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Beatriz Mota – M24 Mecanismo: ativação de mastócitos

induzida pelo alérgeno mediada por IgE


Asma e dos linfócitos T, resultando em
contração da musculatura lisa, aumento
A asma brônquica é uma doença crônica da permeabilidade vascular e acúmulo
inflamatória das vias aéreas de eosinófilos e mastócitos.
caracterizada por exacerbações de  Clínica:
dispneia, tosse, sibilos, obstrução
variável e hiper-responsividade das vias Tríade da asma:
aéreas.
 Dispneia
 Etiologia:  Opressão torácica
 Sibilos
O fator precipitante mais comum é a
infecção viral, tendo como principais
 Diagnóstico:
agentes o rinovírus, influenza e vírus
sincicial respiratório; O diagnóstico no departamento de
emergência é CLÍNICO.
Exposição a alérgenos e a mudanças
climáticas;  RX de tórax: não é rotina, mas
pode ajudar em casos de
Uso de algumas medicações (AAS e
suspeita de pneumonia,
betabloqueadores);
pneumotórax, derrame pleural e
Estresse emocional; etc.)
 Saturação de O2: deve ser
Exercício físico.
verificada em todos.
 Fisiopatologia:  Gasometria arterial
 Hemograma: em caso de
Ocorre mediante uma inflamação
suspeita de infecção.
crônica das vias aéreas, que implica em
uma hiper-reatividade na musculatura  Eletrólitos: caso necessite de
lisa das vias aéreas. internação.
 Prova de função pulmonar
Os níveis séricos de IgE geralmente (peak flow)
estão aumentados, o que sugere uma  ECG
crônica ativação da imunidade humoral.
Existe uma resposta precoce e uma  Exacerbação de ameaça a vida:
tardia. Sonolência, confusão e tórax
silencioso.
A resposta precoce tem início imediato  Lembre-se: diagnóstico de asma
e se resolve em uma a duas horas. é CLÍNICO, os outros exames
Em 50% essa resposta imediata é são para complementar e
seguida de uma tardia, três a doze horas descobrir possíveis causas.
depois, com desenvolvimento de hiper-
responsividade e inflamação das vias  Tratamento:
aéreas.
 Beta 2 agonistas:
É a terapia imediata mais importante.
Três inalações na primeira hora da  Sulfato de magnésio:
chegada ao hospital, de 15 em 15
Estudos mostraram que a adição do
minutos.
sulfato de magnésio diminui a
Fenoterol: 10 a 20 gotas em 3 a 5 ml de necessidade de internação.
SF.
Dose: 1,2 a 2g de magnésio IV durante
Salbutamol: 2,5 a 5mg em nebulização 20 a 30 minutos.
com 3 a 5 ml de SF.
Após essa primeira hora, avalia-se
 Avaliar necessidade de
clinicamente para escolha da frequência
intubação e caso necessário,
de novas inalações. Se há
realizar a sequência rápida.
broncoespasmo intenso ainda,
 Oferecer O2 suplementar para
prescrever de 1/1 hora.
todos os pacientes.
 Anticolinérgicos:  Critérios de alta hospitalar:
pacientes com VEF1 ou peak
Nota-se bons resultados com a
flow >60% do predito podem
associação de anticolinérgicos com beta
receber alta.
2 agonistas.
Brometo de Ipratrópio: 5,0mg (40
gotas) adicionado ao beta 2 agonista.
 Corticoesteróides:
O seu uso é recomendado na
exacerbação, sendo iniciado assim que o
paciente é atendido.
Prednisona:
Dose inicial: 40-40mg, via oral.
Dose em internação: 40-60mg 1x/dia
Dose de manutenção: 50mg 1x/dia, por
5 a 7 dias.
Metilprednisolona:
Medicamento de escolha quando se opta
por fazer IV.
Dose: 40 – 60 mg, IV, 12/12 horas.
Hidrocortisona:
Dose inicial: 200 – 300mg IV.
Dose de manutenção: 100mg, IV,
8/8horas ou 6/6 horas.

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