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VIGA-COLUNA

Exemplo 1: Considere a viga-coluna A-B de suporte de um balanço


B-C, representado na Figura abaixo. A coluna é engastada na seção
da base, sendo a seção do topo (seção B) livre de rodar, mas
impedida de se deslocar horizontalmente, em qualquer direção. O
pilar é constituído por uma seção retangular tubular SHS
200x150x8mm, S355 (E=210GPa e G=81GPa). Admitindo que o
carregamento indicado já está majorado para o estado limite último,
verifique a segurança da coluna segundo o EC3-1-1.

920 kN
15 kN/m
Secção transversal do pilar A-B
B y

C
z
(x)

SHS 200x150x8 mm
x
6.00 m
z
(y)

3.00 m

Figura – Estrutura com elementos de seção retangular tubular


i) Diagramas de esforços no pilar A-B
A estrutura é hiperestática, desprezando as deformabilidades axial e
devid ao esforço cortante obtém-se os diagramas de esforços
ilustrados na Figura 3.86.

1/29
NEd VEd MEd
67.5 kNm

- +

-
965.0 kN 16.9 kN 33.8 kNm
Figura 3.86 – Diagramas de esforços
ii) Verificação da resistência das seções transversais
Propriedades do SHS200x150x8mm: A=52.75cm2, Wpl,y=358.8cm3,
Wel,y=297.1cm3, Iy=2971cm4, iy=7.505cm, Wpl,z=293.7cm3,
Wel,z=252.6cm3, Iz=1894cm4, iz=5.992cm e IT=3643cm4.
Procede-se inicialmente à verificação da classe com o EC3-1-1, 5.5.
Num elemento submetido a flexão composta onde as sucessivas
seções são submetidas a esforços diferentes, a classe da seção pode
variar ao longo do elemento.
Apesar disto não introduzir dificuldade na verificação da resistência
das seções (cada seção é verificada para sua classe), pode dificultar
a definição da classe da seção para a verificação da estabilidade do
elemento, já que se trata de uma verificação global do elemento.
Neste exemplo procede-se de uma forma simplificada, verificando a
classe da seção para a situação mais desfavorável, onde a seção é
submetida apenas a esforço axial.
Para a aba maior do perfil em compressão, EC3-1-1, Quadro 5.2:
c t ≈ (b − 3 t ) t = (200 − 3 × 8 ) 8 = 22 .0 < 33 ε = 33 × 0.81 = 26 .7 (Classe 1)

Como se para a hipótese considerada é de classe 1, esta pode ser


tratada como classe 1 para qualquer outra combinação de tensões.
A resistência à flexão em torno do eixo y, combinada com o esforço
axial, é obtida com o EC3-1-1, 6.2.9.1 (5):
1− n
M N , y , Rd = M pl , y , Rd ≤ M pl , y , Rd
1 − 0 .5 a w .
Para a seção mais esforçada (seção do topo da colunar), sob esforços
NEd=965kN e My,Ed=67.5kNm, obtém-se:
N Ed 965
n= = −4 3
= 0.52
N pl , Rd 52 .75 × 10 × 355 × 10 1.0
;
A − 2 b t 52 .75 − 2 × 15 × 0.8
aw = = = 0.55 > 0.5 ⇒ a w = 0.5
A 52 .75 ;
355 × 10 3
M pl , y , Rd = 358 .8 × 10 − 6 × = 127 .4 kNm
1 .0 .
Momento plástico resistente da seção, reduzido pelo esforço axial é:
1 − 0.52
M N , y , Rd = 127.4 × = 81.5 kNm < M pl , y , Rd
1 − 0.5 × 0.5
⇒ M N , y , Rd = 81 .5 kNm
.
M Ed = 67.5 kNm < M N , y,Rd = 81.5 kNm
Como ,
As seções da viga coluna passam em relação à flexão composta.
O esforço cortante deve ser verificado numa seção qualquer, uma
vez que se trata de um elemento com esforço cortante constante.
A h 52.75 × 20
Av = = = 30.14 cm 2
Sendo b+h 15 + 20 , obtém-se:
Av f y 30.14 × 10 −4 × 355 × 103
V pl , Rd = = = 617.7 kN
γM0 3 1 .0 × 3
VEd = 16.9 kN < V pl , Rd = 617.7 kN
Como
As seções da viga coluna passam em relaçãoao esforço cortante.
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Para averificação da flambagem da alma por esforço cisalhamento,
segundoEC3-1-1, 6.2.6 (6), considera-se conservativamente η = 1 .
Para a alma não enrijecida:
hw t w ≈ (h − 3 t ) t = (200 − 3 × 8 ) 8 = 22 .0 < 72 ε η = 58 .3
logo é dispensada a verificação.
A verificação da interação da flexão com o esforço cortante
(segundo o EC3-1-1, 6.2.8) deve ser efetuada na seção B.
VEd = 16.9 kN < 0.50 × V pl , Rd = 0.50 × 617 .7 = 308 .9 kN
Como
não hás redução na resistência da seção à interação flexão/esforço
axial, com o esforço cortante.
iii) Verificação da estabilidade do elemento
Para o elemento sob flexão uniaxial (em torno de y) e compressão,
classe 1, a estabilidade é assegurada através de:
N Ed M y , Ed
+ k yy ≤ 1.0
χ y N Rk γ M 1 χ LT M y, Rk γ M 1
N Ed M y , Ed
+ k zy ≤ 1 .0
χ z N Rk γ M 1 χ LT M y , Rk γ M 1
.
Nas expressões anteriores os fatores de interação kyy e kzy podem ser
obtidos por um dos métodos do EC3-1-1, 6.3.3, o Método 1 ou o
Método 2; para comparação de resultados aplicam-se os dois.
iii-1) Método 1
Como o elemento tem uma seção retangular tubular com
IT=3643cm4 > Iy=2971cm4, seção não sujeita a sofrer deformações
de torção e logo a flambagem por flexão constitui o modo de
instabilidade relevante. Logo, não é preciso verificar a flambagem
lateral, para isto considera-se nas expressões anteriores
χ LT = 1.0 .
As resistências caraterísticas da seção são dadas por:
N Rk = A f y = 52 .75 × 10 −4 × 355 × 10 3 = 1872 .6 kN

