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Unidade IV
7 FONTES DE FINANCIAMENTOS A LONGO PRAZO – CAPITAL FIXO – BNDES E
CRÉDITO AGROPECUÁRIO: BRASIL RURAL
Neste tópico, iremos explicitar as fontes de financiamento em longo prazo com produtos para capitais
fixos de origens financeira do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Seus
agentes de intermediação podem ser bancos públicos e privados e o objetivo maior desse banco público,
que funciona como agência distribuidora de créditos, é desenvolver as empresas tanto públicas quanto
privadas, cobrando remunerações bancárias e taxa de juros bem compatíveis com os empreendimentos
de micros, pequenas e médias empresas por meio da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) por meio de
programas e linhas de crédito. No final da unidade, examinaremos o crédito agropecuário do Banco do
Brasil denominado Brasil Rural.
7.1 Produtos
Este mecanismo destina‑se a apoiar a parcela de capital de giro associado a uma linha de
financiamento do BNDES, calculada em função das necessidades específicas do empreendimento. Micro,
pequenas e médias empresas contam com uma linha específica de acordo com a área de atuação do seu
empreendimento.
Para investimentos fixos, capital de giro associado e aquisição de máquinas e equipamentos vinculada
a projetos:
• BNDES Limite de Crédito: crédito rotativo para o apoio a empresas ou grupos econômicos já
clientes do BNDES e com baixo risco de crédito.
7.1.2 Indústria
• micro, pequenas e médias empresas: investimento em melhores condições de custos, prazos e níveis
de participação para financiamentos a projetos de investimentos, aquisição de equipamentos e
capital de giro associado;
• capital de giro para a produção de bens de capital, que se divide em duas modalidades:
7.1.2.2 Programas
Os programas de apoio financeiro diferem das linhas de apoio por possuírem dotação de recursos e/
ou prazo de vigência. Existem os seguintes programas destinados ao setor industrial:
• BNDES Construção Civil: apoio ao aumento da qualidade das empresas de construção civil e
à ampliação da capacidade produtiva dos fabricantes de sistemas construtivos industrializados
destinados à Habitação;
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FONTES DE FINANCIAMENTO
• BNDES PSI (Bens de Capital): apoio à produção e à aquisição de máquinas e equipamentos novos,
credenciados no BNDES, de forma isolada ou de forma associada a projeto de investimento;
• Progeren: financiamento a capital de giro, de forma isolada, para micro, pequenas e médias
empresas de setores e municípios selecionados;
Lembrete
A área de comércio e serviços vem passando por intenso processo de modernização. Dessa
forma, o BNDES disponibiliza linhas de apoio financeiro adequadas às empresas de todos os portes
que atuam na área de comércio e serviços. O objetivo é fomentar, estruturar e acompanhar o
desenvolvimento de projetos relativos ao setor, visando ao aumento da produtividade e à eficiência
das empresas.
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Unidade IV
7.1.3.1 Linhas
As linhas de apoio financeiro têm caráter permanente e podem ser concedidas a qualquer momento.
Voltadas especificamente para o setor de comércio, serviços e turismo, o BNDES oferece as seguintes linhas:
7.1.3.2 Programas
Os programas de apoio financeiro diferem‑se das linhas de apoio por possuírem dotação de recursos e/
ou prazo de vigência. Há os seguintes programas direcionados ao segmento de comércio, serviços e turismo:
• BNDES Pró‑escolar: financiamento para aquisição de veículos para transporte escolar, direcionado
a empresas de ensino básico ou que realizem atividades de transporte escolar;
• BNDES Construção Civil: apoio ao aumento da qualidade das empresas de construção civil e
à ampliação da capacidade produtiva dos fabricantes de sistemas construtivos industrializados
destinados à Habitação;
Até 1930, a maioria dos créditos concedidos aos agricultores era através de comerciantes e
exportadores, que financiavam a produção com a sua penhora ou da propriedade rural. Esse foi o sistema
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FONTES DE FINANCIAMENTO
que prevaleceu na fase áurea da cafeicultura, ou seja, durante a segunda metade do século XIX e nas
três primeiras décadas do século XX.
No entanto, a Creai destinou a maior parte de seus recursos para o setor industrial, que também foi
beneficiado com a criação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (o antigo BNDE, atual
BNDES, em 1952).
