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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a Distância

Trabalho de Campo 1
Sessão I
Tema: Metalurgia e os primeiros avanços da química

Barteloide Ricardo Ernesto - 708183081

Curso: Licenciatura em Ensino de Química


Disciplina: Historia de Química
Ano de frequência: 4º Ano

Nampula, junho de 2021


Folha de feedback
Índice
Introdução .................................................................................................................................. 4

Metalurgia e os primeiros avanços da química .......................................................................... 5

1. Contextualização ................................................................................................................ 5

2. Metalurgia .......................................................................................................................... 5

2.1. Conceito ....................................................................................................................... 5

3. Metalurgia e os primeiros avanços da química .................................................................. 6

Conclusão ................................................................................................................................... 9

Referências bibliográficas .................................................................................................... 10


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Introdução
A Química estuda as transformações da matéria. Metalurgia designa um conjunto de
procedimentos e técnicas para extração, fabricação, fundição e tratamento dos metais e suas ligas.
Também pode se dizer que a metalurgia química está relacionada com os processos de obtenção
dos metais a partir dos seus minérios e com as propriedades químicas dos metais e ligas. Através
do uso do fogo os minérios são introduzidos em alto forno, as reações de transformação só são
possíveis com processos químicos como a termodinâmica, cinética química e eletrolise que
permite a passagem do minério para o seu respetivo metal que o compõe. Com exceção do ouro e,
eventualmente, da prata, do cobre, da platina e do mercúrio, todos os metais praticamente existem
na natureza apenas na forma de minérios. Com os fenómenos de fundição, forja, revenido,
carbonização e polimento a química teve avanços usando a metalurgia, obtenção de um elemento
metálico a partir de seu minério ocorre com uma reação na qual os átomos do metal, presentes no
minério com carga positiva, sofrem redução, passando a apresentar carga nula. os metais por sua
vez, podem ser divididos em três subclasses: ferro (Fe) e aço (Fe-C); ligas não-ferrosas e superligas
(Ex.: bronze, Cu-Sn; latão, Cu-Zn; e nitinol, Ni-Ti). Outros como Ferro, Estanho, Zinco e o
Manganês que necessitam do auxílio de um agente redutor como o coque (um tipo de carvão) e o
monóxido de carbono (CO), metais extremamente pouco nobres como o Alumínio, Magnésio e o
Sódio precisam de métodos violentos, empregando corrente elétrica. Impulsionou também, o
estudo de outros materiais como materiais poliméricos, materiais cerâmicos e compósitos
(formados pela junção de materiais de tipos diferentes).

Estas todas abordagens têm como objetivo relacionar a metalurgia com o avanço da química,
descrevendo isso em uma estrutura desde a introdução, desenvolvimento, conclusão e referencias
bibliográficas.
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Metalurgia e os primeiros avanços da química


1. Contextualização
A Química estuda as transformações da matéria. É difícil afirmar quando o homem realizou a
primeira transformação da matéria que pudesse ser entendida como um conhecimento químico. É
provável que uma das primeiras transformações químicas realizadas pelo homem, embora não
intencional, esteja associada ao uso do fogo, utilizado no fornecimento de calor e luz, e no
cozimento de alimentos. Qual não deve ter sido a surpresa do homem primitivo em observar que
em decorrência da ação do fogo a madeira se transformava em cinzas, a areia tomava forma de
vidro ao ser resfriada e o barro se tornava mais resistente. A partir disso deve ter resultado o
surgimento do domínio das técnicas de fabricação de vidro e utensílios de cerâmica.

2. Metalurgia
2.1. Conceito
Metalurgia é a ciência que estuda e gerência os metais desde sua extração do subsolo até sua
transformação em produtos adequados ao uso. Metalurgia designa um conjunto de procedimentos
e técnicas para extração, fabricação, fundição e tratamento dos metais e suas ligas. Ruiz-Taboada
& Monteiro-Ruiz (1999)

Desde muito cedo, o homem aproveitou os metais para fabricar utensílios, materiais como o cobre,
o chumbo, o bronze, o ferro, o ouro e a prata tiveram amplo uso na antiguidade. Segundo Ruiz-
Taboada & Monteiro-Ruiz (1999) com o domínio do fogo, surgia a possibilidade da metalurgia.
Com exceção do ouro e, eventualmente, da prata, do cobre, da platina e do mercúrio, todos os
metais praticamente existem na natureza apenas na forma de minérios, isto é, combinados com
outros elementos químicos e na forma oxidada, e para extraí-lo e "purificá-lo" (isso significa
separar o metal da sua combinação inicial e transformar este em substância simples, ou seja,
reduzir seu nox a zero) podemos ter como auxílio o processo de oxirredução (eletrólise industrial).

