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DEPARTAMENTO DE ELETROELETRÔNICA
CURSO TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA
São Luís
2021
ANDRÉ VINICIUS NASCIMENTO DOS ANJOS
São Luís
2021
Dos Anjos, André Vinicius Nascimento
Subestações de Potência: principais equipamentos e suas funções / André Vinicius
Nascimento dos Anjos. – São Luís, 2021.
N° de folhas f. 50
Impresso por computador (fotocópia).
Orientador: Rodrigo José Albuquerque Frazão.
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC-Técnico) – Instituto Federal do Maranhão,
Curso técnico de Eletrotécnica, 2021.
1. Subestação de Potência. 2. Equipamentos – Funcionamento. I. Título
1
RESUMO
ABSTRACT
Keywords: Electric Power System. Electric Power Substation. Equipment. Power Flows.
Protection.
4
LISTA DE FIGURAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................06
1.1 Generalidades.................................................................................................................06
1.2 Objetivos........................................................................................................................06
1.3 Estrutura da trabalho......................................................................................................06
2 SUBESTAÇÕES DE POTÊNCIA......................................................................................08
2.1 Introdução.................................................................................................................08
2.2 Transformador de Potência...................................................................................09
2.2.1 Princípio de funcionamento..............................................................................09
2.2.2 Partes Integrantes..............................................................................................12
2.2.3 Localização abrigada através de barreiras corta-fogo.......................................13
2.3 Equipamentos da Estrutura do Sistema de Proteção..........................................14
2.3.1 Transformador de Corrente(TC).......................................................................15
2.3.2 Transformador de Potencial (TP)......................................................................17
2.3.2.1 TP indutivo (TPI)..................................................................................18
2.3.2.2 TP capacitivo (TPC)..............................................................................18
2.3.3 Disjuntores de potência (DP)............................................................................19
2.3.4 Relés de proteção..............................................................................................21
2.4 Equipamentos de Manobra....................................................................................23
2.4.1 Chaves seccionadoras.......................................................................................23
2.5 Outros componentes e/ou equipamentos...............................................................24
2.5.1 Banco de capacitores.........................................................................................24
2.5.2 Barramentos......................................................................................................25
2.5.3 Cadeia de isoladores..........................................................................................28
2.5.4 Malha de aterramento........................................................................................29
3 CONCLUSÃO......................................................................................................................31
REFERÊNCIAS...............................................................................................................32
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1 INTRODUÇÃO
1.1 Generalidades
A eletricidade move o mundo moderno, uma vez que ela está diretamente associada
às nossas ações cotidianas. A história da civilização moderna começou há alguns séculos
atrelada ao surgimento dos geradores síncronos e de toda uma infraestrutura de transmissão de
energia elétrica, infraestrutura essa em que as subestações de potência são partes integrantes.
A subestação de potência é uma instalação com um conjunto de equipamentos elétricos
conectados em uma sequência definida, utilizados para direcionar o fluxo de potência para
diversas partes de um Sistema de Energia Elétrica (SEE) e para protegê-lo face às contingências
que podem surgir, em especial, curtos-circuitos.
Na medida em que a demanda por energia elétrica aumenta cada vez mais, as
subestações de potência precisam ser expandidas e suas complexidades operativas aumentam
na mesma proporção. Nesse contexto, há uma necessidade contínua por inovação, de modo que
os principais equipamentos encontrados nas subestações possam ser mais eficientes e
confiáveis. Face ao exposto, é de suma importância conhecer e caracterizar esses equipamentos,
assim como as funções que desempenham, uma vez que este campo de pesquisa é considerado
como um dos mais desafiadores e instigantes da engenharia elétrica.
1.2 Objetivos
O presente trabalho tem por objetivo apresentar, de forma didática, os principais equipamentos
encontrados em subestações de potência, mostrar suas características e particularidades no que
tange o princípio de operação, além de caracterizar as funções que desempenham.
a) O capítulo 01 (um) tem por objetivo fornecer informações pertinentes sobre o trabalho
apresentado.
7
2 SUBESTAÇÕES DE POTÊNCIA
2.1 Introdução
𝑑
𝑣2 (𝑡) = 𝑁2 𝜆(𝑡). (1)
𝑑𝑡
𝑑
𝑣1 (𝑡) = 𝑁1 Φ(𝑡) (2)
𝑑𝑡
𝑑
𝑣2 (𝑡) = 𝑁2 Φ(𝑡). (3)
𝑑𝑡
A razão entre as Equações (2) e (3) gera a Equação (4) que expressa a relação entre
a tensão aplicada no primário e a tensão induzida no secundário
𝑣1 (𝑡) 𝑁1
= .
𝑣2 (𝑡) 𝑁2 (4)
𝑖1 (𝑡) 𝑁2
= .
𝑖2 (𝑡) 𝑁1 (4)
primária é chamado abaixador, portanto, essa subestação será denominada abaixadora, haja
vista que nela as elevadas tensões de transmissão são reduzidas para níveis de subtransmissão.
