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MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO
ACADEMIA MILITAR DAS AGULHAS NEGRAS
(Academia Real Militar – 1811)

MÓDULO TÁTICO DEFENSIVA 2018

SITUAÇÃO GERAL

1. A porção SE do Continente AUSTRAL é composto pelos países: AMARELO, com capital em


RESENDE, MARROM, com capital em BELO HORIZONTE, VERMELHO, com capital em VITÓRIA, e
AZUL, com capital em SÃO PAULO (Esboço Nr 01).

2. O processo de independência desses países encerrou-se em meados do século XIX, mas a configuração
final das fronteiras nacionais só foi obtida no início do século XX, após grande esforço diplomático para
sanar divergências herdadas do período colonial. A arbitragem internacional definiu que as terras em disputa
entre vermelhos e azuis formassem o atual País AMARELO.

3. A lisura e a transparência do processo de arbitragem internacional levaram as duas nações a acatar a


decisão na sua plenitude e sem questionamentos, e Vermelhos, Amarelos e Azuis assinaram acordos
multilaterais para oficialização nos novos limites territoriais. Apesar disso – e em função do histórico de
colonização da área – as populações dos três países mantiveram-se de certa forma mescladas na área,
estabelecendo-se em propriedades privadas nas férteis terras da região do Vale do PIRAPITINGA, Vale do
PARAÍBA, dentre outras áreas, sem restringirem-se aos limites das fronteiras físicas de seus países de
origem. Esse estado de coisas na região perdurou pacificamente por quase um século, com nacionais dos três
países convivendo em harmonia como vizinhos, independentemente do território ao qual pertenciam.

4. Em função de laços forjados à época das lutas por suas independências e pelas semelhanças culturais
existentes entre seus povos, amarelos e azuis estabeleceram uma aliança militar imediatamente após o fim
do jugo colonial, mais tarde ampliada para um acordo no campo econômico, que os ajudaria a enfrentar as
dificuldades que assolavam as economias de suas jovens e livres nações. O País VERMELHO chegou a
cogitar a adesão aos tratados, mas o tema nunca chegou a ser discutido em seu parlamento.

5. Em fins do século XX, a descoberta de uma grande reserva de cobre no vale do PIRAPITINGA (País
AMARELO) motivou um partido político oposicionista no país VERMELHO a explorar o tema em suas
campanhas eleitorais. Ainda que não tenham logrado angariar a simpatia e o voto da população vermelha,
sua alegação era fundamentada em uma pretensa “armação” internacional de Azuis à época da mediação
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internacional, o que teria levado o país a um grande prejuízo econômico com a perda do Vale do IBICUÍ –
agora denominado de “VALE DO COBRE” (Esboço Nr 2).

6. À mesma época, descobriu-se que a região contestada também abriga um extenso manancial
subterrâneo de água doce, denominado aquífero Austral, capaz de prover com água potável quase todo o
Continente por centenas de anos. Apesar das constantes manifestações de grupos de especialistas e de
ecologistas para que os governos locais iniciem um debate sobre esse tema, até o presente não foram
acordadas as regras para exploração do aquífero pelos três países.

7. A partir de A-6, uma grave crise econômica de envergadura mundial passou a afetar negativamente a
economia dos países do Continente AUSTRAL – em particular a do país VERMELHO –motivando o
ressurgimento e o crescimento gradativo do partido político ultranacionalista, que via na anexação da área
contestada a saída para sua crise econômica.

8. Com uma plataforma extensamente baseada em promessas de cunho populista, o partido logrou eleger
o mandatário do país em A-2. Poucos meses após a sua posse, o presidente vermelho trouxe novamente à
tona a questão do “VALE DO COBRE”, iniciando uma campanha interna para que a questão fosse
novamente levada a fóruns internacionais. Esse fato, indiretamente, incentivou grupos radicais de
nacionalidade Vermelha a aplicar agressões verbais e físicas contra nacionais Azuis e Amarelos que residem
naquele País e na área do “VALE DO COBRE”.

9. Em A-1, uma potência extrarregional, o país CINZA, motivado por interesses econômicos relacionados
à exploração das reservas minerais confirmadas no “VALE DO COBRE”, passou a apoiar abertamente as
pretensões do Governo Vermelho, inclusive com a assinatura de um acordo para o fornecimento de material
e equipamentos bélicos de vários tipos. Tropas cinzas foram enviadas ao país VERMELHO sob o pretexto
de cooperação militar e treinamentos conjuntos.

