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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS – UEA

CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE PARINTINS – CESP


CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA

CONTEXTUALIZAÇÃO DOS TEXTOS DE JMC: “ A FORMAÇÃO DAS ALMAS- O


IMAGINÁRIO DA REPÚBLICA NO BRASIL” E “OS BESTIALIZADOS”.

Parintins- AM

2021
Bruno Augusto, Marcelo Bruce, Milena Brasil, Stephany Machado e Vanderlane
Vasconcelos.

CONTEXTUALIZAÇÃO DOS TEXTOS DE JMC: “ A FORMAÇÃO DAS ALMAS- O


IMAGINÁRIO DA REPÚBLICA NO BRASIL” E “OS BESTIALIZADOS”.

Trabalho apresentado para

Obtenção de nota da P1, pela

-Matéria de Brasil III, ministra

da pelo professor Dr. Arcângelo

Parintins- AM

2021
O texto “A formação das Almas- O imaginário da República no Brasil" aborda duas
temáticas, a da criação do Herói Tiradentes, que entra na parte que aborda a “República
como mulher- Entre Maria e Marianne” e a luta de construção de imagem de uma figura
feminina na República. José Murilo de Carvalho no texto “Os bestializados” explana o “Rio
de Janeiro e a República que não foi” entrando na condição econômica e política do país e
participação do povo, gerando a República e cidadania, marcado por confusão devido à
abertura do leque ideológico e finalizando com “os cidadãs ativos e a revolta da vacina” que
envolve a vacina e questão ideológica
Há a construção de imagens do herói ao longo da histeriografia brasileira, muitos deles
de poderio. O exemplo é Tiradentes, que foi colocado como um heroi, algo criado pela
imaginação de mito, que vai da escrita a oral, pinturas e até mesmo rituais em prol a esse
“herói”. Essa criação de “herói”, formentava justamente quem estava no poder, dependendo
do contexto que se encontravam, a forma do mito(heroi) justificava em ações, tanto de
manipular o povo, como para bem comum daqueles que exaltavam, por isso a criação de
tantas estatuas daqueles que geralmente detinham poder, como nome de ruas, figuras pintadas,
etc.
A mulher também é usada com alegoria e simbologia na República, há uma luta entre
governo e igreja, ambos tentando definir a imagem da mulher ao povo. Em 1896 quando as
tropas foram a Canudos defender a República, mulheres os acompanhavam mas não aderiram
a República. Já no ano de 1904 durante a revolta contra a vacina, muitas mulheres prostitutas
estavam ao lado dos rebeldes e nesse caso a República como prostituta não era tão mal vista
para a República, que queria impor a imagem de Clotilde. Na França, Marianne é respeitada,
diferente de Maria, e no Brasil, separar o Estado e igreja pela república fará com que o uso
da imagem de Maria seja usado para ir contra a república. Tanto que Nossa Senhora de
Aparecida foi coroada como rainha do Brasil um dia após a proclamação da Independência e
padroeira do país no ano de 1930 sendo tradição católica e mariana, superando qualquer outra
figura feminina, até mesmo a cívica vencendo a alegoria republicana, e ainda por ser negra e
brasileira, passa longe de ser Clotilde. Existem obstáculos para uso da alegoria feminina,
mesmo que a imagem da mulher seja marcante na arte, por meio histórico ou simbólico, ela
acaba por falta de imaginação ou comunidade onde a República é montada tentando tornar a
mulher cívica. A luta pelo uso da imagem feminina durante a República será de forma intensa
tanto por parte do Estado quanto por parte da igreja, e mesmo que sistemas tenham sido
derrubados e mal vistos, o imaginário da igreja permanece ate os dias de hoje.
Partindo da construção de imagens e heróis, pode-se dissertar a relação do Rio de
Janeiro e a República, que traz uma descrição das mudanças econômicas, sociais, políticas e
culturais, pois o Rio de Janeiro passou na transição entre os regimes monárquico e
republicano, e as consequências delas advindas para a população. Também enfatiza o
impacto do novo regime no que se refere à expectativa de maior participação política do povo.
Mas tais esperanças foram logo traídas. O governo tratou de calar a população. Era preciso
estabilidade política, a qual não seria possível se o negro, o pobre, o estrangeiro, os operários
tivessem voz. A grande maioria da população foi excluída do processo eleitoral, mas o povo
encontrou outros meios de inserção no sistema e participação política, embora não
fossem nada formais. Entrando no fim do Império no Brasil e o início da República é
preciso esclarecer que aborda um momento de conturbações devido as muitas ideias que
surgem neste momento de liberdade de expressão e de próprias ideias, muitas delas vindas de
fora do país como era o caso da Revolução Francesa que era como uma base para quem queria
livrar-se de um poder monárquico. Com isso havia no Brasil uma grande confusão ideológica
e que por vezes se entrelaçavam, mas que eram confusas visto que os seus próprios
idealizadores perdiam-se em suas razões. Com isso surgem ideias importadas da Europa
como; Liberalismo, positivismo, socialismo e anarquismo, misturando-se e combinavam-se da
maneira mais ESDRÚXULA possível. Nesse período são várias as concepções de cidadania
que vão surgir devido esse leque de ideologias, pois também eram várias as mudanças
políticas devido aos demais pensamentos diferenciados. Ao passar do tempo o que se
sustentou foi o conceito liberal pois dava uma certa liberdade a quem precisava, mas que por
vezes não era um ideal democrático e acabava afastando as demais classes de um direito civil.

Por fim, o impasse desses pensamentos confundia, além de que havia uma mistura
que burlavam por vezes esse ideário que se tinha, pois o pensamento acaba restrito para
alguns que deixavam-se e perdiam-se fazendo confusão com o positivismo e liberalismo
causando alienação a quem ouvia-os. Segundo JMC, há muitas explicações para a revolta
da vacina (1904). A historiografia menciona que havia uma tentativa de tomada de poder
através de um golpe arranjado pelos militares jacobinos, tendo como líder Lauro Sondré.
Deixando claro nos seus discursos que queriam acabar com a república dos fazendeiros, ou
seja, com a política que dominava a república. Há a ideia de que a revolta não era contra
exatamente a vacina, mas que envolvia questões de cunho moral. A população sentia-se
desmoralizada pelo governo, no sentido que foi feito um projeto sem consulta popular, ainda
mais violando a privacidade e liberdade da população mais pobre. Portanto a explicação
mais evidente da revolta seria a obrigatoriedade, rodeada de ações do governo que não
foram bem vindas por parte da população, mas não seria questões políticas e sim questões
de moralidade na qual o regime republicano não abria espaço para opinião pública , nesse
sentido a população via-se fora da participação legítima.

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