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Segundo o artigo 27º/6 determina a atualização dos planos territoriais sempre que um
programa territorial entre em vigor e disponha de normas que entrem em conflito com os
planos existentes.
O artigo 28º estabelece ainda a necessidade de o programa territorial dispor de uma norma
que determine um prazo para a atualização dos planos, depois de ouvida a associação de
municípios cujos planos entrem em conflito.
Já o artigo 29º/1 determina que a não atualização dos planos em causa, faz com que as
normas em conflito sejam suspensas.
O artigo 115º estabelece as situações que possibilitam a alteração dos planos, sendo que,
entre elas, o número 2/b prevê a alteração quando haja uma incompatibilidade ou
desconformidade com outros programas aprovados.
Segundo o artigo 48º/1, durante a elaboração do programa setorial, têm de ser ouvidos,
entre outros, as associações municipais e os municípios que irão ficar abrangidos pelo
programa, podendo estes opor-se ao mesmo. Já o número 4 do mesmo artigo refere que caso
seja invocada alguma desconformidade com planos territoriais, a entidade competente para
a elaboração do programa fica obrigada a um dever de fundamentação, sendo que o artigo
51º/2/a estabelece que, no ato de aprovação do programa, sejam identificadas as
disposições de planos preexistentes que sejam incompatíveis.
Assim, é meu entendimento que a oposição dos municípios apenas poderia ter impedido a
aprovação do programa, caso o dever de fundamentação da entidade que o elabora não seja
cumprido, uma vez que o artigo 51º prevê que o mesmo possa ser aprovado ainda que hajam
incompatibilidades com planos já existentes.
3. Qual o procedimento de dinâmica dos planos que deve ser adotado pelos
municípios, em face da entrada em vigor do Plano Rodoviário Nacional? (1,5 valores)
Prevê o artigo 115º/2/b que possa haver a alteração dos planos em virtude de
desconformidade com outros programas territoriais aprovados, sendo que o mesmo é
confirmado pelo disposto no artigo 118º.
O artigo 119º estabelece que o procedimento de alteração dos planos é o mesmo que o
procedimento para a sua elaboração, aprovação, ratificação e publicação.
O artigo 29º/1 estabelece que a não atualização dos planos desconformes ao programa
setorial, findo o prazo estabelecido, determina a suspensão das normas que não vão de
encontro ao programa e ainda que ficam proibidos os atos que impliquem a ocupação, uso
e transformação do solo. O número 2 do referido artigo determina ainda que deva ser a
Tratando-se de suspensão parcial do plano, dispõe o artigo 126º/1/a, que a mesma pode
ser determinada por resolução do Conselho de Ministros, depois de ouvidas as câmaras
municipais, devendo a resolução ser devidamente fundamentada, segundo o número
seguinte.
II
Higino sustenta que nunca foi ouvido antes da tomada da decisão, que a mesma se mostra
uma cedência ilegal face aos interesses privados dos vizinhos e que se propõe realizar obras
de reconstrução, que não podem ser indeferidas pela Câmara Municipal mesmo que estejam
em desconformidade com o PDM aplicável.
No entanto, prevê o artigo que 90º que se proceda à vistoria do imóvel por técnicos com
habilitações legais para o ato. O número 2 do referido artigo determina ainda a notificação
ao proprietário do imóvel, sendo que este tem a possibilidade, segundo o número 3, para
nomear ele próprio um técnico para que esteja presente durante a vistoria.
Estabelece ainda o artigo 124º/1/a do CPA que a audiência dos interessados possa ser
dispensada quando se trate de uma decisão urgente, como seria a de uma demolição de um
imóvel em sérios riscos de ruir.
Desta forma, não foram cumpridos os trâmites legais para que se procedesse à demolição
do edifício, uma vez que não houve vistoria prévia por técnicos habilitados para determinar
o grau de risco de ruína, que posteriormente serviria para que se pudesse fundamentar a
urgência da decisão e a não audiência do proprietário.
causar sérios danos a pessoas, segundo o referido artigo 124º/1/a do CPA, era possível não
proceder à audiência se se tratasse de uma decisão com um elevado caráter de urgência. No
entanto, não tendo a câmara procedido à vistoria do imóvel por técnicos habilitados para
determinar o risco de ruína do mesmo, poderíamos argumentar que não haveria
fundamentos que justificassem a aplicação do artigo 124º, uma vez que não foi feita uma
análise técnica à estabilidade do edifício que justificasse a urgência da decisão de demolição.
O terceiro argumento de que a reconstrução do edifício não pode ser indeferidas pela
câmara municipal, enquadram-se, a meu ver, no artigo 4º/4/a, estando por isso sujeitas a
comunicação prévia.