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maria-andreia.lameiras@ipea.gov.br
Sumário
Sandro Sacchet de Carvalho
Técnico de Planejamento e Pesquisa da
Embora o mercado de trabalho tenha apresentado sinais de melhora nos últimos Dimac do Ipea
trimestres, os dados mais recentes apresentam certa estabilidade, dando margem sandro.carvalho@ipea.gov.br
a dúvidas quanto ao ritmo e à qualidade dessa recuperação. De fato, o cenário de
emprego inicialmente projetado para 2018 havia sido baseado em expectativas de Carlos Henrique L. Corseuil
Técnico de Planejamento e Pesquisa da
uma aceleração mais intensa da economia brasileira, o que não vem se consoli- Diretoria de Estudos e Políticas Sociais
dando. Consequentemente, a melhora projetada para o mercado de trabalho vem (Disoc) do Ipea
1
Deve-se ressaltar, entretanto, que esta retomada do emprego formal só será po-
tencializada quando os investimentos readquirirem uma trajetória de aceleração
mais intensa.
Por último, a seção traz dois boxes especiais que analisam de forma mais detalhada
a dinâmica dos trabalhadores mais idosos no mercado de trabalho e a aparente
discrepância entre os dados de empregos formais divulgados pela PNADC e pelo
CAGED.
1 Aspectos gerais
GRÁFICO 1
Taxa de desocupação
(Em %)
15 3,5
14 3
13 2,5
12 2
11 1,5
10 1
9 0,5
8 0
7 -0,5
6 -1
fev-abr/12
abr-jun/12
jun-ago/12
ago-out/12
out-dez/12
dez-fev/13
fev-abr/13
abr-jun/13
jun-ago/13
ago-out/13
out-dez/13
dez-fev/14
fev-abr/14
abr-jun/14
jun-ago/14
ago-out/14
out-dez/14
dez-fev/15
fev-abr/15
abr-jun/15
jun-ago/15
ago-out/15
out-dez/15
dez-fev/16
fev-abr/16
abr-jun/16
jun-ago/16
ago-out/16
out-dez/16
dez-fev/17
fev-abr/17
abr-jun/17
jun-ago/17
ago-out/17
out-dez/17
dez-fev/18
fev-abr/18
2
apontando aumentos mais modestos, de modo que, em abril, a alta registrada foi
de 0,8%.
GRÁFICO 2 GRÁFICO 3
Taxa de desocupação dessazolanizada PNADC – População ocupada dessazonalizada
(Em %) (Em milhões de pessoas)
14 94
13 93
93
12 92
92
11 91
10 91
90
9 90
89
8
89
88
7
6 87
88 fev-abr/15
out-dez/15
fev-abr/16
out-dez/16
fev-abr/17
out-dez/17
fev-abr/18
dez-fev/15
jun-ago/15
jun-ago/16
jun-ago/17
abr-jun/15
ago-out/15
dez-fev/16
abr-jun/16
ago-out/16
dez-fev/17
abr-jun/17
ago-out/17
dez-fev/18
fev-abr/12
out-dez/12
fev-abr/13
out-dez/13
fev-abr/14
out-dez/14
fev-abr/15
out-dez/15
fev-abr/16
out-dez/16
fev-abr/17
out-dez/17
fev-abr/18
jun-ago/12
jun-ago/13
jun-ago/14
jun-ago/15
jun-ago/16
jun-ago/17
87
42036
42095
42156
42217
42278
42339
42401
42461
42522
42583
42644
42705
42767
42826
42887
42948
43009
43070
43132
43191
GRÁFICO 4
Taxa de participação, PEA e PO
(Em %)
3 62,0
61,8
2
PEA e PO - Variação interanual
61,6
Taxa de Participação
1
61,4
0 61,2
61,0
-1
60,8
-2
60,6
-3 60,4
fev-abr/14
ago-iut/14
out-dez/14
fev-abr/15
ago-iut/15
out-dez/15
fev-abr/16
ago-iut/16
out-dez/16
fev-abr/17
out-dez/17
fev-abr/18
jun-ago/14
jun-ago/15
jun-ago/16
jun-ago/17
abr-jun/14
dez-fev/15
abr-jun/15
dez-fev/16
abr-jun/16
dez-fev/17
abr-jun/17
ago-out/17
dez-fev/18
3
procura por emprego é superior a dois GRÁFICO 6
Proporção de trabalhadores desocupados por tempo
anos (gráfico 6). Em 2015, este percen- de procura
tual era de 17% e passou a ser de 23% (Em %)
2012.I
2012.III
2013.I
2013.III
2014.I
2014.III
2015.I
2015.III
2016.I
2016.III
2017.I
2017.III
2018.I
categorias, sendo mais significativo nas Menos de 1 mês De 1 mês a menos de 1 ano
regiões Norte e Centro-Oeste, no grupo De 1 ano a menos de 2 anos 2 anos ou mais
Centro Oeste 9,7 9,7 10,0 10,9 12,1 10,6 9,7 9,4 10,5
Nordeste 12,8 13,2 14,1 14,4 16,3 15,9 14,8 13,8 15,9
Norte 10,5 11,2 11,4 12,7 14,2 12,5 12,2 11,3 12,7
Sudeste 11,4 11,7 12,3 12,3 14,2 13,6 13,2 12,6 13,8
Sul 7,3 8,0 7,9 7,7 9,3 8,4 7,9 7,7 8,4
Masculino 9,5 9,9 10,5 10,7 12,2 11,5 11,0 10,5 11,6
Feminino 12,7 13,2 13,5 13,8 15,8 14,9 14,2 13,2 15,0
18 a 24 anos 24,1 24,5 25,7 25,9 28,8 27,3 26,5 25,3 28,1
25 a 39 anos 9,9 10,4 10,9 11,2 12,8 12,0 11,3 10,8 11,9
40 a 59 anos 5,9 6,3 6,7 6,9 7,9 7,6 7,4 7,0 7,8
Mais de 60 anos 3,3 3,8 3,6 3,4 4,6 4,5 4,3 4,2 4,6
Não Chefe de Família 15,0 15,3 15,8 16,0 18,1 17,1 16,4 15,3 17,2
Chefe de Família 6,1 6,6 7,0 7,2 8,4 7,9 7,6 7,4 8,1
Fundamental Incompleto 9,1 9,7 10,5 11,3 12,3 12,0 11,4 10,9 12,0
Fundamental Completo 11,6 12,9 13,4 13,4 15,2 15,0 14,8 13,6 14,8
Médio Incompleto 20,4 20,6 21,4 22,0 24,2 21,8 21,0 20,4 22,0
Médio Completo 12,7 12,8 13,2 13,2 15,5 14,6 14,0 13,0 14,9
Superior 7,6 7,8 7,8 7,6 9,2 8,3 7,9 7,8 8,7
Região Metropolitana 11,9 12,6 13,5 13,5 14,9 14,7 14,1 13,7 14,7
Não Região Metropolitana 10,1 10,4 10,5 10,9 12,9 11,7 11,2 10,3 11,9
Fonte: IBGE / Pnadc.
