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12 - Equilíbrio e elasticidade

12 - Equilíbrio e elasticidade

17 Ondas II
12 Equilíbrio e elasticidade
18 Temperatura, calor e primeira lei da
13 Gravitação
termodinâmica
14 Fluidos 19 Teoria cinética dos gases
15 Oscilações 20 Entropia e segunda lei da termodinâmica
16 Ondas I

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12 - Equilíbrio e elasticidade 12.1 - Equilíbrio

12.1 - Equilíbrio

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12 - Equilíbrio e elasticidade 12.1 - Equilíbrio

Equilíbrio: definições iniciais

~) de um objeto é o produto da massa (m) pela velocidade (~v) do mesmo.


Momento linear (P

~ = m ~v
P

Momento angular (~ L) de um objeto é definido pelo produto vetorial do vetor posição (~r) do
objeto (relacionado a um ponto de referência) pelo seu momento linear.

~ ~
L = ~r × P

Dizemos que um objeto está em equilíbrio quando dois requisitos básicos são satisfeitos:

~ = constante
P e ~
L = constante

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12 - Equilíbrio e elasticidade 12.1 - Equilíbrio

Condições de equilíbrio
O movimento de translação de um corpo é descrito pela equação:
~
dP
F~r =
dt
Seguindo os requisitos pra o equilíbrio:
F~r = 0 (equilíbrio de forças)
O movimento de rotação de um corpo é descrito pela equação:
d~
L
τ~r =
dt
Seguindo os requisitos pra o equilíbrio:
τ~r = 0 (equilíbrio de torques)
Esses requisitos, obviamente, valem para o equilíbrio estático, mas também valem para o caso
~e~
de equilíbrio mais geral no qual P L são constantes, mas diferentes de zero.
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12 - Equilíbrio e elasticidade 12.1 - Equilíbrio

Equilíbrio no sistema de coordenadas ortogonais

Equilíbrio de forças:
Fr, x = 0 Fr, y = 0 Fr, z = 0
Equilíbrio de torques:
τr, x = 0 τr, y = 0 τr, z = 0
Vamos simplificar o problema considerando apenas situações nas quais as forças que agem sobre
o corpo estão no plano xy.
Isso significa dizer que os torques que agem sobre o corpo tendem a provocar rotações apenas
em torno de eixos paralelos ao eixo z.

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12 - Equilíbrio e elasticidade 12.1 - Equilíbrio

Centro de massa e centro de gravidade


O centro de massa (CM) é o ponto hipotético onde toda a massa de um sistema físico está
concentrada e que se move como se todas as forças externas estivessem sendo aplicadas nesse
ponto. As coordenadas do CM são calculadas por meio da média ponderada dos respectivos
elementos de massa do corpo.
P P P
mi xi mi yi mi zi
xCM = P yCM = P zCM = P
mi mi mi
Também podemos considerar que força gravitacional (F~g ) age efetivamente sobre um único
ponto de um corpo, o centro de gravidade (CG) do corpo. As coordenadas do CG são calculadas
por meio da média ponderada dos respectivos elementos de massa do corpo submetidos as
respectivas forças gravitacionais a que estão submetidos.
P P P
mi gi xi mi gi yi mi gi zi
xCG = P yCM = P zCM = P
mi gi mi gi mi gi
Se ~g é igual para todos os elementos de um corpo, o CG do corpo coincide com o CM.
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12 - Equilíbrio e elasticidade 12.1 - Equilíbrio

Exercício (RESNICK, 2016, Cap. 12, pergunta 5)

A figura abaixo mostra um móbile de pinguins de brinquedo pendurado em um teto. As bar-


ras transversais são horizontais, têm massa desprezível, e o comprimento à direita do fio de
sustentação é três vezes maior que o comprimento à esquerda do fio. O pinguim 1 tem massa
m1 =144 g. Qual é a massa do pinguim 3?

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12 - Equilíbrio e elasticidade 12.1 - Equilíbrio

Exercício (RESNICK, 2016, Cap. 12, problema 1)

Como a constante g é praticamente a mesma em todos os pontos da grande maioria da estru-


turas, em geral supomos que o centro de gravidade de uma estrutura coincide com o centro de
massa. Neste exemplo fictício, porém, a variação da constante g é significativa. A figura mostra
um arranjo de seis partículas, todas de massa m, presas na borda de uma estrutura rígida, de
massa desprezível. A distância entre partículas vizinhas da mesma borda é 2,00 m. A tabela a
seguir mostra o valor de g (em m/s2 ) na posição de cada partícula.
Usando o sistema de coordenadas
mostrado na figura, determine (a) a
coordenada xCM e (b) a coordenada
yCM do centro de massa do conjunto.
Em seguida, determine (c) a coorde-
nada xCG e (d) a coordenada yCG do
centro de gravidade do conjunto.

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12 - Equilíbrio e elasticidade 12.2 - Exemplos de equilíbrio estático

12.2 - Exemplos de equilíbrio estático

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12 - Equilíbrio e elasticidade 12.2 - Exemplos de equilíbrio estático

Equilíbrio de uma viga horizontal

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12 - Equilíbrio e elasticidade 12.2 - Exemplos de equilíbrio estático

Equilíbrio de uma lança de guindaste

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12 - Equilíbrio e elasticidade 12.2 - Exemplos de equilíbrio estático

Equilíbrio da escada

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12 - Equilíbrio e elasticidade 12.2 - Exemplos de equilíbrio estático

Equilíbrio da Torre de Pisa

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12 - Equilíbrio e elasticidade 12.2 - Exemplos de equilíbrio estático

Exercício (RESNICK, 2016, Cap. 12, problema 3)

Na figura, uma esfera homogênea de massa m=0,85 kg e raio r=4,2 cm é


mantida em repouso por uma corda, de massa desprezível, presa a uma
parede sem atrito a uma distância L=8,0 cm acima do centro da esfera.
Determine (a) a tração da corda e (b) a força que a parede exerce sobre a
esfera.