M y,Rk = Wpl , y f y = 358.8 ×10−6 × 355×103 = 127.4 kNm


.
Os coeficientes de redução devidos à flambagem por flexão:
χy e χz
, são.
Plano xz (flambagem em torno de y):
LE , y = 0.7 × 6.0 = 4.2 m
;
LE , y 1 4.2 1
λy = = −2
× = 0.74
i y λ1 7.505 × 10 93.9 × 0.81
;
α = 0 . 21 Curva a (Quadro 6.2 do EC3-1-1);
φ = 0 .83 ⇒ χ y = 0 .83
.
Plano xy (flambagem em torno de z):
LE , z = 0 . 7 × 6 . 0 = 4 . 2 m
;
LE , z 1 4.2 1
λz = = −2
× = 0.92
iz λ1 5.992 ×10 93.9 × 0.81
;
α = 0.21 Curva a (Quadro 6.2 do EC3-1-1);
φ = 1.00 ⇒ χ z = 0.72
.
A seguir calculam-se os termos auxiliares, incluindo os fatores Cyy e
Czy, (dependentes do grau de plasticidade da seção no colapso),
definidos no Quadro A.1 do EC3-1-1.
π 2 E Iy π 2 × 210 ×106 × 2971× 10−8
N cr , y = = = 3490.8 kN
L2E , y 4.2 2
;
5/29
π 2 E Iz π 2 × 210 ×106 ×1894 ×10−8
N cr , z = = = 2225.4 kN
L2E , z 4.2 2
;
N Ed 965
1− 1 −
N cr , y 3490.8
μy = = = 0.94
N 965
1 − χ y Ed 1 − 0.83 ×
N cr , y 3490.8
;
N Ed 965
1− 1 −
N cr , z 2225.4
μz = = = 0.82
N Ed 965
1− χz 1 − 0.72 ×
N cr , z 2225.4
;
W pl , y 358 .8
wy = = = 1.21 (< 1.5)
Wel , y 297 .1
;
W pl , z 293 .7
wz = = = 1.16 (< 1.5)
Wel , z 252 .6
;
N Ed 965
n pl = = = 0.52
N Rk γ M 1 1872.6 1.0
;
λ max = max (λ y , λ z ) = max (0.74, 0.92 ) = 0.92
.
Como se trata de um elemento não sujeito a deformações de torção,
de acordo com o Quadro A.1 do Anexo A do EC3-1-1 os fatores
equivalentes de momento uniforme são definidos por Cmy=Cmy,0 e
CmLT=1, onde Cmy,0 é obtido como Quadro A.2, Anexo A, EC3-1-1.
Para um diagrama de momentos fletores linear, com:
My,Ed,base=-33.8kNm e My,Ed,topo=67.5kNm, obtém-se:
Ψy = M y , Ed ,base M y , Ed , topo = − 33.8 67.5 = −0.50
;
Cmy,0: Utilizo somente para

C my , 0 = 0.79 + 0.21 Ψy + 0.36 (Ψy − 0.33)


N Ed perfis tubulares?
=
N cr , y
965
= 0.79 + 0.21× (− 0.5) + 0.36 × (− 0.50 − 0.33) × = 0.60 ;
3490 .8
Cmy = Cmy,0 = 0.60

I T > I y ⇒ aLT = 0 ⇒ bLT = d LT = 0


Como , Cyy ,Czy são obtidos:
⎡⎛ 1.6 2 2 ⎞⎟ ⎤ Wel , y
C yy ( ⎜
)
= 1 + w y − 1 ⎢⎜ 2 −
1.6 2
C my λ max − C my λ max n pl ⎥ ≥


⎢⎣⎝ wy wy ⎠ ⎥⎦ W pl , y
⎡⎛ 1.6 1.6 ⎞ ⎤
C yy = 1 + (1.21 − 1) × ⎢⎜ 2 − × 0.60 2 × 0.92 − × 0.60 2 × 0.92 2 ⎟ × 0.52⎥ =
⎣⎝ 1.21 1.21 ⎠ ⎦
= 1.13 (
> Wel , y W pl , y = 297.1 358.8 = 0.83 ; )
⎡⎛ 2
λmax
2
⎞ ⎤
( )
Czy = 1 + wy − 1 ⎢⎜ 2 −14
Cmy w W
⎟ npl ⎥ ≥ 0.6 y el, y ⇔
⎢⎣⎜⎝ w5y ⎟ ⎥
⎠ ⎦ wz Wpl, y

⎡⎛ 0.602 × 0.922 ⎞ ⎤
Czy = 1 + (1.21 − 1)× ⎢⎜⎜ 2 −14 × ⎟ × 0.52⎥ = 1.04

⎣⎢⎝ 1.215 ⎠ ⎦⎥
⎛ ⎞
⎜ > 0.6 wy Wel , y = 0.6 × 1.21 × 297.1 = 0.51⎟ .
⎜ wz Wpl , y 1.16 358.8 ⎟
⎝ ⎠
Já que a seção é classe 1, e usandoas expressões do Quadro A.1,
Anexo A, EC3-1-1 determinam-se os fatores de interação kyy e kzy:
μy 1 0.94 1
k yy = C my C mLT = 0.60 ×1.0 × × = 0.69
N Ed C yy 965.0 1.13
1− 1−
N cr , y 3490.8
;

7/29
μz 1 wy
k zy = C my C mLT 0.6 =
N Ed C zy wz
1−
N cr , y
0.82 1 1.21
= 0.60 ×1.0 × × × 0.6 × = 0.40 .
965.0 1.04 1.16
1−
3490.8
Com base nos parâmetros determinados, verificam-se as condições:
N Ed M y , Ed
+ k yy =
χ y N Rk γ M 1 χ LT M y , Rk γ M 1
965.0 67.5
= + 0.69 × = 0.99 < 1.0 ;
0.83 × 1872 .6 1.0 1.0 × 127.4 1.0

