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Preparação para Concursos


SIMULADOS/QUESTÕES
PREPOSIÇÕES

Questão 1: IDECAN - Projeto de Lei do governo retira dos Bombeiros competência para fiscalizar
obras
1 MANAUS – Um Projeto de Lei do governo do estado do Amazonas, em tramitação na Assembleia
Legislativa (ALE), que estava 2 previsto para ser votado dia 7, retira do Corpo de Bombeiros Militar do
Amazonas a competência para realizar vistorias e emitir 3 laudos sobre os sistemas de incêndio de
obras e edificações até a emissão do Habite-se. Atualmente, o Corpo de Bombeiros emite 4 parecer
sobre o projeto básico da obra, atestando sua regularidade, e outro, no final do serviço, para
comprovar se a construtora 5 cumpriu o que estava previsto.

6 O Projeto de Lei altera a Lei 2.812, de 17 de julho de 2003, que institui o Sistema de Segurança
contra Incêndio e Pânico em 7 Edificações e Áreas de Risco. A mudança é feita em uma palavra no
Parágrafo 3° do Artigo 3° da Lei. A redação atual estabelece 8 que “Os municípios se obrigam a
autorizar o Corpo de Bombeiros Militar a se pronunciar nos processos referentes às hipóteses de 9 que
trata o caput do artigo”. Na nova redação, a expressão “se pronunciar” é substituída por “fiscalizar”,
ficando assim o Parágrafo 10 3°: “Os municípios obrigam-se a autorizar o Corpo de Bombeiros Militar a
fiscalizar os sistemas e projetos referentes às hipóteses 11 de que trata o caput do artigo”.

12 Com a mudança, o Corpo de Bombeiros deixa de emitir parecer sobre os projetos e todo o processo
de construção das 13 edificações, uma vez que não há mais obrigação de “se pronunciar”, mas apenas
de fiscalizar. Tal fiscalização, no entanto, pode 14 ser feita a qualquer tempo.

15 A intenção, com a mudança, de acordo com o governo, é acelerar a emissão de vistorias e


desafogar a demanda do Corpo de 16 Bombeiros. O Projeto é defendido pelo Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia do Amazonas (CREA-AM) e pela Federação 17 das Indústrias do Estado do
Amazonas (FIEAM), apesar de haver resistências do próprio Corpo de Bombeiros. Em reunião realizada
18 na manhã desta terça-feira, na sala da presidência da ALE, o Comandante-Geral do Corpo de
Bombeiros em exercício, coronel 19 Fernando Sérgio Austregésilo, posicionou-se contra a matéria e
disse que a mudança não é a solução.

20 Fernando Sérgio defende que sejam feitos investimentos no aparelhamento e efetivo do Corpo de
Bombeiros. “Como todo órgão 21 público, nós temos deficiência de atendimento porque a demanda é
maior que a oferta. Temos que investir em efetivo e 22 aparelhamento”, disse. A sugestão do Corpo de
Bombeiros é que a mudança atinja apenas pequenas empresas, mantendo a 23 exigência de vistoria no
projeto para empresas de médio e grande portes. A medida, segundo o coronel, reduziria os riscos à
24 população.

25 Antes de o Projeto de Lei chegar à ALE, o Corpo de Bombeiros já travava uma batalha com o
CREA-AM a respeito da vistoria 26 de obras.

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27 No dia 13 de fevereiro deste ano, o CREA-AM enviou um ofício ao Comando-Geral do Corpo de


Bombeiros solicitando quais 28 profissionais do quadro técnico da instituição analisam os projetos de
combate a incêndio e desempenham atividades técnicas de 29 engenharia e agronomia.

30 A resposta não chegou e, no dia 6 de abril, um novo documento foi enviado pelo CREA-AM pedindo
as mesmas informações, 31 mas com tom ameaçador. A entidade dizia, no fim do documento, que caso
não fosse observado o prazo para a resposta, seria 32 lavrado um auto de infração, com base na Lei
5.195/1966.

Disponível em:
https://amazonasatual.com.br/projeto-de-lei-do-governo-retira-dos-bombeiros-competencia-para-fiscalizar-obras/. Acesso
em: 3 out. 2022. (Parcial e adaptado.)
No segmento Antes de o (linha 25), não ocorre a contração da preposição com o artigo, pois
a) a preservação de sentido está ligada com uma locução prepositiva.
b) a preposição aparece antes de um sujeito com verbo no infinitivo.
c) a presença do artigo definido impede que isso aconteça.
d) a preposição está ligada ao artigo definido pelo sentido.
e) as mudanças na ortografia oficial impedem que ela ocorra.

Questão 2: VUNESP - Leia o texto para responder a questão.

Livros já venderam mais em 2021 do que em todo o ano passado, mostra pesquisa

A venda de livros em 2021 já superou todo o acumulado do ano passado em apenas dez meses,
mostrando que o mercado editorial vive um momento promissor. Foram vendidos 43,9 milhões de livros
este ano, quando em todo o ano de 2020 se comercializaram 41 ,9 milhões de exemplares: o
crescimento foi de 33% em quantidade de livros e de 31 % em faturamento.

Vale lembrar que, se o início da quarentena representou um baque forte para o mercado editorial, ele
se recuperou em poucos meses e terminou o ano passado com um resultado favorável. Editores têm
apontado que a pandemia estimulou a leitura, restando como uma possibilidade de lazer ainda
acessível durante o período de quarentena.

A política de descontos agressiva das plataformas online também ajudou a aumentar as vendas. Quem
ainda sofre são as livrarias físicas, ameaçadas pela competição com gigantes virtuais que são capazes
de praticar preços mais baixos. O setor tem, por motivos como esse, voltado a se aglutinar em torno
da ideia de uma lei que estabeleça preço fixo para livros recém-lançados.

(Walter Porto. htlps:l/www1.folha. uol.com.br/ilustrada/2021 /12/ livros-ja-venderam-mais-em-2021


-do-que-em-todo-o-anopassado- mostra -pesqu isa.shtml. 06.12.2021. Adaptado)

O termo destacado na frase do último parágrafo - O setor tem, por motivos como esse, voltado a se
aglutinar em torno da ideia de uma lei. .. - forma uma expressão que enuncia
a) a causa de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.
b) oposição à aglutinação do setor em torno da ideia de uma lei.
c) o modo de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.

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d) o tempo da aglutinação do setor em torno da ideia de uma lei.


e) a finalidade de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.

Questão 3: FGV - “O laudo de necropsia é um documento elaborado pelo Instituto Médico Legal.
Após ser gerado pelo IML, é encaminhado para a Delegacia de Trânsito em sua localidade. O prazo
estimado para liberação do laudo é de aproximadamente trinta dias após o óbito, mediante
apresentação dos documentos necessários.” (Adaptado)

Nesse texto, foram destacadas várias ocorrências de conectores; a afirmação correta sobre um deles
é:
a) as duas ocorrências de pelo mostram valores diferentes;
b) as duas ocorrências de após mostram sentidos diferentes;
c) as duas ocorrências de para mostram sentidos diferentes;
d) o conector em indica relação de tempo;
e) o conector mediante indica relação de finalidade.

Questão 4: FGV - Texto 1

“Investigação é o ato ou efeito de investigar, busca, pesquisa. Ou seja, investigação criminal pode ser
definida como a atividade preliminar de produzir e colher elementos de convicção acerca da
materialidade, de autoria ou participação referente a um fato tido como criminoso”

(Jus.com.br).

“Investigação é o ato ou efeito de investigar, busca, pesquisa. Ou seja, investigação criminal pode ser
definida como a atividade preliminar de produzir e colher elementos de convicção...”.

Nesse segmento do texto, há três ocorrências da preposição DE, sem que nenhuma delas seja
solicitada por um termo anterior.

A frase abaixo em que a preposição DE tem valor gramatical, ou seja, é uma exigência de um termo
anterior, é:
a) Não pedi a empresário nenhum que chegasse com malas DE dólares em minha casa;
b) Ninguém quer ser mulher DE malandro. O Brasil não precisa sofrer gol para depois marcar;
c) Tenho certeza DE que, no Brasil, mais jovens fumaram maconha do que gente comeu carne;
d) Os gerentes do banco, como diz o ditado, estão mais perdidos que cachorro em dia DE mudança;
e) Beijar a boca DE uma mulher bonita é fácil.

Questão 5: CEBRASPE (CESPE) - A tecnologia finalmente está derrubando os muros do


tradicionalismo que envolve o mundo do direito. Cercado de costumes e hábitos por todos os lados, o
direito e seus operadores têm a fama de serem apegados a formalismos, praxes e arcaísmos
resistentes a mudanças mais radicais. São práticas persistentes, passadas adiante por gerações e
cultivadas como se necessárias para manter a integridade e a operacionalidade costumeira do sistema.

Nem mesmo o hermético universo do direito resistiu às mudanças tecnológicas trazidas pela rede
mundial de computadores e pela possibilidade do uso de softwares de inteligência artificial para
análise de grandes volumes de dados.

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Novidades cuja aplicação foi impulsionada pelo incessante crescimento de demandas judiciais e pela
necessidade de implementar e efetivar o sistema de precedentes qualificados.

Todas essas inovações, sem dúvida nenhuma, transformaram o sistema de justiça como o conhecíamos
e o cotidiano dos operadores do direito.

O direito, o processo decisório e os julgamentos são eminentemente de natureza humana e dependem


do ser humano para serem bem realizados. Assim, mesmo que os avanços tecnológicos sejam
inevitáveis, todas as inovações eletrônicas e virtuais devem sempre ser implementadas com
parcimônia e vistas com muito cuidado, não apenas para sempre permitirem o exercício de direitos e
garantias, mas também para não restringirem — e, sim, ampliarem — o acesso à justiça e, sobretudo,
para manterem a insubstituível humanidade da justiça.

Rafael Muneratti. Justiça virtual e acesso à justiça. In: Revista da Defensoria


Pública do Estado do Rio Grande do Sul, ano 12, v. 1, n.º 28, 2021 (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.

No texto, a preposição “para”, em suas três ocorrências, veicula uma ideia de finalidade.
Certo
Errado

Questão 6: FUNDATEC - Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do


texto estão citados na questão.
Para entender a gestão do SUS: antecedentes

Antes da criação do Sistema Único de Saúde (SUS), a assistência à saúde no país tinha uma estreita
vinculação com as atividades previdenciárias, e o caráter contributivo do sistema de então gerava uma
divisão da população brasileira em dois grandes grupos (além da pequena parcela da população que
podia pagar os serviços de saúde por sua própria conta): previdenciários e não previdenciários.

Essa divisão, que é profundamente injusta do ponto de vista social, separava a população brasileira em
cidadãos de 1ª e de 2ª classe. Os de 1ª classe, representados pelos contribuintes da previdência,
tinham, mesmo com as dificuldades inerentes ao sistema de então, um alcance mais amplo à
assistência à saúde, dispondo de uma rede de serviços e prestadores de serviços ambulatoriais e
hospitalares providos pela previdência social por meio do INAMPS. Os de 2ª classe, representados pelo
restante da população brasileira, os não previdenciários, tinham um acesso bastante limitado à
assistência à saúde – normalmente restrito às ações dos poucos hospitais públicos e às atividades
filantrópicas de determinadas entidades assistenciais.

Essa lógica de estruturação e financiamento das atividades de atenção e assistência à saúde, além das
evidentes d.is..criminações dela decorrentes, determinava uma lógica de divisão de papéis e
competências dos diversos órgãos públicos envolvidos com a questão de saúde.

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Dessa forma, o Ministério da Saúde (MS) e as Secretarias de Saúde dos Estados e Municípios
desenvolviam, fundamentalmente, ações de promoção da saúde e prevenção de doenças, com
destaque para as campanhas de vacinação e controle de endemias. A atuação desses entes públicos na
prestação de assistência à saúde era bastante limitada, restringindo-se a ações desenvolvidas por
alguns poucos hospitais próprios e pela Fundação de Serviços Especiais de Saúde Pública (FSESP) e
dirigidas à população não previdenciária – os chamados indigentes. Esses indigentes tinham ainda, por
uma atividade caritativa, atendimento em serviços assistenciais de saúde que eram prestados por
instituições de caráter filantrópico, como as chamadas Santas Casas.

Já na assistência à saúde, a grande atuação do poder público se dava pela Previdência Social –
inicialmente pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e depois pelo Instituto Nacional de
Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), autarquia do Ministério da Previdência e Assistência
Social. As ações desenvolvidas pelo INAMPS – que tinham caráter contributivo – beneficiavam apenas os
trabalhadores da economia formal, com “carteira assinada”, e seus dependentes, os chamados
previdenciários. Não havia, portanto, caráter universal na atuação dessa autarquia. O INAMPS aplicava
nos Estados, por intermédio de suas Superintendências Regionais, recursos para que a assistência à
saúde fosse de modo mais ou menos proporcional ao volume de beneficiários e..x.istente e a
assistência prestada se dava por meio de serviços próprios (postos de assistência médica e hospitais
próprios) e de uma vasta rede de serviços, ambulatoriais e hospitalares, contratados para a prestação
de serviços.

Toda esta situação – a de..s.articulação dos serviços de saúde da época e os evidentes prejuízos à
saúde da população decorrentes do modelo vigente naquela época – começou a gerar no seio da
comunidade de profissionais da saúde, de sanitaristas e da própria sociedade brasileira, um
movimento na direção de uma reforma sanitária e de uma transformação dos paradigmas do sistema
de saúde. Dentro desse processo e como prenúncio das profundas mudanças que estavam por vir, o
INAMPS adotou uma série de medidas que aproximavam sua ação de uma cobertura universal de
clientela, dentre as quais se destaca o fim da exigência da carteira do INAMPS para o atendimento nos
hospitais próprios e conveniados da rede pública.

(Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/para_entender_gestao.pdf – texto adaptado especialmente para esta


prova).

Assinale a alternativa que indica o número correto de preposições presentes no trecho a seguir,
incluindo as que possam aparecer contraídas com outras palavras. “Essa lógica de estruturação e
financiamento das atividades de atenção e assistência à saúde, além das evidentes d...criminações
dela decorrentes”
a) 3.
b) 4.
c) 5.
d) 6.
e) 7.

Questão 7: SELECON -
Um alerta contemporâneo

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O planeta nunca foi o mesmo. Ao longo do tempo, temos passado ao largo dessa questão, como se ela
não nos importasse para entendermos melhor onde estamos. E o que enfrentamos, a cada momento,
para existir. Um simples dado ignorado sobre o planeta pode nos revelar alguma coisa fundamental
sobre nós mesmos. Talvez esse simples dado, sobre a existência do que não conhecemos, nos explique
o que não conseguimos explicar até agora.

O calor excessivo na Europa, as cheias no continente asiático, as recentes chuvas de inverno durante o
nosso verão devem ser mais uma reação da natureza ao que temos feito de errado no mundo. Cada
fenômeno desses é um gesto de nossos parceiros para nos chamar a atenção para o que deve estar
errado. Ou, então, uma simples declaração de guerra, sei lá de que tipo.

Quando nossos erros se concluem antes de um desastre final, nossos parceiros deixam para lá,
esperam que desvendemos o fracasso de nossas más ideias. Outro dia, um daqueles príncipes do
Oriente Médio ofereceu ao Brasil fazer parte da Opep, a organização dos países exportadores de
petróleo. Deve ter feito o convite porque quase ninguém mais quer saber da Opep, por causa das
novas fontes de energia. Ninguém está mais a fim de gastar fortunas na exploração de petróleo,
quando o mundo desenvolve e já usa novas fontes limpas de energia, como a eólica e a solar.

O novo coronavírus é um sinal desse confronto entre o que foi vantagem no passado e hoje não é mais.
É uma formação natural de um mundo que ainda não conhecemos, equivalente ao que foi a Gripe
Espanhola, no final da Primeira Guerra Mundial. Um alerta contemporâneo.

No dia 11 de novembro de 1918, era assinado o tratado de paz que encerrava a Grande Guerra. Com
mais de 16 milhões de vítimas e histórias de arrepiar qualquer um de tanta violência e crueldade, essa
guerra seria responsável por um número de mortes que acabou sendo pequeno perto de outra tragédia
simultânea: a chamada Gripe Espanhola, que muitos acreditam ter interrompido de 30 a 50 milhões de
vidas, em todos os continentes. Curiosamente, como o coronavírus, a trágica epidemia não era uma
gripe, mas o resultado do surgimento e multiplicação de um vírus até então desconhecido.

Segundo historiadores da época, apesar do nome da epidemia, o vírus tinha sido trazido da costa leste
americana para a Europa, pelos combatentes dos Estados Unidos, que haviam entrado na guerra em
abril de 1918. Da Europa, os navios americanos e os de seus aliados o levaram para o resto do mundo,
chegando ao Rio de Janeiro no mês de setembro daquele ano, num navio britânico que deixou aqui a
gripe que não era gripe espalhada entre as meninas da Praça Mauá. E elas a transmitiram ao resto da
cidade, onde a epidemia atingiu 600 mil habitantes, mais da metade da população. Como no caso do
coronavírus, os que praticavam viagens transcontinentais eram os responsáveis por espalhar o vírus
fatal pelo mundo afora.

O coronavírus, como a Gripe Espanhola, é uma espécie de resistência da natureza às nossas


barbaridades. Uma resistência que ajudamos a se tornar de caráter global, graças ao progresso e ao
poder, como se fôssemos estimulados por forças que não compreendemos, nem somos capazes de
enfrentar. É claro que o coronavírus nos faz mal; por isso devemos combatê-lo. Mas, sempre
lembrando que ele vem de um mundo ao qual também pertencemos e ao qual devemos atenção e
respeito, até conhecê-lo melhor.

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Cacá Diegues. In: O Globo. 16/03/2020. [Adaptado] (Disponível em:


https://oglobo.globo.com/opiniao/um-alertacontemporaneo- 24305182)

No trecho “histórias de arrepiar qualquer um de tanta violência e crueldade” (quinto parágrafo), o


termo introduzido pela preposição em destaque expressa noção semelhante à da expressão que se
destaca na frase:
a) Caso se sinta desolado, ouça alguém que fale de amor.
b) A Covid-19 configurou-se, de repente, como pandemia.
c) Partindo de Wuhan, na China, o vírus se espalhou para o mundo.
d) Profissionais da saúde sobrecarregados começam a cair de cansaço.

Questão 8: FGV - As preposições podem ter valor gramatical, quando são exigidas por um termo
anterior, com presença obrigatória, e valor nocional quando são empregadas para acrescentar alguma
informação ao texto.

Assinale a frase a seguir em que a preposição DE mostra valor nocional.


a) Jamais alguém se arrependeu de ter-se acostumado a madrugar e a ter-se casado jovem.
b) Quando a história se encarrega de fazer teatro, o faz maravilhosamente.
c) Quem mais tempo sabe aproveitar mais certo está de ganhar.
d) A vida necessita de pausas.
e) Aproveita bem o dia de hoje.

Questão 9: FADESP -
Felicidade x ideal de beleza: o conceito que aprisiona gerações de mulheres

O filme preferido na minha adolescência era "As Patricinhas de Bervely Hills". Devo ter assistido mais
de cem vezes, cheguei até a decorar as falas das personagens e principalmente da Dionne. O ápice
daquela época, pra mim, foi conhecê-la. A personagem era interpretada pela atriz Stacey Dash, uma
jovem negra, bonita e rica.

Eu tinha 14 anos e era a primeira vez que via uma jovem negra de tranças na TV interpretando uma
adolescente como as jovens brancas que eu assistia nos filmes da Sessão da Tarde: linda, sem
problemas financeiros e que namorava. Uma menina negra vivenciando o amor era algo que, aos 14
anos, eu nunca havia visto na TV ou na vida real.

Sucesso dos anos 90, não à toa, o filme transcendeu sua época e até hoje é muito comentado entre as
gerações z e millennial. Mas a marca que este filme deixou no meu interior foi muito maior e
devastadora do que a presença da Dionne. Há algum tempo venho percebendo o quanto eu aprendi
durante a minha adolescência que para atingir a felicidade precisava eu sempre ser mais magra, mais
bonita, mais popular.

Se puder criar um termo aqui e agora eu diria que nós, adolescentes dos anos 90, vivemos uma
agressiva beauty wash* durante a Sessão da Tarde. Não só o filme das patricinhas, mas a maioria dos
filmes que assistimos contribuiu para ferrar com o conceito que temos sobre o nosso corpo. Quase
todos eles mostravam garotas que pra alcançar o sucesso se submetiam a mudanças físicas e de
comportamento. Tiravam os óculos, o aparelho ortodôntico, mudavam as roupas, os cabelos e perdiam
alguns quilos para se sentirem realizadas e felizes.

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Isso fez com que uma geração de mulheres aprendesse que felicidade só se alcança quando atingimos
um determinado ideal de beleza. É como se existisse um passaporte pela felicidade e ele fosse um
extreme makeover**. Você se reconstrói, se transforma e encontra aquele boy lindo dos sonhos,
conquista o emprego desejado, se torna uma das pessoas mais populares do seu grupo.

Mas isso tudo é só nos filmes. Porque com o passar dos anos nós descobrimos que muitos dos boys eram
tóxicos e que nem todas as garotas queriam conquistar homens, mas elas também amavam mulheres.
O trabalho dos sonhos pode ser algo criado por você mesma, uma empreendedora transformando sua
própria realidade através do seu empenho. E a popularidade? Ah! Em tempos de Instagram prefiro
falar sobre isso em outro texto.

Nós também descobrimos o quanto o ideal de beleza é uma contra resposta do machismo para as
conquistas políticas, sócio-econômicas das mulheres. Quanto maiores os nossos avanços na ocupação
de espaços para os quais fomos historicamente excluídas, maiores são as exigências de beleza
expostas nas capas de revistas, nas novelas, nos filmes. Consequentemente, maiores são os números
de cirurgias plásticas realizadas pelas mulheres.

E eu te pergunto: para agradar a quem? Quem estamos procurando agradar nesta busca por um corpo
perfeito? Parecemos querer agradar a todos menos a nós ou incomodar a todos, gerar um sentimento
de inveja e incômodo em quem não conseguiu passar por todas as etapas da felicidade futura.

Tenho 40 anos e zero medo de dizer que não aprendi a viver de maneira saudável com a minha
aparência. Continuo com meu cérebro programado para esperar o momento certo de acionar o botão
felicidade, a tal felicidade futura. Quando eu pesar 69 quilos, tiver dinheiro para comprar toda a
coleção de roupas da Ivy Park, dirigir um Land Rover e minha peruca de cabelo 100% humano
balançando como nos comerciais da L'Oréal eu serei feliz.

Me sinto um lixo quando percebo que não consigo valorizar todas as vitórias profissionais e emocionais
que tive nos últimos anos e fico à espera de um corpo, um carro, uma roupa e um penteado para ser
feliz. E eu sei que muitas das pessoas que lerão este texto também se sentem, sejam elas mulheres ou
homens ou sem gênero.

Às vezes me dói perceber que até a Beyoncé me impulsiona a me sentir ainda mais distante da
felicidade. Mesmo que ela faça roupas que vistam ao meu corpo tamanho 46 em eterno estado de
dieta eu só a vejo perfeita, sem erros, sem momentos que a distancie do padrão pré-estabelecido e
imposto há anos e agora impulsionado pelo instagramável. Tudo tem que ser instagramável.

Tem que estar bonito no Instagram para as pessoas curtirem, mandarem corações, elogiarem,
escrevem perfeita. Mas o que é ser perfeita? Será que estamos sendo reais ou meras marionetes a
alimentar o bolso de meia dúzia de homens brancos bilionários que estão determinando o momento
em que eu serei feliz, e este momento nunca é agora é sempre amanhã quando eu comprar a roupa y,
fizer a cirurgia x e dirigir o carro h?

Eu queria terminar este texto com uma receita mágica do que fazer pra sair deste sentimento pesado
de infelicidade do agora em busca da felicidade do amanhã que eu nem sei se existe, mas eu não

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tenho essa receita. Eu só sei dizer que você é linda do jeito que você é. Mesmo que não existam
referências, faça do seu reflexo no espelho a sua própria referência e vá em busca de ser feliz agora.

Cristiane Guterres
Disponível em
https://www.uol.com.br/universa/colunas/cris-guterres/2022/01/05/felicidade-x-ideal-de-beleza-o-conceito-que-aprisiona-
geracoes-de-mulheres.htm Acessado em 5/01/2022 Texto adaptado
* Beauty wash: banho de beleza
** Extreme makeover: programa do tipo reality show que consiste em reformar as residências dos participantes

Em Quanto maiores os nossos avanços na ocupação de espaços para os quais fomos historicamente
excluídas, maiores são as exigências de beleza expostas nas capas de revistas, nas novelas, nos filmes,
a autora empregou inadequadamente um/uma
a) verbo.
b) pronome.
c) adjetivo.
d) advérbio.
e) preposição.

Questão 10: OBJETIVA CONCURSOS -


Mudanças climáticas levam à queda em população de baleias, indica estudo

As baleias francas do Atlântico Norte quase foram extintas em razão da caça comercial no século 19.
Quando a prática foi proibida, a espécie se recuperou aos poucos. Mas, recentemente, em 2017,
aconteceu um declínio repentino na população. Um estudo publicado no periódico especializado
Oceanography tentou entender o motivo – e tudo indica que a culpa é das mudanças climáticas,
desencadeadas pela ação humana.

Os cientistas analisaram o Golfo do Maine, nos EUA, e o litoral da província canadense Nova Escócia.
Coletaram dados sobre a presença de plâncton, temperatura da água e outros parâmetros do oceano
e, é claro, avistamentos de baleias.

Esses números indicam que, de 2010 em diante, essas regiões do oceano foram alteradas como nunca
antes pelo aquecimento global. O baque é sentido com força pela corrente do Golfo – um fluxo natural
do Atlântico que tem origem no Golfo do México e influencia todo o clima da América do Norte e da
Europa.

Houve um aquecimento das águas na região do Golfo do Maine, o que criou um ambiente pouco
favorável para a alimentação das baleias – a população de crustáceos, por exemplo, que fazia parte
das refeições delas por lá, despencou.

