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O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
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Sumário
1. Considerações Iniciais e Bibliografia ........................................................................... 2
2. Direito Penal Militar .................................................................................................... 2
2.1 Conceito ................................................................................................................ 2
2.2 Aplicação da Lei Penal Militar ............................................................................... 6
2.2.1 Tempo do Crime ............................................................................................. 6
2.2.2 Lei aplicável às medidas de segurança ........................................................... 7
2.2.3 Ultra-atividade gravosa das leis excepcionais ou temporárias ...................... 8
2.2.4 Lugar do crime ................................................................................................ 8
2.2.5 Lei Penal Militar no Espaço ............................................................................ 9
2.2.6 Aplicação quanto à pessoa (conceito de militar) ......................................... 11
2.2.6.1 Militares estrangeiros ........................................................................... 13
2.2.6.2 Referência a “brasileiro” ou “Nacional” ............................................... 14
2.2.6.3 Assemelhado......................................................................................... 14
2.2.6.4 Defeito de incorporação ....................................................................... 16
2.2.7 Crime militar ................................................................................................. 16
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Direito Penal Militar
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As forças armadas tem caráter permanente e tem como vigas basilares a hierarquia e
a disciplina. A missão das Forças Armadas envolve:
A defesa da pátria;
A garantia dos poderes constitucionais; e
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Art. 176. Ofender inferior, mediante ato de violência que, por natureza ou pelo meio
empregado, se considere aviltante:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no parágrafo único do artigo anterior
Os militares são uma categoria própria de servidores públicos, com regime jurídico
próprio. O seu estatuto é a lei 6.880/80, de onde se extrai o conceito moderno de militar.
Essa lei lista as diversas classes de militares.
Topograficamente, primeiro vem os crimes propriamente militares, depois os crimes
impropriamente militares no Código Penal Militar.
O Supremo Tribunal Federal atualmente vem discutindo a questão da pederastia no
ambiente militar, se ele é constitucional ou não em confronto com o combate ao
preconceito.
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Este insubmisso ainda é um civil. Então, fica a questão: O crime de insubmissão pode
ser considerado propriamente militar, mesmo sendo praticado por um civil?
A posição majoritária e o Superior Tribunal Militar afirmam que a insubmissão é
crime propriamente militar, pois o bem jurídico é o serviço militar.
A inclusão desse civil no serviço militar é condição de procedibilidade para a ação
penal pelo crime de insubmissão. Se o civil não passa no exame de sangue ou por outro
motivo de saúde o Ministério Público requer o arquivamento das peças do crime de
insubmissão.
A Advocacia Geral da União não concorda com este posicionamento. Para o órgão,
independentemente dessa incorporação o desertor e o insubmisso devem responder, pois o
crime já ocorreu.
Pode-se aplicar o princípio da insignificância na esfera militar? Em regra não,
porque os bens jurídicos militares são indisponíveis.
Nos crimes propriamente militares não há que se falar em insignificância. O Superior
Tribunal Militar já disse que não se aplica.
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal pontualmente tem admitido a
insignificância. Exemplo: Peculato – Caso de um sargento que se apropriou de um fogão
como compensação pelas reformas que tinha feito em sua moradia funcional (HC 87478 da
1ª Turma do STF).
No caso acima o Tribunal entendeu que não havia razão para punir o sargento, até
porque ele já teria restituído o valor do fogão e se prejudicado com o andamento do
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processo-crime, já que o militar sub judice perde as chances de promoção que lhe seriam
dadas.
Contudo, é possível afirmar que o próprio Código Penal Militar aplica o princípio da
insignificância. O artigo 209, § 6º diz que no caso de lesão corporal levíssima o juiz pode
considerar o fato como infração disciplinar.
Lesão leve
Art. 209. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Lesão levíssima
§ 6º No caso de lesões levíssimas, o juiz pode considerar a infração como disciplinar.
Dessa forma é possível dizer que há a atipicidade material desse fato pela
insignificância.
Exemplo da aplicação desse princípio no Superior Tribunal Militar: Embargos de
Declaração nº 00000354120087010201. O Tribunal entendeu que o artigo 209, § 6º e o 240,
§1º são duas hipóteses de insignificância expressamente previstas no Código Penal Militar.
Quanto ao militar usuário de drogas, hoje até o Supremo Tribunal Federal diz que
não se aplica o artigo 290 do Código Penal Militar. Para esse dispositivo o usuário tem a
mesma pena do traficante.
Tráfico, posse ou uso de entorpecente ou substância de efeito similar
Art. 290. Receber, preparar, produzir, vender, fornecer, ainda que gratuitamente, ter em
depósito, transportar, trazer consigo, ainda que para uso próprio, guardar, ministrar ou
entregar de qualquer forma a consumo substância entorpecente, ou que determine
dependência física ou psíquica, em lugar sujeito à administração militar, sem
autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena - reclusão, até cinco anos.
