Você está na página 1de 11

Aluna: Vera Raquel Fernandes de Azevedo- Sv1

Álbum de Ilustrações
01 Ilustração
Título da ilustração: Suplica Cearense – O Rappa

Link ou referência bibliográfica:


https://youtu.be/F19PnbWigSA

Comentário: Letra de foi composta originalmente nos


anos de 1960 e foi regravada por muitos artistas, entre
eles o grupo O Rappa, em que fez um vídeo que será
analisado. A letra dessa canção é o retrato do nordestino,
que suplica!
Ela mostra a realidade de um povo que não tem a quem
recorrer, que não encontra saída, que só lhe resta a fé.
Mostra o desespero de alguém que por não ter em quem
acreditar briga com a própria fé, reclamando com Deus
(porque você faz isso comigo? Sou um pobre coitado) é
uma canção que precisa ser sentida, basta você colocar
ela na sua realidade e nos seus problemas para tentar
entender, mas só para tentar, porque para sentir
realmente a dor de um nordestino, terá que ter muita
sensibilidade! O que eu fiz senhor, para merecer esse
isso? Eu acredito tanto no senhor! Me ajude, me perdoe!
Quando ele imagina que Deus se zangou, é porque ele
realmente duvida da bondade de Deus, dentro da sua
própria fé, duvida, mas nunca deixa de acreditar.

02 Ilustração
Título da ilustração: Homem na estrada – Racionais Mc's

Link ou referência bibliográfica:


https://youtu.be/02-h9t0VpVI

Comentário: A música nos apresenta o local onde


ocorrera a história da nosso personagem, ou seja, o
Homem na estrada, um recém saído do sistema carcerário
que de volta a liberdade tenta recomeçar sua vida, em
meio a mesma violência e miséria que foi criado e que
consequentemente foi um dos fatores que o levou a
ingressar no sistema carcerário Brasileiro. Mano Brown,
nos ilustra a situação do local, um barraco equilibrado em
um barranco pronto para desmoronar na 1ª chuva de
verão, onde nem o IBGE quer voltar, onde temos casos de
constantes de violências bárbaras. Como criar um filho
dignamente num lugar comparável ao inferno ? (segundo
a musica) é isso que a personagem se pergunta, perde
sono por esse motivo, e lhe pesam a má reputação e sua
ficha criminal, aqui percebemos esse “homem na estrada”
jamais terá novamente sua vida de volta. Mano Brown
continua a descrever-nos o local, em um dia quente, que
não tem água e nos mostra um dos grandes problemas
das periferias, ou melhor, do mundo, o álcool, essa droga
que leva o cidadão a espancar a própria mãe, é apontada
pelos Racionais como uma das fontes de mal que ali
existem, e quem lucra com isso, são os mesmos que
fazem campanha contra o tráfico e consumo de drogas
nas comunidades. As cenas daquele cotidiano continuam,
com crianças nas ruas, tentando conseguir algum
alimento, sem perspectiva de educação e um futuro
melhor, aqueles que conseguem trabalhar e melhorar de
vida, muitas vezes são vitimados pela violência do bairro,
e correm riscos constantemente de assaltos, balas
perdias, etc.

03 Ilustração
Título da ilustração: Parasita (Filme, 2019)

Link ou referência bibliográfica:


https://youtu.be/m4jfE-TxC24

Comentário: O filme narra a história de uma família pobre


que sobrevive em um porão apertado, onde todos os
membros estão desempregados e que, a partir de um
determinado momento, conseguem trabalhar na casa de
uma família burguesa que vive numa casa espaçosa. É a
partir da relação entre essas duas realidades que toda
uma trama se desenvolve com um pano de fundo baseado
na crítica social. A desigualdade social na Coreia do Sul é
retratada como um drama com pitadas de um humor
ácido e com mensagens subliminares que fazem o
telespectador rir e refletir quase ao mesmo tempo. Na
sociologia, a casa pode ser tratada como um fato social
total por ser onde se estabelecem primeiras relações de
poder, relações econômicas, modos de vida e relações
familiares. É na casa que nascem os laços de parentesco,
a primeira coletividade, onde se dão as vivências
compartilhadas, onde as primeiras relações sociais se
estabelecem e onde se dá o reconhecimento como
família, com proteção mútua, união e colaboração.
Existem múltiplas maneiras de pensar a casa e elas
podem ser discutidas de inúmeras perspectivas. Acima de
tudo, a casa é o local das vivências concretas e é assim
que o filme se desenvolve narrando as casas dessas
famílias.