Devido a isso, as baleias migraram rumo ao norte, até o Golfo de São Lourenço, no Canadá. Mas a
espécie também não se viu livre de problemas por lá: no novo habitat, elas não estariam protegidas
contra navios e equipamentos de pesca (como estavam no habitat anterior, por algumas medidas de
conservação).

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Existem algumas medidas que são adotadas por autoridades do Canadá e dos EUA para evitar que as
baleias encontrem pescadores no Atlântico Norte. As medidas envolvem, por exemplo, restrições de
velocidade para navios; pausas nas atividades pesqueiras quando uma baleia é avistada;
enfraquecimento das cordas utilizadas nas armadilhas de pesca.

Mas os cientistas afirmam que a melhor solução para o problema da pesca seria uma mudança
tecnológica: a adoção de materiais de pesca sem corda. Algo que dependeria, claro, de políticas
públicas forçando o emprego dessas tecnologias alternativas.

(Site: Abril - adaptado.)

Considerando-se o período “O baque é sentido com força pela corrente do Golfo (...)”, o termo
sublinhado é classificado, gramaticalmente, como:
a) Substantivo.
b) Advérbio.
c) Conjunção.
d) Preposição.
e) Interjeição.

Questão 11: VUNESP - Leia o texto, para responder à questão de números.

Direto da Zona Fantasma

Leio que a TV a cabo será o novo telefone fixo. Má notícia para os que, como eu, ainda veem nela uma
alternativa aos programas de auditório que infestam a TV aberta. O telefone fixo, por sua vez, já é um
fóssil paleozoico contemporâneo.

Nada como o avanço da tecnologia para redefinir as relações sociais. Há décadas na praça, acumulei
uma razoável quantidade de amigos com quem continuei mais ou menos em contato pelos canais
convencionais – telefone, e-mail, telegrama, uma ou outra carta e, em caso de viagem, o querido
cartão postal. Mas todos esses amigos devem ter se mudado para a Zona Fantasma, porque
telegramas, cartas e cartões postais são coisas que não recebo há 20 anos. E só agora me dou conta de
que também não os envio, donde, para eles, já devo ter sido despachado, idem, para a Zona
Fantasma.

Estamos aprendendo a dispensar coisas que até há pouco eram corriqueiras no cotidiano. Faz tempo
que, por falta de ofertas, não compro um CD ou DVD. Por sorte, ainda tenho milhares, mas não sei até
quando existirá equipamento para tocá-los.

Há pouco, na rua, perguntei as horas a uma jovem com um relógio de pulso. Em vez de consultá-lo,
ela tirou do bolso um celular e olhou para a tela. Eram 9h30. Seu relógio deve estar na categoria de
seus brincos e pulseiras.

(Ruy Castro. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2022/01/


direto-da-zona-fantasma.shtml/. 30.01.2022. Adaptado)
Assinale a alternativa em que o termo em destaque expressa ideia de causa.
a) ... ainda veem nela uma alternativa aos programas de auditório...

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b) ... amigos com quem continuei mais ou menos em contato pelos canais convencionais...
c) Faz tempo que, por falta de ofertas, não compro um CD ou DVD.
d) ... ainda tenho milhares, mas não sei até quando existirá equipamento para tocá-los...
e) Há pouco, na rua, perguntei as horas a uma jovem com um relógio de pulso...

Questão 12: FURB - À medida que a população da Colônia crescia com seus lotes demarcados,
acelerou-se o impacto ambiental. Com a rápida derrubada da floresta para a obtenção de lenha,
madeira e estabelecimento de lavouras, pastagens, edificações, estradas e outras benfeitorias, o
impacto no ambiente terrestre refletiu-se naturalmente no solo, água e ar. Em pouco tempo,
começaram as queimadas, mesmo que justificadas as intervenções geradas pela necessidade humana,
esta ação provocou erosões e aumento do lançamento de dejetos nos rios e ribeirões.

Disponível em: Fonte: Secretaria Municipal de Cultura e Relações Institucionaisde Blumenau/Arquivo Histórico José Ferreira da Silva
/ Acervo iconográfico:Fundo Memória da Cidade - Blumenau - Comunicação/Transporte - Transporte - Veículos - Diversos/

https://www.blumenau.sc.gov.br/secretarias/fundacao-cultural/fcblu/memoria-digitalocupacao- e-desmatamento36-Acesso em
02/12/202.

Assinale, entre as palavras abaixo retiradas do texto, a alternativa que não seja uma preposição:
a) E
b) De
c) Em
d) Com
e) Para

Questão 13: Legalle - Para responder a questão, leia o texto abaixo.

As vantagens de ter uma conta corrente em dólar

A médio e longo prazo, o Brasil vai experimentar mudanças cambiais que devem aproximá-lo dos
países globalizados e com moeda forte. O novo marco legal do setor vai colocar a Nação no século 21
— pelo menos em termos de mercado de câmbio. O projeto reuniu 400 artigos dispersos e editados a
partir de 1920. Eles foram atualizados e simplificados para corresponder ao arcabouço regulatório dos
países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o clube dos países
ricos. As mudanças removem barreiras que restringiam a circulação da moeda estrangeira no País.

O novo marco foi uma iniciativa do Banco Central, que há anos tem cumprido uma agenda de
modernização (o PIX e o open banking são as iniciativas mais recentes). E as mudanças serão
implantadas aos poucos. Ele traz novidades para o brasileiro comum (pessoa física) e para as
empresas. “Em muitos casos, legaliza práticas já existentes no mercado, como compra e venda de
dólar entre pessoas físicas”, diz o especialista em economia cambial Alexandre Chaia, professor do
Insper. “As pessoas costumam trocar dólar por real, mas isso era ilegal. A nova lei descriminaliza
operações até US$ 500.”

Essa mudança deve levar à criação de plataformas peer-to-peer (pessoa para pessoa, em inglês) de
câmbio, para trocas de moedas estrangeiras. Para o brasileiro, a brecha possibilita gastar menos,
porque ele poderá comprar a moeda no câmbio oficial, que tem menor tarifa. A notícia tira as casas

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de câmbio do conforto. Para não perder clientes, precisarão se modernizar. A nova lei também
aumenta para US$ 10 mil (cerca de R$ 57 mil) o máximo que o viajante declara nos aeroportos, na
saída do País para o exterior.

As operações de transferência e pagamento para o exterior também ficarão mais fáceis. Isso desperta
o interesse das fintechs. Algumas já oferecem aos clientes a possibilidade de abrir uma conta em dólar
no exterior, o que economiza em até 10% em taxas e impostos, se comparado às alternativas clássicas,
como a compra de moeda em espécie e pelo cartão de crédito internacional. “A nova lei permitirá o
PIX internacional, operação simples e sem taxas a pessoa física”, diz Chaia.

Autor: Valéria Pampa — Revista IstoÉ (adaptado).

Destacado no terceiro parágrafo, o termo para apresenta valor semântico de:


a) Modo.
b) Destino.
c) Tempo.
d) Meio.
e) Finalidade.

Questão 14: FCC - Todos já ouvimos falar de crianças hiperativas, que não conseguem ficar paradas;
ou daquelas que sonham acordadas e se distraem ao menor dos estímulos. Da mesma forma, é comum
ouvirmos histórias de adultos impacientes, que comumente iniciam projetos e os abandonam no meio
do caminho. Apresentam altos e baixos, são impulsivos, esquecem compromissos, falam o que lhes dá
na telha. Comportamentos como esses são característicos do transtorno do déficit de
atenção/hiperatividade (TDAH), classificado pela Associação de Psiquiatria Americana (APA).

Quando se pensa em TDAH, logo vêm à mente imagens de um cérebro em estado de caos. Diante dessa
visão restrita, pode-se ter a ideia errônea de que pessoas com TDAH estariam fadadas ao fracasso;
mas, ao contrário disso, grande parte delas atuam nas mais diversas áreas profissionais de forma
brilhante.

Muitas teorias têm sido elaboradas para elucidar a origem do sucesso obtido por personalidades com
comportamento TDAH nos mais diversos setores do conhecimento. Porém, a ciência não tem uma
explicação exata para esse fato; até porque o funcionamento cerebral humano não segue nenhuma
lógica aritmética previsível. Ideias, sensações e emoções não podem ser quantificadas; são
características humanas imensuráveis. Nesse território empírico, uma coisa é certa: o funcionamento
cerebral TDAH favorece o exercício da mais transcendente atividade humana: a criatividade.

Se entendermos criatividade como a capacidade de ver os mais diversos aspectos da vida através de
um novo prisma e então dar forma a novas ideias, notaremos que a mente TDAH, em meio à confusão
resultante do intenso bombardeio de pensamentos, é capaz de entender o mundo sob ângulos
habitualmente não explorados.

A hiper-reatividade é responsável pela capacidade da mente TDAH de não parar nunca. Trata-se de
uma hipersensibilidade que essa mente possui de se ligar a tudo ao mesmo tempo. Uma vez que está
sempre reagindo a si mesma, essa mente pensa e repensa o tempo todo. Esse estado de inquietação

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mental permanente mantém toda uma rede de pensamentos e imagens em atividade intensa,
proporcionando, assim, o terreno ideal para o exercício da criatividade.

(Adaptado de: SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Mentes Inquietas: TDAH − desatenção, hiperatividade e impulsividade. São Paulo: Globo,
2014, edição digital)

Exprime noção de finalidade o elemento sublinhado em:


a) Muitas teorias têm sido elaboradas para elucidar a origem do sucesso (3o parágrafo)
b) proporcionando, assim, o terreno ideal para o exercício da criatividade (último parágrafo)
c) mas, ao contrário disso, grande parte delas atuam nas mais diversas áreas profissionais (2o
parágrafo)
d) até porque o funcionamento cerebral humano não segue nenhuma lógica aritmética previsível (3o
parágrafo)
e) Porém, a ciência não tem uma explicação exata para esse fato (3o parágrafo)

Questão 15: SELECON - Texto I

Portugal no mundo

Na semana passada discuti o papel do nosso país no mundo, defendendo que é no multilateralismo que
seremos capazes de proteger os nossos interesses e ocupar um lugar na política internacional. Mas o
multilateralismo não é perfeito, pelo que as Nações Unidas propuseram o conceito da "diplomacia
preventiva" em meados da década de 50 do século passado, que pode ser resumido por um popular
"mais vale prevenir do que remediar".

Segundo o Banco Mundial, a causa primeira das crises estará na incapacidade dos Estados em servirem
às suas populações nos quadros do desenvolvimento e da boa governação. E se até 2015 não havia um
entendimento comum sobre o que se desejava, a agenda dos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável veio dar-lhe resposta. Ao estabelecer um conjunto de 17 objetivos, 169 metas e mais de
200 indicadores de avaliação partilhados por todos os Estados - desenvolvidos e em desenvolvimento
de ambos os hemisférios - pela sociedade civil e pelo setor privado, as Nações Unidas construíram e
aprovaram uma linguagem comum a todos, que poderá permitir avaliar e antecipar os desvios aos
propósitos que foram aceites por todos, o que poderá legitimar a Comunidade Internacional a
desenvolver os instrumentos necessários para a diplomacia preventiva. Não se trata de impor um
modelo de organização social e política estranho aos diferentes destinatários, mas de recorrer a um
quadro único e livremente adotado por todos os Estados da ONU para promover o crescimento
econômico, o desenvolvimento social, a sustentabilidade ambiental e a boa governança, de forma a
evitar os conflitos e as crises humanitárias associadas.

De acordo com as Nações Unidas e o Banco Mundial, a passagem de um modelo de diplomacia reativa
para um modelo de diplomacia preventiva implicaria uma alteração nos mecanismos utilizados,
nomeadamente uma visão de curto, médio e longo prazo, um modelo flexível que envolva todos os
níveis de governo e organizações da sociedade civil de forma integrada, proativa e percebida como
legítima pelos seus destinatários.

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Regressando a Portugal, será no quadro da diplomacia preventiva que poderemos reforçar o nosso
posicionamento internacional, trabalhando com as organizações internacionais e com outros Estados
da Comunidade Internacional na promoção e implementação dos mecanismos que, à luz dos Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável, permitam promover o desenvolvimento sustentável e evitar os
conflitos. Para tanto, teríamos de mobilizar os Estados, as organizações internacionais, as
universidades e as ONG que defendem o multilateralismo para um diálogo estruturado sobre os
objetivos, processos e resultados da "diplomacia preventiva". Se os países nórdicos, que não têm a
nossa tradição universalista, e a Comunidade de Santo Egídio, que não é um Estado, o fazem, não há
razão para pensarmos que Portugal não o poderá fazer.

Para cumprir, a promessa de desenvolvimento e paz do multilateralismo, teremos de ultrapassar as


suas imperfeições e não nos limitarmos a tentar corrigir o que já se perdeu. Portugal, no quadro de
uma legitimidade internacional partilhada, poderá dar um contributo relevante na procura dos
mecanismos necessários para a construção e a implementação da "diplomacia preventiva", reforçando
assim o nosso papel no mundo.

Bemardo Ivo Cruz


Adaptado de: Diário de Noticias (Lisboa), 12/2/2022.

Em "Ao estabelecer um conjunto de 17 objetivos, 169 metas e mais de 200 indicadores de avaliação
partilhados por todos os Estados" (2° parágrafo), a preposição "a", na combinação "ao", assume o valor
de:
a) modo
b) tempo
c) finalidade
d) conformidade

Questão 16: Ibest -


A cidade

Alexânia é um pequeno e simpático município do entorno do Distrito Federal, que fica às margens da
BR-060, rodovia que liga
Goiânia à Brasília e sempre teve uma importância fundamental nos destinos da cidade.
Antes da formação de Alexânia, ainda na primeira metade do século passado, o que havia nas
proximidades era um pequeno
distrito de grande beleza natural: Olhos D’Água. Em meados da década de 1950, o anúncio da
construção da capital federal, a cerca de 100 quilômetros dali, mexeu com o povoado. Tanto que, logo
depois, em 1958, Olhos D’Água ganhou autonomia política e administrativa, com a emancipação. Dois
anos depois, o primeiro prefeito eleito, Alex Abdallah, loteou uma grande área de sua propriedade às
margens da BR-060, que estava em construção, e transferiu a sede do município para o local, já com o
nome de Alexânia. Quase simultaneamente, outro investidor, Nélson Santos, também abriu um
loteamento ao lado, chamado de Nova Flórida. Segundo moradores mais antigos, o nome Alexânia,
veio da junção do nome do então prefeito e de sua mãe, Ana.
A princípio, Alexânia, mesmo emancipada, não passava de um vilarejo, sem nenhuma infraestrutura,
que servia apenas como

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cidade-dormitório de Brasília. Por muito tempo, a cidade seguiu assim: poucas casas, ruas sem asfalto,
carência de escolas e energia elétrica precária. Com pouca arrecadação, o poder público pouco fazia
pela cidade, que não oferecia atrativos para que empresários investissem ali. E o círculo vicioso se
mantinha.
Com o passar dos tempos, a zona urbana de Alexânia ainda não conseguia ter vida própria e foi na
zona rural que a economia do
município começou a se firmar. Segundo os moradores mais antigos, Brasília nunca conseguiu produzir
todos os alimentos que o grande mercado consumidor necessitava. Assim, desde o início, foram os
municípios do entorno que abasteceram a capital federal. E Alexânia, por conta do fácil acesso e da
fertilidade das terras, saiu na frente.
Foram os produtos agropecuários, como hortifrutigranjeiros e leite “exportados” para Brasília, que
primeiro fizeram girar a
economia do município. Esse movimento foi tão importante para a cidade, que até hoje, Alexânia
ainda mantém cerca de 30% de sua população na zona rural. Brasília teve ainda outra influência sobre
Alexânia: a população do município começou a aumentar por conta da busca, por moradores da capital
federal, por imóveis mais baratos. Até hoje, Alexânia, por conta também da localização, entre duas
capitais, a federal e a goiana, e também pela perspectiva de crescimento nos próximos anos, ainda é
uma das mais procuradas.

Internet: <https://goiasdenorteasul.com.br> (com adaptações).

Na passagem “Com pouca arrecadação, o poder público pouco fazia pela cidade, que não oferecia
atrativos para que empresários investissem ali” a preposição “para” expressa o sentido de
a) direção.
b) propriedade.
c) intenção.
d) utilidade.

Questão 17: PR4 (UFRJ) - LEIA E CONSIDERE O TEXTO, UM RASCUNHO DE OFÍCIO, PARA
RESPONDER ÀS QUESTÃO.

Ministério da Educação Secretaria de Educação Superior Esplanada dos Ministérios Bloco L - Ed. Sede
Telefone: 0800-616161. E-mail: mec@gov.br

Ofício Nº 9572/2022/MEC

Brasília, 11 de abril de 2022

À Magnífica Reitora Universidade Federal do Rio de Janeiro Av. Pedro Calmon, 550, Cidade
Universitária 21941-901 Rio de Janeiro/RJ

Assunto: Plenária sobre resultados e pespectivas da Lei de Cotas nas universidades federais

Magnífica Reitora,

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Convido Vossa Excelência a participar de plenária cujo objetivo único é debater os resultados e as
pespectivas da Lei de Cotas (Lei Federal nº 12.711/12) nas universidades federais, depois de uma
década de sua implementação no Brasil. O evento, será realizado no dia 17 de junho de 2022, às 14
horas, no Auditório Central do MEC, em Brasília. Além disso, gostaria de contar com sua participação
para uma apresentação de 50 minutos sobre os resultados obtidos até então na Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ), nossa maior universidade federal. Certamente sua participação mesmo que
de forma híbrida será importante para todo o conjunto de universidades federais e para a alta
administração do MEC para que possamos aperfeiçoar as políticas públicas educacionais vigentes no
país considerando que a Universidade Federal do Rio de Janeiro sempre aparece na lista das
universidades mais renomadas da América Latina.

O evento do MEC têm o objetivo único de legitimar a Educação como elo fundante do Brasil. Não
podemos paralisar os debates sobre a Educação. Aguardamos um retorno por parte da Universidade
Federal do Rio de Janeiro.

Atenciosamente,

(Assinatura) Secretário(a) de Educação Superior

Em “[...] será importante para todo o conjunto de universidades federais e para a alta administração
do MEC para que possamos aperfeiçoar as políticas públicas educacionais vigentes no país […]” (1º
parágrafo), as ocorrências sublinhadas da preposição “para” propiciam sentido, respectivamente, de:
a) indicação de destinatário e apontamento de objetivo.
b) apontamento de objetivo e indicação de destinatário.
c) indicação de destino e oposição implícita.
d) apontamento de propriedade e aspecto modal.
e) explicação de origem e explicação de afirmativa.

Questão 18: Legalle - Para responder à questão, leia o seguinte fragmento retirado da obra
Educação, convivência e ética.

Há uma fratura ética no nosso cotidiano que é a acomodação. Isto é, a percepção de que as coisas são
como são. Não por serem do melhor modo, mas porque do modo como são não demandam esforço. A
postura do “não mexa, é melhor assim” é muito marcante. O que justifica essa condição acomodada?
O hábito. E o que é o hábito? É aquilo que, feito de maneira repetitiva, ganha função de norma. Em
vez de ser uma possibilidade, se torna um imperativo.

O escritor norte-americano Mark Twain (1835- 1910) dizia que “hábitos não são coisas que se jogam
pela janela, você tem de pegar e empurrar pela escada degrau por degrau”. Isso vale para hábito
alimentar, de estudo, de sono, de leitura... Para se desvencilhar de um mau hábito ou para adquirir
bons hábitos, é preciso um esforço intenso.

Qual é o fundamento do mau hábito? A passividade e o repouso que ele oferece. Fazer do mesmo
modo, acreditando que aquele é o único modo de ser feito, me oferece tranquilidade para continuar
fazendo do mesmo jeito. Esse nível de repetitividade acalma, mas pode gerar passividade e, portanto,
ausência de vitalidade.

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O teólogo Erasmo de Roterdã (1466-1536), em sua obra Colóquios, escreveu: “Não há nada de tão
absurdo que o hábito não torne aceitável”. Ele chama atenção para o poder do hábito de configurar
uma regra. Quando o hábito vira regra, ele perde a natureza de ser um dos modos de fazer para ser
uma conduta contínua.

A frase “com o tempo você se acostuma” expressa um modo de fazer que se instalou e se tornou
regra. Isso está presente no nosso dia a dia.

Paga-se IPVA e paga-se pedágio. Pagam-se o INSS e o seguro de saúde privado. Toma-se algo como
normal. Não se deve tomar aquilo que é comum como normal. Isso é comum, não é normal. Normal é
estar na norma, e normal seria o contrário. Pela norma, eu não poderia ser bitributado. Ter dois
pagamentos para a mesma atividade configura desperdício. Isso seria a norma. Mas nós entendemos
que aquilo que seria comum seja entendido como normal. É normal colar, é normal professor
desconsiderar um risco de perturbação do ambiente, é normal a família não participar das reuniões, é
normal haver gozação em sala de aula. Isso é comum, não é normal. Ao se tornar um hábito, ele
precisa ser impedido; é preciso recusá-lo.

Autor: Mario Sergio Cortella (adaptado)

Assinale a alternativa que apresenta uma combinação entre preposição e artigo.


a) Aos.
b) Essa.
c) Como.
d) Ele.
e) Isso.

Questão 19: FUNDATEC - Instrução: A questão de número refere-se ao texto abaixo. Os destaques
ao longo do texto estão citados na questão.

Como a integridade pode te ajudar a realizar teus sonhos.

Por Danilo España

Integridade é inteireza, incorruptibilidade.


Quando analisamos o caráter, ética é sinônimo de integridade.
Quando o foco é nosso organismo, saúde se faz sinônimo de integridade.
Quando buscamos paz interior, é a integridade dos nossos atos que garante a realização pessoal.

Integridade é estar plenamente comprometido com a vida.

Esse início um tanto poético abre alas para um tema que tem cada vez mais relevância na minha vida.
Quem recentemente me instigou a escrever sobre o assunto foi o autor italiano Elio D’Anna, fundador
e presidente da European School of Economics, que, em seu livro intitulado “A Escola dos Deuses”,
traz com maestria a relação de integridade com ‘vida’ e seu oposto com ‘morte’. Elio também reforça
a necessidade de evitarmos tudo que não compactua com a integridade; sejam pensamentos ou ações

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práticas. Só assim podemos nos tornar verdadeiros “dreamers”, que, para ficar mais alinhado ao
sentido proposto pelo livro, eu traduziria como ‘sonhadores-realizadores’.

Elio defende a necessidade de estarmos íntegros para sermos capazes de sonhar plenamente e assim
realizarmos o que sonhamos. Para falar sobre o conceito de integridade, usando exemplos diversos,
comecemos pensando sobre o próprio corpo humano. Se algum de nossos órgãos tem um problema
grave e fica impedido de funcionar, o corpo perde sua integridade de funcionamento e isso pode nos
levar à morte. No âmbito das nossas interações sociais, ao tolerarmos ou mesmo causarmos ações que
ferem tanto a nossa integridade quanto a de outras pessoas, criamos ‘rupturas em nossa alma’. Se
descuidarmos e deixarmos essas rupturas se somarem, podemos chegar facilmente a um colapso
moral, uma falta de sentido de existência, angústia e isso pode afetar fortemente nossa coerência.
Não evitando esse tipo de situação, mente, corpo e emoções turbilhonam e nossa boa saúde
simplesmente desvanece.

Muito nos ocupamos com inúmeros objetivos que almejamos ao longo da vida, como a conquista de
bens materiais, posições no mundo corporativo, graduações e reconhecimentos, mas não podemos nos
esquecer de que a integridade precisa ser mantida enquanto atingimos cada um desses objetivos.
Dessa maneira, os louros nos nutrem verdadeiramente e podemos desfrutar por completo e com paz
profunda de cada um dos frutos que colhemos.

Como sociedade, clamamos por comportamentos mais sustentáveis, empáticos, colaborativos, com
maior diversidade e justiça. Mas um mundo cada dia mais complexo, torna desafiadora a tarefa de
cumpri-los. Integridade é um valor primordial, que funciona como uma bússola confiável para tomadas
de atitude mais assertivas individual ou socialmente. E independentemente de quão desafiadora seja a
tomada de atitude necessária, valores-chave, como a integridade, são as bases mais sólidas que
podemos nos apoiar.

Obviamente, mantê-la em todas as situações da vida não é tarefa fácil, mas o objetivo desse texto é
propor um pouco mais de atenção e dedicação à causa. Quantos benefícios podem advir dessa prática!
Sinto que quanto mais a buscarmos, certamente mais contribuiremos para nossa evolução individual e
coletiva. Contribuiremos também para um ganho incomensurável de energia vital, de saúde e de
consciência. E se não estamos aqui para evoluir e expandir a nossa consciência, para que estamos?

Espero que a reflexão tenha te inspirado e te lembrado de que temos uma bússola chamada
integridade, que nunca nos desapontará, inclusive nos momentos mais desafiadores.

(Disponível em: https://exame.com/colunistas/o-que-te-motiva/ − texto adaptado especialmente para esta prova).

Considerando as relações expressas pelas preposições, assinale a alternativa que relaciona o


significado INCORRETO à preposição indicada.
a) em − assunto.
b) com − (primeira ocorrência) − instrumento.
c) Para − finalidade.
d) a − direção.
e) de − pertencimento.

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Questão 20: IBFC - Texto I


A menina que criava peixes na barriga
(fragmento)

A menina lavava a louça no jirau estendido para o fundo da casa de madeiraa. No quintal havia um
lago de águas represadas que no tempo invernoso transbordava, formando um córrego, que por sua
vezb desaguava no rio.

Barrigudinha, como quase todas as crianças ribeirinhas amazônicas, ela ajudava a mãe depois do
almoço e guardava no armário de madeira branca os parcos talheres e vasilhas usados nas refeições
familiares.

