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Universidade Estácio de Sá

Design Gráfico

Disciplina: Ecodesign, Sustentabilidade e Inovação


Professor: Luis Rodrigo Brandão
Aluno: Lucas Emanuel Oliveira Xavier Mat.: 202001271139
Aluna: Julianna Stephane Holanda B. De Sousa Mat.: 2020023357
Período: 2021.02

A Importância dos Espaços Públicos


Durante o desenvolvimento da humanidade, as praças se mostraram importantes espaços
urbanos de caráter comunitário, cuja principal função era servir como palco para cultura,
política e vida social das cidades. Atualmente, esses espaços públicos, numerosos e presentes
em toda cidade do planeta, têm o intuito de servir como meios de centralização urbana para
públicos de todas as idades, seja pela possibilidade da realização de esportes, atividades
recreativas ou puramente para confraternização de seus membros. Além disso, as praças
públicas carregam grande importância quando o assunto é preservação ambientação,
paisagística e arquitetônica.

No entanto, é notável que apesar da importância desses locais para as comunidades urbanas,
devido à falta de políticas públicas e conscientização da população e membros das
comunidades que usufruem daqueles espaços, muitas praças têm sofrido com forte descaso e
degradação ambiental. Em grandes centros urbanos, esses locais, que outrora carregaram
tanto significado de comunidade e integração, atualmente são símbolos de perigo urbano,
uma vez que são utilizadas como pontos de prostituição ou para o comércio ilegal de drogas.

Praças Sustentáveis
Tendo noção da importância dos espaços públicos e levando em consideração os problemas
que atualmente os assolam, diversas cidades do Brasil e do mundo têm unido forças para
transformação desses ambientes de uma forma sustentável, visando beneficiar não apenas os
membros da comunidade que usufruem desses espaços, mas as cidades como um todo, a vida
selvagem que ali habita e o próprio meio ambiente.

Sob essa ótica, segundo a ONG norte-americana WeConservePA, existem 12 princípios para
o planejamento e realização do design sustentável de ambientes comunitários. Sendo alguns
desses:
● Maximização da preservação do ambiente natural;
● Manutenção da qualidade dos solos durante a construção;
● Criação de sistemas de autonomia de água e captação de chuva para reutilização;
● Proteção de ambientes aquáticos, permanentes ou sazonais, como pântanos,
manguezais ou lagos;
● Redução de agrotóxicos;
● Minimização e substituição de superfícies não porosas como asfalto e concreto.
Ademais, levando em consideração o viés de coletividade desses ambientes, a
WeConservePA sugere a participação dos usuários finais do projeto durante a etapa de design,
uma vez que sendo o objetivo desses espaços a realização dos interesses dos usuários, a
atuação deles durante o projeto garante o fator comunitário do design sustentável, isto é,
perpetua a identidade e a manutenção do espaço por meio do trabalho coletivo. Além disso, é
sugerido ainda a criação de materiais e programas educacionais, como o incentivo à
participação voluntária da comunidade.

A Praça dos Ipês


O que no passado foi um terreno abandonado e alvo de poluição e descarte inadequado de
lixo, desde de 2018 foi revitalizada para compor um espaço comunitário na cidade de
Fortaleza. A Praça dos Ipês, por mais que não tenha sido pensada e projetada como uma
praça sustentável, ainda compartilha dos ideais de comunidade, transformação e
conscientização ambiental. A revitalização do ambiente, coordenada por uma escola da
região, deu palco para o desenvolvimento de uma peça estudantil acerca do senso de
coletividade e conscientização, provando a importância de programas voluntários e
educacionais para o desenvolvimento de espaços sustentáveis.

A Praça Conceito Consciente


A Praça Conceito Consciente, por sua vez, localizada na capital de Goiás, apresenta alguns
dos princípios indicados pela ONG WeConservePA, seguindo a tendência mundial de
reutilização de materiais, preservação da natureza e uso responsável dos recursos naturais.
Com 1.400 metros quadrados, a praça apresenta um piso drenante capaz de captar 90% da
água da chuva. Além disso, toda construção é composta de materiais reciclados ou madeira
de reflorestamento. O local conta também com uso de energia solar, iluminação em LED,
canteiro bio-séptico para tratamento de água e diversas iniciativas de inclusão e
acessibilidade como um jardim sensorial, placas de identificação em braille e rampas de
acesso por todo o perímetro.

Bibliografia
https://periodicos.ufrn.br/revprojetar/article/view/19559/12430
https://conservationtools.org/guides/93-creating-sustainable-community-parks
http://aldeiatem.com/post/10014/a-primeira-praca-sustentavel-de-goias
https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2019/09/13/transformacao-de-terreno-baldio-em-praca-l
eva-integracao-e-consciencia-ambiental-a-bairro-de-fortaleza.ghtml
https://consciente.com.br/noticias/praccedila-conceito-consciente

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