Mas, para os espionados, parece ótimo que eles
mesmos e seus segredos mais íntimos sejam conhecidos pelo menos pelos amigos, vizinhos, e
possivelmente até pelos inimigos, pois este é o único modo de sentirem-se vivos, parte ativa do corpo
social.
(Umberto Eco. Pape satàn aleppe: Crônicas de uma sociedade líquida.
Editora Record, Rio de Janeiro: 2017. Adaptado)
Conforme o autor, a obsessão mais ou menos generalizada pela privacidade
a) tem aumentado o temor das pessoas quanto à forma como empresas que dispõem de dados pessoais
lidam com eles.
b) é condizente com a tendência de abandono à exposição em redes sociais e de maior cuidado com a
reputação pública.
c) destoa do objetivo das redes sociais, que lucram justamente quando usuários se expõem a um
público cada vez maior.
d) obriga as redes sociais a buscarem novos meios para que os usuários voltem a sentir satisfação em
expor sua vida pessoal.
e) vai de encontro à predisposição das pessoas para expor a própria intimidade em busca de
reconhecimento social.

Questão 263: VUNESP - Leia o texto, para responder à questão.

A perda da privacidade

Um dos problemas do nosso tempo, uma obsessão mais ou menos generalizada, é a privacidade. Para
dizer de maneira muito, mas muito simples, significa que cada um tem o direito de tratar da própria
vida sem que todos fiquem sabendo. Por isso, é preocupante que, através dos nossos cartões de crédito,
alguém possa ficar sabendo o que compramos, em que hotel ficamos e onde jantamos.

Parece, portanto, que a privacidade é um bem que todos querem defender a qualquer custo.

Mas a pergunta é: as pessoas realmente se importam tanto com a privacidade? Antes, a ameaça à
privacidade era a fofoca, e o que temíamos na fofoca era o atentado à nossa reputação pública. No
entanto, talvez por causa da chamada sociedade líquida, na qual todos estão em crise de identidade e
de valores e não sabem onde buscar os pontos de referência para definir-se, o único modo de adquirir
reconhecimento social é “mostrar-se” – a qualquer custo.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

E assim, os cônjuges que antigamente escondiam zelosamente suas divergências participam de


programas de gosto duvidoso para interpretar tanto o papel do adúltero quanto o do traído, para delírio
do público.

Foi publicado recentemente um artigo de Zygmunt Bauman revelando que as redes sociais, que
representam um instrumento de vigilância de pensamentos e emoções alheios, são realmente usadas
pelos vários poderes com funções de controle, graças também à contribuição entusiástica de seus
usuários. Bauman fala de “sociedade confessional que eleva a autoexposição pública à categoria de
prova eminente e mais acessível, além de verossimilmente mais eficaz, de existência social”. Em outras
palavras, pela primeira vez na
história da humanidade, os espionados colaboram com os espiões, facilitando o trabalho destes últimos,
e esta rendição é para eles um motivo de satisfação porque afinal são vistos por alguém enquanto levam
a vida – e não importa se às vezes vivam como criminosos ou como imbecis.

A verdade também é que, já que todos podem saber tudo de todos, o excesso de informação não pode
produzir nada além de confusão, rumor e silêncio. Mas, para os espionados, parece ótimo que eles
mesmos e seus segredos mais íntimos sejam conhecidos pelo menos pelos amigos, vizinhos, e
possivelmente até pelos inimigos, pois este é o único modo de sentirem-se vivos, parte ativa do corpo
social.
(Umberto Eco. Pape satàn aleppe: Crônicas de uma sociedade líquida.
Editora Record, Rio de Janeiro: 2017. Adaptado)
Para o autor, a necessidade que as pessoas têm de expor- se
a) é legítima, na medida em que cada pessoa tem o direito de tratar da própria vida como julgar
apropriado.
b) surge da constatação de que expor intimidades da rotina pessoal ajuda a construir boa reputação
pública.
c) desponta, num contexto de crise de identidade e de valores, como único meio de alcançar a
aceitação social.
d) é uma maneira razoável de se estabelecerem laços sociais entre pessoas que compartilham dos
mesmos valores.
e) deu vazão a ideias desarrazoadas, como a de que as redes sociais pudessem servir para vigilância
dos usuários.

Questão 264: VUNESP - Leia o trecho inicial do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis, para
responder à questão

Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei no trem da Central um rapaz aqui
do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou-se ao pé de mim, falou da
lua e dos ministros, e acabou recitando- me versos. A viagem era curta, e os versos pode ser que não
fossem inteiramente maus. Sucedeu, porém, que, como eu estava cansado, fechei os olhos três ou
quatro vezes; tanto bastou para que ele interrompesse a leitura e metesse os versos no bolso.

— Continue, disse eu acordando.

— Já acabei, murmurou ele.

— São muito bonitos.

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Vi-lhe fazer um gesto para tirá-los outra vez do bolso, mas não passou do gesto; estava amuado. No dia
seguinte entrou a dizer de mim nomes feios, e acabou alcunhando-me Dom Casmurro. Os vizinhos, que
não gostam dos meus hábitos reclusos e calados, deram curso à alcunha, que afinal pegou. Nem por isso
me zanguei. Contei a anedota aos amigos da cidade, e eles, por graça, chamam-me assim, alguns em
bilhetes: “Dom Casmurro, domingo vou jantar com você.” — “Vou para Petrópolis, dom Casmurro; a
casa é a mesma da Renânia; vê se deixas essa caverna do Engenho Novo, e vai lá passar uns quinze dias
comigo.” — “Meu caro dom Casmurro, não cuide que o dispenso do teatro amanhã; venha e dormirá aqui
na cidade; dou-lhe camarote, dou-lhe chá, dou-lhe cama; só não lhe dou moça.”

Não consultes dicionários. Casmurro não está aqui no sentido que eles lhe dão, mas no que lhe pôs o
vulgo de homem calado e metido consigo. Dom veio por ironia, para atribuir-me fumos de fidalgo. Tudo
por estar cochilando! Também não achei melhor título para a minha narração; se não tiver outro daqui
até o fim do livro, vai este mesmo. O meu poeta do trem ficará sabendo que não lhe guardo rancor. E
com pequeno esforço, sendo o título seu, poderá cuidar que a obra é sua. Há livros que apenas terão
isso dos seus autores; alguns nem tanto.

(Dom Casmurro, 2016.)

No trecho, o rapaz do trem mostra-se


a) lisonjeado.
b) invejoso.
c) desconfiado.
d) ressentido.
e) distraído.

Questão 265: FCM - CEFETMINAS - A questão se refere ao texto a seguir

Apagando a si mesmo

O Brasil vive de destruir seu passado. Talvez por isso nunca aprenda

Ruy Castro

Somos um país que destrói documentos, arquivos, registros, gravações e chuta a história pela janela. E
só vamos saber disso depois, quando não se pode fazer mais nada. Talvez muitos não se importem. Eu
me importo. Um passaporte, uma carteira de identidade, uma certidão de nascimento pode conter
informações maravilhosas para um biógrafo. Já salvei alguns desses documentos de serem despejados
no lixo por famílias ilustres, onde seriam recolhidos pelos catadores de papel e vendidos para as feiras
das praças – quando passariam, subitamente, a valer dinheiro.

Ruy Barbosa, ministro da Fazenda entre 1889 e 1891, mandou queimar os arquivos da escravidão. A
medida impediu que os escravocratas exigissem indenização pelos "prejuízos" que teriam sofrido com a
Abolição – Ruy respondeu que o justo seria indenizar os escravos –, mas também privou o Brasil de
conhecer mais a fundo uma parte fundamental de sua história.

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Em 1º de abril de 1964, a Rádio Mayrink Veiga, do Rio, então controlada pelo governo que estava sendo
deposto, teve tudo – arquivo, discoteca, até os equipamentos – jogado na rua pelos vitoriosos do
momento. Nos anos 60 e 70, burocratas dos governos Costa e Silva e Médici, instalados num andar do
prédio de “A Noite”, onde ficava a memória da Rádio Nacional, deixaram material inestimável se perder.

Adalgisa Nery queimou as cartas de Murilo Mendes, apaixonado por ela. Na morte de Carmen Miranda,
Mario Cunha, seu ex-namorado, queimou as cartas que ela mandara para ele. Na morte de Mario Cunha,
Aurora, irmã de Carmen, queimou as cartas que ele mandara para ela. Gravar material novo, de áudio
ou de vídeo, em fitas contendo material já gravado, apagando-o, era praxe das gravadoras e TVs
brasileiras até os anos 80.

É o Brasil, notável pela desmemória, sempre apagando a si mesmo. Talvez por isso nunca aprenda.

Folha de são paulo, Opinião, 3 nov. 2019, p. A2. Adaptado.

Considerando-se a leitura do texto, é correto afirmar que


a) cartas pessoais são memórias e queimá-las contribui para destruir e apagar parte do passado do
Brasil.
b) o Brasil hoje não tem memória porque apagou parte fundamental de sua história no século XIX e XX.
c) o autor se interessa por documentos pessoais de pessoas estranhas porque eles valem dinheiro.
d) destruir documentos da escravidão impediu que futuros políticos tivessem que indenizar vítimas da
Abolição.

Questão 266: FCM - CEFETMINAS - Leia o texto a seguir e, depois, responda a questão.
O QUE A FOLHA PENSA

Ação entre amigos

Governo poupa militares do ajuste fiscal e destina à área 28% dos investimentos

1. O balanço das contas do governo federal de 2019 surpreendeu até mesmo os responsáveis pelo
controle do gasto público no Tesouro Nacional. De repente, em dezembro, brotou uma despesa
imprevista de cerca de R$ 10 bilhões.

2. Era o dinheiro do aumento de capital de três empresas estatais, na maior parte para a Emgepron,
firma ligada à Marinha e dedicada a construir navios, que recebeu R$ 7,6 bilhões em uma canetada.

3. O valor equivale a todo investimento federal em obras e equipamentos dos ministérios da Saúde e da
Educação, por exemplo.

4. Dadas as peculiaridades da contabilidade pública, tal despesa não toma o lugar de outra, pois não se
sujeita ao limite constitucional do chamado teto de gastos.

5. De qualquer modo, o déficit público acabou maior. Além do mais, essa decisão inopinada e em quase
nada transparente desmoraliza a alardeada política de privatização do governo de Jair Bolsonaro, pífia
em sua morosidade e inoperância.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


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6. O aumento do capital da Emgepron é, no entanto, coerente com uma das linhas de força do governo:
o poder militar. Quase um terço dos ministérios é comandado por oficiais da ativa ou da reserva das
Forças Armadas, até porque, em sua carreira, Bolsonaro não cultivou relações com outros grupos de
quadros técnicos ou profissionais, além de ter sido na prática um líder sindical da categoria.

7. Governo e Congresso se acertaram a fim de permitir que militares se aposentem em condições


privilegiadas (com o equivalente de salários e reajustes integrais da ativa). Este governo também se
prontificou a conceder generosos reajustes para os soldos, em particular para o alto oficialato.

8. O aumento de capital da Emgepron foi R$ 4 bilhões além do previsto para o ano, liberalidade facilitada
pela entrada dos recursos do leilão dos campos de petróleo.

