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PENAL EM FOCO
ALAOR LEITE
LUÍS GRECO
15/04/2020 15:28
O presente trabalho, cindido em duas partes, pretende examinar apenas alguns dos
plúrimos reflexos penais da crise pandêmica da Covid-19 para dois grupos de
potenciais implicados: os cidadãos comuns, que podem se ver confrontados com o
art. 268 CP, o crime de “infração de medida sanitária preventiva” (Parte I) e, mais
especificamente, os profissionais de saúde, que poderão, em face da escassez
anunciada de unidades de terapia intensiva, encontrar-se na ingrata situação de
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27/10/2021 15:22 Direito Penal, saúde pública e epidemia - Parte I - JOTA
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especificamente da propriedade intelectual da Fifa . A emergência estimula, ainda, a
produção de um caudal regulatório – leis excepcionais, decretos, portarias –, atos
normativos que, por vezes de maneira concorrente, complementam tipos penais,
como é o caso do art. 268 CP. Ao intérprete, de lege lata, são lançados tormentosos
dilemas, que evocam categorias fundamentais da Parte Geral do Direito Penal, tais
como a causalidade, a imputação, as leis penais em branco e as causas de
exoneração de responsabilidade penal em sentido amplo, como a colisão de
deveres, o estado de necessidade e o erro de proibição. A emergência produz,
inevitavelmente, instabilidade jurídica.
3. Ainda assim, o papel que incumbe às proibições de natureza penal deve ser, nesse
contexto, relativamente limitado e secundário. Bem vistas as coisas, as decisões
cruciais – a definição de “serviços essenciais”, a estipulação de regras de priorização
em leitos de UTI – devem ser tomadas em outros ramos do Direito, com potenciais
reflexos jurídico-penais. Não se deve, enfim, sobrestimar a contribuição do Direito
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Penal no enfrentamento de epidemias . Está posta a chance histórica para
provarmos que a ideia de subsidiariedade, que norteia o Direito Penal, é mais do que
arenga manualística.
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d) O dispositivo atual, filho das epidemias do começo do século XX, tem a seguinte
redação: “Art. 268 – Infringir determinação do poder público, destinada a impedir
introdução ou propagação de doença contagiosa: Pena – detenção, de um mês a
21
um ano, e multa” . De resto, um tipo penal cuja existência parecia muito ajustada ao
22
que apologetas alegavam ser o “espírito de solidarismo do Estado Novo” – como já
veremos. Com ele, estava decretada a submissão do art. 268 CP ao cambiante
humor do federalismo brasileiro.
a) Não causa sobressalto que o legislador tenha construído o art. 268 CP, que
remete a uma “determinação do poder público”, sob o formato de lei penal em
branco. A lei penal em branco, ao lado das leis temporárias e das excepcionais (art.
3o CP), é técnica legislativa destinada a introduzir dinamismo à regulação penal –
como dito, estática por excelência –, conferindo ao Estado capacidade de reação em
face de alterações fáticas virulentas. Esses “corpos errantes à procura de alma” –
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complemento, que deve ser lido em conjunto com a norma originária, enfeixando,
enfim, a norma proibitiva completa que deve guiar o comportamento do cidadão.
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aa) Primeiramente, porque ela pressupõe um modelo de Direito Penal que lança aos
tipos penais exigências bastante altas, em um nível de que ainda não dispomos.
Existem situações de caos similares, por exemplo, na seara ambiental,
40
principalmente com o art. 68 da L. 9605/98, sem que isso até hoje, passados 22
anos, tenha sido ocasião para declarar qualquer inconstitucionalidade. A rigor,
também em outros países há enorme resistência à declaração de
inconstitucionalidade de tipos penais por violação do mandamento de
determinação.
cc) Em terceiro lugar, porque ninguém conseguiu enunciar com precisão quais são
as exigências constitucionais de determinação a serem atendidas por normas
penais em branco. Porém, quaisquer que sejam, parece-nos que elas estarão
descumpridas numa situação como a que hoje existe no Brasil. Nem se replique que
o problema é menos o art. 268 CP e mais o caos extrapenal que o antecede: ainda
que isso seja verdadeiro, a norma penal vigente recepciona sem qualquer filtro essa
situação caótica, e isso é inadmissível em um setor do direito cuja consequência
jurídica pode ser uma sanção privativa de liberdade.