O período de 1946 a 1964 é marcado por seguidos planos de desenvolvimento econômico que
deram ênfase às atividades urbanas e industriais. Nesses 19 anos, muito pouco se investiu na criação
de infraestrutura (transportes, armazenagem, comunicação e portos) e capacitação humana, e poucos
estímulos via crédito rural foram dados à expansão e modernização da agropecuária. Nesse período
houve, na verdade, transferência de renda da agricultura para os setores não agrícolas.
A agricultura foi muito penalizada no período de 1946 a 1964, uma vez que, a fim de industrializar
o país, o governo federal concedeu grandes subsídios à indústria e, para tal, acabou penalizando a
agricultura.
A política de múltiplas taxas de câmbio favoreceu a indústria, que podia importar insumos a
baixo custo, enquanto as exportações agrícolas eram remuneradas a baixa taxa de câmbio. Os únicos
investimentos que ocorreram para beneficiar a agricultura foram no sentido de abertura de novas
estradas propiciando a abertura de fronteiras agrícolas.
Observação
Por meio da lei nº 4.289 foi criado o Sistema Nacional de Crédito Rural, instituindo a política federal
de crédito rural. Os principais objetivos do SNCR eram:
Esse sistema de crédito tinha como objetivo dar condições ao produtor rural de usar os insumos
modernos e, dessa forma, elevar a produtividade agrícola, alavancando também a indústria de
fertilizantes, defensivos e de máquinas agrícolas.
A partir de 1970, surgiram os programas especiais de crédito rural, restritos a algumas culturas
e regiões. Os dez anos subsequentes à implantação do SNCR apresentaram aumento da produção e
modernização do setor, mas houve concentração do crédito entre poucos e grandes produtores.
Somente a partir de 1990 o crédito agrícola foi mais bem diligenciado para o pequeno e médio
agricultor. Segundo o Bacen, na área crédito rural temos as seguintes questões e dúvidas sobre o Crédito
rural como produto.
• Propiciar, pelo crédito fundiário, a aquisição e regularização de terras pelos pequenos produtores,
posseiros e arrendatários e trabalhadores rurais.
• Investimento em bens ou serviços cujo aproveitamento se estenda por vários ciclos produtivos.
• Comercialização da produção.
• Custeio agrícola.
• Custeio pecuário.
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FONTES DE FINANCIAMENTO
• de exploração pecuária;
• Pessoa física ou jurídica que, mesmo não sendo produtor rural, se dedique a uma das seguintes
atividades:
– medição de lavouras;
– atividades florestais.
Cabe ao produtor decidir sobre a necessidade de assistência técnica para elaboração de projeto
e orientação, salvo quando considerados indispensáveis pelo financiador ou quando exigidos em
operações com recursos controlados.
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Unidade IV
• Idoneidade do tomador.
• Liberação do crédito diretamente aos agricultores ou por intermédio de suas associações formais
ou informais, ou organizações cooperativas.
Sim. As garantias são livremente acertadas entre o financiado e o financiador, que devem ajustá‑las
de acordo com a natureza e o prazo do crédito e podem se constituir de:
• alienação fiduciária;
• aval ou fiança;
• proteção de preço futuro da commodity agropecuária, inclusive por meio de penhor de direitos,
contratual ou cedular;
• Remuneração financeira.
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FONTES DE FINANCIAMENTO
• Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, e sobre Operações relativas a Títulos e
Valores Mobiliários – IOF.
• Sanções pecuniárias.
Nenhuma outra despesa pode ser exigida do mutuário, salvo o exato valor de gastos efetuados à sua
conta pela instituição financeira ou decorrente de expressas disposições legais.
Relativamente ao IOF, o Decreto 6.306, de 14.12.2007, estabelece alíquota zero para as operações de
crédito rural, ressalvadas as condições do artigo 8º, parágrafo 1º.
Controlados:
• Os oriundos da poupança rural, quando aplicados segundo as condições definidas para os recursos
obrigatórios.
Como obter financiamentos ao amparo dos Programas com recursos equalizados pelo Tesouro
Nacional junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)?
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Unidade IV
De uma vez só ou em parcelas, segundo os ciclos das explorações financiadas. O prazo e o cronograma
de reembolso devem ser estabelecidos em função da capacidade de pagamento, de maneira que os
vencimentos coincidam com as épocas normais de obtenção dos rendimentos da atividade assistida.
