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Teste de avaliação sumativa 4 · Matriz Versão A

Escola ________________________________

Matriz do teste de avaliação sumativa 4 (versão A)

Data do teste _____________ Disciplina: Português, 7.º ano Duração do


teste_______

Domínios Conteúdos N.º de itens Tipologia de questões Cotação

Oralidade Comentário: Itens de seleção:


4 12
(Compreensão) – sentido global do texto. – escolha múltipla.

Itens de seleção:
Leitura Texto informativo: 5 15
– sentido global do texto. – escolha múltipla;
– ordenação.

Texto narrativo:
– ideias principais; Itens de construção:
Educação – comportamento e – resposta curta.
características das 5 23
Literária Item de seleção:
personagens;
– coesão e coerência – escolha múltipla.
textuais.

Pronominalização.
Funções sintáticas.
Itens de seleção:
Frase complexa. – escolha múltipla;
Gramática Orações subordinadas 5 – associação. 20
adverbiais e adjetivas. Itens de construção:
Classes de palavras: – resposta curta.
conjunções, determinantes,
pronomes.

Opinião:
– extensão;
– tema;
– pertinência da informação;
– estrutura;
Escrita 1 Item de construção: 30
– coesão textual; – resposta extensa.
– vocabulário;
– sintaxe;
– morfologia;
– pontuação;
– ortografia.

Professor(a) ____________________________________ Turma _______


LAB7DP

© Livro aberto, 7.º ano – Testes de avaliação sumativa


Porto Editora
Teste de avaliação sumativa 4 Versão A

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Nome N.º Turma: Data ©

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Avaliação Professor(a)

GRUPO I

Segue estes passos:


a. Lê, com atenção, os itens abaixo.
b. Ouve a gravação áudio de um comentário a uma adaptação da obra Os Miseráveis, de Victor
Hugo, tirando as notas que consideres importantes.
c. Responde aos itens que se seguem.
d. Ouve o texto pela segunda vez, para verificares as tuas respostas.

1. Para cada item (1.1. a 1.3.), seleciona a opção que completa a frase, de acordo com o sentido
do texto. Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

1.1. A obra Os Miseráveis foi


a. escrita por um romancista francês.
b. produzida por Jean Valjean.
c. adaptada por Victor Hugo, a partir de uma obra já existente.

1.2. Na obra Os Miseráveis, as condições de vida dos operários são


a. elogiadas.
b. ridicularizadas.
c. denunciadas.

1.3. Um dos aspetos que as crianças e os jovens mais apreciarão na obra será
a. a forma como o herói se comporta.
b. o triunfo do Mal sobre o Bem.
c. o modo como o espaço físico é descrito.

2. Seleciona todas as opções que correspondem a informações referidas no texto sobre as


ilustrações.

A. O ilustrador da obra é Gérard Dubois.

B. As ilustrações representam expressivamente os rostos das personagens.

C. Nas ilustrações, predominam as cores escuras.

D. As ilustrações recriam o universo da história.

E. A imagem da capa ilustra o ambiente em que se passa a ação.

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GRUPO II
Texto A

Lê o texto.

Victor Hugo. O Gigante


Romancista, dramaturgo, poeta, jornalista, pintor, tribuno1, revolucionário, exilado2,
amante, avô modelo, Victor Hugo tinha deixado escritos, quando morreu aos 83 anos, 153
837 versos. Números impressionantes, mas que por si só nada valem comparados com a
sua influência nas letras3 e nos ideais políticos europeus. Em 1850, Hugo defendeu o
5 sufrágio universal4 e a escolaridade obrigatória; em 1871, clamava5 pela Europa unida […];
não houve defensor mais fervoroso da abolição da pena de morte, assunto que aliás o
ligou a Portugal. [...]
Afinal, quem era este homem que tantas consciências dirigiu e tantos leitores encantou?
[…]
10 Filho de um capitão de Napoleão promovido a general durante as invasões 6, Hugo
passa a infância a percorrer a Europa, seguindo os postos para onde o seu pai era
destacado. Lê e traduz desde pequeno versos de Horácio e Virgílio7.
Começa a escrever quase febrilmente, e a Academia francesa só não o premeia aos 15
anos por pudor8: o título do seu poema, “Três lustros 9 apenas”, assusta os jurados que não
15 ousam galardoar um adolescente. Aos 23 anos é feito Cavaleiro da Legião de Honra. Já
casado com Adèle Foucher, com dois filhos […], Victor Hugo faz a sua primeira grande
entrada na cena literária com o drama em verso Cromwell, cujo prefácio era um fortíssimo
manifesto de defesa do Romantismo contra o Classicismo. […] Victor Hugo tornou-se no
líder do movimento romântico, consagrado por toda a França.
20 O seu estatuto de grande pai das letras francesas manteve-se ao longo de todo o século
XIX. […]
Em 1860, aquela que é considerada a sua obra-prima está terminada. Os Miseráveis
passam a ser um dos mais marcantes romances da literatura, uma espécie de catedral.
Aos 60 anos, Victor Hugo inventa um género – o romance social. Quando completa 80
25 anos, recebe, sob a janela da sua casa, mais de 600 mil pessoas que lhe prestam tributo.
Três anos mais tarde, […] morre em Paris. […] As ruas recebem cerca de dois milhões de
pessoas, na última despedida ao gigante.
Nuno Miguel Guedes, in Visão, 21-02-2002 (págs. 95-98, adaptado e com supressões)

