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PRÉ-

VESTIBULAR
HISTÓRIA GERAL E DO BRASIL

Apostila de Exercícios | Professor Ricardo Bispo


HISTÓRIA GERAL E DO BRASIL – Prof. Ricardo Bispo 1

Apresentação

Este material tem como objetivo “familiarizar” os vestibulandos de primeira viagem


com as questões do vestibular da Universidade Federal do Acre e tentar conscientizá-
los de que a prova não é nenhum Bicho de sete cabeças. Neste trabalho, decidi
analisar as provas de História do vestibular UFAC nos últimos dez anos (2001-2011) e
selecionei 80 questões que já caíram no vestibular para darem suporte às aulas
ministradas.

Durante as aulas no pré-vestibular, teoricamente, não será apresentado nenhum


conteúdo novo, pois se presume que todos tenham aprendido na escola o conteúdo
programático do vestibular, pois terminaram ou estão terminando o ensino médio, logo
são aptos a ingressarem na faculdade. Entretanto, na pratica o que vivenciamos é um
pouco diferente, pois no vestibular encontramos matérias da escola que estão
expostas de uma forma diferente da qual estamos habituados a estudar, questões com
linguagem e estrutura prontas para derrubar os mais desatentos, as famosas
“pegadinhas” que são as verdadeiras oponentes do vestibulando.

Tendo em vista esta situação, o objetivo do pré-vestibular é ensinar também o que


não se aprende na escola: macetes e artifícios para não cair nas pegadinhas que os
concursos adoram aprontar. Por isso, a metodologia para resolver as questões desta
apostila não é apenas encontrar a alternativa correta, é interessante explicar por
que as demais alternativas estão erradas e tirar uma lição deste contexto.

Exemplo:

(5) (UFAC 2011) “Durante a década de 1970, Asterix, um personagem de histórias em


quadrinhos, alcançou grande popularidade. Gaulês, Asterix liderava com a ajuda de
uma poção mágica e de seu companheiro Obelix, a resistência de sua tribo contra os
invasores romanos.”.

ARRUDA, José Jobson de A.; PILETTI, Nelson. Toda a História: História Geral e
História do Brasil. São Paulo: Ática, s.d., p.95.

Por Tutatis! Digestivo Cultural. Disponível em:

http://www.digestivocultural.com/colunistas/coluna.asp?codigo=1387.

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O quadrinho acima apresenta a imagem de Asterix e Obelix, personagens de Uderzo e


Goscinny. Ao observá-los e ler o texto, podemos compreender que:

a) Os romanos tentavam dominar os povos bárbaros para a erradicação do helenismo.

b) Os gauleses foram responsáveis pelo crescimento da usura, que seria uma das
causas de decadência do Império Romano.

c) O expansionismo do Império Romano não significou alteração nos ordenamentos


territoriais e políticos europeus.

d) Os gauleses combatiam o imperialismo grego.

e) A expansão do Império Romano ocorreu com oposição dos povos bárbaros.

Resolução:

Apenas uma alternativa esta correta, isso significa obviamente que todas as outras
estão incorretas, mas por quê? Vamos analisar o que está certo e o que está errado:

Realmente os Romanos tentavam dominar os povos bárbaros, mas não para


erradicar o helenismo o que não tem nada haver com o contexto histórico dos
bárbaros de Obelix já que helenismo representava a cultura grega e não a gaulesa. O
principal objetivo da expansão Romana era conseguir mais terras, riquezas e escravos
aumentando assim seu patrimônio. Por isso, a letra “a” está incorreta.

Os gauleses não foram os responsáveis pelo crescimento da usura (empréstimos


com altos juros) e esta não foi uma das causas de decadência do Império Romano, o
que é o suficiente para invalidar a letra “b”.

Para obter a hegemonia na Itália, Roma teve de vencer a poderosa confederação


etrusca, os gauleses e as tribos latinas que se rebelaram contra a opressão romana.
Posteriormente os romanos conquistaram o sul da Itália, derrotando Pirro, aliado da
cidade de Tarento que acabou conquistada. As conquistas de Roma significaram
uma grande alteração nos ordenamentos territoriais e políticos europeus. Logo, a
questão “c” também está incorreta.

Os gauleses combatiam o Império Romano e não o imperialismo grego como na


letra “d”. Portanto, a única alternativa correta é a letra “e” pois realmente: “A expansão
do Império Romano ocorreu com oposição dos povos bárbaros.”.

Este exemplo é a minha proposta de trabalho, o que não impede que outras formas
de interpretação sejam executadas. No final da apostila estão disponíveis os gabaritos
e o conteúdo programático de História do vestibular Ufac.

Agora deixemos de papo e vamos à luta!

Ricardo José de Camargo Bispo

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Sumário
História Antiga ______________________________________________________ 4
História Medieval ____________________________________________________ 7
História Moderna ___________________________________________________ 10
História da América_________________________________________________ 15
História do Brasil ___________________________________________________ 20
História do Acre e da Amazônia _____________________________________ 26
História Contemporânea ____________________________________________ 37
GABARITO _________________________________________________________ 44
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DO VESTIBULAR UFAC ________________ 45
Considerações Finais: ______________________________________________ 48

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História Antiga

QUESTÃO 01

(UFAC 2007) A cidade-estado foi uma organização política típica da Grécia antiga.
Nessa perspectiva, é correto afirmar que:

a) A cidade-estado não tinha autonomia política, na medida em era governada por um


governo unificado.

b) A cidade-estado tinha autonomia e funcionava a partir de suas próprias leis e


governo.

c) Apenas Atenas tinha autonomia, pois como fundadora da democracia, todos os


cidadãos exerciam o poder político diretamente participando de assembleias
realizadas na “Ágora”, localizada na praça central da cidade.

d) Esparta com seu Estado militarizado não tinha leis próprias.

e) Nas cidades-estados gregas todos os habitantes da “póleis” tinham direitos de


cidadania, inclusive, escravos e estrangeiros.

QUESTÃO 02

(UFAC 2009) Um legislador, em 621 a.C., na Grécia Antiga, selecionou, organizou e


registrou na forma escrita leis que, até então, eram transmitidas pela oralidade e sob o
domínio apenas de alguns. Mesmo produzindo um Código bastante severo, mantinha
privilégios políticos e sociais para alguns grupos.

Assinale a alternativa correta que indica o nome desse legislador:

a) Sólon; c) Drácon;

b) Demiurgo; d) Helieu

QUESTÃO 03

(UFAC 2010) Considere as assertivas sobre a civilização grega e escolha a


alternativa correta:

I – No seu modelo de democracia os escravos e as mulheres tinham os mesmos


direitos que os homens.

II – O pensamento grego tinha por base a razão e supervalorizava o homem


(antropocentrismo).

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III – A elite grega era muito despojada e trabalhava de forma equivalente aos
escravos.

IV – Sua religião era de base politeísta e vários de seus deuses tinham características
antropomórficas.

a) O tópico III está correto, pois só os filósofos não trabalhavam.

b) O tópico I é o correto, pois no Brasil todos são iguais perante a lei, e nossa
democracia é uma réplica perfeita da democracia grega.

c) O tópico II está correto porque os grandes templos gregos, como o Parthenon e o


Templo de Apolo, não poderiam ter sido construídos por escravos e era trabalhando
pesado que a elite se preparava para os jogos olímpicos.

d) Os tópicos II e IV estão corretos, pois tanto a filosofia (pensamento), quanto à


religião, tinham como base a razão, inclusive seus deuses também podiam sofrer
fraquezas humanas, tais como, paixões, dores e fracassos.

e) Os tópicos I e III estão corretos, pois articulam as diversas camadas sociais, em


benefício da maioria.

QUESTÃO 04

(UFAC 2009) O historiador que criou a versão lendária sobre a fundação de Roma na
Antiguidade, em sua obra História de Roma, foi:

a) Tito Lívio; c) Homero; e) Patrício

b) Tucídides; d) Heródoto;

QUESTÃO 05

(UFAC 2011) Na imagem abaixo, você visualiza uma urna eletrônica brasileira. Com a
sua utilização, a Justiça Eleitoral faz a propaganda, conscientizando a população da
importância de participar das votações. Além da segurança da urna, um dos
argumentos empregados é a associação do ato de votar ao exercício de cidadania,
dentro de uma sociedade democrática. Ao analisarmos o conceito de cidadania e a
representação política eleitoral, ao longo da História, percebemos que:

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a) Para os gregos de Atenas, a cidadania era restrita aos homens atenienses livres
que fossem filhos de pai e mãe atenienses.

b) Os conceitos de cidadão e eleitor no Brasil são idênticos desde o período colonial,


ou seja, o sufrágio é universal para todos os brasileiros maiores de 16 (dezesseis)
anos de idade.

c) Na América Colonial Inglesa, a participação eleitoral era vinculada à categoria de


“homens bons”, que exerciam funções nos chamados “senados das câmaras”.

d) Com a Constituição de 1787 dos Estados Unidos da América, se criou uma


República Federativa Presidencialista, com voto direto, não censitário, sem restrições
de sexo, renda ou etnia.

e) Na Monarquia Romana, os Senadores eram escolhidos entre bárbaros e plebeus.

QUESTÃO 06

(UFAC 2001) Ao longo de sua tumultuada e conflituosa história, marcada


fundamentalmente pela conquista militar e expansão territorial, na antiguidade
clássica, os romanos foram constituindo um impressionante conjunto de leis, talvez o
seu maior legado para o mundo ocidental. Mesmo com os poderes concentrados nas
mãos das elites, eles formularam regras jurídicas com significativos alcances,
chegando mesmo a reconhecer "os direitos legais de estrangeiros".

De que maneira se subdivide o Código de Leis deixado pelos romanos?

a) Lex Agrária, Pax Romana e Lex Frumentária.

b) Jus Naturale, Jus Gentium e Jus Civile.

c) Jus Naturale, Lex Agrária e Jus Civile.

d) Lex Sálica, Jus Naturale e Jus Gentium.

e) Lex Sálica, Jus Naturale e Jus Civile.

QUESTÃO 07

(UFAC 2007) Em relação ao colapso do Império Romano do Ocidente, assinale a


alternativa verdadeira:

a) A causa principal da dissolução do Império Romano ocorreu quando as cidades do


ocidente romano tornaram-se centros econômicos do império em florescente processo
de urbanização.

b) O Império Romano entrou em colapso, a partir do século III, quando Constantino


resolveu não mais conceder liberdade de culto aos cristãos.

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c) A desintegração do Império Romano, no século V, foi provocada pela crise do


escravismo, pelo colapso econômico e pelas chamadas “invasões bárbaras”.

d) A desintegração do Império Romano teve como causa principal a divisão do império


em Império Romano do Ocidente e Império Romano do Oriente.

e) O Império Romano do Ocidente teve uma duração maior do que a existência do


Império do Oriente.

QUESTÃO 08

(UFAC 2004) Observando os costumes políticos, tradicionalmente cultuados entre os


povos germânicos, responsáveis em grande parte pela chamada “desintegração” do
Império Romano do Ocidente, é correto afirmar que:

a) “viviam eminentemente do terror, da pilhagem e da guerra”.

b) “o poder dos reis era ilimitado e profundamente arbitrário”.

c) “o nascimento fazia os reis; e o valor militar, os chefes”.

d) “a lei era estabelecida a partir de normas escritas”.

e) “os chefes militares eram eleitos pelos sacerdotes”.

História Medieval

QUESTÃO 09

(UFAC 2002) Enquanto sistema econômico, social, político e cultural que prevaleceu na
Europa, durante o período intitulado pelos historiadores como Idade Média, o feudalismo com
sua diversificada formação, recebeu influência de vários povos, entre os quais os romanos.

Assim, dentre as principais influências da civilização romana, para a formação da sociedade


feudal, é possível destacar:

a) O Comitatus, as Villas e o Colonato.

b) O Comitatus, o Direito Consuetudinário e o Cristianismo.

c) O Cristianismo, as Villas e o Colonato.

d) O Cristianismo, o Direito Consuetudinário e o Colonato.

e) O Cristianismo, o Comitatus e o Colonato.