• crédito de custeio pecuário: pelo menos uma vez no curso da operação, em época que seja possível
verificar sua correta aplicação;
• demais financiamentos: até 60 (sessenta) dias após cada utilização, para comprovar a realização
das obras, serviços ou aquisições.
Cabe ao fiscal verificar a correta aplicação dos recursos orçamentários, o desenvolvimento das
atividades financiadas e a situação das garantias, se houver.
De acordo com o Decreto‑Lei 167, de 14.02.1967, a formalização do crédito rural pode ser realizada
por meio dos seguintes títulos:
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FONTES DE FINANCIAMENTO
A Cédula de Crédito Bancário (CCB), nos termos da Lei 10.931, de 02.08.2004, é um instrumento
para formalização de crédito de qualquer modalidade, também admitido no crédito rural, conforme
esclarecimento divulgado na Carta‑Circular 3.203, de 30.08.2005.
Título de crédito, utilizado nas vendas a prazo de bens de natureza agrícola, extrativa ou pastoril, quando
efetuadas diretamente por produtores rurais ou por suas cooperativas; nos recebimentos, pelas cooperativas,
de produtos da mesma natureza entregues pelos seus cooperados, e nas entregas de bens de produção ou de
consumo, feitas pelas cooperativas aos seus associados. O devedor é, geralmente, pessoa física.
Nas vendas a prazo de quaisquer bens de natureza agrícola, extrativa ou pastoril, quando efetuadas
diretamente por produtores rurais ou por suas cooperativas, poderá ser utilizada também, como título do
crédito, a duplicata rural. Emitida a duplicata rural pelo vendedor, este ficará obrigado a entregá‑la ou a
remetê‑la ao comprador, que a devolverá depois de assiná‑la. O devedor é, geralmente, pessoa jurídica.
Segundo a natureza das garantias como devem ser utilizados os títulos de crédito rural?
Lembrete
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Unidade IV
Observação
É, desde 1937, o principal agente de Crédito Rural no Brasil. Até 1986 foi
considerado o maior banco rural do mundo. Na safra 2010/2011, o Banco
do Brasil, segundo fontes oficiais do governo federal de assistência pelo
Sistema Nacional de Credito Rural (SNCR), foi responsável por:
Saiba mais
Neste item, iremos estudar as fontes de financiamentos existentes para financiar operações em
longo prazo na modalidade exportação com produtos do BNDES.
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FONTES DE FINANCIAMENTO
Desconto de títulos cambiais: já aceitos pelo importador: suppleir’s credit, buyer’s credit, forfaiting
e factoring.
Financiamento com títulos emitidos pelo exportador: export notes, debêntures cambiais,
descontos de warrants e securitização de exportações.
Câmbio Travado – a operação de câmbio se diz travada porque a taxa de conversão da moeda
estrangeira é fixada de início, e, assim, o exportador perderá a correção cambial do período. O exportador
vende ao banco, para liquidação futura, os dólares oriundos da exportação. O exportador tanto poderá
buscar um adiantamento para financiar o seu giro, como poderá dispensá‑lo: nessa hipótese o banco
pagar‑lhe‑á um prêmio pela não utilização do adiantamento. A vantagem do exportador será o
recebimento das taxas pagas pelo banco, que de regra, são superiores à desvalorização cambial, inclusive
porque o prêmio é isento de imposto de renda.
Finamex (BNDES Exim) – o BNDES, com a finalidade de dar à indústria nacional de bens de capital
condições de competir no mercado externo, provê ao exportador dois produtos: o Finamex pré‑embarque
e pós‑embarque. O primeiro financia a produção de bens de capital destinado à exportação, sendo
operacionalizado por meio dos agentes financeiros da FINAME. O segundo é operacionalizado por meio
dos agentes financeiros da FINAME e oferece aos fabricantes no país, exportadores de capital novo, um
mecanismo de financiamento ao importador.
Supplier’s Credit: desconto das cambiais representativas de vendas a prazo: o exportador vende
a prazo e as divisas entrarão futuramente e, para adiantar esse recebimento, o exportador busca o
financiamento do Supplier’s credit com um banco. O prazo mínimo dessas operações é de 30 dias e o
máximo de cinco anos, embora a prática aponte para contratação entre seis meses e um ano.