Para o site de internet Infopédia (2021) escreve que a metalurgia química está relacionada com os
processos de obtenção dos metais a partir dos seus minérios e com as propriedades químicas dos
metais e ligas. Este setor da metalurgia tem como bases teóricas a aplicação da termodinâmica e
da teoria cinética das reações. Estuda também as operações de extração, refinação, fusão e
prevenção da corrosão.
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3. Metalurgia e os primeiros avanços da química


A metalurgia, como é conhecida hoje, desenvolveu se ao longo de um período de cerca de 6.500
anos. A invenção e o desenvolvimento subsequente da metalurgia e da fundição passaram a ser
invocados por civilizações para armas, ferramentas, instrumentos agrícolas, itens domésticos,
decorações, etc. Os primeiros metais usados eram ouro, prata e cobre, uma vez que estes ocorriam
em sua natureza nativa ou metálica. Infopédia (2021)

Ruiz-Taboada & Monteiro-Ruiz (1999) descrevem os primeiros avanços da química através da


metalurgia o seguinte:

 A partir dos anos (2500 a 500 A.C), o ferro começou por ser aquecido em fornos primitivos
abaixo do seu ponto de fusão, separando se a" ganga" (impurezas com menor ponto de
fusão), a qual se deslocava para a superfície sendo removida sob a forma de escória,
restando a esponja de ferro, a qual era trabalhada na bigorna, obtendo se as ferramentas e
utensílios existentes naquela altura. Sendo um trabalho mesclado do que poderiam se
chamar hoje de fundição (processo de colocar metal líquido em um molde, que contém
uma cavidade com a forma desejada, e depois permitir que resfrie e solidifique) e outro
chamado de forja ou forjaria (processos de redução direta do minério de ferro e
forjamento de peças metálicas).
 Já por volta de 400 A.C os gregos desenvolveram um tratamento chamado atualmente de
revenido (tratamento térmico efetuado ao aço, para corrigir inconvenientes decorrentes da
têmpera, sendo, portanto, e sempre, aplicado posteriormente a ela), que segundo os
historiadores e arqueólogos também começaram a se difundir para outros lugares esta
prática. Que tinha o intuito de tornar o ferro menos frágil aquecendo o, após ele ter sido
endurecido, em uma temperatura que lhe era conveniente. Mostrando sobre a importância
do uso tanto do fogo quanto do gelo na confeção de uma espada de aço, em alusão a um
tratamento térmico de têmpera.
 Por volta do século XIV, aplicando um processo de carbonização (processo químico de
combustão incompleta de determinados sólidos quando submetidos ao calor elevado) que
já era conhecido pelos antigos egípcios e que era assim denominado “Aço Wootz”. Como
a temperatura atingida não lhes permitia fundir o ferro, o ferro no estado esponjoso era
martelado em um processo chamado de forjagem, com a intenção de remover os resíduos
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que ainda permaneciam ali. E, então, em seguida, era colocado em um cadinho (que é um
recipiente com propriedades refratárias, ou seja, muito resistente a altas temperaturas) entre
placas de madeira e depois isolado do ar, num forno recoberto por carvão. Dando assim
uma expressiva absorção de carbono ao ferro. E depois era forjado novamente por
marteladas em bigornas em forma de barras.
 A partir do século XVIII que a metalurgia passou a ser associada e descrita como ciência
que estuda as estruturas, composições, características e transformações sofridas pelos
metais. E passa se a estender não só a fabricação deles, mas também as suas causas, efeitos
e aplicações. Deste modo a metalurgia de extrativismo e fabricação foi associada a
metalurgia física e a ciência de materiais.
 A partir de 1855 com o ferro tão bem implantado nos materiais de construção, fabricação
e aplicação nas mais diversas áreas, um novo metal, o alumínio, torna se importante no
desenvolvimento industrial da civilização. O alumínio, metal de baixa densidade, dúctil,
estável e facilmente fundido não era fácil de produzir (envolvia muita energia). Preparava
se segundo a sequência bauxite – alumina – alumínio metalúrgico e foi nesta altura que se
começou a aplicar eletricidade à metalurgia.
 Neste período (1855 a 1957) assistiu se também à introdução nos processos metalúrgicos
de sistemas de produção de aço. A capacidade dos altos fornos de conter ferro cresceu
intensamente desde os primeiros altos fornos. O processo é um avanço de uma prática
conhecida na China desde 200 D.C. O princípio desse processo é a remoção de impurezas
do ferro pela oxidação com ar soprado através do ferro fundido. A oxidação inclusive
aumenta a temperatura da massa de ferro e a mantém em estado fundido (liquido).
 A partir de 1863, usando uma técnica de polimento elaborada que envolvia abrasivos
sucessivamente mais finos, Henry Clifton Sorby desenvolveu técnicas de observação
microscópica e apercebeu se que a textura da superfície de fratura dos aços depende dos
tratamentos térmicos a que estes haviam sido submetidos e da sua composição química
exata. Após polimento e contrastação da superfície (por ataque químico de solução ácida),
Sorby observou pela primeira vez a microestrutura metalográfica do aço e descreveu a
perlite (perlita).
 Neste século deu se o desenvolvimento de uma série de novos elementos de análise, como
os microscópios eletrónicos de varrimento e de transmissão e o difratômetro de raios X, o
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que permitiu aos cientistas estudarem as estruturas existentes nos materiais e


