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ENGENHARIA ECONÔMICA
PROFESSOR :
DAGOBERTO STEIN DE QUADROS
ENGENHEIRO FLORESTAL
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
ESPECIALISTA EM ECONOMIA INDUSTRIAL
ESPECIALISTA EM PROJETOS E VIABILIDADE ECONÔMICA
ESPECIALISTA EM FINANÇAS
MESTRE EM ADMINISTRAÇÃO DE NEGÓCIOS
DOUTOR EM ENGENHARIA FLORESTAIS
dagobert@furb.br
FEV/2018
2
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 6
2 ANÁLISE DE MERCADO ...................................................................................................... 7
2.1 Lei da Oferta e da Demanda .......................................................................................... 7
2.1.1 Curva da Demanda .................................................................................................. 7
2.1.2 Curva da Oferta ........................................................................................................ 7
2.1.3 Ponto de Equilíbrio de Mercado .............................................................................. 8
2.1.4 Deslocamentos das Curvas da Oferta e da Demanda ......................................... 9
2.1.4.1 Deslocamento da Curva da Demanda ............................................................ 9
2.1.4.2 Deslocamento da Curva da Oferta ................................................................ 10
2.1.4.3 Deslocamento da Curva da Oferta e da Demanda ...................................... 10
2.1.5 Elasticidade de Oferta e Demanda ....................................................................... 11
2.1.5.1 Elasticidade da Demanda ............................................................................... 11
2.1.5.2 Elasticidade da Oferta..................................................................................... 12
2.2 ESTRUTURAS DE MERCADO ................................................................................... 14
2.2.1 Concorrência Perfeita ............................................................................................ 14
2.2.2 Concorrência Imperfeita ........................................................................................ 14
2.2.2.1 Monopólio ......................................................................................................... 14
2.2.2.2 Oligopólio ......................................................................................................... 14
2.2.2.3 Monopsônio...................................................................................................... 14
2.2.2.4 Oligopsônio ...................................................................................................... 14
2.2.2.5 Concorrência Monopolística ........................................................................... 14
3 CUSTOS................................................................................................................................ 15
3.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA FORMAÇÃO DE PREÇOS DE VENDA ................... 15
3.1.1 Primeira Fase.......................................................................................................... 15
3.1.2 Segunda Fase......................................................................................................... 15
3.1.3 Terceira Fase .......................................................................................................... 15
3.1.4 Quarta Fase ............................................................................................................ 16
3.2 CONCEITOS FUNDAMENTAIS .................................................................................. 16
3.2.1 Conceitos Fundamentais de Custo....................................................................... 16
3.2.2 Custos e Despesas ................................................................................................ 16
3.2.3 Objetivos de um Sistema de Custo ...................................................................... 17
3.2.4 Regime de Competência e de Caixa .................................................................... 17
3.2.4.1 Regime de Caixa ............................................................................................. 17
3.2.4.2 Regime de Competência ................................................................................ 17
3.2.5 Custo Econômico e Custo Contábil ...................................................................... 18
3.2.6 Curto e Longo Prazo .............................................................................................. 18
3.2.7 Métodos de Avaliação de Estoque ....................................................................... 19
3.2.7.1 Primeiro a Entrar Primeiro a Sair ................................................................... 19
3.2.7.2 Último a Entrar Primeiro a Sair ...................................................................... 19
3.2.7.3 Método da Média Ponderada ......................................................................... 19
3.2.7.4 Próximo a Entrar Primeiro a Sair ................................................................... 20
3.2.8 Metodologias de Custeio ....................................................................................... 20
3.2.8.1 Custeio por Absorção ..................................................................................... 20
3.2.8.2 Custeio Direto ou Variável .............................................................................. 20
3.2.8.3 Custeio Padrão ................................................................................................ 20
3.2.8.4 Custeio Por Atividade - ABC .......................................................................... 20
3.2.9 Classificação de Custos ........................................................................................ 21
3.2.9.1 Custo Direto e Indireto .................................................................................... 21
3.2.9.2 Custos Fixos e Variáveis ................................................................................ 21
3.2.9.3 Custos Desembolsáveis e não-desembolsáveis .......................................... 21
3
1 INTRODUÇÃO
Por fim, registra-se que esta publicação visa unicamente o apoio às disciplinas
de Engenharia Econômica dos Cursos de Graduação em Engenharia, e, portanto, não
tem por objetivo encerrar a apresentação de qualquer dos temas a seguir apresentados.
7
2 ANÁLISE DE MERCADO
2.1 Lei da Oferta e da Demanda
A lei da oferta e da demanda é uma das leis econômicas mais conhecidas da
humanidade, talvez seja uma das mais perfeitas, simplesmente por que expressa a ação
dos agentes econômicos na sua plenitude.
Escala de Demanda
Preço (P) Quant. Dem. (QD)
4,00 400
6,00 200
8,00 100
10,00 50
Curva de Demanda
Escala de Oferta
Preço (P) Quant. Dem. (QD)
4,00 150
6,00 200
8,00 240
10,00 260
ΣD = 1
Qd
12
Demanda Elástica
Ocorre quando o resultado do coeficiente de elasticidade da demanda é maior
que 1, ou seja, quando a variação da quantidade demandada é maior que a variação
dos preços.
ΣD > 1,0
Qd
Demanda Inelástica
Ocorre quando o resultado do coeficiente de elasticidade da demanda é menor
que 1, ou seja, a expansão relativa das quantidades procuradas é menos do que
proporcional à redução relativa dos preços.
ΣD < 1,0
Qd
ΣD = 0
Qd
ΣD = α
Qd
ΣO = 1
Qd
Oferta Elástica
Ocorre quando o resultado do coeficiente de elasticidade da oferta é maior que
1, ou seja, ocorre quando a expansão relativa das quantidades ofertadas é mais do que
proporcional à expansão relativa dos preços.
ΣO > 1,0
Qd
Oferta Inelástica
Ocorre quando o resultado do coeficiente de elasticidade da oferta é menor que
1, ou seja, ocorre quando a expansão relativa das quantidades ofertadas é menos do
que proporcional à expansão relativa dos preços.
ΣO < 1,0
Qd
ΣO = 0
Qd
Oferta Perfeitamente Elástica
P
ΣO = α
Qd
14
2.2.2.1 Monopólio
Ocorre quando apenas uma empresa possui toda a oferta de um produto. Por
não haver concorrência, este produtor pode definir o preço de venda de seus produtos.
Estes produtores, normalmente, são os que têm o maior lucro no mercado.
2.2.2.2 Oligopólio
Mercado com as mesmas características do monopólio, porém a oferta dos
produtos é feito por um pequeno grupo de produtores. Estes produtores dominam o
mercado de forma que estes definem o preço de venda seus produtos. Os produtores
em oligopólio costumam movimentar os preços de venda, para cima ou para baixo, em
conjunto, ou seja, estes produtores trabalham em comum acordo de preços de venda.
Em muitos casos, estes movimentos de preços podem ser considerados crimes, como é
o caso da formação dos cartéis.
2.2.2.3 Monopsônio
Quando há apenas um comprador no mercado, o monopsonista. Este tem o
poder de mercado, devido ao fato de poder influenciar os preços de determinado
produto, variando apenas a quantidade comprada.
2.2.2.4 Oligopsônio
Quando há poucos compradores, os oligopsonistas, que também tem o poder de
mercado, devido ao fato de poderem influenciar os preços de determinado produto,
variando apenas a quantidade comprada.