Forfaiting: é uma cessão de crédito, uma forma de obter um funding (captação externa) contra
venda de uma cambial (saque). Nessa operação não há risco ao exportador, já que o Banco compra seu
crédito com importador: por não ter o Banco o direito de regresso, o exportador (cedente da cambial)
livra‑se de qualquer dos riscos de inadimplência, quebra etc. do importador. Todo risco da operação é
assumida pela instituição especializada na operação: o forfaiter, que nada poderá cobrar do cedente
(exportador), já que a assunção dos riscos é a essência do negócio e componente de seus ganhos.
Factoring: é também uma operação de desconto de cambiais sacadas, porém de menor valor, não
ensejam direito de regresso se ocorrer a inadimplência do importador. O risco da operação é transferido
às empresas especializadas em factoring no exterior, estas assumem o risco sobre o importador e não
atuam como instituições financeiras, e sim como prestadoras de garantia.
Export Notes: para obter recursos para financiar suas vendas no exterior, o exportador busca, dentro
de seu próprio país, investidores a quem transferir os direitos de venda, e assim, receber à vista os reais
equivalentes ao valor da operação em moeda estrangeira. A garantia da operação reside na emissão
de nota promissória, com valor expresso na moeda em que ela foi contratada, responsabilizando‑se o
exportador pelo embarque e pelo pagamento da mercadoria. Esta nota promissória será resgatada no
prazo estabelecido: 180 a 360 dias. Os export notes propiciam recursos imediatos aos exportadores e
ganhos para os financiadores, que ainda adquirem proteção para o seu dinheiro das oscilações cambiais.
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FONTES DE FINANCIAMENTO
Debêntures Cambiais: títulos de valor vultoso, valor nominal de face igual ou múltiplo do equivalente
em reais a USS um milhão, as debêntures cambiais constituem verdadeiras promessas de pagamentos,
lançadas no mercado interno, com cláusula de variação cambial. O prazo mínimo de resgate de três
anos não pode ser antecipado, mas em alguns casos podem ser do tipo bullet, ou seja, pagando juros
periódicos (semestrais) e o principal no final do período.
Desconto de Warrant: essa operação é um empréstimo obtido por meio do desconto, no mercado
interno, dos certificados de garantia de depósito da mercadoria, os warrants, em armazém para a
exportação.
Saiba mais
Os clientes devem ser sociedades com sede e administração no país, de capital nacional ou estrangeiro.
a) Taxa de juros.
b) Remuneração básica.
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Unidade IV
Específico para a importação de máquinas e equipamentos, esse tipo de financiamento é feito com
recursos repassados pelo BNDES diretamente ou por meio de seus agentes financeiros. Não é concedido
a empresas sob controle de capital estrangeiro e é limitado ao valor máximo de 85% do preço FOB (Free
on Bord). O exportador tem a obrigação de colocar a mercadoria dentro do navio, assumindo todos
os custos até aquele ponto. O importador é o responsável pela contratação e pagamento do frete e
seguro internacional. Essa condição é utilizada apenas nas exportações via marítima ou fluvial ao prazo
máximo de 60 meses, já incluída a carência.
Conjunto de linhas de crédito especiais para a importação de bens de capital, máquinas, equipamentos
e serviços.
Principais vantagens
Taxas fixas ao longo de todo o financiamento, o que facilita a previsão do fluxo de caixa do importador:
Lembrete
O que é?
Financiamento, parcial ou total, concedido à empresa importadora por meio de repasse de linha de
crédito, captada pelo Unibanco junto a bancos correspondentes no exterior.
1
Disponível em: <http://www.itau.com.br>. Acesso em: 29 out. 2012.
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FONTES DE FINANCIAMENTO
A quem se destina?
Vantagens
Modalidades
2. Financiamento de médio e longo prazo com seguro de agências de crédito a exportação no exterior.
Prazos
Precificação (Pricing)
É composta pelo custo da linha captada no exterior, comissão do Unibanco e despesas com envio de
ordens de pagamento, abertura de carta de crédito (se for o caso), registro de cobrança e comunicação.
8.2.5 HSBC2
Vantagens
• Presente em 83 países e territórios, com cerca de 10.000 escritórios, o banco está estrategicamente
localizado para conduzir as operações financeiras de sua empresa com segurança e agilidade.