Quando seus parentes dormiam à tarde, Kelly do Socorro – esse era o nome dela – se dirigia ao
pequeno porto da frente da casa para olhar os navios transportadores de minérios, parados ao longo
do rio, à espera de carregamento. Ali ela se imaginava viajando num daqueles monstros de ferros que
povoavam a paisagem e alimentavam seus sonhos. Acenava, também, para os pescadores passantes em
seus barquinhos motorizados movidos à gasolina, pois as velhas montarias a remo agora davam lugar às
rabetas. Mas até o barulho delas lhe encantava.

A mãe quebrava o encanto, chamando-a. Era hora de preparar o jantarc, antes que os carapanãs que
costumavam aparecer subitamente em nuvens ao anoitecer enchessem a casa. O pai chegaria logo
com cachos de açaí para serem debulhadosd e preparados no acompanhamento da refeição do dia
seguinte.

Kelly chorava. – Dói muito minha barriga, mãe. Não aguento mais isso todo dia.

A mãe retrucava. – Tu tens que fazer isso, criatura. É da tua natureza. E fazia massagem na barriga, no
peito e na boca da menina com azeite de copaíba.

Talvez por causa do amargor desse óleo vegetal ela não resistia e expelia pela boca dezenas de peixes
sobre o jirau. A mãe escolhia os maiores, descamava-os com rapidez e os fritavae para o jantar. Os
restantes eram jogados ainda vivos no pequeno igarapé atrás da casa. Eram de várias espécies e se
reproduziam e cresciam rapidamente, formando enormes cardumes, para a satisfação dos pescadores
da área. [...]

(Fernando Canto)

As preposições, ainda que contraídas, podem introduzir locuções que conferem características a um
substantivo, delimitando-o. Assinale a alternativa que apresenta o fragmento em que se destaca uma
preposição ou contração que cumpra essa função.
a) “para o fundo da casa de madeira”.
b) “formando um córrego que por sua vez” .
c) “Era hora de preparar o jantar”.
d) “cachos de açaí para serem debulhados”
e) “descamava-os com rapidez e os fritava” .

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Questão 21: QUADRIX - Chamava-se João Teodoro, só. O mais pacato e modesto dos homens.
Honestíssimo e lealíssimo, com um defeito apenas: não dar o mínimo valor a si próprio. Para João
Teodoro, a coisa de menos importância no mundo era João Teodoro.

Nunca fora nada na vida, nem admitia a hipótese de vir a ser alguma coisa. E por muito tempo não
quis nem sequer o que todos ali queriam: mudar-se para terra melhor.

Mas João Teodoro acompanhava com aperto de coração o deperecimento visível de sua Itaoca.

“Isto já foi muito melhor”, dizia consigo. “Já teve três médicos bem bons — agora só um e bem
ruinzote. Já teve seis advogados e hoje mal dá serviço para um rábula ordinário como o Tenório. Nem
circo de cavalinhos bate mais por aqui.

A gente que presta se muda. Fica o restolho. Decididamente, a minha Itaoca está se acabando...”

João Teodoro entrou a incubar a ideia de também mudar-se, mas para isso necessitava dum fato
qualquer que o convencesse de maneira absoluta de que Itaoca não tinha mesmo conserto ou arranjo
possível.

“É isso”, deliberou lá por dentro. “Quando eu verificar que tudo está perdido, que Itaoca não vale
mais nada de nada de nada, então arrumo a trouxa e boto-me fora daqui.”

Um dia aconteceu a grande novidade: a nomeação de João Teodoro para delegado. Nosso homem
recebeu a notícia como se fosse uma porretada no crânio. Delegado, ele! Ele que não era nada, nunca
fora nada, não queria ser nada, não se julgava capaz de nada...

Ser delegado numa cidadinha daquelas é coisa seriíssima. Não há cargo mais importante. É o homem
que prende os outros, que solta, que manda dar sovas, que vai à capital falar com o Governo. Uma
coisa colossal ser delegado — e estava ele, João Teodoro, de-le-ga-do de Itaoca!...

João Teodoro caiu em meditação profunda. Passou a noite em claro, pensando e arrumando as malas.
Pela madrugada botou-as num burro, montou no seu cavalinho magro e partiu.

Antes de deixar a cidade foi visto por um amigo madrugador.

— Que é isso, João? Para onde se atira tão cedo, assim de armas e bagagens?

— Vou-me embora — respondeu o retirante. — Verifiquei que Itaoca chegou mesmo ao fim.

— Mas, como? Agora que você está delegado?

— Justamente por isso. Terra em que João Teodoro chega a delegado eu não moro. Adeus.

E sumiu.

Monteiro Lobato. Um homem de consciência. In: Contos completos/

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Monteiro Lobato. 1.a ed.São Paulo: Biblioteca Azul, 2014.

Acerca dos aspectos gramaticais e dos sentidos do texto apresentado, julgue o item.

Na linha, o emprego da preposição de, presente na contração “dum”, deve-se à regência da forma
verbal “necessitava”.
Certo
Errado

Questão 22: Ápice - Conforme Pestana (2013), a preposição tem como função estabelecer
determinadas relações de sentido no texto, embora isso dependa do contexto.

Sendo assim, marque a alternativa cuja palavra em negrito não se trata de uma preposição.
a) O juiz falou contra o réu.
b) O advogado defendeu o réu perante o juiz.
c) O promotor falou sobre as acusações.
d) A testemunha falou após o promotor fazer a acusação.
e) Apesar da acusação, o réu foi inocentado.

Questão 23: PRGP UNIFEI - TEXTO C

Dois em cada três brasileiros (65%) são favoráveis a que os estabelecimentos comerciais e outros
lugares exijam o comprovante de vacinação contra a Covid como condição para os clientes
frequentarem o local, segundo pesquisa realizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). O
levantamento foi feito entre 18 e 23 de novembro.

Apenas 22% são contra essa prática. Os dados mostram, no entanto, que essa exigência ainda não está
disseminada. Só 18% das pessoas que responderam à pesquisa tiveram de comprovar a vacinação em
algum dos lugares que frequentaram nos três meses anteriores.

A enquete foi conduzida antes de o chamado passaporte da vacina entrar no centro do debate no
Brasil, após a determinação de que viajantes devem apresentá-lo para poder ingressar no país.

O desejo de se precaver contra o coronavírus aparece também em outro dado da pesquisa: 66% dos
entrevistados têm medo de conviver diariamente com pessoas que não tomaram nenhuma das doses
da vacina.

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A pesquisa, que foi realizada antes de a nova variante do coronavírus, a ômicron, ser descoberta,
mostrou ainda que o medo de frequentar lugares públicos é menor entre os não vacinados,
principalmente entre as pessoas que não receberam nenhuma dose de vacina. [...]

QUEIROZ, Claudinei. Dois em cada três brasileiros são a favor do certificado de vacinação, mostra
pesquisa. Folha de S. Paulo [on-line]. 14.dez.2021. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/
equilibrioesaude/2021/12/dois-em-cada-tres-brasileiros-sao-a-favor-docertificado- de-vacinacao
-mostra-pesquisa.shtml.

Assinale a alternativa em que se poderia usar a contração da preposição com o vocábulo sublinhado
sem que houvesse transgressão à norma-padrão da Língua Portuguesa.
a) “O desejo de se precaver contra o coronavírus aparece também em outro dado da pesquisa [...]”.
b) “A enquete foi conduzida antes de o chamado passaporte da vacina entrar no centro do debate no
Brasil [...]”.
c) “A pesquisa, que foi realizada antes de a nova variante do coronavírus, a ômicron, ser descoberta
[...]”.

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d) “[...] principalmente entre as pessoas que não receberam nenhuma dose de vacina”.

Questão 24: Com. Org. P. Bueno - Assinale a alternativa que contém as preposições que preenchem
as respectivas lacunas de forma adequada:

João usou a escadinha de metal para pegar a caixa que costumava guardar o armário da
cozinha. Como não a encontrou em cima do móvel, abaixou-se para procurá-la a cama. E lá
estava a caixa... o chão e o colchão.
a) Entre — sobre — sob.
b) Sobre — sob — sob.
c) Sob — sobre — entre.
d) Sobre — sob — entre.

Questão 25: COPESE UFPI - Texto 01

Propostas afins

Amigues,

Vocês já se divertiram à beça com a proposta estapafúrdia de se implantar uma linguagem neutra que,
trocando um "O" por um "E", acabaria com todes es problemes de machisme, misoginie, homofobie,
transfobie etcétere.

Mas a ideia, em si, não é ruim. O que estraga é ser pouco abrangente e se limitar à questão de gênero.
Há várias outras formas de opressão linguística – e a maior delas é… a opressão linguística. Eu
aproveitaria que todos os livros terão que ser reescritos e mandaria ver numa linguagem realmente
inclusiva.

Muita gente não entende, por exemplo, a diferença entre "mau" e "mal". E deve se sentir muito mau
contando a história do lobo mal para os filhos, sem saber quando está usando um adjetivo ou um
advérbio.

Solução: uniformizamos a grafia, e daqui pra frente será "mao". Tanto fará ser bom ou mao, andar bem
ou mao acompanhado. Isso no singular, porque no plural continuará havendo males que vêm para o
bem, e os bons acabarão pagando pelos maus.

De uma penada só, lá se vão 25% dos erros de português.

"Mas" e "mais" são outra desgraça que pode estar com os dias contados se adotarmos a grafia única
"maes".

O corretor ortográfico vai criar caso nos primeiros dias, maes nunca maes teremos dúvidas se é para
usar a conjunção adversativa ou o advérbio de intensidade.

Outros 25% de erros eliminados.

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"Menos" ou 'menas"? Menes.

"Meio" ou "meia"? Meie, seja adjetivo, advérbio, numeral ou substantivo.

"Há" ou "a"? Ah!, seja artigo, verbo, preposição ou interjeição – e ah crase vai fazer companhia ao
trema, ah fita para máquina de escrever e ao estado civil de "desquitada" no limbo das coisas que
perderam ah razão de existir ah muito tempo.

Ah menes que você seja uma pessoa meie lenta, já terá percebido que ah inúmeras vantagens nessas
alterações – ah maior delas sendo outros 25% de correções a menes ah fazer nas provas do Enem, nas
matérias dos jornais, nos tuítes de ministros da Educação.

Finalmente, a pergunta que não quer calar: por que o português tem que ser tão complicado? Deve
haver um porquê. Talvez porque um monte de filólogos mortos tenha decidido assim – mas por quê?

Não importa. Na reforma contra o preconceito linguístico tudo vai virar "pq".

Pq? Pq sim. Não tem que ter pq.

E lá se vão os 25% de erros restantes.

Por isso, pensem duas vezes antes de criticar seus amigues progressistes e as fórmulas mirabolantes
que eles inventaram para resolver os problemas do mundo com uma canetada. Eles podem ser çem
noção mas não estão çem por cento errados.

(O "ç" também é uma mão na roda, né não?)

AFFONSO, Eduardo. Disponível em: https://www.facebook.com/eduardo22affonso (Acesso em 01 de março de 2022).

Assinale a opção que apresenta a unidade lexical menos sendo usada como preposição.
a) Menos é mais.
b) O apartamento é menos valorizado que a casa.
c) Devemos sair o menos possível.
d) No supermercado havia de tudo, menos álcool.
e) O governo investirá menos na educação.

Questão 26: Instituto Consulplan -


Linguagem Jurídica: impedimento ou acesso?

Obstáculos financeiros, sociais e culturais impedem que


as pessoas conheçam e reivindiquem seus direitos.

“A senhora dá quitação das parcelas atrasadas dos alimentos?”. Essa pergunta foi feita por uma
conciliadora(I) e, logo que foi dita, provocou alguns minutos de silêncio entre os participantes da
conversa, no caso, eu e outra defensora pública, a conciliadora, que tinha a responsabilidade de

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conduzir uma tentativa de acordo entre um homem e uma mulher (partes do processo) que discutiam
o valor da pensão alimentícia a ser paga para a filha do casal.

Imediatamente me recordei do documentário “Justiça” (2004), dirigido por Maria Ramos, que busca
retratar o cotidiano de julgamentos criminais. Em uma das cenas do filme, durante o interrogatório de
uma mulher presa por acusação de roubo,(II) a promotora de justiça pergunta se “ela vivia da subtração
do patrimônio alheio?” e a resposta da mulher foi um sincero “ah?!”.

As reações que aconteceram nessas situações – silêncio e estranhamento – são normais em pessoas não
formadas ou não habituadas à linguagem jurídica, marcada por um elevado grau de formalismo e
tecnicismo que exclui os “não iniciados” no direito e preserva seu caráter elitista.

Todo trabalho, carreira, profissão ou área de conhecimento possui uma forma de comunicação, ritos,
procedimentos e maneiras de agir que lhe são próprias. A formação profissional serve exatamente
como processo de socialização nesse “modo de ser e agir” específico de cada prática profissional. Em
relação ao direito, o formalismo da linguagem jurídica não deve mais ser analisado apenas a partir do
abandono das categorias e práticas jurídicas, mas sobre como a técnica jurídica pode contribuir para
ampliar (ou não) o conhecimento sobre justiça e direitos na nossa sociedade. Trata-se de discutir o
“acesso à justiça” e não apenas o “acesso a direitos”.

A preocupação com a linguagem jurídica como instrumento de acesso à justiça é um fenômeno mais
recente e tem por objetivo informar sobre direitos; incorporar alguma participação social no sistema
de justiça; e, buscar soluções jurídicas mais duradouras.

A educação para e sobre direitos acompanha uma evolução crítica dos papéis que a justiça (e em
especial o Poder Judiciário) têm que assumir. As atuais teorias vão além da defesa do Judiciário como
instância hierárquica superior que se impõe para decidir um caso e impor a aplicação de uma forma
específica de expressão do direito. Com isso, pode-se observar melhor a articulação entre direito e
sociedade que revela o direito enquanto regulador social.

Esse papel se conecta diretamente com a função de soluções jurídicas duradouras. Uma frase repetida
à exaustão no direito é a de que ele busca a “paz social” e a “aplicação da lei”, que geralmente se
entende como a existência de uma única resposta correta. Contudo, a interpretação e aplicação do
direito dependem da conjugação entre a expressão da norma jurídica (regra, com maior certeza
textual, e princípio, com maior abstração em seu conteúdo) e os fatos, ou seja, aquilo que existe na
sociedade. Nessa perspectiva, podemos entender como uma mesma expressão pode ser interpretada
de modos diferentes a depender do território e do tempo.

Essas finalidades são mais bem atingidas quando as respostas jurídicas são compreendidas além dos
profissionais que foram juridicamente habilitados. Para que se alcancem soluções que, embora
insatisfatórias, sejam cumpridas, é necessário que seja viabilizada a sua compreensão. O direito não
pode, assim, continuar a ser uma área de conhecimento que “fale consigo mesmo” e a sua abertura ao
externo e à sociedade com quem ele dialoga é fundamental, até porque ele é produto e consequência
da sociedade, depende do abandono dos formalismos excludentes.

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O acesso à justiça pela linguagem é feito pela simplificação da escrita jurídica,(III) seja pelo abandono
do rebuscamento típico do direito, seja pela incorporação de linguagem mais coloquial. Também é
possível recorrer ao uso de instrumentos visuais ou gráficos para comunicar sobre o direito, ou,
simplesmente, aumentar a fonte nas peças processuais.

Os recursos de acessibilidade linguística, que devem observar problemas específicos de idade, gênero,
grau de escolaridade e deficiências, constituem o reconhecimento entre o sentido de justiça e as
pessoas que fazem uso das instituições que compõem o sistema de justiça. Esse vínculo constrói a
aproximação entre pessoas-sociedade e justiça, diminuindo o obstáculo social-cultural no acesso à
justiça, assim como a ideia de justiça. Em outros termos, a justiça deixa de ser uma noção intangível
para se tornar parte da realidade pessoal e coletiva.

Retomando o caso que inicia esse texto, uma proposta de acessibilidade linguística seria dividir a
pergunta em duas etapas: primeiro, perguntar se todos os meses de pensão foram pagos e, em
segundo lugar, se, havendo dívida, haveria vontade de cobrar essa dívida. Essa transformação na
expressão jurídica pode parecer singela, mas representa uma profunda quebra de paradigma no que se
entende por direito e nas pretensões que o conhecimento fique restrito a uma casta.

(CRUZ, Elisa. Linguagem Jurídica: impedimento ou acesso? Nexo, 2021. Disponível em:https://www.nexojornal.com.br/
ensaio/2021/Linguagemjur% C3%ADdica-impedimento-ou-acesso. Acesso em: 07/12/2021. Adaptado.)

Analise as preposições destacadas nos seguintes fragmentos do texto.

I. “Essa pergunta foi feita por uma conciliadora [...]”

II. “[...] durante o interrogatório de uma mulher presa por acusação de roubo, [...]”

III. “O acesso à justiça pela linguagem é feito pela simplificação da escrita jurídica, [...]”

A preposição “por (pela)” estabelece, respectivamente, relações semânticas de


a) I. agente II. causa III. meio e modo
b) I. direção II. restrição III. tempo e meio
c) I. assunto II. meio III. instrumento e fim
d) I. companhia II. condição III. lugar e modo

Questão 27: Instituto Consulplan - Texto

Para que ninguém a quisesse

Porque os homens olhavam demais para a sua mulher, mandou que descesse a bainha dos vestidos e
parasse de se pintar. Apesar disso, sua beleza chamava a atenção, e ele foi obrigado a exigir que
eliminasse os decotes, jogasse fora os sapatos de saltos altos. Dos armários tirou as roupas de seda,
das gavetas tirou todas as joias. E vendo que, ainda assim, um ou outro olhar viril se acendia à
passagem dela, pegou a tesoura e tosquiou-lhe os longos cabelos.

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Agora podia viver descansado. Ninguém a olhava duas vezes, homem nenhum se interessava por ela.
Esquiva como um gato, não mais atravessava praças. E evitava sair.

Tão esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que fluísse em silêncio pelos
cômodos, mimetizada com os móveis e as sombras.

Uma fina saudade, porém, começou a alinhavar-se em seus dias. Não saudade da mulher. Mas do
desejo inflamado que tivera por ela.

Então lhe trouxe um batom. No outro dia um corte de seda. À noite tirou do bolso uma rosa de cetim
para enfeitar-lhe o que restava dos cabelos.

Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas, nem pensava mais em lhe agradar. Largou o tecido
numa gaveta, esqueceu o batom. E continuou andando pela casa de vestido de chita, enquanto a rosa
desbotava sobre a cômoda.

(Marina Colasanti. Livro “Um espinho de marfim e outras histórias”. Porto Alegre: L&PM, 1999.)

Preposição é toda palavra variável que conecta dois ou mais termos da oração. Nessa ligação, um
termo fica subordinado ao outro. Assinale, a seguir, a afirmativa na qual tal classe gramatical está
associada à ideia de posição superior ou proximidade.
a) “Dos armários tirou as roupas de seda (...)” (1º§)
b) “(...) mimetizada com os móveis e as sombras.” (3º§)
c) “(...) enquanto a rosa desbotava sobre a cômoda.” (6º§)
d) “Porque os homens olhavam demais para a sua mulher, (...)” (1º§)

Questão 28: Instituto Consulplan - Texto

Um pé de milho

Os americanos, através do radar, entraram em contato com a lua, o que não deixa de ser
emocionante. Mas o fato mais importante da semana aconteceu com o meu pé de milho.

Aconteceu que no meu quintal, em um monte de terra trazido pelo jardineiro, nasceu alguma coisa
que podia ser um pé de capim – mas descobri que era um pé de milho. Transplantei-o para o exíguo
canteiro na frente da casa. Secaram as pequenas folhas, pensei que fosse morrer. Mas ele reagiu.
Quando estava do tamanho de um palmo veio um amigo e declarou desdenhosamente que na verdade
aquilo era capim. Quando estava com dois palmos veio outro amigo e afirmou que era cana.

Sou um ignorante, um pobre homem de cidade. Mas eu tinha razão. Ele cresceu, está com dois metros,
lança suas folhas além do muro – e é um esplêndido pé de milho. Já viu o leitor um pé de milho? Eu
nunca tinha visto. Tinha visto centenas de milharais – mas é diferente. Um pé de milho sozinho, em
um canteiro, espremido, junto do portão, numa esquina de rua – não é um número numa lavoura, é
um ser vivo e independente. Suas raízes roxas se agarram no chão e suas folhas longas e verdes nunca
estão imóveis. Detesto comparações surrealistas – mas na glória de seu crescimento, tal como o vi em

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uma noite de luar, o pé de milho parecia um cavalo empinado, as crinas ao vento – e em outra
madrugada parecia um galo cantando.

Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas que nos encantou como se fosse inesperado: meu pé
de milho pendoou. Há muitas flores belas no mundo, e a flor de milho não será a mais linda. Mas
aquele pendão firme, vertical, beijado pelo vento do mar, veio enriquecer nosso canteirinho vulgar
com uma força e uma alegria que fazem bem. É alguma coisa de vivo que se afirma com ímpeto e
certeza. Meu pé de milho é um belo gesto da terra. E eu não sou mais um medíocre homem que vive
atrás de uma chata máquina de escrever: sou um rico lavrador da Rua Júlio de Castilhos.

(Rubem Braga. 1913-1990. 200 crônicas escolhidas. 31ª Ed. – Rio de Janeiro: Record, 2010. Com adaptações.)

No fragmento “E eu não sou mais um medíocre homem que vive atrás de uma chata máquina de
escrever (...)” (4º§), a palavra indicada exprime circunstância de:
a) Lugar.
b) Modo.
c) Dúvida.
d) Negação.

Questão 29: SELECON - Texto para responder a questão.

A guerra das marcas

Há muito tempo que as guerras não se fazem apenas com armas, mas também com marcas. Esta a que
agora assistimos é o exemplo deste novo tipo de combates.

Os consumidores não gostam de marcas agnósticas e têm exigido saber o que defendem as marcas,
qual o seu propósito, quais os valores que defendem, para além dos produtos que vendem.

Neste contexto de pressão social das marcas, vimos marcas ativamente envolvidas na campanha Vidas
Negras Importam, na preservação dos oceanos, na igualdade de gênero etc.

Mas um cenário de guerra é um contexto muito diferente e, no caso das marcas, funciona até como
agente do “bem”. A condenação coletiva gera um efeito desneutralizador, colocando as marcas na
obrigação de se desvincularem de tudo o que as ligue ao lado do mal.

Os consumidores, pelo seu lado, alistam-se num exército planetário contra o consumo dessas marcas e
algumas delas irão ficar feridas de morte.

As marcas responsáveis não querem relações negativas com outras marcas que estejam desalinhadas
do que defendem, no caso de uma guerra. Não há valores que paguem a contaminação negativa que
um país pode vir a ter.

Por todo o mundo estão a nascer marcas do bem, talvez num movimento colaborativo nunca antes
visto. Em Portugal destaco, entre outras igualmente meritórias, aquela em que estou envolvido, que é
a WeHelpUkrain.org.

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A reputação internacional da marca Rússia demorará décadas a recuperar, tal como demorou a marca
Alemanha no caso de Hitler. A história continuará, e no fundo todos queremos o melhor para o povo
russo, tal como quisemos para o povo alemão.

As marcas-país são resilientes, ficam feridas, mas não morrem, nem com uma guerra. E talvez esta
uma forma de mostrar o poder efetivo das marcas e a força que têm para criar ou para vencer
guerras, acreditando que o lado do bem será sempre mais forte.

Carlos Coelho Adaptado de Diários de Notícias (Lisboa), 03/03/2022

No quarto parágrafo, a palavra “até” é equivalente semanticamente a:


a) durante
b) mediante
c) inclusive
d) conforme

Questão 30: VUNESP -


‘Como Escrever Bem’ vai além dos dogmas e tabus que cercam o ofício

É extremamente difícil e, mais do que isso, até intimidador tentar escrever um texto sobre um livro
que se chama “Como Escrever Bem”. Trata-se, afinal, de avaliar um clássico que vem atravessando
gerações, algo assim como a bíblia dos manuais de escrita, e falar dele não pode mesmo ser uma
tarefa simples.

Essa poderia ser uma maneira de iniciar este texto. Seria, porém, uma maneira ruim. O parágrafo
acima contraria a maior parte do que ensina William Zinsser em seu livro. Nele há advérbios,
adjetivos, clichês, períodos longos demais – e uma autora insegura.

“Como Escrever Bem” é um sucesso desde 1976. Zinsser o escreveu nas férias do ano anterior. Sua
intenção era reunir em livro o material das aulas que dava na universidade Yale.

Resumindo muito, o que Zinsser propõe é que se busque o essencial, sem firulas. E, aos que acham que
cortar excessos vai estragar seu modo pessoal de escrever, uma advertência: enfeite não é estilo.
Perucas se compram em loja. Cabelo, não. A analogia capilar em defesa da autenticidade é dele
mesmo.

E o que é essencial, então, dos conselhos de Zinsser?

Seja claro. Escreva na ordem direta. Prefira frases breves com palavras curtas. Fuja dos clichês.
Verbos são melhores que advérbios. Substantivos são melhores que adjetivos.

Corte. Releia. Reescreva. E, sobretudo, confie no seu material.

Zinsser desmonta um relógio na frente do leitor, explicando como as peças se encaixam para o bom
funcionamento do mecanismo. O relógio, no caso, é o relato de uma viagem. O capítulo é uma boa

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síntese do que o autor pretende ensinar. Se o tema e o momento parecem distantes, as lições que ele
propicia continuam vigentes.

(Francesca Angiolillo. https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2022/01/como-escrever-


bemvai- alem-dos-dogmas-e-tabus-que-cercam-o-oficio.shtml. 01.01.2022. Adaptado)

Considere a passagem do último parágrafo do texto:


∙ Zinsser desmonta um relógio na frente do leitor, explicando como as peças se encaixam para o bom
funcionamento do mecanismo.

Assinale a alternativa em que os termos extraídos da passagem expressam, respectivamente, sentido


de modo e de finalidade.
a) um; na.
b) na; do.
c) do; como.
d) como; para.
e) para; do.