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QUESTÃO 10

(UFAC 2008) Considerando as heranças germânicas para a formação do Feudalismo, marque a


alternativa correta.

a) A proibição ao trabalho feminino na produção agrícola, que existia entre os germânicos,


ficou mantida nos séculos seguintes, em toda Europa ocidental.

b) O trabalho compulsório e a mercantilização da mão-de-obra foram as principais


contribuições dos bárbaros para a sociedade feudal.

c) As relações de suserania e vassalagem, características do sistema feudal, têm uma de suas


origens nos bandos guerreiros germânicos denominados comitatus. Neles praticava-se o
juramento de fidelidade entre os guerreiros e os chefes.

d) Na sociedade feudal assim como na germânica, o trabalho artesanal era considerado a única
fonte geradora de riquezas. Por isso, em ambas as sociedades, os artesãos eram valorizados
como classe dominante.

e) Entre os bárbaros, a terra era objeto de apropriação privada. Proibindo o uso comum da
terra, eles gradativamente criaram as condições para que houvesse uma enorme concentração
fundiária, como a que caracterizou o Feudalismo.

QUESTÃO 11

(UFAC 2010) Dentre as construções mais imponentes da Europa Medieval, destacam-


se os castelos e as catedrais. O castelo representava, comumente, a solidez de um
senhor feudal, enquanto as catedrais, igrejas, dioceses e paróquias representavam
não só o poder material da Igreja, como também seu maior enraizamento, pois ela se
fazia presente em todos os níveis da sociedade. Nesse sentido, podemos afirmar que:

I - O poder da Igreja só estava subordinado ao senhor feudal, pois alguns possuíam


muitos castelos em feudos descontínuos.

II - O poder da igreja não estava restrito ao plano espiritual.

III – Afora os territórios controlados pelo papa, o denominado “Patrimônio de São


Pedro”, havia, também, terras controladas por bispos, arcebispos e abades, além das
terras pertencentes às várias ordens religiosas.

IV – A igreja era a mais importante instituição feudal.

a) O tópico III refere-se, apenas, à corveia.

b) Os tópicos I e IV só valem para a Baixa Idade Média.

c) O tópico III inclui as terras senhoriais.

d) Só o tópico I está certo.

e) Os tópicos I, III e IV estão certos.

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QUESTÃO 12

(UFAC 2009) O chamado “Cisma do Oriente” se deu em 1054, quando:

a) Os senhores feudais romperam com os dogmas da igreja católica na Europa ocidental;

b) O Papa da igreja católica da Europa Ocidental fez aliança com o cristianismo de


Constantinopla;

c) Os religiosos do ocidente ficaram desconfiados dos hereges;

d) O Patriarca de Constantinopla, Miguel Cerulário, proclamou a autonomia total da Igreja


Oriental em relação à Igreja Católica Ocidental;

e) O Papa do ocidente se rende aos dogmas do mundo americano;

QUESTÃO 13

(UFAC 2002) Sobre as atividades econômicas nos burgos medievais, é correto afirmar que
eram controladas:

a) pelos senhores feudais.

b) pela Igreja Católica.

c) pelos Grêmios ou Corporações de Artes e Ofícios.

d) pelos servos das glebas.

e) pelo Vaticano.

QUESTÃO 14

(UFAC 2006) Falando do Período Medieval europeu, é errado fazer a seguinte afirmação:

a) Os laços de vassalagem no período medieval envolviam direitos e obrigações, dentre as


quais se destaca a prestação de serviço militar para a proteção do suserano.

b) A educação era controlada principalmente pelo clero católico, que dominava as escolas dos
mosteiros, as escolas paroquiais e as universidades.

c) A cultura, em geral, estava impregnada do ideal religioso e a fé superava a razão.

d) A Igreja foi, durante toda a Idade Média, uma instituição poderosa, não apenas do ponto de
vista religioso, mas também em termos políticos, sociais, econômicos e culturais.

e) O Período Medieval europeu foi marcado pela total paralisação das atividades culturais,
sendo corretamente chamado de Idade das Trevas.

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História Moderna

QUESTÃO 15

(UFAC 2006) Referindo-se ao Renascimento, é correto afirmar que:

a) surgiu na Grécia por volta do século II d. C, tendo sido pouco influente na Itália.

b) os renascentistas criticavam o humanismo por ser uma forma de pensamento


filosófico que considera o ser humano como a obra mais importante da criação.

c) caracterizou-se principalmente pela valorização da racionalidade do ser humano,


isto é, da capacidade humana de conhecer a realidade por meio da razão e da
observação objetiva da natureza, não mais pela crença nas explicações religiosas e na
tradição.

d) o Renascimento foi à expressão cultural das profundas mudanças da Europa na


passagem da Idade Moderna para a Idade Contemporânea e teve inicio na Alemanha,
no século XVII.

e) nenhuma das alternativas acima está correta.

QUESTÃO 16

(UFAC 2008) Levando em conta os itens a seguir, marque como alternativa correta,
aquele que considerar como sendo consequência do Renascimento.

a) Gerou o agnosticismo e o ateísmo. Os pensadores renascentistas, com seu


racionalismo exacerbado, criaram o clima para o questionamento completo do
cristianismo.

b) Criou um ambiente favorável ao desenvolvimento educacional. Foi exatamente ao


final do Renascimento que as primeiras universidades apareceram na Europa.

c) Impulsionou as Grandes Navegações. Seja porque a curiosidade científica


despertada pela Renascença aperfeiçoou as técnicas de navegação, ou, ainda,
porque as crenças medievais, segundo as quais o Atlântico era habitado por monstros,
caíram em descrédito total.

d) Levou às revoluções burguesas. Livre das obrigações feudais, a burguesia


fortaleceu-se a ponto de assumir diretamente o poder, organizando um Estado
compatível com suas necessidades de classe.

e) Determinou um ambiente hostil para a Igreja que, a partir daí, perdeu terreno em
toda Europa. Abriu-se, assim, caminho para a Reforma Protestante que, a exemplo do
Renascimento, começaria também na Itália.

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QUESTÃO 17

(UFAC 2002). Com o movimento da Reforma protestante e da Contra-reforma


católica, ocorreu uma espécie de “emudecimento” das aspirações renascentistas, em
particular do espírito crítico e do racionalismo que, embora sufocados, iriam
reaparecer em dois outros contextos bastante significativos.

Que contextos foram esses?

a) Guerra dos Cem Anos e Revolução Francesa.

b) Empirismo inglês e Iluminismo francês.

c) Renascimento alemão e Renascimento ibérico.

d) Iluminismo francês e Guerra dos Cem Anos.

QUESTÃO 18

(UFAC 2007) Martinho Lutero líder da chamada “reforma protestante”, fez críticas a
Igreja Católica na Idade Média. Pode-se afirmar que as críticas principais foram:

a) Lutero criticou violentamente a posição da Igreja Católica em relação à


predestinação absoluta, a crenças dos anabatistas que só aceitavam o batismo feito
em adultos conscientes.

b) A Reforma Protestante foi apenas um acontecimento religioso, não influenciando


nos aspectos político, cultural e econômico da Idade Média.

c) Lutero por discordar das práticas religiosas da Igreja Católica criou sua própria
Igreja que foi posteriormente denominada de presbiteriana.

d) A Venda de indulgências negou a importância dos jejuns apregoados pela Igreja,


defendeu que o homem poderia alcançar a salvação sozinho.

e) Apesar das críticas a Igreja Católica Romana, Lutero por ser monge católico, não foi
condenado e excomungado pelo papa Leão X, em 1520, mas apenas advertido
severamente.

QUESTÃO 19

(UFAC 2001) O Concílio de Trento (1545) propiciou não somente o ressurgimento de uma
Igreja Católica mais forte e disciplinada, como também uma instituição criada na Idade Média:
a Inquisição ou Tribunal do Santo Ofício, que, em nome de Cristo, condenou milhares de
pessoas ao suplício, com torturas físicas e psicológicas, e à morte nas fogueiras "santas".

Entre as principais ações dos inquisidores, podemos destacar:

a) o combate aos "hereges" protestantes e a perseguição a cientistas e intelectuais.

b) perseguição aos protestantes, criação dos seminários para formação eclesiástica e venda de
indulgências.

c) perseguição aos protestantes e cientistas, rompimento com o celibato do clero e afirmação


da hierarquia eclesiástica.

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d) criação do Índex, a lista dos livros proibidos pela "Santa Igreja", como forma de expandir o
mundo das letras e do conhecimento.

e) perseguição aos luteranos, anglicanos e calvinistas, e divulgação dos ideais de um Vaticano


aberto ao progresso cultural e científico.

QUESTÃO 20

(UFAC 2009) O Mercantilismo europeu se deu a partir do século XVI, quando: ·.

a) Aprofundou-se a íntima relação entre Estado Nacional e economia, caracterizando-


se por ser uma política de controle e incentivo, buscando o Estado garantir o seu
desenvolvimento comercial e financeiro, fortalecendo o próprio poder;

b) Os senhores feudais resolvem comercializar seus produtos junto aos burgos;

c) A Igreja assume o controle das grandes viagens ao Velho Mundo;

d) O Estado Nacional e suas monarquias não interferem nas relações mercantis dos
seus burgueses;

e) As monarquias nacionais liberam suas colônias das amarras mercantis;

QUESTÃO 21

(UFAC 2009) Sobre o Estado no Antigo Regime, na Idade Moderna, é correto afirmar
que:

a) O rei assume o processo da Revolução Francesa;

b) O Estado é dominado por ideias iluministas, com ascensão social dos servos;

c) O Estado dá à Igreja Católica o poder para assumir toda a produção fabril da


Europa ocidental;

d) O Estado assume uma postura democrática e descentralizadora;

e) O Estado Moderno retratou a transição do feudalismo para o capitalismo, abrindo


espaço ao novo grupo burguês mercantil ascendente e a instalação de monarquias
nacionais, consolidando-se a concepção de um Estado interventor;

QUESTÃO 22

(UFAC 2007) Sabe-se que a política econômica do Estado Moderno Absolutista foi o
Mercantilismo. Pode-se caracterizar apolítica mercantilista como sendo:

a) Um conjunto de práticas comerciais e financeiras vinculado ao sistema de


pensamento e intervenção contra os interesses feudais e favor da burguesia
emergente.

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b) A principal característica da política mercantilista do Estado Moderno foi a de não se


intrometer na economia do país, deixando que a mesma funcionasse a partir das
regras do mercado.

c) A política mercantilista não tinha como preocupação fundamental um Estado forte


que acumulasse muitos metais preciosos.

d) A política mercantilista tinha por objetivo não criar barreiras alfandegárias,


favorecendo a importação de produtos estrangeiros.

e) A política mercantilista caracterizou-se pelo intervencionismo do Estado, planejando


a economia, adotando uma balança comercial favorável. A regra era: protecionismo,
intervencionismo e exclusivismo.

QUESTÃO 23

(UFAC 2006) Considerando a Revolução Francesa, assinale a alternativa errada:

a) Ela criou condições para enfraquecer o poder absoluto da burguesia e fortalecer o


desenvolvimento do capitalismo comercial na França.

b) Faz parte de um movimento global que afetou todo o Ocidente nos fins do século
XVIII, influenciando grande parte dos movimentos revolucionários posteriores.

c) A França era uma sociedade agrária, organizada em três estados: 1º estado - o


clero, 2º estado - a nobreza, 3º estado - alta, média e pequena burguesia e o restante
da população.

d) Foi o mais importante movimento revolucionário da época, por se tratar de uma


revolução social de massa, de alcance universal, e suas ideias influenciam o mundo
até os dias atuais.

e) Em termos específicos, ela marca a liquidação do Antigo Regime.

