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FICHAS DE AVALIAÇÃO Volta e meia 5

VOLTAS E MAIS VOLTAS DO TEXTO NARRATIVO 1 Nível superior

Escola: Professor:
Nome: N.º: Turma:

GRUPO I

Lê o texto. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.

Por vezes, colocam-se dúvidas sobre a sua segurança, mas é fundamental perceber que as vacinas são
submetidas a inúmeros testes e anos de experiências progressivas antes de serem utilizadas. Para além disso,
a maior parte delas tem já muitos anos de uso desde o seu lançamento, o que permite assumir, com elevado
grau de certeza, que estamos a falar de produtos extremamente seguros. A isto junta-se uma enorme
eficácia1 na prevenção das doenças, o que torna as vacinas altamente defensáveis2.
Relativamente aos receios que as pessoas apresentam, uma das questões mais recorrentes é a suposta
associação de algumas vacinas ao autismo3 ou outras doenças neurológicas4. Hoje em dia já se vai
conhecendo mais um pouco sobre as causas do autismo e quanto mais se conhece, mais se conclui que não
existe nenhuma relação direta com as vacinas. Se não fosse assim, elas não seriam aprovadas pelo Infarmed,
que é a entidade que regulamenta todos os medicamentos em Portugal, nem seriam aceites
internacionalmente. Outro dos receios que por vezes é apresentado é o medo de inocular5 micro-organismos
nas crianças. Apesar das primeiras vacinas terem realmente sido assim, hoje em dia a esmagadora6 maioria
utiliza apenas pequenas partes que são produzidas em laboratório e não o agente da doença. Assim,
consegue-se ter a mesma produção de anticorpos7 de forma muito mais segura e com muito menos efeitos
colaterais8.
Mesmo quando são utilizados micro-organismos inteiros, eles são inativos ou adormecidos, de forma a
garantir a segurança, sem perder eficácia.
Hugo RODRIGUES (2014). Pediatra para Todos. Lisboa: Verso de Kapa

VOCABULÁRIO
1 eficácia – força.
2 defensáveis – que podem ser defendidas.
4 doenças neurológicas – doenças do sistema nervoso.

5 inocular – introduzir.

3 autismo – estado mental que se caracteriza pela tendência para perder a relação com os outros e com o mundo.
6 esmagadora – grande.

7 anticorpos – agentes protetores.


8 efeitos colaterais – consequências

Responde aos itens seguintes, de acordo com as orientações dadas.

1. Seleciona, de 1.1 a 1.5, a opção que completa cada frase de acordo com o sentido do texto.
1.1 Antes da sua utilização, as vacinas
A. são testadas em animais.
B. são experimentadas em crianças já doentes.
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C. são sujeitas a vários testes e experiências.


D. são compradas pelas indústrias farmacêuticas.

1.2 A maioria das vacinas é usada

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A. há relativamente pouco tempo.


B. há muito tempo.
C. no mínimo há dois anos.
D. há cerca de dez anos.
1.3 O autor do texto considera que as vacinas são
A. duvidosas.
B. potencialmente perigosas.
C. inseguras.
D. seguras.
1.4 Segundo o autor do texto, as vacinas
A. previnem doenças.
B. provocam doenças.
C. provocam tristeza.
D. causam muitos problemas.
1.5 No último parágrafo, a palavra «Assim» (linha 13) é utilizada para
A. apresentar um exemplo.
B. estabelecer uma comparação.
C. introduzir uma enumeração.
D. exprimir uma conclusão.

2. Classifica como V (verdadeiras) ou F (falsas) as afirmações seguintes, de acordo com a informação do texto.
A. As vacinas representam um risco para quem as toma.
B. O Infarmed não autoriza muitas das vacinas que existem à disposição das pessoas.
C. Atualmente, raras são as vacinas que contêm micro-organismos completos.
D. As vacinas que existem hoje em dia têm poucos efeitos secundários.
E. As vacinas que são produzidas com micro-organismos inteiros são pouco seguras.
2.1 Corrige as afirmações falsas.

GRUPO II

Lê o texto. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.

Fomos ao dispensário
Hoje de manhã não vamos à escola, mas não é nada divertido, porque temos de ir ao dispensário 1 para
nos examinarem, para verem se não estamos doentes e se não estamos malucos. Na sala, deram a cada um de
nós um papel para levarmos aos nossos pais e às nossas mães, explicando que tínhamos de ir ao dispensário,
com os nossos boletins de vacina, com as nossas mães e com as nossas cadernetas escolares. A professora
disse-nos que nos iam dar um «teste». Um teste, é quando nos pedem para fazer um desenho para verem se
estamos malucos.
Quando eu cheguei ao dispensário com a minha Mamã, o Rufus, o Godofredo, o Eudes, o Alceste já lá
estavam, e eles não estavam a brincar. Devo dizer que, a mim, os consultórios sempre me meteram medo. É
tudo branco e cheira a remédios. Os meus amigos estavam lá com as mães, menos o Godofredo que tem um
pai muito rico, e que veio com o Alberto, o motorista do pai. E depois, o Clotário, o Maixent, o Joaquim e o
Aniano chegaram com as mães, e o Aniano fazia muito barulho a chorar. Uma senhora muito simpática,
vestida de branco, chamou as mães e ficou com os boletins de vacinas, e disse que o médico já nos ia
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receber, para não nos impacientarmos2. Nós não estávamos nada impacientes. As mães começaram a
conversar umas com as outras e passavam as mãos nos nossos cabelos dizendo que éramos muito pequenos.
O motorista do Godofredo saiu para ir limpar o grande carro preto.