10. Paralelamente, cresceu a insatisfação da população Vermelha com a política econômica de seu
governo, com o aumento do número de greves e outras paralisações em vários setores de sua economia.
Partidos de oposição chegaram a cogitar o impeachement do presidente, por sua incapacidade de gerir o país,
em meio à grave crise econômica. Com o rápido agravamento da situação, o governo Vermelho passou a
adotar medidas consideradas “desesperadas” para reverter o quadro interno.
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11. Na tentativade reverter sua crescente impopularidade e diante das promessas de apoio incondicional
do país CINZA às suas pretensões territoriais sobre o “VALE DO COBRE”, o governo Vermelho declarou o
abandono da via diplomática para a solução da questão e determinou a mobilização de seus meios,
concentrando parte de seus efetivos militares na Região OESTE do país. Aproveitando-se do clima tenso,
grupos radicais vermelhos passaram a promover invasões de terra de amarelinos e azulinos, expulsando-os
de suas propriedades. Esses fatos provocaram protestos enérgicos de AZUL e AMARELO junto à
Comunidade Internacional de Nações (CIN) e ameaças de mobilização de meios militares para reforço de
suas guarnições no entorno da área pleiteada.

12. Receosa da eclosão de violência no continente AUSTRAL, em M-5 a CIN negociou com os governos
de VERMELHO, AZUL e AMARELO o estabelecimento de uma faixa de segurança (Esboço Nr 3). Foi
determinado que as forças já em presença ficassem imobilizadas em suas guarnições e que não houvesse
nenhum tipo de concentração estratégica visando ocupar àquela região. A resolução incluía a restrição de
sobrevoos de aeronaves militares na área, limitando-as às missões de EVAM e de ressuprimento logístico.
Os governos de AZUL e de AMARELO (aliados) aderiram totalmente à Resolução, demonstrando sua
disposição para que a questão fosse tratada no âmbito da diplomacia, mas o governo Vermelho demonstrou
pouca transparência e passou a violar os termos acordados junto à CIN. Foi observada movimentação de
tropas vermelhas na direção da faixa de segurança estabelecida, principalmente na Rg próxima à fronteira de
VERMELHO e AMARELO, sinalizando uma possível concentração de meios na região.

13. Acompanhando a escalada da crise, os governos aliados ativaram o Comando Combinado


AMISTAD, para atuarem no TO W, que ficou caracterizado pela porção NE (linha balizada pelas Loc
GUARATINGUETÁ, CUNHA E PARATI), todo o território Amarelo e porção W do território Vermelho,
além da faixa marítima que dá acesso ao Porto da Loc RIO DE JANEIRO. Para poderem atuar com
liberdade de ação, alertaram a CIN para a hipótese de terem que agir em um esforço combinado para
impedir a invasão do governo Vermelho aos seus territórios e a agressão de grupos radicais aos azulinos e
amarelinos.

14. Em D-40, a Inteligência Am identificou a rápida mobilização de dois Corpos de Exército (C Ex), com
a clara intenção do governo Vm de romper o limite estabelecido no acordo e entrar, com essa força, no
território Amarelo e na área contestada. Baseando-se nessa hipótese, o Cmdo Ald determinou que a 3ª DE
estabelecesse medidas defensivas, a fim de proporcionar a mobilização de meios que se encontravam ao Sul
do País AZUL.
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15. No campo militar, as forças combinadas dos Países AZUL e AMARELO são ligeiramente superiores
à do País VERMELHO. A Força Aérea Combinada tem condições de obter a superioridade aérea local, por
prazos determinados.

16. Não há condições para o emprego de armas nucleares por qualquer dos contendores. O País
VERMELHO tem condições de empregar agentes químicos em escala limitada.

17. Todos os países do continente são signatários das quatro Convenções de Genebra de 1949, dos seus
dois Protocolos Adicionais (1977), do Estatuto de Roma para o Tribunal Penal Internacional (1998) e dos
principais tratados sobre o banimento de armas (Convenção sobre certas Armas Convencionais, minas
terrestres antipessoal, armas químicas e biológicas, em especial o Protocolo II Emendado de 1996 e do
Tratado de Ottawa de 1997).

18. O país MARROM é neutro e tem condição de manter sua neutralidade.


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ESBOÇO Nr 3

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