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apresentar e a defender a nossa proposta, que consiste em levar a sério, quase que
literalmente, o termo “determinação”: de determinação só se poderá falar na
presença de três pressupostos, quais sejam, de um comando (aa) determinado, no
sentido de preciso, tanto subjetivamente, isto é, em relação ao destinatário (bb),
quanto objetivamente, isto é, no que diz respeito ao comportamento demandado
(cc).
aa) Determinação só há onde houver comando, ordem, isto é, uma prescrição cuja
obrigatoriedade é independente da vontade daqueles a quem ela se dirige. Por ex., o
art. 4º do Dec. nº. 64.881 de 22.03.2020, do Governo de São Paulo, reza: “Fica
recomendado que a circulação de pessoas no âmbito do Estado de São Paulo se
limite às necessidades imediatas de alimentação, cuidados de saúde e exercícios de
atividades essenciais”. Uma recomendação não é uma ordem nesse sentido, porque
ela não pretende viger com independência da vontade dos destinatários. O
mencionado dispositivo não é determinação, nos termos do art. 268 CP.
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natureza geral, em princípio, não podem servir de complemento para o art. 268 CP.
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Há, contudo, uma importante exceção: o das ordens de natureza geral unívocas. Por
ex., o art. 2º I do já mencionado Decreto do Governo de São Paulo afirma que “fica
suspenso… o atendimento presencial ao público em… academias e centros de
ginástica”. Os administradores de academias que continuarem a atender o público
realizam, assim, o tipo objetivo do art. 268 CP. Qualquer dúvida, entretanto, tem de
ser resolvida no sentido de que falta a determinação exigida pelo tipo. Se, por ex., A é
um personal trainer, que recebe os clientes em sua casa, não fica claro se a norma
incide sobre ele ou seu comportamento (“academias e centros de ginástica”?).
cc) Por fim, tem de haver determinação em sentido objetivo, isto é, precisão quanto
ao objeto do comando, ao comportamento que não pode ser realizado. Ainda no
caso de nosso personal trainer: não é claro que sua atividade configura “atendimento
presencial ao público”, de forma que o tipo do art. 268 CP não pode, segundo a
interpretação aqui proposta, ser a ele aplicado.
d) Ainda que não resolva a desordem jurídica que se estabeleceu fora do Direito
Penal, essa solução ao menos opera como um dique, impedindo que ela contamine
também esse ramo do Direito. A despeito de não ser ela a solução ideal, ela nos
parece, como plano B, satisfatória, uma vez que oferece uma solução geral, que
protegerá o cidadão de arcar com os custos da incerteza que se instaurou. Se a
segunda solução é satisfatória, as próximas duas, nos dois seguintes níveis,
provavelmente não podem satisfazer integralmente. Elas configuram os planos C e
D, soluções supletivas, emergenciais, para impedir abusos punitivos, não mais de
forma geral, mas, ao menos, no caso concreto.
Se não se aceitar nem a inconstitucionalidade do art. 268 CP, nem a sua restrição do
tipo objetivo a determinações do poder público imperativas, subjetiva e
objetivamente determinadas, chega-se ao terceiro nível, o do tipo subjetivo. O caos
jurídicos significa, para o tipo subjetivo, a possibilidade de situações de erro, que, a
nosso ver, deverá ser entendido já como erro de tipo, excludentes do dolo (art. 20
caput CP), o que exclui a punição pelo art. 268 CP, que só conhece forma dolosa.
Isso porque apenas o conhecimento – não a cognoscibilidade, que geraria culpa –
das determinações do poder público cuja infração realiza o tipo objetivo oferece ao
cidadão um indício do ilícito material que está a realizar, cumprindo a chamada
“função de apelo” da realização do tipo objetivo. Não podemos, na presente sede,
estender-nos sobre a difícil distinção entre erro de tipo e erro de proibição diante de
43
elementos normativos e normas penais em branco . O que parece decisivo é que,
em regra, quem desconhece o complemento de norma penal em branco não apenas
ignora que o que faz é ilícito (art. 21 CP), mas sequer sabe o que faz (art. 20 caput
OCP).