04 Ilustração
Título da ilustração: Apesar de você (Chico Buarque)

Link ou referência bibliográfica:


https://youtu.be/33-bMTOlvx0

Comentário: Chico já abre a música lembrando que o


outro é quem manda, sem possibilidade de discussão. Era
uma época tensa para os brasileiros, com uma forte
repressão. Pessoas contrárias ao regime Médici eram
torturadas e desaparecidas. O autor relata como o povo
andava se sentindo:
“Falando de lado, para que o governo não ouvisse, e
olhando pro chão, se escondendo, reprimidos”
A letra é propositalmente ambígua. Quando Chico diz
você que inventou esse estado, a gente pode interpretar
como estado de espírito, por exemplo.
Mas a referência, provavelmente, é outra: é Estado com
letra maiúscula. Você que inventou esse Estado, trouxe
também toda a escuridão em que o Brasil estava.

“Você que inventou o pecado


Esqueceu-se de inventar
O perdão”

Foram o governo, os Atos Institucionais e esse regime


sofrido que “inventaram o pecado”.
Nisso, o artista faz uma referência aos vários crimes que
foram “inventados”, ou às várias interpretações que
faziam pessoas inocentes serem presas. Mas aí,
esqueceu-se de inventar o perdão: pequenos atos
levavam à prisão, à tortura e até à morte.

“Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia”
Esse trecho é bem claro, apesar de toda a repressão, o
refrão é esperançoso. O amanhã será outro dia e pode ser
melhor.

05 Ilustração
Título da ilustração: Tropa de Elite 1 (Filme, 2008)

Link ou referência bibliográfica:


https://youtu.be/_V_nZNWPYQk

Comentário: Baseado no livro escrito pelos ex-oficiais do


BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) André
Batista e Rodrigo Pimentel e pelo antropólogo Luiz
Eduardo Soares, o longa retrata a situação da polícia do
Estado do Rio de Janeiro vista pelos olhos do Capitão
Nascimento (Moura), na ocasião da visita do Papa João
Paulo II ao Brasil, em 1997, visita famosa pela missa
campal no Aterro do Flamengo, feita para 2 milhões de
pessoas. Através de uma costura engenhosa do roteiro,
que parte de um tiroteio no mesmo bloco em que toca o
Rap das Armas, o texto dá uma pausa e nos apresenta
acontecimentos de meses antes, destacando a vida
pessoal de Nascimento, sua recusa em falar de problemas
pessoais, sua relação com a esposa e a crise nervosa
vinda pelo aumento de responsabilidade com a “missão
do Papa” e a proximidade do nascimento de seu filho.
Opiniões sobre “O Sistema”, sua narração sobre a
corrupção dentro da Polícia e o que ele, no BOPE, tem
feito para mudar esta realidade, vemos uma bifurcação no
enredo, que encaixa de maneira não muito orgânica e em
detrimento da apresentação de outros problemas na
Corporação.

06 Ilustração
Título da ilustração: O menino que descobriu o vento
(Filme da Netflix, 2019)

Link ou referência bibliográfica:


https://youtu.be/nPkr9HmglG0

Comentário: É uma biografia inspiradora, não apenas pela


comovente história de vida de William Kamkwamba
(personagem central da narrativa contada), mas pelo
caráter motivacional da ótica pela qual a ciência e a
educação são apresentadas. Em meio à crise hídrica que
assola o Malawi e a consequente miséria dos mais
variados recursos na aldeia, um garoto consegue mudar a
dura realidade de seu povoado movido pelo estímulo do
conhecimento científico. Por trás da cortina de fumaça da
meritocracia que o filme pode deixar, embasado no
costume de identificar casos excepcionais dentro da
sociedade e utilizá-los como modelos que qualquer um
poderia seguir, ignorando as limitações de cada indivíduo
para além de seu contexto histórico-social, existe uma
interpretação um pouco mais subliminar e ainda mais
significativa. Logo no início do filme fica evidente que
mesmo que o pai de William não tenha tido a
oportunidade de estudar, ele reconhece o valor da
educação como instrumento de transformação. Ainda que
com uma visão limitada do ensino, pautada
exclusivamente em seu caráter de qualificação
profissional, ele usa seus poucos recursos financeiros
para custear a escola dos dois filhos.

