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Cidade
Ano
GABRIELA DE JESUS FIGUEIREDO
Teixeira de Freitas
2021
BANCA EXAMINADORA
RESUMO
ABSTRACT
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................13
2. COMREENDENDO O TRASNTORNO DO ESPECTRO AUTSTA (TEA) .........15
2.1.TEA E A INCLUSÃO ESCOLAR..........................................................................19
3. TÍTULO DO SEGUNDO CAPÍTULO DA REVISÃO...............................................
4. TÍTULO DO TERCEIRO CAPÍTULO DA REVISÃO...............................................
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................
REFERÊNCIAS...........................................................................................................21
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1 INTRODUÇÃO
Algumas crianças têm alto índice de memorizar dados, mesmo que eles não
tenham sentido ou efeito prático, possuem hipersensibilidade a estímulos. Sendo
também, possível haver problemas com a alimentação por causa do seguimento de
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sua rotina. Algumas características podem estar presentes e outras não, com
intensidade e gravidade diferentes em cada caso. Mesmo sem cura, os
acompanhamentos médico e/ou terapêutico, educacional e social promovem
melhoras no prognóstico relacionado ao desenvolvimento.
Conforme o professor, Edson Defendi:
Os sinais que caracterizam o TEA podem levar a situações nas quais
quando crianças, tendem a se isolar socialmente e apresentar baixos níveis
de vocabulário. Essa situação pode levar a uma comunicação bastante
comprometida, assim como grandes dificuldades para compreender vários
tipos de contextos, sejam emocionais ou sociais. A intervenção precoce,
embora não consiga necessariamente eliminar todas essas características,
podem conduzir a um quadro que proporcione uma vida mais integrada e,
de certa forma, mais independente. (Defendi, Edson, pág. 06)
De acordo com estudos, a incidência do TEA é maior em pessoas do sexo
masculino e, conforme já destacado, incide igualmente em famílias de diferentes
etnias, localizações geográficas ou classes sociais. Ou seja, por todo mundo.
Edson Defendi, ainda afirma que:
O autista tem como característica uma extrema solidão – o chamado
isolamento autístico. Em função dele, a criança desconsidera, impede ou
ignora a presença do outro e das coisas que chegam de fora de seu
ambiente. Portanto, as crianças autistas apresentam, desde seus primeiros
anos de vida, uma incapacidade acentuada para desenvolver relações
interpessoais. Algumas crianças autistas têm ausência de toda forma de
comunicação, enquanto em outras há ocorrência de ecolalia (repetição
constante e descontextualizada de palavras ou frases). Em relação com as
mudanças no ambiente e a rotina, há uma obsessão por manter as coisas
no lugar, pela igualdade. Essa manutenção da ordem só pode ser rompida
por decisão do próprio autista. (Defendi, Edson. Pág. 10)
Silva et al (2012) nos relata que uma criança com TEA, (transtorno do
espectro autista) pode apresentar uma extraordinária capacidade de inteligência,
sendo capaz de tocar maravilhosas melodias no piano, sem nunca ter ido a uma
aula de música, ou até mesmo que desenvolva habilidades com cálculos
matemáticos, sem nenhuma aprendizagem escolar sobre o assunto. Porém, é
possível que haja limitações no raciocínio, na aprendizagem de crianças com
autismo. Existem também tipos de genialidade que podem estar presentes no TEA,
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que são conhecidos como os savant, mais conhecidos como pessoas brilhantes
que apresentam habilidades extraordinárias e que segundo pesquisas, apenas
10% das pessoas com TEA possuem essa capacidade.
Conforme Ana Beatriz Barbosa Silva, Mayra Bonifácio Gaiato e Leandro
Thadeu Reveles:
Como já dissemos no decorrer do livro, as dificuldades que as
pessoas com funcionamento autístico apresentam são muitas, com
variados níveis de comprometimento, que vão desde traços até a falta
total de interação social. Mas algo de extraordinário ocorre com
algumas pessoas com autismo. Elas podem, ocasionalmente, sentar-
se num piano e tocar melodias magníficas, sem, contudo, terem
freqüentado qualquer escola de música; fazer cálculos matemáticos
como se fossem os maiores gênios da humanidade; ou, ainda,
começar a ler com 2 ou 3 anos, sem jamais terem ido à escola! O
autismo, ao mesmo tempo em que preocupa, exerce certo fascínio
sobre a opinião pública. Certas características típicas do autismo,
como a obsessão por assuntos específicos, a atenção voltada a
detalhes, o hiperfoco e a capacidade de pesquisar um assunto
exaustivamente, fazem com que algumas pessoas do espectro autista
sejam magníficas em determinados quesitos. Esse funcionamento
mental propicia um hiperfuncionamento em áreas específicas do
cérebro, em detrimento de outras. O nosso cérebro funciona como um
conjunto de sistemas integrados, como se fosse uma orquestra,
porém, em determinadas pessoas com autismo, a integração desses
sistemas não é completa. Dessa forma, certas regiões do cérebro
podem funcionar sem a interferência de outras, resultando em
talentos e habilidades excepcionais que, normalmente, não vemos
nas demais pessoas. Segundo Darold Treffert, psiquiatra e
pesquisador norte-americano, cerca de 10% das pessoas com
autismo são brilhantes em algumas tarefas. De forma geral, essas
potencialidades espetaculares estão relacionadas às áreas de
memória, cálculos matemáticos, cálculos de calendários, desenhos,
artes plásticas, música, literatura e outras de conhecimentos gerais.