Questão 31: CEPERJ - O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Os fora-fila

Todos os dias, milhões de brasileiros perdem horas preciosas em filas de ônibus, e reclamam
corretamente dos oportunistas fura-fila. Poucos percebem os fora-fila: os que usam carros privados e
os que não têm dinheiro nem vale-transporte. Há séculos, muitos brasileiros fazem fila para obter o
que precisam, enquanto outros não têm direito nem mesmo de esperar em fila, por falta absoluta de
dinheiro; enquanto outros não precisam se submeter a filas porque têm muito dinheiro.

Por causa das ineficiências econômicas, a palavra "fila" caracteriza o dia a dia dos brasileiros, mas por
causa da injustiça social não se percebe os que estão fora das filas, de um lado e outro da escala de
rendas. Alguns porque não precisam se submeter a elas, graças a privilégios e dinheiro, outros porque
não têm o direito de entrar nelas. No meio, imprensados, os da fila, ignorando os extremos. Nós nos
acostumamos a ver com naturalidade os que não precisam e ainda mais os que não conseguem entrar
nas filas, por tratá-los como invisíveis.

No setor da saúde, nos indignamos com os que tentam furar a fila para tomar vacina, mas não
percebemos a injustiça quando furam a fila ao usar dinheiro para o atendimento médico de um
pediatra para o filho, de um dentista e de profissionais de todas as outras especialidades que não
estão disponíveis no SUS, com a urgência necessária. Apesar do nome, o sistema nacional de saúde não
é único: de um lado, tem o SUS com suas filas; e, do outro, o SEP - Sistema Exclusivo de Saúde - sem
fila para os que podem pagar.

Todos condenamos os fura-fila do SUS para tomar vacina, mas todos aceitamos que se fure a fila nas
demais especialidades médicas, inclusive cirurgias, por meio do uso do dinheiro. Em alguns casos, há

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reclamação quando a fila se organiza por um pequeno papel numerado, mas não se protesta quando,
perto dali, o atendimento é imediato, porque no lugar do papel com o número da fila usa-se papel
moeda. Aceita-se furar fila graças ao dinheiro. Nem se considera como fura fila. São os fora-fila,
aceitos por convenção de que o dinheiro pode comprar saúde.

Na moradia, alguns entram na fila do programa Minha Casa Minha Vida; outros não precisam, compram
diretamente a casa que desejam e podem; outros também não entram na fila, porque não têm as
mínimas condições de financiamento.

O mesmo vale para a educação. Em função do Coronavírus, o Brasil descobriu que algumas boas
escolas, em geral pagas e caras, com ensino remoto, computadores e internet em casa, permitem que
alguns cheguem ao ENEM com mais possibilidade de aprovação do que outros. Apesar de que a
aprovação é conquistada pelo mérito do concorrente, os aprovados se beneficiaram da exclusão de
muitos concorrentes ao longo da educação de base.

A desigualdade na qualidade da escola desiguala o preparo entre os candidatos, como uma forma de
empurrar alguns para fora e outros para a frente da fila. De certa forma, alguns furaram a fila para
ingresso na universidade, por pagarem uma boa escola ainda na educação de base. E não há
reclamação porque os fora da fila são invisíveis, porque não concluíram o Ensino Médio, ou concluíram
um Ensino Médio sem qualidade que não lhes deu condição sequer de sonhar fazer o ENEM.

Tanto quanto os que não podem pagar o transporte público não entram na fila do ônibus, os
analfabetos (12 milhões de brasileiros) não entram na fila do ENEM para ingresso na universidade.
Foram excluídos da formação, por falta de oportunidade para desenvolver o talento no momento
oportuno da educação de base, e, por isso, ficam impedidos de disputar, por mérito, uma vaga na
universidade.

Ninguém fura fila para chegar à seleção brasileira de futebol, porque todos tiveram a mesma chance.
A seleção é pelo mérito, graças ao fato de que a bola é redonda para todos, independentemente da
renda.

Temos a preocupação de assegurar os mesmos direitos para obter vacina, não o mesmo direito para a
qualidade e a urgência no atendimento de saúde e de educação, independentemente da renda e do
endereço da pessoa. Nem ao menos consideramos que há injustiça em furar fila usando dinheiro para
ter acesso à educação e à saúde de qualidade. É como se fosse normal furar fila por se ter muito
dinheiro e normal ficar fora da fila por falta total de dinheiro. No meio, ficam os que, por pouco
dinheiro, ficam na fila e se indignam com os que tentam desrespeitar a ordem, sem atentar para os
fora da fila nos carros, ou os fora da fila caminhando. Os primeiros aceitamos pelas leis do mercado,
os outros tornamos invisíveis.

"Temos a preocupação de assegurar os mesmos direitos para obter vacina..." O termo sublinhado
pertence à classe das preposições. Nesse contexto, a preposição sublinhada apresenta valor semântico
de:
a) consequência.
b) finalidade.
c) instrumento.

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d) localização.

Questão 32: SGP UERJ - Texto I


Já reparou que a matemática está em tudo?

Em 2.400 a.C, o homem primitivo já contava com uso de ossos, pedras e dedos das mãos e dos pés
para fazer medições. E, antes do século VI a.C, egípcios, babilônicos e chineses já eram capazes de
fazer cálculos de ordem prática com muita precisão. Porém, foram os gregos que introduziram o
encadeamento sistemático de teoremas que tornaram a matemática uma ciência. Em homenagem ao
matemático, escritor e educador brasileiro Júlio César de Mello e Souza, mais conhecido como Malba
Tahan, o dia da matemática é comemorado todo 6 de maio, a partir de 2013, no Brasil.

Para o professor Wanderson Daflon, que atua na área há 22 anos, a matemática está presente em
nosso dia a dia em tudo e diz que estimula os alunos a perceberem sua importância. “Se você for
trabalhar no comércio, você tem que saber dar um troco; na padaria, você terá que saber fracionar as
porções para fazer os pães, os bolos. No laboratório, também terá de lidar com as frações. Se for
médico, vai ter que operar um equipamento e ter noções de matemática. Na agricultura, com a
mecanização, a pessoa tem que se qualificar para usar um equipamento – que existe uma série de
botões e de números”, explica.

No mundo globalizado em que vivemos, as transformações tecnológicas e econômicas têm exigido de


nós uma mudança na nossa forma de pensar, analisar e interpretar criticamente as informações do dia
a dia para resolver problemas e questões de ordens diversas.

Nesse sentido, Wanderson diz que a matemática tem uma participação poderosa por estimular a
capacidade de análise crítica e oferecer ferramentas como o raciocínio lógico, que auxilia no
desenvolvimento de estratégias, inclusive na vida pessoal.

“A matemática aprimora o cálculo, que leva ao desenvolvimento da concentração e a capacidade de


fazer estimativas, estatísticas, que perpassam por todo um treino de cálculo mental”, afirma.

O professor Romicran Teixeira, com 35 anos de magistério, diz que a matemática sempre foi e sempre
será um instrumento para a ciência. “Há tempos que ela deixou de ser apenas uma ciência exata para
ser mais integradora e até mais divertida. A matemática instiga e desenvolve uma parte importante do
cérebro. Ela é desafiadora como a nossa vida e nos ajuda a fazer uma leitura de mundo não só pelo
raciocínio lógico, mas também junto a outras ciências. Viva a matemática".

O friburguense Pedro Lack, de 15 anos, que já ganhou medalhas em olimpíadas diversas de


matemática diz que essa área de conhecimento também ajuda na lógica de resolver novos problemas.

“A matemática é a linguagem com a qual Deus escreveu o mundo", então, nada poderia ser mais lógico
do que aprendê-la para decifrar a realidade. A paciência e a habilidade de lidar com o desconhecido
são habilidades que aprendi com essa matéria e na resolução de problemas das olimpíadas de que
participei. Procurar a lógica no novo faz os problemas recentes se tornarem os que já resolvemos
várias vezes”, afirma.

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Malba Tahan

Publicou 120 livros, sendo 51 voltados à matemática, com o diferencial de conseguir repassar o
conteúdo de modo envolvente, com enigmas e fantasias. Com mais de um milhão de livros, vendidos,
sua obra mais famosa é “O homem que calculava”, que se tornou um best-seller. Em relação à
metodologia de Malba Tahan, Romicran diz: “ele procura trabalhar com o lúdico, que é uma maneira
de atrair o aluno, sendo um bom ponto de partida, mas, quando se descobre a matemática, vê-se que
é muito mais do que isso”.

Fonte: https://www.portalmultiplix.com/noticias/cotidiano/ja-reparou-que-a-matematica-esta-em-tudo

“...nada poderia ser mais lógico do que aprendê-la para decifrar a realidade.” O valor semântico da
preposição sublinhada é de:
a) matéria
b) assunto
c) finalidade
d) instrumento

Questão 33: VUNESP - Leia o texto para responder à questão.

Padeiros, manobristas, pedestres e um catador de papel olhavam para os noivos, agora marido e
mulher, trajados a rigor, mas um rigor excessivo, para mim, até pomposo. O casal tinha saído de uma
igreja do bairro e se deixava fotografar na calçada de um restaurante.

Ele parecia um adolescente em fase de crescimento. E ela, miúda e serelepe, parecia uma criança que
se recusava a crescer. Os dois, abraçados, formavam um par gracioso e insólito, que posava às
gargalhadas para dezenas de celulares.

Testemunhava essa felicidade nada clandestina, banhada por um chuvisco de pétalas no fim da tarde
de um sábado paulistano. Aos poucos, a plateia plebeia se dispersou: os padeiros voltaram à labuta no
balcão e na chapa de aço; os manobristas, aos carros enfileirados no meio da rua; o catador de papel,
à carroça troncha; e os transeuntes, à noite que os esperava.

Mas nem todos os sábados são festejados com pétalas celestiais, beijos e celulares. Há duas semanas,
atraído por uma gravação famosa do Réquiem de Mozart, entrei em outra igreja do meu bairro e me
emocionei. Nesse crepúsculo fúnebre, não apareceram padeiros, carroceiros nem manobristas, e os
transeuntes não pararam para observar beijos discretos e compassivos num rosto masculino, devastado
pelo pesar.

Enquanto ouvia a composição milagrosa de Mozart, observava o rosto abatido do jovem viúvo diante
de uma fotografia da finada. Isso me fez pensar na permanência, e não no fracasso do amor.

Eu era apenas um intruso curioso para os que ali estavam nessa missa fúnebre. O intruso saiu da igreja
e parou para ouvir a parte final do Réquiem; depois andou a esmo, com o estado de espírito tão
diferente do passeante que se distraíra com pétalas e gargalhadas de um outro sábado.

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(Milton Hatoum. Um casamento e a missa. https://cultura.estadao.com.br, 24.04.2015. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o vocábulo para foi empregado com ideia de direção.
a) Padeiros, manobristas, pedestres e um catador de papel olhavam para os noivos…
b) … agora marido e mulher, trajados a rigor, mas um rigor excessivo, para mim, até pomposo.
c) … os transeuntes não pararam para observar beijos discretos e compassivos num rosto masculino,
devastado pelo pesar.
d) Eu era apenas um intruso curioso para os que ali estavam nessa missa fúnebre.
e) O intruso saiu da igreja e parou para ouvir a parte final do Réquiem…

Questão 34: VUNESP - Leia o texto, para responder à questão.

Doenças infecciosas moldaram a história e a evolução humanas

É preciso que surjam novos agentes patógenos como o coronavírus de Wuhan para que
experimentemos uma pequena fração da angústia com doenças infecciosas que sempre acompanhou a
humanidade. O sucesso da ciência em controlar as moléstias virais, bacterianas e parasitárias em
vastas regiões do globo nos fez esquecer quão devastadoras elas podem ser.

A varíola, provavelmente a maior assassina da história, matou, só no século 20, entre 300 milhões e
500 milhões de humanos. A peste bubônica dizimou até um terço da população europeia no século 14.
Uma parcela ainda maior dos grupos ameríndios sucumbiu ao blend de doenças infecciosas trazidas
pelos europeus.

Aos que gostam de pintar as guerras como um flagelo comparável vale lembrar que, até a 1a Guerra
Mundial, a grande maioria dos soldados abatidos em conflitos morria por causa das doenças que
acompanhavam as tropas e não devido à carga dos exércitos inimigos. Na Guerra Civil americana, dois
terços dos 500 mil mortos foram vítimas primárias de patógenos. A situação só mudou depois que os
militares incorporaram brigadas sanitárias, que, com barbeiros e serviços de lavanderia, limaram os
ectoparasitas que transmitiam tifo e outras moléstias.

Doenças infecciosas moldaram a história e a evolução humanas. O vazio populacional deixado pela
peste jogou o preço do trabalho nas alturas, desestabilizando o sistema feudal e abrindo caminho para
o capitalismo. Ectoparasitas são a melhor hipótese para explicar a redução de pelos nos humanos. Isso
para não mencionar a invenção do sexo, que também parece ser uma resposta a patógenos.

O curto e precário controle que conseguimos exercer sobre as moléstias infecciosas a partir do século
19 se deve exclusivamente à ciência — a mesma ciência que governos populistas ignoram quando
desdenham especialistas e estudos técnicos. A população não faz melhor quando rejeita vacinas.

(Hélio Schwartsman. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas. Acesso em 29.01.2020)

No contexto dos trechos “... blend de doenças infecciosas trazidas pelos europeus.” e “O vazio
populacional deixado pela peste...”, a preposição destacada expressa a noção de
a) posse.
b) modo.

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c) agente.
d) condição.
e) lugar.

Questão 35: VUNESP - Leia o texto para responder à questão.

A estratégia do Japão para combater o coronavírus no início da pandemia mostrou-se única por
mesclar abordagem científica, flexibilidade e senso comum.

“No Japão, usamos uma abordagem diferente da que foi usada na maior parte do mundo”, afirma
Hitoshi Oshitani, professor de virologia da Faculdade de Medicina de Tohoku. “Na maior parte do
mundo, a estratégia foi a de tentar conter o coronavírus. Desde o início, não tínhamos esse objetivo.
Optamos por algo diferente: decidimos aprender a conviver com esse vírus”, completa.

Ainda de acordo com o professor, o raciocínio por trás da estratégia japonesa de conviver com o vírus
não foi motivado apenas por razões políticas ou de infraestrutura: “foi baseado em nosso
conhecimento sobre o vírus e no que estávamos descobrindo sobre ele. Sabíamos da existência de
muitos casos assintomáticos ou com sintomas muito leves. Isso torna muito difícil localizar todos os
casos positivos. Por isso, nosso propósito não era contê-los desde o início, mas tentar suprimir as
transmissões o máximo que pudéssemos”.

Para Oshitani, diversos aspectos culturais e peculiares do Japão também contribuíram para aprender a
viver uma vida “normal” durante a pandemia. “É sabido que nós, japoneses, somos mais propensos ao
distanciamento físico do que no Ocidente. Outro elemento que tem tido bastante impacto é a pressão
social: ninguém no Japão gostaria de ser apontado como responsável pela transmissão do vírus”,
completa.

Segundo um estudo, o uso generalizado de máscara no Japão não está ligado ao desejo de prevenir a
propagação do vírus, mas sim a uma pressão social: a maioria dos japoneses prefere não ser
questionada por não usá-la. “A pressão social, sem dúvida, tem ajudado a conter o vírus no Japão,
mas também tem criado situações de discriminação contra pessoas doentes ou trabalhadores do setor
de saúde”, afirma Oshitani.

(Lioman Lima. Pandemia de covid-19: A polêmica estratégia do Japão de conviver com o coronavírus. www.bbc.com, 07.10.2020.
Adaptado)

Assinale a alternativa em que o vocábulo destacado exprime ideia de finalidade.


a) A estratégia do Japão para combater o coronavírus no início da pandemia mostrou-se única por
mesclar abordagem científica, flexibilidade e senso comum. (1º parágrafo)
b) Para Oshitani, diversos aspectos culturais e peculiares do Japão também contribuíram para
aprender a viver uma vida “normal” durante a pandemia. (4º parágrafo)
c) A pressão social, sem dúvida, tem ajudado a conter o vírus no Japão, mas também tem criado
situações de discriminação contra pessoas doentes ou trabalhadores do setor de saúde… (5º parágrafo)
d) Ainda de acordo com o professor, o raciocínio por trás da estratégia japonesa de conviver com o
vírus não foi motivado apenas por razões políticas ou de infraestrutura… (3º parágrafo)

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e) Na maior parte do mundo, a estratégia foi a de tentar conter o coronavírus. Desde o início, não
tínhamos esse objetivo. (2º parágrafo)

Questão 36: Instituto Consulplan -


Uso racional de medicamentos: pesquisadores alertam para resistência microbiana

O Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, instituído no dia 5 de maio, tem o objetivo de
promover a conscientização e boas práticas do uso de medicamentos, além de alertar a população
quanto aos riscos à saúde causados pela automedicação e ingestão inadequada de fármacos,
principalmente os antibióticos. Pesquisadoras da Fiocruz advertem que a administração inadequada e
o uso abusivo desse tipo de medicação têm causado, com maior frequência, um fenômeno
preocupante: a resistência microbiana.

A Organização Mundial da Saúde entende como uso racional de medicamentos a prescrição de


medicação apropriada para as condições clínicas de cada paciente, em doses adequadas às suas
necessidades, por um período adequado e ao menor custo para si e para a comunidade. A medicação
inadequada, por sua vez, pode causar diversos eventos adversos à saúde, assim como intoxicação e
dependência.

A situação é ainda pior quando se trata de antibióticos. Também, segundo a OMS, a resistência
bacteriana poderá ser uma das principais causas de óbitos de pessoas no mundo até 2050. O fenômeno
pode ser definido como a capacidade das bactérias se tornarem mais resistentes aos efeitos das
medicações, explicou Isabel Tavares, coordenadora da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do
Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz).

“A partir do uso excessivo e indiscriminado dos antibióticos, infecções bacterianas simples podem,
com o tempo, se tornar cada vez mais difíceis de serem combatidas, levando, eventualmente, a uma
piora do quadro clínico e até ao óbito. O que temos visto é um aumento do número de bactérias
multirresistentes e poucas opções para tratamento no mercado”, explicou Tavares.

A avaliação é reforçada por Ana Paula Assef, chefe do laboratório de pesquisa em infecção hospitalar
do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). “É preciso cada vez mais conscientizar a população e a
sociedade médica sobre a otimização do uso de antibióticos, devido a esse aumento da capacidade de
resistência das bactérias, e à falta de novas opções terapêuticas pela indústria farmacêutica. Essas
medicações devem ser bem selecionadas para cada tipo de paciente, e utilizadas no momento e na
dose adequada, de forma a minimizar seus impactos”, ponderou ela.

Dados da OMS apontam que mais de 50% de todos os medicamentos no mundo são prescritos,
dispensados ou vendidos de forma inadequada, e que metade de todos os pacientes não os utiliza
corretamente. Além disso, o Brasil ocupa a 17ª posição entre 65 países pesquisados em relação ao
número de doses de antibióticos consumidas.

O primeiro passo para promover o uso racional de medicações é utilizá-las apenas com orientação
médica. “O paciente com alguma queixa de saúde precisa, primeiro e de forma essencial, procurar
assistência médica. Apenas um profissional está habilitado para avaliar o caso e prescrever, se preciso,
o antibiótico. Muitos pacientes que optam pela automedicação fazem uso, por exemplo, de

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antibióticos para infecções virais, o que não só não resolve o problema, como pode gerar outros”,
afirmou Tavares, especialista do INI. [...]

(Luana Dandara (Portal Fiocruz). Disponível em:


https://portal.fiocruz.br/noticia/dia-nacional-do-uso-racional-de-medicamentospesquisadores- alertam-para-resistencia. Adaptado.
Acesso em: 05/05/2022.)

Em “[...] além de alertar a população quanto aos riscos à saúde causados pela automedicação e
ingestão inadequada de fármacos, principalmente os antibióticos.” (1º§), pode-se afirmar que:
a) “riscos” e “saúde” são termos regidos pelo mesmo termo regente: a forma verbal “alertar”.
b) “população”, “riscos” e “saúde” são termos classificados como complementos verbais no trecho
destacado.
c) Caso a palavra “saúde” fosse substituída por uma palavra masculina, a exigência do emprego da
preposição seria retirada.
d) Os termos grifados poderiam ter sua ordem de apresentação na oração invertida sem que houvesse
prejuízo quanto à ideia original ou coesão textual estabelecida.
e) Caso o termo “quanto” fosse substituído por “acerca”, a preposição diante do termo “riscos” seria
alterada, não ocorrendo o mesmo com a preposição empregada diante de “saúde”.

Questão 37: VUNESP - Leia o texto para responder à questão.

Há muito tempo que estão falando em acabar com as feiras, uns desejando e outros temendo que
acabem mesmo. Não sei que providências foram ou não foram tomadas, mas as feiras estão aí.
Inicia-se agora uma espécie de hiato, a extinção desse comércio livre às segundas-feiras, para
descanso da companhia, isto é, dos feirantes, que não estão pleiteando descanso nenhum.

Os argumentos contra as feiras são principalmente três: primeiro que os preços são os mesmos das
quitandas, segundo que atravancam as ruas, e depois a desordem que deixam. Oh! Que sujeira, que
coisa desagradável, que cheiro de peixe! E quanto lixo, folhas e cascas, depois do meio-dia!

O primeiro argumento a favor das feiras é que se trata de um método democrático de negociar. O povo
vendendo para o povo. Comprar na feira é praticar o analfabetismo mais gostoso e brasileiro que possa
haver. Errar nas contas, no troco, pechincar, reclamar, divertir-se.

E a delícia completa de poder escolher? O mais caro, o mais barato, o mais verde, o mais doce, o mais
fino, o mais viçoso, o mais engraçado, o mais claro, o mais miúdo, a pilha mais alta, o arranjo mais
perfeito. E que lindos pregões1, sonoros, em vozes fortes de tenor e de barítono, que lindos pregões!

Tudo isso em meio de uma ruidosa alegria matinal, livre, lírica, todos falando alto, à vontade, sem
inibição nenhuma, o sol nos cabelos e os olhos repousando na abençoada fartura das pilhas coloridas
de frutas e a descomedida abundância de verduras frescas, tão verdinhas!

Lugar para ver mulher risonha, de rosto lavado, com os cabelos apanhados de qualquer jeito, nesse
gracioso despenteado de que os cabeleireiros todos têm o segredo hoje em dia. Há muita pobre
coitada cujo único passeio é ir à feira (às vezes também dão um pulinho até a maternidade). Pois é.
Estão falando em acabar com as feiras livres, mas me parece que nós, as donas de casa, ainda não
fomos consultadas a respeito e ninguém ignora que somos os ministros das Finanças.

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(Ruth Guimarães. Segunda sem feira. www1.folha.uol.com.br, 10.01.1965. Adaptado)

1
pregões: divulgações de produtos, gritadas ou cantadas livremente.

O vocábulo de foi empregado com ideia de modo no trecho:


a) Inicia-se agora uma espécie de hiato… (1o parágrafo)
b) Que sujeira, que coisa desagradável, que cheiro de peixe! (2o parágrafo)
c) E a delícia completa de poder escolher? (4o parágrafo)
d) … pilhas coloridas de frutas… (5o parágrafo)
e) Lugar para ver mulher risonha, de rosto lavado… (6o parágrafo)

Questão 38: QUADRIX - Texto para o item.


De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde, em todo o mundo há mais de 1 bilhão de
pessoas afetadas por transtornos psicológicos. Entre os principais, estão a depressão, o transtorno
afetivo bipolar, a demência e a esquizofrenia. A organização aponta, ainda, que cerca de oitocentas
mil pessoas por ano cometem suicídio.

O médico psiquiatra e psicoterapeuta Guilherme Spadini, professor de psicologia médica na Faculdade


de Medicina da USP, explica que o uso da palavra “transtorno” é indicado para doenças que não têm
um mecanismo fisiopatológico claro, como é o caso dos transtornos mentais.

Todas as pessoas podem, em algum momento da vida, desenvolver um transtorno psicológico. As


causas de transtornos mentais não são completamente conhecidas: existem predisposições genéticas,
mas deve-se considerar também a importância do fator psicossocial, como a interação com o meio,
com a cultura e com as experiências do dia a dia. A exposição a diversos tipos de violência e a
traumas, assim como a má qualidade de vida, sem momentos de lazer e com estresse contínuo, pode
servir de propulsor para um quadro de distúrbio psíquico.

O preconceito em relação a pessoas que sofrem de transtornos mentais é conhecido como


“psicofobia”, termo utilizado pela Associação Brasileira de Psiquiatra em campanhas de
conscientização da população a respeito do estigma em relação à doença mental. Spadini destaca que
foi criada, em torno dos pacientes psiquiátricos, uma “aura de imprevisibilidade, como se a pessoa
fosse fraca e, por isso, capaz de ações imprevisíveis”. Segundo o médico, o principal motivo para o
estigma é a falta de conhecimento: “Não saber traz esse estranhamento e as pessoas tendem a evitar
o que não conhecem”. Assim, o principal antídoto contra a psicofobia é popularizar informações sobre
os transtornos mentais.

Por vezes, o estigma tem origem na família. Pais costumam ter dificuldade de aceitar que um filho ou
filha seja paciente psicológico. Spadini trabalha com jovens estudantes universitários e conta que é
recorrente que eles queiram esconder o tratamento dos pais: “É uma má notícia para os pais, como se
houvesse algo errado. É difícil lidar com o fato de que seu filho possa estar em sofrimento. Vivemos
em uma época em que precisamos estar felizes o tempo todo e demonstrar essa felicidade. Não é fácil
aceitar que a vida traz sofrimento e, para os pais, muitas vezes isso se traduz como culpa.”
Amedrontadas pelo estigma, pessoas com transtornos mentais deixam de procurar a ajuda de que
precisam.

Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.


E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

O acompanhamento psicológico por meio da psicoterapia já é amplamente aceito e pode ser realizado
sem diagnóstico de transtorno, apenas para melhorar a qualidade de vida do indivíduo. Entretanto, o
tratamento psiquiátrico com medicamentos ainda é visto com preconceito. “Todos os médicos são
consultados, sendo o psiquiatra o último”, diz o professor. O uso de medicamento é visto como um
exagero, como indicativo de fraqueza do paciente ou necessidade de alienação da realidade. Segundo
o psiquiatra, um tratamento com medicamentos não tem a função de cura ou de corrigir algo errado.
O seu efeito é benéfico, diminui o sofrimento e aumenta a possibilidade de recuperação.