07 Ilustração
Título da ilustração: Os sertões ( Trecho do livro)

Link ou referência bibliográfica: Euclides da Cunha- 1902

Comentário: Os Sertões é um livro do escritor e jornalista


brasileiro Euclides da Cunha, publicado em 1902. Mais
precisamente, quero descartar um trecho do livro:
“ O sertanejo, antes de tudo, é um forte”
O autor descreve os sertanejos que encontrou no
nordeste brasileiro durante a cobertura jornalística dos
momentos finais da Guerra de Canudos, onde cinco
expedições do exército brasileiro perpetraram o crime de
destruir Belo Monte e assassinar Antônio Conselheiro.
O autor era um típico filho da classe média do centro do
país e foi para o nordeste relatar a guerra desigual entre o
Exército bem armado e o heroísmo sertanejo defendendo
seu mundo de suficiência e liberdade.
Aos poucos, no contato com a realidade brutal e com a
vida dura do povo sertanejo, foi mudando sua visão de
mundo. As pechas de “jagunços”, “fanáticos”, “bárbaros”
e outras tantas comuns na elite intelectual, foram
desabando na compreensão do escritor.
Sua indignação sobe às alturas quando descreve a
localização do corpo do Conselheiro pelo exército,
desenterrado para cortar a cabeça e exibir em praças
públicas para delírio das elites da época. Euclides
classificou-os de loucos e criminosos.

08 Ilustração
Título da ilustração: Os miseráveis (Obra de Victor Hugo,
filme lançado em 2012)

Link ou referência bibliográfica:


https://youtu.be/25sBSaecx_E

Comentário: Os Miseráveis descreve a vida das pessoas


miseráveis e pobres de Paris durante o período da
Insurreição Democrática. Por meio do protagonista, Jean
Valjean, o romance faz críticas a sociedade francesa da
época, desde a desigualdade social aos dilemas morais
individuais das pessoas. Jean Valjean é um homem pobre
e miserável que após roubar um pão de uma padaria, é
condenado a prisão por cinco por anos. Jean Valjean é
órfão tanto de pai quanto de mãe. Perdeu os pais ainda
criança, sendo criado por uma irmã mais velha. Contudo,
a irmã já tinha sete filhos, e quando ela vem a falecer, ele
se torna o sustento da família. Devido a diversas
tentativas de fuga e pelo mau comportamento, Jean
Valjean é condenado por dezenove anos a trabalhos
forçados. Após sair da prisão, Jean Valjean é rejeitado por
todos, sendo até expulso de hospedaria, devido ao seu
comportamento do passado. Na obra, as injustiças
sociais são denunciadas, evidenciando o motivo que
podem levar as pessoas ao crime. Ou seja, é uma
situação social que deve ser observada com clareza pela
sociedade francesa como um todo, e também pelas
autoridades políticas. Isto quer dizer que o pobre não
deve ser excluído por não ter patrimônio material ou até
cultural, pois o indivíduo não deve ser julgado pelo o que
tem, mas pelo o que é. Ou seja, o criminoso pode ser uma
vítima do meio. Ele não é criminoso apenas por ser
criminoso, mas pelas circunstâncias que o brigou a
seguir aquele rumo. As pessoas não nascem más, as
pessoas são condicionadas ao mau. Muitas vezes, pela
falta de escolha ou por não ter tido nem o direito a
preferência pessoal.

09 Ilustração
Título da ilustração: O Poço (Filme da Netflix, 2019)

Link ou referência bibliográfica:


https://youtu.be/24Lf7fmKIXI

Comentário: Um homem que acorda em uma espécie de


prisão vertical. À medida que conversa com seu
companheiro de andar, ele vai descobrindo mais detalhes
de como funciona o lugar. Todos os andares comportam
dois ocupantes e possuem um vão no centro, por onde
diariamente desce uma plataforma cheia de comida. O
banquete fica disponível por apenas dois minutos antes
de descer para o próximo nível. Nessa dinâmica, quem
está abaixo come o que restar dos andares superiores e
quanto mais baixo, menos vai sobrar. O problema é que
os presos trocam de andar aleatoriamente a cada mês. Se
você está em uma posição alta hoje, pode ir para uma
mais baixa depois. Isso desperta os sentidos mais
primitivos nas pessoas. O filme explora muito bem a
natureza egoísta do ser humano e como ela se sobrepõe à
lógica. O instinto de comer o máximo que conseguir por
estar em uma posição privilegiada simplesmente apaga
da equação o fato de que essas mesmas pessoas podem
ficar lá embaixo no futuro. Eles preferem abraçar a
selvageria que se torna passar um mês em jejum do que
compartilhar com o próximo. Na vida real é a mesma
coisa, mas com dinheiro no lugar da comida. O alpinismo
social não existe em O Poço porque as leis,inclusive a
gravidade, não permitem. O Poço é cruel e corrompe até
as melhores pessoas que entram lá. Nesse sentido, a
mensagem anti-capitalista era clara, mas também havia
um contraponto, segundo o próprio diretora

Você também pode gostar