Pessoas com tamanha capacidade também podem ser chamadas de
savants (sábios, em francês). Os savants são poucos no mundo e
apresentam "ilhas" de conhecimento em um cérebro com tantas
outras "falhas" ou deficiências. As pessoas costumam confundir
indivíduos portadores de síndrome de Asperger,
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e isso faz com que as pessoas se confundam como se existissem diferentes tipos
de autismo. Contudo o que existe são diferentes níveis de gravidade dentro de um
grande espectro, havendo assim a necessidade de uma forma específica de
inclusão para cada um, abrangendo cada particularidade.
Durante muito tempo a luta pelo direito da criança com TEA tem sido marcada
por grandes lutas e grandes conquistas, no entanto ainda hoje no Brasil há uma
grande preocupação com a inclusão da criança com TEA na sociedade. Diante disso
destaque-se a Associação Brasileira de Autismo (ABRA) que têm como lema “a
União faz a Força”, todos na luta por direitos igualitários para as crianças com
autismo (SILVA et al, 2012, p. 115).
Cada vez mais a sociedade, pela falta de incompreensão, os mantém
afastados da convivência social. A inclusão é um termo relativamente recente,
ouvindo-se falar pela primeira vez no Brasil nos meados dos anos 90. Devido ter um
sentindo amplo, a palavra inclusão pode ser confundida com a palavra integrar.
Contudo enquanto a integração defende apenas a prioridade do direito
buscando apenas inserir parcialmente e condicionalmente, a inclusão conjectura o
direito de todos, sem restrição ou condição. A inclusão do aluno com TEA deve ser
compreendida como um processo que visa socializar, interagir e devolver as
habilidades da criança, tendo sempre o respeito pela sua particularidade.
Atualmente, o indivíduo com TEA e pouco ou nada, compreendido pela
sociedade que se distancia do princípio de inclusão devido à falta de conhecimento
sobre o assunto. (ORRÚ, 2012). Tal incompreensão vem provocando conceitos que
se distanciam das reais necessidades da pessoa com TEA, especialmente, no que
tange a sua aceitação em diversos ambientes, a exemplo, na escola.
De acordo com Orrú:
[…] quando as pessoas são questionadas sobre o autismo, geralmente são
levadas a dizer que se trata de crianças que se debatem contra a parede, tem
movimentos esquisitos, ficam balançando o corpo, e chegam até dizer que
são perigosos e precisam ser trancados em uma instituição para deficientes
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O art. 93 da Lei 8.213/91 prevê que nas empresas com 100 ou mais
empregados há a necessidade do preenchimento de seus cargos com
pessoas portadoras de deficiência ou reabilitados. O preceito constitucional
tem por objetivo que o deficiente possa ter meios de subsistência, inclusive
de sua família, exercendo atividade remunerada, retirando, de certa forma,
esse dever do Estado (MARTINS, 2013, apud PEREIRA, 2017, p. 35).
Art. 1º […]
Outrossim, não basta reconhecer o direito ao estudo, é preciso tornar esse direito
uma realidade com o acolhimento nas escolas. Recusar a matrícula desses alunos
especiais é passível de indenização de danos morais, conforme a decisão do
Tribunal de Justiça do Amapá:
Por todo exposto, observa-se que a previsão legal é o instrumento que permite a
efetivação dos direitos na vida prática, cuja regulamentação da proteção das
pessoas com transtorno espectro autismo é resultado da luta pelo reconhecimento
em igualdade de direitos, os quais somente são garantidos com a aplicação de
medidas que levam em consideração as características, limitações e especialidades
da pessoa com deficiência.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Dispõe sobre a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com
Transtorno do Espectro Autista, e altera o § 3o do art. 98 da Lei no 8.112, de 11 de
dezembro de 1990. Lei nº 12.764. Presidencia da república casa civil. Brasília.
2012 Disponível em: https://jus.com.br/artigos/48333/lei-n-12-764-2012-direitos-da-
pessoa-com-transtorno-do-espectro-autista Acesso em 28 abril de 2021
CUNHA, Eugênio. Autismo e inclusão: psicopedagogia e práticas
educativas na escola e na família. Livro. 4. ed. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2012.
Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/cpdd/v16n1/06.pdf Acesso em 28 abril
de 2021.
SILVA, Ana Beatriz Barbosa; Gaiato, Mayra Bonifácio; Reveles, Leandro Thadeu.
Mundo Singular do Autismo – Entendendo o autismo. Fontanar, 2012. Disponível
em: http://alma.indika.cc/wp-content/uploads/2015/04/Mundo-Singular-Ana-Beatriz-
Barbosa-Silva.pdf Acesso em 28 abril de 2021
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