A combinação entre psicoterapia e medicação é o tratamento mais indicado para distúrbios psíquicos.
Também é essencial desenvolver um estilo de vida saudável, com a prática regular de exercícios
físicos, uma boa alimentação, sono reparador e relacionamentos satisfatórios.

Internet: <www.cnnbrasil.com.br> (com adaptações).

Quanto aos aspectos linguísticos do texto, julgue o item.

No trecho “e a traumas”, a supressão da preposição “a” não comprometeria a correção gramatical


nem a coerência do texto.
Certo
Errado

Questão 39: QUADRIX - Texto para o item.


De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde, em todo o mundo há mais de 1 bilhão de
pessoas afetadas por transtornos psicológicos. Entre os principais, estão a depressão, o transtorno
afetivo bipolar, a demência e a esquizofrenia. A organização aponta, ainda, que cerca de oitocentas
mil pessoas por ano cometem suicídio.

O médico psiquiatra e psicoterapeuta Guilherme Spadini, professor de psicologia médica na Faculdade


de Medicina da USP, explica que o uso da palavra “transtorno” é indicado para doenças que não têm
um mecanismo fisiopatológico claro, como é o caso dos transtornos mentais.

Todas as pessoas podem, em algum momento da vida, desenvolver um transtorno psicológico. As


causas de transtornos mentais não são completamente conhecidas: existem predisposições genéticas,
mas deve-se considerar também a importância do fator psicossocial, como a interação com o meio,
com a cultura e com as experiências do dia a dia. A exposição a diversos tipos de violência e a
traumas, assim como a má qualidade de vida, sem momentos de lazer e com estresse contínuo, pode
servir de propulsor para um quadro de distúrbio psíquico.

O preconceito em relação a pessoas que sofrem de transtornos mentais é conhecido como


“psicofobia”, termo utilizado pela Associação Brasileira de Psiquiatra em campanhas de
conscientização da população a respeito do estigma em relação à doença mental. Spadini destaca que
foi criada, em torno dos pacientes psiquiátricos, uma “aura de imprevisibilidade, como se a pessoa
fosse fraca e, por isso, capaz de ações imprevisíveis”. Segundo o médico, o principal motivo para o
estigma é a falta de conhecimento: “Não saber traz esse estranhamento e as pessoas tendem a evitar

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o que não conhecem”. Assim, o principal antídoto contra a psicofobia é popularizar informações sobre
os transtornos mentais.

Por vezes, o estigma tem origem na família. Pais costumam ter dificuldade de aceitar que um filho ou
filha seja paciente psicológico. Spadini trabalha com jovens estudantes universitários e conta que é
recorrente que eles queiram esconder o tratamento dos pais: “É uma má notícia para os pais, como se
houvesse algo errado. É difícil lidar com o fato de que seu filho possa estar em sofrimento. Vivemos
em uma época em que precisamos estar felizes o tempo todo e demonstrar essa felicidade. Não é fácil
aceitar que a vida traz sofrimento e, para os pais, muitas vezes isso se traduz como culpa.”
Amedrontadas pelo estigma, pessoas com transtornos mentais deixam de procurar a ajuda de que
precisam.

O acompanhamento psicológico por meio da psicoterapia já é amplamente aceito e pode ser realizado
sem diagnóstico de transtorno, apenas para melhorar a qualidade de vida do indivíduo. Entretanto, o
tratamento psiquiátrico com medicamentos ainda é visto com preconceito. “Todos os médicos são
consultados, sendo o psiquiatra o último”, diz o professor. O uso de medicamento é visto como um
exagero, como indicativo de fraqueza do paciente ou necessidade de alienação da realidade. Segundo
o psiquiatra, um tratamento com medicamentos não tem a função de cura ou de corrigir algo errado.
O seu efeito é benéfico, diminui o sofrimento e aumenta a possibilidade de recuperação.

A combinação entre psicoterapia e medicação é o tratamento mais indicado para distúrbios psíquicos.
Também é essencial desenvolver um estilo de vida saudável, com a prática regular de exercícios
físicos, uma boa alimentação, sono reparador e relacionamentos satisfatórios.

Internet: <www.cnnbrasil.com.br> (com adaptações).

Quanto aos aspectos linguísticos do texto, julgue o item.

Em “procurar a ajuda de que precisam”, o emprego da preposição “de” deve-se à regência da forma
verbal “precisam”.
Certo
Errado

Questão 40: QUADRIX - Texto para o item.


Inúmeras vezes, durante a vida profissional, as pessoas lamentam as dificuldades enfrentadas no
ambiente de trabalho e, em grande parte das situações, as dificuldades estão relacionadas, mais do
que à desmotivação com as tarefas, a alguém: ao chefe ou gestor, a colegas de trabalho ou a
subordinados. Tais dificuldades contribuem enormemente para a insatisfação no trabalho, o
adoecimento, o absenteísmo e podem comprometer a produtividade.

Raras são as oportunidades de disponibilização de espaço coletivo de discussão do aspecto interpessoal


no ambiente de trabalho e, quando isso ocorre, o trabalho fica menos árduo e as dificuldades, mais
suportáveis, além de essa circunstância funcionar como fator de proteção contra adoecimentos,
especialmente os de ordem emocional.

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Por mais difícil que seja o relacionamento humano, uma vez que as pessoas são diferentes umas das
outras, agem e reagem de maneiras distintas diante das situações, é de suma importância desenvolver
e ampliar a capacidade de relacionar-se. O investimento nas relações interpessoais, na vida pessoal e
no ambiente de trabalho, inclui aceitação das diferenças, respeito mútuo, habilidade de ouvir,
empatia, cooperação, valorização do trabalho em equipe, entre outros aspectos, nos quais se inclui o
bom relacionamento consigo mesmo.

Aprender a relacionar-se consigo mesmo envolve a busca de autoconhecimento e a ampliação da


consciência dos próprios sentimentos, pensamentos e emoções. Esse aprendizado é desenvolvido em
diversas etapas e de diversas formas, ao longo da vida, em um trajeto temporal próprio, e requer
especialmente o desenvolvimento da inteligência emocional. Entretanto, o aspecto emocional do ser
humano tem sido negligenciado através dos tempos, a começar pelas famílias, que, em geral, não se
preocupam com a educação emocional das crianças. Normalmente, os pais se preocupam em oferecer
uma educação social embasada em regras de comportamento e conduta. Do mesmo modo, na escola,
prioriza-se a formação intelectual das crianças em detrimento do aspecto emocional (felizmente, hoje
em dia, algumas escolas têm se dado conta da importância da alfabetização emocional para o
aprendizado e para a formação integral das crianças).

Em obra publicada em 1983, Howard Gardner distinguiu um espectro de inteligência com sete
variedades: a inteligência acadêmica padrão (dividida em vivacidade verbal e raciocínio
lógico-matemático), aptidão espacial, gênio cinestésico, dom musical e inteligência pessoal (dividida
em aptidões interpessoais e aptidão intrapsíquica).

Esse conceito de inteligências múltiplas mostra que a inteligência é composta por aspectos
intelectuais e aspectos não intelectuais. E foram os aspectos não intelectuais da inteligência — a
inteligência pessoal —, que Daniel Goleman, psicólogo PhD da Universidade de Harvard, pesquisou. Ele
foi o responsável por popularizar o conceito de inteligência emocional ao redor do mundo, ao escrever
seu livro Inteligência Emocional, em 1986, sendo considerado o “pai da inteligência emocional”.

Segundo Goleman, a consciência das emoções é fator essencial para o desenvolvimento da inteligência
global do indivíduo e é a inteligência emocional a maior responsável pelo sucesso ou insucesso dos
indivíduos. Em seu livro, ele mostra como a incapacidade de lidar com as próprias emoções pode
influenciar negativamente a vida pessoal e laboral de um indivíduo e dificultar sobremaneira suas
relações interpessoais.

O especialista aponta que a maioria das situações de trabalho e da vida é envolvida por
relacionamentos entre as pessoas. Isso significa que pessoas com bom relacionamento humano têm
mais chances de alcançar o sucesso. Assim, uma empresa ou instituição sadia e de sucesso é aquela
que promove a habilitação técnica e, principalmente, a capacitação interpessoal ou socioemocional de
suas equipes de trabalho.

Karina Gil. Inteligência emocional: como anda a sua? Internet: <www.tjdft.jus.br> (com adaptações).

A respeito de aspectos linguísticos do texto, julgue o item.

o emprego da preposição presente em “nos quais se inclui” justifica-se pela regência do verbo incluir.

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Certo
Errado

Questão 41: QUADRIX - Texto para o item.

A pandemia de covid-19 pôs em evidência a discussão sobre a importância da ciência e seus benefícios
para a população e a sociedade, tema da audiência pública realizada pela Comissão de Ciência e
Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados. No evento, realizado em novembro
de 2021, discutiu-se a “percepção da sociedade acerca da importância da ciência para o País”.

O autor do pedido de audiência destacou que grande parte da população brasileira ainda desconhece a
importância da ciência para o presente e o futuro. “A tecnologia e a inovação é o ponto comum entre
os países que mais se desenvolveram nos últimos 40 anos no mundo. São aqueles países que mais
investiram nas estratégias de valorização e desenvolvimento da pesquisa e inovação. Portanto, esse é
um passaporte para o futuro absolutamente essencial para o desenvolvimento econômico e social do
Brasil”, afirmou o deputado na abertura do evento.

A diretora de Cooperação Institucional do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e


Tecnológico comentou os resultados da pesquisa realizada em 2019 pelo Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovações em parceria com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos para conhecer o
grau de informação da população sobre a importância da ciência e da tecnologia no País. “Percebemos
que um percentual significativo de brasileiros e brasileiras reconhecem que a ciência e a tecnologia
trazem mais benefícios que malefícios. É também muito interessante verificar que 62% desses
entrevistados se dizem interessados ou muito interessados em algum assunto relacionado ao tema,
com destaque a medicina, saúde e meio ambiente”. No entanto, a pesquisadora apontou que essa
constatação ainda é um tanto vaga. “Ninguém é capaz de citar um cientista, ou mesmo de
compreender, do ponto de vista prático, os resultados da ciência para o desenvolvimento da
sociedade, ou para a cura das pessoas.”

Segundo o secretário-executivo da Iniciativa para a Ciência e Tecnologia no Parlamento, é necessário


um projeto de governo que coloque a ciência como peça fundamental na construção do País:
“Precisamos mostrar que a ciência é tão importante quanto construir casas ou construir estradas.”

A presidente da Associação Nacional de Pós-Graduandos afirmou que a ciência precisa ter centralidade
no projeto nacional. “A ciência precisa ser transversal nas políticas do País. Nós precisamos ter todas
as áreas — desde as cadeias produtivas industriais até a política de mobilidade urbana — com
centralidade na ciência. E o carro-chefe deve ser a questão ambiental para a introdução dessa
transversalidade. Ela pode ser o grande impulsionador da ciência em todos os campos”, afirmou.

No entanto, segundo os participantes da audiência pública, faltam estímulos financeiros, educacionais


e culturais para o desenvolvimento da área científica no Brasil. Os constantes cortes nos recursos
destinados à ciência vêm prejudicando grandemente o andamento das pesquisas e comprometendo o
futuro da ciência no País. “Se a percepção da ciência vai ser melhor ou pior, vai depender do grau
investimento que se destina à ciência”, afirmou um dos cientistas.

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Segundo o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, não é possível pensar no
futuro do Brasil sem ciência e tecnologia. “O nosso futuro depende do avanço científico”, enfatizou.
“Ele permitirá que o Brasil deixe de ser um ‘país do futuro’ para que seja um ‘país do presente’, com
exploração sustentável da nossa biodiversidade e com oportunidades iguais para os que hoje são
privados de futuro em razão da pobreza e de várias outras formas de carência que impedem que seus
talentos sejam reconhecidos e que se tornem grandes cientistas, grandes empresários, grandes
médicos e grandes professores. É um trabalho muito importante em que o Brasil precisa se empenhar,
para reverter o rumo equivocado dos últimos anos”.

Internet: <www.portal.sbpcnet.org.br> (com adaptações).

A respeito de aspectos linguísticos do texto, julgue o item.

No segmento “É um trabalho muito importante em que o Brasil precisa se empenhar” (último


parágrafo), o emprego da preposição “em” deve-se à regência de “se empenhar”.
Certo
Errado

Questão 42: QUADRIX - A partir dos dois anos de idade, normalmente a criança forma as primeiras
frases. Aos três, orações mais completas e facilmente compreendidas por pessoas que não convivam
com ela, de acordo com a fonoaudióloga Juliana Trentini, autora do livro Do gugu-dadá ao mamãe,
me dá.

Aos cinco anos de vida de um indivíduo, a fala já deve fluir sem dificuldade, porque, nessa idade, o
padrão de linguagem da criança é semelhante ao da linguagem de um adulto. O marco científico para
identificar um retardo na aquisição da linguagem é aos dois anos e seis meses de vida, segundo
especialistas.

Trentini atenta para o fato de que nem todas as crianças têm o mesmo ritmo de desenvolvimento da
fala, mas, se houver qualquer desconfiança quanto à dificuldade na aquisição de linguagem, é
recomendável que os pais ou responsáveis busquem ajuda de especialistas. Uma intervenção precoce,
feita antes dos três anos de idade, com terapia fonoaudiológica e acompanhamento médico, pode
oferecer resultados mais rápidos.

Casos de atraso no desenvolvimento da fala exigem uma atuação conjunta entre médicos e
fonoaudiólogos. Antes de uma intervenção, é preciso descartar problemas genéticos, psiquiátricos e
auditivos por meio de exames clínicos.

Descartada a presença de síndromes ou patologias, a maioria dos casos de vocabulário deficitário ou


forma de falar inadequada para a idade tende a ser transitória. Estudos científicos desenvolvidos nos
EUA demonstram que, nessas situações, o desenvolvimento da linguagem ocorre até por volta de
quatro anos e meio de idade.

Há, entretanto, casos de atraso no desenvolvimento da linguagem diagnosticados como distúrbio de


linguagem.

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Estima-se que de 7% a 10% da população infantil de um a cinco anos de idade tem boa compreensão
linguística, funções cognitivas preservadas e boa audição, mas não desenvolve a linguagem como o
esperado em decorrência de um distúrbio chamado transtorno de desenvolvimento de linguagem
(TDL), de acordo com a fonoaudióloga Amalia Rodrigues, professora da Faculdade de Ciências Médicas
da Santa Casa de São Paulo.

Os sintomas de um atraso na fala e de TDL, que é mais complexo, são os mesmos. Um especialista só
poderá fechar o diagnóstico após o início do tratamento. No primeiro caso, em até seis meses de
intervenção, que, às vezes, é combinada com acompanhamento psicológico, a linguagem da criança
começa a despontar. O TDL, entretanto, é um problema crônico, ou seja, dura toda a vida, mas, com a
intervenção adequada, é possível fazer a inclusão do indivíduo na sociedade, explica a professora.

Ela afirma, ainda, que, em ambos os casos, uma das orientações é matricular a criança na escola caso
ela ainda não a frequente, devido ao acesso a atividades pedagógicas e ao contato com outras
crianças. “Orientamos a família e a escola de que é preciso oferecer estímulos. A brincadeira é a base
cognitiva que vai auxiliar a criança em seu desenvolvimento linguístico. Quando ela passa a aprender
fora do contexto terapêutico, é um indício de que o problema constitui um atraso, não um distúrbio”,
conclui a professora.

Internet: <www.bbc.com> (com adaptações).

Julgue o item, relativos a aspectos linguísticos do texto.

Na linha, o emprego da preposição “a” em “ao contato com outras crianças” indica a possibilidade de
emprego do acento indicativo de crase no “a” que antecede “atividades pedagógicas”.
Certo
Errado

Questão 43: AVANÇASP - Texto

Peladas

Armando Nogueira

Esta pracinha sem aquela pelada virou uma chatice completa: agora, é uma babá que passa,
empurrando, sem afeto, um bebê de carrinho, é um par de velhos que troca silêncios num banco sem
encosto. E, no entanto, ainda ontem, isso aqui fervia de menino, de sol, de bola, de sonho: “Eu jogo
na linha! eu sou o Lula!; no gol, eu não jogo, tô com o joelho ralado de ontem; vou ficar aqui atrás:
entrou aqui, já sabe”. Uma gritaria, todo mundo se escalando, todo mundo querendo tirar o selo da
bola, bendito fruto de uma suada vaquinha. Oito de cada lado e, para não confundir, um time fica
como está; o outro joga sem camisa. Já reparei uma coisa: bola de futebol, seja nova, seja velha, é
um ser muito compreensivo que dança conforme a música: se está no Maracanã, numa decisão de
título, ela rola e quiçá com um ar dramático, mantendo sempre a mesma pose adulta, esteja nos pés
de Gérson ou nas mãos de um gandula. Em compensação, num racha de menino ninguém é mais
sapeca: ela corre para cá, corre para lá, quica no meio-fio, para de estalo no canteiro, lambe a canela
de um, deixa-se espremer entre mil canelas, depois escapa, rolando, doida, pela calçada. Parece um

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bichinho. Aqui, nessa pelada inocente é que se pode sentir a pureza de uma bola. Afinal, trata-se de
uma bola profissional, uma número cinco, cheia de carimbos ilustres: “Copa Rio-Oficial”, “FIFA –
Especial”. Uma bola assim, toda de branco, coberta de condecorações por todos os gomos (gomos
hexagonais!), jamais seria barrada em recepção do Itamaraty. No entanto, aí está ela, correndo para
cima e para baixo, na maior farra do mundo, disputada, maltratada até, pois, de quando em quando,
acertam-lhe um bico, ela sai zarolha, vendo estrelas, coitadinha. Racha é assim mesmo: tem bico, mas
tem também sem-pulo de craque como aquele do Tona, que empatou a pelada e que lava a alma de
qualquer bola. Uma pintura. Nova saída. Entra na praça batendo palmas como quem enxota galinha no
quintal. É um velho com cara de guarda-livros que, sem pedir licença, invade o universo infantil de
uma pelada e vai expulsando todo mundo. Num instante, o campo está vazio, o mundo está vazio. Não
deu tempo nem de desfazer as traves feitas de camisas. O espantalho-gente pega a bola, viva, ainda,
tira do bolso um canivete e dá-lhe a primeira espetada. No segundo golpe, a bola começa a sangrar.
Em cada gomo o coração de uma criança.

In: Os melhores da crônica brasileira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1977

Em: “mantendo sempre a mesma pose adulta, esteja nos pés de Gérson”... A preposição destacada
tem valor semântico de:
a) origem.
b) posse.
c) lugar.
d) procedência.
e) material.

Questão 44: AVANÇASP - Assinale a alternativas que preenche, corretamente, as lacunas:

O deputado dirigiu-se sua sessão e pôs-se discursar todas as pessoas que ali estavam.
a) à / à / à.
b) a / à / à.
c) à / a / a.
d) a / a / à.
e) à / a / à.

Questão 45: VUNESP - Pela primeira vez, cientistas conseguiram cultivar sementes em solo lunar,
em amostras trazidas pela Nasa em missões em 1969 e 1972, um feito que alimenta a expectativa de
usar plantas terrestres para sustentar postos humanos em outros planetas.

Os pesquisadores afirmaram que plantaram sementes de uma erva daninha chamada “Arabidopsis
thaliana” em 12 pequenos recipientes do tamanho de um dedal, cada um com uma pequena
quantidade de solo lunar, e observaram-nas brotar e crescer. A superfície lunar, com suas partículas
afiadas e falta de material orgânico, é muito diferente do solo terrestre, então não se sabia se as
sementes germinariam.

“Quando vimos pela primeira vez aquela abundância de brotos verdes em todas as amostras, ficamos
maravilhados”, disse a professora de ciências hortícolas, Anna-Lisa Paul, da Universidade da Flórida.

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“As plantas podem crescer em solo lunar. Essa simples declaração é extraordinária e abre portas para
futuras explorações usando recursos existentes na lua e provavelmente em Marte”, disse Paul.

Todas as sementes germinaram e não houve diferenças externas nos primeiros estágios de crescimento
em relação a sementes plantadas em cinzas vulcânicas da Terra com composições e tamanho de
partícula semelhantes.

Plantas terrestres podem ajudar as pessoas a estabelecerem postos em locais como a lua e Marte,
como mostrado no filme “Perdido em Marte” de 2015, quando um astronauta cultiva batatas no
Planeta Vermelho.

(Tyles Jones. Forbes. 13/05/2022. Adaptado)

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas da seguinte frase:

Para não incorrer problemas _________ durante o experimento, cientistas reproduziram ________
mesmas condições observadas no solo lunar, recorrendo ________ cinzas vulcânicas.
a) de … às … a
b) a … das … às
c) em … as … a
d) a … nas … das
e) os … às … nas

Questão 46: AVANÇASP - Assinale a alternativa que preenche corretamente os espaços da frase a
seguir.

Informe _____ presidente ______ muitos candidatos aspiram ____ cargo de assistente social.
a) ao – de que – ao.
b) ao – de que – o.
c) ao – que – ao.
d) ao – que – o.
e) o – de que – o.

Questão 47: QUADRIX - Texto para o item.


Pela primeira vez, cientistas conseguiram imprimir um coração com células de tecido humano. O
relato sobre o feito, realizado por uma equipe da Universidade de Tel Aviv, em Israel, foi publicado na
revista Advanced Science, em 15/4/2019.

O coração 3D foi criado com células de um paciente. Os pesquisadores israelenses fizeram uma
pequena biópsia do tecido adiposo, removeram todas as células e as separaram do colágeno e de
outros biomateriais, depois, o material foi reprogramado para atuar como células cardíacas e de vasos
sanguíneos.

O resultado foi um coração “muito básico”, de acordo com o professor Tal Dvir, um dos responsáveis
pela pesquisa. “As células se contraíram, mas o coração completo não bombeou. Precisamos
desenvolvê-lo mais. O próximo desafio é amadurecer essas células e ajudá-las a se comunicarem entre

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si, de forma que se contraiam juntas. É preciso ensinar as células a se comportarem adequadamente”,
disse o cientista. O próximo passo será descobrir como criar células suficientes para reproduzir um
coração humano, em tamanho real.

O estudo abre portas para que, no futuro, pacientes não precisem mais esperar por transplantes, nem
se preocupar com a rejeição do organismo, já que os órgãos serão impressos a partir de células do
próprio paciente.

Internet: <www.metropoles.com/saúde> (com adaptações).

Acerca de aspectos linguísticos do texto, julgue o item.

a supressão da preposição “de”, em “de vasos sanguíneos” não causaria prejuízo ao sentido original do
texto, mas as relações sintáticas na oração seriam alteradas.
Certo
Errado

Questão 48: Instituto ACCESS - Texto

Terra tem asteroide de 1,2 km que a segue em sua órbita

Graças a dados do telescópio Soar, observatório do qual o Brasil é sócio majoritário no Chile,
pesquisadores confirmaram que a Terra tem um asteroide de 1,2 km de diâmetro que acompanha o
planeta em sua órbita ao redor do Sol.

Muito tem sido dito sobre os pontos de libração (ou lagrangianos) de um sistema como o Terra-Sol,
agora que o Telescópio Espacial James Webb se instalou em um deles, o L2, localizado a 1,5 milhão de
km da Terra, acompanhando o planeta em seu passeio pelo carrossel solar. Mas outros dois pontos do
mesmo tipo, L4 e L5, ficam exatamente na órbita terrestre, a 60 graus do planeta, um adiante e outro
atrás.

Eles servem, assim como os demais, como uma espécie de estacionamento natural, em que a
gravidade dos dois astros (Sol e Terra, no caso) se contrabalança para estabilizar objetos ali
localizados. Vale para naves, como o Webb, e também para asteroides, que, quando param por lá, são
chamados de troianos.

O termo foi originalmente usado para descrever os pedregulhos que ficam nos pontos L4 e L5 do
sistema Júpiter-Sol, acompanhando o planeta gigante em sua órbita. Mas em tese qualquer mundo
com massa suficiente pode tê-los. Com efeito, há troianos associados a todos os gigantes gasosos e a
quase todos os rochosos (só Mercúrio não teve ao menos um objeto desse tipo descoberto).

O primeiro troiano terrestre a ser achado foi o 2010 TK7, detectado, adivinhe só, em 2010. O segundo,
esmiuçado agora, pintou uma década depois, quando o telescópio Pan-Starrs1, no Havaí, descobriu o
2020 XL5. Mas, por ocasião de sua descoberta, era possível que fosse apenas um asteroide de
passagem, não um troiano.

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Contudo, uma busca nas imagens de arquivo da DECam, câmera do projeto Dark Energy Survey,
revelou a posição do objeto em vários momentos entre 2012 e 2019. Somando-a às novas observações,
foi possível determinar a órbita e constatar que de fato ele acompanha a Terra – e assim o fará por
pelo menos mais uns 4.000 anos, até ser perturbado gravitacionalmente e pegar outro caminho.

Os dados do Soar em particular permitiram estimar o tamanho e a composição do 2020 XL5. Trata-se
de um asteroide tipo C, rico em carbono, e seu diâmetro é dos grandões. Com 1,2 km, ele tem o triplo
do tamanho do 2010 TK7. Ambos estão localizados no L4, um ponto lagrangiano que viaja à frente da
Terra em sua órbita. No L5, que vem na esteira do trajeto do planeta em torno do Sol, ainda não
encontraram nada.

O resultado foi publicado no periódico Nature Communications e pode ser só mais um em uma lista: é
bem possível que a Terra tenha outros troianos esperando para ser descobertos. Marte, apesar de
muito menor, tem pelo menos nove (e possivelmente 14, se contarmos os objetos ainda não listados
oficialmente como troianos). Facilita, nesse caso, estar perto de um grande repositório, o cinturão de
asteroides.