3 CUSTOS
3.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA FORMAÇÃO DE PREÇOS DE VENDA
Santana (2005 apud THEISS, 1997, p. 25) apresenta um histórico da evolução
estratégica de custos nas empresas brasileiras, com a consequente formação dos
preços de venda. Salienta que este histórico destaca a necessidade de o empresário
brasileiro utilizar as ferramentas de gestão de custos a partir de uma análise de
viabilidade econômico-financeira. O estudo é apresentado em quatro fases.
De modo geral, nesta época o custo era calculado, o lucro era arbitrado e o
preço de venda imposto de forma unilateral, ou seja, definido pelo empresário a partir da
soma do custo com o lucro. Na época, o país encontrava-se com altas taxas de inflação,
assim como com uma abertura econômica considerada como muito fraca. Destaca-se
que, portanto, sobre esta ótica a empresa sofria pressão do mercado fornecedor e,
talvez, o mais importante: o lucro era arbitrado.
não ocorre, ou seja, os custos não são naturalmente “pagos”, não havendo, portanto,
saída de caixa.
a este respeito afirma que na tomada de decisões em engenharia, uma fonte importante
de dados costuma ser o conjunto de registros contábeis da própria firma. Esses dados
devem ser examinados cuidadosamente.
Newman (2000, p. 08) ainda enfatiza que:
A contabilidade financeira e a contabilidade de custos visam a exibir valores
contábeis e o fluxo de dinheiro – especificamente custos e benefícios – nas
operações de uma companhia. Onde os custos estão diretamente relacionados
com operações específicas, não há dificuldade; mas há outros custos que não se
relacionam com operações específicas. Esses custos indiretos, ou custos gerais
indiretos, costumam ser rateados pelas operações e produtos de uma
companhia segundo um método arbitrário. Para fins de contabilidade de custos,
os resultados em geral são satisfatórios, mas podem não ser confiáveis para uso
na análise econômica.
Estes custos estão calculados para uma única Unidade de Produção (UP).
Deve-se observar ainda que a planilha que segue esta estruturada para uma produção
padrão de 1.000UP/mês.
energia externa para funcionar, são utilizados para equipar, instrumentar, compor uma
máquina ou uma pessoa.
Para calcular os custos das máquinas e equipamentos deve-se identificar a
especificação destas quanto à quantidade, o modelo e o ano de fabricação, além do o
valor de aquisição, do valor residual e da vida útil. Posteriormente deve-se definir as
horas trabalhadas e a produtividade de cada hora trabalhada. Em seguida fez-se os
cálculos dos custos das máquinas e implementos a partir dos subitens que seguem.
3.3.1.2.2 Depreciação
Segundo Hirschfeld (2000, p. 408) a depreciação pode ser real ou contábil. A
depreciação real é a diminuição efetiva do valor de um bem resultante do desgaste pelo
uso, ação da natureza ou obsolescência normal, já a depreciação contábil é a
diminuição do valor contábil de um bem, resultante do decurso do prazo decorrido desde
a sua aquisição até o instante atribuído ao desgaste físico, ao uso ou à obsolescência.
Contabilmente, qualquer gasto de dinheiro de uma empresa somente pode ser
considerado despesa se ele se referir à aquisição de objetos ou serviços, tendo
finalidades dirigidas ao Objeto Social. Se tal aquisição for de utilização relativamente
curta (material de escritório, matéria-prima no estoque, mão-de-obra periódica, etc.), seu
lançamento contábil, como despesa, é realizado concomitantemente com seu
pagamento. Entretanto, se a aquisição referir-se a um bem de utilização relativamente
longa (compra de equipamento, de automóvel, de propriedade de instalação da
empresa, etc.), o gasto de dinheiro realizado para sua aquisição será contabilizado como
despesa durante tantos meses quantos forem os meses de sua depreciação, mesmo
que seu pagamento tenha sido feito a vista (HIRSCHFELD, 2000, p. 407).
Habitualmente define-se depreciação como uma “diminuição do valor”. Não se
trata de uma definição plenamente satisfatória, pois valor admite vários significados. No
contexto da engenharia econômica, valor pode referir-se ou ao valor de mercado – ou
seja, o valor monetário que as pessoas atribuem à propriedade – ou ao valor para o
proprietário. Temos, assim, duas definições de depreciação – uma diminuição do valor
de mercado ou uma redução do valor para o proprietário. (NEWNAN, 2000, p. 234)
Sobre este aspecto Newnan (2000, p. 234) destaca que:
Uma máquina pode depreciar-se (sofrer uma diminuição de valor) porque se
desgasta e já não desempenha suas funções tão bem como quando era nova.
Essa situação é chamada deterioração. Outro aspecto da depreciação é o
causado pela obsolescência. Uma máquina é considerada obsoleta quando sua
função pode ser desempenhada de uma maneira melhor.
V R
Depreciaçã o D
n
Onde:
V: Valor de aquisição
R: Valor do resto
N: Duração do investimento em anos ou horas de uso
As taxas de depreciação são normatizadas pelos órgãos fiscais oficiais, no
entanto, pode-se afirmar que as taxas mais comuns de depreciação são: 20% (5 anos
de depreciação) para veículos; 10% (10 anos de depreciação) para equipamentos,
máquinas, móveis, utensílios e instalações, 4% (25 anos de depreciação) para edifícios
e construções (HIRSCHFELD, 2000, p. 409).
As taxas de depreciação consideram um turno de 8 horas diárias de operação.
Se tais horas forem 16 (dois turnos) ou 24 (três turnos), a depreciação poderá ser
considerada acelerada, adequando-se as taxas aos valores resultantes da utilização dos
coeficientes redutores 1,5 e 2,0, respectivamente (HIRSCHFELD, 2000, p. 409).
3.3.1.2.3 Manutenção
Fontes e Cardoso (2002) definem, dentre outras, como sendo três as principais
formas de manutenção: a corretiva, a preventiva e a preditiva. A primeira é definida
como o conjunto de operações a serem realizadas após a ocorrência de uma falha na
máquina, a fim de restaurá-la para as condições originais. A segunda, a preventiva, pode
ser definida como um conjunto de ações realizadas de acordo com um quadro de
programações estabelecido em função do tempo de uso ou de índices de funcionamento
da máquina. Já a manutenção preditiva é definida como sendo um conjunto de ações
que são realizadas de acordo com as informações recebidas durante a monitoração dos
parâmetros indicativos da falha da máquina.
Observando-se os conceitos acima, pode-se afirmar que os custos de
manutenção podem variar de máquina para máquina e de empresa para empresa, de
acordo com a metodologia de manutenção empregada em cada caso. No entanto, os
custos de manutenção referem-se basicamente às peças de reposição e aos custos de
28
CM V . CfM
Onde:
CM: Custo de Manutenção (R$/mês)
V: Valor de aquisição (R$)
CfM: Coeficiente de Manutenção (%)
Deve-se ressaltar que nos casos em que a empresa tiver os valores históricos
médios gastos com a manutenção deve-se utilizar-se estes valores na análise.
3.3.1.2.4 Combustível
Hildebrand (1995, p. 47) aponta que:
Para se determinar a quantidade consumida, a empresa dispõe de duas
alternativas. A primeira é controlar o consumo, o que normalmente demanda
uma grande quantidade de trabalho, não justificada em função dos pequenos
valores envolvidos. A segunda é trabalhar com indicadores médios de consumo,
que podem ser determinados com base em uma série histórica, obtidas através
de pesquisa e/ou informações técnicas do fabricante.