2
Disponível em: <http://www.hsbc.com.br>. Acesso em: 29 out. 2012.
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Unidade IV
Outra modalidade muito usada é a negociação direta entre o importador e o exportador, onde o
exportador concorda em receber o pagamento a prazo, embutindo juros no preço da mercadoria, e o
importador efetua o pagamento na data previamente acordada.
Objetivo
Possibilitar aos importadores, acesso ao capital de giro, mediante o alargamento dos prazos de
pagamento de suas compras ao exterior, com a finalidade de financiar ou refinanciar o pagamento
dos seus compromissos no exterior para com fornecedores de mercadorias ou prestadores de
serviços.
O que financia?
Público‑alvo
3
Disponível em: <http://www.bradesco.com.br>. Acesso em: 29 out. 2012.
4
Disponível em: <http://www.bancodonordeste.com.br>. Acesso em: 29 out. 2012.
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FONTES DE FINANCIAMENTO
Prazo
Saiba mais
8.3.1 Eximbank5
Eximbank (Export – Import Bank of the USA): atua como uma agência governamental norte‑americana
independente, e seu objetivo é facilitar o comércio exterior americano, com o financiamento de
exportação de produto e serviço norte‑americano.
5
Disponível em: <http://www.eximbank.com.br>. Acesso em: 29 out. 2012.
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Unidade IV
Seguros: o Eximbank oferece uma gama de opções de seguros de crédito de exportação aos
exportadores e instituições financeiras para reduzir os riscos de repagamento em contas a receber
estrangeiras devido a eventos políticos ou comerciais. As apólices podem cobrir vendas únicas ou
repetitivas a um comprador ou a vários. Conforme determinado pelo produto, as condições de
repagamento estão disponíveis para vendas de curto prazo (até 180 dias, excepcionalmente até 360
dias) e vendas de médio prazo (até cinco anos).
Benefícios
• Taxas de juros menores, porque o crédito é geralmente obtido através de um financiador americano
ou diretamente pelo exportador.
• Um mínimo de informações financeiras é requerido para créditos de curto prazo até 100 mil
dólares.
Benefícios
• Resposta rápida.
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FONTES DE FINANCIAMENTO
• Garante o pagamento dos empréstimos, deixando mais dinheiro disponível para outros projetos.
Benefícios
• Totalmente transferível.
Financiamento do Eximbank
O Eximbank dá apoio à compra de bens de capital e serviços relacionados americanos por meio da
garantia ou seguro de empréstimos a compradores internacionais. Em alguns casos, também fornece
empréstimos diretos aos compradores. Estão disponíveis financiamentos de curto, médio e longo prazo.
Garantia de empréstimos
As garantias de empréstimos do Eximbank cobrem o menor entre (1) 85% do preço do contrato, se
todo o conteúdo for americano ou (2) 100% do conteúdo americano e estão disponíveis para médio
prazo (até cinco anos de termo de repagamento e menores que 10 milhões de dólares) e longo prazo
(mais de cinco anos de termo de repagamento ou maior que 10 milhões de dólares). A taxa de juros
cobrada é geralmente uma taxa flutuante, negociada entre o comprador e o financiador.
Seguros
O banco também oferece seguros com requisitos similares de qualificação. O programa de Apólice
de Seguros cobre um ou uma série de remessas a um comprador que foi considerado com capacidade
de crédito. O Eximbank assegura que se o comprador estrangeiro não pagar o restante do principal,
os juros serão pagos ao segurado. Frequentemente, um banco é o segurado e fará o pagamento ao
exportador uma vez que a cobertura do seguro seja aprovada. O banco faz então um empréstimo ao
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Unidade IV
Empréstimos diretos
O financiamento de projetos de recursos limitados tem se mostrado um método cada vez mais
eficiente de financiar transações de larga escala em muitos países. A maioria dos investidores não se
interessa em financiar estas transações a partir de seus balanços financeiros devido aos muitos riscos
associados à conclusão destes projetos com sucesso. A estrutura preferida é o estabelecimento de uma
empresa de propósito especial (SPC), cujos ativos e receitas são penhorados aos financiadores do projeto
até que o serviço da dívida seja pago. O sucesso desta SPC depende da operação bem sucedida de vários
arranjos contratuais entre fornecedores, credores, financiadores, contratados etc. e da capacidade dos
financiadores de tomar juros sobre os ativos da SPC, dar prioridade a estes juros e executar hipotecas em
caso de não pagamento ou falência. Qualquer patrocinador ou financiador precisa se sentir seguro de
que os direitos contratuais e de propriedade especificados nestes arranjos contratuais sejam amplamente
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FONTES DE FINANCIAMENTO
Além do financiamento de projetos de recursos limitados, o Eximbank também utiliza outros tipos de
financiamento estruturado por meio dos quais o banco pode considerar empresas existentes no exterior
como possíveis emprestadores com base em sua capacidade de crédito, conforme refletido por seu
balanço patrimonial e outras fontes de garantia. O Eximbank tem feito transações estruturadas, como
instalação de cabos de fibra ótica em vários países, projetos de petróleo e gás, controle de tráfego aéreo,
telecomunicações e indústrias manufatureiras.