Elaboração: Grupo de Conjuntura da Dimac/Ipea.
4
Na abertura por faixa etária, os microdados da PNADC revelam que, embora todos
os segmentos apontem uma desaceleração da taxa de desocupação, a dinâmica dos
fatores responsáveis por esses recuos da taxa se apresentam de modos distintos.
No caso dos trabalhadores com idade entre 25 e 39 anos, nota-se que, apesar de
apresentarem, no primeiro trimestre de 2018, na comparação interanual, a maior
queda na taxa de desemprego (0,9 p.p.), foi justamente neste grupo que se verificou
a menor expansão da ocupação (0,9%). O recuo do desemprego neste segmento
se deu, sobretudo, pela retração de 0,1% da PEA. De fato, na média dos últimos
quatro trimestres (gráfico 7), esse conjunto de trabalhadores é o que apresenta o
menor dinamismo em relação à ocupação (0,1%) e à força de trabalho (0,3%).
GRÁFICO 7 GRÁFICO 8
População ocupada - por faixa etária População Economicamente Ativa - Por faixa etária
(Variação acumulada em 4 trimestres - em %) (Variação acumulada em 4 trimestres - em %)
3 6
1,8
1,4
1 0,1
4
2,6
-1 2 1,9
0,3
-3 0
-5 -2
-7 -4
2013.IV
2014.I
2014.II
2014.III
2014.IV
2015.I
2015.II
2015.III
2015.IV
2016.I
2016.II
2016.III
2016.IV
2017.I
2017.II
2017.III
2017.IV
2018.I
2013.IV
2014.I
2014.II
2014.III
2014.IV
2015.I
2015.II
2015.III
2015.IV
2016.I
2016.II
2016.III
2016.IV
2017.I
2017.II
2017.III
2017.IV
2018.I
18 a 24 anos 25 a 39 anos 40 a 59 anos Mais de 60 anos 18 a 24 anos 25 a 39 anos 40 a 59 anos Mais de 60 anos
Por fim, deve-se destacar que, embora se mantenha acima dos demais, a taxa de de-
socupação dos mais jovens continua diminuindo, devido ao aumento da ocupação
em ritmo superior à expansão da PEA. Apesar dessa melhora recente, é neste seg-
mento que ainda se encontram não só as menores chances de sair do desemprego,
como também as maiores probabilidades de entrar na desocupação1. No primeiro
1 Uma análise mais detalhada dessas transições dos jovens no mercado de trabalho, com seus reflexos inclusive para informalidade, pode ser
vista no número 64 do Boletim Mercado de Trabalho: Conjuntura e Análise, editado pelo IPEA.
5
trimestre de 2018, aproximadamente 21% dos jovens desempregados conseguiam
transitar para a ocupação (gráfico 9). No sentido contrário, o percentual de jovens
ocupados demitidos foi de 9% (gráfico 10). Vale destacar que, na comparação com
o trimestre anterior, todos os segmentos etários apresentaram piora nas transições
da ocupação para a desocupação, e vice-versa.
GRÁFICO 9 GRÁFICO 10
Proporção de desocupados que transitaram para a Proporção de ocupados que transitaram para o
ocupação - por faixa etária desemprego - por faixa etária
(Em %) (Em %)
45 10
9
40 8
7
35
6
30 5
4
25 3
2012.II
2012.III
2012.IV
2013.I
2013.II
2013.III
2013.IV
2014.I
2014.II
2014.III
2014.IV
2015.I
2015.II
2015.III
2015.IV
2016.I
2016.II
2016.III
2016.IV
2017.I
2017.II
2017.III
2017.IV
2018.I
18 a 24 25 a 39 40 a 59 mais de 60 18 a 24 25 a 39 40 a 59 mais de 60
Assim como verificado no corte por faixa etária, a análise da desocupação por grau
de instrução também aponta que, na comparação interanual, todos os segmentos
apresentaram queda em suas taxas de desemprego, repercutindo um melhor de-
sempenho da ocupação em relação à PEA.
TABELA 2
População ocupada
(Taxa de varição interanual, em %)
2016 2017 2018
1º tri. 2º tri. 3º tri. 4º tri. 1º tri. 2º tri. 3º tri. 4º tri. 1º tri.
Brasil -1,5 -1,5 -2,4 -2,1 -1,9 -0,6 1,6 2,0 1,8
18 a 24 anos -6,8 -5,4 -6,3 -6,2 -3,5 -0,6 3,1 3,5 1,4
25 a 39 anos -1,4 -1,4 -1,6 -1,4 -2,2 -1,1 0,1 0,4 0,9
40 a 59 anos 0,5 0,5 -0,6 -1,2 -0,8 -0,3 1,6 2,4 1,8
60 anos ou mais 2,5 -0,5 -2,6 3,1 0,4 3,7 9,1 7,1 8,0
Sem instrução e Fundamental incompleto -4,2 -3,4 -5,9 -8,8 -7,4 -6,1 -2,7 -0,9 -1,1
Fundamental completo -6,9 -7,5 -11,0 -7,7 -9,1 -12,4 -7,0 -7,4 -8,8
Médio incompleto -9,6 -10,3 -6,2 3,7 4,3 13,8 14,0 13,0 10,2
Médio completo 1,3 1,6 2,3 0,2 0,8 1,6 1,2 2,0 1,9
Superior (completo ou não) 3,1 2,0 0,6 4,6 3,2 4,7 7,8 6,6 7,1
Fonte: IBGE / Pnadc.
Elaboração: Grupo de Conjuntura da Dimac/Ipea.