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– O meu – dizia a mamã do Rufus – o que eu passo com ele para o fazer comer; ele é muito nervoso.
– Não é como o meu – disse a mamã do Alceste. – Ele fica nervoso é quando não come.
– Eu – dizia a mamã do Clotário – acho que eles trabalham muito na escola. É uma loucura; o meu não
consegue acompanhar. No meu tempo…
– Oh! Eu não sei – disse a mamã do Aniano – o meu, querida senhora, tem muita facilidade; depende das
crianças, claro. Aniano, se não paras de chorar levas um açoite à frente de toda a gente.
– Talvez ele tenha facilidade – respondeu a mamã do Clotário mas parece que o pobrezinho não é lá
muito equilibrado, não é?
A mamã do Aniano não gostou do que dissera a mamã do Clotário, mas antes que ela pudesse responder,
a senhora de branco apareceu, e disse que íamos começar e para nos despirmos. Então, o Aniano ficou
doente. A mamã do Aniano pôs-se a gritar, a mamã do Clotário começou a rir e o médico chegou.
– O que é que se passa? – perguntou o médico. – Estas manhãs de exames escolares são sempre
pavorosas3! Calma, meninos, se não, faço como os vossos professores, castigo-vos. Dispam-se e depressa!
GOSCINNY – SEMPÉ (2009). As Brincadeiras do Menino Nicolau. Lisboa: Teorema

VOCABULÁRIO

1 dispensário – estabelecimento que oferece, gratuitamente, cuidados e medicamentos aos doentes.


2 impacientarmos – irritarmos.
3 pavorosas – horrorosas.

Responde aos itens seguintes, de acordo com as orientações dadas.

1. Segundo o narrador, a ida ao dispensário requeria algumas exigências.


Transcreve do primeiro parágrafo a frase que as enumera.

2. Explica, por palavras tuas, que tipo de teste tinham as crianças de fazer no dispensário.

3. Apresenta o(s) motivo(s) pelo(s) qual/quais o narrador afirma ter medo dos consultórios.

4. Identifica, no segundo parágrafo, os comportamentos dos meninos e os comportamentos dos seus


acompanhantes enquanto estavam à espera.

5. «Então, o Aniano ficou doente. A mamã do Aniano pôs-se a gritar, a mamã do Clotário começou a rir e o
médico chegou.» (linhas 25-26)
Justifica, com base no texto, por que motivo o Aniano e a sua mãe tiveram tais reações.

6. A ação está dividida em quatro momentos diferentes.


Atribui um título adequado a cada um desses momentos. Segue o exemplo. Exemplo:
1.º momento (linhas 1 a 6) – Informação sobre a ida ao dispensário.
2.º momento (linhas 7 a 11)
3.º momento (linhas 11 a 26)
4.º momento (linhas 26 a 28)
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GRUPO III

Responde aos itens seguintes, de acordo com as orientações dadas.


1. Assinala com X a frase em que a expressão sublinhada desempenha a função sintática de complemento
direto.
As doenças são prevenidas pelas vacinas.
As vacinas previnem as doenças.
Os médicos dão atenção às doenças.
Os meus receios são as doenças.

2. Transcreve, da frase seguinte, a expressão que desempenha a função sintática de predicado.


Todos os alunos daquela escola fazem exames.

3. Lê a seguinte frase.
«Na sala, deram a cada um de nós um papel para levarmos aos nossos pais e às nossas mães…»
Escreve uma frase em que utilizes a palavra «papel» com um significado diferente.

4. Lê, agora, a frase que se segue.


Os alunos da turma foram ao dispensário com dois documentos (os boletins de vacinas e as cadernetas escolares).
Transcreve:
4.1 um quantificador numeral.
4.2 um nome coletivo.

5. Completa cada uma das frases com a forma do verbo apresentado entre parênteses, no tempo e no modo
indicados.
Futuro simples do indicativo
Amanhã, todos os alunos (ir) ao dispensário.
Pretérito perfeito do indicativo
Ontem, a professora (esclarecer) os alunos sobre a ida ao dispensário.
Pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo
Quando o médico apareceu, os alunos já (chegar).

6. Reescreve as frases seguintes, substituindo o grau dos adjetivos conforme as indicações dadas.
6.1 Foi uma atividade muito interessante. (grau superlativo absoluto sintético)
6.2 As manhãs de exames escolares são as mais confusas. (grau superlativo relativo de inferioridade)

GRUPO IV
Imagina que também tiveste que ir ao dispensário com os teus colegas de turma. Escreve um texto narrativo, no qual relates
essa experiência.
O teu texto deve:
– ter um título adequado;
– referir o que se passou e o que sentiste;
– incluir um momento de diálogo;
– ser correto e bem estruturado;
– ter um mínimo de 140 e um máximo de 200 palavras.
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