CC C . V . Q
Onde:
CC: Custo de combustível (R$/mês)
C: Consumo/hora (l/h)
V: Valor do litro de combustível (R$/L)
Q: Quantidade de horas/mês (h/mês)
Nas empresas em que se têm os valores históricos, estes valores devem ser os
utilizados nas análises do custo de combustível.
3.3.1.2.5 Lubrificantes
Os custos de lubrificantes são normalmente calculados a partir dos valores
efetivamente gastos em cada caso. Para facilitar as análises utiliza-se, normalmente, a
fórmula abaixo:
L C . 0,10
Onde:
L = Custo de lubrificantes (R$/mês)
C = Custo de combustível (R$/mês)
0,20 = índice de lubrificante em relação ao consumo de combustível
CTx / S / M (Tx S M ) / 12
Onde:
CTx/S/M: Custo de Taxas, seguros e multas (R$/mês)
Tx: Taxas e Licenciamento anual (R$/ano)
S: Seguros (R$/ano)
M: Multas (R$/ano)
Máquina “A”
Va Vr 2000 1000
- Depreciação 200,00
Vu 5
- Manutenção 170,00
- Peças de Reposição 240,00
- Combustível / Lubrificantes 820,00
- Taxas / Impostos / Seguros / Multas 120,00
Total Geral 1.550,00
Máquina “B”
Va Vr 2000 1000
- Depreciação 200,00
Vu 5
- Manutenção 110,00
- Peças de Reposição 40,00
- Combustível / Lubrificantes 220,00
- Taxas / Impostos / Seguros / Multas 20,00
Total Geral 590,00
3.3.1.3.1 Salários
Conceitualmente salário é a remuneração do trabalho. O termo salário se refere,
portanto, à remuneração paga direta e indiretamente ao trabalhador, normalmente o
salário é pago de forma fixa mensal, podendo também ser pago por produção ou por
tarefa, sendo assim, de forma variável. Pode-se ainda ter casos de remunerações
mistas, ou seja, parte da remuneração pode ser fixa e outra parte variável.
O valor do salário não é o valor que o trabalhador recebe na forma monetária,
sobre ele existe o desconto da Previdência Social, assim sendo, o trabalhador brasileiro
contribui diretamente com a Previdência Social. Esta contribuição varia de acordo com o
valor do salário percebido pelo trabalhador, as menores contribuições ficam em torno de
7,65% e as mais altas em torno de 11,00%.
percentual fica próximo dos 101,4%. Theiss (2005, p. 45) apresenta o percentual de
112,03% de encargos sociais (ANEXO 01).
Como se podem observar os percentuais de representatividade dos encargos
sociais não são unânimes e dependem única e exclusivamente de cada empresa. A
literatura existente sempre deve servir como parâmetro para esses cálculos.
CMO Nf . S . ES . BS
Onde:
CMO: Custo de mão de obra (R$/mês)
Nf: Número de funcionários (unidade)
S: Salário mensal (R$/mês)
ES: Percentual de encargos sociais (%)
BS: Percentual de benefícios sociais (%)
- Água 50,00
- Energia 400,00
- Telefone Móvel 600,00
- Telefone Fixo 350,00
- Contador 800,00
- Aluguel 1.600,00
35
EBITDA ( R CTo )
Onde:
EBITDA: Lucro antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações
R: Receita
CTo: Custo total operacional menos os juros, impostos, depreciações e
amortizações
Onde:
Lcaixa: Lucro a partir do caixa
R: Receita
CTcaixa: Custo total menos o custo de capital e depreciações
Leconômico ( R CTeconômico )
Onde:
Leconômico: Lucro econômico
R: Receita
CTeconômico: Custo total (inclui custo de capital e depreciações
100 48,08
Taxa de Marcação =
100
1.000,00UP/mês
Custo p/ UP Custo p/ Mês
Custo de Matéria Prima e Embalagem 1,17 1.170,00
Custo de Mão-de-Obra Direta 4,78 4.777,83
Custo de Máquinas e Equipamentos 1,55 1.550,00
Custo de Mão-de-Obra Indireta 7,79 7.789,90
Custo de Máquinas e Equipamentos Indiretos 0,59 590,00
Despesas Gerais 5,91 5.910,00
Total dos Custos Diretos e Indiretos 21,79 21.787,73
OBSERVAÇÕES:
80% 100%
Custo Fixo 15.839,89 15.839,89
Custo Variável 16.872,49 21.090,61
Custo Total 32.712,38 36.930,50
Receita 33.576,00 41.970,00
CT + L = R
(CF + CV) + L = R
Qp = 15.839,89
(41,97 – 21,09)
Qp = 758,61
Onde:
CT: Custo Total
L: Lucro
R: Receita
CF: Custo Fixo
CV: Custo Variável
Qp: Quantidade de Produção
CV/UP: Custo Variável por Unidade de Produção
PV: Preço de Venda (por Unidade de Produção)
CF
PE . 100
( PV CVun)
Onde:
PE: Ponto de equilíbrio (%);
CF: Custo fixo (R$/mês);
PV: Preço de venda (R$/unidade);
CVun: Custo variável unitário (R$/unidade).
PONTO DE EQUILÍBRIO
UNIDADES MONETÁRIAS
45.000,00
40.000,00
Custo Fixo
35.000,00
30.000,00 Custo Variável
25.000,00 Custo Total
20.000,00 Receita
15.000,00
10.000,00
5.000,00
0,00
0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% 100,00%
QUANTIDADE DE PRODUÇÃO
44
Estoque
Compra
Fevereiro - PEPS
Consumo
Estoque
Compra
Fevereiro - UEPS
Consumo
Estoque
Compra
Fevereiro - Méd. Pond.
Consumo
Estoque
Compra
Fevereiro - PREPS
Consumo
Estoque
45
b) Uma determinada empresa produz serviços e possui uma equipe de Mão de Obra
Direta de 43 funcionários, um deles é engenheiro de produção (proprietário da empresa)
e tem um salário mensal de R$ 5.700,00, quatro são técnicos de produção e têm um
salário de R$ 1.150,00/mês, os outros funcionários são auxiliares de produção e
percebem um salário de R$ 760,00/mês. Sabendo-se que os encargos sociais sobre o
pró-labore são de 20,00% e sobre os salários dos funcionários são de 112,06%, qual o
custo médio da mão de obra direta por hora, se cada um dos 43 membros da equipe
trabalhar e a empresa vender 165 horas/mês?
c) Qual a depreciação linear mensal de uma máquina que tem um valor de aquisição de
R$ 56.000,00, sabendo-se que esta depreciar-se-á em 5 anos e terá no final deste
período um valor residual que corresponde a 20% do valor da aquisição?
e) Se você tem que produzir um produto que tem um custo direto mais indireto de
R$_2.760,00/unidade de produção e uma taxa de comercialização de 16,85%, qual a
taxa de lucro ou prejuízo se o bem for vendido por R$ 3.700,00/unidade de produção?
46
c) Considerando a questão 1 e 2, que o preço de venda não varia mesmo quando varia
a produção, que a MP e o CC são custos variáveis, qual o lucro ou o prejuízo obtido em
um mês que a empresa operar com 23% de capacidade ociosa?
d) Considerando a questão 1 e 2, bem como a produção de 1.000 UP/m para quanto vai
o lucro da empresa se o preço de venda tiver um aumento de 25%?