N Ed M y , Ed
+ k zy =
χ z N Rk γ M 1 χ LT M y , Rk γ M 1
965 .0 67 .5
= + 0.40 × = 0.93 < 1.0 .
0.72 × 1872 .6 1.0 1.0 × 127 .4 1.0
Como ambas as condições anteriores são passam, segundo o Método
1 do EC3-1-1, seção retangular tubular 200x150x8mm, S355, passa.
iii-2) Método 2
Como o elemento em análise é constituído por uma seção retangular
tubular, devido à sua elevada rigidez de flexão lateral e de torção,
pode ser dispensada a verificação da flambagem lateral, logo nas
condições regulamentares deve-se considerar LT
χ = 1 .0 .
Como o Método 2 difere do Método 1 apenas no cálculo dos fatores
de interação, procede-se diretamente ao cálculo destes fatores. Como
não existe momento atuante em torno de z, basta calcular os fatores
de interação kyy e kzy. Como o elemento não é sujeito a torção, os
fatores de interação obtidos com o Quadro B.1, Anexo B, EC3-1-1
Para um diagrama de momentos linear, com My,Ed,base=-33.8 kNm e
My,Ed,topo=67.5kNm, obtém-se:
Ψ y = M y , Ed , base M y , Ed , topo = − 33 .8 67 .5 = −0.50
.
Através do Quadro B.3 do Anexo B do EC3-1-1 obtém-se:
Cmy = 0.6 + 0.4 × (− 0.50) = 0.40 (≥ 0.40)
.
Com base no fator anterior, nos parâmetros obtidos na aplicação do
Método 1 e na classe da seção, os coeficientes kyy e kzy são:
⎡ ⎤
k yy = Cmy ⎢1 + (λ y − 0.2)
N Ed
⎥=
⎢⎣ χ y N Rk γ M1 ⎥

⎡ 965.0 ⎤
= 0.40 × ⎢1 + (0.74 − 0.2) × ⎥ = 0.53 ;
⎣ 0 .83 × 1872.6 1.0 ⎦
⎡ N Ed ⎤
k yy = 0.53 < Cmy ⎢1 + 0.8 ⎥ = 0.60
⎢⎣ χ y N Rk γ M 1 ⎥⎦
como ,
k yy = 0.53
deve considerar-se .
No Método 2, para uma seção retangular tubular com compressão e
k zy = 0
flexão uniaxial em y, deve-se considerar: . Que gera:
965 .0 67 .5
+ 0.53 × = 0.90 < 1.0
0.83 × 1872 .6 1.0 1.0 × 127 .4 1.0 ;
965
= 0.72 < 1.0
0.72 × 1872.6 1.0 .
Como ambas as condições são verificadas, no Método 2, EC3-1-1,
seção retangular tubular 200x150x8mm, S355 passa.

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Exemplo 2: Verifique a viga-coluna A-B, de um galpão industrial
sujeito a flexão composta plana. A viga-coluna é uma seção IPE360
(E=210GPa e G=81GPa) em aço S355. O carregamento de cálculo,
para uma dada combinação de ações, introduz no pilar os diagramas
de esforços ilustrados na figura; o esforço cortante é suficientemente
reduzido para ser desprezado na verificação.
Considere que o comprimento de flambagem no plano do pórtico
(plano xz) é dado por LE,y=6m, igual ao comprimento real,
admitindo que os esforços vem de uma análise de 2a ordem,
processo ii); no plano xy, o comprimento de flambagem considera o
contraventamento na direção y, assegurado pelas vigas secundárias
localizadas na base, a meia altura e na seção do topo da coluna.

My,Ed = 220.0 kNm NEd = 280.0 kN


B

3.0 m

-
6.0 m
x

z
3.0 m
(y)

Momento flector Esforço axial


Figura 3.87 – Pilar submetido a flexão composta plana
Caraterísticas do IPE 360: A=72.73cm2, h=360mm, b=170mm,
Wel,y=903.6cm3, Wpl,y=1019cm3, Iy=16270cm4, iy=14.95cm,
Wel,z=122.8cm3, Wpl,z=191.1cm3, Iz=1043cm4, iz=3.79cm,
IT=37.32cm4 e IW=313.6x103cm6.
i) Classificação da seção
O EC3-1-1 não fornece critérios para a definição da classe a
considerar na estabilidade global do elemento, quando esta varia ao
longo deste elemento, em consequência da variação dos esforços.
Considerando que a flexão controla, opta-se por classificar a seção
mais esforçada, a do topo. A linha neutra para a situação de
plastificação completa da seção, necessária para a classificação da
alma, depende da relação entre o momento fletor e o esforço axial e
a sua posição podem ser considerados diversos procedimentos.
Para definir a posição do eixo neutro com base nos esforços reais
atuantes, deve proceder-se ao cálculo das tensões normais ao longo
da seção através de uma análise elástica de tensões, caso as tensões
máximas não ultrapassem a tensão de cedência do material.
Caso contrário, procede-se a uma análise elasto-plástica de tensões.
Para a seção em estudo obtém-se o diagrama elástico de tensões
normais ilustrado na Figura 3.88, com base nas tensões nas fibras
extremas obtidas através das seguintes expressões:

σ comp = −
280.0
72.73 × 10 −4
+
220.0
16270 × 10 −8
× − 360(2 × 10 −3
= )
= −281891 kPa = −281.9 MPa.
σ tracção = −
280 .0
72 .73 × 10 −4
+
220 .0
16270 × 10 −8
× + 360 2(× 10 −3
= )
= 204894 kPa = 204 .9 MPa .
170 mm

-281.9 MPa
-240.4 MPa
MEd
G
360 mm 298.6 mm e.n. elástico
(NEd)
163.4 MPa
204.9 MPa
IPE 360 Tensões normais
Figura 3.88 – Tensões normais na seção mais esforçada
Com base no diagrama de tensões normais ilustrado na Figura 3.88,
o parâmetro α (correspondente à percentagem da alma submetida a
tensões de compressão) definido no Quadro 5.2 do EC3-1-1é:
11/29
240 .4
α= = 0.60
240 .4 + 163 .4 .
Pode-se também estimar a posição do eixo neutro com base em:
⎛ 360×10−3 1
α=
1