1. tribuno: orador que faz discursos eloquentes. 2. exilado: obrigado a deixar de residir no seu país por motivos políticos. 3. letras: literatura. 4. sufrágio
universal: votação em que todos os cidadãos podem votar. 5. clamava: lutava, defendia. 6. O general francês Napoleão Bonaparte invadiu várias nações
da Europa (invasões francesas). 7. Horácio e Virgílio: poetas latinos. 8. pudor: vergonha, embaraço. 9. lustros: um lustro é um período de cinco anos
(portanto, o título do poema revelava a idade do seu autor).

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1. Para cada item (1.1. a 1.4.), seleciona a opção que completa a frase, de acordo com o sentido
do texto. Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida. ©

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1.1. Victor Hugo destacou-se nas áreas
a. profissional e religiosa.
b. social, pessoal e desportiva.
c. literária e política.
d. artística e científica.

1.2. Victor Hugo tornou-se conhecido do público com


a. a tradução de poemas de Horácio e Virgílio.
b. o poema “Três lustros apenas”.
c. o drama Cromwell.
d. o romance Os Miseráveis.

1.3. A obra Os Miseráveis é caracterizada como “uma espécie de catedral” (linhas 24-25),
a. por ter sido escrita no final da vida de Victor Hugo.
b. na medida em que aborda um tema religioso.
c. pois Victor Hugo é considerado o pai das letras francesas.
d. devido à sua qualidade e importância.

1.4. Para o autor do texto, o número de versos escritos por Victor Hugo
a. tem mais importância do que a sua ação política.
b. foi menos relevante do que a sua influência na política.
c. teve consequências no modo como defendeu o sufrágio universal.
d. é pouco impressionante, não tendo tido influência nas letras.

2. As alíneas apresentadas, de A a E, referem-se a acontecimentos da vida de Victor Hugo, que


nasceu em 1802 e faleceu em 1885. Ordena-as cronologicamente (do acontecimento mais
antigo para o mais recente).
A. Escreveu o poema “Três lustros apenas”.
B. Percorreu a Europa com o pai.
C. Foi homenageado por milhares de pessoas.
D. Terminou o romance Os Miseráveis.
E. Defendeu o sufrágio universal.

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Texto B

Lê o texto.

O convidado
Numa tarde do princípio do mês de outubro de 1815, sob um céu carregado em que troava a
tempestade, um homem entrava a pé na cidade de Digne. De trás das janelas, os olhares
fixavam-se nele. Era um homem de estatura média, atarracado, que caminhava de costas direitas,
com um saco ao ombro. Podia ter uns quarenta anos. Debaixo do boné de cabedal o suor
5 escorria-lhe pela testa e vinha formar pingos na barba curta; a camisola de mangas e as calças de
pano desbotado pareciam carregar todo o pó da estrada.
Naquele tempo, para estarem de bem com a lei, as pessoas apresentavam o seu passaporte
em cada cidade onde se alojavam. O homem entrou na câmara municipal, voltou a sair pouco
depois e avistou um albergue1 na esquina de uma ruela. [...]
10 Mas o taberneiro tinha feito um sinal com o queixo ao moço de cozinha que andava ali
atarefado. Deixando o seu trabalho, o garoto saiu a correr por uma porta de trás e voltou pouco
depois com um papel na mão. O homem agarrou no papel e abanou a cabeça. Entretanto o
viajante tinha deixado vaguear a sua atenção pelos comensais2. De repente o estalajadeiro estava
ao pé dele. As suas palavras soaram no meio da vozeria das exclamações e dos risos:
15 – Senhor, não há lugar para si. […]
Caíra a noite quando uma senhora idosa que saía da igreja notou uma forma que se agitava
em cima do banco da praça. Alguém procurava adormecer ali.
– Que faz aí, meu amigo? – disse ela, quando se abeirou dele. [...]
– Entrei em três estalagens. Não me aceitaram. Bati a algumas vidraças iluminadas. Por todo o
20 lado me expulsaram.
– E bateu a esta porta?
A senhora indicava uma casa baixa, apertada entre dois prédios de alvenaria. [...]
Bateu com o punho na porta que lhe tinham indicado, pensando para si próprio: “Virá mesmo
25 alguém à porta?”. Mas logo uma voz cansada, uma voz de homem, se fez ouvir:
– Entre, está aberta!
O viajante levantou a tranqueta3. Achou-se de imediato numa sala comum. Perto da lareira
estava um velho sentado com um livro sobre os joelhos. Duas mulheres punham a mesa para o
jantar; uma delas era tão alta e magra como a outra era cheia. Todos os três tinham suspendido
30 os gestos.
– Anciãos – começou o visitante num tom de voz um pouco assustador –, eu estava para
dormir na rua quando me indicaram a vossa porta. Mas fiquem a saber que sou um condenado, é
o que é! Há dois dias que acabo de cumprir dezanove anos de trabalhos forçados em Toulon.
Cinco anos por arrombamento e roubo, catorze acumulados por me ter evadido muitas vezes. Na
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© 35 câmara municipal vos dirão, como disseram aos outros, que eu mostrei um passaporte amarelo.
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Se isso não lhes diz nada, esclareço que é aquele passaporte que é passado aos condenados. O
mesmo é dizer que ele se cola à nossa pele! Não sei se me entendem?

