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Como manejar a agressividade do sujeito quando inclui outro membro da família?

R: No caso clínico observo que a agressividade de V pode ser um mecanismo de defesa


para enfrentar todos os seus problemas. Neste caso deixaria ele se expressar e depois com
o tom de voz baixo, tentaria conversar e fazê- lo entender que aquela situação poderia ser
resolvida de alguma forma. Faria algumas perguntas a fim de aproximá- lo de mim e diria a
ele que eu iria ajudar a resolver a fim de criar um laço com esse paciente. Entendo que o
ambiente familiar é o primeiro e o mais significativo para interiorização de valores,
aprendizagem variada e criação de hábitos bons e ruins, o caso clínico mostra que os pais
de V se separaram e logo após ele começou a fazer uso de álcool e outras drogas, a
instabilidade em casa pode ter sido um fator que o levou às drogas. A ausência dos pais ou
pais separados pode ter criado a sensação de vazio e a droga compensa
momentaneamente essa carência afetiva que faz também com que ele reivindique mais
atenção dos funcionários. Acredito que essa agressividade pode ter sido também resultado
de uma possível abstinência ou simplesmente pelo fato de se sentir impotente frente ao
problema enfrentado por sua mãe.

Como manejar a questão religiosa do paciente endereçada ao psicólogo?


R: Nessa situação em que V pergunta ao psicólogo qual a sua religião, no meu lugar
tentaria entender qual a importância desse assunto devolvendo sempre a pergunta para ele
e fazendo ele entender que o lugar de fala é dele e não meu e que eu estaria ali para
escutar e que a pessoa mais importante ali era ele para que esse assunto também não vire
um processo de transferência a ponto desse indivíduo querer saber a minha religião para
talvez validar a dele ou o que ele pensa a respeito.

Como manejar quando o sujeito diz que não é ele quem quer agir, mas está
agressivo?
R: Agressividade é um comportamento e o sujeito não se comporta assim o tempo todo.
Esperaria ele se acalmar e reconhecer que com agressividade ele não irá conseguir
dialogar com as pessoas, evitaria contra atacar e ficaria em silêncio até ele se acalmar, em
seguida iniciaria um diálogo com uma pergunta objetiva como por exemplo: “O que
aconteceu aqui?” ou perguntaria a que ela atribui este comportamento com a intenção de
começar um diálogo a base de respeito e confiança.

Como manejar as decisões de familiares em relação ao tratamento?


R: É necessário junto a família conscientizar que o sujeito está em tratamento e que o apoio
da família é fundamental, fazer com que a pessoa direta ao paciente também faça
acompanhamentos com psicólogo para que este também saiba lidar com a situação.
Importante mostrar que a família necessita participar ativamente do tratamento e do
processo de recuperação do indivíduo.

Qual a direção de tratamento possível?


R: Mostraria a ele o quanto ele tem evoluído no tratamento e apontaria algumas coisas que
poderiam melhorar para que ele estivesse mais perto da alta. Pediria para ele fazer uma
lista de coisas que gostaria de fazer após a sua alta e diria a importância dele continuar no
tratamento junto ao CAPSad. Focaria no diálogo e na perspectiva de dias melhores e que a
cada evolução ele estaria mais próximo da alta faria junto com ele metas para bater no
período da internação.

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