−3 ⎜
298.6×10 ⎝ 2
+ −3
280
2 8×10 ×355×103
(
− 12.7 ×10−3 +18×10−3 )⎞⎟⎟

α = 0.58 .
Para a alma do perfil em flexão composta (usando α obtido no
segundo processo), tem-se:
396 ε 396 × 0.81
c t = 298.6 8 = 37.3 < = = 49.0
13α − 1 13 × 0.58 − 1 .(Classe 1)
Mesa comprimido do perfil,
c t = (170 2 − 8 2 − 18 ) 12 .7 = 5.0 < 9 ε = 9 × 0.81 = 7.3
. (Classe 1)
Logo a seção é de classe 1.
ii) Verificação da resistência da seção transversal
Com base nos diagramas de esforços, a seção do topo da viga-cluna
é a mais esforçada, sendo: My,Ed=220kNm e NEd=280kN.
N pl , Rd = f y A γ M 0 = 2581 .9 kN
Sendo e como:
N Ed = 280.0 kN ≤ 0.25 N pl , Rd = 645.5 kN
e
N Ed = 280.0 kN ≤ 0.5 hw t w f y γ M 0 = 475.1kN
,
segundo o EC3-1-1, 6.2.9.1 (4) não se reduz a resistência à flexão:
fy
M pl , y , Rd = W pl , y = 361 .7 kNm > M y , Ed = 220 .0 kNm
γ M0 .
O esforço cortante é baixo e poder ser desprezado e com a condição
anterior a resistência da seção transversal passa
iii) Verificação da estabilidade do elemento
Neste exemplo opta-se pelo Método 2, EC3-1-1. Como o elemento
em análise é constituído por uma seção sujeita a deformações de
torção (seção aberta de paredes finas), admite-se que a flambagem
lateral é o modo de instabilidade que controla o dimensionamento.
Sendo Mz,Ed=0, a verificação da flambagem lateral para uma seção
de classe 1 consiste na verificação das seguintes condições:
N Ed M y , Ed
+ k yy ≤ 1.0
χ y N Rk γ M 1 χ LT M y , Rk γ M 1
;
N Ed M y , Ed
+ k zy ≤ 1 .0
χ z N Rk γ M 1 χ LT M y , Rk γ M 1
.
As resistências caraterísticas da seção são dadas por:
N Rk = A f y = 72.73 × 10 −4 × 355 × 10 3 = 2581 .9 kN ;
M y , Rk = W pl , y f y = 1019 × 10 −6 × 355 × 10 3 = 361 .7 kNm
.
χ y e χz
coeficientes de redução devido à flambagem por flexão, ,:
No plano xz - LE,y=6m.
LE , y 1 6 1
λy = = −2
× = 0.53
i y λ1 14.95 × 10 93.9 × 0.81 ;
α = 0.21 Curva a (Quadro 6.2 do EC3-1-1);
φ = 0.68 ⇒ χ y = 0.90 .
No plano xy - LE,z=3m, admitindo que as vigas secundárias
impedem o movimento segundo y, das seções onde estão apoiadas.
LE , z 1 3 .0 1
λz = = × = 1.04
i z λ1 3.79 × 10 − 2 93.9 × 0.81 ;
α = 0.34 Curva b (Quadro 6.2 do EC3-1-1);
φ = 1.18 ⇒ χ z = 0.58 .
O Cálculo do coeficiente χLT será feito pela alternativa aplicável a
seções laminadas ou soldadas equivalentes, EC3-1-1, 6.3.2.3:
13/29
O comprimento entre seções contraventadas é dado por L=3m.
Usando a expressão 3.118 e o Quadro 3.7, tratando-se de um
elemento submetido a momentos de extremidade, obtém-se:
β = −0.50 ⇒ α m = 1.30 ⇒ M cr = 644.9 kNm ⇒ λLT = 0.75 .

Sendo α LT = 0.34 (seções laminadas em I ou H com


h b>2 ⇒
λ = 0.2 β = 1.00
curva b e considerando LT , 0 e , obtém-se:
φLT = 0.87 ⇒ χLT = 0.76
.
Para o diagrama de momentos atuante, o fator de correção kc,
segundo o Quadro 6.6 do EC3-1-1, é dado por:
k c = 0.86 . Sendo f, obtido pela expressão:
[ ]
f = 1 − 0.5 × (1 − 0.86) × 1 − 2.0 × (0.75 − 0.8) = 0.93
2
,
χ LT ,mod = 0.79 0.93 = 0.85
obtém-se: .
Como não existe momento atuante segundo z, calcula-se kyy e kzy.
Como a seção é sujeita a deformações de torção, estes fatores devem
ser obtidos a partir do Quadro B.2 do Anexo B do EC3-1-1.
Os fatores equivalentes de momento uniforme Cmy e CmLT são
obtidos com os momentos em torno de y, entre seções
contraventadas na direção z para Cmy e lateralmente para CmLT.
Admitindo um elemento deslocável no plano do pórtico, com o
Quadro B.3, Anexo B, EC3-1-1 deve considerar Cmy igual a 0.9.
CmLT deve ser calculado com os momentos na metade superior do
pilar (mais desfavorável); o diagrama de momentos é linear,
My,Ed,base=0, M1/2altura=-110kNm e My,Ed,topo=-220kNm, Quadro B.3,
Anexo B, EC3-1-1:
Ψ = M1 / 2altura M y , Ed ,topo = (− 110) (− 220) = 0.5
;
C mLT = 0.60 + 0.4 × (0.5 ) = 0.80 ( > 0.40) .
Com os valores anteriores, os coeficientes kyy e kzy são dados por:
⎡ ⎤
k yy = C my ⎢1 + (λ y − 0.2)
N Ed
⎥=
⎢⎣ χ y N Rk γ M1 ⎥

⎡ 280.0 ⎤
= 0.90 × ⎢1 + (1.06 − 0.2 ) × ⎥ = 1.03 ;
⎣ 0. 63 × 2581 .9 1 .0 ⎦
⎡ N Ed ⎤
k yy = 1.03 > C my ⎢1 + 0.8 ⎥ = 1.02
⎢⎣ χ y N Rk γ M 1 ⎥⎦ k = 1.02
, yy
⎡ 0.1 λ y N Ed ⎤
k zy = ⎢1 − ⎥=
⎢⎣ (C mLT − 0.25) χ z N Rk γ M 1 ⎥⎦
⎡ 0.1 × 1.04 280.0 ⎤
= ⎢1 − ⎥ = 0.97 ;
⎣ (0.80 − 0. 25 ) 0.58 × 2581 .9 1 .0 ⎦
⎡ 0.1 N Ed ⎤
k zy = 0.97 = ⎢1 − ⎥ = 0.97
⎣ (C mLT − 0.25) χ z N Rk γ M 1 ⎦
como ,
k zy = 0.97
deve considerar-se . Deve verificar:
280.0 220.0
+ 1.02 × = 0.90 < 1.0
0.63 × 2581.9 1.0 0.85 × 361.7 1.0 ;
280.0 220.0
+ 0.97 × = 0.88 < 1.0
0.58 × 2581 .9 1.0 0.85 × 361.7 1.0 .
Com as 2 condições anteriores, conclui-se que o IPE360 passa.