(Salvador Nogueira.
https://www1.folha.uol.com.br/blogs/mensageiro-sideral/2022/02/terra-tem-asteroide-de-12-km-que-a-segue-em-sua-orbita.shtml
. Fevereiro de 2022)

“Vale para naves, como o Webb, e também para asteroides, que, quando param por lá, são chamados
de troianos.” (3º parágrafo)

No segmento acima, há quantas ocorrências de preposição?


a) Duas.
b) Três.
c) Quatro.
d) Cinco.

Questão 49: IDECAN - Texto I

Três anos após tragédia, adoecimento mental preocupa Brumadinho (MG)

Três anos após o rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, a
população de Brumadinho, em Minas Gerais, ainda lida com os transtornos psicológicos deixados pela
tragédia.

Segundo levantamento da prefeitura da cidade, o consumo de medicamentos ansiolíticos e


antidepressivos cresceu na cidade desde a tragédia. Em 2021, o uso desse tipo de remédio foi 31,4%
maior que em 2018, ano anterior ao rompimento da barragem.

Para alguns medicamentos, como a sertralina, utilizada no tratamento de depressão, a distribuição


teve um aumento de 103% em 2021, em relação a 2018.

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Outro elemento de atenção são os casos de tentativa de suicídio e automutilação. Em 2018, foram
registrados 27 casos na cidade. Nos anos seguintes, houve um aumento nesse tipo de ocorrência, sendo
registrados 50 casos em 2019, 47 casos em 2020 e 146 casos em 2021.

De acordo com Eduardo Callegari, secretário de saúde de Brumadinho, os casos de violência doméstica
e familiar também aumentaram nos últimos anos. Além disso, o consumo de álcool e drogas é outro
ponto de atenção para a administração da cidade.

"O impacto da tragédia é muito mais amplo e duradouro do que as pessoas imaginam", afirma
Callegari.

De acordo com a psicóloga Aline Dutra de Lima, por ser algo inesperado para a população, esse tipo de
tragédia pode fazer com que pessoas que lidam com problemas psicológicos tenham momentos de
crise intensificados.

Aline coordenou a equipe de psicólogos da ONG NaAção em Brumadinho após o rompimento da


barragem. Em sua atuação ela também percebeu o aumento das tentativas de suicídio e do índice de
medicalização da população de Brumadinho.

Segundo ela, após um tempo, as pessoas começam a voltar a suas vidas normais, mas esse processo
pode ser lento devido ao luto envolvido.

A ONG desenvolveu ações como fornecimento de terapia e grupos terapêuticos, oficinas e cursos
profissionalizantes para a população. Segundo a psicóloga, um fator que ajuda na superação desse tipo
de situação é a união da comunidade em um sentimento de retomada.

Além disso, outro elemento importante, e muitas vezes negligenciado pelo poder público e pelas
pessoas, é a prevenção da saúde mental.

"Falta incentivo para a prevenção. Infelizmente, não tem em grande escala. Ainda existe um
preconceito muito grande em relação à saúde mental e à busca por ajuda de psicólogos e psiquiatras",
afirma Aline.

Desde o rompimento da barragem, em janeiro de 2019, a prefeitura também ampliou os atendimentos


psicológicos e psiquiátricos na cidade. Os serviços são disponibilizados em todas as unidades de saúde
da família, bem como nos centros de atenção psicossocial.

“Ampliamos o número de profissionais na rede, para conseguir atender a demanda do município. A


gente não tem uma previsão de quando vai conseguir controlar essa situação no município porque as
pessoas ainda sentem isso até hoje. E não apenas as pessoas que perderam familiares; de certa forma,
atingiu a cidade como um todo", afirma o secretário de saúde.

O levantamento sobre o uso de medicamentos controlados é utilizado como uma forma de


monitoramento da situação.

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Segundo a prefeitura, não há pretensão de redução desses serviços. De acordo com o secretário,
apesar do aumento na demanda, a prefeitura tem conseguido manter o fornecimento das medicações
com recursos próprios.

Segundo ele, um exemplo para as ações de atenção à saúde mental é a cidade de Mariana, que mais
de seis anos após o rompimento da barragem ainda demanda cuidados com a assistência psicológica da
população.

(Isac Godinho. Folha de S.Paulo. https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2022/01/tres-anos-apos-


tragedia-adoecimento-mental-preocupa-brumadinho-mg.shtml?origin=folha. Janeiro de 2022.)

Segundo ele, um exemplo para as ações de atenção à saúde mental é a cidade de Mariana, que mais
de seis anos após o rompimento da barragem ainda demanda cuidados com a assistência psicológica da
população.

No período acima, há quantas ocorrências de preposição?


a) Seis.
b) Nove.
c) Sete.
d) Oito.

ANULADA - Questão 50: IBADE - A questão desta prova se fundamentam em pequenos textos e
pretendem avaliar a competência gramatical dos candidatos.

Uma preposição pode estar presente numa frase ou por exigência de um termo anterior (regência), ou
por uma necessidade de dar uma informação no texto, sem exigência de um termo anterior. A frase
abaixo em que a preposição DE é exigida por um outro vocábulo que a antecede é:
a) A necessidade de uma consulta ao livro preocupava o aluno.
b) A necessidade de dinheiro trouxe dificuldades à família.
c) A necessidade de comparecer fez com que chamasse um táxi.
d) A necessidade de alguns devia incomodar a todos.
e) A necessidade de mais tempo era visível.

Questão 51: Instituto Darwin - TEXTO 1


Fake news atingem 85% das mensagens sobre coronavírus checadas pelo Ministério da Saúde

Por: Folhapress em 29/02/20 às 09H58, atualizado em 29/02/20 às 10H05

Foram identificadas 41 tipos de mensagens mais recorrentes sobre o tema. O uso de vitaminas e chás
que alegam curar a doença é a fake news mais comum.

Corona vírus veio do inseticida? Paciente com Corona vírus curada em 24 horas com medicamentos de
Aids? Corona vírus eliminado com tigela de água de alho bem fervida? O Ministério da Saúde alerta:
tudo isso é fake news.

Essas mensagens fazem parte de um grupo de correntes, "notícias" e áudios ligados ao novo
coronavírus recebidos pela pasta no último mês, por meio do serviço "Saúde sem fake news", criado

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para analisar notícias falsas. Não é pouca coisa. De 6.500 mensagens recebidas e analisadas entre 22
de janeiro e 27 de fevereiro, 90% eram relacionadas ao novo vírus.

Desse total ligado ao Coronavírus, 85% eram falsas. Os dados são de balanço divulgado nessa
sexta-feira (28). Segundo o secretário-executivo do ministério, João Gabbardo dos Reis, foram
identificadas 41 tipos de mensagens mais recorrentes sobre o tema. O uso de vitaminas e chás que
alegam curar a doença é a mais comum. "E sempre são notícias falsas, porque nenhuma dessas
indicações tem comprovação científica de que possa ser benéfica para quem está com Corona vírus",
diz Gabbardo. Também é frequente o recebimento de mensagens com teorias da conspiração de que o
vírus teria sido criado em laboratório ou disseminado deliberadamente- tudo isso é falso, afirma a
pasta. Em janeiro, quando o maior número de casos novos ainda era concentrado no China e havia
menos informação sobre o vírus, também era comum o envio de vídeos e fotos de pessoas caindo e
desmaiando nas ruas –o problema é que tudo era "fake", de novo. "São vídeos que tinham sido
publicados muito antes do aparecimento do Coronavírus", afirma o secretário. A pasta costuma colocar
um carimbo de "isto é fake news" para informar quais notícias são falsas e "isso é verdadeiro" para as
já checadas e confirmadas. O número para recebimento das mensagens é (61) 99289-4640.

Nas últimas semanas, a Organização Mundial de Saúde tem apontado as fake news como um dos
principais desafios em relação ao novo Corona vírus. A orientação é que pessoas busquem informações
em fontes oficiais.

MANUAL PARA NÃO PROPAGAR FAKE NEWS


- Busque a fonte original;
- Faça uma busca na internet: muitos casos já foram desmentidos;
- Cheque a data: a "novidade" pode ser antiga;
- Leia a notícia inteira;
- Cheque o histórico de quem publicou;
- Se a notícia não tem fonte, não repasse.

Disponível em:
https://www.folhape.com.br/noticias/noticias/coronavirus/2020/02/29/NWS,132097,70,1668,NOTICIAS,2190-FAKE-NEWS-ATINGEM-
DAS-MENSAGENS-SOBRE-CORONAVIRUS-CHECADAS-PELO-MINISTERIO-SAUDE.aspx (Acesso em 03/03/2020)

Em: “A pasta costuma colocar um carimbo de "isto é fake news" para informar quais notícias são falsas
e "isso é verdadeiro" para as já checadas e confirmadas.”, o termo grifado poderia ser substituído sem
alteração de sentido em:
a) pois
b) a fim de
c) à medida que
d) logo

Questão 52: FCC -


O futuro encolheu

Nós, modernos, acordando, voltamo-nos sobretudo para o futuro. Definimo-nos pela capacidade de
mudança − não pelo que somos, mas pelo que poderíamos vir a ser: projetos e potencialidades. O

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tempo de nossa vida é o futuro. Em nossos despertares cotidianos, podemos ter uma experiência
fugaz e minoritária do presente, mas é a voz do futuro que nos acorda e nos faz sair da cama.

A questão é: qual futuro? Ele pode ser de longo prazo: desde o apelo do dever de produzir um mundo
mais justo até o medo das águas que subirão por causa do efeito estufa. Ou então ele pode ser
imediato: as tarefas do dia que começa, as necessidades do fim do mês, a perspectiva de um encontro
poucas horas mais tarde.

Do século 17 ao começo do século 20, o tempo dominante na experiência de nossa cultura parece ter
sido um futuro grandioso − projetos coletivos a longo prazo. Hoje prevalece o futuro dos afazeres
imediatos. Nada de utopia, somente a agenda do dia. Afinal, aqueles futuros de outrora, gloriosos,
revelaram-se como barbáries do século.

Ainda assim, o futuro encolhido de hoje parece um pouco inquietante. É que o futuro não foi
inventado só para espantar a morte. O futuro nos serve também para impor disciplina ao presente.
Ele é nosso árbitro moral. Esperamos dele que avalie nossos atos. Em suma: a qualidade de nossos
atos de hoje depende do futuro com o qual sonhamos. Nossa conduta tenta agradar ao tribunal que
nos espera. Receio que futuros muito encolhidos comandem vidas francamente mesquinhas.

(Adaptado de: CALLIGARIS, Contardo. Terra de ninguém. São Paulo: Publifolha, 2004, p. 88-89)

É inteiramente regular o emprego do termo sublinhado na frase:


a) Os dias futuros, aos quais se reconhece o direcionamento das nossas vidas, são cada vez mais
inquietantes.
b) As tarefas do cotidiano, que seu valor antigamente era tido como mesquinho, fecham hoje o
sentido do nosso futuro.
c) O efeito estufa é um fenômeno à que se associa a catástrofe da subida das águas e da submersão
de cidades.
d) Há, segundo o autor do texto, a necessidade de discernir o futuro sob o qual comando
orientaremos nossa vida.
e) Eram coletivos os projetos de que os antigos se valiam para alimentarem as mais gloriosas utopias.

Questão 53: FCC -


O lugar onde a gente morava quase só tinha bicho
solidão e árvores.
Meu avô namorava a solidão.
Ele era um florilégio de abandono.

De tudo que me restou sobre aquele avô foi esta


imagem: ele deitado na rede com a sua namorada, mas
se a gente o retirasse da rede por alguma necessidade,
a solidão ficava destampada.
Oh, a solidão destampada!

Essa imagem da solidão que ficara dentro de mim por


anos.

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Ah, o pai! O pai vaquejava e vaquejava.


Ele tinha um olhar soberbo de ave.
E nos ensinava a liberdade.
A gente então saía vagabundeando pelos matos sem aba.
Chegou que alcançamos a beira de um rio.
A manhã estava pousada na beira do rio desaberta moda
um pássaro.
Nessa hora já o morro encostava no sol.

Logo adiante vimos um quati a lamber um osso de ema.


A tarde crescia por dentro do mato. (b)
O lugar nos perdera de rumo.
A gente se sentia como um pedaço de formiga perdida
na estrada.

Bernardo completava o abandono.

Logo encontramos uma criame de caracóis nas areias do rio.


Quase todos os caracóis eram viúvos de suas lesmas.
Contam que os urubus, finórios, desciam naquele lugar

para degustar as lesmas vivas.(e)


Se diz que este recanto teria sido um pedaço do
Mar de Xaraiés.
Na beira da noite a gente estava sem rumo.(c)
Bernardo apareceu e disse que vento é cavalo.

Então montamos na garupa do vento e logo chegamos em casa.(d)


A mãe aflitíssima estava.
Ela cuidava de todos: lavava, passava e cozinhava para todos.
Porém à noite a mãe ainda encontrava uma horinha para o seu violino.
Ela tocava para nós Vivaldi.
E a gente ficava pendurado em lágrimas.
Um dia que outro contei para a Mãe que tinha visto

um passarinho a mastigar um pedaço de vento. A Mãe


disse outra vez: Já vem você com suas visões!(a) Isso é
travessura de sua imaginação.
É a voz de Deus que habita nas crianças, nos passarinhos
e nos tontos.
A infância da palavra.

(Adaptado de: BARROS, Manoel de. Menino do mato. Rio de Janeiro: Objetiva, 2015)

Considerando o contexto, expressa sentido de finalidade o termo sublinhado em:


a) “disse outra vez: Já vem você com suas visões!”

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b) “A tarde crescia por dentro do mato.”


c) “Na beira da noite a gente estava sem rumo.”
d) “Então montamos na garupa do vento e logo chegamos / em casa.”
e) “Contam que os urubus, finórios, desciam naquele lugar / para degustar as lesmas vivas.”

Questão 54: CEBRASPE (CESPE) - Texto CG4A1-I


O dano ambiental não apresenta um conceito previsto no ordenamento jurídico brasileiro,
provavelmente pela dificuldade de se concentrar, em uma única definição, a complexidade e a
amplitude do referido instituto, de forma a uniformizar tal ocorrência. A doutrina assevera que é a
poluição que, ultrapassando os limites do desprezível, causa alterações adversas no ambiente, e que o
fato de que ela seja capaz de provocar um desvalor ambiental merece reflexão. Assevera, ainda, que
o dano ambiental, isto é, a consequência gravosa ao meio ambiente de um ato ilícito, não se
apresenta como uma realidade simples.

Por ser reconhecida como uma atividade de significativo impacto ambiental, a mineração impõe aos
que a executam a reparação dos danos causados, já que a Constituição Federal de 1988 reconhece tal
obrigação quando afirma que “Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio
ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma
da lei”.

Assim, como a atividade do garimpo é baseada na exploração dos recursos minerais, tal obrigação
também se estende aos garimpeiros e é reiterada pela legislação, que prevê a necessidade de
recuperar as áreas degradadas por suas atividades.

Até os dias de hoje, o mercúrio ainda é utilizado de forma desordenada nas atividades minerárias. Ele
tem a função de auxiliar na separação do ouro pelo processo da amalgamação, em que o mercúrio
adere ao ouro, formando um amálgama.

Algumas consequências ambientais decorrentes da lavra garimpeira consistem na redução da


biodiversidade, na alteração da paisagem e da quantidade dos bens minerais e na ausência de
determinados seres vivos, como mamíferos e aves, pois os instrumentos utilizados no garimpo
modificam as condições ideais do hábitat desses animais, tanto no que se refere à degradação da área
quanto no tocante à poluição sonora.

Logo, uma vez que o garimpo produz impactos no meio ambiente, o garimpeiro deve pleitear a
permissão para o exercício da atividade junto ao governo federal. Essa permissão facilita o
monitoramento da área em que se desenvolverá a extração de minérios, e, posteriormente, poderá
ensejar a responsabilização de quem degradou e não recuperou a área utilizada para a mineração, o
que se faz essencial, em virtude dos impactos negativos gerados e dos danos causados ao meio
ambiente.

Internet: <http://ojs.unimar.br> (com adaptações).

A expressão “em que” (segundo período do quarto parágrafo) poderia ser substituída, com
manutenção das ideias e da correção gramatical do texto CG4A1-I, por
a) que.

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b) cujo.
c) no qual.
d) onde.
e) o qual.

Questão 55: CEBRASPE (CESPE) - Texto CG4A1-I


O dano ambiental não apresenta um conceito previsto no ordenamento jurídico brasileiro,
provavelmente pela dificuldade de se concentrar, em uma única definição, a complexidade e a
amplitude do referido instituto, de forma a uniformizar tal ocorrência. A doutrina assevera que é a
poluição que, ultrapassando os limites do desprezível, causa alterações adversas no ambiente, e que o
fato de que ela seja capaz de provocar um desvalor ambiental merece reflexão. Assevera, ainda, que
o dano ambiental, isto é, a consequência gravosa ao meio ambiente de um ato ilícito, não se
apresenta como uma realidade simples.

Por ser reconhecida como uma atividade de significativo impacto ambiental, a mineração impõe aos
que a executam a reparação dos danos causados, já que a Constituição Federal de 1988 reconhece tal
obrigação quando afirma que “Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio
ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma
da lei”.

Assim, como a atividade do garimpo é baseada na exploração dos recursos minerais, tal obrigação
também se estende aos garimpeiros e é reiterada pela legislação, que prevê a necessidade de
recuperar as áreas degradadas por suas atividades.

Até os dias de hoje, o mercúrio ainda é utilizado de forma desordenada nas atividades minerárias. Ele
tem a função de auxiliar na separação do ouro pelo processo da amalgamação, em que o mercúrio
adere ao ouro, formando um amálgama.

Algumas consequências ambientais decorrentes da lavra garimpeira consistem na redução da


biodiversidade, na alteração da paisagem e da quantidade dos bens minerais e na ausência de
determinados seres vivos, como mamíferos e aves, pois os instrumentos utilizados no garimpo
modificam as condições ideais do hábitat desses animais, tanto no que se refere à degradação da área
quanto no tocante à poluição sonora.

Logo, uma vez que o garimpo produz impactos no meio ambiente, o garimpeiro deve pleitear a
permissão para o exercício da atividade junto ao governo federal. Essa permissão facilita o
monitoramento da área em que se desenvolverá a extração de minérios, e, posteriormente, poderá
ensejar a responsabilização de quem degradou e não recuperou a área utilizada para a mineração, o
que se faz essencial, em virtude dos impactos negativos gerados e dos danos causados ao meio
ambiente.

Internet: <http://ojs.unimar.br> (com adaptações).

A coerência e a correção gramatical do texto CG4A1-I seriam mantidas caso a expressão “em virtude
dos” (último período do último parágrafo) fosse substituída por
a) dado os.

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b) em razão dos.
c) visto os.
d) devido os.
e) apesar dos.

Questão 56: CEBRASPE (CESPE) - Texto CG4A1-II


Em 13 de maio de 1888, o Estado brasileiro aboliu oficialmente a escravidão clássica, com a
assinatura, pela princesa Isabel, da Lei Áurea. Entretanto, tal ato estatal não significou sua extinção
no mundo dos fatos, pois, apesar da proibição da possibilidade jurídica de se exercer o direito de
propriedade sobre uma pessoa humana, o Estado deixou de implementar reformas sociais,
principalmente fundiárias e de inclusão social, que viabilizassem a reconstrução do país e, assim, a
superação do problema, especialmente o da reinserção da mão de obra outrora escrava no mercado de
trabalho livre e assalariado.

No período pós-abolição da escravidão clássica, as condições de miserabilidade dos escravos


recém-libertos permaneceram, especialmente pelo fato de os postos de trabalho assalariados serem
destinados aos imigrantes europeus, conjuntura essa que desenhava o perfil da escravidão
contemporânea. A fragilidade das leis que regulavam as relações de trabalho, à época, apesar de
protagonizarem a “liberdade de contratar”, sucumbia à realidade dos fatos, que submetia os
ex-escravos e demais campesinos vulneráveis à sujeição às mesmas condições de exploração
exacerbada do escravismo clássico colonial.

De forma semelhante ao retrato da escravidão do passado, a escravidão contemporânea consiste em


grave violação a direitos fundamentais, ao limitar a liberdade da pessoa humana do trabalhador,
atingindo-lhe o status libertatis e, com efeito, a sua dignidade. Vilipendia direitos mínimos e caros à
autodeterminação humana e viola valores e princípios sagrados e essenciais à sobrevivência distintiva
com relação aos seres irracionais e que alicerçam as balizas mínimas de dignidade.

A escravidão contemporânea deve ser concebida como a coisificação, o uso e o descarte de seres
humanos: o limite e o instrumento necessários para garantir o lucro máximo. Trata-se da
superexploração gananciosa do homem pela forma mais indigna possível: na escravidão dos dias
atuais, o ser humano é transformado em propriedade do seu semelhante, que está em uma posição de
classe economicamente superior – e isso ocorre a tal ponto que se anula o poder deliberativo da sua
função de trabalhador: ele pode até ter vontades, mas não pode realizá-las.

Internet: <https://acervo.socioambiental.org> (com adaptações).

No trecho “consiste em grave violação a direitos fundamentais” (primeiro período do terceiro


parágrafo do texto CG4A1-II), o termo “a” poderia ser corretamente substituído por
a) à.
b) os.
c) aos.
d) perante os.
e) contra.

Questão 57: FCM - CEFETMINAS - A questão se refere ao texto seguinte.

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Entenda como o coronavírus pode mudar até nosso


jeito de falar português

Walter Porto

O novo coronavírus veio provocar abalos na nossa relação com quase tudo em volta, inclusive com uma
ferramenta de importância que nem sempre levamos em conta – as palavras. Termos que usávamos
raramente, como quarentena e pandemia, se tornaram correntes ‒ já que pela primeira vez a nossa
geração as vive na pele ‒ e outras expressões entraram com o pé na porta no léxico do dia a dia, caso
de “distanciamento social”, “achatar a curva” e, claro, o próprio “coronavírus”.

Já outras palavras renovaram sua relevância, ganhando novos significados. “Vacina” é um anseio
coletivo para o futuro, “gripe” se tornou um termo quase politizado, “peste” veio trotando de tempos
antigos para se tornar assombrosamente atual.

O jornal britânico The Guardian conta que o dicionário Oxford teve uma atualização extraordinária no
mês passado para adicionar palavras que tomaram o discurso global e entraram de supetão na língua
inglesa, como “Covid-19”.

Tudo isso planta sementes de mudança no idioma ‒ essa entidade inquieta. Como disse o linguista
português Vergílio Ferreira, “a própria língua, como ser vivo que é, decidirá o que lhe importa
assimilar ou recusar”, cuspindo alguns arranjos novos, engolindo outros. Me resta imaginar como será
o português depois dessas reviravoltas todas.

“Suponho que o que vai pegar mesmo é o que já pegou, o corona”, diz Deonísio da Silva, escritor e
professor. “O futuro a Deus pertence, mas é difícil alguém se referir, lembra a Covid? Lembra o Sars, o
coronavírus? A gente lembrará como os tempos do corona”. O próprio modo de chamar o vírus já é
objeto de rinha política e, como lembra Sheila Grillo, “as palavras nunca são neutras, sempre trazem
um recorte da realidade”.

Segundo o professor Deonísio da Silva, o desconhecido total, como uma situação de pandemia, faz com
que aceitemos passivamente a entrada de siglas e procedimentos científicos nas falas cotidianas
“como um valor absoluto” assim como a invasão dos neologismos, “que chegam à nossa casa mudando
tudo”. “Não é possível que não tenhamos outro modo de entregar coisas em casa que não seja o
'delivery'”, afirma ele. “Outra palavra que de repente ficou indispensável é o ‘home office’, quando os
portugueses, que adaptam muito, já usam o ‘teletrabalho.’”

Grillo lembra que, no esforço de tentar explicar fenômenos novos como este, é comum fazer
empréstimos de outras línguas e atualizar termos antigos. “Alguns desses termos são impostos meio na
marra”, diz o professor Pasquale Cipro Neto. “Isso é muito chato, quando o gerente do banco fala
comigo que tem um ‘call’, que ‘call’?” E nesses tempos em que a testagem em massa tem sido um
ponto focal de discussão, outro anglicismo tem dominado as notícias, o de que fulano “testou
positivo”. “É traduzido diretamente do inglês”, diz Pasquale. “Não dá para dizer que é errado, porque
o uso legitima a expressão, apesar de não ser a sintaxe portuguesa padrão. É uma tradução literal que
vigora.”

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Enquanto estamos no nosso "lockdown" particular, pedindo delivery pelo app, assistindo a lives e
fazendo binge-watching no streaming, as palavras que usamos ganham vida, amadurecem, apodrecem.
Sem que notemos, transformam-se.

Folha de São Paulo, Ilustrada, 1º mai. 2020. Adaptado.

A colocação pronominal e o emprego correto de elementos anafóricos contribuem para a coerência e a


coesão textuais.

A esse respeito, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma.

( ) Na frase “Me resta imaginar como será o português depois dessas reviravoltas todas.”, o uso do
pronome proclítico destacado está de acordo com a língua culta.

( ) No período “... veio trotando de tempos antigos para se tornar assombrosamente atual.”, é
indiferente a colocação do pronome antes ou depois do verbo quando este vem regido da preposição
“para”.

( ) Em “... inclusive com uma ferramenta de importância que nem sempre levamos em conta – as
palavras. Termos que usávamos raramente, como quarentena e pandemia, se tornaram correntes ‒ já
que pela primeira vez a nossa geração as vive na pele.”, o pronome oblíquo anafórico em destaque
retoma o termo “correntes”.

De acordo com as afirmações, a sequência correta é


a) F, F, V.
b) F, V, F.
c) V, V, F.
d) F, V, V.
e) V, F, F.