QUESTÃO 24

(UFAC 2011) “A grande revolução de 1789-1848 foi o triunfo não da „indústria‟ como tal, mas
da indústria capitalista; não da liberdade e da igualdade em geral, mas da classe média ou da
sociedade „burguesa‟ liberal; não da „economia moderna‟ ou do „Estado moderno‟, mas das
economias e Estados em uma determinada região geográfica do mundo (parte da Europa e
alguns trechos da América do Norte, cujo centro eram os Estados rivais e vizinhos da Grã-
Bretanha e França. A transformação de 1789-1848 é essencialmente o levante gêmeo que se
deu naqueles dois países e que dali se propagou por todo o mundo.

Mas não seria exagerado considerarmos esta dupla revolução - a francesa, bem mais política,
e a industrial (inglesa) - não tanto como uma coisa que pertença à história dos dois países que
foram seus principais suportes e símbolos, mas sim como a cratera gêmea de um vulcão
regional bem maior. O fato de que as erupções simultâneas ocorreram na França e na
Inglaterra, e de que suas características difiram tão pouco, não é nem acidental nem sem
importância.”.

HOBSBAWM, Eric J. A Era das Revoluções.

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A respeito do contexto político e social das Revoluções Francesa e Industrial, a leitura do texto
de Hobsbawm indica que:

a) Ambas, não por acaso, ocorreram em períodos concomitantes, com efeitos sobre os modos
de vida, alterando as relações de produção e ordenamentos políticos que se estenderam para
outras partes do mundo.

b) O autor enquadra as duas revoluções como apenas uma grande revolução, embora em
países diferentes, cujas consequências são a vitória da indústria, da igualdade e da economia
moderna.

c) O historiador afirma terem ocorrido consequências exclusivas sobre a Grã-Bretanha e a


França, com incidência sobre a indústria capitalista, a sociedade burguesa e o estado
moderno.

d) A citação considera a Revolução Francesa como política, enquanto que a Revolução Inglesa
seria de caráter industrial, com repercussão de ambas sobre a formação dos estados
modernos e da criação das monarquias de caráter absoluto.

e) O texto caracteriza a coexistência das duas Revoluções como uma casualidade histórica,
sem significado, descaracterizando o contexto social e político do período.

QUESTÃO 25

(UFAC 2008) O historiador inglês Eric Hobsbawm denomina o período que vai de 1789
a 1848 como a revolução dupla. Como justificar tal caracterização?

a) Foram, na verdade, revoluções dúbias: inovadoras em suas propostas, mas


conservadoras em seus resultados.

b) Houve uma revolução política, a Francesa em 1789 e uma Revolução Industrial,


que foi econômica e social, também no século XVIII. Ambas causaram profundas
transformações na sociedade europeia e foram concomitantes. Elas formam a dupla
revolução.

c) As revoluções aconteceram, simultaneamente, na França e na Espanha. A primeira


liquidou com o absolutismo, e a segunda com o colonialismo.

d) Ele certamente está se referindo ao fato de a França ter tido duas revoluções,
exatamente nas datas acima colocadas.

e) Foram revoluções burguesas e proletárias ao mesmo tempo. Burguesas por causa


dos resultados, e proletária por causa da principal classe envolvida no processo
revolucionário.

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História da América

QUESTÃO 26

(UFAC 2002). Segundo frei Bartolomé de Las Casas, durante o processo de


conquista e colonização da América espanhola, morreram entre 12 a 15 milhões de
indígenas, devido aos mais variados tipos de violências cometidos pelos espanhóis.

Tais violências foram cometidas em razão de que os invasores europeus eram


portadores de ilimitada:

a) ambição e certeza da impunidade.

b) fé em Deus e senso de justiça.

c) ambição e senso de justiça.

d) fé em Deus e defesa da igualdade entre os homens.

e) ambição e defesa da igualdade entre os homens.

QUESTÃO 27

(UFAC 2006) Quanto aos maias, astecas e incas, assinale a alternativa errada:

a) Os maias constituíram uma sociedade dividida em centros políticos autônomos,


formando um Estado teocrático, sendo o poder exercido em nome de um deus.

b) A economia na sociedade maia estava quase totalmente concentrada na


agricultura; com plantio de milho, cacau, algodão e outros produtos.

c) Na sociedade asteca, além da caça e da pesca, havia a agricultura. A terra era dos
nobres e o trabalho era feito por escravos ou por pessoas livres que a tomavam
emprestada.

d) O Império Inca desenvolveu-se na América do Sul, na cordilheira dos Andes.

e) Na sociedade inca, todo o poder estava concentrado nas mãos dos proprietários de
terra, sendo o Imperador uma figura simbólica que cuidava apenas dos assuntos
religiosos.

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QUESTÃO 28

(UFAC 2010) Foram muitas as anotações feitas pelos “conquistadores” das Américas,
durante os séculos XVI e XVII, para provar que os índios eram inferiores, entre outras,
Galeano (1999, 63) destacou:

“Suicidam-se os índios das ilhas do Porque são incapazes de castigar e de


Mar do Caribe? ensinar.

Porque são vadios e não querem Comem quando têm fome e não
trabalhar. quando é hora de comer?

Andam desnudos, como se o corpo Porque são incapazes de dominar seus


todo fosse à cara? instintos.

Porque são selvagens e não tem pudor Adoram a natureza, considerando-a


mãe, e acreditam que ela é sagrada?
Ignoram o direito de propriedade, tudo
compartilham e não têm ambição de Porque são incapazes de ter religião e
riqueza? só podem professar a idolatria.”.

Porque são mais parentes do macaco


do que do homem.

Banham-se com suspeitosa


frequência?

Porque se parecem com hereges da


seita de Maomé que com justiça ardem
nas fogueiras da Inquisição.

Acreditam nos sonhos e lhes


obedecem as vozes?

Por influência de Satã ou por crassa


ignorância.

É livre o homossexualismo? A
virgindade não tem importância
alguma?

Porque são promíscuos e vivem na


ante- sala do inferno.

Jamais batem nas crianças e as


deixam viver livremente?

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HISTÓRIA GERAL E DO BRASIL – Prof. Ricardo Bispo 17

Com base no texto podemos inferir que:

a) Os europeus e os ameríndios, mesmo com suas diferenças, uniram-se para


construir o Novo Mundo.

b) As mais diversas etnias ameríndias, contatadas pelos europeus, haviam


desenvolvido princípios comportamentais de acordo com sua cosmogonia e com seus
modos de vida.

c) Os europeus compreenderam, desde o início, que os ameríndios não poderiam ser


humanos como eles, pois eram selvagens e canibais.

d) Os ameríndios tomavam muito banho porque aqui era mais quente que na Europa
e eles não haviam desenvolvido perfumes como os franceses.

e) Os europeus tinham os melhores métodos para educar seus filhos.

QUESTÃO 29

(UFAC 2003) “Era o fim. O General Simón José Antonio de La Santísima Trinidad
Bolivar y Palacios ia embora para sempre. Tinha arrebatado ao domínio espanhol um
império cinco vezes mais vasto que as Europas, tinha comandado vinte anos de
guerras para mantê-lo livre e unido, e o tinha governado com pulso firme até a semana
anterior, mas na hora da partida não levava sequer o consolo de acreditarem nele. O
único que teve bastante lucidez para saber que na realidade ia embora, e para onde
ia, foi o diplomata inglês, que escreveu num relatório oficial a seu governo: „O tempo
que lhe resta mal dá para chegar ao túmulo. ‟”.

O trecho acima, do livro de Gabriel García Márquez, “O General em seu Labirinto”,


retrata a última viagem de uma das figuras mais emblemáticas do processo de
independência hispano-americano, Simón Bolívar, que deixou para trás tudo o que
havia conquistado e pelo qual dedicara toda uma vida. Um dos grandes sonhos e
objetivos de Bolívar, a criação de uma Confederação Pan-Americana, foi inviabilizado
na Conferência do Panamá (1826), em razão de ter se chocado com os interesses de:

a) Indígenas camponeses e com as pretensões da Grã-Bretanha e EUA.

b) Aristocratas regionais (criollos) e com as pretensões da Grã-Bretanha e EUA.

c) Aristocratas regionais (criollos) e movimentos indígenas.

d) Aristocratas regionais (criollos), camponeses e trabalhadores urbanos pobres.

e) Indígenas, camponeses, industriais e trabalhadores urbanos pobres.

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HISTÓRIA GERAL E DO BRASIL – Prof. Ricardo Bispo 18

QUESTÃO 30

(UFAC 2011) Com a leitura dos dois textos seguintes, que analisam a escravidão, fica
demonstrado que:

Texto I

“Na simbologia europeia da Idade Média, a cor branca estava associada ao dia, à
inocência, a virgindade; já a cor preta representava a noite, os demônios, a tristeza e a
maldição divina. Essa dicotomia entre branco e preto, claro e escuro, foi transferida
pelos europeus para os seres humanos quando os portugueses chegaram à África em
meados do século XV. [...] Assim, a pigmentação escura da pele foi inicialmente
apontada como uma doença ou um desvio da norma. Como os africanos
apresentavam ainda traços físicos, crenças religiosas, costumes e hábitos culturais
diferentes dos que predominavam na Europa, autores europeus passaram a
caracterizá-los como seres situados entre os humanos e os animais. Todas essas
visões eurocêntricas fizeram com que os negros fossem considerados culturalmente
inferiores e propensos à escravidão [...]”.

AZEVEDO, Gislane Campos; SERIACOPI, Reinaldo.

História. São Paulo: Ática, 2008, p.199.

Texto II

“Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de „menino diabo‟; e verdadeiramente


não era outra coisa; fui dos mais malignos do meu tempo, arguto, indiscreto, traquinas
e voluntarioso. Por exemplo, um dia quebrei a cabeça de uma escrava, porque me
negara uma colher do doce de coco que estava fazendo, e, não contente com o
malefício, deitei um punhado de cinza ao tacho, e, não satisfeito da travessura, fui
dizer à minha mãe que a escrava é que estragara o doce „por pirraça‟; e eu tinha
apenas seis anos. Prudêncio, um moleque de casa, era o meu cavalo de todos os
dias; punha as mãos no chão, recebia um cordel nos queixos, a guisa de freio, eu
trepava-lhe ao dorso, com uma varinha na mão, fustigava-o, dava mil voltas a um e
outro lado, e ele obedecia, - algumas vezes gemendo, - mas obedecia sem dizer
palavra, ou, quando muito, um – „ai, nhonhô! ‟ - ao que eu retorquia: - „Cala a boca,
besta! ‟ “.

ASSIS, Machado. Memórias Póstumas de Brás-Cubas. São

Paulo: Globo, 2008, p.62.

a) No texto I, apresenta-se o etnocentrismo como elemento de justificação do tráfico


negreiro. Ao passo que no texto II, demonstram-se as relações de dominação dos
escravos dentro dos espaços domésticos brasileiros durante o período imperial.

b) A chegada dos portugueses à África, no século XV, foi pontuada por um


estranhamento cultural, religioso e físico, marcado no texto I. Enquanto que no século
XVI, no período imperial brasileiro, de que trata o texto II, ocorria plena e pacífica
integração social entre negros e brancos.
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c) Ambos os textos pontuam os estranhamentos culturais entre brancos europeus e


negros afro-brasileiros, que culminaram com a substituição total do trabalho de
escravos africanos pela força de trabalho dos “negros da terra”.

d) O texto I expõe perspectivas eurocêntricas, em que se justifica a escravidão do


africano por ser diferente do branco europeu. Ideia que é retomada no texto II, na
obra de Machado de Assis, que apresenta o defunto narrador como abolicionista.

e) Tanto no texto I, quanto no texto II, percebe-se a preocupação dos autores em


expor os tratamentos respeitosos a que eram submetidos os povos com
características físicas e culturais diferentes dos europeus.