O Supremo Tribunal Federal até o momento (HC 103684) no inf. 605 entendeu que
não se aplica a insignificância para o militar usuário de drogas, pois o uso de drogas é
incompatível com a atividade militar, nos dizeres do Ministro Ayres Brito, invocando a
hierarquia e a disciplina.
Esse tema pode ser reaberto se o artigo 28 da lei 11.343/06 (Lei de drogas) for
declarado inconstitucional.
A Defensoria Pública da União tem levado esse debate ao Supremo, mas o Superior
Tribunal Militar não aceita a insignificância nesse caso.
Resumindo: Aplica-se a insignificância na esfera militar?
Por expressa disposição legal sim, mas pontualmente na lesão levíssima (art. 209,§6º)
e no furto atenuado (artigo 240, § 1º).
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O Supremo diz que não. Entende que para o bem ou para o mal se aplica a lei
específica de cada sistema. Como não há omissão, foi a escolha do legislador, e deve ser
dado o tratamento mais severo estipulado.
Se não há lei anterior que o defina nem pena sem prévia cominação legal, medida de
segurança mesmo que não seja pena deve respeitar o princípio da anterioridade, que é um
desdobramento do princípio da legalidade.
Para o professor Marcelo Uzeda o dispositivo foi recepcionado, mas deve ser
interpretado de acordo com a Constituição Federal.
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Para ele a interpretação correta seria: “as medidas de segurança regem-se pela lei
vigente ao tempo da sentença se for mais favorável, prevalecendo, entretanto, se diversa, a
lei vigente ao tempo da execução se esta for mais benéfica”.
Isso porque a lei penal posterior só se aplica aos fatos anteriores a sua vigência se
trouxer algum benefício ao réu.
Questão para Analista do STM 2011: A lei penal militar excepcional ou temporária no
Código Penal Militar possui disciplinamento diverso do Código Penal comum uma vez
que preconiza de forma expressa a ultra-atividade da norma e impõe a incidência da
retroatividade da lei penal mais benigna.
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O lugar do crime é no Brasil, onde ele deveria ter se apresentado, porque é crime omissivo e
se aplica a Teoria da Atividade.
Esse tema caiu na prova da Defensoria Pública da União em 2010:
Diversamente do direito penal comum o direito penal militar consagrou a teoria da
ubiquidade ao considerar como tempo do crime tanto o momento da ação ou da
omissão quanto o momento em que se produziu o resultado.
Assertiva errada. O Código Penal Militar segue uma teoria mista distinguindo o crime
omissivo e o comissivo.
Esse tema caiu na prova da magistratura militar de 2013 realizada pelo CESPE:
O direito penal militar aplica o princípio da Universalidade, cosmopolita, real ou da
defesa de interesses.
Assertiva errada. O direito penal militar não tem os princípios do art. 7º do Código
Penal Comum. Aqui toda extraterritorialidade é irrestrita.
Extraterritorialidade
CPB Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I - os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de
Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou
fundação instituída pelo Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
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Nesse caso não há interesse da Argentina de punir o brasileiro. Pelo contrário, ela
quer ver o circo pegar fogo. Por isso o artigo 7º do Código Penal Militar reserva o direito do
governo brasileiro de puni-lo.
Esse tema caiu na prova da Defensoria Pública da União em 2010 e 2004.
O artigo 7º, §1º aborda o território por extensão ou flutuante que está presente no
artigo 5º, § 1º do Código Penal comum.
Território nacional por extensão
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Mesmo que a embarcação seja privada pode-se aplicar a ela a lei penal militar se ela
estiver militarmente ocupada ou utilizada. Exemplo: Embarcação privada requisitada para
socorrer navio militar em pane.
Mesmo em águas estrangeiras são território brasileiro por extensão.
A disposição do artigo 7º, §2º é diferente. Diz que pode ser aplicado o Código Penal
Militar em aeronaves ou navios estrangeiros se:
a) Esteja em lugar sujeito à administração militar
b) E o crime atente contra as instituições militares.
Ampliação a aeronaves ou navios estrangeiros
§ 2º É também aplicável a lei penal militar ao crime praticado a bordo de
aeronaves ou navios estrangeiros, desde que em lugar sujeito à administração militar ,
e o crime atente contra as instituições militares.
É uma situação excepcional que não tem correspondente no código penal comum.
Exemplo: O arsenal de Marinha do Rio de Janeiro está sujeito à administração militar.