correlacionarem-nas com as propriedades observadas.
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Conclusão
A martensite temperada foi encontrada na Galileia, datando de aproximadamente 1200 A.C. O
revenimento aumenta a tenacidade das ligas, como aço e ferro fundido. Grandes quantidades de
aço estavam sendo produzidas em Esparta em 650 A.C e, por volta de 600 A.C, o aço wootz estava
sendo produzido na Índia. As próximas centenas de anos viram muitos desenvolvimentos na
indústria metalúrgica; China criou um método para usar menos carvão em um alto forno; os
romanos melhoraram a organização e administração das minas; A Ásia oriental inventou o
processo mais tarde chamado de processo Bessemer. A partir de 1623 D.C, a Lei de Pascal
impactou o tratamento térmico do metal, e as primeiras fundições de ferro foram instaladas no
Reino Unido em 1700 d.C. O forno elétrico a arco foi desenvolvido em 1907 AD.

Concluindo, segundo Antonieta (2020) demostra que na metalurgia a sequência de processos que
visa à obtenção de um elemento metálico a partir de seu minério ocorre com uma reação na qual
os átomos do metal, presentes no minério com carga positiva, sofrem redução, passando a
apresentar carga nula.

Ainda a autora acima citada explica algumas contribuições que a metalurgia proporcionou para o
avanço da química, como os metais por sua vez, podem ser divididos em três subclasses: ferro (Fe)
e aço (Fe-C); ligas não-ferrosas e superligas (Ex.: bronze, Cu-Sn; latão, Cu-Zn; e nitinol, Ni-Ti)
de maior aplicação no campo aeroespacial; e compostos intermetálicos (Ex.: WC – widia),
materiais estruturais de alta temperatura; os metais mais nobres exigem menos energia. Um
simples aquecimento do minério em presença do oxigênio do ar é capaz de realizar a redução. Já
há outros como Ferro, Estanho, Zinco e o Manganês que necessitam do auxílio de um agente
redutor como o coque (um tipo de carvão) e o monóxido de carbono (CO), entre outros. Metais
extremamente pouco nobres como o Alumínio, Magnésio e o Sódio precisam de métodos
violentos, empregando corrente elétrica. Com isso impulsionou também, o estudo de outros
materiais como materiais poliméricos, materiais cerâmicos e compósitos (formados pela junção de
materiais de tipos diferentes. Ex.: fibra de vidro é um compósito formado por um material cerâmico
e um material polimérico).
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Referências bibliográficas
1. Antonieta (2020). Roteiro de estudos 18 semana de 24 a 28 de agosto: metalurgia.

2. Ruiz-Taboada, Arturo; Montero-Ruiz, Ignacio (1999). The oldest metallurgy in western.

3. Infopédia (2021). Metalurgia. Porto Editora. Porto.

Disponível na Internet: https://www.infopedia.pt/$metalurgia

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