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em carros de Fórmula 1
Junho / 2007
1) Resumo
2) Objetivo
2
Na segunda parte, adicionaremos uma análise computacional,
de um modelo real de aerofólio através do software FOILSIM II, onde
pretendemos comparar esses resultados computacionais com os
apresentados pelo modelo teórico.
3) Introdução
3
Em automóveis, especificamente os de corrida, o emprego do
aerofólio é essencial, pois a força de sustentação gerada pela alta
velocidade de escoamento de ar sob o assoalho ocasiona a
desestabilização do veículo, já que o assoalho do carro é plano e sua
carroceria é curvada. A diferença de pressão entre as duas superfícies
gera a força de sustentação, fazendo o carro perder aderência ou até
mesmo contato com o solo.
4) Metodologia
Hipóteses:
4
4.1) VALORES TEÓRICOS:
a) função de corrente
b) potencial de velocidade
c) campo de velocidade
d) pressão em certos pontos
e) força de sustentação
a) Função corrente:
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ψ = ψ fonte + ψ semidouro + ψ esc.
q q
ψ= θ1 − θ 2 + Ursenθ
2π 2π
q
ψ= (θ1 − θ 2 ) + Ursenθ (1)
2π
b) Potencial de velocidades:
c) Campo de velocidades:
∂ψ ∂ψ
u= e v=
dy dx
∂φ ∂φ
u=− e v=−
dy dy
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3) Uma terceira forma é apenas combinar os campos de
velocidades da fonte com o semidouro e um escoamento uniforme.
Escolhemos essa forma, pois já possuímos a bibliografia com esses
campos, otimizando assim nosso tempo de trabalho.
q sen θ1 q sen θ 2
v= −
2πr1 2πr2
Assim:
r
Temos um ponto de estagnação quando tomamos V = 0 ; e isso
ocorre quando y = 0 , pois assumimos que α = 0 (escoamento é
simétrico), e em y = 0 temos que θ1 = θ 2 = 0 ou π .
q 1 1
0= − + U
2π r1 r2
7
E pela fig.1, temos que:
r2 + a = L e r1 = L + a
q 1 1
0= − +U isolando q:
2π L + a L − a
Uπ ( L2 − a 2 )
q= (4)
a
q
ψ= (θ1 − θ 2 ) + Uy
2π
h πUh
= cot (6)
a q
d) Pressão local:
8
Considerando-o irrotacional, a equação de Bernoulli pode ser aplicada
entre dois pontos quaisquer no escoamento. Tomando o ponto 1
como sendo o infinito antes da corrente de ar chegar na placa e o
ponto 2 no ponto que se deseja calcular.
2
p∞ U2 p V
+ + gz∞ = 2 + 2 + gz2
ρ 2 ρ 2
temos:
p∞ U 2 − V2 2
p2 = + ρ
(7)
ρ 2
e) Força de sustentação:
1
Fl = C L ρV 2 A (8)
2
Onde
C L = Coeficiente de arrasto, que pode ser encontrado em tabelas,
para cada perfil de aerofólio.
5) RESULTADOS TEÓRICOS:
9
Valores adotados:
b =1,20 m envergadura do aerofólio
c = 2r = 0,50 m corda do aerofólio
t = 0,25.c =0,075 m espessura
bc= b.x = 0,60 m área planificada
α = 0,−10,−20 ângulo de ataque
Assumiremos:
Para α = 0:
Uπ (rs − a 2 )
2
q =
a
h = cot πUh
a q
10
πUh
a = h tan
q
πUa 2 + qa − πUr 2 = 0
Substituindo os valores de
h = 0,075m
rs = L / 2 = 0,25m
U = 80m / s
Obtemos:
q = 15,63m 2 / s
Ou seja, ( a ) é menor que ( r ).
a = 0,1964m
11
senθ1 sen(180 − θ )
=
r r1
sen(θ 2 ) senθ
= (9)
r r2
r2 = r + a − 2ra cos θ
2 2 2
r12 = r 2 + a 2 + 2ra cos θ
Sistema:
q cos θ1 cos θ 2
− + U = Vx
2π
1 r r2
q senθ senθ
1
− 2
= V y
π
1
2 r r2
V = Vx + V y
2 2
senθ1 sen(180 − θ )
=
r r1
sen(θ 2 ) senθ
=
r r2
r 2 = r 2 + a 2 − 2ra cos θ
2
r12 = r 2 + a 2 + 2ra cos θ
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Para nosso trabalho, calcularemos os valores da velocidade e da
pressão apenas para alguns pontos: θ = 0º ,90º , pois teríamos que
resolver esse sistema para cada ponto do perfil, o que seria muito
trabalhoso, pois o tempo de cada processo é muito grande (foram
mais de 9000 iterações no MATLAB).