PRODUTO A:
- Produção padrão de 10.000 unidades de produção/mês
- Matéria prima: R$ 50,00/UP
- Mão de obra direta: R$ 6,50/UP
- Máquinas e equipamentos diretos: R$ 27,00/UP
- Preço de Venda: R$ 200,00/UP
PRODUTO B:
- Produção padrão de 2.000 unidades de produção/mês
- Matéria prima: R$ 80,00/UP
- Mão de obra direta: R$ 20,00/UP
- Máquinas e equipamentos diretos: R$ 2,00/UP
- Preço de Venda: R$ 375,00/UP
PRODUTO C:
- Produção padrão de 20.000 unidades de produção/mês
- Matéria prima: R$ 300,00/UP
- Mão de obra direta: R$ 40,00/UP
- Máquinas e equipamentos diretos: R$ 50,00/UP
- Preço de Venda: R$ 1.350,00/UP
UP = Unidade de Produção
49
4 MATEMÁTICA FINANCEIRA
4.1 HISTÓRIA DA MOEDA
O sistema monetário atual é o resultado de uma longa evolução. A partir da
exposição da história da moeda no sitio do Banco Central do Brasil, apresenta-se,
resumidamente, as seguintes fazes da evolução da moeda.
4.1.1.2 Moeda-Mercadoria
Devido a sua alta utilização, algumas mercadorias passaram a ser mais
procuradas do que outras. Estas eram aceitas pela maioria da população e então,
assumiram a função de valor referência, o que ocasionou a sua circulação como sendo a
mercadoria que era trocada pela maioria das outras mercadorias.
Estas mercadorias padrão eram as moedas–mercadorias. O sal e o gado são os
exemplos mais conhecidos de moeda–mercadoria. No Brasil circularam o pau-brasil, o
açúcar, o cacau e o tabaco.
As oscilações dos valores das moedas-mercadorias tornaram-se inconvenientes
às transações. As moedas-mercadorias tinham dois problemas principais: eram de dificel
fracionamento e perecíveis.
4.1.1.3 Metal
Surge o metal como padrão monetário. Estes tinham as características de serem
armazenáveis, divisíveis, serem raros, transportáveis e serem perenes. O metal passa a
ser o principal padrão de valor, inicialmente o metal era trocado em seu estado natural,
para depois ser trocado em barras ou na forma de objetos.
O metal passa a ser pesado e a sua pureza avaliada. Diante destes controles, o
metal ganhou forma e peso determinado, além do aval do estado, o que agilizou as
transações e deu inicio a uma nova fase no sistema monetário. O ouro, prata e bronze
foram os primeiros metais utilizados na fabricação de moedas. O ouro era utilizado nas
moedas de maior valor, ficando a prata e o bronze destinado às moedas de menor valor.
4.1.2.1 Real - R
Utilizada conjuntamente com diversas outras moedas, assim como com o
escambo, foi a primeira moeda brasileira, tendo validade desde o período colonial até 07
de outubro de 1833.
ter o mesmo valor que Cr$ 1,00. Esta moeda teve os centavos extintos em 01 de
dezembro de 1964.
4.1.2.10 Real – R$
Mais recentemente, em 01 de julho de 1994, a moeda nacional passa a ser
denominada de “Real”, a partir da conversão de CR$ 2.750,00 para R$ 1,00. Esta
conversão foi feita a partir da variação do indexador econômico designado de Unidade
Real de Valor – URV na data de referência de 30 de junho de 1994.
A A A A A A
+
52
VP i i i i i i
VF
d d d d d d n
-
Onde:
VP: Valor Presente
VF: Valor Futuro
A: Série Uniforme
N: Número dePperíodos
i: Taxa de Juro do Período
d: Taxa de Desconto do Período
VF = VP + (i * n * VP)
ou
VF = VP * (1 + (i * n))
Onde:
VF: valor futuro
VP: valor presente
i: taxa de juros
n: número de períodos de juros
VF = VP * (1 + i)n
Onde:
VF: valor futuro
VP: valor presente
i: taxa de juros
n: número de períodos de juros
Onde:
Txi Nominal: Taxa de Juro Nominal
Txi Real: Taxa de Juro Real
CM: Correção Monetária
4.2.5.4 Deflacionamento
Através da utilização de um índice previamente determinado, o deflacionamento
tem por objetivo retirar dos preços nominais o efeito da inflação, transformando estes
valores nominais em valores reais, que, estando deflacionados, podem ser comparados
mesmo tendo origens temporais diferentes.
Para realizar estas operações deve-se primeiro padronizar a moeda convertendo
qualquer outra unidade monetária na moeda corrente, posteriormente, deve-se converter
o valor antigo em valor novo através da variação do índice em questão. No ANEXO XX,
apresenta-se as variações de moeda ocorridas no Brasil.
Onde:
iaa: Taxa de juros ao ano
55
VF VP (1 I ) n
Onde:
VF: valor futuro
VP: valor presente
i: taxa de juros
n: número de períodos de juros
VF
VP
(1 i ) n
Onde:
VP: valor presente
VF: valor futuro
i: taxa de juros
n: número de períodos de juros
1 i n 1
VP A n
i1 i
Onde:
VP: valor presente
A: valores uniformes
i: taxa de juros
n: número de períodos de juros
1 i n 1
VF A
i
Onde:
VF: valor futuro
A: Valores uniformes
i: taxa de juros
n: número de períodos de juros
57
VP
A 1 i 1
nt
1 i 11 i
t nt
Onde:
VP: valor presente
A: Valores uniformes
i: taxa de juros
n: número de períodos de juros
t: intervalo de pagamentos
nt: horizonte de tempo
A(1 i ) 1 nt
VF
(1 i) 1 t
Onde:
VF: valor futuro
A: valores uniformes
i: taxa de juros
n: número de períodos de juros
t: intervalo de pagamentos
nt: horizonte de tempo
A
VP
i
Onde:
VP: valor presente
A: Valores uniformes
i: taxa de juros
A
VP
(1 i) 1
t
Onde:
VP: valor presente
A: Valores uniformes
i: taxa de juros
t: intervalo de pagamentos
59
b) Qual a taxa de juros reais se em um ano tivemos uma taxa de juro nominal de
17,23%aa e uma inflação de 7,22%aa?
d) Qual o valor de um bem daqui a 90 dias se este bem custa hoje (a vista) o valor de
105.000,00UM, considere a seguinte estimativa de inflação no período:
Taxa de inflação do primeiro mês: 1,0235%am
Taxa de inflação do segundo mês: 0,8851%am
Taxa de inflação do terceiro mês: 1,2189%am
f) Quanto teríamos que cobrar por um terreno hoje se este foi comprado pelo valor de
650.000,00UM a exatos 6 anos atrás, considere na análise uma taxa de mínima
atratividade de 12,00%aa e as seguintes taxas de inflação anuais:
Taxa de inflação do primeiro ano: 9,15%aa
Taxa de inflação do segundo ano: 9,58%aa
Taxa de inflação do terceiro ano: 10,35%aa
Taxa de inflação do quarto ano: 10,99%aa
Taxa de inflação do quinto ano: 12,65%aa
Taxa de inflação do sexto ano: 14,58%aa
60
e) Uma floresta nativa sob regime e manejo florestal produz a cada 10 anos uma receita
de R$4.000,00/ha. Qual o valor presente do fluxo de caixa se a taxa de juros for de
6,17%a.a.? O horizonte de tempo é de 50anos.
f) Uma fazenda florestal produz R$5.000,00 a cada 10 anos, se o plano de manejo desta
fazenda for projetado para 50 anos, qual o valor futuro destas produções, considere o
juro de 12%a.a.?