9. Assim, o Ministério da Defesa ficou com mais de 28% do total dos recursos federais destinados a
investimentos. A despesa com pessoal militar, civil, aposentados e suas pensões vai aumentar; já
consomem pelo menos 26% do gasto total com servidores.

10. O esforço para o necessário ajuste das contas públicas não tem sido distribuído de modo mais
equânime. Subsídios diversos continuam intocados, por exemplo. Não é aceitável que também a despesa
militar seja poupada de contribuir para essa emergência nacional.

11. É argumentável que o equipamento militar brasileiro pode estar sendo sucateado. Mas também este
é o caso da infraestrutura física e social, de estradas a hospitais. Ainda mais neste momento de escassez
aguda de recursos, é preciso repensar e explicar com transparência as prioridades.

Referência: FOLHA DE S.PAULO. Ação entre amigos. São Paulo, 5 fev. 2020. Disponível em: <
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2020/02/acao -entre-amigos.shtml>. Acesso em: 5 fev. 2020.

Sobre interpretação desse texto, é correto inferir que sua intenção em relação ao governo é a de
a) ridicularizá-lo.
b) encomiá-lo.
c) beatificá-lo.
d) criticá-lo.

Questão 267: VUNESP - Leia o texto para responder à questão.

Gari ‘gato’ que faz sucesso nas redes sociais vai concorrer ao ‘mister BH’

O gari Tales Alves ficou famoso, ganhou as ruas de Belo Horizonte (MG) e as redes sociais depois de
publicar um vídeo contando a sua profissão na internet.

“Às vezes, a ficha custa a cair. Para mim tudo é novo”, disse o gari.

Tales tem 30 anos e duas filhas, uma de 5 anos e outra de 12, a Júlia, que ajudou o pai a baixar o
aplicativo de vídeos e o ensinou a usar as ferramentas disponíveis na rede.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Há menos de cinco meses, ele não tinha perfil em nenhuma rede social. O motivo de ter se mantido off-
line na época é que ele tinha feito este combinado com quem namorava à época. Mas foi só criar um
perfil e publicar o primeiro vídeo que Alves já ficou famoso.

“Eu não tinha noção da proporção que ia tomar. Nas ruas, as pessoas estão me reconhecendo, pedindo
para tirar fotos.”

Tales Gari foi chamado para participar do concurso de mister BH. Ao todo, 30 homens concorrerão ao
título.

Alves já passou por diversas profissões. Ele já serviu à aeronáutica e já foi office boy, cobrador, repositor
de supermercado e, por fim, gari. Mas por que não modelo?

“Muita gente pergunta se eu sou modelo, mas ainda não”, diz o gari. Ele conta que vai tentar ao máximo
conciliar as duas coisas, que lutou muito pelo emprego que tem hoje e, por isso, ainda não pretende
deixá-lo. Ele trabalhava em um supermercado, quando viu, na empresa que recolhia lixo no local, uma
oportunidade de ganhar melhor e insistiu até conseguir uma vaga.

“O emprego não me faz sentir vergonha, comecei a gostar muito. É o melhor serviço que já tive até
hoje”, diz Alves, sobre a profissão de gari.

Tales Gari tem tentado levar o assédio nas redes e nas ruas da melhor forma. “Estou tentando absorver
isso da melhor maneira, mas tem algumas situações complicadas. Tem gente que sai fora do padrão,
extrapola”, diz ele, referindo- se ao assédio.

Alves disse que as pessoas têm carinho por ele e, por isso, não fica com raiva e leva na esportiva cantadas
como “Ô, lá em casa” e “Vai recolher lixo lá em casa”. Mas não são apenas xavecos que ele ganha.
“Tem gente que passa de carro e me deseja sorte e sucesso no concurso”.

O gari ainda não fez nenhum trabalho como modelo e vai concorrer ao homem mais bonito de Belo
Horizonte.

(Por Mikaela Salachenski, G1 Minas. Belo Horizonte 27/08/2020 06h00. Atualizado há um ano. Adaptado)

(https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2020/08/27/ gari--gato--que-faz-sucesso-nas-redes-sociais-vai-concorrerao- mister-


bh.html Acesso em 15.11.2021)

De acordo com as informações do texto, Tales Gari


a) já foi office boy, cobrador, repositor de supermercado e modelo.
b) aprendeu, sozinho, a usar a internet e a baixar o aplicativo de vídeos.
c) ficou famoso depois de participar do concurso Mister BH.
d) fez um álbum de fotos para participar do concurso de modelo.
e) foi reconhecido nas ruas após publicar o primeiro vídeo.

Questão 268: VUNESP - Leia o texto para responder à questão.

Gari ‘gato’ que faz sucesso nas redes sociais vai concorrer ao ‘mister BH’

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E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

O gari Tales Alves ficou famoso, ganhou as ruas de Belo Horizonte (MG) e as redes sociais depois de
publicar um vídeo contando a sua profissão na internet.

“Às vezes, a ficha custa a cair. Para mim tudo é novo”, disse o gari.

Tales tem 30 anos e duas filhas, uma de 5 anos e outra de 12, a Júlia, que ajudou o pai a baixar o
aplicativo de vídeos e o ensinou a usar as ferramentas disponíveis na rede.

Há menos de cinco meses, ele não tinha perfil em nenhuma rede social. O motivo de ter se mantido off-
line na época é que ele tinha feito este combinado com quem namorava à época. Mas foi só criar um
perfil e publicar o primeiro vídeo que Alves já ficou famoso.

“Eu não tinha noção da proporção que ia tomar. Nas ruas, as pessoas estão me reconhecendo, pedindo
para tirar fotos.”

Tales Gari foi chamado para participar do concurso de mister BH. Ao todo, 30 homens concorrerão ao
título.

Alves já passou por diversas profissões. Ele já serviu à aeronáutica e já foi office boy, cobrador, repositor
de supermercado e, por fim, gari. Mas por que não modelo?

“Muita gente pergunta se eu sou modelo, mas ainda não”, diz o gari. Ele conta que vai tentar ao máximo
conciliar as duas coisas, que lutou muito pelo emprego que tem hoje e, por isso, ainda não pretende
deixá-lo. Ele trabalhava em um supermercado, quando viu, na empresa que recolhia lixo no local, uma
oportunidade de ganhar melhor e insistiu até conseguir uma vaga.

“O emprego não me faz sentir vergonha, comecei a gostar muito. É o melhor serviço que já tive até
hoje”, diz Alves, sobre a profissão de gari.

Tales Gari tem tentado levar o assédio nas redes e nas ruas da melhor forma. “Estou tentando absorver
isso da melhor maneira, mas tem algumas situações complicadas. Tem gente que sai fora do padrão,
extrapola”, diz ele, referindo- se ao assédio.

Alves disse que as pessoas têm carinho por ele e, por isso, não fica com raiva e leva na esportiva cantadas
como “Ô, lá em casa” e “Vai recolher lixo lá em casa”. Mas não são apenas xavecos que ele ganha.
“Tem gente que passa de carro e me deseja sorte e sucesso no concurso”.

O gari ainda não fez nenhum trabalho como modelo e vai concorrer ao homem mais bonito de Belo
Horizonte.

(Por Mikaela Salachenski, G1 Minas. Belo Horizonte 27/08/2020 06h00. Atualizado há um ano. Adaptado)

(https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2020/08/27/ gari--gato--que-faz-sucesso-nas-redes-sociais-vai-concorrerao- mister-


bh.html Acesso em 15.11.2021)

De acordo com o texto, havia alguns meses que Tales Gari estava off-line porque

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a) tinha receio da proporção que a visualização ia tomar.


b) receava que estar on-line poderia prejudicar o seu desempenho.
c) não queria interferência no seu trabalho, que amava.
d) havia feito um acordo com quem namorava, na época.
e) não desejava que sua namorada soubesse de seus planos.

Questão 269: VUNESP - Leia o texto para responder à questão.

Gari ‘gato’ que faz sucesso nas redes sociais vai concorrer ao ‘mister BH’

O gari Tales Alves ficou famoso, ganhou as ruas de Belo Horizonte (MG) e as redes sociais depois de
publicar um vídeo contando a sua profissão na internet.

“Às vezes, a ficha custa a cair. Para mim tudo é novo”, disse o gari.

Tales tem 30 anos e duas filhas, uma de 5 anos e outra de 12, a Júlia, que ajudou o pai a baixar o
aplicativo de vídeos e o ensinou a usar as ferramentas disponíveis na rede.

Há menos de cinco meses, ele não tinha perfil em nenhuma rede social. O motivo de ter se mantido off-
line na época é que ele tinha feito este combinado com quem namorava à época. Mas foi só criar um
perfil e publicar o primeiro vídeo que Alves já ficou famoso.

“Eu não tinha noção da proporção que ia tomar. Nas ruas, as pessoas estão me reconhecendo, pedindo
para tirar fotos.”

Tales Gari foi chamado para participar do concurso de mister BH. Ao todo, 30 homens concorrerão ao
título.

Alves já passou por diversas profissões. Ele já serviu à aeronáutica e já foi office boy, cobrador, repositor
de supermercado e, por fim, gari. Mas por que não modelo?

“Muita gente pergunta se eu sou modelo, mas ainda não”, diz o gari. Ele conta que vai tentar ao máximo
conciliar as duas coisas, que lutou muito pelo emprego que tem hoje e, por isso, ainda não pretende
deixá-lo. Ele trabalhava em um supermercado, quando viu, na empresa que recolhia lixo no local, uma
oportunidade de ganhar melhor e insistiu até conseguir uma vaga.

“O emprego não me faz sentir vergonha, comecei a gostar muito. É o melhor serviço que já tive até
hoje”, diz Alves, sobre a profissão de gari.

Tales Gari tem tentado levar o assédio nas redes e nas ruas da melhor forma. “Estou tentando absorver
isso da melhor maneira, mas tem algumas situações complicadas. Tem gente que sai fora do padrão,
extrapola”, diz ele, referindo- se ao assédio.

Alves disse que as pessoas têm carinho por ele e, por isso, não fica com raiva e leva na esportiva cantadas
como “Ô, lá em casa” e “Vai recolher lixo lá em casa”. Mas não são apenas xavecos que ele ganha.
“Tem gente que passa de carro e me deseja sorte e sucesso no concurso”.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


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O gari ainda não fez nenhum trabalho como modelo e vai concorrer ao homem mais bonito de Belo
Horizonte.

(Por Mikaela Salachenski, G1 Minas. Belo Horizonte 27/08/2020 06h00. Atualizado há um ano. Adaptado)

(https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2020/08/27/ gari--gato--que-faz-sucesso-nas-redes-sociais-vai-concorrerao- mister-


bh.html Acesso em 15.11.2021)

Com relação à profissão de gari, Tales


a) pretende abandoná-la, pois não considera uma profissão decente.
b) sente vergonha e considera que pode conseguir algo melhor.
c) viu nela a oportunidade de ganhar um salário melhor.
d) conseguiu uma vaga na empresa e foi trabalhar no supermercado.
e) considera que já teve outros serviços melhores que esse.

Questão 270: VUNESP - Leia o texto para responder à questão.

Gari ‘gato’ que faz sucesso nas redes sociais vai concorrer ao ‘mister BH’

O gari Tales Alves ficou famoso, ganhou as ruas de Belo Horizonte (MG) e as redes sociais depois de
publicar um vídeo contando a sua profissão na internet.