6
GRÁFICO 12
GRÁFICO 11 População economicamente ativa - por grau de
População Ocupada - por grau de instrução instrução
(Variação acumulada em 4 trimestres - em %) (Variação acumulada em 4 trimestres - em %)
10 10
8 8
6,6
6 6 6,7
4 3,4 4 3,7
2 2
0 0
-2 -2,8 -2 -2,0
-4 -4
-6 -6
-8 -8,9 -8 -8,0
-10 -10
-12
2013.IV
2014.I
2014.II
2014.III
2014.IV
2015.I
2015.II
2015.III
2015.IV
2016.I
2016.II
2016.III
2016.IV
2017.I
2017.II
2017.III
2017.IV
2018.I
2013.IV
2014.I
2014.II
2014.III
2014.IV
2015.I
2015.II
2015.III
2015.IV
2016.I
2016.II
2016.III
2016.IV
2017.I
2017.II
2017.III
2017.IV
2018.I
GRÁFICO 13 GRÁFICO 14
Proporção de desocupados que transitaram para a Proporção de ocupados que transitaram para o
ocupação - por grau de instrução desemprego - por garu de instrução
(Em %) (Em %)
45 8
7
40 6
35 5
4
30 3
2
25
1
20 0
2012.II
2012.III
2012.IV
2013.I
2013.II
2013.III
2013.IV
2014.I
2014.II
2014.III
2014.IV
2015.I
2015.II
2015.III
2015.IV
2016.I
2016.II
2016.III
2016.IV
2017.I
2017.II
2017.III
2017.IV
2018.I
2012.II
2012.III
2012.IV
2013.I
2013.II
2013.III
2013.IV
2014.I
2014.II
2014.III
2014.IV
2015.I
2015.II
2015.III
2015.IV
2016.I
2016.II
2016.III
2016.IV
2017.I
2017.II
2017.III
2017.IV
2018.I
BOX 1
Ao longo dos últimos anos, a população com idade superior a 60 anos vem apresentan-
do uma trajetória diferente das demais faixas etárias. No que diz respeito à ocupação,
nota-se que, à exceção do segundo e do terceiro trimestres de 2016, quando se regis-
trou uma retração na comparação interanual (-0,5% e -2,6%, respectivamente), em
todos os demais períodos a população ocupada vem se expandindo. A partir de 2017,
entretanto, este ritmo de crescimento tornou-se ainda mais significativo, com taxas
girando entre 7,0% e 8,0%. De modo semelhante, o contingente de trabalhadores
mais idosos na força de trabalho também vem se elevando de forma mais acentuada.
7
TABELA 3
Proprção de ocupados com mais de 60 anos - Por categoria
(Em %)
2016 2017 2018
1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim. 1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim. 1º Trim.
Centro oeste 6,3 6,3 6,4 6,5 6,6 6,6 6,7 6,8 6,8
Nordeste 25,3 25,7 25,7 25,6 25,9 25,5 25,6 25,4 25,5
Norte 5,5 5,5 5,4 5,6 5,6 5,6 5,7 5,8 5,8
Sudeste 47,3 46,7 46,3 46,4 45,8 46,1 45,8 46,0 45,7
Sul 15,7 15,8 16,2 16,0 16,1 16,2 16,2 16,1 16,2
Masculino 43,9 43,6 43,8 43,8 44,0 44,0 43,9 43,9 44,0
Feminino 56,1 56,4 56,2 56,2 56,0 56,0 56,1 56,1 56,1
Com carteira 27,6 28,2 28,3 28,5 28,2 27,8 26,9 26,4 26,6
Sem carteira 17,0 17,2 17,7 17,6 18,5 18,2 18,4 18,6 18,1
Conta própria 46,6 46,1 44,6 44,7 43,9 44,3 45,3 45,9 46,0
Não Chefe de Família 35,5 36,0 36,1 36,3 36,4 36,5 36,9 36,9 36,8
Chefe de Família 64,5 64,0 63,9 63,7 63,6 63,5 63,1 63,1 63,2
Fundamental incompleto 68,8 69,0 68,5 67,9 68,2 67,4 67,0 66,7 67,0
Fundamental completo 7,3 7,1 7,3 7,5 7,2 7,1 7,1 7,1 6,8
Médio incompleto 1,1 1,1 1,2 1,2 1,2 1,5 1,4 1,5 1,5
Médio completo 12,2 12,2 12,0 12,4 12,4 12,7 12,9 12,8 13,1
Superior 10,7 10,7 10,9 11,0 11,0 11,3 11,7 11,8 11,7
Região Metropolitana 40,3 40,3 40,1 40,1 39,9 40,4 40,1 40,7 40,7
Não região Metropolitana 59,8 59,7 59,9 59,9 60,1 59,6 59,9 59,3 59,3
Agricultura 17,4 17,2 16,7 16,1 16,0 15,7 15,0 14,8 15,2
Indústria Transformação 10,3 10,6 10,4 10,0 10,1 10,3 9,7 10,2 10,0
Indústria Extrativa 0,3 0,2 0,2 0,3 0,2 0,3 0,2 0,3 0,2
Serviços de utilidade pública 1,0 1,1 1,3 1,2 1,2 1,2 1,1 1,0 1,2
Construção Civil 7,1 7,3 6,8 6,7 7,0 6,8 7,2 7,2 7,1
Comércio 16,9 16,2 16,7 16,8 16,9 16,9 17,2 16,7 17,0
Serviços financeiros, imobiliários e à empresas 9,2 9,3 9,4 9,8 9,6 9,9 10,1 10,2 9,7
Transporte 5,9 5,3 5,6 5,5 5,5 5,7 5,8 5,8 5,6
Serviços Pessoais 4,0 4,3 4,2 4,3 4,0 4,1 4,2 4,5 4,5
Administração Pública 5,5 6,1 5,9 5,8 5,7 5,5 5,6 5,5 5,7
Saúde e Educação 9,5 9,6 9,9 9,8 9,3 9,3 9,2 9,5 9,5
Alojamento e Alimentação 5,6 5,3 6,1 6,2 6,7 6,8 7,3 6,8 7,0
Serviços domésticos 7,3 7,5 6,9 7,8 7,9 7,5 7,4 7,5 7,3
Na desagregação dos dados, observa-se que, na média dos últimos quatro tri-
mestres (2017.II a 2018.I), do total de trabalhadores ocupados com mais de 60
anos de idade, 46% residiam na região Sudeste, 56% eram do sexo feminino e
63% se declararam como chefes de família (tabela 3). Ainda segundo a PNA-
DC, 45% trabalhavam por conta própria e 27% estavam ocupados no mercado
formal. Dentre os setores da economia, as maiores parcelas destes trabalhadores
8
estavam ocupadas no comércio (17%), na agricultura (15%) e no setor de ser-
viços relacionados a educação e saúde (10%). A análise por grau de educação
mostra que, embora 67% deste contingente de trabalhadores tenha apenas o
ensino fundamental incompleto, este percentual tem se reduzido, dado que em
2012 ele era de 71%. Já a proporção de ocupados com mais de 60 anos que têm
escolaridade média ou superior avançou de 20% para 25% entre 2012 e 2018.