5 ANÁLISE DE INVESTIMENTO
A análise de investimento é uma ferramenta administrativa e administrar em
tempos de grandes mudanças, segundo DRUCKER (1995, p. 17) requer muita
habilidade, pois “a incerteza – na economia, na sociedade, na política – ficou tão grande
que tornou inútil, senão contraproducente, o tipo de planejamento ainda praticado pela
maioria das empresas: previsão baseada em probabilidades”. Mais adiante o mesmo
autor continua seu pensamento afirmando que “os executivos tem de tomar decisões
que comprometem para o futuro recursos correntes de tempo e dinheiro.”
Pode-se afirmar, então, que o planejamento do dinheiro no tempo é de
fundamental importância no gerenciamento de empresas e é neste ponto que os
empresários devem concentrar o seu foco e é a partir desta premissa que se apresenta
o presente capítulo.
A viabilidade de um empreendimento é examinada dentro de um prazo de
interesse no qual se deseja saber se o esforço produtivo a ser realizado vale mais do
que a simples aplicação dos valores envolvidos a taxas mínimas de atratividade.
(HIRSCHFELD, 2000, p. 183). Ressalta ainda que para existir a viabilidade é necessário
que, nos tempos de análise, os benefícios resultantes sejam superiores aos custos
empregados.
Em síntese, pode-se conceituar a análise de investimento como a forma de se
prever economicamente o futuro de um empreendimento, ou ainda, pode-se conceituar a
análise de investimento como o conjunto de técnicas que permitem a comparação entre
fluxos de caixa diferentes.
A análise de investimento leva em consideração alguns fatores:
- as entradas do fluxo de caixa;
- as saídas do fluxo de caixa;
- os lucros auferidos;
- os juros do mercado;
- o tempo de análise.
Sempre que se trabalha com análise de investimento, deve-se levar em
consideração os objetivos da empresa e/ou do negócio analisado, se é o de obter o lucro
em uma única negociação ou em uma base temporal única (mês ou ano) ou de se obter
máximos ganhos num horizonte de tempo de longo prazo, ou seja, as políticas de longo
prazo das empresas fazem com que esta não tenha como objetivo único o lucro, mas
sim o lucro no longo prazo, agregado a rentabilidades satisfatórias.
Infelizmente, tem-se que registrar aqui que as formas de definição da TMA não é
uma ciência exata. Alguns autores afirmam que a taxa de juros a ser usada pela análise
de investimento é a taxa de juros equivalente à maior rentabilidade das aplicações
correntes e de pouco risco. Outros autores afirmam que a TMA deve representar o custo
de capital investido na proposta em questão, ou ainda, o custo de capital da empresa
mais o risco envolvido em cada alternativa de investimento. Entendendo-se por custo de
capital a média ponderada dos custos das diversas fontes de recursos utilizadas no
projeto em questão.
Normalmente a TMA advém da comparação com alguns parâmetros:
- Taxas de juros dos bancos comerciais ou de investimento;
- Valorização dos títulos públicos;
- Rentabilidade da própria empresa;
64
taxa livre de risco (Rf) mais o prêmio; por unidade de risco [E(Rm)−Rf], medido
pelo β);
- rF: Taxa livre de risco (representada por taxa de 10 anos do Tesouro dos
EUA)Retorno do ativo livre de risco;
- : Beta é o risco no negócio (é o coeficiente beta, que representa a
sensibilidade dos retornos do ativo em relação aos do mercado. O beta é uma
medida da volatilidade dos retornos de uma ação em relação aos retornos de
ações do mercado global;
- rM: Retorno esperado do mercado;
- (rM – rF): Prêmio de risco de mercado, representa a diferença entre a taxa de
retorno esperada do mercado e a taxa de retorno livre de riscos.
Onde:
E: Custo de mercado do capital próprio (patrimônio líquido ou equity)
D: Custo de mercado da dívida (capital de terceiros ou debt)
P: Custo de mercado das ações preferenciais
rE: Custo de capital próprio (dos acionistas)
rD: Custo da divida (custo do financiamento por terceiros)
rP: Custo de ações preferenciais
t: Taxa de imposto marginal
IG Cx Ests CR CP
Onde:
IG: Investimento de giro
Cx: Valor monetário no caixa da empresa
68
MOD e I DG CC DIV
- MED E I
5.3.4 Custos/Receitas/Lucro
5.3.4.1 Custos
Na análise de investimento devem-se fazer os lançamentos dos custos do
período, estes devem ser considerados anualmente, não se deve considerar os juros
existentes entre os meses e, assim sendo, os valores mensais são simplesmente
multiplicados por doze.
5.3.4.2 Receitas
Normalmente deve-se considerar a receita como o resultado da quantidade de
produção multiplicada pelo preço de venda. Esta advém do sistema de custo
apresentado em capítulo anterior.
5.3.4.3 Lucro
O lucro deve ser lançado em cada ano, da mesma forma como os custos e
receitas, os lucros mensais são multiplicados por doze para se chegar ao lucro anual.
Pode-se fazer análises de investimento baseando-se as mesmas nos diversos tipos de
lucro apresentados nos itens anteriores.
IG
VR
R R R R R
L L L L L
CD CD CD CD CD
CI CI CI CI CI
IF CC CC CC CC CC
IG
Figura XX – Fluxo de Caixa em Empresas
Onde:
R: Receita
L: Lucro
IF: Investimento fixo
IG: Investimento giro
CD: Custo direto
CI: Custo Indireto
CC: Custo de Comercialização
VR: Valor residual do investimento fixo
71
5.4.1 Rentabilidade
LA
R
IT
Onde:
- R: Rentabilidade
- LA: Lucro Anual
- IT: Investimento total
IT
PB
LA
Onde:
- PB: Payback time
- IT: Investimento total
- LA: Lucro Anual
IT
PB D
LAD
Onde:
- PBD: Payback time
- IT: Investimento total
- LAD: Lucro Anual Descontado
Onde:
- Razão B/C: Razão Benefício/Custo
- VPReceitas: Valor Presente das Receitas
- VPCustos(TMA): Valor Presente dos Custos a Taxa de Mínima Atratividade
Onde:
- VPL(TMA): Valor Presente Líquido determinada Taxa de Mínima Atratividade
- TMA: Taxa de Mínima Atratividade
- ITT: Investimento Total
- LFP: Lucro Futuro Projetado
74
VPL(TMA)
VAUE (TMA)
(1 TMA) n 1
TMA(1 TMA) n
Onde:
- VAUE(TMA): Valor anual Uniforme Equivalente determinada a Taxa de Mínima
Atratividade
- VPL(TMA): Valor Presente Líquido determinada a Taxa de Mínima Atratividade
- TMA: Taxa de Mínima Atratividade
VFL(TMA) ITT (1 TMA) n LFP1 (1 TMA) n1 LFP2 (1 TMA) n2 ....... LFPn
Onde:
- VFL(TMA): Valor Futuro Líquido determinado a Taxa de Mínima Atratividade
- TMA: Taxa de Mínima Atratividade
- ITT: Investimento Total
- LFP: Lucro Futuro Projetado
Onde:
- ITT: Investimento Total
- LFP: Lucro Futuro Projetado
- Txi: Taxa de Juros
A Taxa Interna de Retorno pode ser calculada a partir da “regra de tentativa e
erro”, para tanto, segue-se a seguinte regra geral:
- estruturação do fluxo de caixa;
- arbitrar uma taxa de desconto;
- calcular valor presente do fluxo de caixa;
- se o valor presente for positivo, aumentar a taxa;
- se o valor presente for negativo, diminuir a taxa;
- repetir os dois últimos passos até se obter o resultado igual a zero;
- o valor que zerar o fluxo de caixa é o valor da Taxa Interna de Retorno.