“Às vezes, a ficha custa a cair. Para mim tudo é novo”, disse o gari.

Tales tem 30 anos e duas filhas, uma de 5 anos e outra de 12, a Júlia, que ajudou o pai a baixar o
aplicativo de vídeos e o ensinou a usar as ferramentas disponíveis na rede.

Há menos de cinco meses, ele não tinha perfil em nenhuma rede social. O motivo de ter se mantido off-
line na época é que ele tinha feito este combinado com quem namorava à época. Mas foi só criar um
perfil e publicar o primeiro vídeo que Alves já ficou famoso.

“Eu não tinha noção da proporção que ia tomar. Nas ruas, as pessoas estão me reconhecendo, pedindo
para tirar fotos.”

Tales Gari foi chamado para participar do concurso de mister BH. Ao todo, 30 homens concorrerão ao
título.

Alves já passou por diversas profissões. Ele já serviu à aeronáutica e já foi office boy, cobrador, repositor
de supermercado e, por fim, gari. Mas por que não modelo?

“Muita gente pergunta se eu sou modelo, mas ainda não”, diz o gari. Ele conta que vai tentar ao máximo
conciliar as duas coisas, que lutou muito pelo emprego que tem hoje e, por isso, ainda não pretende
deixá-lo. Ele trabalhava em um supermercado, quando viu, na empresa que recolhia lixo no local, uma
oportunidade de ganhar melhor e insistiu até conseguir uma vaga.

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“O emprego não me faz sentir vergonha, comecei a gostar muito. É o melhor serviço que já tive até
hoje”, diz Alves, sobre a profissão de gari.

Tales Gari tem tentado levar o assédio nas redes e nas ruas da melhor forma. “Estou tentando absorver
isso da melhor maneira, mas tem algumas situações complicadas. Tem gente que sai fora do padrão,
extrapola”, diz ele, referindo- se ao assédio.

Alves disse que as pessoas têm carinho por ele e, por isso, não fica com raiva e leva na esportiva cantadas
como “Ô, lá em casa” e “Vai recolher lixo lá em casa”. Mas não são apenas xavecos que ele ganha.
“Tem gente que passa de carro e me deseja sorte e sucesso no concurso”.

O gari ainda não fez nenhum trabalho como modelo e vai concorrer ao homem mais bonito de Belo
Horizonte.

(Por Mikaela Salachenski, G1 Minas. Belo Horizonte 27/08/2020 06h00. Atualizado há um ano. Adaptado)

(https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2020/08/27/ gari--gato--que-faz-sucesso-nas-redes-sociais-vai-concorrerao- mister-


bh.html Acesso em 15.11.2021)

De acordo com o texto, é correto afirmar que Tales Gari


a) lida bem com o assédio, tanto nas redes como nas ruas, embora considere que existem algumas
situações embaraçosas.
b) desaprova a atitude de algumas mulheres que exageram nas cantadas e isso o deixa com muita
raiva.
c) diz que prefere os xavecos de mulheres aos votos de pessoas desejando que ele se saia bem no
concurso.
d) tem experiência como modelo e está certo de que isso lhe dará boas chances no concurso de Mister
BH.
e) pretende deixar o emprego de gari assim que conseguir o de modelo, pois não acha que será possível
manter os dois.

Questão 271: FCM - A questão se refere ao texto a seguir.

“Hagar, o Horrível”, um guerreiro viking que sempre tenta invadir a Inglaterra, é o nome do personagem
principal de uma tira em quadrinhos, criada em 1973 por Dik Browne.

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Disponível em: <https://wwwblogtche-auri.blogspot.com/2012/09/tirinhas- do-hagar-o-terrivel.html>. Acesso em: 10 jan. 2020.

É correto afirmar que esse texto tem por objetivo principal


a) divertir.
b) anunciar.
c) prescrever.
d) argumentar.

Questão 272: FCM - CEFETMINAS - A questão se refere ao texto a seguir.

“Hagar, o Horrível”, um guerreiro viking que sempre tenta invadir a Inglaterra, é o nome do personagem
principal de uma tira em quadrinhos, criada em 1973 por Dik Browne.

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Disponível em: <https://wwwblogtche-auri.blogspot.com/2012/09/tirinhas- do-hagar-o-terrivel.html>. Acesso em: 10 jan. 2020.

De acordo com a segunda pergunta feita por Hagar - "ou porque você luta sujo?" -, é correto afirmar que
chamam Dirk de “sujo” porque ele
a) vive querendo brigar.
b) anda diariamente tenso.
c) vence todas as disputas.
d) é traiçoeiro quando luta.

Questão 273: VUNESP - Leia o texto para responder à questão.

Um futuro mais verde e digital

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em seu discurso anual ressaltou a ideia que
tem vertebrado suas entrevistas: levar a Europa a um futuro cada vez mais “verde” e “digital”.

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As duas palavras resumem as linhas mestras da política e da economia no futuro. Não é possível fugir à
revolução digital que, nos últimos 30 anos, transformou o mundo. Já há algum tempo a lista das
principais empresas do planeta não é encabeçada por companhias petrolíferas ou de varejo. Apple,
Google, Microsoft, Amazon e Facebook revezam-se nos cinco primeiros lugares. Todas americanas – os
Estados Unidos lideram a revolução digital.

A Europa, por sua vez, quer ser líder na transição para a economia verde. “Existem alguns valores que
se tornaram transnacionais, e a preservação do planeta é um deles”, diz Cesar Rodríguez-Garavito,
professor da Universidade de Nova York. O combate às mudanças climáticas exige a colaboração entre
países. Nada mais natural que uma união de nações dê o pontapé inicial.

Lapidado ao longo dos últimos anos, o “European Green Deal” é ambicioso. Seguidas suas diretrizes,
negócios relacionados com extração de petróleo e fabricação de carros a gasolina deixarão de existir
até meados da próxima década. A ideia é criar círculos virtuosos. Um exemplo: gigantes como a sueca
Ikea, marca de lojas de móveis, só trabalham com fornecedores de madeira certificada. O objetivo é
inviabilizar, na cadeia global, os que não seguirem as regras sustentáveis.

Numa nova economia com valores compartilhados, a política também vem sendo reinventada. Há um
protagonismo crescente da sociedade civil transnacional. Ela congrega atores de diversos países e atua
em rede, valendo-se dos recursos da tecnologia. Como no discurso de Von der Leyen, as palavras “verde”
e “digital” caminham juntas.

Para Rodríguez-Garavito, tais redes incorporam não apenas organizações não governamentais, mas
também universidades e a imprensa independente. Cada uma em seu papel, tendo o conhecimento
como arma. Há uma nova forma – digital, verde, colaborativa e globalizada – de pensar a política e a
economia atuais.

Uma pesquisa mostra que 86% dos brasileiros entre 16 e 24 anos estão preocupados com as mudanças
climáticas, ou seja, a causa ambiental é a mais forte entre os jovens. Trata-se de uma notícia ruim para
os políticos (à esquerda e à direita) que demonizam a sociedade civil. Enquanto o mundo inteligente
avança, eles prendem seus países no lodo do atraso – e perdem, no caminho, a conexão com os eleitores
do futuro.

(João Gabriel de Lima. O Estado de S. Paulo, 18.09.2021. Adaptado)

De acordo com o texto, é correto afirmar que


a) a Europa pretende retomar a liderança, perdida há 30 anos para os EUA, atuando intensamente no
campo digital e no campo da preservação do planeta.
b) Ursula von der Leyen espera que a produção de automóveis a gasolina atinja o mesmo nível da
produção de veículos não poluentes, como os elétricos.
c) as organizações não governamentais, a imprensa e as universidades têm exercido um papel diminuto
na defesa da causa ambiental.
d) os governantes que abraçarem reivindicações ambientais significativas para os jovens tendem a
garantir o espaço político que ocupam.
e) o combate às mudanças climáticas, embora seja quesito transnacional, independe inteiramente da
ação conjunta de várias nações.

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Questão 274: VUNESP - Leia o texto para responder à questão.

Um futuro mais verde e digital

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em seu discurso anual ressaltou a ideia que
tem vertebrado suas entrevistas: levar a Europa a um futuro cada vez mais “verde” e “digital”.

As duas palavras resumem as linhas mestras da política e da economia no futuro. Não é possível fugir à
revolução digital que, nos últimos 30 anos, transformou o mundo. Já há algum tempo a lista das
principais empresas do planeta não é encabeçada por companhias petrolíferas ou de varejo. Apple,
Google, Microsoft, Amazon e Facebook revezam-se nos cinco primeiros lugares. Todas americanas – os
Estados Unidos lideram a revolução digital.

A Europa, por sua vez, quer ser líder na transição para a economia verde. “Existem alguns valores que
se tornaram transnacionais, e a preservação do planeta é um deles”, diz Cesar Rodríguez-Garavito,
professor da Universidade de Nova York. O combate às mudanças climáticas exige a colaboração entre
países. Nada mais natural que uma união de nações dê o pontapé inicial.

Lapidado ao longo dos últimos anos, o “European Green Deal” é ambicioso. Seguidas suas diretrizes,
negócios relacionados com extração de petróleo e fabricação de carros a gasolina deixarão de existir
até meados da próxima década. A ideia é criar círculos virtuosos. Um exemplo: gigantes como a sueca
Ikea, marca de lojas de móveis, só trabalham com fornecedores de madeira certificada. O objetivo é
inviabilizar, na cadeia global, os que não seguirem as regras sustentáveis.

Numa nova economia com valores compartilhados, a política também vem sendo reinventada. Há um
protagonismo crescente da sociedade civil transnacional. Ela congrega atores de diversos países e atua
em rede, valendo-se dos recursos da tecnologia. Como no discurso de Von der Leyen, as palavras “verde”
e “digital” caminham juntas.

Para Rodríguez-Garavito, tais redes incorporam não apenas organizações não governamentais, mas
também universidades e a imprensa independente. Cada uma em seu papel, tendo o conhecimento
como arma. Há uma nova forma – digital, verde, colaborativa e globalizada – de pensar a política e a
economia atuais.

Uma pesquisa mostra que 86% dos brasileiros entre 16 e 24 anos estão preocupados com as mudanças
climáticas, ou seja, a causa ambiental é a mais forte entre os jovens. Trata-se de uma notícia ruim para
os políticos (à esquerda e à direita) que demonizam a sociedade civil. Enquanto o mundo inteligente
avança, eles prendem seus países no lodo do atraso – e perdem, no caminho, a conexão com os eleitores
do futuro.

(João Gabriel de Lima. O Estado de S. Paulo, 18.09.2021. Adaptado)

No 4o parágrafo, afirma-se que “A ideia é criar círculos virtuosos”. Pode-se concluir corretamente que
uma das consequências de círculos virtuosos seria
a) a economia avançar rapidamente de forma não sustentável.
b) o consumo das famílias restringir-se a bens de primeira necessidade.

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c) os resultados pífios na economia mundial se repetirem a longo prazo.


d) os investimentos migrarem para setores da economia verde.
e) as atividades baseadas na extração de gás e petróleo serem prioritárias.