15/29
Exemplo 3: Considere um IPE500, S275 e admita que as seções
extremas estão impedidas de rodar no eixo do elemento. O
carregamento é uma carga concentrada PEd=320kN, reações de apoio
de 160kN, por um esforço axial de compressão NEd= 520kN e por
momentos de extremidade My,Ed,e=160kNm, My,Ed,d=160 kNm,
Mz,Ed,e=20kNm e Mz,Ed,d=20kNm. Verifique o perfil com o EC3-1-1.
20 kNm
320 kN 520 kN
z
20 kNm
160 kNm
x 160 kN
520 kN y 2.0 m
160 kNm 2.0 m
160 kN 4.0 m

Figura – Elemento submetido a flexão composta desviada


As propriedades IPE500: A=115.5cm2, Avz=59.87cm2, h=500mm,
b=200mm, Wel,y=1928cm3, Wpl,y=2194cm3, Iy=48200cm4,
iy=20.43cm, Wel,z=214.2cm3, Wpl,z=335.9cm3, Iz= 142cm4,
iz=4.31cm, IT=89.29cm4 e IW=1249x103cm6.
i) Diagramas de esforços
Com o carregamento de cálculo obtém-se os diagramas de esforços:

-
520 kN
NEd

160 kN -
VEd + 160 kN

160 kNm

-
160 kNm 20 kNm
MEd
- + My
20 kNm Mz
160 kNm

Figura 3.90 – Diagramas de esforços


ii) Classificação da seção
A aplicação dos procedimentos previstos no EC3-1-1,5.5, permite
concluir que o IPE500, S275, para os esforços aplicados, é classe 1.
iii) Verificação da resistência da seção transversal
De acordo com os diagramas de esforços ilustrados na figura
anterior, as seções mais esforçadas são as seções de extremidade e
de meio vão, submetidas aos esforços NEd=520kN (compressão),
VEd=160kN, My,Ed=160kNm e Mz,Ed=20kNm.
2
Sendo Avz = 59 . 87 cm , o esforço cortante resistente é dado por:
Avz f y 59.87 × 10 −4 × 275 × 103
V pl , Rd = = = 950.6 kN
γM0 3 1.0 × 3
.
V = 160 kN < V pl , Rd = 950.6 kN
Como Ed , é verificada a resistência ao
esforço cortante.
Para a verificação da flambagem da alma por cisalhamento, segundo
o EC3-1-1, 6.2.6(6), considera-se conservativamente η = 1 .
Para a alma não enrijecida, tem-se:
hw t w = 468 10 .2 = 45 .9 < 72 ε η = 72 × 0 .92 1 .0 = 66 .2 ,
logo é dispensada a verificação.
A interação da flexão composta com o esforço cortante deve ser
verificada nas seções de extremidade ou de meio vão. Nestas seções
V Ed = 160 kN < 0 .50 × V pl , Rd = 0 .50 × 950 .6 = 475 .3 kN
,
O que faz que não seja necessário reduzir a resistência da seção,
relativamente à combinação da flexão com o esforço axial. Para a
verificação da flexão composta, o esforço axial plástico é dado por:
N pl , Rd = A f y γ M 0 = 115.5 × 10−4 × 275 × 103 = 3176.3 kN
,

Com base nas dimensões da alma: hw = 468 mm e t w = 10.2 mm e na


verificação das seguintes condições:

17/29
N Ed = 520 kN ≤ 0 .25 N pl , Rd = 794 .1 kN e
NEd = 520 kN ≤ 0.5 hw tw f y γ M 0 = 656.4 kN
,
Conclui-se segundo o EC3-1-1, 6.2.9.1 (4), que não é preciso reduzir
o momento plástico resistente em y pelo esforço axial, ou:
−6 275 × 103
M N , y ,Rd = M pl , y ,Rd = 2194 × 10 × = 603.4 kNm
1.0 .
N Ed = 520kN ≤ hw tw f y γ M 0 = 1312.7 kN
Como , também não é
necessário reduzir o momento plástico resistente segundo z, ou seja:
275 × 103
−6
M N , z ,Rd = M pl , z ,Rd = 335.9 × 10 × = 92.4 kNm
1.0 .
A flexão composta biaxial é verificada através da seguinte condição:
α β
⎡ M y , Ed ⎤ ⎡ M z , Ed ⎤
⎢ ⎥ +⎢ ⎥ ≤ 1 .0
⎣⎢ M N , y , Rd ⎥⎦ ⎢⎣ M N , z , Rd ⎥⎦
.
N Ed 520
n= = = 0.16
N pl , Rd 3176 .3
Sendo e um IPE:
α = 2 , β = 5 n = 5 × 0.16 = 0.80 .
Como o parâmetro β verifica-se a condição β ≥ 1 , toma-se:
β = 1.
Para a seção da extremidade esquerda da viga, obtém-se:
2 1
⎡ 160 ⎤ ⎡ 20 ⎤
⎢ 603.4 ⎥ + ⎢ 92.4 ⎥ = 0.29 < 1.0
⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ,
concluindo-se assim que a seção IPE500, S275, possui capacidade
suficiente para resistir aos esforços aplicados.
iv) Verificação da estabilidade do elemento
Para o elemento em análise, submetido à combinação de flexão
biaxial com compressão, constituído por uma seção de classe 1, a
estabilidade é verificada através das seguintes condições:
N Ed M y , Ed M z , Ed
+ k yy + k yz ≤ 1.0
χ y N Rk γ M 1 χ LT M y , Rk γ M 1 M z , Rk γ M 1
;
N Ed M y , Ed M z , Ed
+ k zy + k zz ≤ 1.0
χ z N Rk γ M 1 χ LT M y , Rk γ M 1 M z , Rk γ M 1
Os fatores de interação kyy kyz, kzy e kzz podem ser obtidos por um
dos métodos previstos no EC3-1-1: o Método 1 ou o Método 2; para
comparação de resultados, também aqui são usados os dois métodos.
iv-1) Método 1
Como o elemento em análise é constituído por uma seção aberta de
paredes finas com IT=89.29cm4<Iy=48200cm4 e não existe qualquer
contraventamento lateral ao longo do elemento, deve considerar-se
que a seção é sujeita a deformações de torção. Logo, considera-se a
flambagem lateral como o modo de instabilidade relevante.
As resistências caraterísticas da seção são dadas por:
N Rk = A f y = 115.5 ×10−4 × 275 ×103 = 3176.3 kN
;
M y , Rk = W pl , y f y = 2194 × 10−6 × 275 × 103 = 603.4 kNm
;
M z , Rk = W pl , z f y = 335.9 × 10 −6 × 275 × 103 = 92.4 kNm
.
χy e χz
Os coeficientes da flambagem por flexão, , são.
L E , y = 4 .00 m
Plano xz (flambagem em torno de y): ;
LE , y 1 4.00 1
λy = = × = 0.23
i y λ1 20.43 × 10 −2
93.9 × 0.92
;
α = 0.21 Curva a (Quadro 6.2 do EC3-1-1);
φ = 0.53 ⇒ χ y = 0.99
.
LE , z = 4.00 m
Plano xy (flambagem em torno de z): ;
LE,z 1 4.00 1
λz = = × = 1.07
i z λ1 4.31 × 10 −2
93.9 × 0.92
;
19/29
α = 0.34 Curva b (Quadro 6.2 do EC3-1-1);
φ = 1.22 ⇒ χ z = 0.55 .
Cálculo dos termos auxiliares, incluindo os fatores Cyy e Czy,
definidos no Quadro A.1 do EC3-1-1:
π 2 E I y π 2 × 210 ×106 × 48200 ×10−8
N cr , y = = = 62437.6 kN
L2E , y 4.00 2
;
π 2 E Iz π 2 × 210 × 106 × 2142 × 10−8
N cr , z = = = 2774.7 kN
L2E , z 4.00 2
;
N Ed 520
1− 1 −
Ncr , y 62437.6
μy = = = 1.00
N Ed 520
1− χ y 1 − 0.99 ×
N cr , y 62437.6
;
N Ed 520
1− 1 −
N cr , z 2774.7
μz = = = 0.91
N 520
1 − χ z Ed 1 − 0.55 ×
N cr , z 2774.7
;
W pl , y 2194
wy = = = 1.14 (< 1.5)
W el , y 1928
;
W pl , z 335.9
wz = = = 1.57 (< 1.5)
Wel , z 214.2
;
N Ed 520
n pl = = = 0.16
N Rk γ M 1 3176.3 1.0
;
λ max = max (λ y , λ z ) = max (0.23, 1.07) = 1.07
.
O momento crítico para momento uniforme (“caso padrão”) é:
π ⎛ π 2 E IW ⎞
M crE = G I T E I z ⎜⎜1 + 2 ⎟ ⇔