5.4.10 Valuation
Sobre o risco, Gitman (1997, p.202) resume: "O risco, em seu sentido
fundamental, é definido como a possibilidade de um prejuízo financeiro". Já Ehrlich
(2009, p.89) define risco como sendo a possibilidade de um evento desfavorável no
decorrer de um certo período de tempo.
Para Gitman (2010, p. 203) o risco é “a probabilidade de perda financeira ou, mais
formalmente, a variabilidade dos retornos associados a um dado ativo”.
Reilly e Norton (2008, p. 24) definem risco como “a chance de não se atingir as
metas de investimento em razão da incerteza do retorno no tempo, [...] o risco decorre
da volatilidade esperada dos retornos dos ativos no tempo”.
Platt (2002) define risco, no contexto de avaliação de negócios, como o grau de
certeza ou incerteza da concretização de retornos esperados, destacando que, incerteza
se refere à magnitude e momento de realização dos retornos esperados. Portanto,
quanto menos certeza o investidor tem em relação a quanto irá receber e qual o valor
dos seus recebimentos, maior é o risco assumido por esse investidor.
Uma plantação de floresta pertencente a uma empresa com fins lucrativos pode
ser considerada como um projeto de investimento. Para Ross et al (2008) a maioria dos
projetos de investimento envolve fluxos de caixa com risco e devido a isso, deve ser
empregada uma taxa de desconto adequada ao risco do projeto. Os autores explicam
ainda que o risco é a parcela inesperada do retorno, sendo aquela parcela que resultaq
de surpresas.
Risco Diversificável – quando a parte do risco de um ativo que é atribuível a
causas aleatórias e específicas à empresa pode ser eliminado por meio de diversificação
(também chamado de risco não sistemático).
Risco Não Diversificável – atribuíveis a fatores de mercado que afetam todas as
empresas (também chamado de risco sistemático).
Uma das formas de medir o risco de uma empresa é a determinação do seu beta
(B). Gitman (2010, p. 222) define o coeficiente beta como uma “medida relativa do risco
não diversificável. È um indicador do grau de variação do retorno de um ativo em
resposta a uma variação no retorno de mercado”
Brigham et al (2001) definem o conceito de Beta mais detalhadamente da
seguinte forma:
A tendência de uma ação se mover para cima ou para gbaidxo com o mercado está
refletida em seu coeficiente beta, B. Beta é um elemento-chave do CAPM. Uma ação
de risco médio é definida como aquela que tende a se mover para cima e para baixo
em sincronia com o mercado em geral, tal qual medido por algum índice como o Dow
Jones Industrial, o S&P 500, ou o Índice do New York Stock Exchange. Tal ação terá,
por definição, um beta, b, de 1,0, que indica, em geral, que, caso o mercado suba em
10%, a ação, da mesma forma, cairá em 10% (BRIGHAM et al, 2001, p. 192-193).
Não temos no Brasil um índice específico do setor florestal. Uma alternativa seria
a criação de um índice utilizando-se o retorno das ações das empresa florestais ou de
todas do setor agropecuário listadas na BM&FBovespa.
- Risco Biológico – neste item se incluem riscos originários de danos que podem
ser causados por bactérias, fungos, insetos, animais silvestres e exóticos;
- Risco Tecnológico – aqui se apresentam os riscos advindos da evolução
tecnológica de bens e serviços. O desenvolvimento tecnológico, normalmente,
influencia no processo produtivo de bens e serviços similares ou substitutos;
- Risco Econômico/Financeiro – as variações cambiais, as variações em bolsas
de valores, os aumentos de impostos, as variações inflacionárias, caracterizam
este risco. Aqui se inclui ainda as mudanças na situação econômica nacional e
internacional;
- Risco de Gestão – as formas de gerenciamento em termos de processo
produtivo, marketing, administração de recursos humanos, planejamento
estratégico, são exemplos que caracterizam o risco de gestão;
- Risco Jurídico – as mudanças legais em termos de legislações e normatizações
internacionais, federais, estaduais e municipais, podem apresentar grande risco
aos empreendimentos analisados;
- Risco de Mercado – a natureza do produto e suas variações sazonais; a entrada
e saída de concorrentes e a entrada e saída de produtos complementares ou
substitutos, são exemplos que podem fazer com que ocorram riscos.
Risco
Total
FONTE: xxxx
Sabe-se que a venda será realizada a cada 15 dias e que a receita desta venda será de
R$3.400,00, o recebimento será creditado na conta da empresa 45 dias após cada uma
das vendas quinzenais.
Considere que os pedidos e recebimentos das mercadorias tem a mesma data.
Para facilitar o cálculo utilize sempre meses de 30 dias.
80
Obs: Sabe-se que a venda será realizada a cada 15 dias e que a receita desta venda será
de R$ 3.400,00, o recebimento será creditado na conta da empresa 45 dias após cada
uma das vendas quinzenais. Considere que os pedidos e recebimentos das mercadorias tem a
81
Acumulado
0 8600 0 8600 8600
15 0 0 0 8600
30 0 800 -800 7800
35 0 3800 -3800 4000
40 0 600 -600 3400
45 0 800 -800 2600
60 3400 1600 1800 4400
65 0 3800 -3800 600
70 0 600 -600 0
75 3400 800 2600 2600
90 3400 1600 1800 4400
95 0 3800 -3800 600
100 0 600 -600 0
105 3400 800 2600 2600
120 3400 1600 1800 4400
125 0 3800 -3800 600
130 0 600 -600 0
135 3400 800 2600 2600
150 3400 1600 1800 4400
155 0 3800 -3800 600
160 0 600 -600 0
165 3400 800 2600 2600
180 3400 1600 1800 4400
185 0 3800 -3800 600
190 0 600 -600 0
195 3400 800 2600 2600
210 3400 1600 1800 4400
215 0 3800 -3800 600
220 0 600 -600 0
225 3400 800 2600 2600
240 3400 1600 1800 4400
245 0 3800 -3800 600
250 0 600 -600 0
255 3400 800 2600 2600
270 3400 1600 1800 4400
275 0 3800 -3800 600
280 0 600 -600 0
285 3400 800 2600 2600
300 3400 1600 1800 4400
305 0 3800 -3800 600
310 0 600 -600 0
315 3400 800 2600 2600
330 3400 1600 1800 4400
335 0 3800 -3800 600
340 0 600 -600 0
345 3400 800 2600 2600
360 3400 1600 1800 4400
365 0 3800 -3800 600
370 0 600 -600 0
375 3400 800 2600 2600
390 3400 1600 1800 4400
395 0 3800 -3800 600
400 0 600 -600 0
84
b) Qual a taxa interna de retorno, o valor anual uniforme equivalente, o valor presente líquido do
seguinte fluxo de caixa?