O Banco Mundial é uma fonte vital de assistência técnica e financeira para países em desenvolvimento
ao redor do mundo, ajudando‑os a reduzir a pobreza por meio de projetos em diversas áreas, como
construção de escolas, hospitais, estradas, energia e o desenvolvimento de programas que ajudam a
melhorar a qualidade de vida das pessoas, entre outros.
Sua missão é lutar contra a pobreza com dedicação e profissionalismo, para atingir resultados
duradouros e ajudar as pessoas a ajudarem a si mesmas e o ambiente. Para isso, o Grupo Mundial
disponibiliza recursos, compartilha conhecimentos, capacita e forma parcerias com os setores público e
privado.
Desde a sua fundação em 1944, estabelecida pela Convenção sobre o Banco Mundial e outros países,
houve um aumento significativo no número de integrantes da organização, principalmente nas décadas
de 1950 e 1960, quando muitos países se tornaram nações independentes.
Hoje é uma organização multilateral que pertence a 186 países‑membros e é formada por duas
instituições: o Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BIRD), mais comumente
chamado de Banco Mundial, e a Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA).
6
Disponível em: <http://www.bancomundial.org.br>. Acesso em: 29 out. 2012.
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Unidade IV
Juntas, as organizações podem oferecer empréstimos a juros baixos, créditos sem juros e doações
aos países em desenvolvimento para uma ampla gama de propostas que incluem investimentos em
educação, saúde, administração pública, infraestrutura financeira e desenvolvimento do setor privado,
da agricultura e do gerenciamento de recursos naturais e do meio ambiente.
A sede do Banco Mundial está localizada em Washington. Existem mais de 10.000 funcionários
trabalhando em mais de cem escritórios no mundo inteiro. No Brasil, o escritório do Banco Mundial
localiza‑se em Brasília e a IFC tem escritórios em São Paulo e no Rio de Janeiro.
O Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) foi criado em 1945 e conta
hoje com 180 países membros. Juntamente com a Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA),
instituída em 1960 e destinada a prover assistência concessional aos países de menor desenvolvimento
relativo, o Bird constitui o Banco Mundial, organização que tem como principal objetivo a promoção
do progresso econômico e social dos países membros, mediante o financiamento de projetos com
vistas à melhoria da produtividade e das condições de vida desses países. O Bird utiliza recursos obtidos
principalmente no mercado internacional de capitais, mas também possui recursos próprios. Somente
aqueles países membros do Fundo Monetário Internacional (FMI) podem fazer parte do Bird.
Em 1956, foi estabelecida a Corporação Financeira Internacional (IFC), cuja função básica é promover
o desenvolvimento econômico dos países membros por meio do crescimento e fortalecimento do setor
privado. A IFC não aceita garantias governamentais para os projetos financiados e também atua mediante a
compra de participações em investimentos privados. Em 1988, criou‑se a Agência Multilateral de Garantias
de Investimentos (MIGA), que objetiva oferecer garantias contra riscos não comerciais para investimentos
estrangeiros nos países membros. O Banco Mundial, a IDA e a MIGA formam o Grupo Banco Mundial.
Ainda que os quatro organismos sejam instituições legalmente e financeiramente separadas, compartilham
serviços administrativos do Bird e, no caso da IDA, também recursos de pessoal.
O Governador do Brasil no Bird é o Ministro da Fazenda, e o País possui 1,67% do capital do Banco.