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27/10/2021 15:22 Direito Penal, saúde pública e epidemia - Parte I - JOTA
A solução no terceiro nível não é, como dito, de todo satisfatória, por uma série de
razões. Primeira e mais fundamentalmente, ela entende que o errado é o indivíduo, e
não o ordenamento em si caótico, de modo que traslada a responsabilidade pelo
45
caos para as costas de cada cidadão . Em segundo lugar, porque há notória reserva
em aplicar dispositivos sobre o erro, ainda que eles sejam lei vigente. Por fim, pode
dar-se uma situação em que o indivíduo conheça a ordem do poder público, mas
ainda assim tenha dúvidas quanto a se ela se aplica a seu caso – a situação de
nosso sacerdote, pastor ou dono de casa lotérica, acima descrita. Aqui, o sujeito
sabe o que faz, sabe que seu comportamento não corresponde ao que uma das
instâncias do poder público dele espera, mas crê, ainda assim, ser seu
comportamento lícito, porque se arrima em o que outras dessas instâncias lhe
indicam como permitido.
O erro de proibição deixa o dolo intacto, mas exclui a consciência da ilicitude. Como
dispõe a lei (art. 21 CP), ele, “se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-
la de um sexto a um terço”. O problema central será, assim, a evitabilidade desse
erro, que será determinada pela violação de um dever de informação concreto, eficaz
e cujo cumprimento é, ao agente, possível. A rigor, cai-se em um problema bastante
debatido nos últimos anos, que é o da dúvida sobre a proibição, no qual, outra vez,
não podemos nos aprofundar na presente sede – remetemos o leitor à monografia
46
do primeiro autor.
47
Ainda que muito seja objeto de controvérsia, começa a formar-se um consenso
quanto a que, em situações de caos normativo, em que o cidadão se encontra diante
de comandos contraditórios, sem que lhe seja possível, ao momento de sua
atuação, recorrer a qualquer pessoa ou instância que supere essa situação de
dúvida – que pode, portanto, ser chamada de objetiva – o cidadão atuará sem
culpabilidade. O caso se assemelha às hipóteses de jurisprudência claudicante ou
48
contraditória sobre determinado tema, debatidas na doutrina .
Quem poderá o nosso sacerdote ou o nosso dono de casa lotérica consultar, que
seja capaz de oferecer certeza quanto à qualificação de seu comportamento como
lícito ou ilícito? Nem mesmo o mais capacitado dos juristas será capaz de lhe
oferecer uma resposta inabalável, pelo simples fato de que a situação de incerteza é
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quem tem de arcar com os custos da incerteza, de forma que há que se reconhecer
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que há erro de proibição e que ele é inevitável, ficando excluída a culpabilidade nos
termos do art. 21 CP.
De lege ferenda, o art. 268 CP seria bem substituído por um tipo penal que
remetesse a uma vindoura lei federal que regulasse de forma geral situações
extremas de epidemia e de pandemia – o art. 268 CP fala genericamente apenas em
“doença contagiosa”, o que explica a pena reduzida –, conferindo ao Estado
instrumentos flexíveis para reagir à crise, mas delimitando com precisão os deveres
cuja violação enseja a realização de crime.
***As ideias deste breve estudo foram estimuladas pelo debate online ocorrido no
dia 8 de abril de 2020, parte das atividades do IDP, organizado por Rodrigo
Mudrovitsch, Guilherme Pupe e Felipe Carvalho, de que participaram, além do
primeiro subscritor, Fábio Tofic, Carolina Ferreira, Gustavo Badaró e Rodrigo de
Grandis.
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27/10/2021 15:22 Direito Penal, saúde pública e epidemia - Parte I - JOTA
https://www.jota.info/opiniao-e-analise/colunas/penal-em-foco/coronavirus-um-
diagnostico-juridico-penal-23032020 ; cf. também Tofic Simantob, Os tipos penais
incriminadores na pandemia, in: https://www.migalhas.com.br/depeso/324377/os-
tipos-penais-incriminadores-na-pandemia
5 A esse respeito, ver o brevíssimo artigo de Leite, Quem votou em Joseph Blatter?,
in: https://www1.folha.uol.com.br/paywall/login.shtml?