Os dados de transição, por sua vez, retratam que o crescimento dos mais idosos
na força de trabalho não ocorre porque tem aumentado o número destes traba-
lhadores que estão saindo da inatividade e retornando ao mercado de trabalho,
e, sim, porque vem recuando a parcela de idosos que decidem sair da força de
trabalho e ir para a inatividade, independentemente de estarem ocupados ou não.
2017.I
2017.II
2017.III
2017.IV
2018.I
201.I
201.II
201.III
201.IV
GRÁFICO 16 GRÁFICO 17
PNADC -Transição a partir da desocupação: indiví- PNADC -Transição a partir da inatividade: indivídu-
duos com mais de 60 anos os com mais de 60 anos
(Em %) (Em %)
60 100 95,71
90 94,88
50 47,58
80
40
39,46 70
27,92 60
37,24
30 50
40
20 24,5 23,29 30
20
10
10
0 0
2012.II
2012.III
2012.IV
2013.I
2013.II
2013.III
2013.IV
2014.I
2014.II
2014.III
2014.IV
2015.I
2015.II
2015.III
2015.IV
2017.I
2017.II
2017.III
2017.IV
2018.I
201.I
201.II
201.III
201.IV
2012.II
2012.III
2012.IV
2013.I
2013.II
2013.III
2013.IV
2014.I
2014.II
2014.III
2014.IV
2015.I
2015.II
2015.III
2015.IV
2017.I
2017.II
2017.III
2017.IV
2018.I
201.I
201.II
201.III
201.IV
9
Esse aumento da presença de trabalhadores mais idosos na força de trabalho vem
acompanhado por um incremento similar na ocupação. Apesar de os dados de
transição indicarem que vem se tornando mais difícil a saída destes trabalhadores
do desemprego para a ocupação, a PNADC também mostra que vem crescendo o
percentual de idosos que se mantêm ocupados durante todo o trimestre. No primei-
ro caso, observa-se que, no primeiro trimestre de 2012, 28% dos desocupados com
mais de 60 anos conseguiram uma colocação no mercado de trabalho, enquanto em
2018 esse percentual foi de 23%. No entanto, a parcela de idosos que se mantinha
ocupada durante todo o trimestre saltou de 80% para 83% entre 2012 e 2018. Por
fim, ressalta-se que, embora em termos quantitativos os trabalhadores mais idosos
correspondam ao grupo com menor participação no total da ocupação, este percen-
tual vem crescendo ao longo do tempo, passando de 6,3% em 2012 para 7,8% em
2018, refletindo, em parte, o envelhecimento da população brasileira e, a ser confir-
mado pelos desdobramentos futuros, uma eventual mudança de comportamento
2 Desalento
2º trim 16
3º trim 16
16 16
17 17
17 17
3º trim 17
4º trim 17
1º trim 18
1º trim
2º trim
1º trim 16
2º trim 16
3º trim 16
3º trim 17
4º trim 17
1º trim 18
1º trim
2º trim
Série2
então, chegando, inclusive, a reportar
certa estabilidade. Entretanto, no pri- Fonte: IBGE / Pnadc.
Elaboração: Grupo de Conjuntura da Dimac/Ipea.
meiro trimestre de 2018, esse grupo
volta a avançar de forma mais significativa, correspondendo a quase 3,0% do total
da PIA.
2 Tal como o IBGE, consideramos como motivos associados ao desalento as seguintes categorias de respostas à pergunta sobre o motivo
de não ter buscado trabalho na semana de referência: i) não conseguia trabalho adequado; ii) não tinha experiência profissional ou qualifica-
ção; iii) era considerado muito jovem ou muito idoso; e iv) não havia trabalho na localidade.
10
Para uma melhor compreensão desse GRÁFICO 19
fenômeno, por meio da análise dos mi- Desalento: Transições
crodados da PNADC, foram analisados 45
os fluxos de entrada e saída para esse 40
35
grupo. Devido ao caráter longitudinal da 30
PNADC, que entrevista os mesmos do- 25
20
micílios seguidamente por até cinco tri- 15
mestres consecutivos, é possível saber o 10
1º trim 16
2º trim 16
3º trim 16
4º trim 16
1º trim 17
2º trim 17
3º trim 17
4º trim 17
1º trim 18
destino de quem saiu dessa situação ou a
origem de quem entrou nesse grupo. De desalento -> emprego emprego -> desalento
acordo com o gráfico 19, as duas linhas desemprego -> desalento desalento -> desemprego
Por outro lado, as duas linhas superiores indicam que a explicação para a alta do
desalento no primeiro trimestre de 2018 reside na sua interação com o grupo de
pessoas ocupadas. Por certo, nota-se que houve um crescimento acentuado do flu-
xo na direção da ocupação para o desalento, não sendo acompanhado pelo fluxo
na direção inversa.
Por conseguinte, não podemos descartar a hipótese de que uma parcela relevante
do fluxo “ocupação para desalento” esteja associada a um fluxo “desemprego para
desalento”. Entretanto, mesmo se for o caso, esse fluxo seria de pessoas que pas-
sam um curto período buscando uma ocupação e, por conseguinte, um curto pe-
ríodo no desemprego, reportando, logo em seguida, que não estão mais buscando
por considerar que teriam poucas chances de sucesso. Logo, isso não condiz com
a hipótese mais natural de que o desalento seria alimentado por um influxo de pes-
soas que passam um longo período no desemprego. Sendo assim, os microdados
da PNADC permitem que se descarte essa hipótese para a explicação do aumento
do desalento no primeiro trimestre de 2018.
11
3 Grau de formalidade
2013.III
2014.I
2014.III
2015.I
2015.III
2016.I
2016.III
2017.I
2017.III
2018.I
fico 20). Em contrapartida, o emprego
ranual.