• θ = 0º
r = 0,25 → θ1 = θ 2 = πrad → r1 = 0,0539 → r2 = 0,4464
VELOCIDADE
r
Substituindo em (3): V0 º = (0iˆ + 0 ˆj )m / s
PRESSÃO
Substituindo em (7): P0 º = 105,117 KPa
• θ = 90º
r = 0,075 → θ1 = 0,3648rad → θ 2 = 2,7768rad → r1 = r2 = 0,2102
VELOCIDADE
r
Substituindo em (3): V90 º = (102,11iˆ + 0 ˆj )m / s
PRESSÃO
Substituindo em (7): P90 º = 98,796 KPa
FORÇA DE SUSTENTAÇÃO
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seria a integral da pressão na área, é igual a zero. Para ângulos de
ataque diferentes de zero essa força não será mais nula, como
poderá ser visto nos exemplos computacionais.
6) ANÁLISE COMPUTACIONAL:
• Para α = 0:
Streamlines
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Distribuição da pressão nas superfícies do aerofólio. Observa-se que os valores para
a pressão superior são iguais aos valores para as pressões inferiores.
Upper
Surface
X Y P V
-0.515 0.0 105.218 0
-0.507 0.021 103.126 210
-0.484 0.042 101.029 297
-0.446 0.062 100.076 329
-0.394 0.08 99.635 343
-0.331 0.095 99.409 350
-0.257 0.108 99.285 354
-0.176 0.117 99.215 356
-0.089 0.123 99.179 357
0.0 0.124 99.168 357
0.089 0.123 99.179 357
0.176 0.117 99.215 356
0.257 0.108 99.285 354
0.331 0.095 99.409 350
0.394 0.08 99.635 343
0.446 0.062 100.076 329
0.484 0.042 101.029 297
0.507 0.021 103.126 210
0.515 0.0 105.218 0
Os valores de X e Y são dados em % do tamanho do aerofólio, P é dado em Kpa e V é dado em Km/h.
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Resultados teóricos Resultados do
programa
V0 º = 0m / s V0 º = 0m / s
P0 º = 105,117 KPa P0 º = 105,218KPa
V90 º = 102,11m / s V90 º = 99,16m / s
P90 º = 98,796 KPa P90 º = 98,168 KPa
• α = 0º
Streamlines Streamlines
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do aerofólio do aerofólio
• α = −10º
Streamlines Streamlines
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Distribuição da Velocidade nas Distribuição da Velocidade nas
superfícies do aerofólio superfícies do aerofólio
Coeficiente de sustentação: -1,33 Coeficiente de sustentação: -1,355
Força de sustentação: -3909N Força de sustentação: -3984N
Ponto de máxima velocidade: 593m/s Ponto de máxima velocidade: 624 m/s
Ponto de máxima pressão: 105,218Kpa Ponto de máxima pressão: 105,218KPa
Ponto de mínima velocidade: 0m/s Ponto de mínima velocidade: 0 m/s
Ponto de mínima pressão: 88,567Kpa Ponto de mínima pressão: 86,771Kpa
• α = −20º
Streamlines Streamlines
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Distribuição da Velocidade nas Distribuição da Velocidade nas
superfícies do aerofólio superfícies do aerofólio
Coeficiente de sustentação: -2,66 Coeficiente de sustentação: -2,67
Força de sustentação: -7700N Força de sustentação: -7847N
Ponto de máxima velocidade: 824m/s Ponto de máxima velocidade: 1020 m/s
Ponto de máxima pressão: 105,218Kpa Ponto de máxima pressão: 105,218KPa
Ponto de mínima velocidade: 0m/s Ponto de mínima velocidade: 0 m/s
Ponto de mínima pressão: 77,087Kpa Ponto de mínima pressão: 57,098Kpa
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Distribuição das velocidades na superfície do aerofólio.
7) Conclusão
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Ao analisar os resultados fornecidos pelo software FOILSIM II e
compará-lo com os teóricos, percebemos que eles são
aproximadamente iguais. Entretanto, alguns possuem diferenças
maiores, devido a não introdução dos cálculos da força de arrasto.
Podemos concluir também, que quanto maior o ângulo de
ataque, em módulo, maior a sustentação. Assim, das posições
angulares analisadas, temos que a melhor posição é quando α=-10.
8) Bibliografia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aerof%C3%B3lio
http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol7/Num2/v13a09.pdf
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