L ⎝ L G IT ⎠
π
M crE = 81× 106 × 89.29 × 10 −8 × 210 × 106 × 2142 × 10 −8
4.00
⎛ π 2 × 210 × 106 × 1249 × 10 −8 ⎞
× ⎜⎜1 + 2 6
⎟ = 806.0 kNm
−8 ⎟
⎝ 4.00 × 81× 10 × 89.29 × 10 ⎠
obtém-se o coeficiente de esbeltez adimensional para flambagem
lateral com momento uniforme (“caso padrão”), através de:
W pl , y f y 2194 × 10 −6 × 275 × 103
λ0 = = = 0.87
M crE 806.0
.
A carga crítica de flambagem por torção Ncr,T é obtida através de:
1 ⎛⎜ π 2 E I W ⎞⎟
N cr ,T = 2 G I T +
iC ⎝⎜ L ET
2 ⎟ i
⎠ , com C
2
= y
2
C + Iy + Iz (
A )
Sendo yC=0, pois o centro de gravidade coincide com o centro de
corte da seção e LET=4m, obtém-se:
iC = 0.0 + (48200 + 2142 ) 115 .5 = 435 .86 cm 2
2
;
1
N cr ,T = ×
435.86 × 10 − 4
⎛ π 2 × 210 × 106 × 1249 × 10 − 9 ⎞
× ⎜⎜ 81× 10 × 89.29 × 10 +
6 −8
2
⎟ = 5371.4 kN.

⎝ 4 . 00 ⎠

Para o diagrama de momentos fletores atuante, o coeficiente de


momentos (tomado como o coeficiente αm definido no Quadro 3.7
deste manual), toma o valor C1=1.71. A verificação da condição:

21/29
⎛ N Ed ⎞⎟ ⎛⎜ N ⎞
λ0 = 0.87 > 0.2 C1 4 ⎜⎜1 − 1 − Ed ⎟
⎝ N cr , z ⎟⎠ ⎜⎝ N cr ,T ⎟

⎛ 520 ⎞ ⎛ 520 ⎞
= 0.2 × 1.71 × 4 ⎜1 − ×
⎟ ⎜ 1 − ⎟ = 0.24,
⎝ 2774.7 ⎠ ⎝ 5371.4 ⎠
comprova ser um elemento constituído por uma seção sujeita a
deformações de torção e determina a forma de quantificar os fatores
equivalentes de momento uniforme (fatores Cmi).
Para os diagramas de momentos fletores atuantes, os fatores Cmy,0 e
Cmz,0 são obtidos a partir do Quadro A.2 do Anexo A do EC3-1-1:
δ x = δ z = 1.05 mm
;
M i , Ed (x ) = M y , Ed = 160 kNm
;
Ψz = 20 20 = 1.00 ;
⎛ π 2 E Iy δx ⎞N
Cmy,0 = 1 + 2⎜ −1⎟ Ed =
⎜ L M i, Ed (x) ⎟ Ncr, y
⎝ ⎠
⎛ π 2 × 210×106 × 48200×10−8 ×1.05×10−3 ⎞ 520
= 1 + ⎜⎜ 2
−1⎟⎟ × = 1.00;
⎝ 4.00 × 160 ⎠ 62437 .6

Cmz,0 = 0.79 + 0.21ψ z + 0.36 (ψ z − 0.33)


N Ed
=
Ncr , z
520
= 0.79 + 0.21×1.00 + 0.36 × (1.00 − 0.33) × = 1.05.
2774.7
A seguir calculam-se os fatores equivalentes de momento uniforme
Cmy, Cmz e CmLT, de acordo com o Quadro A.1, Anexo A, EC3-1-1
considerando ser um elemento sujeito a deformações de torção.
M y , Ed = 160 kNm
Sendo (valor máximo em módulo do momento
fletor ao longo do elemento) e considerando-se uma seção classe 1:
IT 89.29 × 10 −8
a LT =1− =1− −8
= 1.00 (> 0)
Iy 48200 × 10
.
M y , Ed A 160 115 .5 × 10 −4
εy = = × −6
= 1.84
N Ed Wel , y 520 1928 × 10
;
ε y a LT
C my = C my,0 + 1 − C my,0( )
1 + ε y a LT
1.84 ×1.00
= 1.00 + (1 − 1.00)× = 1.00 ;
1 + 1.84 ×1.00
C mz = C mz,0 = 1.05
;
2 a LT
C mLT = C my
⎛ N ⎞⎛ N ⎞
⎜1 − Ed ⎟ ⎜1 − Ed ⎟
⎜ N cr , z ⎟⎜ N cr ,T ⎟
⎝ ⎠⎝ ⎠
1.00
= 1.00 2 × = 1.17 (> 1) .
⎛ 520 ⎞ ⎛ 520 ⎞
⎜1 − ⎟ × ⎜1 − ⎟
⎝ 2774.7 ⎠ ⎝ 5371.4 ⎠