GRÁFICO 21 GRÁFICO 22
Proporção de desocupados que obtiveram uma Proporção de ocupados que perderam sua
ocupação - por vínculo ocupação - por vínculo
(Em %) (Em %)
50 50
45 45
40 40
35 35
30 30
25 25
20 20
15 15
10 10
5 5
0 0
2012.I
2012.II
2012.III
2012.IV
2013.I
2013.II
2013.III
2013.IV
2014.I
2014.II
2014.III
2014.IV
2015.I
2015.II
2015.III
2015.IV
2016.I
2016.II
2016.III
2016.IV
2017.I
2017.II
2017.III
2017.IV
2018.I
2012.I
2012.II
2012.III
2012.IV
2013.I
2013.II
2013.III
2013.IV
2014.I
2014.II
2014.III
2014.IV
2015.I
2015.II
2015.III
2015.IV
2016.I
2016.II
2016.III
2016.IV
2017.I
2017.II
2017.III
2017.IV
2018.I
Formal informal Conta própria Empregador Formal informal Conta própria Empregador
12
Após registrar por quase três anos destruição de vagas de trabalhos formais, os
saldos do CAGED, acumulados em doze meses, já registram variações positivas ao
longo de 2018 (gráfico 23). De acordo com os fluxos mensais dessazonalizados,
apesar de uma estabilidade na margem, o número de contratações de trabalhadores
com carteira vem superando o montante de demissões no mercado formal, desde
o fim de 2017, possibilitando uma expansão do estoque de empregos celetistas no
país (gráfico 24).
GRÁFICO 24
GRÁFICO 23 Caged - saldos mensais dessazonalizados - média
Caged - saldos acumulados em doze meses móvel trimestral
(Em milhões de unidades) (Média móvel trimestral - em mil unidades)
1,0
1,5 1,5
ago-16
jun-17
out-16
dez-16
jan-17
fev-17
mar-17
mai-17
ago-17
jan-16
fev-16
mar-16
jun-16
ago-16
abr-16
dez-17
jan-18
fev-18
mar-18
mai-18
jul-16
set-16
out-16
nov-16
abr-17
mar-17
jun-17
out-17
dez-16
jan-17
fev-17
mai-17
jul-17
ago-17
abr-17
nov-17
out-17
dez-17
jan-18
fev-18
abr-18
mar-18
set-16
nov-16
jul-17
set-17
set-17
nov-17
abr-18
-2,5
-2,5
mar-14
mai-14
jan-15
mar-15
mai-15
jan-16
mar-16
mai-16
jan-17
mar-17
mai-17
jan-18
mar-18
mai-18
jul-14
jul-15
jul-16
jul-17
set-14
nov-14
set-15
nov-15
set-16
nov-16
set-17
nov-17
fev-14
jun-14
ago-14
jun-15
fev-17
jun-17
ago-17
abr-14
out-14
dez-14
fev-15
ago-15
fev-16
jun-16
ago-16
abr-15
out-15
dez-15
abr-16
out-16
dez-16
abr-17
out-17
dez-17
fev-18
abr-18
Admisões Demissões
2012.II
2012.III
2012.IV
2013.I
2013.II
2013.III
2013.IV
2014.I
2014.II
2014.III
2014.IV
2015.I
2015.II
2015.III
2015.IV
2016.I
2016.II
2016.III
2016.IV
2017.I
2017.II
2017.III
2017.IV
2018.I
13
BOX 2
37 6
36 4
35 2
34 0
33 -2
32 -4
31 -6
fev-abr/13
mai-jul/13
fev-abr/14
fev-abr/16
fev-abr/17
nov-jan/14
mai-jul/14
fev-abr/15
nov-jan/15
mai-jul/15
nov-jan/16
mai-jul/16
nov-jan/17
mai-jul/17
fev-abr/18
nov-jan/18
ago-out/13
ago-out/14
ago-out/15
ago-out/16
ago-out/17
fev-abr/12
out-dez/12
fev-abr/13
out-dez/13
fev-abr/14
out-dez/14
fev-abr/15
out-dez/15
fev-abr/16
out-dez/16
fev-abr/17
out-dez/17
fev-abr/18
jun-ago/12
jun-ago/13
jun-ago/14
jun-ago/15
jun-ago/16
jun-ago/17
14
ponto. No gráfico 27, são calculadas as taxas de crescimento interanual do empre-
go formal das duas séries.
Ainda de acordo com os gráficos pode-se afirmar: i) no longo prazo, as duas fon-
tes seguem a mesma tendência (gráfico 26); e ii) no curto prazo, as divergências
entre as pesquisas não são incomuns (gráfico 27). Particularmente, ressalta-se que
a taxa de crescimento do emprego formal na PNADC no início de 2014 apresen-
tou uma forte elevação, enquanto no CAGED o aumento da taxa de crescimento
Por fim, observa-se que, desde meados de 2017, a taxa de variação interanual do
emprego formal no CAGED tem se recuperado de forma mais rápida que na
PNADC. De fato, no último trimestre móvel, enquanto a taxa de crescimento me-
dida pela PNADC mostra desaceleração, a obtida pelos dados do CAGED não só
se manteve em aceleração, como também já alcançou valores positivos.
4 Emprego setorial
15
Ainda dentro desse contexto de recupe- GRÁFICO 28
Caged – setores selecionados
ração, deve-se ressaltar a melhora conti- (Saldos em 12 meses – 1.000 unidades)
nuada do emprego na indústria de trans- 600
formação. Após registrar, em março de 400
2016, destruição recorde de mais de 700 200
fev-15
jun-15
ago-15
jun-16
out-15
ago-16
jun-17
out-16
abr-15
dez-15
fev-16
abr-16
dez-16
fev-17
ago-17
out-17
abr-17
dez-17
fev-18
abr-18
mar-15
mai-15
jan-16
mar-16
mai-16
jan-17
mar-17
mai-17
jan-18
mar-18
mai-18
jul-15
nov-15
jul-16
nov-16
jul-17
nov-17
set-15
set-16
set-17
setor, os destaques são os segmentos da Indústria de Transformação Construção Civil Comércio Serviços
TABELA 4
PNADC - População ocupada por setores
(Taxa de variação interanual, em %)
1º Trim- 2º Trim- 3º Trim- 4º Trim- 1º Trim- 2º Trim- 3º Trim- 4º Trim- 1º Trim-
16 16 16 16 17 17 17 17 18
Agricultura -1,1 -1,5 -4,7 -4,5 -8,0 -8,1 -4,4 -5,1 -2,3
Indústria de transformação -11,5 -11,0 -10,1 -7,7 -2,9 0,8 2,1 4,6 2,0
Construção civil -1,2 3,9 -2,3 -10,8 -9,5 -9,2 -3,8 -1,9 -4,1
Comércio 0,0 -1,0 -2,8 -0,4 -1,3 0,0 2,4 1,2 1,5
Administração pública -3,9 -1,4 -2,1 -1,3 -3,1 -3,1 -2,9 -5,3 1,6
Transporte e Correios 4,3 5,0 5,2 2,2 10,3 2,9 2,6 -1,0 2,3
Alojamento e Alimentação 4,0 3,8 8,0 5,4 11,0 12,9 12,0 8,7 5,7
Intermediação financeira, Imobiliária e
-6,3 -10,0 -9,3 1,8 2,5 1,4 5,1 4,2 1,3
Serviços à empresas
Saúde e Educação 5,8 5,5 4,2 -0,4 -1,4 -0,4 2,0 2,9 3,8
Outros serviços 0,2 -0,5 2,3 4,0 2,1 7,8 5,0 8,7 10,4
Serviços domésticos 4,3 5,3 2,8 -3,7 -2,9 -2,9 0,4 4,2 2,5
Fonte: IBGE / Pnadc.