QUESTÃO 31

(UFAC 2011) “Quem olha hoje para o Haiti, miserável, degradado, dificilmente poderá
pensar que o país foi o cenário da 'única revolta de escravos bem-sucedida da
História'. No momento da Revolução Francesa, em 1789, a colônia francesa das
Índias Ocidentais de Santo Domingo representava dois terços do comércio exterior da
França e era o maior mercado individual para o tráfico negreiro europeu. Era a maior
colônia do mundo, o orgulho da França e a inveja de todas as outras nações
imperialistas. Sua estrutura era sustentada pelo trabalho de meio milhão de escravos.
Dois anos após a Revolução Francesa, com seus reflexos em Santo Domingo, os
escravos se revoltaram. Numa luta que se estendeu por 12 anos, eles derrotaram os
brancos locais e os soldados da monarquia francesa, debelando também uma invasão
espanhola, uma tentativa de invasão britânica com cerca de 60 mil homens e uma
expedição francesa de tamanho similar comandada pelo cunhado de Napoleão. A
derrota dessa expedição resultou no estabelecimento do Estado negro do Haiti.”.

SADER, Emir. A grande revolução negra. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 04 jan.
2004.

Refletindo acerca da Revolução Francesa, da Independência do Haiti e do processo


de emancipação das colônias na América, pode-se concluir que:

a) Os ideais burgueses tiveram repercussão sobre as guerras de independência das


colônias hispânicas, no século XIX, salvo o caso do Vice- Reino do Peru.

b) Os processos de emancipação das antigas colônias espanholas e portuguesas na


América assemelhavam-se, em todos os aspectos, inclusive na adoção do regime de
governo dos novos estados.

c) A burguesia disputava espaço político na França. Essa luta repercutiu para além do
continente europeu e influenciou os processos de emancipação política nas colônias
ibéricas na América.

d) A Independência do Brasil sofreu influência dos ideais da Revolução Francesa e


Haitiana, o que ocasionou a Proclamação da República e também a Abolição da
escravatura.
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e) Os processos de emancipação no continente latino-americano foram influenciados,


tanto pela Revolução Francesa, quanto pela Haitiana, o que 7resultou na
Independência de todas as colônias espanholas na América, ainda na década de
1820.

QUESTÃO 32

(UFAC 2002) Observando a história recente do continente latino-americano no que


diz respeito aos seus aspectos político, cultural, ideológico, é possível afirmar que:

a) a região é o mais importante centro de produção de riquezas do mundo, e seus


países gozam de amplo desenvolvimento.

b) as populações indígenas vivem em completa harmonia com o mundo do mercado e


com a sociedade branca.

c) prevalece uma herança do tempo da conquista, onde se sobressaem as práticas,


atitudes e os padrões de comportamentos.

d) sobrevive uma população indígena e mestiça, convivendo nas mesmas condições


de igualdade que as populações brancas.

e) significativo processo de desenvolvimento econômico da região propiciou a


melhoria da qualidade de vida e dos direitos humanos.

História do Brasil

QUESTÃO 33

(UFAC 2006) Em relação ao Sistema Colonial implantado, por Portugal, no Brasil, a única
afirmação correta é:

a) Havia uma grande preocupação em produzir com boa qualidade e racionalidade, utilizando
o trabalho livre.

b) Estimulava-se o emprego do trabalho livre e a formação de pequenas propriedades


familiares.

c) A grande propriedade agrícola colonial era monocultora e empregava mão-de-obra


assalariada.

d) A produção era agroexportadora, fundada na grande propriedade e na mão-de-obra


escrava.

e) Buscava desenvolver o mercado interno estimulando o artesanato e a manufatura.

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QUESTÃO 34

(UFAC 2008) No Brasil colonial e mesmo durante o império, algumas razões são atribuídas
como explicação para que a escravidão africana predominasse em lugar da escravidão dos
povos indígenas. As razões alegadas podem ser identificadas à:

a) reação dos povos indígenas que, por serem bastante organizados e unidos, toda vez que se
tentou capturá-los, eles encontravam alguma forma de escapar ao cerco dos portugueses.

b) um enorme preconceito que existia do europeu em relação ao indígena, e não em relação


ao africano, o que dificultava enormemente o aproveitamento do indígena em qualquer
atividade.

c) setores da Igreja e da Coroa que se opunham à escravização indígena; fugas, epidemias e


legislação antiescravista indígena que a tornaram menos atraente e lucrativa.

d) religião dos povos indígenas, que proibia o trabalho escravo. Preferiam morrer a ter que se
submeterem às agruras da escravidão que lhes era imposta nos engenhos de açúcar ou mesmo
em outros trabalhos

e) ausência de comunicação entre os portugueses e os povos indígenas e à dificuldade de


acesso ao interior do continente, face ao pouco conhecimento que se tinha do território e das
línguas indígenas.

QUESTÃO 35

(UFAC 2003) “José Bonifácio mandou prender Gonçalves Ledo, que fugiu do país em 1823. Em
1824 era sua vez de ser preso e deportado por D. Pedro I. Em 1825, o imperador ordenou a
morte de Frei Caneca. Na década seguinte, Feijó hostilizava José Bonifácio, tentando destituí-lo
do cargo de tutor de Pedro II. Como regente, Feijó celebrizou-se por combater com fúria
rebeliões provinciais semelhantes àquela liderada por Frei Caneca...”.

(“Os Santos do Altar”, citado por Júlio Simões e Laura Antunes (coordenadores) em “Pátria
Amada Esquartejada”, São Paulo: DPH, 1992).

Desenvolvendo uma refinada crítica à história oficial, o texto acima se refere aos conturbados
anos do I Império e das regências brasileiras e, fundamentalmente, mostra a enganosa
conciliação de projetos, interesses e ideias diferentes em torno dos “grandes vultos e heróis”
da Pátria.

Tal conciliação tem a finalidade de:

a) Estabelecer a ideia de uma nação unificada e sem conflitos.

b) Estabelecer a ideia de uma nação plural e popular.

c) Apontar a diversidade de projetos na construção da nação brasileira.

d) Apontar a diversidade étnica na construção da nação brasileira.

e) Criar a ideia de uma nação multiétnica e plurilinguística.

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QUESTÃO 36

(UFAC 2008) A ideologia republicana ganhou força a partir de 1870, porque o desenvolvimento
das relações de produção capitalista em andamento no Brasil exigia mudanças que o Império
não podia realizar. Todavia, o Movimento Republicano não foi homogêneo; ele congregou
diferentes segmentos sociais que, defendendo interesses específicos, opunham-se à
continuidade do Império e ao atraso por ele representado. Dentre estes segmentos sociais
NÃO se encontrava:

a) a burguesia cafeeira do oeste paulista, interessada em promover a descentralização política


como forma de garantir a ampliação do seu poder.

b) o operariado, representado por líderes sindicais e políticos, que viam na consolidação da


República a possibilidade de fortalecimento da sua organização.

c) a burguesia industrial, ligada à produção ainda incipiente de bens de consumo e interessada


em garantir mais industrialização.

d) a classe média dos centros urbanos, representada por ideólogos liberais, defensores de um
sistema federativo nos moldes da Constituição Norte-Americana.

e) parte da oficialidade do Exército, ligada à ideologia positivista e que propunha a


consolidação de uma república autoritária.

QUESTÃO 37

(UFAC 2002). Após a chamada “Proclamação da República”, instituída através de um golpe


(militar) de estado, o Brasil passou a vivenciar, particularmente a partir do governo de Campos
Sales, uma “república oligárquica”, conservadora e reacionária, na qual a política econômica
pautou-se na supremacia da:

a) industrialização de bens de consumo.

b) industrialização de bens de capitais.

c) agroexportação cafeeira e açucareira.

d) agroexportação gumífera e petrolífera.

e) agroexportação cafeeira.

QUESTÃO 38

(UFAC 2010) A Proclamação da República, no Brasil, em 1889, ou seja, um ano


depois da abolição da escravatura, gerou expectativas em partes significativas da
população, de que a partir daquela data poderiam participar das decisões
governamentais. Contudo, a Constituição de 1891 frustrou essas expectativas.

Entre as disposições que limitavam a participação popular, podemos identificar:

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a) O próprio Marechal Deodoro da Fonseca, que por ser militar, queria estender o voto
aos soldados.

b) O estabelecimento do voto universal masculino, não secreto, que excluía


analfabetos, mendigos, mulheres, padres, soldados e menores de 21 anos.

c) O sistema federativo, pois os estados saíram fortalecidos, podendo cada um indicar


seu próprio candidato à Presidência da República.

d) A adoção do sistema parlamentar de representação bicameral.

e) As correntes jacobinistas, pois eram formadas por setores intelectualizados da


jovem república.

QUESTÃO 39

(UFAC 2001) Na capital da oligárquica república brasileira, no início do século XX, ocorreram
duas grandes significativas rebeliões populares: a "Revolta da Vacina" (1904) e a "Revolta da
Chibata" (1910), que denunciavam o caráter antipopular e antidemocrático da nova ordem
política da nação. A violência com que as elites desarticularam esses movimentos, com a
morte, prisões e o desterro de vários dos seus participantes, apontam para as camadas
populares as contradições do que significava ser cidadão numa ordem republicana.

Quais as razões dessas contradições?

a) A necessidade de modernizar o Brasil e garantir a "ordem e o progresso" do País.

b) A implantação de um modelo "civilizador" "cientificista" e "universal", que considerava as


camadas populares e suas culturas como coisas "rudes" e "selvagens".

c) A necessidade de modernizar a saúde pública e garantir higiene e conforto a toda a


sociedade.

d) As contradições entre os interesses da população negra e os dos marinheiros da "armada


brasileira".

e) A importação de um modelo de "civilização" europeu que afirmava o respeito aos valores e


culturas locais.

QUESTÃO 40

(UFAC 2003) A chamada “Revolução Constitucionalista de 1932”, movimento paulista de


oposição à “Revolução de 1930” que levou Getúlio Vargas à presidência da república,
constituiu-se numa “desesperada” tentativa de retorno da “velha mentalidade oligárquica” e
assentava-se em dois pilares ou temas básicos, a saber:

a) A luta por São Paulo e pelo retorno de Luís Carlos Prestes ao Brasil.

b) A luta contra o comunismo e pela defesa do governo da “República Nova”.

c) A luta por São Paulo e pela ordem.

d) A luta por São Paulo e pelo fortalecimento do governo Vargas.

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e) A luta por São Paulo e pela liberdade de imprensa.

QUESTÃO 41

(UFAC 2009) Partido Político rival dos getulistas, adepto do liberalismo. Era contrário ao
trabalhismo porque não aceitava o nacionalismo e nem a intervenção do Estado na economia.
Também conhecido como o partido dos Bacharéis. O empresário e jornalista Carlos Lacerda
era a figura mais destacada desse Partido. Marque a alternativa correta indicando o nome
desse partido:

a) PTB (Partido Trabalhista Brasileiro);

b) PCdoB (Partido Comunista do Brasil);

c) UDN (União Democrática Nacional);

d) PSD (Partido Social Democrático);

e) ARENA (Aliança Renovadora Nacional);

QUESTÃO 42

(UFAC 2002) Em fins de setembro de 1937, a imprensa brasileira estampava a notícia de que
os comunistas tinham um plano de tomada do poder da nação. Tudo não passava de uma
grande farsa, montada pelo capitão Olímpio Mourão Filho, membro das milícias integralistas,
propiciando as “justificativas” necessárias para que o então, presidente Getúlio Vargas,
prolongasse um “pouco mais” sua permanência no cargo.

Poucos dias depois, as eleições previstas para o início de 1938 estavam suspensas e o governo
mandava publicar, no Diário Oficial, a “nova Constituição Brasileira”: estava decretado um
violento processo de perseguições políticas e restrições de todas as liberdades no Brasil, que
ficou conhecido como:

a) Nova República b) Estado Novo

c) Aliança Libertadora Nacional d) Intentona Comunista c) Revolução de 1930

QUESTÃO 43

(UFAC 2007) Getúlio Vargas criou pelo decreto 5.452 as leis trabalhistas, em 1943, reunindo e
sistematizando as leis afins existentes no Brasil, articuladas através da CLT: Consolidação das
leis do Trabalho. As leis trabalhistas criadas por Vargas, no período, representaram:

a) Conquista evidente do movimento operário sindical e partidariamente organizado desde


1917, defensor de projetos socialistas e responsável pela ascensão de Vargas ao poder.

b) Participação do Estado como árbitro na mediação das relações entre patrões e


trabalhadores de 1930 em diante, permitindo a Vargas propor a racionalização e a
despolitização das reivindicações trabalhistas.