Questão 58: MetroCapital - TEXTO

PHILIP SIDNEY (1554 – 1586)

Durante sua vida, Philip Sidney recebeu grande afeição pública e chegou a representar a essência do
cavalheirismo da época da rainha Elizabeth. De família influente, foi educado na Shrewsbury School e,
em seguida, no Christ Church, em Oxford, que abandonou antes de concluir. Tornou-se um eminente
cortesão da rainha Elizabeth I até 1580, quando caiu em desgraça por conta de uma carta infeliz para
a rainha, sendo forçado a deixar a corte por uma temporada.

Além da animada vida na corte, Sidney também era um dos maiores poetas de seu tempo e é
lembrado principalmente pelo conjunto de suas obras e pela influência que teve no desenvolvimento
da poesia inglesa. Astrophel and Stella é um de seus melhores trabalhos e uma das primeiras entre as
famosas sequências de sonetos ingleses. Foi inspirado por seu amor a Penelope Devereaux, que se
casou relutantemente com o lorde Rich em 1581. Sidney usou como base para o poema o modelo
italiano, famoso graças a Petrarca, mas alterou o esquema das rimas. Após sua saída corte, escreveu

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The Countess of Pembroke’s Arcadia, para a irmã, Mary Sidney. Romance literário com tramas
entrelaçadas baseadas em uma descrição altamente idealizada da vida pastoral, Arcadia teve grande
influência e popularidade. William Shakespeare e os dramaturgos John Day e James Shirley se
referiram à obra em seus escritos e o rei Carlos I supostamente teria feito citações desse texto pouco
antes de sua execução.

O mais importante trabalho de Sidney, porém, seria Defesas da Poesia, que enfatizava a importância
do poeta na sociedade e seus papeis artísticos específicos. Sua forma de empregar a linguagem e as
complexas teorias humanistas mescladas em sua obra serviram a Percy Bysshe Shelley, William
Wordsworth e Samual Taylor Coleridge.

(501 Grandes Escritores. São Paulo: Sextante, 2009, p. 51).

Logo no início do texto, o autor utiliza a palavra “durante”. Assinale a alternativa que apresenta sua
correta classificação gramatical:
a) preposição.
b) artigo.
c) conjunção determinante.
d) pronome.
e) verbo.

Questão 59: Instituto AOCP - O texto a seguir refere-se à questão.

CLÍNICA VIRTUAL

Empresas brasileiras criam serviços para melhorar o trabalho dos médicos

Thiago Tanji – 18 SET 2015

Um consultório médico de porte médio, com até dez profissionais, conta com aproximadamente 20 mil
cadastros de pacientes, que geram pilhas de prontuários acumuladas em caixas de papelão. Para
resolver essa questão física e transformar toda essa quantidade de dados em informações úteis para o
diagnóstico, o publicitário Tiago Delgado criou em 2012 o Medicina Direta, plataforma para criação de
sites médicos, prontuários eletrônicos e prescrições digitais de receitas. “Com um banco de dados
digital e melhor qualidade de processamento, o corpo clínico consegue transformar dados em
informações que podem ajudar no tratamento e beneficiar os pacientes”, afirma Delgado. Com mais
de 500 clientes, a empresa também desenvolveu um aplicativo para iOS e pretende lançar um serviço
para que o médico analise os exames dos pacientes diretamente na plataforma.

Outro serviço voltado para a comunidade médica foi desenvolvido em 2012 por três colegas que se
formaram em medicina na Universidade Federal Fluminense (UFF). Batizada de PEBmed, a startup já
criou 20 aplicativos que têm conteúdo direcionado a diferentes práticas de medicina, como guias de
anatomia humana e de medicamentos. Até agora, mais de 325 mil downloads foram realizados para
iOS e Android. “Os médicos vão para os plantões com um caderno de anotações, mas queremos que
eles tenham informações precisas”, diz Bruno Lagoeiro, um dos sócios da empresa. “O profissional
terá segurança na hora de checar uma dose de medicamento ou verificar um tratamento novo”.

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Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2015/09/como-odoutor-


google-esta-criando-uma-legiao-de-cibercondriacos.html. Acesso em: 10 jun. 2022.

Assinale a alternativa em que a preposição destacada tem o mesmo sentido que em “O jarro de vidro
quebrou”.
a) “[...] pilhas de prontuários acumuladas em caixas de papelão.”.
b) “Com um banco de dados digital e melhor qualidade de processamento [...]”.
c) “[...] para que o médico analise os exames dos pacientes [...]”.
d) ‘[...] para melhorar o trabalho dos médicos [...]”.
e) “[...] guias de anatomia humana e de medicamentos [...]”.

Questão 60: VUNESP -


Coisas são só coisas

Uma das criadoras do movimento Simplicidade Voluntária, Vicki Robin, critica rigorosamente o
consumismo desenfreado e afirma: “Estamos vivendo a doença do muito.” Quem tem suas
necessidades básicas asseguradas e pode consumir além do que precisa é o que mais sofre dessa
doença.

Segundo Vicki, nos países mais ricos, as pessoas com acesso ao consumo estão viciadas no excesso. Vão
comprando. E vão acumulando. Num dia é um travesseiro; no outro, o sapato que vai sair uma única
vez do armário.

Surgem depois a roupa de marca, o azeite importado, o carro do ano, o eletrodoméstico mais moderno
– e mais um armário na casa para acomodar o que se compra.

O que leva muita gente a consumir é a falta de contato com as próprias coisas. A pessoa se esquece do
que tem e, com a sensação de não ter, acaba comprando mais. Estímulos não faltam: nunca houve
tanta oferta e tanta facilidade para pagar. Outro aspecto que interfere muito é o uso cada vez menor
do dinheiro vivo como forma de pagamento, o que contribui para estimular compras desnecessárias.
Ao pagar com cartões, a pessoa não sente que está gastando.

Na base do consumo exagerado está a insatisfação permanente do ser humano, a sensação de que
sempre falta algo. Queremos o que não temos, mas, assim que passamos a ter, aquilo já não nos
interessa mais.

Ao refletirmos profundamente a respeito do consumismo, podemos entender que é muito mais


importante investir nos relacionamentos pessoais – amigos, filhos, colegas de trabalho – pois são eles
que nos enriquecem verdadeiramente.

Porque a relação com o consumismo é clara: quanto mais pobre for nossa vida interior, mais
sentiremos necessidade de ter coisas.

(Leila Ferreira. A arte de ser leve. São Paulo: Globo, 2010. Adaptado)

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No trecho do parágrafo – … e mais um armário na casa para acomodar o que se compra. –, a palavra
destacada estabelece sentido de
a) adição.
b) oposição.
c) causa.
d) tempo.
e) finalidade.

Questão 61: VUNESP -

(Bill Watterson. O essencial de Calvin e Haroldo. São Paulo: Conrad, 2018)

Assinale a alternativa em que a preposição “de” possui o mesmo valor encontrado em “Você veio de
Taiwan” (4o quadro).
a) Toda a família veio de carro para o aniversário.
b) Aquele funcionário acabou saindo de férias na última semana.
c) De quem é a culpa pelo atraso nas obras?
d) O prefeito de São Paulo não foi reeleito este ano.
e) Eles voltaram de lá muito contentes com a experiência.

Questão 62: VUNESP -


Velhas cartas

“Você nunca saberá o bem que sua carta me fez…” Sinto um choque ao ler esta carta antiga que
encontro em um maço de outras. Vejo a data, e então me lembro onde estava quando a recebi. Não
me lembro é do que escrevi que fez tanto bem a uma pessoa.

Agora folheio outras cartas de amigos e amigas; são quase todas de apenas dois ou três anos atrás.
Mas, como isso está longe! Sinto-me um pouco humilhado pensando como certas pessoas me eram
necessárias e agora nem existiriam mais na minha lembrança se eu não encontrasse essas linhas
rabiscadas em Londres ou na Suíça. “Cheguei neste instante; é a primeira coisa que faço, como
prometi, escrever para você, mesmo porque durante a viagem pensei demais em você…”

Isto soa absurdo a dois anos e meio de distância. Não faço a menor ideia do paradeiro dessa mulher de
letra redonda; ela, com certeza, mal se lembrará do meu nome.

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E esse casal, santo Deus, como era amigo: fazíamos planos de viajar juntos pela Itália; os dias que
tínhamos passado juntos eram “inesquecíveis”. Essa que se acusa e se desculpa de me haver
maltratado, mas eu não me lembro de mágoa nenhuma, seu nome é apenas para mim uma doçura
distante.

Imagino que em algum lugar do mundo há alguém que neste momento remexe, por acaso, uma gaveta
qualquer, encontra uma velha carta minha, passa os olhos por curiosidade no que escrevi, hesita um
instante em rasgar, e depois a devolve à gaveta com um gesto de displicência, pensando, talvez: “é
mesmo, esse sujeito onde andará? Eu nem me lembrava mais dele…”

E agradeço a esse alguém por não ter rasgado a minha carta: cada um de nós morre um pouco quando
alguém, na distância e no tempo, rasga alguma carta nossa, e não tem esse gesto de deixá-la em
algum canto, essa carta que perdeu todo o sentido, mas que foi um instante de ternura, de tristeza,
de desejo, de amizade, de vida – essa carta que não diz mais nada e apenas tem força ainda para dar
uma pequena e absurda pena de rasgá-la.

(Rubem Braga. A traição das elegantes. Rio de Janeiro: Editora Record, 1982)

Considere os seguintes trechos do texto:


∙ Não me lembro é do que escrevi que fez tanto bem a uma pessoa


∙ … tem força ainda para dar uma pequena e absurda pena de rasgá-la

No contexto em que estão empregados, os vocábulos destacados expressam, respectivamente, as


ideias de
a) finalidade; causa.
b) intensidade; finalidade.
c) instrumento; modo.
d) modo; direção.
e) causa; intensidade.

Questão 63: Marinha - TEXTO 02

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"Nascer, reproduzir,
morrer - eis o ciclo
da vida. Mas isso é
só por enquanto.
A ciência está
trabalhando para que
ninguém mais morra
de velho. E é possível
que dê tempo de
você entrar nessa."

CAPA DA REVISTA SUPER INTERESSANTE.


Disponível em: <http://diariodefarmacia201 O .blogspot. com/201 O/OS/imortalidade. html> (adaptado) Acesso em 27 nov 2021.

Observe o trecho do texto 2:

"A ciência está


trabalhando para que
ninguém mais morra
de velho."

Assinale a opção em que a preposição sublinhada tem o mesmo sentido do termo destacado no trecho
acima.
a) A criança estava trêmula de frio.
b) Ganhou uma correntinha de ouro.
c) O sacerdote falou de amor.

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d) É uma pessoa rica de virtudes.


e) Esta casa é de meu pai.

Questão 64: Marinha - TEXTO 4


A Beleza Total

A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a própria Gertrudes. Os espelhos pasmavam diante de
seu rosto, recusando-se a refletir as pessoas da casa e muito menos os visitantes. Não ousavam
abranger o corpo inteiro de Gertrudes. Era impossível, de tão belo, e o espelho do banheiro, que se
atreveu a isto, partiu-se em mil estilhaços.

A moça já não podia sair á rua, pois os veículos paravam á revelia dos condutores, e estes, por sua
vez, perdiam toda a capacidade de ação. Houve um engarrafamento monstro, que durou uma semana,
por mais que Gertrudes houvesse voltado logo para casa.c

O Senado aprovou leis de emergência, proibindo Gertrudes de chegará janela. A moça vivia confinada
num salão em que só penetrava sua mãe, pois o mordomo se suicidara com uma foto de Gertrudes
sobre o peito.d

Gertrudes não podia fazer nada. Nascera assim, este era o seu destino fatal: a extrema beleza. E era
feliz, sabendo-se incomparável. Por falta de ar puro, acabou sem condições de vidab, e um dia cerrou
os olhos para sempre. Sua beleza saiu do corpo e ficou pairando, imortal. O corpo já então enfezado
de Gertrudes foi recolhido ao jazigoa, e a beleza de Gertrudes continuou cintilando no salão fechado a
sete chaves.e

ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: José Olympio, 1985. (Com adaptações).

Assinale a opção correta que apresenta, entre parênteses, o valor semântico da preposição
sublinhada.
a) "[ ... ] O corpo já então enfezado de Gertrudes foi recolhido ao jazigo, [ ... ]" (direção a um limite
no tempo)
b) "[ ... ] Por falta de ar puro, acabou sem condições de vida[ ... ]" (companhia).
c) "[ ... ] por mais que Gertrudes houvesse voltado logo para casa." (finalidade).
d) "[ ... ] pois o mordomo se suicidara com uma foto de Gertrudes sobre o peito." (posição de
inferioridade em relação a um limite)
e) "[ ... ] Gertrudes continuou cintilando no salão fechado a sete chaves." (posição interior no
espaço).

Questão 65: IDECAN -


Por que é importante diversidade no sequenciamento genético

Se houvesse um ranking de fatores que unem os indivíduos ao redor do mundo, sem dúvida o DNA
estaria no topo: 99,9% das sequências de DNA humano são idênticas entre si.

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O monge e cientista austríaco Gregor Johann Mendel (1822-1884) foi o primeiro a sugerir que certos
"fatores invisíveis" eram responsáveis pelas diversas características humanas. Sabe-se hoje que tais
fatores são os genes, compostos de ácido desoxirribonucleico, ou DNA.

Essas moléculas de ácido dão instruções genéticas aos seres vivos. Mas se os humanos compartilham
tanto do mesmo material genético, por que a diversidade é importante no contexto de seu
sequenciamento?

Para entender isso, deve-se mudar o foco para o 0, 1% de diferença entre as sequências de DNA. Essa
diferença aparentemente pequena decorre das variações existentes entre os 3 bilhões de pares de
bases (ou nucleotídeos) que compõem o genoma humano.

Todas as características que distinguem os seres humanos entre si, incluindo altura e cor dos olhos ou
cabelo, se devem a essas variações. Mas vai além: ao longo dos anos, cientistas descobriram que essas
variações também podem fornecer informações vitais sobre o risco de um indivíduo ou população
desenvolver uma doença especifica.

Assim, pode-se usar a avaliação de risco dos dados genéticos para projetar uma estratégia de saúde
adaptada ao Indivíduo ou à região.

Em consultas médicas, é comum o paciente ter que preencher formulários sobre o histórico de saúde
de seus pais e familiares. Se um dos pais for diabético, por exemplo, recomenda-se que o filho fique
longe de doces e açúcares processados.

Embora a transferência de doenças cardíacas, câncer e diabetes entre as gerações seja mais
conhecida, existem muitas outras doenças que podem ser herdadas geneticamente.

Por exemplo, sabe-se que a anemia falciforme ocorre quando se herdam duas cópias anormais do gene
que produz a hemoglobina (proteína dos glóbulos vermelhos do sangue), uma de cada genitor.

Nas últimas décadas, a pesquisa genética avançou a ponto de os cientistas conseguirem isolar os genes
responsáveis por muitas doenças. Mas aqui está o problema: a ciência tem conhecimento dessa
correlação entre genes e doenças aplicado a uma população muito restrita.

Sarah Tishkoff, geneticista e bióloga evolutiva da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, é
uma entre muitos cientistas que pressionam por conjuntos de dados genômicos mais diversos.

É problemático, por exemplo, se um "estudo focado em indivíduos com ascendência europeia


identificar variantes genéticas associadas ao risco de doenças cardíacas ou diabetes, e usar essa
informação para prever o risco de doenças em pacientes não incluídos no estudo original".

"Sabemos por experiência que essa previsão de risco de doença não funciona bem quando aplicada a
indivíduos com diferentes ascendências, principalmente se tiverem ascendência africana", explica
Tishkoff.

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Historicamente, quem fornece seu DNA para pesquisa genômica é predominantemente de ascendência
europeia, "o que cria lacunas no conhecimento sobre os genomas no resto do mundo", registra o
Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano (NHGRI, na sigla em inglês), nos EUA.

Segundo a instituição, 87% de todos os dados de genoma disponíveis no mundo são de ascendência
europeia, seguidos por 10% de asiáticos e 2% de africanos.

Como resultado, os potenciais benefícios da pesquisa genética, que inclui diagnóstico precoce e
tratamento de várias doenças, podem não beneficiar as populações sub-representadas.

O problema não acaba na avaliação do risco de doença. Também leva à desigualdade nos cuidados
médicos, diz Jan Witkowski, professor da Escola de Pós-Graduação em Ciências Biológicas do
Laboratório Cold Spring Harbor, no estado de Nova York, EUA.

"Digamos que existam dois grupos, A e B, que são muito diferentes. O conhecimento e as informações
que se aprende sobre o grupo A podem não se aplicar ao grupo B. Imagine desenvolver tratamentos
médicos para todos, baseados apenas nas informações do grupo A. Não vai funcionar no grupo B."

Ao incluir diversas populações nos estudos genômicos, pesquisadores podem identificar variantes
genômicas associadas a várias configurações de saúde, tanto no nível individual quanto populacional.

Segundo o instituto NHGRI, contudo, diversificar os participantes na pesquisa genômica é caro e exige
o estabelecimento de relações de confiança e de respeito no longo prazo entre as comunidades e os
pesquisadores.

(Sushmitha Ramakrishnan. https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2022/07/por-


que-e-importante-diversidade-no-sequenciamento-genetico.shtml. 25.Jul.2022)

Em consultas médicas, é comum o paciente ter que preencher formulários sobre o histórico de saúde
de seus pais e familiares.

No período acima, é correto afirmar que há


a) três preposições.
b) quatro preposições.
c) cinco preposições.
d) seis preposições.
e) sete preposições.

Questão 66: FGV - Texto

Além de ter palmeiras onde canta o sabiá, minha terra tem um monumento muito visitado. E para
chegar até o Cristo Redentor, uma das maneiras mais práticas é pegar o trenzinho que sobe até o topo
do Corcovado, através de um trilho que atravessa a floresta.

Em um dos trechos, o trem segue mata adentro até fazer uma curva, na qual um clarão na mata e o
vão das alturas descortinam uma vista deslumbrante. É a Cidade Maravilhosa vista de cima.

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O trecho ficou conhecido como “A curva do ohhhh”, em função da representação onomatopeica da


interjeição, produzida pelos turistas que seguem no trem rumo à estátua mais famosa do Brasil. Tão
certo como encontrar o Redentor de braços abertos é escutar o “ohhhhhh” em uníssono, expressado
pelos passageiros rumo ao Cristo.

Em Paris, acontece algo semelhante na linha 6 do metrô. Durante a ligação entre as estações de
Bir-Hakeim e Passy, o trem passa por cima do rio Sena, atravessando a ponte Bir-Hakeim na superfície.
A Torre Eiffel, exibida que é, aparece toda frondosa e não há passageiro que resista.

Não chega a ser um “ohhhh” tão expressivo quanto acontece sobre os trilhos cariocas, mas já vi
mesmo o mais concentrado ou sisudo francês largar um livro, parar de mexer no celular ou
simplesmente desviar um pouco os pensamentos e dar uma espiadinha na velha dama de ferro
imponente.

(Somos todos turistas – Crônicas de Paris. Disponível em https://cronicasdeparis.com/index.php/2017/07/02/somos-todos-turistas/)

“Além de ter palmeiras onde canta o sabiá, minha terra tem um monumento muito visitado. E para
chegar até o Cristo Redentor, uma das maneiras mais práticas é pegar o trenzinho que sobe até o topo
do Corcovado, através de um trilho que atravessa a floresta.”

Assinale a opção que indica a afirmativa correta sobre um dos termos sublinhados.
a) “além de” traz ideia de “lugar”.
b) “para” indica direção.
c) “até” dá ideia de “inclusão”.
d) os dois “quês” mostram o mesmo antecedente.
e) “através de” tem ideia de “meio”.

Questão 67: FGV - Texto

Má educação dos turistas em templos e bares irrita japoneses

“Os japoneses estão irritados com o comportamento de turistas que visitam templos, fontes sagradas e
até mesmo lojas em Tóquio. A falta de educação dos visitantes, que sobem em telhados, levam sua
própria comida para locais que vendem alimentos e usam qualquer coisa como cinzeiro tira do sério
quem vive no local.

O templo de Nanzoin em Sasaguri, Fukuoka, deixou claro, em cartazes feitos em nada menos que 12
idiomas, para não-japoneses ficarem longe, após uma série de advertências verbais aos turistas.
Alguns dos visitantes tocaram música alta, mergulharam em uma cachoeira sagrada e um subiu no
telhado para tirar melhores fotos.

No Izakaya Bar, em Kyoto, o dono perdeu a paciência ao ver os turistas trazendo comida para consumir
em suas mesas, usando os pratos como cinzeiros e sacudindo suas cinzas de cigarro no chão. A solução
foi fingir que está lotado quando vê grupos com mais de cinco turistas se aproximando.

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Em 2016, uma mulher invadiu uma área proibida no Parque Ueno, em Tóquio, enquanto outras foram
vistas no Parque do Castelo de Osaka, arrancando flores para colocar nos cabelos. Em 2018, o Japão
recebeu 31,2 milhões de visitantes estrangeiros.”

(https://casavogue.globo.com/LazerCultura/Viagem/noticia/2019/03/ma-educacao-dos-turistas-em-templos-e-bares-irrita-japonese
s.html. Acesso em 03/08/2022.)

Analise o segmento de texto a seguir.

“Os japoneses estão irritados com o comportamento de turistas que visitam templos, fontes sagradas e
até mesmo lojas em Tóquio. A falta de educação dos visitantes, que sobem em telhados, levam sua
própria comida para locais que vendem alimentos e usam qualquer coisa como cinzeiro tira do sério
quem vive no local.”

Assinale a opção em que a preposição destacada é uma exigência de um termo anterior.


a) com.
b) de.
c) em.
d) dos.
e) para.

Questão 68: FUNDEP - Assinale a alternativa em que a palavra destacada é uma preposição.
a) Um francês que ganha a vida com campeonatos de League of Legends continuará dizendo que é
um pro-gamer.
b) O motivo das reações distintas foi a aprovação, na Câmara dos Deputados, do projeto de lei que
regulamenta o homeschooling no Brasil.
c) No Brasil, a maioria dos pais é contra o que o Congresso acaba de aprovar.
d) Sem os vikings, a trajetória histórica desses lugares poderia ter sido bem diferente.
e) Acontece que a Era Viking parece tomar fôlego numa época em que a economia do norte da
Europa começa a ter uma fase de crescimento.

Questão 69: AVANÇASP -


João Branco: O que aprendemos com o Homem-Aranha sobre trabalho

A história de Peter Parker com seu novo uniforme,


que tem mais ferramentas que o parasita, é um
alerta para o desequilíbrio no trabalho.

João Branco 18 de março de 2022

Você recebeu uma proposta de trabalho. Vai continuar fazendo o mesmo tipo de função que sabe
fazer, mas de uma nova forma: com ferramentas mais modernas e novos recursos que prometem
aumentar muito a sua produtividade. Nessa nova vaga seria possível causar um impacto ainda maior,
gerar mais resultados e, provavelmente, ter uma sensação maior de realização no seu emprego.
Parece muito interessante. Se essa história fosse um filme, como você acha que seria o final?

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Roteiristas profissionais sabem que um dos ingredientes mais importantes para uma bilheteria de
sucesso é a criação de uma sensação de “eu me vejo nessa história” no público. As relações familiares
da série “This is us”, as tramas da novela “Avenida Brasil” ou o desafio de criar uma criança cheia de
energia do desenho “Masha e o Urso” são bons exemplos de roteiros que conseguem retratar situações
que nos representam, ainda que através de personagens totalmente diferentes de nós. Repare que isso
acontece em toda história que chamou a sua atenção. Existe muito mais esforço do que você imagina
na criação de peças de comunicação, shows, entretenimento e até propagandas. Todos estão
tentando, o tempo todo, criar um vínculo especial com você. E fazem isso intencionalmente
mostrando um Bart Simpson que tenha um toque de rebeldia que talvez você gostaria de extravasar.
Ou colocando na rainha Elsa, do filme Frozen, um peso de “responsabilidade” parecido com o que
você sente no dia a dia.

É nesse contexto que os filmes recentes do Homem-Aranha me chamaram a atenção. Peter Parker
descobriu um uniforme novo, uma versão preta, que traz vários benefícios. A nova versão é mais
resistente e consegue se regenerar sozinha se for rasgada. Também produz a própria teia,
economizando tempo com os fluidos e lançadores. Isso sem falar que esse novo uniforme é capaz de se
transformar em qualquer roupa. É como a primeira situação desse texto. O personagem encontrou
uma forma muito mais produtiva de realizar o seu trabalho. Parece legal, não? Mas a realidade foi bem
diferente. Depois que virou o Homem-Aranha com a roupa preta, Peter ficou estafado. O tempo todo.
Seu trabalho já era cansativo, mas agora estava muito pior. Algo mudou. E com o tempo ele descobriu
que o uniforme tinha “vida própria”. À noite, mesmo dormindo, a roupa o fazia sair pela janela
lançando teias por aí. E não o deixava descansar. Na ficção eles perceberam que a sua ferramenta de
trabalho era um simbionte, uma espécie de parasita que começou a tomar controle sobre a pessoa.

Vamos tirar todo o efeito Hollywood dessa história por um instante? Estamos falando de uma situação
em que alguém se sente “aprisionado” pelo seu emprego. Alguém que está muito cansado, que não se
sente mais no controle. Parece que o trabalho tem os seus próprios propósitos e que nós estamos
apenas seguindo o que ele nos manda fazer como se fôssemos zumbis. Essa metáfora não estaria em
um longa-metragem da Marvel se não gerasse identificação em muita gente. E leva a uma reflexão
importante: é você que tem o seu trabalho ou é o seu trabalho que tem você?

Trabalhar é algo necessário e ser produtivo traz sentimentos de satisfação. Buscar ferramentas e
recursos que nos tornem mais eficientes pode dar um turbo positivo nisso tudo. Mas existe um limite
onde a nossa atividade profissional deixa de ser algo que nos serve para se transformar em algo que
recebeu uma prioridade maior do que deveria. Esse limite se percebe pelo cansaço excessivo, pelo
desequilíbrio com as outras áreas da vida e pela sensação de piloto automático. E isso pode acontecer
até mesmo em quem tem um trabalho tão importante quanto o de um super-herói.