Elaboração: Grupo de Conjuntura da Dimac/Ipea.
A análise dos dados da PNADC, por tipo de vínculo, mostra, entretanto, algumas
especificidades. No caso da construção civil, observa-se que a queda registrada no
primeiro trimestre do ano veio, sobretudo, pela forte retração do emprego formal
no setor (-12,0%), tendo em vista que o número de trabalhadores sem carteira as-
sinada foi 4,0% maior que o observado no mesmo período de 2017 (tabela 5). De
fato, a PNADC mostra que, dos treze setores pesquisados, apenas cinco mostram
expansão do emprego formal em 2018.
16
TABELA 5
PNADC – População ocupada por setores e posição na ocupação - 1º trimestre de 2018
(Taxa de variação interanual, em %)
Taxa de variação internaual (%)
Com Carteira Sem Carteira Conta-Própria
TOTAL -1,2 6,0 3,8
5 Rendimentos
2.100 -1
-2
2.050 -3
-4
2.000 -5
fev-abr/12
out-dez/12
fev-abr/13
out-dez/13
fev-abr/14
out-dez/14
fev-abr/15
out-dez/15
fev-abr/16
out-dez/16
fev-abr/17
out-dez/17
fev-abr/18
jun-ago/12
jun-ago/13
jun-ago/14
jun-ago/15
jun-ago/16
jun-ago/17
abr-jun/12
ago-out/12
dez-fev/13
abr-jun/13
ago-out/13
dez-fev/14
abr-jun/14
ago-out/14
dez-fev/15
abr-jun/15
ago-out/15
dez-fev/16
abr-jun/16
ago-out/16
dez-fev/17
abr-jun/17
ago-out/17
dez-fev/18
3 De acordo com as notas metodológicas da PNADC, divulgadas pelo IBGE, o esquema de rotação da amostra adotado foi o 1-2(5). Neste
esquema o domicílio é entrevistado um mês e sai da amostra por dois meses seguidos, sendo esta sequência repetida cinco vezes.
17
De fato, ao se utilizarem os microdados da PNADC, e excluindo-se a informação
salarial desse indivíduo, verifica-se que não só a expansão dos rendimentos médios
reais, no passado, foi mais amena, como, também, recentemente, esta se mostra
mais intensa (gráfico 30).
mai-jul/16
jul-set/16
set-nov/16
out-dez/16
fev-abr/17
mai-jul/17
jul-set/17
set-nov/17
out-dez/17
fev-abr/18
jun-ago/16
jun-ago/17
jan-mar/16
mar-mai/16
abr-jun/16
ago-out/16
nov-jan/17
dez-fev/17
jan-mar/17
mar-mai/17
abr-jun/17
ago-out/17
nov-jan/18
dez-fev/18
jan-mar/18
0,0
2017.1 2017.2 2017.3 2017.4 2018.1 Privado- com carteira Privado - sem carteira
Ajustada original Público Conta própria
18
TABELA 6
PNADC – Rendimento médio real - Dados desagregados
(Taxa de variação interanual, em %)
2016 2017 2018
1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim. 1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim. 1º Trim.
Centro Oeste -4,2 -4,0 -1,6 0,4 2,5 2,4 1,4 3,5 2,7
Nordeste -4,3 -4,4 -3,9 0,8 3,6 4,6 3,5 4,2 1,6
Norte -7,6 -1,5 -3,8 -1,5 2,6 1,8 4,8 5,6 3,0
Sudeste -1,0 -4,1 -2,1 -0,7 -1,0 0,0 0,1 0,0 0,2
Sul -6,1 -4,6 -0,8 2,0 4,3 3,9 2,2 1,5 0,3
Masculino -3,7 -5,4 -2,7 0,1 1,1 2,5 2,2 2,6 1,7
Feminino -2,0 -1,6 -0,6 1,1 2,6 1,7 0,9 0,2 -0,4
18 a 24 anos -5,7 -3,1 -2,9 -1,1 1,7 0,1 1,4 0,5 -1,2
25 a 39 anos -2,2 -3,2 -2,4 1,1 1,2 1,7 0,9 1,2 1,0
40 a 59 anos -4,4 -5,8 -3,1 -1,2 0,8 2,0 2,1 2,1 0,7
60 anos ou mais -5,0 -5,7 1,0 0,1 2,0 3,4 0,4 0,1 0,9
Não Chefe de Família -0,9 -0,6 1,9 4,3 4,9 4,4 3,4 2,0 -0,6
Chefe de Família -4,6 -6,1 -4,1 -2,1 -0,6 0,7 0,6 1,7 2,2
GRÁFICO 32
Massa salarial real habitualmente recebida
(Valor absoluto e taxa de variação interanual)
200.000 8
195.000 6
190.000 4
185.000 2
R$ (em bilhões)
180.000 0
175.000 -2
170.000 -4
165.000 -6
fev-abr/12
out-dez/12
fev-abr/13
out-dez/13
fev-abr/14
out-dez/14
fev-abr/15
out-dez/15
fev-abr/16
out-dez/16
fev-abr/17
out-dez/17
fev-abr/18
jun-ago/12
jun-ago/13
jun-ago/14
jun-ago/15
jun-ago/16
jun-ago/17
abr-jun/12
ago-out/12
dez-fev/13
abr-jun/13
ago-out/13
dez-fev/14
abr-jun/14
ago-out/14
dez-fev/15
abr-jun/15
ago-out/15
dez-fev/16
abr-jun/16
ago-out/16
dez-fev/17
abr-jun/17
ago-out/17
dez-fev/18
19
ANEXO A
TABELA A1
Taxa de desocupação
(Em %)
2° T. 3° T. 4° 1° T. 2° T. 3° T. 4° 1° T. 2° T. 3° T. 4° 1° T. 2° T. 3° T. 4° T. 1° T.