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c) Inspiração notadamente fascista, que orientou o Estado Novo desde sua implantação em
1937, desviando Vargas das intenções nacionalistas presentes no início de seu governo.

d) Atuação controladora do Estado brasileiro sobre os sindicatos e associações de


trabalhadores, permitindo a Vargas criar, a partir de 1934, o primeiro partido político de
massas da história do Brasil.

e) Pressão norte-americana, que se tornou mais clara após 1945, para que Vargas controlasse
os grupos anárquicos e socialistas presentes nos movimentos operário e camponês.

QUESTÃO 44

(UFAC 2007) Sabemos que alguns acontecimentos políticos, durante a década de 1980, como o
retorno à eleição para governadores em 1982, como a eleição de Tancredo Neves no Colégio
Eleitoral, em 1985, a realização da Assembleia Nacional Constituinte, em 1987/8 e a eleição
direta para presidente da República em 1989, foram fundamentais para a redemocratização do
Brasil no pós-regime militar.

Em relação àqueles acontecimentos pode-se afirma que:

I – Em 1982, a oposição elegeu a maioria parlamentar e expressiva quantidade de


governadores, enfraquecendo ainda mais os mecanismos de sustentação política da ditadura
militar.

II – Embora o PDS, partido de sustentação política da ditadura militar, não tenha elegido
muitos governadores em 1982, em nada alterou a situação política dos militares no poder.

III – Embora vitorioso nas eleições indiretas Tancredo Neves foi impedido de assumir o
governo pelas Forças Armadas, que fecharam questão em torno do nome de José Sarney.

IV – A nova constituição do país, promulgado no dia 5 de outubro de 1988, por Ulysses


Guimarães, recebeu a denominação de “constituição cidadã”, por garantir direitos
fundamentais como: o direito de voto aos não alfabetizados e aos adolescentes entre 16 e 18
anos, jornada de trabalho de 44 horas semanais, licença-gestante de 120 dias e crimes de
tortura e o racismo passaram a ser inafiançáveis.

V – A eleição de Fernando Collor de Mello, depois de 29 anos sem eleição para presidente da
República, terminou em abertura de processo de impeachment e a renúncia de Collor em
1992, cabendo a Itamar Franco prosseguir com o processo de redemocratização do país.

Destas afirmativas estão corretas:

a) I IV e V, apenas. d) I, III e IV, apenas.

b) II, III e IV, apenas. e) I, II e III, apenas.

c) III IV e V, apenas.

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História do Acre e da Amazônia

QUESTÃO 45

(UFAC 2001) Analisando a forma como o discurso dos naturalistas viajantes que, no século
XIX, percorreram a Região Amazônica, o historiador amazonense Hideraldo Lima aponta como
eles, não obstante seus diversificados olhares estavam em sintonia com os projetos e as falas
das elites locais. Estas, de maneira preconceituosa e alardeando uma abstrata e irreal
modernidade, desconsideravam a existência de uma produção para a subsistência,
desenvolvida por índios destribalizados ou tapuios, mestiços e pequenos proprietários da
Região. Ao "escamotearem" a realidade, como forma de fazer valer seus discursos, os
viajantes e as elites amazônicas tentavam justificar a:

a) necessidade de estabelecer uma produção para o mercado.

b) manutenção da produção de subsistência.

c) garantia de recursos para uma maior produção agrícola e abastecimento interno.

d) produção de rebanhos para atender aos interesses da comunidade local.

e) necessidade de melhorar o padrão de vida e o bem-estar da população amazônica.

QUESTÃO 46

(UFAC 2004) Antes da chegada de diversos tipos de exploradores e colonizadores à região que,
hoje, configura o Estado do Acre, milhares de indivíduos pertencentes a diferentes nações e
etnias indígenas habitavam seus diferentes rios e territórios. No entanto, as trajetórias, os
modos de vida e toda a história dessas populações foram omitidos pela historiografia oficial
acreana.

Tal silêncio pode ser atribuído, entre outras coisas, a dois fatores:

a) Indiferença indígena ao explorador/colonizador e predomínio da tradição oral.

b) Indiferença do explorador/colonizador ao indígena e predomínio da escrita.

c) Inexistência da escrita entre os indígenas e predomínio de uma concepção histórica


positivista entre os colonizadores.

d) Inexistência da tradição oral e predomínio da escrita entre os indígenas.

e) Decadência da cultura oral e valorização da cultura letrada entre os indígenas.

QUESTÃO 47

(UFAC 2002) Sobre os trabalhadores nordestinos e de outras regiões, que foram deslocados,
desde a década de 1870, para constituírem-se como seringueiro na Amazônia é correto
afirmar que:

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a) Ao serem integrados às “regras” do seringal gozavam de toda liberdade para cultivar a terra,
produzir borracha e comercializar sua produção.

b) Eram de origem diversificada e traziam recursos financeiros para sua manutenção na


Amazônia.

c) Eram de origem diversificada e viajavam para a Amazônia com todas as despesas financiadas
pelo Estado ou pelos seringalistas.

d) Tinham que bancar os custos de sua viagem, eram proibidos de plantar ou criar animais no
interior do seringal e obrigados a viver somente para o corte da seringa.

e) Tinham a obrigação de cortar seringa, podiam ter saldo no barracão e controlavam


pessoalmente suas dívidas com o patrão.

QUESTÃO 48

(UFAC 2004) A “Corrida do Ouro Negro”, como ficou conhecida a expansão da empresa
extrativista da borracha nos últimos anos do século XIX e início do XX, propiciou uma violenta
pressão sobre os povos indígenas das bacias dos rios Juruá e Purus, que foram “escorraçados”
e alvejados por intensas expedições punitivas, as chamadas “correrias”.

Além dessas expedições, os exploradores da borracha e do caucho utilizaram-se de outros


métodos para intimidar e amenizar a resistência indígena contra a invasão de seus territórios.
Dentre esses métodos, um dos mais eficazes foi:

a) o isolamento em reservas indígenas.

b) a educação formal.

c) a manutenção das tradições culturais entre os indígenas.

d) o estímulo à comunicação em língua materna.

e) o incentivo às rivalidades intertribais.

QUESTÃO 49

(UFAC 2006) Assinale a alternativa que representa os elementos que foram indispensáveis à
produção de borracha em larga escala, durante o primeiro surto da borracha na
Amazônia/Acre:

a) Reforma agrária; inovação técnica no corte da seringueira; e abertura de ferrovias.

b) Uma larga oferta de capitais; a incorporação de novas áreas produtoras às já existentes; e


um acréscimo de mão-de-obra ao processo produtivo.

c) Plantio racional de seringueiras; abertura de ferrovias; e melhor qualificação da mão-de


obra.

d) Uma larga oferta de capitais; plantio racional de seringueiras; e abertura de rodovias.

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e) Inovação técnica no corte da seringueira; abertura de rodovias; e seringais de cultivo.

QUESTÃO 50

(UFAC 2008) O Sistema de Aviamento se constituiu no final do século XIX e início do XX, como
uma forma complexa, mas funcional, de organização da produção e comercialização de
borracha na Amazônia brasileira. Para a eficácia de seu funcionamento contribuíram as
articulações realizadas entre as seguintes estruturas e sujeitos sociais:

I) As chamadas Casas Aviadoras não tiveram nenhuma vinculação com as Casas Exportadoras.

II) O seringueiro, como produtor direto da borracha, vendia sua produção de borracha
diretamente às chamadas Casas Aviadoras.

III) As chamadas Casas Exportadoras participaram do financiamento e exportação da borracha.

IV) Os proprietários dos seringais da região acreana venderam a sua produção de borracha
diretamente às Casas Exportadoras.

V) Na produção e comercialização da borracha quem menos lucrou foi os seringalistas.

Considerando o que está acima evidenciado marque a alternativa correta.

a) Todas as afirmativas estão erradas

b) Apenas as afirmativas IV e V estão erradas

c) Apenas a afirmativa III está correta

d) Somente as afirmativas I e III estão corretas

e) Apenas a afirmativa II está errada

QUESTÃO 51

(UFAC 2003) Ao alvorecer do século XX, o processo de “arrendamento” do Acre ao Bolivian


Syndicate constituiu-se no interior de paradoxos e possibilitou à chancelaria brasileira
vivenciar momentos de contradições ante a irreconciliável questão que colocava, de um lado,
a dimensão jurídica e, de outro, a geopolítica, na região da fronteira Brasil-Bolívia-Peru.

A razão crucial de tudo isso se deve ao fato de que a chancelaria brasileira:

a) Não aceitava o estabelecimento de soberanias estrangeiras em sua área de fronteira e


encarava a questão do Acre pelo enfoque puramente jurídico.

b) Aceitava parte das regras estabelecidas pelas cláusulas do Bolivian Syndicate e divergia do
Tratado de Ayacucho (1867).

c) Não aceitava o estabelecimento de soberanias estrangeiras em suas áreas de fronteira e


propunha uma administração mista (trinacional) para a área em litígio.

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d) Aceitava as cláusulas do consórcio e ampliava o debate sobre a redefinição da fronteira e


da geopolítica da região.

e) Não reconhecia o Acre como território boliviano e propunha uma rediscussão jurídica sobre
a questão do Acre.

QUESTÃO 52

(UFAC 2008) O processo de anexação do Acre ao Brasil teve como ponto culminante, a
assinatura do Tratado de Petrópolis, realizado em 17 de novembro de 1903, quando
autoridades dos governos brasileiro e boliviano estabeleceram os limites fronteiriços entre
Bolívia e Brasil. Pelo acordo anterior conhecido como Tratado de Ayacucho, o governo
brasileiro reconhecia como sendo de direito da Bolívia a maior parte das terras que hoje
compreendem o Estado do Acre. Diante do exposto analise as proposições a seguir:

I) Antes do Tratado de Petrópolis o governo brasileiro não reconhecia as terras hoje


pertencentes ao Estado do Acre, como sendo do Brasil.

II) O governo boliviano desde o tratado de 1867, estimulou seus concidadãos a produzirem
borracha nos gomais do Acre.

III) O governo brasileiro do começo ao fim esteve solidário aos seringalistas da região do Acre.

IV) Galvez do começo ao fim teve o apoio imprescindível de todos os seringalistas da região,
hoje acreana.

V) Plácido de Castro contou o tempo todo com o apoio do governo brasileiro na luta contra os
bolivianos.

Das proposições acima marque a alternativa correta.

a) Apenas a proposição I está correta

b) Somente a proposição IV está errada

c) Todas as proposições estão corretas

d) As proposições III e IV estão corretas

e) As proposições II e V estão corretas

QUESTÃO 53

(UFAC 2002) A assinatura do Tratado de Petrópolis (1903), é o marco que sinaliza o fim dos
conflitos de fronteiras entre o Brasil e a Bolívia. Esse tratado, ao passo que institucionalizou o
reconhecimento do território acreano, como brasileiro, estabeleceu uma indenização ao
Estado boliviano, cujo pagamento é tema de debate entre historiadores brasileiros e
bolivianos.

Quais os principais elementos dessa indenização?

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HISTÓRIA GERAL E DO BRASIL – Prof. Ricardo Bispo 30

a) Construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e entrega da região de Pando à Bolívia.

b) Construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e pagamento de dois milhões de libras


esterlinas à Bolívia.

c) Construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e garantia de livre navegação pelos rios da


Amazônia brasileira, aos navios e embarcações bolivianas.

d) Pagamento de dois milhões de libras esterlinas e garantia de livre navegação pelos rios da
Amazônia brasileira, aos navios e embarcações bolivianas.

e) Pagamento de dois milhões de libras esterlinas e entrega da área de fronteira entre Brasiléia
e Assis Brasil ao Estado Peruano.