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/05/1450430-alaor-leite-quem-
votou-em-joseph-blatter.shtml
02/senso-incomum-covid-19-consequencialismo-dilema-trem-matar-gordinho
in: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
59702005000100006&lng=pt&tlng=pt ; ver também Goulart, Um cenário
Omefistofélico: a gripe
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27/10/2021 15:22 Direito Penal, saúde pública e epidemia - Parte I - JOTA
https://www.historia.uff.br/academico/media/aluno/417/projeto/Dissert-adriana-
da-costa-goulart.pdf
11 Roxin/Greco, Strafrecht, Allgemeiner Teil, 5ª ed., Munique, 2020, § 2 nm. 7 e ss.
direito português, ver Aires de Sousa, Saúde pública, direito penal e “abate
clandestino”, in: https://itercriminis.blog/2020/04/13/saude-publica-direito-penal-
e-abate-clandestino/?fbclid=IwAR0QUpAgLonv5OED6jndY0-
Uwd1lViOnYxirFDhee0iDnEdKVFOdJ-ZQ-tk
in: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
59702005000100006&lng=pt&tlng=pt
espanhola-paralisou-o-brasil
20 Cf. Hungria, Comentários ao Código Penal, vol. IX, Rio de Janeiro, 1958, p. 100 e
22 Palavras de Hungria, O Direito Penal do Estado Novo, Revista Forense (1941), p.
23 Binding, Die Normen und ihre Übertretungen, vol. I, 1872, p. 161-162.
24 Cf. por todos, Batista, Introdução crítica ao Direito Penal brasileiro, 11a ed., Rio de
25 Ver, no Brasil, as monografia de Alflen da Silva, Leis penais em branco e o direito
26 Cf., com as devidas referências, Greco, A relação entre o Direito penal e o Direito
27 BVerfGE 143, 38, de setembro de 2016; a respeito, com ulteriores referências,
analise/colunas/penal-em-foco/coronavirus-um-diagnostico-juridico-penal-
23032020: “A cláusula ‘destinada a impedir introdução ou propagação de doença
contagiosa’ é também excessivamente ampla: ela se aplicaria para quaisquer
determinações sobre doenças contagiosas, independentemente da gravidade e
velocidade de propagação?”.
29 Por exemplo, a Lei de Proteção contra infecções existente na Alemanha (Gesetz
11042020
em-foco/coronavirus-um-diagnostico-juridico-penal-23032020
https://www.jota.info/opiniao-e-analise/artigos/a-covid-19-e-a-inconstitucional-
relativizacao-do-federalismo-brasileiro-14042020 ; ver também as reflexões de
Duque, in: https://www.jota.info/opiniao-e-analise/artigos/emergencia-sanitaria-
constitucional-no-contexto-federativo-12042020
34 Transcrevemos o que nos parece pertinente: “O Govêrno Federal intervirá nos
Estado Novo, in: Revista de Informação Legislativa, ano 48, n. 189 (2011), p. 133 e
ss., que também recorda o art. 9 da Constituição de 1937 (p. 142).
https://dre.pt/application/conteudo/130473161
brezinski-crime-infracao-medida-sanitaria?fbclid=IwAR3MZFWoP-
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27/10/2021 15:22 Direito Penal, saúde pública e epidemia - Parte I - JOTA
multa. Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses a um ano, sem
prejuízo da multa.“
43 Cf. apenas Roxin/Greco, Strafrecht, Allgemeiner Teil, § 12 nm. 100 e ss.; em
referências.
Staatstheorie und Verbotsirrtum, Festschrift für Roxin, Berlim, 2001, p. 503 e ss.
46 Leite, Dúvida e erro sobre a proibição no Direito Penal, 2a ed., São Paulo, 2014; cf.
47 Há quem sustente que, nesses casos, falta mesmo lei que regule o caso; ou
48 Mais detalhes em Leite, Dúvida e erro sobre a proibição no Direito Penal, p. 105 e
49 Ver
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ALAOR LEITE – Docente-Assistente junto à Cátedra de Direito Penal, Direito Processual Penal, Direito penal
Estrangeiro e Teoria do Direito Penal da Faculdade de Direito da Universidade Humboldt, de Berlim; Doutor
e LL. M. em Direito (LMU Munique).
LUÍS GRECO – Professor Catedrático de Direito Penal, Direito Processual Penal, Direito penal Estrangeiro e
Teoria do Direito Penal da Faculdade de Direito da Universidade Humboldt, de Berlim; Doutor e LL. M. em
Direito (LMU Munique).
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