UF
2014 2014 T.2014 2015 2015 2015 T.2015 2016 2016 2016 T.2016 2017 2017 2017 2017 2018
Rondônia 4,11 4,11 3,58 4,4 4,92 6,68 6,33 7,49 7,76 8,44 7,82 8,04 8,93 8,07 7,65 10,38
Acre 9,56 6,96 6,18 8,72 8,72 8,76 7,65 8,68 11,02 12,08 11,67 15,9 14,91 13,54 12,19 14,44
Amazonas 8,26 6,72 7,71 9,36 9,46 10,05 9,09 12,70 13,21 13,57 14,83 17,71 15,47 16 13,48 13,89
Roraima 5,24 6,27 6,31 8,9 7,77 9,3 8,07 8,27 7,98 9,71 9,22 10,34 10,84 8,91 9,35 10,31
Pará 7,02 7,18 6,98 9,17 8,94 8,42 8,61 10,03 10,86 10,96 12,67 13,81 11,39 11,12 10,65 12,18
Amapá 9,91 10,57 9,52 9,63 10,11 11,71 12,69 14,26 15,8 14,86 16,75 18,48 17,1 16,56 18,76 21,47
Tocantins 7,65 7,53 6,35 8,73 7,63 9,2 9,02 10,69 11,18 10,75 13,07 12,61 11,71 11,82 10,47 11,03
Maranhão 7,16 6,69 7,03 8,92 8,78 8,45 8,22 10,83 11,81 11,87 12,95 14,97 14,61 14,38 13,29 15,61
Piauí 7,01 6,10 5,93 7,7 7,66 7,63 7,18 9,56 9,88 9,38 8,83 12,58 13,52 12,03 13,28 13,17
Ceará 7,49 7,41 6,58 7,98 8,81 9,54 9,01 10,77 11,45 13,06 12,41 14,25 13,24 11,77 11,05 12,85
20
ANEXO B
TABELA B1 a
PNADC - Indicadores do mercado de trabalho
(Taxa de variação interanual, em %)
PO PEA
1º tri. 2º tri. 3º tri. 4º tri. 1º tri. 2º tri. 3º tri. 4º tri. 1º tri. 1º tri. 2º tri. 3º tri. 4º tri. 1º tri. 2º tri. 3º tri. 4º tri. 1º tri.
Brasil -1,5% -1,5% -2,4% -2,1% -1,9% -0,6% 1,6% 2,0% 1,8% 1,8% 1,8% 0,8% 1,3% 1,4% 1,3% 2,4% 1,8% 1,1%
Centro Oeste -1,3% 0,2% -0,4% -0,4% -4,2% -0,8% 1,9% 3,2% 3,9% 1,3% 2,7% 2,4% 3,5% 0,0% 0,6% 2,8% 1,5% 2,1%
Nordeste -3,7% -3,9% -6,4% -5,5% -4,9% -3,9% -0,2% 1,3% 0,9% -0,1% -0,7% -2,8% -1,2% -1,0% -0,9% 0,7% 0,7% 0,5%
Norte 0,3% -0,2% -2,9% -3,5% -0,5% 0,3% 2,0% 4,2% 3,7% 2,3% 2,8% -0,1% 1,0% 2,7% 2,5% 3,2% 2,5% 1,9%
Sudeste -1,1% -0,9% -1,1% -0,7% -0,8% 0,8% 1,8% 2,1% 2,2% 2,7% 2,9% 2,5% 2,5% 1,3% 1,2% 1,8% 2,4% 1,7%
Sul -0,1% -0,9% -0,6% -1,3% -0,1% 1,2% 4,0% 1,5% 0,4% 2,3% 1,8% 1,4% 0,8% 2,6% 2,2% 3,6% 1,5% -0,5%
Feminino -1,9% -2,1% -3,0% -1,5% -0,7% 0,6% 3,2% 3,5% 2,9% 1,6% 1,7% 0,6% 2,1% 2,9% 2,7% 4,0% 3,1% 2,0%
De 14 a 24 anos -8,2% -7,4% -9,1% -8,8% -5,1% -2,3% 2,2% 3,0% 1,3% 0,9% 1,8% -0,3% 0,1% 1,7% 1,6% 3,5% 2,0% 0,0%
De 25 a 39 anos -1,1% -1,3% -1,5% -1,4% -2,2% -1,1% 0,1% 0,4% 0,9% 1,2% 1,3% 0,9% 1,7% 1,1% 0,8% 0,6% 0,0% -0,1%
De 40 a 59 anos 2,2% 1,8% -0,5% -1,2% -0,8% -0,3% 1,6% 2,4% 1,8% 2,5% 2,5% 1,6% 1,0% 1,4% 1,2% 2,3% 2,4% 1,7%
Mais de 59anos 2,5% -0,5% -2,6% 3,1% 0,4% 3,7% 9,1% 7,1% 8,0% 3,7% 0,7% -1,7% 4,1% 1,8% 4,5% 9,8% 8,0% 8,0%
Não Chefe
-2,2% -1,1% -1,6% -1,3% -0,4% 0,7% 3,4% -89,6% 2,7% 2,1% 3,3% 2,4% 3,0% 3,3% 2,9% 4,0% 2,8% 1,6%
Família
Chefe Família -0,8% -2,0% -3,3% -3,0% -3,4% -2,0% -0,3% 0,4% 0,9% 1,3% 0,1% -1,1% -0,8% -0,9% -0,5% 0,3% 0,6% 0,6%
Fundamental
-4,2% -3,4% -5,9% -8,8% -7,4% -6,1% -2,7% -0,9% -1,1% -1,5% -0,6% -3,2% -5,3% -4,0% -3,7% -1,7% -1,3% -1,4%
incompleto
Fundamental
-6,9% -7,5% -11,0% -7,7% -9,1% -12,4% -7,0% -7,4% -8,8% -3,4% -3,5% -7,1% -4,0% -5,3% -10,1% -5,5% -7,2% -9,2%
completo
Médio
-9,6% -10,3% -6,2% 3,7% 4,3% 13,8% 14,0% 13,0% 10,1% -2,3% -2,7% 1,1% 11,5% 9,5% 15,6% 13,3% 10,6% 7,1%
incompleto
Médio completo 1,3% 1,6% 2,3% 0,2% 0,8% 1,6% 1,2% 4,4% 1,9% 5,1% 5,1% 5,9% 3,8% 4,2% 3,6% 2,1% 1,8% 1,1%
Superior 3,1% 2,0% 0,6% 4,6% 3,2% 4,7% 7,9% 6,6% 7,1% 5,2% 4,3% 2,3% 6,2% 5,0% 5,4% 7,9% 6,8% 6,5%
Região
-1,7% -1,8% -3,1% -3,0% -2,9% -1,0% 1,5% 2,4% 2,0% 1,3% 1,1% -0,6% -0,2% 0,2% 0,5% 2,2% 1,7% 0,9%
Metropolitana
Não Região
-1,2% -1,2% -1,6% -1,0% -0,4% -0,1% 1,8% 1,6% 1,6% 2,4% 2,7% 2,7% 3,3% 3,0% 2,4% 2,5% 1,9% 1,4%
Metropolitana
21
TABELA B1 b
PNADC - Indicadores do mercado de trabalho
(Taxa de variação interanual, em %)
PIA Taxa de participação
1º tri. 2º tri. 3º tri. 4º tri. 1º tri. 2º tri. 3º tri. 4º tri. 1º tri. 1º tri. 2º tri. 3º tri. 4º tri. 1º tri. 2º tri. 3º tri. 4º tri. 1º tri.