QUESTÃO 54

(UFAC 2011) “O pai era bom seringueiro. Trabalhava três estradas da „colocação‟,
alternadamente, na época do fabrico. Iniciava o corte às duas horas da madrugada e o fechava
cerca de meio-dia. Na embocadura do varadouro, comia a minguada refeição que trouxera da
barraca, uma farofa de banha misturada com uma fita de balata. Já quase noite voltava à
barraca e ia direto ao defumador, para não correr o risco de ver, com qualquer demora, o látex
transformado em sernambi. A borracha colhida, entretanto, nunca dava para pagar o débito do
Barracão, para comprar nada além da banha, do tabaco, do feijão, do arroz, do querosene, do
sabão, do açúcar e do sal.”.

FERRANTE, Miguel J. O seringal. São Paulo: Clube do Livro, 1973, p.24-5.

Ao ler e examinar o trecho da obra O seringal, de Miguel de Ferrante, pode-se assegurar que:

a) Há apresentação do seringueiro e de seu modo de vida nos seringais acreanos, inseridos


no sistema de aviamento.

b) A distribuição de território para o trabalho dos seringueiros dentro dos seringais, no início do
século XX, era marcada pelo espaço da colocação composta pelo Barracão.

c) Trata-se de referência literária que narra eventos relativos aos conflitos decorrentes da
“pecuarização” do Acre.

d) Tratam da exploração da borracha, de acordo com os termos dos Acordos de Washington,


assinados entre o Bolivian Syndicate e o Estado Independente do Acre.

e) Foram expostos os modos de vida dos seringalistas e seringueiros, segundo as proposições


do Conselho Nacional do Seringueiro (CNS), para as relações de trabalho nos seringais
amazônicos.

QUESTÃO 55

(UFAC 2003) A substituição da monocultura da borracha deu-se, principalmente, a partir de


1912, ante a “queda” da produção gumífera amazônica no mercado internacional, e foi
marcada pela:

a) Introdução de práticas alternativas de exploração madeireira com sustentabilidade.

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HISTÓRIA GERAL E DO BRASIL – Prof. Ricardo Bispo 31

b) Introdução da agropecuária e da produção de soja na região da Amazônia Sul-Ocidental.

c) Produção de bolsas, peças ornamentais, colares, castanha cristalizada, artefatos com


produtos da floresta.

d) Produção de borracha, alternada com o plantio de subsistência, caça, pesca e a


coleta/extração de castanha, açaí, copaíba e outros.

e) Produção de feijão, arroz, milho, soja e fabricação de móveis utilizando-se de tecnologias


regionais e do manejo madeireiro.

QUESTÃO 56

(UFAC 2007) Uma das formas de participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial foi através
da produção e exportação de borracha da Amazônia em grande escala, mas para que esse
objetivo fosse atingido milhares de pessoas foram enviadas para a Amazônia na condição de
“soldados da borracha”.

Sobre a chamada “batalha da borracha”, defina as alternativas verdadeiras:

I – Os responsáveis pelo recrutamento de trabalhadores utilizaram, entre outros argumentos,


para convencer as pessoas a se deslocarem para a Amazônia: quem optasse em não se
deslocar para os seringais amazônicos como “soldado da borracha” iria servir front de guerra.
Outro argumento: vir para Amazônia como soldado da borracha significa cumprir um dever
moral de servir a pátria. Ou promessa: quem viesse para Amazônia te assistência financeira e
assistência médico-sanitária

II – Com base em dados confiáveis pode-se afirmar que morreram mais “soldados da
borracha” de malária Amazônia do que brasileiros enviados para campos de batalhas na
Europa, integrando a Força Expedicionária Brasileira - FEB.

III – Os “soldados da borracha” realmente contribuíram com os esforços de guerra, embora só


tenham sido reconhecidos pelo governo brasileiro recentemente quando passaram a receber
uma aposentadoria.

IV – Na composição dos “soldados da borracha”, tinha gente apenas do nordeste e caboclos


residentes na Amazônia, embora alguns estudiosos afirmem que cariocas, paulistas, mineiros,
goianos, capixabas e pessoas de todas as profissões classes sociais também viveram a mesma
realidade.

V – Os chamados “Acordos de Washington”, assinados em março de 1942, pelos governos do


Brasil e dos Estados Unidos da América tiveram como objetivo principal não a ampliação e
exportação borracha para atender os aliados, mas a oficialização da entrada do Brasil na
Segunda Guerra Mundial.

Analisando as afirmativas acima, assinale as alternativas que estão corretas:

a) As alternativas I, IV e V estão corretas.

b) Apenas as alternativas II, III e V estão corretas.

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c) As alternativas I, II e III estão corretas.

d) As alternativas III, IV e V estão corretas.

e) As alternativas I, IV e V estão erradas.

QUESTÃO 57

(UFAC 2008) A denominada “Batalha da Borracha” foi travada, principalmente, pelos sujeitos
sociais que ficaram conhecidos como “Soldados da borracha”. O termo “Soldados da borracha”
surgiu no período da Segunda Guerra mundial, quando milhares de nordestinos foram
“convocados” pelo governo de Getúlio Vargas a contribuírem com “esforço de guerra”, vindo
produzir borracha nos seringais amazônicos para ajudar os aliados. Sobre os acontecimentos
envolvendo os “Soldados da borracha” e o governo brasileiro na Segunda Guerra mundial,
assinale a alternativa correta.

a) A aposentadoria para os “Soldados da borracha”, foi um direito reconhecido somente na


Constituição brasileira de 1967, 22 anos após o fim da referida guerra.

b) A aposentadoria para os “Soldados da borracha” assegurada nos “Acordos de Washington”


(onde o governo americano destinou inicialmente cinco milhões de dólares para garantir a
produção de borracha na Amazônia), não foi cumprida por conta do fim da ditadura Vargas,
em 1945.

c) A aposentadoria para os “Soldados da borracha”, como recompensa aos seringueiros que


produziram borracha para o chamado “esforço de guerra”, quando o governo Vargas, decidiu
em 1942, entrar na guerra ao lado dos aliados, só foi garantida com a Constituição brasileira de
1988.

d) A aposentadoria para os “Soldados da borracha” foi garantida na constituição de 1946, um


ano após o fim da Segunda Guerra mundial.

e) A aposentadoria para os “Soldados da borracha”, foi prevista em 1942, quando da


assinatura dos “Acordos de Washington”, entre os governos de Roosevelt e o de Getúlio
Vargas.

QUESTÃO 58

(UFAC 2002) Na década de 1970-80, em pleno período da ditadura militar que governava o
País, no Acre e Sul do Amazonas, surgiram diversificados movimentos e sujeitos sociais que,
emergindo do interior da floresta, passaram a “desafiar as políticas governamentais dos
grandes projetos econômicos para a região”.

Dentre esses sujeitos sociais, é possível destacar os seringueiros e as populações de


diferentes etnias indígenas que buscavam:

a) A manutenção de seus tradicionais modos de vida, desenvolvendo os “empates” contra a


devastação da floresta e/ou lutando pela demarcação e autodemarcação de suas terras.

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HISTÓRIA GERAL E DO BRASIL – Prof. Ricardo Bispo 33

b) A manutenção de seus tradicionais modos de vida, desenvolvendo os “empates” contra a


devastação da floresta e procurando participar da modernização econômica da região.

c) A demarcação e autodemarcação das terras indígenas e o controle das áreas produtoras de


minérios.

d) A demarcação e autodemarcação das terras indígenas e a consolidação de uma estrutura de


investimentos em agropecuária.

e) O fim da exploração no interior dos seringais e a consequente substituição da economia


gumífera pela extração racional de madeira.

QUESTÃO 59

(UFAC 2009) “Empates” pela vida e em defesa da floresta é um movimento de resistência


socialmente constituído, articulado pelos seringueiros do Acre. Tal forma de resistência, no
caso os “empates”, ocorreu mais frequentemente a partir da década de 70 no Acre quando:

a) Os comerciantes acreanos invadiram terras indígenas, provocando reações dos seringueiros;

b) Os fazendeiros – compradores de grandes áreas de seringais no Acre - tentaram realizar


derrubadas de floresta para a formação de pastos para a criação de gado, com a perspectiva
de expulsar os seringueiros de suas colocações de seringa, provocando reações dos
trabalhadores;

c) Os trabalhadores “empataram” que seus vizinhos comprassem suas casas;

d) Os religiosos católicos lutaram em defesa dos seringueiros e dos dízimos;

e) Nenhuma das alternativas acima;

QUESTÃO 60

(UFAC 2010) A década de 70 do século passado marca uma virada significativa na


configuração socioeconômica e política da história do Acre. A tentativa de transformar
a economia extrativista, com base na produção de borracha e na coleta de castanha,
em uma economia de base pecuária, colocou em conflito os antigos moradores dos
seringais contra os novos donos das terras, em sua maioria fazendeiros e grileiros
vindos de outros estados, que aqui eram denominados como “paulistas”. Nesse
conflito, os seringueiros desenvolveram uma forma de resistência denominada
“empate”. Sobre os “empates” podemos afirmar:

a) Que tinham na Ordem dos Advogados do Brasil- OAB – Seccional Acre, sua
principal aliada para mover processos contra os fazendeiros violentos.

b) Eram movimentos que recebiam financiamentos estrangeiros, principalmente das


Organizações Não Governamentais - ONGs, para criarem obstáculos ao
desenvolvimento do estado.

c) Era um movimento dirigido, por subversivos e padres comunistas, que objetivava


criar uma guerrilha na Floresta Acreana.

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d) Que recebiam apoio do estado, mesmo assim eram contra as derrubadas, porque
elas agrediam o meio ambiente.

e) Que tiveram o apoio de alguns setores da Igreja Católica, (Comunidades Eclesiais


de Base – CEBs e Comissão Pastoral da Terra - CPT), da Confederação dos
Trabalhadores na Agricultura- CONTAG e de alguns militantes de esquerda
(clandestinos na sua maioria), para sua organização.

QUESTÃO 61

(UFAC 2011) “Tu não viu que, para eles, a gente é menor que pichilinga de galinha? Carece,
só, de Firmino continuar calado e escondido. Eles não estão a fim de atucanar nós. [...] Agaildo
deu de ficar acordado até tarde. Rondava o varadouro, descia ao igarapé, vigiava o roçado.
Tinha vez de até dormir no casco, que amarrava perto do sumidouro do açude. Às vezes ficava
olhando o irmão, uma pontinha de inveja: devia de ser bom saber ler, clareava as ideias.
Firmino entendia dessa história de reforma agrária, reserva florestal, Empate, e tanto nome
mais que ele nem lembrava!”.

ESTEVES, Florentina. O empate. Rio de Janeiro: Oficina do Livro, 1993, p. 42.

O contexto tratado, na obra referenciada de Florentina Esteves, permite associá-lo,

Historicamente:

a) À desarticulação do extrativismo vegetal – de borracha e pichilinga – no Acre, em prol da


pecuária bovina, executada com apoio dos governos federais e estaduais brasileiros.

b) À organização dos seringueiros no intuito de resistir à derrubada da mata e às tentativas


dos “paulistas” de expulsá-los de suas colocações.

c) À formação do Conselho Nacional dos Seringalistas como entidade defensora dos


interesses das populações tradicionais da Amazônia.

d) Ao modelo de desenvolvimento e ocupação territorial da Amazônia, imposto pelo Regime


Militar, em que se desestruturava a produção pecuária regional em favor do extrativismo
vegetal e mineral.

e) À substituição do sistema de aviamento pela produção pecuária nas terras do MST no Acre.

QUESTÃO 62

(UFAC 2003) “... Minha vinda para o Acre, o contato direto, especialmente nas nascentes
Comunidades Eclesiais de Base, com o povo simples, pobre, injustiçado, a ajuda dos padres
amigos e muito sensíveis aos problemas do povo, homens lúcidos, corajosos e extremamente
evangélicos; a confiança em mim depositada pelas vítimas dos problemas de terra que
começaram, em 1973, a se agudizar. Neste campo, fatos bem concretos levaram-me a tomar
uma posição: ou assumia a causa dos pobres ou negava minha missão e mesmo minha própria
fé”.