Lucratividade (1o ano) = 25.000UM
Lucratividade (2o ano) = 35.000UM
Lucratividade (3o ano) = 45.000UM
Lucratividade (4o ano) = 55.000UM
Lucratividade (5o ano) = 65.000UM
Valor Residual (5o ano) (Investimento Fixo) = 25.000UM
Taxa de Atratividade = 9,00% ao ano
Investimento de Giro = 125.000UM
Investimento Fixo = 75.000UM
Considere que o investimento de giro retorna de forma integral no final do fluxo de caixa.
c) Considerando o fluxo de caixa abaixo em 5 anos, qual a Taxa Interna de Retorno e o Valor
Presente Líquido da referida empresa?
Investimento fixo: R$ 135.000,00
Investimento de giro: R$ 145.000,00
Lucro do 1º Ano: R$ 45.000,00
Lucro do 2º Ano: R$ 85.000,00
Lucro do 3º Ano: R$ 85.000,00
Prejuízo do 4º Ano: R$ 5.000,00
Lucro do 5º Ano: R$ 135.000,00
Valor Residual do investimento fixo 5º ano: R$ 75.000,00
Considere no 5º ano o retorno do capital de giro ao fluxo de caixa no valor de R$ 145.000,00.
Taxa de Atratividade: 9,00%
d) Considerando o fluxo de caixa abaixo em 9 anos, qual a Taxa Interna de Retorno e o Valor
Presente Líquido da referida empresa?
Investimento fixo: R$ 100.000,00
Investimento de giro: R$ 145.000,00
Lucro do 1º Ano: R$ 45.000,00
Lucro do 2º Ano: R$ 85.000,00
Lucro do 3º Ano: R$ 85.000,00
Lucro do 5º Ano: R$ 95.000,00
Lucro do 6º Ano: R$ 105.000,00
Lucro do 8º Ano: R$ 105.000,00
Lucro do 9º Ano: R$ 115.000,00
Valor Residual: R$ 75.000,00
Considere no último ano o retorno do capital de giro ao fluxo de caixa no valor de R$ 145.000,00.
Taxa de Atratividade: 9,00%
86
b) Uma empresa que opera em plena capacidade instalada (100%), com uma produção
de 10.000 unidades de produção por mês, possui os seguintes custos e receitas:
Custo de Matéria-prima e embalagem: 10.000,00UM/mês (Custo variável)
Custo de Mão-de-obra direta: 5.000,00UM/mês (Custo variável)
Custo de Mão-de-obra indireta: 3.000,00UM/mês (Custo variável)
Custo de Despesas Gerais: 3.000,00UM/mês (Custo fixo)
Custo de Máquina e Equipamentos: 12.000,00UM/mês (Custo fixo)
Custo de comercialização: 27%
Lucratividade: 16%
Faça a análise considerando que a empresa estará operando nos 2 primeiros anos com
75% da capacidade instalada, nos próximos 2 anos com 87,50% da Capacidade
Instalada e no quinto ano com 90% da Capacidade Instalada, qual a Taxa Interna de
Retorno obtida neste cenário? Considere ainda:
- o Investimento Fixo de 100.000,00UM;
- o Investimento de Giro de 250.000,00;
- o Valor Residual do Investimento Fixo de 40.000,00;
- o Valor Residual do Investimento de Giro de 250.000,00.
87
SITUAÇÃO PROPOSTA
Considerando a situação anterior e que a empresa encontra-se no instante “zero”,
como fica a situação da empresa em termos de ponto de equilíbrio, taxa interna
de retorno e valor presente líquido, sabendo-se que ela tem que substituir um
equipamento velho por um equipamento novo. Considere que a substituição deste
equipamento terá as seguintes características:
- o equipamento novo terá um custo de R$ 150.000,00;
- o equipamento usado será vendido por um valor residual de R$ 56.000,00;
- o equipamento novo terá um custo adicional de manutenção e peças de
reposição de R$ 25.000,00/mês;
- o equipamento novo terá um custo adicional de mão de obra de R$
10.000,00/mês;
- considere que os custos fixos continuam como fixos e os custos variáveis como
variáveis;
- considere que o valor residual das máquinas e equipamentos terão um valor
adicional de R$ 30.000,00;
- considere que o preço de venda terá um aumento real de 12,50% em relação ao
calculado na situação anterior e que este preço não se altera mesmo quando a
produção se altera;
Para a referida análise considere que a empresa operará nestes seis anos com
90% da capacidade instalada.
88
6 BIBLIOGRAFIA
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Colheita de Madeira e Transporte Florestal / Editores Jorge Roberto Malinovski et al.
Anais...Curitiba: UFPR: FUPEF, 2006. p. 47-53.
ATKINSON, A. A. et al. Contabilidade Gerencial. São Paulo: Editora Atlas, 2000.
BANGS Jr. David. Guia Prático Financeiro – Como abrir o seu próprio negócio
BERNARDI, L. A. Política e formação de preços: uma abordagem competitiva,
sistêmica e integrada. 2. ed. São Paulo: Editora Atlas, 1998. 355 p.
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à economia. 14 ed. São Paulo: Atlas, 1990.
THEISS, J. R.; KRIECK, M. Custos e preços sugeridos de venda: serviços, comércio
e indústria: enfoques essencialmente práticos. 2. ed. Blumenau: Odorizzi, 2005. 147
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VANDERBECK, Edward J; NAGY, Charles F. Contabilidade de custos.11. ed. São
Paulo : Pioneira Thomson Learning, 2001. 456 p, il.
VASCONCELLOS, M. A. S.; GARCIA, M. E. Fundamentos de economia. São Paulo:
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objetivo. 5. ed. São Paulo: Frase, 1998.
WESSELS, W. J. Economia. São Paulo: Saraiva, 1998. xvi, 523 p.
ZDANOWICZ, J. E. Fluxo de Caixa: uma decisão de planejamento e controle
financeiros. 7. ed. Porto Alegre: Sagra Luzzato, 1998.
91
7 ANEXOS
7.1 Encargos Sociais no Brasil
ENCARGOS SOBRE A REMUNERAÇÃO NORMAL
GERENCIAL
[A] Obrigações incidentes diretamente sobre a folha de pagamento Horista
Encargos (1) %
INSS 20,00%
SESI/SESC/SEST 1,50%
SENAI/SENAC/SENAT 1,00%
INCRA 0,20%
SEBRAE 0,60%
SALÁRIO EDUCAÇÃO 2,50%
SAT (Seguro Acidente Trabalho) 3,00%
FGTS 8,50%
TOTAL 37,30%
[B] Parcelas agregadas a remuneração e pagas diretamente ao empregado %
Parcelas agregadas (1) e (3)
DSR (Descanso Semanal Remunerado = 48 dom: 275 dias/ano) 17,45%
Férias (26 dias em média: 275 dias/ano) 9,45%
Adicional de 1/3 Férias (9,45%: 3) 3,15%
Feriados (12 dias por ano: 275 dias/ano) 4,36%
Acidentes no Trabalho (15 dias: 4 anos de 275 dias/ano) 1,36%
Décimo Terceiro Salário (30 dias: 275 dias/ano) 10,91%
Licença Paternidade (5 dias : 4 anos de 275 dias/ano) 0,45%
Licença Remunerada (4 dias : 275 dias/ano) 1,45%
TOTAL 48,58%
(365 dias do ano - 52 domingos - 52 1/2 sábados - 12 dias feriados : 275 dias úteis ano)
[C] Benefícios e encargos que não incidem sobre os demais encargos: %
Benefícios e encargos (1)
Aviso Prévio Indenizado (30 dias: 275 dias/ano x 50% dos empregados) 5,45%
Multa 50% do FGTS nas rescisões (50% x 8,5% x 50% dos empregados) 2,12%
Lei 6.708 art 9 (8,5% do Aviso Prévio 0,46%
Indenizado)
Contribuição do 0,00%
Sindicato
Seguro de Vida (parte do custo absorvido pela empresa) 0,00%
Alimentação (parte do custo absorvido pela empresa) 0,00%
Transporte (parte do custo absorvido pela empresa) 0,00%
Outros custos (parte absorvida pela empresa) 0,00%
TOTAL 8,03%
[D] Incidências Cumulativas [A x B] %
Incidências Cumulativas [A x B] 18,12%
TOTAL GERAL DOS ENCARGOS 112,03%
( 1 ) = ajustar segundo as realidades da empresa.