Brasil 1,1% 1,3% 1,2% 1,3% 1,2% 1,1% 1,3% 1,0% 1,0% 61,4% 61,6% 61,2% 61,4% 61,6% 61,7% 61,8% 61,8% 61,6%
Centro Oeste 1,7% 2,2% 2,0% 2,2% 2,5% 2,2% 3,0% 2,3% 2,3% 64,8% 65,5% 64,9% 65,6% 65,2% 65,7% 65,7% 65,1% 65,1%
Nordeste 1,2% 1,3% 1,5% 1,6% 1,6% 1,4% 1,2% 1,0% 0,6% 56,1% 56,0% 55,0% 55,0% 54,7% 54,8% 54,7% 54,9% 54,6%
Norte 2,1% 2,6% 2,3% 2,4% 0,6% 0,7% 1,1% 2,8% 2,5% 61,4% 61,3% 60,3% 60,5% 60,0% 60,3% 60,2% 60,4% 59,6%
Sudeste 0,7% 1,0% 0,7% 0,9% 1,0% 0,7% 0,8% 0,8% 0,8% 63,1% 63,5% 63,6% 63,8% 64,4% 64,6% 64,9% 64,8% 65,0%
Sul 1,1% 1,3% 1,3% 1,0% 2,0% 1,9% 2,4% 1,0% 0,6% 64,6% 64,3% 63,9% 64,3% 64,8% 64,6% 64,5% 64,7% 64,0%
Masculino 1,2% 1,5% 1,5% 1,4% 1,2% 1,1% 1,0% 0,7% 0,5% 72,7% 72,5% 72,0% 72,0% 72,0% 71,9% 72,0% 72,0% 71,9%
De 14 a 24 anos -0,2% 0,1% 0,5% 0,2% 0,7% 0,7% -0,1% -0,4% -1,4% 50,2% 50,3% 49,2% 49,7% 50,7% 50,8% 50,9% 51,0% 51,5%
De 25 a 39 anos 0,4% 0,8% 1,0% 1,2% 0,8% 0,3% -0,2% -0,6% -0,3% 81,7% 81,9% 81,7% 81,9% 82,0% 82,3% 82,3% 82,4% 82,1%
De 40 a 59 anos 2,9% 3,0% 2,0% 1,5% 1,7% 1,4% 2,0% 1,9% 1,4% 72,8% 72,9% 72,8% 72,7% 72,6% 72,8% 73,0% 73,1% 72,8%
Mais de 59 anos 3,2% 2,6% 1,6% 2,8% 1,5% 2,5% 4,4% 4,4% 5,0% 22,6% 22,5% 22,2% 22,8% 22,7% 23,0% 23,4% 23,5% 23,3%
Não Chefe Família 0,6% 1,3% 1,1% 1,3% 1,3% 1,0% 1,3% 0,9% 0,4% 56,9% 57,3% 57,0% 57,5% 58,0% 58,3% 58,6% 58,6% 58,7%
Chefe Família 1,7% 1,4% 1,4% 1,4% 1,0% 1,3% 1,4% 1,5% 1,8% 67,9% 67,6% 67,1% 66,8% 66,6% 66,4% 66,4% 66,2% 65,8%
Fundamental
-0,6% 0,5% -0,1% -2,3% -1,6% -1,7% -1,2% -1,3% -0,7% 46,5% 46,2% 45,1% 44,8% 45,3% 45,3% 44,8% 44,8% 45,0%
incompleto
Fundamental completo -3,8% -3,3% -4,9% -1,9% -3,8% -7,6% -5,9% -5,9% -7,9% 58,1% 58,4% 57,4% 58,3% 57,2% 56,8% 57,7% 57,5% 56,4%
Médio incompleto -2,4% -2,9% 0,8% 10,1% 7,3% 11,0% 8,1% 5,2% 2,8% 52,8% 53,9% 54,5% 55,3% 53,9% 56,1% 57,1% 58,1% 56,2%
Médio completo 4,4% 4,3% 5,3% 3,1% 3,3% 3,2% 2,0% 2,1% 2,0% 74,6% 75,2% 75,5% 75,6% 75,3% 75,5% 75,6% 75,4% 74,6%
Superior 4,5% 3,5% 2,1% 5,7% 4,7% 5,4% 7,4% 7,3% 7,1% 79,8% 80,1% 79,9% 80,4% 80,0% 80,1% 80,3% 80,1% 79,6%
Região Metropolitana 0,8% 1,2% 1,1% 1,3% 1,3% 1,2% 1,4% 1,1% 0,9% 60,1% 60,0% 59,2% 59,3% 59,5% 59,6% 59,7% 59,7% 59,5%
Não Região
Fonte: IBGE / Pnadc. 1,4%
Metropolitana
1,5% 1,3% 1,4% 1,0% 1,1% 1,2% 1,2% 1,1% 63,3% 63,8% 64,0% 64,3% 64,5% 64,6% 64,8% 64,7% 64,7%
Elaboração: Grupo de Conjuntura da Dimac/Ipea.
22
Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac)
Grupo de Conjuntura
Equipe Técnica:
Christian Vonbun
Estêvão Kopschitz Xavier Bastos
Leonardo Mello de Carvalho
Marcelo Nonnenberg
Maria Andréia Parente Lameiras
Mônica Mora Y Araujo de Couto e Silva Pessoa
Paulo Mansur Levy
Vinicius dos Santos Cerqueira
Equipe de Assistentes:
As opiniões emitidas nesta publicação são de exclusiva e inteira responsabilidade dos autores, não
exprimindo, necessariamente, o ponto de vista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ou do
Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.
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