Questão 275: SELECON - Texto

Brasil cria roupa contra a covid

Pesquisadores brasileiros produziram um tecido capaz de inativar o novo coronavírus. Os testes


preliminares, feitos no último mês, apontaram que o produto têxtil desenvolvido consegue neutralizar
mais de 99,9% das partículas virais em até um minuto. Além disso, foi comprovada a eficácia no combate
a outras doenças virais, como sarampo e caxumba. A descoberta poderá ser usada não só para vestuário,
mas também em outras funções, como cortinas e forro de estofados de locais públicos.

Pesquisador do laboratório, Raphael Bergamini afirmou que o tecido tem grande potencial de
funcionamento em situações de exposição à doença: “Por ter essa inativação tão rápida do vírus, as
chances de contaminação da doença caem muito. Se um médico que tem contato com pacientes
contaminados manuseia a máscara e coça os olhos, por exemplo, o vírus já teria sido neutralizado,
porque essa estrutura funciona não só como uma barreira física, mas química também”.

Além da produção de máscaras, aventais e outros equipamentos para profissionais da Saúde, o tecido
representa uma mudança de cenário. “Uma vez que o protocolo de produção é homologado e está
testado, ele condiciona a indústria têxtil, não só da parte fashion, mas também a logística. Provadores
de loja, cortinas de teatro, assentos de avião... Se nós aplicarmos esse químico, dá uma proteção e
tranquilidade maior para as pessoas que estão frequentando o ambiente. Tirando a parte hospitalar, a
gente vislumbra outros mercados e toda uma mudança de cenário”, explicou o coordenador Adriano
Passos.

Por ser um material com bom custo-benefício, o acesso pode ser mais fácil. Raphael Bergamini ressaltou
a importância dessa facilitação: “Nós auxiliamos o laboratório nesse projeto de aplicação química e na
estruturação, e eles já estão produzindo. O preço é acessível, muito mais do que a prata utilizada em
outros tecidos. E nós vamos doar uma produção-piloto que fizemos para hospitais. É tudo muito novo,
então ainda estamos decidindo para onde doar”

Maria Clara Matturo


(Adaptado de: Jornal O Dia, Rio de Janeiro, 15/07/2020)

A temática central do texto aborda o seguinte eixo:


a) criação de novos empregos
b) promoção de indústria pesada
c) iniciativas de prevenção à doença
d) investimento em pesquisa científica

Questão 276: SELECON - Texto

Brasil cria roupa contra a covid

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Pesquisadores brasileiros produziram um tecido capaz de inativar o novo coronavírus. Os testes


preliminares, feitos no último mês, apontaram que o produto têxtil desenvolvido consegue neutralizar
mais de 99,9% das partículas virais em até um minuto. Além disso, foi comprovada a eficácia no combate
a outras doenças virais, como sarampo e caxumba. A descoberta poderá ser usada não só para vestuário,
mas também em outras funções, como cortinas e forro de estofados de locais públicos.

Pesquisador do laboratório, Raphael Bergamini afirmou que o tecido tem grande potencial de
funcionamento em situações de exposição à doença: “Por ter essa inativação tão rápida do vírus, as
chances de contaminação da doença caem muito. Se um médico que tem contato com pacientes
contaminados manuseia a máscara e coça os olhos, por exemplo, o vírus já teria sido neutralizado,
porque essa estrutura funciona não só como uma barreira física, mas química também”.

Além da produção de máscaras, aventais e outros equipamentos para profissionais da Saúde, o tecido
representa uma mudança de cenário. “Uma vez que o protocolo de produção é homologado e está
testado, ele condiciona a indústria têxtil, não só da parte fashion, mas também a logística. Provadores
de loja, cortinas de teatro, assentos de avião... Se nós aplicarmos esse químico, dá uma proteção e
tranquilidade maior para as pessoas que estão frequentando o ambiente. Tirando a parte hospitalar, a
gente vislumbra outros mercados e toda uma mudança de cenário”, explicou o coordenador Adriano
Passos.

Por ser um material com bom custo-benefício, o acesso pode ser mais fácil. Raphael Bergamini ressaltou
a importância dessa facilitação: “Nós auxiliamos o laboratório nesse projeto de aplicação química e na
estruturação, e eles já estão produzindo. O preço é acessível, muito mais do que a prata utilizada em
outros tecidos. E nós vamos doar uma produção-piloto que fizemos para hospitais. É tudo muito novo,
então ainda estamos decidindo para onde doar”

Maria Clara Matturo


(Adaptado de: Jornal O Dia, Rio de Janeiro, 15/07/2020)

No primeiro parágrafo, a última frase ressalta que a descoberta é:


a) versátil
b) restritiva
c) inadequada
d) dispendiosa

Questão 277: SELECON - Texto

Brasil cria roupa contra a covid

Pesquisadores brasileiros produziram um tecido capaz de inativar o novo coronavírus. Os testes


preliminares, feitos no último mês, apontaram que o produto têxtil desenvolvido consegue neutralizar
mais de 99,9% das partículas virais em até um minuto. Além disso, foi comprovada a eficácia no combate
a outras doenças virais, como sarampo e caxumba. A descoberta poderá ser usada não só para vestuário,
mas também em outras funções, como cortinas e forro de estofados de locais públicos.

Pesquisador do laboratório, Raphael Bergamini afirmou que o tecido tem grande potencial de
funcionamento em situações de exposição à doença: “Por ter essa inativação tão rápida do vírus, as

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


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chances de contaminação da doença caem muito. Se um médico que tem contato com pacientes
contaminados manuseia a máscara e coça os olhos, por exemplo, o vírus já teria sido neutralizado,
porque essa estrutura funciona não só como uma barreira física, mas química também”.

Além da produção de máscaras, aventais e outros equipamentos para profissionais da Saúde, o tecido
representa uma mudança de cenário. “Uma vez que o protocolo de produção é homologado e está
testado, ele condiciona a indústria têxtil, não só da parte fashion, mas também a logística. Provadores
de loja, cortinas de teatro, assentos de avião... Se nós aplicarmos esse químico, dá uma proteção e
tranquilidade maior para as pessoas que estão frequentando o ambiente. Tirando a parte hospitalar, a
gente vislumbra outros mercados e toda uma mudança de cenário”, explicou o coordenador Adriano
Passos.

Por ser um material com bom custo-benefício, o acesso pode ser mais fácil. Raphael Bergamini ressaltou
a importância dessa facilitação: “Nós auxiliamos o laboratório nesse projeto de aplicação química e na
estruturação, e eles já estão produzindo. O preço é acessível, muito mais do que a prata utilizada em
outros tecidos. E nós vamos doar uma produção-piloto que fizemos para hospitais. É tudo muito novo,
então ainda estamos decidindo para onde doar”

Maria Clara Matturo


(Adaptado de: Jornal O Dia, Rio de Janeiro, 15/07/2020)

A principal função do tecido apresentada no texto consiste em:


a) impedir a passagem de ar
b) desativar a ação de um vírus
c) bloquear a circulação de água
d) fornecer oxigênio ao indivíduo

Questão 278: SELECON - Texto

Brasil cria roupa contra a covid

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preliminares, feitos no último mês, apontaram que o produto têxtil desenvolvido consegue neutralizar
mais de 99,9% das partículas virais em até um minuto. Além disso, foi comprovada a eficácia no combate
a outras doenças virais, como sarampo e caxumba. A descoberta poderá ser usada não só para vestuário,
mas também em outras funções, como cortinas e forro de estofados de locais públicos.

Pesquisador do laboratório, Raphael Bergamini afirmou que o tecido tem grande potencial de
funcionamento em situações de exposição à doença: “Por ter essa inativação tão rápida do vírus, as
chances de contaminação da doença caem muito. Se um médico que tem contato com pacientes
contaminados manuseia a máscara e coça os olhos, por exemplo, o vírus já teria sido neutralizado,
porque essa estrutura funciona não só como uma barreira física, mas química também”.

Além da produção de máscaras, aventais e outros equipamentos para profissionais da Saúde, o tecido
representa uma mudança de cenário. “Uma vez que o protocolo de produção é homologado e está
testado, ele condiciona a indústria têxtil, não só da parte fashion, mas também a logística. Provadores
de loja, cortinas de teatro, assentos de avião... Se nós aplicarmos esse químico, dá uma proteção e

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


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tranquilidade maior para as pessoas que estão frequentando o ambiente. Tirando a parte hospitalar, a
gente vislumbra outros mercados e toda uma mudança de cenário”, explicou o coordenador Adriano
Passos.

Por ser um material com bom custo-benefício, o acesso pode ser mais fácil. Raphael Bergamini ressaltou
a importância dessa facilitação: “Nós auxiliamos o laboratório nesse projeto de aplicação química e na
estruturação, e eles já estão produzindo. O preço é acessível, muito mais do que a prata utilizada em
outros tecidos. E nós vamos doar uma produção-piloto que fizemos para hospitais. É tudo muito novo,
então ainda estamos decidindo para onde doar”

Maria Clara Matturo


(Adaptado de: Jornal O Dia, Rio de Janeiro, 15/07/2020)

No texto, o segundo parágrafo assume, em relação ao primeiro parágrafo, o objetivo de:


a) apresentar ponto de vista contrário
b) reforçar as vantagens da descoberta
c) contradizer circunstâncias específicas
d) comparar situações negativas e positivas

Questão 279: SELECON - Texto

Brasil cria roupa contra a covid

Pesquisadores brasileiros produziram um tecido capaz de inativar o novo coronavírus. Os testes


preliminares, feitos no último mês, apontaram que o produto têxtil desenvolvido consegue neutralizar
mais de 99,9% das partículas virais em até um minuto. Além disso, foi comprovada a eficácia no combate
a outras doenças virais, como sarampo e caxumba. A descoberta poderá ser usada não só para vestuário,
mas também em outras funções, como cortinas e forro de estofados de locais públicos.

Pesquisador do laboratório, Raphael Bergamini afirmou que o tecido tem grande potencial de
funcionamento em situações de exposição à doença: “Por ter essa inativação tão rápida do vírus, as
chances de contaminação da doença caem muito. Se um médico que tem contato com pacientes
contaminados manuseia a máscara e coça os olhos, por exemplo, o vírus já teria sido neutralizado,
porque essa estrutura funciona não só como uma barreira física, mas química também”.

Além da produção de máscaras, aventais e outros equipamentos para profissionais da Saúde, o tecido
representa uma mudança de cenário. “Uma vez que o protocolo de produção é homologado e está
testado, ele condiciona a indústria têxtil, não só da parte fashion, mas também a logística. Provadores
de loja, cortinas de teatro, assentos de avião... Se nós aplicarmos esse químico, dá uma proteção e
tranquilidade maior para as pessoas que estão frequentando o ambiente. Tirando a parte hospitalar, a
gente vislumbra outros mercados e toda uma mudança de cenário”, explicou o coordenador Adriano
Passos.