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Parado na soleira da porta, esperou uma reação. E a reação veio. O velho, com o dedo enfiado ©

na página do livro que estava a ler, ordenou na sua voz débil:

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40 – Senhora Magloire, ponha mais um talher na mesa. Este senhor é nosso convidado.

Víctor Hugo, Os Miseráveis (adapt. de Luc Lefort e trad. de António Pescada),


Porto Editora, 2005 (págs. 5-9, com supressões)

1. albergue: hospedaria, estalagem. 2. comensais: pessoas que comiam habitualmente na estalagem. 3. tranqueta: pequena tranca utilizada para fechar a
porta.

1. Ao chegar à cidade, o viajante foi à câmara municipal. O que foi fazer a esse local?

2. Por que razão o estalajadeiro disse ao viajante que não havia lugar para ele na sua
estalagem?

3. Identifica duas características psicológicas do ancião que acolheu o viajante, exemplificando a


tua resposta.

4. O parágrafo que se segue não pode ser a continuação da narrativa que acabaste de ler, pois
apresenta dois aspetos incoerentes com o conteúdo do texto.

O viajante avançou, caminhando de forma ligeiramente curvada, como sempre fazia.


De seguida, sentou-se à mesa. A pedido da senhora Magloire, deu-lhe o gorro de lã, para
ela o colocar a secar à lareira. Estava faminto.

4.1. Identifica os dois aspetos que provocam essa incoerência, fundamentando a tua resposta
com elementos do texto.

5. Seleciona a opção que corresponde à única afirmação falsa, de acordo com o sentido do
texto. Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
a. “nele” (linha 3) refere-se a “um homem” (linha 2).
b. “sua” (linha 13) refere-se a “o viajante” (linha 13).
c. “ali” (linha 18) refere-se a “em cima do banco da praça” (linha 18).
d. “uma delas” (linha 30) refere-se a “ Duas mulheres” (linha 29).
e. “vossa” (linha 33) refere-se a “rua” (linha 33).

GRUPO III

1. Reescreve as frases, substituindo as expressões sublinhadas por pronomes pessoais.


a. Ninguém dirigia a palavra ao visitante.
b. Onde dormiria o visitante naquela noite?
c. O ancião convidou o visitante para jantar em sua casa.

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2. Associa cada expressão sublinhada (coluna A) à função sintática que desempenha na frase
em que se insere (coluna B).

Coluna A Coluna B

1. Sujeito
2. Predicado

a. Naquela tarde, o viajante entrou em várias estalagens. 3. Complemento direto

b. O estalajadeiro expulsou-o. 4. Complemento indireto

c. O viajante parecia cansado. 5. Complemento oblíquo

d. O viajante foi bem acolhido pelo ancião. 6. Complemento agente da passiva


7. Predicativo do sujeito
8. Modificador do nome

3. Transforma as frases simples em frases complexas, utilizando as conjunções indicadas. Faz


as alterações necessárias para evitares repetições.

a. Conjunção temporal
O viajante chegou à cidade. O viajante foi à câmara municipal.

b. Conjunção causal
O viajante adormeceu num banco de jardim. O viajante estava cansado.

4. Escolhe as alíneas que completam corretamente as afirmações seguintes.

4.1. A única frase em que a palavra sublinhada é um pronome relativo é


a. O homem que chegou a Digne era um condenado.
b. Que homem seria aquele?
c. Ninguém queria receber pessoas cujo passaporte fosse amarelo.

4.2. Na frase “O viajante, que estava cansado, adormeceu no banco de jardim.”, a oração
sublinhada classifica-se como
a. subordinada adverbial final.
b. subordinada adjetiva relativa.
c. subordinada adverbial condicional.

GRUPO IV
Apresenta a tua opinião sobre o texto B, em cerca de 100 palavras.
Podes orientar-te pelos seguintes tópicos:
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• refere a tua opinião geral (de agrado ou desagrado);


©

• expõe duas razões que sustentem o teu ponto de vista;


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• conclui com a recomendação ou não da leitura da obra de que o texto faz parte.

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