Um navio francês está lá atracado e um oficial da Marinha brasileira é denominado para
entregar uma placa de homenagem ao oficial francês. Lá o francês pratica algum tipo de
ofensa contra o brasileiro, ofendendo a Marinha brasileira. Aplica-se então a lei penal militar
brasileira.
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A regra do artigo 12 é mais processual do que penal, porque o militar ativo e o inativo
têm duas situações jurídicas diferentes, apesar do artigo 12 equiparar os dois.
O artigo 13 vem, explicando o artigo 12, dizer que são conservadas as
responsabilidades e as prerrogativas do posto ou graduação apenas, para aplicação da lei
penal militar.
Exemplo: Inquérito policial militar que investiga capitão só pode ser presidido por
capitão mais antigo ou patente superior. Isso é uma prerrogativa.
No julgamento do crime o conselho é composto por um juiz e quatro militares. Os
militares devem ser todos mais antigos, mesmo que o réu esteja inativo.
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2.2.6.3 Assemelhado
O conceito de assemelhado está no artigo 21 do Código Penal Militar.
Assemelhado
Art. 21. Considera-se assemelhado o servidor, efetivo ou não, dos Ministérios da
Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, submetido a preceito de disciplina militar, em
virtude de lei ou regulamento.
Ele seria um servidor civil, mas que está sujeito à disciplina militar, por lei ou
regulamento.
Não existe mais nas forças armadas a figura do assemelhado. Hoje todo servidor
federal civil está disciplinado pela Lei 8.112/90. A própria Constituição Federal separou os
sistemas dos servidores civis e militares.
O crime de motim, previsto no artigo 149 do Código Penal Militar é um crime
propriamente militar. Pela sua redação o assemelhado também poderia cometer este crime.
Porém, com a extinção do assemelhado, este termo deve ser considerado como não escrito.
O crime de motim não pode ser praticado pelo civil, ainda que ele contribua com os
amotinados. Ele pode responder por outro crime como dano na esfera militar, por exemplo.
Motim
Art. 149. Reunirem-se militares ou assemelhados:
I - agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se a cumpri-la;
II - recusando obediência a superior, quando estejam agindo sem ordem ou
praticando violência;
III - assentindo em recusa conjunta de obediência, ou em resistência ou violência, em
comum, contra superior;
IV - ocupando quartel, fortaleza, arsenal, fábrica ou estabelecimento militar, ou
dependência de qualquer deles, hangar, aeródromo ou aeronave, navio ou viatura
militar, ou utilizando-se de qualquer daqueles locais ou meios de transporte, para ação
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Crime propriamente militar é aquele cujo bem jurídico tutelado é inerente ao meio
militar e estranho à sociedade civil (autoridade, dever, serviço, hierarquia, disciplina, etc) e
somente pode ser praticado por militar da ativa.
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O artigo 64 do Código Penal comum cita os crimes propriamente militares que não
devem ser considerados para fins de reincidência.
Art. 64 - Para efeito de reincidência:
II - não se consideram os crimes militares próprios e políticos.
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do crime, mas para haver o processo ele tem que ser incorporado (condição de
procedibilidade).
O crime do artigo 175 (violência contra subordinado) é propriamente militar,
modalidade de abuso de autoridade.
Violência contra inferior
Art. 175. Praticar violência contra inferior:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Houve um caso no Supremo no qual ficou assentado que embora não exista
hierarquia entre um servidor civil e o militar, comunica-se a condição do militar em concurso
com o civil. Embora seja um crime propriamente militar, o civil responde por esse crime.
Outro caso foi de um civil que serviu numa repartição militar em conjunto com um
militar que se recusaram a cumprir a ordem do superior. Nesse caso ocorreu o crime de
recusa de obediência, que é espécie de insubordinação.
Recusa de obediência
Art. 163. Recusar obedecer a ordem do superior sobre assunto ou matéria de
serviço, ou relativamente a dever imposto em lei, regulamento ou instrução:
Pena - detenção, de um a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Só quem comete este crime é o militar, respondendo pelo art. 163. Ele não se
comunica ao civil.
O civil irá responder pelo crime do artigo 301 do Código Penal Militar. É uma quebra
da teoria monista, porque o crime é propriamente militar.
Desobediência
Art. 301. Desobedecer a ordem legal de autoridade militar:
Pena - detenção, até seis meses.
A única exceção, na qual os dois respondem pelo mesmo crime é o do artigo 175 do
Código Penal Militar.
O normal é o civil responder por um crime impropriamente militar dentro do Código
Penal Militar ou por um crime fora do Código Penal Militar.
Para dever de casa ler o artigo 9º do Código Penal Militar.
Crimes militares em tempo de paz
Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz:
I - os crimes de que trata êste Código, quando definidos de modo diverso na lei penal
comum, ou nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição especial;
II - os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição
na lei penal comum, quando praticados:
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