Por ser um material com bom custo-benefício, o acesso pode ser mais fácil. Raphael Bergamini ressaltou
a importância dessa facilitação: “Nós auxiliamos o laboratório nesse projeto de aplicação química e na
estruturação, e eles já estão produzindo. O preço é acessível, muito mais do que a prata utilizada em

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


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outros tecidos. E nós vamos doar uma produção-piloto que fizemos para hospitais. É tudo muito novo,
então ainda estamos decidindo para onde doar”

Maria Clara Matturo


(Adaptado de: Jornal O Dia, Rio de Janeiro, 15/07/2020)

No segundo parágrafo, a partir do exemplo fornecido, pode-se inferir que o tecido tem a propriedade
de:
a) promover a cura de pacientes infectados
b) disseminar uma versão leve do vírus
c) diminuir o contágio pelo toque
d) evitar o diálogo entre pessoas

Questão 280: SELECON - Texto

Brasil cria roupa contra a covid

Pesquisadores brasileiros produziram um tecido capaz de inativar o novo coronavírus. Os testes


preliminares, feitos no último mês, apontaram que o produto têxtil desenvolvido consegue neutralizar
mais de 99,9% das partículas virais em até um minuto. Além disso, foi comprovada a eficácia no combate
a outras doenças virais, como sarampo e caxumba. A descoberta poderá ser usada não só para vestuário,
mas também em outras funções, como cortinas e forro de estofados de locais públicos.

Pesquisador do laboratório, Raphael Bergamini afirmou que o tecido tem grande potencial de
funcionamento em situações de exposição à doença: “Por ter essa inativação tão rápida do vírus, as
chances de contaminação da doença caem muito. Se um médico que tem contato com pacientes
contaminados manuseia a máscara e coça os olhos, por exemplo, o vírus já teria sido neutralizado,
porque essa estrutura funciona não só como uma barreira física, mas química também”.

Além da produção de máscaras, aventais e outros equipamentos para profissionais da Saúde, o tecido
representa uma mudança de cenário. “Uma vez que o protocolo de produção é homologado e está
testado, ele condiciona a indústria têxtil, não só da parte fashion, mas também a logística. Provadores
de loja, cortinas de teatro, assentos de avião... Se nós aplicarmos esse químico, dá uma proteção e
tranquilidade maior para as pessoas que estão frequentando o ambiente. Tirando a parte hospitalar, a
gente vislumbra outros mercados e toda uma mudança de cenário”, explicou o coordenador Adriano
Passos.

Por ser um material com bom custo-benefício, o acesso pode ser mais fácil. Raphael Bergamini ressaltou
a importância dessa facilitação: “Nós auxiliamos o laboratório nesse projeto de aplicação química e na
estruturação, e eles já estão produzindo. O preço é acessível, muito mais do que a prata utilizada em
outros tecidos. E nós vamos doar uma produção-piloto que fizemos para hospitais. É tudo muito novo,
então ainda estamos decidindo para onde doar”

Maria Clara Matturo


(Adaptado de: Jornal O Dia, Rio de Janeiro, 15/07/2020)

Uma vantagem do tecido apresentada no quarto parágrafo se refere a:

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a) custo baixo do material


b) simplicidade da composição
c) uso de elementos recicláveis
d) escassez de insumos utilizados

Questão 281: FCM - CEFETMINAS - A questão se refere ao texto a seguir.


Ler por uma vida melhor

Você provavelmente se lembra da famosa frase de escola: “Um bom livro é um bom amigo”. Quem
nunca passou uma tarde na companhia de uma leitura que o fez recarregar as baterias e se sentir leve
e inspirado? Vamos falar como os livros podem até aumentar sua expectativa de vida.

Um dos sentimentos que temos ao ler um bom livro é a sensação de estarmos imersos na história, criando
uma conexão mais forte com personagens e acontecimentos nos quais elas se envolvem. Um estudo da
Universidade de Buffalo, feito com 140 estudantes, mostrou que, após meia hora de leitura, os alunos
relataram se tornar parte do mundo dos personagens e ter sentimentos de satisfação semelhantes aos
que temos durante interações sociais do mundo real. Curioso, né?

Outra pesquisa verificou que, além de mexer com as nossas emoções, a leitura pode melhorar a
qualidade de vida. De acordo com análise feita a partir da neurociência, a leitura é benéfica para
melhorar nossas habilidades intelectuais, pois ela estimula a cognição social. Para esclarecer, a cognição
social está relacionada à forma como processamos e armazenamos a informação.

A importância de manter o hábito de leitura em dia pode trazer mais benefício do que imaginamos.
Nesse sentido, um bom escritor é também um bom leitor, pois a leitura de outras obras faz o autor se
apoderar de novas formas de aumentar seu vocabulário, melhorar sua capacidade de raciocínio e
conhecimento na área. Escrever sua obra é deixar um legado no mundo. E, para alcançar esse objetivo,
a leitura é fundamental.

O Tempo. Opinião, p. 13, 7 jan. 2020. Adaptado.

É correto afirmar que a frase retirada do texto que contém uma opinião é
a) “Um dos sentimentos que temos ao ler um bom livro é a sensação de estarmos imersos na história
(...).”
b) “Outra pesquisa verificou que, além de mexer com as nossas emoções, a leitura pode melhorar a
qualidade de vida.”
c) “Para esclarecer, a cognição social está relacionada à forma como processamos e armazenamos a
informação.”
d) “Um estudo da Universidade de Buffalo, feito com 140 estudantes, mostrou que, após meia hora de
leitura, os alunos relataram se tornar parte do mundo dos personagens (...).”

Questão 282: FCM - A questão se refere ao texto a seguir.


Uma história de outro jeito

Era uma vez um beija-flor


que se apaixonou por uma violeta.
Não era uma violeta maior nem mais bonita do que as outras,

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mas tinha um jeitinho irresistível de se inclinar sobre a haste


de se mostrar, meio se escondendo, por entre as folhas.
E o beija-flor, que beijava todas as flores,
só se encantava do perfume e da cor
da violeta preferida.
Enquanto isso a violeta, beijada por outros beija-flores,
só conhecia de cor a cor de cada uma das penas,
o ruído das asas, o toque manso do bico
de seu beija-flor preferido...

Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/


0000014237.pdf>. Acesso em: 12 jan. 2020.

Considerando-se a leitura do texto Uma história de outro jeito, é correto afirmar que
a) o beija-flor procurava em outras flores a sua violeta.
b) a violeta e o beija-flor se apaixonaram um pelo outro.
c) outros beija-flores beijavam a violeta porque ela se exibia.
d) não há como um beija-flor e uma violeta preferirem um ao outro.

Questão 283: CEBRASPE (CESPE) - Texto CG1A1-I

Somente o trabalho cria riqueza, o objetivo último do desenvolvimento. É certo que, caso se desejasse
sumariar em uma única expressão o significado de desenvolvimento, se diria que o seu processo consiste
no aumento continuado da produtividade do trabalho. É por meio do aumento do produto por
trabalhador, propiciado pelo aumento da produtividade do trabalho, que se geram os recursos
necessários que tornam possível atingir as demais dimensões do desenvolvimento. Sem esse
crescimento, não há desenvolvimento, embora às vezes o crescimento não propicie o desenvolvimento
em suas demais dimensões — redução contínua da pobreza, melhoria da saúde e da educação da
população e aumento da expectativa de vida, entre tantas outras.

Certamente não há escassez de estratégias de desenvolvimento, e elas estão disponíveis para quem
delas quiser tomar conhecimento. Lembrou-nos recentemente Delfim Netto que Adam Smith, em
Riqueza das Nações (1776), sumariava o seu receituário para o crescimento (a “riqueza das nações”)
em poucas e simples proposições. Primeiro, a carga tributária deve ser leve. Segundo, com os recursos
tributários arrecadados, deve-se assegurar a paz interna, já que cabe ao Estado o monopólio do uso da
força para fazer valer o Estado de direito; fazer valer o Estado de direito significa proteger o direito à
propriedade privada, garantir a aplicação da justiça e construir e manter a infraestrutura de uso comum.
Por fim, deve-se estimular a competição entre os agentes econômicos, salvaguardando-se os mercados
livres e punindo-se os monopólios. No dizer de Delfim, “quando isso se realiza, o crescimento econômico
acontece quase por gravidade: será o resultado da ação dos empresários em busca do lucro e do
comportamento dos consumidores na busca de melhor e maior satisfação de suas necessidades. Elas se
harmonizam pela liberdade de escolha de cada um por meio do sistema de preços dos fatores de
produção e dos bens de consumo”.

Essas mesmas ideias simples eram moeda corrente em nosso país pela época da Independência. A
primeira tradução da obra Riqueza das Nações surgiu na Espanha, em 1794, e a obra de José da Silva
Lisboa, o futuro Visconde Cairu, foi significativamente influenciada por Smith, especialmente os seus

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Princípios de Economia Política (1804). Mas também tiveram a mesma influência a Memória dos
Benefícios Políticos do Governo de El-Rei Nosso Senhor D. João VI (1818) e, particularmente, os seus
Estudos sobre o Bem Comum (18191820). Com as ideias simples smithianas, Cairu, ao proclamar o
“deixai fazer, deixai passar, deixai vender”, de Gournay, legou-nos a abertura dos portos, a liberdade
da indústria e a fundação de nosso primeiro banco. Não pouca coisa.

Roberto Fendt. Desenvolvimento é o aumento persistente da produtividade do trabalho. In: João Sicsú e Armando Castelar (orgs. ).
Sociedade e economia: estratégias de crescimento e desenvolvimento. Brasília: IPEA, 2009 (com adaptações).

De acordo com o primeiro parágrafo do texto CG1A1-I, é correto afirmar que


a) o objetivo menos relevante do desenvolvimento é a criação de riqueza.
b) os recursos necessários para atingir outras dimensões de desenvolvimento são gerados por meio do
aumento do produto por trabalhador.
c) o processo de desenvolvimento exige que os trabalhadores aumentem mensalmente sua
produtividade do trabalho, de forma constante.
d) o desenvolvimento necessariamente promove melhorias para a sociedade.
e) é desejável sumariar o significado de desenvolvimento em uma única expressão.

Questão 284: CEBRASPE (CESPE) - Texto CG1A1-I

Somente o trabalho cria riqueza, o objetivo último do desenvolvimento. É certo que, caso se desejasse
sumariar em uma única expressão o significado de desenvolvimento, se diria que o seu processo consiste
no aumento continuado da produtividade do trabalho. É por meio do aumento do produto por
trabalhador, propiciado pelo aumento da produtividade do trabalho, que se geram os recursos
necessários que tornam possível atingir as demais dimensões do desenvolvimento. Sem esse
crescimento, não há desenvolvimento, embora às vezes o crescimento não propicie o desenvolvimento
em suas demais dimensões — redução contínua da pobreza, melhoria da saúde e da educação da
população e aumento da expectativa de vida, entre tantas outras.

Certamente não há escassez de estratégias de desenvolvimento, e elas estão disponíveis para quem
delas quiser tomar conhecimento. Lembrou-nos recentemente Delfim Netto que Adam Smith, em
Riqueza das Nações (1776), sumariava o seu receituário para o crescimento (a “riqueza das nações”)
em poucas e simples proposições. Primeiro, a carga tributária deve ser leve. Segundo, com os recursos
tributários arrecadados, deve-se assegurar a paz interna, já que cabe ao Estado o monopólio do uso da
força para fazer valer o Estado de direito; fazer valer o Estado de direito significa proteger o direito à
propriedade privada, garantir a aplicação da justiça e construir e manter a infraestrutura de uso comum.
Por fim, deve-se estimular a competição entre os agentes econômicos, salvaguardando-se os mercados
livres e punindo-se os monopólios. No dizer de Delfim, “quando isso se realiza, o crescimento econômico
acontece quase por gravidade: será o resultado da ação dos empresários em busca do lucro e do
comportamento dos consumidores na busca de melhor e maior satisfação de suas necessidades. Elas se
harmonizam pela liberdade de escolha de cada um por meio do sistema de preços dos fatores de
produção e dos bens de consumo”.