( 2 ) = foi estimado que a cada 4 anos ocorre o evento.
( 3 ) = ajustar também as % considerando a previsão de reajustes da remuneração durante o ano.
AS TRÊS ABORDAGENS
Primeira Abordagem
Nesta abordagem considera-se apenas dois dos três grupos do custo de mão de
obra, quais sejam:
- a remuneração (salário, férias e 13o salário);
- as contribuições (previdência social, fundo de garantia e seguro contra
acidentes).
Considera-se neste enfoque o salário como a base de cálculo e todas as demais
rubricas como encargos, assim sendo, o percentual de encargos engloba as férias, o
13o salário e as contribuições.
Nesta abordagem, o salário é considerado como a base de cálculo e, assim
sendo, os repousos semanais, feriados, etc., faz parte do salário e não dos encargos
sociais. Pode-se dizer que os defensores desta abordagem utilizam-se do conceito de
salário mensal “cheio”, o que faz com que o percentual de encargos sociais nesta
abordagem seja menor, como verá mais adiante.
Segunda Abordagem
Esta é uma metodologia que pode ser considerada como uma variação da
primeira abordagem, porém com implicações relevantes. No valor do salário mensal
estão incluídas ausências (repousos semanais e feriados) remuneradas. Porém, nesta
abordagem, o objetivo é considerar como base não o salário total, mas apenas a parte
relativa ao tempo em que o empregado permanece à disposição da empresa, então
todas as ausências remuneradas serão computadas como encargos sociais.
ROCHA (2000) é muito eficaz quando afirma que “é exatamente neste ponto
que se encontra o ponto da discórdia: as pessoas que afirmam que o percentual
de encargos sociais é superior a 100% tomam como base de cálculo apenas a
remuneração relativa ao tempo em que o trabalhador fica a disposição do
empregador. Consideram encargo social o pagamento de domingos e feriados e o
de outras ausências remuneradas, como aquelas cujo motivo é doença, gala ou
nojo (além, é claro, de férias, 13º salário e contribuições relacionadas ao
pagamento de todas as ausências citadas).”
Então esta segunda abordagem considera que:
- salário é apenas o valor pago pelo empregador ao empregado pela
contraprestação do serviço;
- todos os valores pagos sem a correspondente contraprestação de serviços são
encargos sociais;
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Terceira Abordagem
Esta abordagem considera não só os repousos semanais e os feriados como
parte do salário, como também as férias e o 13º salário, pois todos estes valores são
pagos diretamente ao empregado e não a entidades públicas ou paraestatais.
Assim sendo, a base de cálculo é a remuneração total, incluindo férias e 13o
salário, como se pode perceber nas seguintes considerações:
- todo e qualquer valor pago diretamente aos empregados é salário, e não
encargo social;
- por consequência, encargos sociais são apenas as contribuições, recolhidas
aos cofres governamentais ou paraestatais, como INSS, SESI, SENAI, INCRA,
etc.;
- é esta a abordagem adotada pela Organização Internacional do Trabalho –
OIT.
ROCHA (2000) destaca que “é fácil perceber que o valor e o percentual de
encargos sociais, quando encarados dessa maneira, serão os menores, pois
incluirão apenas as contribuições sociais recolhidas aos cofres públicos, com
base na folha de salários (inclusos, nessa folha, as férias e o 13o.”
ANÁLISE MATEMÁTICA
ROCHA (2000) em outro estudo relacionado com as três abordagens acima
caracterizadas fez uma análise matemática do processo de mensuração do custo da
mão de obra e dos encargos sociais.
O autor fez um estudo baseado em um trabalhador que recebe um salário básico
mensal de $1.200,00, durante uma base temporal de um ano, baseando-se em valores
históricos e moeda da mesma data. Assim sendo, considerou os seguintes gastos totais
para o empregador durante um ano:
- Salários: 11meses x $1.200,00 = $13.200,00
- Férias: $ 1.200,00
- 13º salário: $ 1.200,00
- Adicional de férias: $ 400,00
Sub-total $16.000,00
- Contribuições de 36,8% $ 5.888,00
Total $21.888,00
Como base de cálculo o autor utilizou os seguintes valores para cada
abordagem:
1ª Abordagem
- Base de Cálculo: Salário ($13.200,00)
- Encargos Sociais: Férias, 13º Salário e Contribuições
- Cálculos:
- Gastos Totais: $21.888,00
- Base de Cálculo: $13.200,00
- Encargos Sociais: $8.688,00
- Percentual de Encargos Sociais: 65,82%
2ª Abordagem
- Base de Cálculo: Remuneração do tempo à disposição ($10.800,00)
- Encargos Sociais: Repousos, Feriados, Férias, 13º Salário e Contribuições
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- Cálculos:
- Gastos Totais: $21.888,00
- Base de Cálculo: $10.800,00
- Encargos Sociais: $11.088,00
- Percentual de Encargos Sociais: 102,67%
3ª Abordagem
- Base de Cálculo: Salário, Férias e 13o Salário ($16.000,00)
- Encargos Sociais: Contribuições
- Cálculos:
- Gastos Totais: $21.888,00
- Base de Cálculo: $16.000,00
- Encargos Sociais: $5.888,00
- Percentual de Encargos Sociais: 36,80%
ROCHA (2000) conclui seu estudo afirmando que “de tudo o que foi exposto
nesta série, conclui-se que há, basicamente, três pontos de vista diferentes sob os quais
podemos calcular o peso dos encargos sociais para os empregadores.”.
A ESCOLHA DO MODELO
ROCHA (2000) finaliza afirmando que “independentemente de quem esteja com
a razão, uma coisa é certa: para efeito de se calcular o custo efetivo de cada hora ou de
cada dia trabalhado – e, consequentemente, o custo a ser considerado em cada produto
fabricado (ou serviço prestado) -, esta segunda abordagem é a correta.”, ou seja, a
abordagem que considera como base de cálculo apenas a remuneração do tempo
à disposição do empregador.
Parece que o autor está com toda razão, pois na maioria das vezes que se tem
que calcular o custo/hora de uma atividade deve-se levar em consideração as horas
disponíveis que o trabalhador está contratado para exercer esta atividade, e
logicamente, o custo desta disponibilidade como consequência deve, portanto ser a
base de cálculo.