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12 - Equilíbrio e elasticidade 12.2 - Exemplos de equilíbrio estático

Exercício (RESNICK, 2016, Cap. 12, problema 5)

Uma corda, de massa desprezível, está esticada horizontalmente entre dois suportes separados
por uma distância de 3,44 m. Quando um objeto pesando 3160 N é pendurado no centro da
corda, ela cede 35,0 cm. Qual é a tração da corda?

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12 - Equilíbrio e elasticidade 12.2 - Exemplos de equilíbrio estático

Exercício (RESNICK, 2016, Cap. 12, problema 12)

Na figura, um homem está tentando tirar o carro de um atoleiro no acostamento de uma es-
trada. Para isso, ele amarra uma das extremidades de uma corda no para-choque dianteiro e a
outra extremidade em um poste, a 18 m de distância. Em seguida, o homem empurra a corda
lateralmente, no ponto médio, com uma força de 550 N, deslocando o centro da corda de 0,30 m
em relação à posição anterior, e o carro praticamente não se move. Qual é a força exercida pela
corda sobre o carro? (A corda sofre um pequeno alongamento.)

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12 - Equilíbrio e elasticidade 12.2 - Exemplos de equilíbrio estático

Exercício (RESNICK, 2016, Cap. 12, problema 21)

O sistema na figura está em equilíbrio. Um bloco de concreto com massa de 225 kg está pen-
durado na extremidade de uma longarina homogênea com massa de 45,0 kg. Para os ângulos
φ=30,0◦ e θ =45,0◦ , determine (a) a tração T do cabo e as componentes (b) horizontal e (c)
vertical da força que a dobradiça exerce sobre a longarina.

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12 - Equilíbrio e elasticidade 12.3 - Elasticidade

12.3 - Elasticidade

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12 - Equilíbrio e elasticidade 12.3 - Elasticidade

Elasticidade: definições iniciais

A figura representa os átomos de um sólido metálico,


dispostos em uma rede regular tridimensional. As molas
representam forças interatômicas.
Todos os corpos “rígidos” reais são, na verdade, ligeira-
mente elásticos, o que significa que podemos mudar li-
geiramente as suas dimensões puxando-os, empurrando-
os, torcendo-os ou comprimindo-os.

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12 - Equilíbrio e elasticidade 12.3 - Elasticidade

Tração e compressão

Se um corpo sólido está sujeito a forças que tendem a


esticá-lo, cortá-lo ou comprimi-lo, sua forma se altera.
Depois de removidas as forças, se o corpo volta à forma
original, diz-se que a deformação é elástica e há uma rela-
ção proporcional entre tensão (σ) e deformação (ε).

F ∆L
σ = Eε ⇒ =E (12.1)
A L
Onde: σ = F/A → tensão;
E → módulo de elasticidade (módulo de Young);
ε = ∆L/L → deformação linear.

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12 - Equilíbrio e elasticidade 12.3 - Elasticidade

Curva tensão × deformação

Em geral, os corpos são elásticos se as forças estive-


rem abaixo de um certo máximo, ou limite elástico.
Se as forças excederem esse limite, o corpo não re-
torna a forma original e fica permanentemente de-
formado.

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12 - Equilíbrio e elasticidade 12.3 - Elasticidade

Cisalhamento

No cisalhamento, a tensão também é uma força por unidade de área, mas o vetor força está no
plano da área e não da direção perpendicular a esse plano.

A deformação é a razão adimensional ∆x/L.


O módulo de elasticidade correspondente,
que é representado por G, é chamado de mó-
dulo de cisalhamento.

F ∆x
=G (12.2)
A L

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12 - Equilíbrio e elasticidade 12.3 - Elasticidade

Tensão hidrostática

Na tensão hidrostática é a pressão p que o fluido exerce


sobre o objeto.
A deformação é ∆V/V, em que V é o volume original do
corpo de prova e ∆V é o valor absoluto da variação de
volume.
O módulo correspondente, representado por B, é cha-
mado de módulo de elasticidade volumétrico do mate-
rial.

∆V
p=B (12.3)
V

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12 - Equilíbrio e elasticidade 12.3 - Elasticidade

Exercício (RESNICK, 2016, Cap. 12, problema 43)

Uma barra horizontal de alumínio com 4,8 cm de diâmetro se projeta 5,3 cm para fora de uma
parede. Um objeto de 1200 kg está suspenso na extremidade da barra. O módulo de cisalha-
mento do alumínio é 3,0×1010 N/m2 . Desprezando a massa da barra, determine a deflexão
vertical da extremidade da barra.

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12 - Equilíbrio e elasticidade 12.3 - Elasticidade

Exercício (RESNICK, 2016, Cap. 12, problema 44)

A figura mostra a curva tensão-deformação de um material. A escala do eixo das tensões é


definida por s=300, em unidades de 106 N/m2 . Determine (a) o módulo de Young e (b) o valor
aproximado do limite elástico do material.

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12 - Equilíbrio e elasticidade 12.3 - Elasticidade

Exercício (RESNICK, 2016, Cap. 12, problema 49)

Na figura, um tronco homogêneo de 103 kg está pendurado por dois fios de aço, A e B, ambos
com 1,20 mm de raio. Inicialmente, o fio A tinha 2,50 m de comprimento e era 2,00 mm mais
curto do que o fio B. O tronco agora está na horizontal. Qual é o módulo da força exercida sobre
o tronco (a) pelo fio A e (b) pelo fio B? (c) Qual é o valor da razão dA /dB ?

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