Essas mesmas ideias simples eram moeda corrente em nosso país pela época da Independência. A
primeira tradução da obra Riqueza das Nações surgiu na Espanha, em 1794, e a obra de José da Silva
Lisboa, o futuro Visconde Cairu, foi significativamente influenciada por Smith, especialmente os seus
Princípios de Economia Política (1804). Mas também tiveram a mesma influência a Memória dos

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Benefícios Políticos do Governo de El-Rei Nosso Senhor D. João VI (1818) e, particularmente, os seus
Estudos sobre o Bem Comum (18191820). Com as ideias simples smithianas, Cairu, ao proclamar o
“deixai fazer, deixai passar, deixai vender”, de Gournay, legou-nos a abertura dos portos, a liberdade
da indústria e a fundação de nosso primeiro banco. Não pouca coisa.

Roberto Fendt. Desenvolvimento é o aumento persistente da produtividade do trabalho. In: João Sicsú e Armando Castelar (orgs.).
Sociedade e economia: estratégias de crescimento e desenvolvimento. Brasília: IPEA, 2009 (com adaptações).

Depreende-se do segundo e do terceiro período do último parágrafo do texto CG1A1-I que


a) as obras de Adam Smith tiveram como base as ideias do Visconde Cairu.
b) José da Silva Lisboa foi o primeiro a traduzir a obra Riqueza das Nações, na Espanha, em 1794.
c) a obra Riqueza das Nações foi lançada em 1794 e motivou José da Silva Lisboa a escrever sobre o
mesmo assunto nela tratado.
d) o pensamento smithiano influenciou José da Silva Lisboa na produção de Memória dos Benefícios
Políticos do Governo de El-Rei Nosso Senhor D. João VI e Estudos sobre o Bem Comum.
e) Princípios de Economia Política é o título de uma das obras de Adam Smith.

Questão 285: FCM - O texto refere-se a questão.

A Terra é chata

Estou a fim de concordar com os terraplanistas. Mas, antes, meu cérebro terá de virar uma pizza

Um novo planeta foi descoberto por um satélite da Nasa. Fica na primeira galáxia à direita depois do
Sol, a cem anos-luz daqui. É um pouquinho maior que a terra e, como se constatou, redondo, em forma
de globo.

Também como a Terra, gira em torno de si mesmo e de uma estrela e é dilatado nos polos e achatado
no Equador, ou vice-versa. Eles o estão chamando de TOI 700 d, sendo TOI a sigla em inglês para “Objeto
de Interesse do Tess”. Tess é a nova sensação das varreduras espaciais: um satélite caça-planetas. Desde
que entrou em ação, em 2018, já achou três.

Para descobrir um planeta, o Tess passa 27 dias observando uma estrela, de olho em qualquer oscilação
de seu brilho. O que, se acontecer, terá sido provocado pela passagem de um corpo celeste —um
planeta— ao redor dela. A vida é meio parada no espaço, donde não há outras opções. Mas, para não
restar dúvida, exige-se que tal oscilação se dê pelo menos três vezes. Cada operação congrega um
batalhão de cientistas, quase todos nóbeis, fazendo cálculos fora do alcance da nossa aritmética escolar.

Pois é armado dessa aritmética de ábaco e de contar nos dedos que um grupo de novos pitecantropos
afirma que a Terra é plana, não esférica. São os terraplanistas. Indiferentes a 2.500 anos de
ensinamentos por gente como Pitágoras, Aristóteles, Copérnico, Kepler, Galileu, Newton e Einstein,
seus argumentos são os de uma criança de babador. Para eles, a terra é chata e em forma de pizza,
como se pode constatar, dizem, olhando pela janela do avião.

Os cientistas de toda parte e de todos os tempos nos mentiram. As estações espaciais que, lá de cima,
nos veem redondos e esféricos, não existem. A nasa é um estúdio de efeitos especiais. A lua também é
chata. Marte, Vênus, Júpiter, idem. Eles acreditam nisso.

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Estou propenso a concordar. Mas, antes, meu cérebro também terá de virar uma pizza.

CASTRO, Ruy. A terra é chata. Folha de S.Paulo. São Paulo, 20 jan. 2020. Disponível em: <
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/ 2020/01/a-terra-e-chata.shtml>. Acesso em: 8 fev. 2020.

A respeito da leitura do escrito de Castro, avalie o que se afirma.

I – A tese central do autor é demostrar a insubsistência científica da crença dos terraplanistas.

II – A tese central do autor é evidenciar que a crença dos terraplanistas tem fundamento científico.

III – O autor concorda com os terraplanistas, pois chega a comparar os argumentos destes com os
de “uma criança de babador”.

IV – Duas frases do autor denotam que ele é partidário da crença de que a Terra é plana: Estou a
fim de concordar com os terraplanistas [subtítulo] e Estou propenso a concordar [último
parágrafo].

Está correto apenas o que se afirma em


a) I e IV.
b) II e III.
c) I.
d) III e IV.

Questão 286: FCM - O texto refere-se a questão.

A Terra é chata

Estou a fim de concordar com os terraplanistas. Mas, antes, meu cérebro terá de virar uma pizza

Um novo planeta foi descoberto por um satélite da Nasa. Fica na primeira galáxia à direita depois do
Sol, a cem anos-luz daqui. É um pouquinho maior que a terra e, como se constatou, redondo, em forma
de globo.

Também como a Terra, gira em torno de si mesmo e de uma estrela e é dilatado nos polos e achatado
no Equador, ou vice-versa. Eles o estão chamando de TOI 700 d, sendo TOI a sigla em inglês para “Objeto
de Interesse do Tess”. Tess é a nova sensação das varreduras espaciais: um satélite caça-planetas. Desde
que entrou em ação, em 2018, já achou três.

Para descobrir um planeta, o Tess passa 27 dias observando uma estrela, de olho em qualquer oscilação
de seu brilho. O que, se acontecer, terá sido provocado pela passagem de um corpo celeste —um
planeta— ao redor dela. A vida é meio parada no espaço, donde não há outras opções. Mas, para não
restar dúvida, exige-se que tal oscilação se dê pelo menos três vezes. Cada operação congrega um
batalhão de cientistas, quase todos nóbeis, fazendo cálculos fora do alcance da nossa aritmética escolar.

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Pois é armado dessa aritmética de ábaco e de contar nos dedos que um grupo de novos pitecantropos
afirma que a Terra é plana, não esférica. São os terraplanistas. Indiferentes a 2.500 anos de
ensinamentos por gente como Pitágoras, Aristóteles, Copérnico, Kepler, Galileu, Newton e Einstein,
seus argumentos são os de uma criança de babador. Para eles, a terra é chata e em forma de pizza,
como se pode constatar, dizem, olhando pela janela do avião.

Os cientistas de toda parte e de todos os tempos nos mentiram. As estações espaciais que, lá de cima,
nos veem redondos e esféricos, não existem. A nasa é um estúdio de efeitos especiais. A lua também é
chata. Marte, Vênus, Júpiter, idem. Eles acreditam nisso.

Estou propenso a concordar. Mas, antes, meu cérebro também terá de virar uma pizza.

CASTRO, Ruy. A terra é chata. Folha de S.Paulo. São Paulo, 20 jan. 2020. Disponível em: <
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/ 2020/01/a-terra-e-chata.shtml>. Acesso em: 8 fev. 2020.

A última frase do texto de Castro, “Mas, antes, meu cérebro também terá de virar uma pizza.”, cria o
efeito de sentido de
a) assentimento.
b) indignação.
c) êxtase.
d) sarcasmo.

Questão 287: FCM - O texto refere-se a questão.

A Terra é chata

Estou a fim de concordar com os terraplanistas. Mas, antes, meu cérebro terá de virar uma pizza

Um novo planeta foi descoberto por um satélite da Nasa. Fica na primeira galáxia à direita depois do
Sol, a cem anos-luz daqui. É um pouquinho maior que a terra e, como se constatou, redondo, em forma
de globo.

Também como a Terra, gira em torno de si mesmo e de uma estrela e é dilatado nos polos e achatado
no Equador, ou vice-versa. Eles o estão chamando de TOI 700 d, sendo TOI a sigla em inglês para “Objeto
de Interesse do Tess”. Tess é a nova sensação das varreduras espaciais: um satélite caça-planetas. Desde
que entrou em ação, em 2018, já achou três.

Para descobrir um planeta, o Tess passa 27 dias observando uma estrela, de olho em qualquer oscilação
de seu brilho. O que, se acontecer, terá sido provocado pela passagem de um corpo celeste —um
planeta— ao redor dela. A vida é meio parada no espaço, donde não há outras opções. Mas, para não
restar dúvida, exige-se que tal oscilação se dê pelo menos três vezes. Cada operação congrega um
batalhão de cientistas, quase todos nóbeis, fazendo cálculos fora do alcance da nossa aritmética escolar.

Pois é armado dessa aritmética de ábaco e de contar nos dedos que um grupo de novos pitecantropos
afirma que a Terra é plana, não esférica. São os terraplanistas. Indiferentes a 2.500 anos de
ensinamentos por gente como Pitágoras, Aristóteles, Copérnico, Kepler, Galileu, Newton e Einstein,

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seus argumentos são os de uma criança de babador. Para eles, a terra é chata e em forma de pizza,
como se pode constatar, dizem, olhando pela janela do avião.

Os cientistas de toda parte e de todos os tempos nos mentiram. As estações espaciais que, lá de cima,
nos veem redondos e esféricos, não existem. A nasa é um estúdio de efeitos especiais. A lua também é
chata. Marte, Vênus, Júpiter, idem. Eles acreditam nisso.

Estou propenso a concordar. Mas, antes, meu cérebro também terá de virar uma pizza.

CASTRO, Ruy. A terra é chata. Folha de S.Paulo. São Paulo, 20 jan. 2020. Disponível em: <
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/ 2020/01/a-terra-e-chata.shtml>. Acesso em: 8 fev. 2020.

Analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.

I – No seguinte período do texto, “Para eles, a Terra é chata e em forma de pizza, como se pode
constatar, dizem, olhando pela janela do avião.”, o uso da oração intercalada “dizem” cria o
efeito de sentido de distanciamento entre o discurso do autor e o discurso dos terraplanistas

PORQUE

II – a oração intercalada tem justamente a função de inserir um comentário do autor do texto, o


que é reforçado pela expressão “Para eles”, usada no início do período.

A respeito das asserções, é correto afirmar que


a) as duas são falsas.
b) a primeira é verdadeira, e a segunda é falsa.
c) a primeira é falsa, e a segunda é verdadeira.
d) as duas são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.

Questão 288: IBFC -


A Lição da Borboleta

Um dia, uma pequena abertura apareceu num casulo; um homem sentou e observou a borboleta por
várias horas, enquanto ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno
buraco. Então, pareceu que ela havia parado de fazer qualquer progresso. Parecia que ela tinha ido o
mais longe que podia e não conseguia ir além.