Este trecho da entrevista do Bispo Dom Moacir Grechi, citada no livro “Comunicação
Alternativa” do sociólogo Pedro Vicente, retrata um pouco o papel da igreja católica diante
das tensões e conflitos ocorridos na Amazônia acreana, no contexto das décadas de 1970-80,

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caracterizados por “novas” alternativas de ocupação e uso da terra e marcados por um


processo de:

a) Constituição das grandes reservas extrativistas na região.

b) Formulação de uma nova política de desenvolvimento e sustentabilidade.

c) Incorporação da mão-de-obra indígena ao extrativismo da borracha.

d) Incorporação do Acre ao Brasil.

e) Expropriação/expulsão de trabalhadores extrativistas do interior da floresta.

QUESTÃO 63

(UFAC 2001) Em 23 de janeiro de 1990, o Presidente da República do Brasil, cedendo não


somente a pressões de setores e grupos organizados da sociedade nacional e internacional,
mas, fundamentalmente, às reivindicações e lutas históricas dos trabalhadores rurais pela
permanência na floresta, criou a primeira Reserva Extrativista no Estado do Acre, com uma
área aproximada de 506.186 hectares.

Onde se localiza essa reserva?

a) Alto (rio) Acre b) Rio Purus

c) Serra do Môa d) Rio Abunã e) Alto (rio) Juruá

QUESTÃO 64

(UFAC 2010) Após a eleição de Jorge Viana (Frente Popular do Acre - FPA), para o
Governo do Acre, em 1998, dois vocábulos passaram a fazer parte do dia-a-dia dos
acreanos, são eles: florestania e sustentabilidade. Sobre o termo florestania podemos
afirmar:

a) É um vocábulo que não tem explicação prática, porque o Acre é um Estado com
alto índice de desmatamento.

b) É um neologismo criado pelas ONGs, para captar recursos para seus projetos.

c) Expressa a tentativa de estender as ações do estado às populações, até então não


assistidas por este, fundada numa nova concepção da relação homem-natureza.

d) É um vocábulo que exprime oposição ao conceito de cidadania.

e) É um conceito que se opõe ao de sustentabilidade, pois prevê a presença do


homem na floresta, causa principal de sua destruição.

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QUESTÃO 65

(UFAC 2011) No Hino Acreano existem várias referências ao processo de


incorporação do Acre ao Brasil, a exemplo das passagens abaixo apresentadas:

Que este sol a brilhar soberano

Sobre as matas que o vêem com amor

Encha o peito de cada acreano

De nobreza, constância e valor.

Invencíveis e grandes na guerra,

Imitemos o exemplo sem par

Do amplo rio que briga com a terra

Vence-a e entra brigando com o mar. [...]

Mas se audaz estrangeiro algum dia

Nossos brios de novo ofender,

Lutaremos com a mesma energia

Sem recuar, sem cair, sem tremer,

E ergueremos, então, destas zonas,

Um tal canto vibrante e viril

Que será como a voz do Amazonas

Ecoando por todo o Brasil

Fulge um astro na nossa bandeira

Que foi tinto no sangue de heróis,

Adoremos na estrela altaneira

O mais belo e o melhor dos faróis.”

MANGABEIRA, Francisco; DONIZETTI, Mozart. Hino Acreano.

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HISTÓRIA GERAL E DO BRASIL – Prof. Ricardo Bispo 37

A análise da conjuntura histórica e cultural relatada nos trechos do Hino Acreano, nos
permite entender que:

a) Ao falar do Amazonas, os autores nos remetem à influência de migração e


participação política daquele Estado no processo de separação do Território acreano,
que era, até então, ligado ao Equador.

b) As passagens: “invencíveis e grandes na guerra” e “audaz estrangeiro” fazem


referências a conflitos armados e políticos, tais como a Revolução Acreana, na qual os
acreanos lutaram pelo direito à sua independência, em relação à Bolívia, Peru e
Paraguai.

c) A menção à guerra, ao sangue de heróis, ao amor pelas matas acreanas,


demonstram o apreço a terra, que foi o exclusivo motivo da disputa territorial com os
países andinos vizinhos.

d) A composição faz alusão aos embates armados que movimentaram as questões


políticas e econômicas causadoras da anexação das “terras não descobertas” ao
Brasil. No entanto, não faz uma interpretação profunda das condições sociais em que
os habitantes do Acre se tornaram brasileiros.

e) A letra do hino faz referência ao Estado Independente do Acre, criado pelo


espanhol Luis Galvez, assim como aos seringueiros e esposas, que se opuseram à
opressão brasileira por meio da tomada da Intendência de Mariscal Sucre.

História Contemporânea

QUESTÃO 66

(UFAC 2010) Embora o conceito de raça tenha sido desautorizado pela ciência atual,
a prática do racismo permanece ativa. Para Hernandez (2005. 131-2):

“Essa situação a partir da modernidade tem raízes histórico-estruturais no tráfico


atlântico de escravos, elemento fundamental do sistema colonial do século XVI, e foi
reforçado pelo imperialismo colonial de fins do século XIX na África. Mas, enquanto
este tem sido por vezes qualificado como contingente, o racismo integra um corpo
ideológico que antecede e transcende o imperialismo colonial”.

O texto acima nos permite afirmar que:

a) O eurocentrismo e a ideia de que uns são “mais capazes, mais aptos” do que os
outros consideram, como natural, a submissão de povos dominados, notadamente na
África.

b) Como o Brasil não é mais colônia, racismo é coisa do passado.

c) O racismo atualmente só é identificado nas piadas de programas humorísticos.

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HISTÓRIA GERAL E DO BRASIL – Prof. Ricardo Bispo 38

d) O racismo existe dos dois lados porque há negros que não gostam de brancos e
vice-versa.

e) O racismo é saudável, pois nos Estados Unidos essa prática levou ao


desenvolvimento e, atualmente, temos um negro na presidência daquele país.

QUESTÃO 67

(UFAC 2001) A partir de 1870, as nações industrializadas da Europa passaram a


experimentar um novo "boom" de tecnologias e processos sofisticados, impulsionados,
fundamentalmente, pelo advento da energia elétrica e da indústria química. Tal fato impôs à
"civilização europeia" a necessidade de criar uma economia global, ligando países
desenvolvidos entre si e ao mundo não desenvolvido. O desenvolvimento tecnológico europeu
dependia, agora, de matérias primas que, devido ao clima ou ao acaso geológico, seriam
encontradas exclusiva ou profusamente em lugares remotos, a exemplo da África do Sul,
Amazônia e Oriente Médio, como afirma o historiador britânico Eric Hobsbawm. Iniciava-se,
assim, a chamada expansão do capital financeiro ou imperialista pelo mundo, constituindo um
novo sistema de dominação das raças brancas sobre as raças não brancas. Que sistema era
esse?

a) Neocolonialismo b) Neoliberalismo

c) Pós-modernismo d) Imperialismo Monárquico e) Sistema Colonial

QUESTÃO 68

(UFAC 2001) surgimento do Império Alemão e a formação do Reino da Itália bem como toda
uma série de conflitos pelo controle da região dos Estreitos de Bósforo e Dardanelos estão
inseridos no contexto daquilo que ficou conhecido, no panorama político europeu de meados
do século XIX, como a "política das nacionalidades". A consolidação da unificação italiana e
alemã, no entanto, somente se completaria nos anos 1870-1871.

O que estava por trás desses conflituosos processos de unificação?

a) A afirmação de um poder aristocrático.

b) A vitória dos ideais políticos e econômicos do liberalismo.

c) A consolidação do Vaticano como expressão maior de poder sobre aquelas regiões.

d) A derrota dos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade expandidos pela revolução


francesa.

e) A consolidação do prestígio e poder de Napoleão III sobre aquelas regiões.

QUESTÃO 69

(UFAC 2009) O Neocolonialismo europeu do século XIX se caracteriza:

I – Pela necessidade de novas fontes de matérias-primas e de outros mercados consumidores


para a crescente produção industrial;

II – Pelo crescimento demográfico europeu e a consequente necessidade de novas regiões


para receber o excedente populacional;

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III – Pela necessidade de aplicação dos capitais excedentes da economia industrial;

IV – Nova pressão dos países da América do Sul e africanos para que a Europa aplicasse seus
capitais em suas riquezas locais;

V – Pela ajuda europeia ao fortalecimento do Império do Japão na Malásia;

Diante do exposto, marque a alternativa correta:

a) Somente os itens IV e V estão corretos;

b) Somente os itens I, II e III estão corretos;

c) Somente os itens I e V estão corretos;

d) Somente os itens I e IV estão corretos;

e) Todos os itens estão corretos;

QUESTÃO 70

(UFAC 2006) Em relação à Revolução Russa de 1917, é errado fazer a seguinte afirmação:

a) Iniciada em novembro de 1917, a Revolução Vermelha, liderada por Lênin, marcou a


ascensão dos bolchevistas ao poder.

b) Os bolcheviques pregavam que os trabalhadores poderiam conquistar o poder atraindo a


simpatia política da alta burguesia.

c) A NEP – Nova Política Econômica, introduzida por Lênin, em 1921, caracterizou-se por um
certo retorno a formas econômicas capitalistas.

d) Com a morte de Lênin, em 1924, houve uma grande disputa pelo poder na União Soviética
entre Trotski e Stalin, por suas ideias divergentes em torno da expansão ou não da revolução.

e) Os bolcheviques defendiam a ideia de que os trabalhadores somente chegariam ao poder


pela luta revolucionária, com a formação de uma ditadura do proletariado.

QUESTÃO 71

(UFAC 2003)

“Filas de rostos pálidos murmurando, máscaras de medo,

Eles deixam as trincheiras, subindo pela borda,

Enquanto o tempo bate vazio e apressado nos pulsos,

E as esperanças, de olhos furtivos e punhos cerrados,

Naufragam na lama. Ó Jesus, fazei com que isso acabe!”

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O fragmento do poema acima, citado pelo historiador britânico Eric Hobsbawm em seu livro
“A Era dos Extremos”, remete-nos aos campos de batalha das guerras mundiais. A primeira
delas, ocorrida entre 1914 e 1918, foi caracterizada como “guerra de trincheiras” e ficou
conhecida, para a traumatizada memória de ex-combatentes europeus, particularmente,
britânicos e franceses, como a “Grande Guerra”, em razão de que a maior parte deste conflito
ocorreu na chamada:

a) “Frente Ocidental” b) “Frente Oriental”

c) “Frente Aliada” d) “Batalha da Normandia” e) “Batalha de Stalingrado”

QUESTÃO 72

(UFAC 2009) O Dia “D” durante a II Guerra Mundial ocorreu quando:

a) A frente aliada desembarcou na Normandia, norte da França, no dia 6 de junho de 1944,


anulando as forças alemãs estacionadas no norte da Europa, avançando pelo continente e
apertando o cerco sobre o Terceiro Reich;

b) A frente aliada desembarcou na Normandia, norte da França, no dia 6 de junho de 1945,


anulando as forças alemãs estacionadas no norte da Europa, avançando pelo continente e
apertando o cerco sobre o Terceiro Reich;

c) A frente aliada desembarcou na Inglaterra no dia 06 de junho de 1945, derrotando o


exército alemão;

d) Hitler suicidou-se;

e) Hitler entregou-se às forças aliadas no dia 06 de junho de 1945;

QUESTÃO 73

(UFAC 2003) Após a II Guerra Mundial, aproveitando-se da instabilidade propiciada pela


Guerra Fria, desencadeou-se um processo de lutas em que um conjunto de países, intitulados
“Terceiro Mundo”, passou a lutar por sua libertação contra as grandes potências do capital
monopolista internacional.

Tal processo ficou grafado para a história do mundo contemporânea como:

a) Neocolonialismo

b) “Primavera dos Povos”

c) Independência das Colônias Americanas

d) Revolução Chinesa

e) Descolonização Afro-Asiática.