À diretoria executiva da constituency integrada pelo Brasil (juntamente com Colômbia, Equador,
Filipinas, Haiti, República Dominicana, Suriname e Trinidad e Tobago) correspondem 3,17% dos votos
do organismo.
7
Disponível em: <http://www.bancomundial.org.br>. Acesso em: 29 out. 2012.
136
FONTES DE FINANCIAMENTO
Exemplos de projetos financiados pelo Bird no Brasil são: o financiamento parcial do Gasoduto
Brasil‑Bolívia e do Programa de Reforma do Setor de Saúde – Reforsus, o programa de reestruturação
e privatização da malha ferroviária federal e programas de redução da pobreza e melhorias
ambientais. O BIRD possui três escritórios no Brasil (Brasília, Cuiabá e Recife) e, como parte do projeto
de descentralização das atividades da instituição, recentemente designou‑se um diretor residente de
operações para o país.
Lembrete
Saiba mais
<http://www.bancomundial.org.br>;
<http://www.eximbank.com.br>.
Resumo
Outra linha de crédito, o Crédito Rural, era diligenciada até 1990 para
grandes produtores rurais, a partir de então passou a assistir melhor o
pequeno e médio agricultor.
Exercícios
Questão 1 (CFC, 2011, Contador). Uma sociedade empresária apresentou, no exercício de 2010, uma
variação positiva no saldo de caixa e equivalentes de caixa no valor de R$ 18.000,00. Sabendo‑se que o
caixa gerado pelas atividades operacionais foi de R$ 28.000,00 e o caixa consumido pelas atividades de
investimento foi de R$ 25.000,00, as atividades de financiamento:
Lógica de resolução:
138
FONTES DE FINANCIAMENTO
Assim, a alternativa D está correta por indicar que as atividades de financiamentos geraram um
caixa de R$ 15.000,00. Empréstimos e financiamentos, além de serem contabilizados como passivo, são
contabilizados como ativo circulante, caixa ou bancos conta movimento.
Questão 2. A Cia. Paralela utilizou‑se de recursos de curto prazo para financiar a compra de uma
máquina, tendo em vista o aumento da sua produção e, consequentemente, o aumento das vendas.
Analisando o endividamento da empresa, podemos dizer que:
A) A empresa agiu de maneira correta utilizando-se de recursos de terceiros para financiar o ativo.
B) A empresa não deveria ter adquirido a máquina, pois aumentou seu endividamento.
D) A empresa não deveria ter adquirido a máquina se não houvesse capital para isso.
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FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
BANCO do Brasil. Disponível em: <http://www.piaui2008.pi.gov.br/materia.php?id=18810>. Acesso em:
25 out. 2012.
Figura 2
CAIXA Econômica Federal. Disponível em: <http://www.guara.sp.gov.br/?pg=noticia&id=568>. Acesso
em: 25 out. 2012.
Figura 3
BNDES. Disponível em: <http://www.bancariospe.org.br/noticias_aparece.asp?codigo=5067>. Acesso
em: 25 out. 2012.
Figura 4
EFEITO Tesoura. Disponível em: <http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/IIseminario/gestao/gestao_01.
pdf>. Acesso em: 26 jul. 2011.
Figura 5
EFEITO Tesoura. Disponível em: <http://www.flf.edu.br/revista‑flf/monografias‑contabeis/mono>.
Aceso em: 25.07.2011.
Figura 6
ROSS; WESTERFIELD; JAFFE, 2007, p. 346.
Figura 7
BRITO; BRITO; SOUZA, [s.d.], p. 12.
Figura 8
ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010. p.455.
Figura 9
MODELO de Ficha Cadastral Sebrae. Disponível em: <http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/6
791375CF782DC23832573D90041DBD9/$File/NT0003748E.pdf> Acesso em: 29 jul.2011.
Figura 10
VISÃO geral do processo de controle de risco de crédito. Disponível em: <www.fenaban.org.br>. Acesso
em: 21 jul. 2011.
140
REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, A. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico – financeiro. 9. ed. São Paulo:
Atlas, 2010.
______. Matemática financeira e suas aplicações. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
ASSAF NETO, A.; SILVA, C. T. Administração do capital de giro. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
BERNI, M. T. Operação e concessão de crédito: os parâmetros para a decisão de crédito. São Paulo: Atlas, 1999.
BERTI, A. Análise do capital de giro: teoria e prática. São Paulo: Ícone, 1999.
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