O momento crítico e o coeficiente de esbelteza λLT , obtidos com


base na expressão 3.119 deste manual, admitindo que a carga
distribuída é aplicada no banzo superior, são dados por:
pq Alfa m não é igual a 1,71 e consequentemente
Mcr = 806 * 1,71 = 1377kNm M cr = 788 .0 kNm ,
W pl , y f y 2194 × 10 −6 × 275 × 10 3
λ LT = = = 0.88
M cr 788.0
.
Tratando-se de uma seção laminada em I, com h b > 2 , o
coeficiente de imperfeição é dado por αLT = 0.34 (curva b); por
aplicação do método geral previsto no 6.3.2.2, EC3-1-1, obtém-se:

23/29
[
φ LT = 0.5 1 + α LT (λ LT − 0.2) + λ LT
2
]
[
= 0.5 × 1 + 0.34 × (0.88 − 0.2) + 0.8 2 = 1.00 ; ]
1 1
χ LT = = = 0.68
φ LT + φ ( 2
LT −λ LT )
2 0 .5
( 2
1.00 + 1.00 − 0.88 )
2 0.5
.
O cálculo dos termos auxiliares bLT, cLT, dLT e eLT, de acordo com o
Quadro A.1 do Anexo A do EC3-1-1.
M y , Ed = 160 kNm M z , Ed = 20 kNm
(momentos fletores máximos, em módulo, em torno de y e z),
fy −6 275 × 10 3
M pl , y , Rd = W pl , y = 2194 × 10 × = 603 .4 kNm
γM0 1 .0
;
fy −6 275 × 10 3
M pl , z , Rd = W pl , z = 335 .9 × 10 × = 92 .4 kNm
γM0 1 .0
;
M y , Ed M z , Ed
bLT = 0.5 aLT λ 0 2
=
χ LT M pl , y , Rd M pl , z , Rd
160 20
= 0.5 ×1.00 × 0.872 × × = 0.03;
0.68 × 603.4 92.4
λ 02 M y , Ed
cLT = 10 aLT =
5 + λz Cmy χ LT M pl , y , Rd
4

0.87 2 160
= 10 × 1.00 × × = 0.47 ;
5 + 1.07 4 1.00 2 × 0.68 × 603.4
λ0 M y , Ed M z , Ed
d LT = 2 aLT =
0.1 + λz4 Cmy χ LT M pl , y , Rd Cmz M pl , z , Rd
0.87 160 20
= 2 × 1.00 × × × = 0.10 ;
0.1 + 1.07 1.00 × 0.68 × 603.4 1.05 × 92.4
4
λ0 M y , Ed
eLT = 1.7 aLT =
0.1 + λ Cmy χ LT M pl , y , Rd
4
z

0.87 160
= 1.7 ×1.00 × × = 0.41.
0.1 + 1.07 1.00 × 0.68 × 603.4
4

Com os parâmetros calculados anteriormente, os fatores Cyy, Cyz Czy


e Czz são obtidos a partir do Quadro A.1 do EC3-1-1 através de:
⎡⎛ 1.6 2 1.6 2 2 ⎞⎟ ⎤ Wel , y
( ⎜
C yy = 1 + wy − 1 ⎢ 2 −

) Cmy λmax − Cmy λmax n pl − bLT ⎥ ≥


⎢⎣⎝ w y w y ⎠ ⎥⎦ W pl , y

C yy = 1 + (1.14 − 1) ×
⎡⎛ 1.6 1.6 ⎞ ⎤
× ⎢⎜ 2 − ×1.00 2 ×1.07 − × 1.00 2 ×1.07 2 ⎟ × 0.16 − 0.03⎥ =
⎣⎝ 1.14 1.14 ⎠ ⎦
(
= 0.97 > Wel , y W pl , y = 1928 2194 = 0.88 ; )
⎡⎛ 2
C mz λmax
2
⎞ ⎤ wz Wel , z
= 1 + (wz − 1) ⎢ 2 − 14
⎜ ⎟ n −c ≥ 0.6 ⇔
⎟ pl LT ⎥
C yz
⎜ 5
⎢⎣⎝ w z ⎠ ⎥⎦ w y W pl , z

⎡⎛ 1.052 ×1.07 2 ⎞ ⎤
C yz = 1 + (1.57 − 1) ⎢⎜⎜ 2 − 14 × ⎟ × 0.16 − 0.47⎥ =

⎣⎢⎝ 1.57 5 ⎠ ⎦⎥
wz Wel , z 1.57 214.2
= 0.75 (> 0.6 = 0.6 × × = 0.45) ;
w y W pl , z 1.14 335.9

⎡⎛ 2
λmax
2
⎞ ⎤
( )
C zy = 1 + w y − 1 ⎢⎜ 2 −14
Cmy
⎟ n − d ⎥ ≥ 0.6
⎟ pl
w y Wel , y

