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Justiça Federal ou Vara Federal ou Juiz Federal da Seção Judiciária do Rio de

Janeiro/RJ

Alquiengel da Silva, brasileiro, (estado civil), portador do RG xxxxxx, inscrito do CPF


n xxxxxxx, vem por meio de sua advogada que está subscreve, perante Vossa
Excelência com supedâneo no art. 5, inciso LXXIII, da Constituição Federal de 1988
e na Lei n° 4.717/65 propor AÇÃO POPULAR em desfavor da Autarquia Federal A,
Situada no endereço xxxxxxx , município xxxxx, bairro xxxxx, que faz pelos
fundamentos de fato e razões de direito a seguir aduzidos.

DO CABIMENTO DA AÇÃO POPULAR


Nos termos do art. 5 °, inciso LXXIII, da CF e do art. 1° da Lei 4717/65, qualquer
cidadão é parte legítima para propor Ação Popular que vise anular ato lesivo ao
patrimônio público e a moralidade administrativa.
A ação, é o remédio constitucional que aciona o Poder Judiciário dentro da visão
democrática participativa dos jurisdicionados pátrios, fiscalizando e atacando os atos
lesivos ao Patrimônio Público com a condenação dos agentes responsáveis.
Ademais, a ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas, contra as
autoridades, funcionários, ou administradores que houverem autorizado, aprovado,
ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que por omissas, tiverem dado
oportunidade á lesão e contra os beneficiários diretos do mesmo.

DA LEGITIMIDADE ATIVA
Com amparo no art. 5 LXXXIII, da Carta Magna, tem direito ao ajuzamento de Ação
Popular que se substancia num instituto legal de Democracia. É direito próprio de o
cidadão participar da vida política do Estado fiscalizando a gestão do Patrimônio
Público, a fim de que esteja conforme com os Princípios da Moralidade e da
Legalidade.

DA LEGITIMIDADE PASSIVA
A lei 4.417/65 em seu art. 6°, estabelece um espectro abrangente de modo a incluir
no polo passivo os causadores ou produtores do ato lesivo, como também todos
aqueles que para ele contribuíram por ação ou omissão. A par, disto respondem
passivamente os requeridos nesta sede processual.
DA COMPETÊNCIA DO ORGÃO JULGADOR
Conforme assevera a legislação em vigor (art. 5°, Lei 4717/65), é competente pra
processar e julgar a Ação Popular o juiz do local da origem do ato impugnado. Em
obediência a este requisito legal é que se propõe a presente ação perante este juízo.

DOS FATOS
Após receber “denúncia de irregularidades” em contratos administrativos celebrados
pela Autarquia Federal A, que possui sede no Rio de Janeiro, o Ministério Público
Federal determina a abertura de inquérito civil e penal para apurar os fatos. Neste
âmbito, são colhidas provas robustas de superfaturamento e fraude nos quatro
últimos contratos celebrados por esta Autarquia Federal, sendo certo que estes fatos
e grande parte destas provas acabaram divulgados. Indignado, procura se inteirar
mais sobre o acontecido, e acaba ficando ciente de que estes contratos foram
realizados nos últimos 2 (dois) anos com a multinacional M e ainda estão em fase de
execução. Mas não só. O autor obtém, também, documentos que comprovam, mais
ainda, a fraude e a lesão, além de evidenciarem a participação do presidente da
Autarquia A, de um Ministro de Estado e do presidente da comissão de licitação, bem
como do diretor executivo da multinacional M. Diante deste quadro, o requerente,
eleitor regular e ativo do Município do Rio de Janeiro/RJ, indignado com o descaso
pela moralidade administrativa na gestão do dinheiro público, pretende mover ação
judicial em face dos envolvidos nos escândalos citados, objetivando desfazer os atos
ilegais, com a restituição à Administração dos gastos indevidos, bem como a sustação
imediata dos atos lesivos ao patrimônio público.

DO DIREITO
O artigo segundo da LAP Lei da Ação Popular (Lei n. 4717/65) infere que são nulos
os atos lesivos ao patrimônio das entidades da Administração Pública, direta ou
indireta (artigo segundo), nos casos de vício de forma e de desvio de finalidade.
Maria Sylvia Zanella Di Pietro sintetiza de maneira precisa e suficiente que:
“Seja infringida a finalidade legal do ato (em sentido estrito), seja desatendido o seu
fim de interesse público (sentido amplo), o ato será ilegal, por desvio de poder”
Contudo, a Lei da Ação Popular já consignou o desvio de finalidade como vício
nulificador do ato administrativo lesivo do patrimônio público e o considera
caracterizado quando o agente pratica ato visando fim diverso do previsto, explicita
ou implicitamente.
Deste modo, a contratação direta em hipótese de licitação obrigatória ( Lei 8666/93,
art. 2°), a qual se destina a garantir a observância do princípio constitucional da
isonomia a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção
do desenvolvimento nacional sustentável (art.3, primeira parte Lei 8666/93) fere de
morte os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade da moralidade,
igualdade, publicidade, probidade administrativa, vinculação ao instrumento
convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos ( art, in fine Lei
8666/93).

DOS PEDIDOS
Diante o exposto e aqui constituídos todos os pressupostos da ação popular, quais
sejam condição de eleitor, ilegalidade e lesividade do ato, requer-se:
A) O recebimento e o processamento desta Ação Popular, por conter ato ilegal e
lesivo ao patrimônio públco, em conformidade com a Lei 4.717/65;
B) A citação de todos os réus para apresentação de defesa;
C) a intimação do ilustre representante do Ministério Público;
D) A procedência do pedido para anular o contrato administrativo impugnado;
E) A procedência do pedido para condenar os réus a ressarcir os danos causados ao
erário;
F) Para qualquer eventualidade, a produção de todos os meios de prova juridicamente
permitidos;
Da se o valor da causa de R$ 10.000,00 (dez mil reais)

Termos que peço,


E aguardo deferimento.

XXXXXX DE XXXXXXX DE XXXX

ESTADO/CIDADE

ADVOGADO/OAB

ALUNA: Raquel Oliveira da Silva

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