Como está a sua relação com a sua carreira? É o seu emprego que está decidindo se você deve ou não
ficar casado? É o trabalho que define se você pode ter filhos? É a sua profissão que te “obriga” a tomar
remédios antidepressivos? Talvez você esteja usando o uniforme mais “moderno” do Peter Parker.

Para ajudar a “salvar o mundo” ou fazer qualquer outro tipo de trabalho bem-feito, primeiro é preciso
estar bem. Com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades. Mas não deixe que venha também
uma grande dor de cabeça maior do que você pode suportar.

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João Branco é CMO do McDonald’s.


linkedin.com/in/falajoaobranco / Instagram @falajoaobranco

BRANCO, João. O que aprendemos com o Homem-Aranha


sobre trabalho? Forbes Brasil, 18 de março de 2022.
Colunas. Disponível em:
https://forbes.com.br/colunas/2022/03/joao-branco-o-que
-aprendemos-com-o-homem-aranha-sobre-trabalho/.

Em qual das sentenças abaixo a preposição destacada veicula a ideia apresentada entre os parênteses?
a) Os prédios dos empresários japoneses estão passando por reforma. (causa)
b) Viemos de trem até a cidade porque a passagem do ônibus estava mais cara. (meio)
c) Deixei a toalha molhada sobre a cama, e a umidade mofou o colchão. (assunto)
d) Após os votos, os noivos puderam curtir a festa sem grandes preocupações. (anterioridade)
e) Passear com os cachorros à tarde pode ser um ótimo remédio para o tédio. (instrumento)

Questão 70: FGV - A frase a seguir em que a preposição DE tem valor gramatical ou relacional e não
simplesmente um valor nocional, é:
a) Diploma universitário: aquilo que não serve para nada e ainda faz você ´perder a carteirinha de
estudante.
b) Educação é uma descoberta progressiva de nossa própria ignorância.
c) Nós temos uma regra geral em que cada caso será tratado de forma diferente;
d) Planejamento de longo prazo não lida com decisões futuras, mas com o futuro de decisões
presentes.
e) Um bom lugar para começar é de onde você está.

Questão 71: AVANÇASP - No excerto a seguir, observe o emprego da preposição EM nas expressões
indicadas entre os colchetes.

"Quando a nave Cassini, da Nasa, mergulhou [na atmosfera do planeta] para finalizar, [em 2017], sua
missão que já durava 20 anos, ela se aprofundou [no planeta] e [em seus anéis]. O último ato antes da
desintegração foi medir precisamente a quantidade de material nos anéis de Saturno já que saber das
densidades permite aos cientistas estabelecer a idade dos anéis."

STRICKLAND, Ashley. Anéis de Saturno não surgiram


junto ao planeta, diz estudo. CNN Brasil, 17 de abril de 2022.
Tecnologia. Disponível
em: https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/aneis-de-saturno-nao-surgiram-junto-ao-planeta-diz-estudo/.

Sobre as ocorrências de EM no fragmento apresentado, pode-se afirmar que


a) uma delas tem um sentido diferente das demais.
b) duas delas têm sentidos diferentes das demais.
c) três delas têm sentidos opostos aos das demais.
d) todas elas apresentam sentidos diferentes entre si.
e) todas elas veiculam o mesmo sentido.

Questão 72: AVANÇASP -


GaláxiaHidr

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Telescópio sul-africano detecta laser de ondas de rádio, chamado megamaser

Megamasers são criados quando duas galáxias colidem uma com a outra

Disponível em:
https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/telescopio-sul-
africano-detecta-laser-de-ondas-de-radio-chamado-
megamaser/..

As duas preposições utilizadas no título da notícia veiculam, em conjunto com a construção


substantiva subsequente, um sentido de
a) lugar de origem.
b) posse.
c) ponto de chegada.
d) material.
e) assunto.

Questão 73: Instituto Consulplan -


Culto do espelho

Um dos produtos mais curiosos da indústria cultural digital é a chamada selfie, autorretrato feito com
celular que virou mania geral. Em lugares públicos e privados, o usuário, como quem porta um
espelho, vira a câmera do telefone para o próprio rosto e, “espelho, espelho meu”, descobre por meio
das redes sociais que não existe no mundo ninguém mais bonito do que “eu”.

O autorretrato foi prática comum na história da pintura e da fotografia. Hoje em dia ele é hábito de
quem tem um celular à mão. Em qualquer dos casos, a ação de autorretratar‐se diz respeito a um
exercício de autoimagem no tempo histórico em que técnicas tradicionais como o óleo, a gravura, o
desenho foram a base das representações de si. Hoje ele depende das novas tecnologias que, no
mundo dos dispositivos, estão ao nosso alcance de forma mais simples.

Não se pode dizer que a invenção da fotografia digital tenha intensificado apenas quantitativamente a
arte de autorretratar‐se. Selfie não é fotografia pura e simplesmente, não é autorretrato como os
outros. A selfie põe em questão uma diferença qualitativa. Ela diz respeito a um fenômeno social
relacionado à mediação da própria imagem pelas tecnologias, em específico, o telefone celular. De
certo modo, o aparelho celular constitui hoje tanto a democratização quanto a banalização da
máquina de fotografar; sobretudo, do gesto de fotografar.

O celular tornou‐se, além de tudo o que ele já era, enquanto meio de comunicação e de subjetivação,
um espelho. Nosso rosto é o que jamais veremos senão por meio do espelho. Mas é o rosto do outro
que é nosso primeiro espelho. O conhecimento de nosso próprio rosto surge muito depois do encontro
com o rosto do outro. Em nossa época, contudo, cada um compraz‐ se mais com o próprio rosto do que
com o alheio. O espelho, em seu sentido técnico, apenas nos dá a dimensão da imagem do que somos,
não do que podemos ser. Ora, no tempo das novas tecnologias que tanto democratizam como
banalizam a maior parte de nossas experiências, talvez a experiência atual com o rosto seja a de sua
banalização.

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O autorretrato do tipo selfie não seria possível sem o dispositivo dos celulares e suas câmeras
fotográficas capazes de inverter o foco na direção do próprio autor da foto. Celular como espelho, a
prática da selfie precisa ser pensada em relação à atual experiência com a imagem de si. Ora, a
autoimagem foi, desde sempre, fascinante. Daí o verdadeiro culto que temos com os espelhos. Assim é
que Narciso é o personagem da autoadmiração, que em um grau de desmesura, destrói o todo da vida.
Representante da vaidade como amor à máscara que todos necessariamente usamos para
apresentarmo‐nos uns diante dos outros, Narciso foi frágil diante de si mesmo. Não escaparemos dessa
máscara e de seus efeitos perigosos se não meditarmos no sentido do próprio fato de “aparecer” em
nosso tempo. Por trás da máscara deveria haver um rosto. Mas não é esse que o espelho captura.

Um julgamento de valor no caso da hiperexposição dos rostos seria mero moralismo se não colocasse
em jogo um dos valores mais importantes de nossa época, o que Walter Benjamin chamou de “valor de
exposição”. Somos vítimas e reprodutores de sua lógica. No tempo da exposição total criamos a
dialética perversa entre amar a própria imagem, sermos vistos e acreditarmos que isso assegura, de
algum modo, nosso existir. No tempo da existência submetida à aparência, em que falar de algo como
“essência” tem algo de bizarro, talvez com a selfie fique claro que somos todos máscaras sem rosto e
que este modo de aparecer seja o nosso novo modo de ser.

(Marcia Tiburi. Culto do espelho. Selfie e narcisismo contemporâneo.


Revista Cult. Edição 194. Adaptado.)

Considerando o título do texto “Culto do espelho”, é possível afirmar que a relação estabelecida pela
preposição assinalada expressa ideia de:
a) Posse.
b) Destino.
c) Assunto.
d) Finalidade.

Questão 74: IBFC - Texto

Uma câmera na mão e uma pergunta na cabeça: “Como seria a vida dos cães de moradores de rua?”
Foi assim que o inquieto e curioso fotógrafo Edu Leporo, de São Paulo, especialista em retratos de
animais em estúdio, iniciou sua nova jornada rumo à solidariedade.

Voltando de um trabalho, encontrou uma família de moradores de rua com três cães. Abordou-os e, no
fim dos breves cliques, descobriu que o casal estava indo para a avenida Paulista. “Vão fazer o que
lá?”, perguntou Leporo. “Vamos ao McDonald’s. Nossos cachorros gostam do sorvete de lá”, contou a
dupla, que dividia o pouco que arrecadava com a venda de latinhas de alumínio com os seus bichinhos.

Era 2012 e aquela experiência nunca mais sairia da memória do fotógrafo. Tanto que a descoberta
deste universo de afeto e respeito tornou-se combustível para o Moradores de Rua e Seus Cães (MRSC),
projeto que nasceu oficialmente em 2015, também na capital paulista.

Uma foto daquela dupla com seus cães foi publicada nas redes sociais de Leporo, gerando imenso
interesse e comoção. O fotógrafo notou que, além de elogiar a beleza do clique, havia quem quisesse
saber mais sobre os bastidores daquela imagem.

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Era isso! Para dar visibilidade àquelas pessoas e a seus cães, alvos de inúmeros preconceitos, era
preciso narrar as suas histórias. E foi assim, de clique em clique, que Leporo observou que, onde falta,
por vezes comida e cobertor, transbordam amor e companheirismo.

“Um cachorro é, às vezes, o único vínculo que o morador de rua consegue ter com a sociedade. É com
ele que tem amor, carinho e respeito”, afirma o fotógrafo, que já se deparou com histórias como a de
seu José, morador da praça João Mendes, na região central de São Paulo, que viveu mais de 45 anos
nas ruas, 14 deles ao lado do pequeno Duque. [...]

(Revista Ocas, edição nº119, 2019)

Em “Para dar visibilidade àquelas pessoas e a seus cães” (5º§), ocorrem duas ocorrências da preposição
“a”. Sobre elas, é correto afirmar que:
a) um dos casos exemplifica uma ocorrência facultativa de crase.
b) ilustram, sintaticamente, uma exigência de regência do verbo “dar”.
c) o plural do pronome demonstrativo explica a ocorrência da crase.
d) introduzem o complemento preposicionado do substantivo “visibilidade”.

Questão 75: Instituto Consulplan - Texto

Cancelar palavras para não cancelar pessoas

Li um texto em defesa do uso da palavra “denegrir”, lançando mão de um tratado etimológico quase
“iluminista” para dizer que o termo não tem uma origem racista. Não deixa de me espantar a
quantidade de pessoas brancas que se dizem cansadas do “politicamente correto”, cansadas de ter de
trocar de palavras e “se censurar”. Li os comentários com profundo espanto. Será que não
entenderam que algumas palavras podem machucar uma quantidade imensa de pessoas?

Foi na sala de aula de Rita Segato que aprendi que “raça é signo”. Nessa frase que dá nome a um de
seus mais importantes textos, ela responde a algumas perguntas contrárias às cotas raciais, sendo a
primeira: “como é possível falar em cotas raciais se faz tempo já que a biologia e a antropologia
aboliram a raça como uma categoria válida?”, ao que responde, com perplexidade, que “somente as
representações sociais têm status existencial de realidade num universo plenamente simbólico como é
o humano”.

Trocando em miúdos, o fato de sabermos que as raças não existem biologicamente, que são uma mera
questão de melanina não acaba com o racismo, e não acaba porque somos seres sociais, porque fomos
socializados num mundo que escalona as cores da pele. Mesmo que as ciências tenham avançado e
tenhamos descoberto que não há que se falar biologicamente em raças, a raça segue existindo. O
racismo está no olhar que enquadra e deprecia, está também na insistência de palavras que
machucam, está às vezes em lugares quase invisíveis que sustentam todo um arcabouço opressivo,
assassinando pessoas diuturnamente, física e simbolicamente.

Mesmo que uma palavra tenha tido uma origem não racista, ou mesmo uma origem racista, eu diria
que, independentemente da origem da palavra, é preciso fazer sua leitura hoje, no contexto atual, no

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mundo simbólico onde ela transita. Se ela machuca um grupo de pessoas, não há razão para insistir em
seu uso.

Mas vamos combinar que substituir “denegrir” ou mesmo “judiar” não são tarefas atlânticas. A coisa
boa das palavras é que há muitas, e sempre surgem novas palavras e modos de dizer. E não, isso não é
um mero “cancelamento” de palavras. Ao contrário, insistir em palavras que agridem é insistir no
“cancelamento” de pessoas. Militar pela abolição de palavras que machucam pessoas e grupos de
pessoas é um ativismo importantíssimo e tampouco deve ser confundido com censura. Basta um pouco
de bom senso, razoabilidade e sensibilidade.

Tem gente que ainda usa “o homem” para designar todos os seres humanos, a humanidade, achando
irrelevante o seu caráter excludente para as mulheres, metade da população do país. Tem gente que
insiste em usar a palavra “retardado”, esquecendo de seu poder ofensivo para pessoas com
deficiência. Tem gente à beça que ainda não se deu conta da importância de modificarmos o nosso
jeito de falar, de retificarmos nossos textos para “desgenerificar”, “desracializar”, etc., porque sem
modificar a língua, essa graúda “ferramenta do senhor”, não vamos “derrubar a casa grande”, como
diria a poeta Audre Lorde.

A língua está viva. A história e a etimologia nos mostram também que muitas palavras morreram e
outras tantas nasceram, porque a língua é assim, não está morta e cimentada, e sobretudo, precisa
estar aberta para que as palavras possam representar e traduzir a vida, seus processos, suas lutas e
transformações sociais. Querendo ou não, a língua é já uma metamorfose ambulante, como a vida.
Querer estancá-la e mantê-la inflexível é destruí-la, não o contrário.

Em pleno século XXI faz sentido insistirmos em vocabulários e modos linguísticos excludentes, onde
nem todes se sentem representades? E dizer, ainda, que a linguagem neutra é feia? Tem gente que
acha feio porque não se acostumou. Feio é excluir, feio é insistir em palavras que ferem.

Que a língua, essa metamorfose ambulante, possa, antes tarde do que mais tarde, abarcar todes que a
usam. Encontremos formas de inventar novas palavras e tornar outras mais belas, como disse
Drummond. Busquemos a ética na (est)ética de nossas palavras e textos. Confabulemos com urgência
novas metáforas de claridade e escuridão, porque está tudo tão sufocantemente branco que a
brancura queimou nossos neurônios. É preciso escurecer para perceber. Como disse Manoel de Barros,
“às vezes ao poeta faz bem desexplicar – tanto quanto escurecer acende os vagalumes”.

(GONTIJO, Danú. Cancelar palavras para não cancelar pessoas. Jornal Nexo, 2022.
Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/ensaio/2022/Cancelar-palavras-
para-n%C3%A3o-cancelar-pessoas. Acesso em: 19/08/2022. Adaptado.)

Em qual fragmento a seguir o valor semântico da preposição destacada NÃO foi adequadamente
indicado?
a) “Li os comentários com profundo espanto.” (1º§) [COM = MODO]
b) “Foi na sala de aula de Rita Segato que aprendi [...]” (2º§) [DE = LUGAR]
c) “[...] não há que se falar biologicamente em raças[...]” (3º§) [EM = ASSUNTO]
d) “[...] porque sem modificar a língua, essa graúda ‘ferramenta do senhor’[...]” (6º§) [SEM =
AUSÊNCIA]

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Questão 76: FGV - Nas frases abaixo, foi empregada a preposição COM, com valor nocional.

Assinale a frase cujo valor semântico da preposição está corretamente indicado.


a) Ler um livro, para mim, é ausentar-me com o autor / modo.
b) O livro é um pássaro com mais de cem asas para voar / companhia.
c) Decidi sair do jogo enquanto estou com a bola, em vez de esperar que ela me escape / estado.
d) Quando você possuiu um livro com mente e espírito, você enriqueceu / tempo.
e) Fotografe com a cabeça e não só com a câmera: seja repórter 24h por dia / matéria.

Questão 77: IDECAN -


Arrume sua cama

Se você quiser mudar o mundo... comece arrumando a sua cama

Os alojamentos do campo de treinamento dos SEALsi constituem um indescritível edifício de três


andares localizado na praia de Coronado, na Califórnia, a cerca de 9 km do oceano Pacífico. O prédio
não tem ar condicionado e, à noite, com as janelas abertas, pode-se ouvir as ondas batendo contra a
areia.

Os dormitórios do alojamento são espartanos. No dormitório dos oficiais, onde eu dormia com três
colegas, havia quatro camas, um armário para pendurar os uniformes e nada mais. Naquelas manhãs
em que vivi no alojamento eu pulava de minha “prateleira” e imediatamente iniciava o processo de
arrumar a minha cama. Era a primeira tarefa do dia. Um dia que, eu sabia, seria cheio de inspeções de
uniformes, longos períodos de natação, longas corridas, pistas de obstáculos e constante censura dos
instrutores do SEAL.

“Atenção!”, gritou o líder da turma, o segundo-tenente Dan’l Steward, quando o instrutor entrou no
dormitório. Aos pés da cama, bati um joelho contra o outro e me coloquei em posição de sentido
quando o oficial se aproximou. O instrutor, inflexível e impassível, começou a inspeção checando a
goma de meu quepe verde para se assegurar de que aquele “chapéu de oito bicos” estava crocante.
Movendo-se de cima a baixo, seus olhos percorreram cada palmo do meu uniforme. Os vincos da túnica
e das calças estavam alinhados? O metal do cinto brilhava como um espelho? Minhas botas estavam
suficientemente polidas, de maneira que ele pudesse ver nelas o reflexo de seus dedos? Contente de
verificar que eu satisfazia o alto padrão esperado de um aspirante do SEAL, ele passou a inspecionar a
cama.

A cama era tão simples quanto o dormitório: nada mais que uma estrutura de aço e um colchão de
solteiro. O lençol de baixo cobria o colchão, e sobre ele havia outro lençol. Um cobertor cinza de lã
bem-esticado sob o colchão fornecia calor nas noites frias de San Diego.

Sem me mexer, eu podia ver o instrutor pelo canto do olho. Com um ar de enfado, ele olhou para
minha cama. Curvando-se, verificou os cantos dos lençóis e supervisionou o cobertor e o travesseiro
para se assegurar de que estavam corretamente alinhados. Então, tirou do bolso uma moeda e atirou-a
no ar várias vezes, para certificar-se de que eu sabia que o teste final estava próximo. Com um último
lançamento, a moeda voou bem alto e caiu sobre o colchão com um ricochete. Pulou alguns
centímetros para cima, suficientemente alto para o instrutor agarrá-la com a mão.

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Voltando-se para me encarar, o instrutor olhou dentro dos meus olhos e fez um aceno com a cabeça.
Nunca disse uma palavra. Arrumar a cama corretamente não seria motivo de elogio. Era o que se
esperava de mim. Era minha primeira tarefa do dia e executá-la bem era importante. Demonstrava
disciplina. Revelava minha atenção ao detalhe e, no fim do dia, seria um lembrete de que eu havia
feito uma coisa da qual poderia me orgulhar, não importando quão pequena fosse.

Fonte: MCCRAVEN, William H. Arrume a sua cama: pequenas atitudes que podem mudar a sua
vida... e talvez o mundo. Trad. Eliana Rocha. 2. ed. São Paulo: Planeta, 2019. p. 15-17. (Adaptado.)

No trecho O lençol de baixo cobria o colchão, e sobre ele havia outro lençol. Um cobertor cinza de
lã bem-esticado sob o colchão fornecia calor nas noites frias de San Diego, os termos sublinhados
são classificados como
a) preposição e preposição.
b) advérbio e preposição.
c) preposição e conjunção.
d) advérbio e conjunção.
e) conjunção e preposição.

Questão 78: CONSULPLAN - Texto para responder a questão.

Apesar de tudo, a educação avançou

O desafio de uma evolução nacional passa necessariamente pela articulação federativa. No Brasil o
ensino fundamental é primordialmente de responsabilidade dos municípios; o médio, dos Estados; e o
superior, da União. O governo federal não atua diretamente sobre os resultados da educação básica,
mas pode aprimorá-los por meio da coordenação, financiamento e avaliação.

Em 2009, o Sistema Nacional de Educação foi inserido na Constituição para articular a cooperação
federativa com vistas ao alcance das metas do Plano Nacional de Educação. Mas as atuais comissões
intergovernamentais ou têm caráter protocolar, como a que discute os parâmetros do Fundo Nacional
da Educação Básica (Fundeb), ou não contam com a participação de Estados e municípios, como o
Conselho Deliberativo do FNDE. Falta uma instância única com legitimidade para congregar não só os
gestores da Educação, mas os da Fazenda e Planejamento nos três níveis de governo.

Como resume o Ipea, uma boa articulação federal entre coordenação, financiamento e avaliação pode
estabelecer bases curriculares flexíveis, adaptáveis às inovações pedagógicas e demandas do mercado
de trabalho; diminuir iniquidades salariais dos professores por meio de uma complementação mais
equitativa via Fundeb; construir processos formativos direcionados às lacunas de aprendizado e aptos
a mensurar as competências desenvolvidas pelos estudantes; e, estimular trocas das melhores práticas
entre municípios e Estados.

As conquistas da última geração, sobretudo no acesso e fluxo escolares, mostram que os preceitos
constitucionais sobre educação estão no caminho certo. Mas a geração presente precisará de muito
esforço para capitalizar esses ganhos e materializar esses preceitos não só em uma educação aberta a
todos, mas de excelência para cada um.

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(Estadão, 28 de dezembro de 2021. Fragmento. Adaptado.)

O título do texto apresentado utiliza, em sua estrutura linguística, uma locução prepositiva. Dentre as
alternativas a seguir, assinale aquela em que todas as sugestões são produtoras de sentido equivalente
à da locução referida.
a) Em virtude de; por força de; por causa de.
b) Em relação a; a respeito de; em termos de.
c) A despeito de; em que pese; não obstante.
d) Em vez de; em detrimento de; de preferência a.

Questão 79: IDECAN -


Furacão Ian: por que água da Baía de Tampa recuou antes da chegada da tempestade

O poderoso furacão Ian não só levou ventos e chuvas fortes para a costa oeste da Flórida, como
também causou um fenômeno curioso conhecido como maré de tempestade reversa ou negativa.

Isso fez com que a água do mar desaparecesse da Baía de Tampa e de outras áreas na manhã de
quarta-feira (28 de setembro), pouco antes de o ciclone(I) de categoria 4 atingir terra firme com
ventos de até 240 km/h.(II)

Fotos publicadas nas redes sociais mostravam a areia molhada da baía que restou, uma vez que a água
“desapareceu”. Várias pessoas que passavam por ali se aventuraram a se aproximar e caminhar sobre
as algas que ficaram expostas.

O Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos (EUA) compartilhou uma imagem do ocorrido,
emitindo um alerta. “Nota importante: a água vai voltar. Não tente caminhar ali, nem em qualquer
outro lugar em que a água tenha recuado”.

Mais tarde, a água não só retornaria, como voltaria com ondas “catastróficas”, conforme o Centro
Nacional de Furacões havia alertado.

A última vez que uma maré de tempestade negativa foi registrada em Tampa foi em 2017, durante(III) a
passagem do furacão Irma, que também atingiu os EUA com categoria 4. Para entender por que isso
acontece, é preciso prestar atenção em diversos fatores, como a estrutura do furacão e seus ventos.

Os ventos dos ciclones tropicais, quando se formam ao norte do Equador, circulam no sentido
anti-horário, ou seja, da direita para a esquerda.

A costa oeste da Flórida está localizada na direção oposta da rotação do ciclone. Por isso, nas áreas ao
norte do furacão, isso faz com que a água recue para o oceano devido à força dos ventos. Em
contrapartida, nas áreas ao sul, os ventos do ciclone fazem com que a água do oceano entre em forma
de maremoto.

De acordo com o meteorologista José Álamo, do Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA, quando a
maré de tempestade negativa acontece, costuma haver uma “maré baixa” antes da chegada do

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ciclone. “Quando a água recua, significa que o furacão está a caminho”, diz ele. No entanto, o próprio
movimento dos ventos do furacão, ao se deslocar por uma área, leva a uma mudança de direção: o
que estava indo em uma direção, quando o ciclone muda de posição, retorna no sentido oposto.

Então, quando a área que estava ao norte do furacão passa a se encontrar ao sul, acontece o mesmo,
mas na direção oposta.

É o que chamamos de ressurgência ou inundação costeira do furacão. Também acontece quando o


furacão se afasta do local em que as águas recuaram, uma vez que estas podem retornar lentamente,
à medida que o sistema tropical deixar a área.

Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-63072324. Acesso em: 29 ago. 2022. (Adaptado.)

Analise as afirmativas que seguem.

I. No segmento antes de o ciclone, não ocorre a contração de de e o porque a preposição aparece


antes de um sujeito com verbo no infinitivo.

II. No segmento ventos de até 240 km/h, a preposição empregada é classificada como essencial, pois
deixa dúvidas a respeito da velocidade do vento.

III. O termo durante é classificado como preposição acidental.

Assinale
a) apenas se as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) apenas se as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) apenas se as afirmativas I, II e III estiverem corretas.
d) apenas se as afirmativas I e III estiverem corretas.
e) apenas se a afirmativa III estiver correta.

Gabarito
1) B 2) A 3) C 4) C 5) Certo 6) D 7) D 8) E 9) E 10) D 11) C 12) A 13) B 14) A 15) B 16) C 17) A 18) A
19) A 20) A 21) Certo 22) E 23) A 24) D 25) D 26) A 27) C 28) A 29) C 30) D 31) B 32) C 33) A 34) C
35) A 36) E 37) E 38) Errado 39) Certo 40) Certo 41) Certo 42) Errado 43) B 44) C 45) C 46) C 47)
Errado 48) C 49) B 50) Anulada 51) B 52) E 53) E 54) C 55) B 56) C 57) B 58) A 59) A 60) E 61) E 62)
B 63) A 64) E 65) C 66) E 67) A 68) E 69) E 70) B 71) A 72) C 73) A 74) B 75) B 76) C 77) A 78) C 79)
D

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