⎢⎣⎜⎝
LT
w5y ⎠ ⎥⎦ wz W pl , y

⎡⎛ 1.00 2 ×1.07 2 ⎞ ⎤
C zy = 1 + (1.14 − 1)× ⎢⎜⎜ 2 − 14 × ⎟ × 0.16 − 0.10⎥ =

⎢⎣⎝ 1.145 ⎠ ⎥⎦
⎛ w y Wel , y 1.14 1928 ⎞

= 0.84 > 0.6 = 0.6 × × = 0.45⎟ ;
⎜ wz W pl , y 1.57 2194 ⎟
⎝ ⎠
25/29
⎡⎛ 1.6 2 1.6 2 2 ⎞ ⎤ W
Czz = 1 + (wz − 1) ⎢⎜⎜ 2 − Cmz λmax − Cmz λmax ⎟⎟ − eLT ⎥ n pl ≥ el , z
⎢⎣⎝ wz w z ⎠ ⎥⎦ Wpl , z
Czz = 1 + (1.57 − 1) ×
⎡⎛ 1.6 1.6 ⎞ ⎤
× ⎢⎜ 2 − ×1.052 ×1.07 − ×1.052 ×1.072 ⎟ − 0.41⎥ × 0.16 =
⎣⎝ 1.57 1.57 ⎠ ⎦
W 214.2
= 0.92 (> el , z = = 0.64) .
Wpl , z 335.9
Com base nos termos auxiliares calculados, considerando que a
seção é de classe 1, através das expressões do Quadro A.1, Anexo A
do EC3-1-1, determinam-se os fatores de interação kyy, kyz, kzy e kzz:
μy 1 1.00 1
k yy = C my C mLT = 1.00 ×1.17 = 1.22
N Ed C yy 520 0.97
1− 1−
N cr , y 62437.6
;
μy 1 wz
k yz = C mz 0.6 =
N Ed C yz wy
1−
N cr , z
1.00 1 1.57
= 1.05 × × × 0.6 × = 1.21;
520 0.75 1.14
1−
2774.7
μz 1 wy
k zy = C my C mLT 0.6 =
N C wz
1 − Ed zy
N cr , y
0.91 1 1.14
= 1.00 ×1.17 × × × 0.6 × = 0.65 ;
520 0.84 1.57
1−
62437.6
μz 1 0.91 1
k zz = Cmz = 1.05 × × = 1.28.
N Ed Czz 520 0.92
1− 1−
Ncr , z 2774.7

Verificam-se entãoas condições regulamentares, ou seja:


N Ed M y , Ed M z , Ed
+ k yy + k yz ≤ 1.0 ⇔
χ y N Rk γ M 1 χ LT M y , Rk γ M 1 M z , Rk γ M 1
520 160 20
+ 1.22 × + 1.21 × = 0.90 < 1.0
0.99 × 3176.3 1.0 0.68 × 603.4 1.0 92.4 1.0
;
N Ed M y , Ed M z , Ed
+ k zy + k zz ≤ 1 .0 ⇔
χ z N Rk γ M 1 χ LT M y , Rk γ M 1 M z , Rk γ M 1

520 160 20
+ 0.65 × + 1.28 × = 0.83 < 1.0,
0.55 × 3176.3 1.0 0.68 × 603.4 1.0 92.4 1.0
Como ambas as condições são verificadas, o IPE500, S275 passa.
iv-2) Método 2
Como o elemento é constituído por uma seção sujeito a deformações
de torção (seção aberta de paredes finas, não restringida
lateralmente), considera-se que a estabilidade do elemento depende
exclusivamente da sua resistência à flambagem lateral.
Como o Método 2 difere do Método 1 apenas no que se refere ao
cálculo dos fatores de interação, procede-se o cálculo destes fatores.
Inicialmente calculam-se os coeficientes equivalentes de momento
uniforme a partir do Quadro B.3, Anexo B, EC3-1-1. Para o
diagrama de momentos fletores em torno de y, obtém-se:
− 160 M 160
Ψy = = 1.00 α s = s = = − 1 .0
− 160 ; M h − 160 ;
⇒ C my = −0.8 α s = −0.8 × (− 1.0 ) = 0.8 ( > 0.4)
.
Para o diagrama de momentos fletores em torno de z, obtém-se:
20
Ψz = = 1.00
20 ;
⇒ Cmz = 0.60 + 0.4 Ψz = 0.6 + 0.4 × 1.00 = 1.0 (> 0.40) .
C =C = 0 .8
O coeficiente CmLT é dado por: mLT my

Com base nos parâmetros anteriores, e nos parâmetros obtidos na


aplicação do Método 1, calculam-se os fatores de interação kyy, kyz,
kzy e kzz a partir do Quadro B.2 do Anexo B do EC3-1-1 através de:
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⎡ ⎤
(
k yy = C my ⎢1 + λ y − 0.2
χ
) N Ed
γ
⎥=
⎢⎣ y N Rk M1 ⎥

⎡ 520 ⎤
= 0.8 × ⎢1 + (0.23 − 0.2)× ⎥ = 0.80;
⎣ 0. 99 × 3176. 3 1. 0 ⎦
⎡ N Ed ⎤
k yy = 0.80 < C my ⎢1 + 0.8 ⎥ = 0.91
⎢⎣ χ y N Rk γ M1 ⎥

como ,
k yy = 0.80
deve considerar-se .
⎡ ⎤
(
k zz = C mz ⎢1 + 2 λ z − 0.6 ) N Ed
⎥=
χ z N Rk γ M 1 ⎦

⎡ 520 ⎤
= 1.00 × ⎢1 + (2 × 1.07 − 0.6) × ⎥ = 1.46.
⎣ 0.55 × 3176.3 1.0 ⎦

⎡ N Ed ⎤
k zz = 1.46 > C mz ⎢1 + 1.4 ⎥ = 1.23
⎢⎣ χ y N Rk γ M 1 ⎥⎦
como ,
k = 1.23 k yz = 0.6 k zz = 0 .6 × 1 .23 = 0.74
deve considerar-se zz . .
⎡ 0.1λ z N Ed ⎤
k zy = ⎢ 1 − ⎥
⎣⎢ (C mLT − 0 .25) χ z N Rk γ ⎥
M1 ⎦

⎡ 0.1 × 1.07 520 ⎤


= ⎢1− × ⎥ = 0.94 ;
⎣ (0.8 − 0 .25) 0.55 × 3176.3 1.0 ⎦
⎡ 0.1 N Ed ⎤
k zy = 0.94 < ⎢ 1 − ⎥ = 0.95
⎣ (C − 0.25) χ N γ M1 ⎦
k zy = 0.95
como mLT z Rk
, leva: .
Verificam-se então as condições de segurança:
N Ed M y , Ed M z , Ed
+ k yy + k yz ≤ 1.0 ⇔
χ y N Rk γ M 1 χ LT M y , Rk γ M 1 M z , Rk γ M 1
520 160 20
+ 0.80 × + 0.74 × = 0.64 < 1.0
0.99 × 3176.3 1.0 0.68 × 603.4 1.0 92.4 1.0
;
N Ed M y , Ed M z , Ed
+ k zy + k zz ≤ 1.0 ⇔
χ z N Rk γ M 1 χ LT M y , Rk γ M 1 M z , Rk γ M 1

520 160 20
+ 0.95 × + 1.23 × = 0.93 < 1.0
0.55 × 3176.3 1.0 0.68 × 603.4 1.0 92.4 1.0 .
Como ambas as condições são verificadas, o IPE500, S275 passa
segundo a formulação do Método 2.

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