O homem decidiu ajudar a borboleta: ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta
então saiu facilmente. Mas seu pequeno corpo estava murcho e tinha as asas amassadas. O homem
continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se
abrissem e se esticassem para serem capazes de suportar o corpo, que iria se afirmar a tempo. Nada
aconteceu!

Na verdade, a borboleta passou o resto de sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas.
Ela nunca foi capaz de voar. O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar, não compreendia,
era que o casulo apertado e o esforço da borboleta para passar através da pequena abertura eram

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necessários para que o fluido do corpo da borboleta fosse para as asas, de modo que ela estaria pronta
para voar, uma vez que estivesse livre do casulo.

Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vida. Se vivêssemos sem quaisquer
obstáculos, não seriamos tão fortes e nunca poderiamos voar... Que a vida seja um eterno desafio, pois
só assim voar será realmente possível.

Adaptado de “A Lição da Borboleta” – Autor desconhecido.

Leia atentamente o texto “A Lição da Borboleta”. A primeira vista, textos enquadrados no gênero
textual crônica são aparentemente simples, mas podem apresentar severas críticas sociais. Nesse caso
específico, há a famosa “moral da história”. Assinale dentre as alternativas abaixo a que apresenta a
moral da história do texto.
a) Os homens são providos de gentileza e de vontade de ajudar.
b) A natureza é sábia, assim sendo, a interferência do homem é desnecessária.
c) Se vivêssemos sem quaisquer obstáculos, seriamos ainda mais fortes, pois poderiamos desenvolver
habilidades que não desenvolvemos até agora.
d) Não se pode desanimar frente aos obstáculos da vida, muitas vezes, eles são necessários para o seu
desenvolvimento.

Questão 289: CPCON UEPB - TEXTO 3:

Leia o Texto 3 para responder a questão.

Disponível em: https://www.brasil247.com. Acesso em: 24 out 2021.

O Texto 3, trata-se de uma crítica a uma situação de conflito diplomático ocorrida durante a pandemia
de coronavírus no Brasil. Nesse sentido, o autor se utiliza desse gênero textual específico para criticar
e denunciar:
a) o diagnóstico médico equivocado acerca da enfermidade de seu paciente.
b) que os chineses disseminaram o coronavírus pelo mundo.
c) que o coronavírus se propagou no mundo por conta do consumo de morcegos.
d) atitudes, reações e falas xenofóbicas em ataque ao povo chinês.
e) que o coronavírus pode ser provocado pela xenofobia.

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Questão 290: CPCON UEPB - TEXTO 3:

Leia o Texto 3 para responder a questão.

Disponível em: https://www.brasil247.com. Acesso em: 24 out 2021.

O termo “xenofobia”, em destaque no segundo quadrinho, está relacionado a/ao:


a) medo ou ódio por estrangeiros ou por pessoas de outra região.
b) medo ou ódio direcionado apenas aos chineses.
c) termo técnico para uma doença.
d) termo para definir atitudes e reações racistas.
e) substantivo sinônimo de misoginia.

Questão 291: CPCON UEPB - O Texto 4 consiste em post feito pela contista esperancense Vanuza
Duarte, em seu perfil na rede social Instagram. O Texto 5, por sua vez, traz uma notícia do site G1
sobre a situação da fome no Brasil. Sua leitura é necessária para responder a questão:
TEXTO 4:

Disponível em >. Acesso em 18 de outubro de 2021.

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TEXTO 5:

Fila para conseguir doação de ossos é flagrante da luta de famílias brasileiras contra a fome
Dezenove milhões de brasileiros acordam atualmente sem saber se vão conseguir alguma refeição para
o dia. Dois anos atrás, eram 10 milhões.

Dezenove milhões de brasileiros acordam atualmente sem saber se vão conseguir alguma refeição para
o dia. Dois anos atrás, eram 10 milhões. [...]

Em Cuiabá, uma cena chama atenção: a distribuição de pedaços de ossos com retalhos de carne tem
formado filas. O açougue, que distribui os ossos há dez anos, diz que isso acontecia antes apenas uma
vez por semana e, agora, são três. A crise provocada pela pandemia só fez a fila crescer.

Desde o início da pandemia, o arroz ficou 56% mais caro e o preço do feijão preto aumentou 71%. A
saída para muitos brasileiros tem sido os grãos de segunda linha, como arroz fragmentado e feijão
bandinha, que vem quebrados e com mais impureza.

A auxiliar de serviços gerais Catia Barbosa Gomes, que está desempregada e conta apenas com R$ 260
do Bolsa Família para alimentar os três filhos, é uma delas. "O feijão bandinha deve estar uns três ou
quatro reais. O outro tá oito reais", conta.

Disponível em <https://g1.globo.com/fantastico/noticia>. Acessado em 18 de outubro de 2021.

Do ponto de vista dos fatores da textualidade, podemos afirmar que o Texto 5 tem como
intencionalidade:
a) noticiar o fato de que pessoas estão enfrentando filas em açougues para conseguirem doação de
ossos e completar a refeição familiar.
b) fazer uma análise da situação da pandemia no Brasil e seus impactos sobre a renda familiar dos
brasileiros.
c) trazer um quadro do mapa da fome no Brasil, tomando como escopo a situação de brasileiros que
vivem de comer restos de açougues.
d) criticar o descaso governamental no tocante aos investimentos em programas de combate à fome.
e) refletir acerca do aumento dos preços dos alimentos devido à inflação provocada pela pandemia de
COVID-19 e seus impactos na economia do país.

Questão 292: CEBRASPE (CESPE) - Texto

O Brasil não tem sorte com seus centenários. O primeiro, em 1922, teve de conviver com os restos da
devastação causada pela gripe espanhola, chegada ao país em 1918. O ano foi ainda marcado pela
primeira revolta tenentista e pela decretação do estado de sítio. O segundo centenário, a ocorrer neste
ano, virá na cauda de outra pandemia. As mudanças nesses 200 anos foram enormes. No entanto, os
analistas que se encarregaram do tema de nossa trajetória reconhecem que há mais continuidades do
que rupturas.

José Murilo de Carvalho. 200 anos de Brasil: pouco a celebrar, muito a questionar.
In: O Estado de S. Paulo, 1.º/1/2022, p. D20 (com adaptações).

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Considerando o fragmento de texto anterior e aspectos da história do Brasil a ele relacionados, julgue
o item.

Infere-se do texto que, em dois séculos de vida nacional independente, não foi expressiva a
transformação ocorrida no país: mantiveram-se a economia agroexportadora, a baixa taxa de
urbanização e o pequeno acesso à educação, embora se tenha reduzido significativamente o problema
da desigualdade.
Certo
Errado

Questão 293: CEBRASPE (CESPE) - Texto

As desigualdades digitais refletem, reproduzem ou espelham desigualdades sociais mais amplas,


constituindo, desde o final do século XX, mais um lócus de estratificação social no Brasil. Além do acesso
à Internet e da posse de equipamentos digitais adequados, o chamado “letramento digital” também é
um fator de desigualdade, uma vez que nem todos os usuários têm familiaridade com as tecnologias —
dispositivos, redes de conexão, aplicativos, plataformas — para saber manejá-las corretamente. Os usos
das tecnologias são muito diversos e se relacionam com diferenças ligadas a escolaridade, capital
cultural, idade, tipo de inserção profissional, entre outras variáveis. Saber fazer um currículo em um
editor de texto online, organizar e catalogar correios eletrônicos ou mesmo realizar pesquisas na
Internet em fontes confiáveis (desviando-se das chamadas fake news) ainda são habilidades
desigualmente aprendidas na sociedade brasileira, tornando-se um “privilégio” de alguns grupos sociais.

Renata Mourão Macedo e Carolina Parreiras. Desigualdades digitais e educação.


In: Ciência Hoje, edição n.º 383, dez./2021 (com adaptações).

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.

Por deixarem evidentes desigualdades sociais mais amplas, as desigualdades digitais se tornaram outro
espaço de estratificação social da sociedade brasileira.
Certo
Errado

Questão 294: CEBRASPE (CESPE) - Texto

As desigualdades digitais refletem, reproduzem ou espelham desigualdades sociais mais amplas,


constituindo, desde o final do século XX, mais um lócus de estratificação social no Brasil. Além do acesso
à Internet e da posse de equipamentos digitais adequados, o chamado “letramento digital” também é
um fator de desigualdade, uma vez que nem todos os usuários têm familiaridade com as tecnologias —
dispositivos, redes de conexão, aplicativos, plataformas — para saber manejá-las corretamente. Os usos
das tecnologias são muito diversos e se relacionam com diferenças ligadas a escolaridade, capital
cultural, idade, tipo de inserção profissional, entre outras variáveis. Saber fazer um currículo em um
editor de texto online, organizar e catalogar correios eletrônicos ou mesmo realizar pesquisas na
Internet em fontes confiáveis (desviando-se das chamadas fake news) ainda são habilidades
desigualmente aprendidas na sociedade brasileira, tornando-se um “privilégio” de alguns grupos sociais.

Renata Mourão Macedo e Carolina Parreiras. Desigualdades digitais e educação.

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In: Ciência Hoje, edição n.º 383, dez./2021 (com adaptações).

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.

O desenvolvimento de habilidades associadas aos usos das tecnologias constitui privilégio de parcela da
população do Brasil.
Certo
Errado

Questão 295: CEBRASPE (CESPE) - Texto

Só me resta assinalar que nossa querida UNB renasce — e renasce bem e em boas mãos — porque renasce
no Brasil a liberdade. A questão fundamental é a liberdade. Reitero: nossa tarefa é o Brasil, mas nossa
missão fundamental para que o Brasil se edifique para seu povo é a liberdade.

Darcy Ribeiro. Universidade para quê?, 1985

Tecendo a manhã

Um galo sozinho não tece a manhã:


ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro: de outro galo
que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzam
os fios de sol de seus gritos de galo
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.

E se encorpando em tela, entre todos,


se erguendo tenda, onde entrem todos, se entretendo para todos,
no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo que, tecido, se eleva por
si: luz balão.

João Cabral de Melo Neto. A educação pela pedra, 1966.

A partir do fragmento de texto, que compõe um discurso de Darcy Ribeiro, e do subsequente poema
apresentado, de João Cabral de Melo Neto, julgue o item.

Tanto o trecho do discurso quanto o poema apresentados relacionam aspectos coletivos da vida em
sociedade à exigência de responsabilidades individuais na construção de um futuro comum.
Certo
Errado

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Questão 296: CPCON UEPB - Leia o texto a seguir, de modo a responder a questão.

MUDANÇA DE ROTA

Biden assina decretos e encaminha projeto de lei para reverter a danosa e cruel política de imigração
de Trump. Mas a abertura de fronteiras não virá tão cedo. CAIO SAAD E AMAND PÉCHY

[...] Cumprindo promessas de campanha, Biden, com suas canetadas, criou uma força-tarefa para
encontrar os pais de crianças separadas deles à força na fronteira, uma das heranças mais cruéis da era
Trump. Também ordenou uma revisão geral das normas impostas pelo governo anterior para restringir
os pedidos de asilo e, por fim, determinou uma ampla reformulação dos requisitos legais para a
imigração, que, nos últimos quatro anos, foram torcidos para torná-la o mais difícil possível. [...]