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QUESTÃO 74

(UFAC 2003) Eleito presidente dos EUA, no início da década de 1960, John Kennedy foi
responsável pela constituição de uma nova política para a América Latina. Tal política,
conhecida como “Aliança para o Progresso”, caracterizava-se pela proposição de uma série de
mudanças na conjuntura dos países do continente latino-americano, amparadas na realização
de:

a) Reformas urbanas visando à redemocratização do continente.

b) Reformas na política interna dos países do continente como, por exemplo, reforma agrária,
judiciária, educacional, entre outras.

c) Reformas internas com investimentos de capitais norte-americanos, tendo em vista o


aumento da liberdade aos partidos socialistas.

d) Reformas internas com investimentos de capitais norte-americanos, tendo em vista a


“superação” dos crônicos problemas que impediam o desenvolvimento do continente.

e) Reformas internas com investimentos de capitais norte-americanos, tendo em vista a


constituição de governos mais democráticos no continente.

QUESTÃO 75

(UFAC 2010) A ascensão de Ronald Reagan à presidência dos Estados Unidos e de


Margareth Thatcher ao cargo de Primeira Ministra da Grã-Bretanha, na virada da
década de 70 para a de 80, desencadeou o processo de construção de uma “nova
ordem mundial” que preconizava o “Estado mínimo”, no sentido dos investimentos
sociais, além de recomendar a privatização das empresas estatais. Na América Latina
alguns países, entre eles o Brasil, seguiram à risca essas recomendações, produzindo
efeitos impactantes, marcadamente pela geração de desnacionalizações,
desindustrialização, desconstitucionalização, desregulamentação de leis que
amparavam os trabalhadores e, por fim, desemprego.

O texto acima se refere a alguns efeitos:

a) Da crise econômica mundial contemporânea.

b) Do desenvolvimento da indústria petrolífera, especialmente da prospecção em


águas profundas, praticada pela Petrobrás.

c) Da fase primitiva da globalização, a partir do século XVI.

d) Da expansão do neoliberalismo.

e) Do esgotamento do capitalismo.

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QUESTÃO 76

(UFAC 2002) “Tudo menino e menina no olho da rua / O asfalto, a ponte e o viaduto ganindo
pra lua
.........................................................................................................................................................
.................................................

E o cano da pistola que as crianças mordem / Reflete todas as cores da paisagem da cidade

.........................................................................................................................................................
.................................................

Alguma coisa está fora da ordem / Fora da nova ordem mundial.”

(Caetano Veloso, “Fora da Ordem”)

O trecho acima reflete uma crítica à chamada “Nova Ordem Mundial”, surgida em fins da
década de 1980, no contexto do fim da:

a) Guerra do Golfo e da Queda do Muro de Berlim.

b) Guerra da Iugoslávia e Invasão do Afeganistão.

c) Guerra Fria e Invasão do Afeganistão.

d) Guerra Fria e Início da Guerra do Golfo.

e) Guerra Fria e Queda do Muro de Berlim

QUESTÃO 77

(UFAC 2011) “O grupo palestino Hamas disse que lutará até que Israel atenda suas exigências
para um cessar-fogo.”

O texto do site da BBCBrasil.com trata dos conflitos armados entre palestinos e o Estado de
Israel, que teve seu início quando:

a) Na Declaração de Balfour, em que foi concedido apoio britânico para a criação de uma
pátria judaica na Palestina.

b) A ONU, no ano de 1947, fez a divisão entre os territórios da Palestina e Israel. Ação que
desencadeou um ataque da Liga Árabe ao Estado de Israel.

c) No movimento sionista, criado no séc. XIX, por Theodor Herzl, que tinha como propósito a
formação de um estado judaico com reconhecimento internacional da Palestina.

d) Na assinatura dos Acordos de Camp David, pelos quais se estabelecia a concordância na


negociação para a devolução do Sinai ao Egito e a autonomia restrita aos palestinos que
habitavam Gaza.

e) Na Intifada e no Haganah.

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QUESTÃO 78

(UFAC 2007) O processo de globalização tende a transformar o mundo em um grande e único


mercado e uniformizar as economias de todos os países, segundo o modelo imposto pelo
neoliberalismo. Esse procedimento tem gerado controvérsias. A respeito da política de
globalização pode-se afirmar que:

a) Tem merecido apoio, em geral, pelos efeitos positivos referentes às questões sociais.

b) Tem sido criticada apenas por setores de esquerda.

c) Tem recebido mais resistência nos “ex-impérios asiáticos” e nos velhos Estados europeus
que na África e América Latina.

d) Tem-se expandido em todo o mundo sem que haja reação a ela.

e) Tem merecido críticas severas de todos os setores de direita

QUESTÃO 79

(UFAC 2008) A globalização da economia é um fenômeno mundial que faz parte do nosso
cotidiano.

Marque a alternativa que não é correta.

a) O grau de liberdade das economias periféricas recua frente ao capital sem fronteiras.

b) Os blocos econômicos perdem sua importância com o avanço do capital sem pátria.

c) A mundialização do capital faz-se sob a hegemonia da economia norte-americana.

d) A difusão dos avanços tecnológicos contribui para a redução dos custos da produção.

e) Os oligopólios suplantam os Estados no controle das economias nacionais.

QUESTÃO 80

(UFAC 2004) Acerca do complexo termo globalização, e das suas consequências, presente em
nosso cotidiano desde as duas últimas décadas do século XX, de forma geral é incorreto
afirmar que:

a) propiciou desenvolvimento e bem-estar em escala planetária.

b) o desenvolvimento da informática impulsionou vertiginosamente as comunicações e os


transportes.

c) ocorreu a integração dos mercados e a formação de megablocos econômicos.

d) se ampliaram as diferenças e as desigualdades sociais entre países ricos e pobres.

e) ocorreu uma profunda alteração na lógica e nas noções de tempo e espaço.

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HISTÓRIA GERAL E DO BRASIL – Prof. Ricardo Bispo 44

GABARITO

1) B 26) A 51) A 76) E

2) C 27) E 52) A 77) B

3) D 28) B 53) B 78) C

4) A 29) B 54) A 79) B

5) A 30) A 55) D 80) A

6) B 31) C 56) C

7) C 32) C 57) C

8) C 33) D 58) A

9) C 34) C 59) B

10) C 35) A 60) E

11) NULA 36) B 61) B

12) D 37) E 62) E

13) C 38) B 63) D

14) E 39) C 64) C

15) C 40) C 65) D

16) C 41) C 66) A

17) B 42) B 67) A

18) D 43) B 68) B

19) A 44) A 69) B

20) A 45) B 70) B

21) E 46) C 71) A

22) E 47) D 72) A

23) A 48) E 73) E

24) A 49) B 74) D

25) B 50) C 75) D

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DO VESTIBULAR UFAC

História Geral

História Antiga:

 A escravidão na Antiguidade Clássica;


 A pólis grega e o advento da democracia ateniense;
 A expansão do Império Romano: unidade e poder; A crise do
Império Romano;

História Medieval:

 Origem e evolução do feudalismo;


 Cultura na sociedade feudal;
 Invasões bárbaras e a formação do mundo medieval;
 O Renascimento do Comércio e das Cidades;
 O papel da Igreja Católica na Idade Média;
 O período Carolíngio.

História Moderna:

 A transição do feudalismo para o capitalismo: sua relação com a


emergência do capitalismo em sua fase mercantil.
 Ascensão da burguesia e seus confrontos com a nobreza feudal.
 Renascimento.
 Reforma e Contra-Reforma.
 Formação das monarquias nacionais.
 A expansão colonialista europeia nos sécs. XVI e XVII.
 Cercamentos e a Revolução Inglesa no séc. XVII. A afirmação
do Parlamento em oposição ao poder absoluto do rei.
 Revolução Industrial e Revolução Francesa (com ênfase nas
ideias revolucionárias, a exemplo da de Babeuf).

História Contemporânea:

 As guerras mundiais;
 Revolução Russa de 1917;
 Crise de 1929;
 O imperialismo e a partilha afro-asiática;

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HISTÓRIA GERAL E DO BRASIL – Prof. Ricardo Bispo 46

 A descolonização na África e Ásia;


 A questão das nacionalidades no Leste Europeu;
 A perestroika e a desintegração da URSS;
 A globalização e seus efeitos na América Latina;
 O neoliberalismo e a crise atual do capitalismo mundial;
 O conflito entre palestinos e o Estado de Israel.

História da América:

 As diferentes colonizações europeias no continente americano;


 Insurreições, conjuras e levantes sociais na América Colonial;
 Processo de emancipação e independência das Colônias no
Continente Americano;
 Formação dos Estados Nacionais Americanos;
 Pan-Americanismo: Bolivarismo e Monroísmo;
 A hegemonia inglesa na América Latina no século XIX;
 Guerra de Secessão;
 Guerra do Paraguai;
 Revolução Mexicana;
 Política da Boa Vizinhança;
 Revolução Cubana;
 Aliança para o Progresso,
 NAFTA, MERCOSUL, ALCA, OEA.

História do Brasil

 A colonização portuguesa no Brasil (aspectos sociais, econômicos,


políticos e culturais);
 As rebeliões coloniais e o processo de emancipação política do Brasil;
 O Primeiro Império e as lutas populares no período regencial;
 O escravismo brasileiro e a luta do negro através dos quilombos;
 O Segundo Império (aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais)
 A economia cafeeira e a transição da mão-de-obra escrava para o
trabalho livre
 A passagem do Império a República (com destaque para o projeto
político dos republicanos para o Brasil);
 A industrialização brasileira nos séculos XIX e nas primeiras décadas do
século XX;

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 República Velha e as Oligarquias;


 A Revolução de 1930 e as mudanças decorrentes deste fato (políticas,
econômicas, sociais e culturais);
 Populismo brasileiro (1930-1964);
 O Golpe Militar e a política desenvolvimentista para a Amazônia;
 A Redemocratização e o Movimento Diretas Já; O neoliberalismo no
Brasil e seus efeitos econômicos e sociais a partir do governo FHC;
 O governo Lula e os projetos sociais.

História da Amazônia e do Acre:

 A questão indígena na Amazônia: a trajetória de contato, conflitos e


extermínio;
 As políticas pombalinas para a Amazônia e seus desdobramentos: a
expulsão dos Jesuítas da Amazônia;
 A cabanagem no Pará;
 A borracha: o primeiro e segundo ciclos;
 A migração humana para a Amazônia: a mão-de-obra nos dois ciclos da
borracha;
 Os projetos de desenvolvimento agrícola na Amazônia: as colônias
agrícolas, os Naris;
 Os recursos minerais na Amazônia pós-1962;
 O surgimento e trajetória do movimento sindical rural e urbano;
 O empate na Amazônia: o caso do Acre;
 O Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS) na Amazônia;
 O MST na Amazônia: atuação política na região;
 A problemática da terra na Amazônia: os conflitos e o extermínio de
trabalhadores na região;
 O Estado Independente do Acre: Galvez e os seus desdobramentos;
 O Bolivian Syndicate; A incorporação do Acre ao Brasil: a chamada
Revolução Acreana;
 Os projetos agropecuários no Acre;
 O povoamento dos ameríndios no Acre;
 O movimento organizado das mulheres na Amazônia: o caso do Acre.

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História Cultural Afro-brasileira e Indígena:

 História da África e dos africanos


 A luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil
 A cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da
sociedade nacional referenciando as suas contribuições nas áreas
social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.

Considerações Finais:

O material usado como base para a elaboração desta apostila foi disponibilizado através da
pagina da Ufac na internet no endereço eletrônico: www.ufac.br/vestibular

Espero com este trabalho ajuda-los a alcançar o sonho de ingressar na Universidade e me


coloco a disposição para quaisquer duvidas e sugestões pelo e-mail:
camargo_bispo@hotmail.com

“O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário”

- Albert Einstein

Boa Sorte a Todos!!! >=D

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