A proposta realmente abrangente do novo governo em relação à imigração está contida na chamada Lei
de Cidadania dos Estados Unidos, um calhamaço já enviado ao Congresso com a intenção de “restaurar
a humanidade e os valores americanos no nosso sistema”. O projeto de lei tem como ponto principal o
chamado “caminho para a cidadania”, que permite que os quase 11 milhões de imigrantes sem
documento que chegaram antes do 1º de janeiro de 2021 solicitem autorização legal temporária para
permanecer no país. Em cinco anos, cumprindo requisitos como verificação de antecedentes, essas
pessoas se tornariam elegíveis para o visto de residência, o green card; mais três anos e poderiam ter
cidadania plena. Aos 2,1 milhões de dreamers – aqueles que imigraram ainda crianças e não conhecem
outra vida – é dado o direito de solicitar o green card imediatamente. [...]

Direitos e respeito foram dois conceitos amplamente ignorados pelo governo Trump, que implantou mais
de 400 ações destinadas a restringir a permanência de estrangeiros no país. Por mais que favoreça
mudanças, no entanto, nada vai ser alterado imediatamente no governo Biden. [...] A agilização dos
pedidos de asilo, que afeta a multidão de esperançosos amontoados em acampamentos do lado
mexicano da fronteira, depende de medidas sanitárias contra a Covid-19 e de um plano para acomodar
recém-chegados em grande escala – ou seja, não é para já. [...]

Segundo estudo da Academias Nacionais de Ciências, Engenharia e Medicina, a presença de estrangeiros


economicamente ativos nos Estados Unidos é cada vez mais imprescindível. Entre 2010 e 2020, o país
teve o crescimento populacional mais lento de sua história. Ao mesmo tempo, os baby boomers
envelheceram, elevando gastos com a previdência social e programas de saúde. “O país vai precisar de
mais adultos em idade produtiva para pagar por isso, e a renovação ficará por conta dos imigrantes”,
aponta Nancy Foner, socióloga da City University of New York. Será a ironia das ironias: uma força de
trabalho não branca pagando os impostos que sustentarão os americanos da gema. (Veja, 10/02/21)

Do ponto de vista da organização global, o texto apresenta as seguintes características:

I- Tem estrutura predominantemente expositiva, sem prescindir de argumentatividade, o que se


reflete no uso de adjetivos avaliativos no título e no decorrer da matéria, a exemplo de: “danosa
e cruel política de imigração”; “uma das heranças mais cruéis”, entre outras marcas.

II- A temática diz respeito à elucidação das propostas que visam à regulamentação da situação
dos imigrantes, em consonância com a Lei da Cidadania dos Estados Unidos, dentre elas a que

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beneficia imigrantes egressos no país em janeiro de 2021, por ganharem o direito a pedir
solicitação temporária para se manter no país.

III- Visando à clareza e à comprovação dos fatos, ou seja, à veracidade própria dos textos
jornalísticos, o texto informa a respeito do lento crescimento populacional dos Estados Unidos
entre os anos 2010 e 2020, o que vem a ser um condicionante para a regulamentação da situação
dos imigrantes, dada a necessidade de pessoas aptas ao mercado de trabalho.

IV- A despeito de se tratar de um texto cujo propósito é deixar o leitor informado de temas
relevantes, o texto se caracteriza como predominantemente persuasivo, a julgar pela forma como
os autores finalizam o texto, com a justificativa para a necessária aceitação dos imigrantes.

É CORRETO o que se afirma apenas em:


a) I e II.
b) I e III.
c) III e IV.
d) II e IV.
e) I, II e III.

Questão 297: CEBRASPE (CESPE) - Texto

O medo é um sentimento conhecido de toda criatura viva. Os seres humanos compartilham essa
experiência com os animais. Os estudiosos do comportamento animal descrevem, de modo altamente
detalhado, o rico repertório de reações dos animais à presença imediata de uma ameaça que ponha em
risco suas vidas. Os humanos, porém, conhecem algo mais além disso: uma espécie de medo de “segundo
grau”, um medo, por assim dizer, social e culturalmente “reciclado”, um “medo derivado” que orienta
seu comportamento, haja ou não uma ameaça imediatamente presente. O medo secundário pode ser
visto como um rastro de uma experiência passada de enfrentamento de uma ameaça direta — um
resquício que sobrevive ao encontro e se torna um fator importante na modelagem da conduta humana
mesmo que não haja mais uma ameaça direta à vida ou à integridade.

Zygmunt Bauman. Medo líquido. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008, p. 9 (com adaptações).

A respeito das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item.

Conforme o texto, os seres humanos experimentam uma sensação de medo pior que a sentida por outros
animais.
Certo
Errado

Questão 298: CEBRASPE (CESPE) - Texto

O medo é um sentimento conhecido de toda criatura viva. Os seres humanos compartilham essa
experiência com os animais. Os estudiosos do comportamento animal descrevem, de modo altamente
detalhado, o rico repertório de reações dos animais à presença imediata de uma ameaça que ponha em
risco suas vidas. Os humanos, porém, conhecem algo mais além disso: uma espécie de medo de “segundo
grau”, um medo, por assim dizer, social e culturalmente “reciclado”, um “medo derivado” que orienta

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seu comportamento, haja ou não uma ameaça imediatamente presente. O medo secundário pode ser
visto como um rastro de uma experiência passada de enfrentamento de uma ameaça direta — um
resquício que sobrevive ao encontro e se torna um fator importante na modelagem da conduta humana
mesmo que não haja mais uma ameaça direta à vida ou à integridade.

Zygmunt Bauman. Medo líquido. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008, p. 9 (com adaptações).

A respeito das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item.

O “medo de ‘segundo grau’”, conforme as informações do texto, é conhecido apenas pelos seres
humanos e tem origem em vivências antigas de confronto com uma ameaça direta à vida ou à
integridade.
Certo
Errado

Questão 299: CEBRASPE (CESPE) - Texto

O medo é um sentimento conhecido de toda criatura viva. Os seres humanos compartilham essa
experiência com os animais. Os estudiosos do comportamento animal descrevem, de modo altamente
detalhado, o rico repertório de reações dos animais à presença imediata de uma ameaça que ponha em
risco suas vidas. Os humanos, porém, conhecem algo mais além disso: uma espécie de medo de “segundo
grau”, um medo, por assim dizer, social e culturalmente “reciclado”, um “medo derivado” que orienta
seu comportamento, haja ou não uma ameaça imediatamente presente. O medo secundário pode ser
visto como um rastro de uma experiência passada de enfrentamento de uma ameaça direta — um
resquício que sobrevive ao encontro e se torna um fator importante na modelagem da conduta humana
mesmo que não haja mais uma ameaça direta à vida ou à integridade.

Zygmunt Bauman. Medo líquido. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008, p. 9 (com adaptações).

A respeito das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item.

Conclui-se do texto que os animais reagem de variadas maneiras a ameaças imediatas contra sua vida.
Certo
Errado

Questão 300: CEBRASPE (CESPE) - Texto

O medo é um sentimento conhecido de toda criatura viva. Os seres humanos compartilham essa
experiência com os animais. Os estudiosos do comportamento animal descrevem, de modo altamente
detalhado, o rico repertório de reações dos animais à presença imediata de uma ameaça que ponha em
risco suas vidas. Os humanos, porém, conhecem algo mais além disso: uma espécie de medo de “segundo
grau”, um medo, por assim dizer, social e culturalmente “reciclado”, um “medo derivado” que orienta
seu comportamento, haja ou não uma ameaça imediatamente presente. O medo secundário pode ser
visto como um rastro de uma experiência passada de enfrentamento de uma ameaça direta — um
resquício que sobrevive ao encontro e se torna um fator importante na modelagem da conduta humana
mesmo que não haja mais uma ameaça direta à vida ou à integridade.

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Zygmunt Bauman. Medo líquido. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008, p. 9 (com adaptações).

A respeito das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item.

O último período do texto introduz uma das ideias centrais que estruturam o texto.
Certo
Errado

Gabarito
1) C 2) C 3) B 4) A 5) A 6) A 7) C 8) A 9) B 10) B 11) D 12) B 13) E 14) B 15) C 16) E 17) C 18) B 19) A
20) D 21) C 22) B 23) D 24) E 25) C 26) C 27) E 28) D 29) E 30) C 31) C 32) B 33) B 34) A 35) E 36) C
37) A 38) C 39) C 40) D 41) B 42) D 43) A 44) D 45) A 46) C 47) E 48) E 49) C 50) C 51) C 52) D 53) E
54) B 55) A 56) D 57) A 58) B 59) E 60) B 61) A 62) B 63) A 64) D 65) E 66) C 67) A 68) A 69) B 70) C
71) C 72) D 73) B 74) Errado 75) Certo 76) Certo 77) Errado 78) Certo 79) Errado 80) Errado 81) Errado
82) Errado 83) Certo 84) Errado 85) Certo 86) Errado 87) Certo 88) Errado 89) Certo 90) Certo 91) D
92) C 93) E 94) A 95) D 96) E 97) A 98) A 99) C 100) Certo 101) Errado 102) Certo 103) Errado 104)
Certo 105) A 106) Certo 107) Certo 108) C 109) B 110) D 111) A 112) C 113) E 114) E 115) D 116) C
117) E 118) D 119) A 120) Certo 121) Certo 122) Errado 123) Errado 124) Errado 125) Certo 126)
Certo 127) Errado 128) Errado 129) D 130) D 131) C 132) B 133) A 134) D 135) A 136) B 137) B 138)
D 139) D 140) B 141) A 142) A 143) D 144) A 145) C 146) Anulada 147) B 148) A 149) C 150) C 151)
C 152) B 153) B 154) B 155) A 156) D 157) E 158) D 159) B 160) A 161) B 162) D 163) A 164) A 165)
A 166) A 167) E 168) D 169) C 170) E 171) D 172) E 173) Certo 174) Certo 175) C 176) Errado 177)
Errado 178) Certo 179) B 180) Certo 181) C 182) A 183) D 184) B 185) D 186) A 187) B 188) E 189) A
190) E 191) C 192) D 193) C 194) D 195) A 196) A 197) B 198) D 199) E 200) A 201) A 202) C 203) D
204) B 205) D 206) B 207) C 208) B 209) B 210) B 211) C 212) C 213) D 214) C 215) C 216) A 217) E
218) B 219) D 220) A 221) C 222) D 223) A 224) B 225) D 226) B 227) D 228) A 229) B 230) D 231) C
232) D 233) C 234) E 235) B 236) D 237) D 238) B 239) D 240) D 241) D 242) B 243) C 244) B 245) A
246) E 247) Certo 248) Certo 249) Errado 250) Errado 251) Certo 252) Certo 253) Errado 254) Errado
255) Anulada 256) Certo 257) C 258) D 259) E 260) D 261) C 262) E 263) C 264) D 265) A 266) D 267)
E 268) D 269) C 270) A 271) A 272) D 273) D 274) D 275) C 276) A 277) B 278) B 279) C 280) A 281)
A 282) B 283) B 284) D 285) C 286) D 287) D 288) D 289) D 290) A 291) A 292) Errado 293) Certo 294)
Certo 295) Certo 296) B 297) Errado 298) Certo 299) Certo 300) Errado

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