A partir dessa subestação, a tensão é reduzida gradativamente até os níveis de distribuição
secundária.
construídas em concreto armado, porém, elas também podem ser construídas em metal
combinado com material anti-chama. É de suma importância comentar que, independentemente
do material empregado na construção, a barreira corta-fogo deve suportar, no mínimo, 2 horas
de incêndio sem perder suas características de proteção contra a propagação das chamas e
irradiação do calor. Visando fomentar a compreensão, a Figura 6 ilustra como uma barreira
corta-fogo é usada para proteger dois transformadores adjacentes. Na prática, ela deve se
estender pelo menos 60 cm horizontalmente (“d”) e 30 cm verticalmente (“e”) além de qualquer
componente do transformador, incluindo as buchas e o sistema de refrigeração
(ALBUQUERQUE, 2017 apud CIGRE, 2013).
como, por exemplo, os de uma linha de transmissão de 500 kV, para tanto, faz-se o uso
obrigatório dos transformadores de instrumentação de corrente (TC) e de potencial (TP) para a
aquisição, redução da magnitude e condicionamento desses sinais. Posteriormente, os sinais
oriundos dos TCs e TPs são enviados aos elementos centrais do sistema de proteção, os relés
de proteção, sobretudo digitais.
Os dados oriundos dos relés são tratados e processados por uma poderosa
ferramenta computacional denominada Supervisório de Controle e Aquisição de Dados
(SCADA), cuja função é proporcionar soluções funcionais e completamente integradas para o
sistema elétrico. Os disjuntores são dispositivos de atuação alocados de modo a assegurar que
cada gerador, transformador de potência, barramento, linha de transmissão, etc., possam ser
completamente desconectados do resto do sistema uma vez que um dado relé dê o comando
para tal desligamento. Essa constatação evidencia que TCs, TPs, relés, SCADA e disjuntores
trabalham em conjunto para minimizar os efeitos do curto-circuito e maximizar a qualidade dos
serviços. De posse da explanação sobre a estrutura do sistema de proteção, cada equipamento
será apresentado em detalhes nas subseções subsequentes.
o seu núcleo seja magnetizado corretamente. Portanto, nunca, jamais, em tempo algum o
secundário do TC deve operar em aberto (sem impedância) (ALBUQUERQUE, 2017).
Ainda de acordo com (ALBUQUERQUE, 2017), uma impedância vista no
secundário assegura uma correta operação do TC, contudo, ela também pode ser usada para fins
de condicionamento do sinal que será enviado ao relé digital. Para tanto, vamos considerar a
Figura 9 (a). Podemos observar que a corrente secundária (|𝐼𝑆𝐸𝐶 |) atravessa impedâncias
puramente resistivas (Z) conectadas em série, assim, com base na 1a lei de Ohm e na regra do
divisor de tensão, adequadas relações de tensão podem ser obtidas. Caso a corrente secundária
seja elevada, de modo que simples relações de tensão não assegurem uma conformidade
adequada, transformadores de corrente auxiliares (𝑇𝐶𝑎𝑢𝑥 ) são empregados, como mostra a
Figura 9 (b). Claramente, pode-se observar que o sinal medido pelo relé é de tensão. Uma vez
que o relé infere esse valor e é conhecido previamente o valor da impedância resistiva no
secundário do TC, o relé pode determinar com precisão o valor da corrente elétrica no
secundário e, posteriormente, inferir a corrente no primário através da RTC do transformador.
de Potencial (RTP) é igual à razão entre a tensão do primário (VP) e a do secundário (VS), ou
seja, VP/VS. A seguir, será mostrado os tipos de TPs encontrados em subestações de potência.
tensão, como mostra a Figura 11. Na prática, o seu princípio de funcionamento baseia-se no
efeito capacitivo, ou seja, pode-se fazer uma analogia com diversas “impedâncias capacitivas”
conectadas em série, de tal forma a reduzir a tensão no primário a níveis tratáveis pelos relés
digitais conectados no seu secundário. É de suma importância salientar que existem tipos de
TPCs que não são aplicados necessariamente no processo de medição, mas sim para fins de
comunicação. Em outras palavras, pode-se enviar sinais de comunicação entre subestações
através desses TPCs especiais, todavia, a abordagem desse tipo de TPC foge do escopo do
presente trabalho.
relé digital envia um sinal de comando que ativa as bobinas de abertura e fechamento do
mecanismo de ruptura alocado dentro das câmaras de extinção do disjuntor.
Esse mecanismo é operado através de um sistema de molas altamente tensionadas,
cujo tempo de atuação é da ordem de frações de segundo. Todavia, por mais que a operação
desse mecanismo seja extremamente rápida, a intensidade da corrente de curto-circuito pode
ser tão elevada que no momento da sua interrupção, perigosos arcos elétricos surgem nas
câmaras de extinção que recebem esse nome justamente pelo fato de extingui-los usando meios
isolantes. Face ao exposto, o que caracteriza um tipo de disjuntor é a forma como o arco elétrico
é extinto dentro de suas câmaras, assim, os principais tipos são: a vácuo, a óleo, a ar
comprimido, e a gás hexafluoreto de enxofre (SF6).
Os disjuntores a gás SF6 apresentam desempenho elevado no que tange a
eliminação dos arcos elétricos, pois esse gás possui melhores propriedades isolantes (inerte,
inodoro, não inflamável e quimicamente estável). Contudo, embora seja uma possibilidade
remota, o gás SF6 pode ser potencialmente perigoso para os operadores de subestações, pois,
na ocorrência de vazamento em instalações fechadas, ele tende a se acumular nas partes mais
baixas do local ocasionando níveis baixíssimos de oxigênio, podendo ocasionar asfixia. A
probabilidade de ocorrência de um evento dessa natureza é extremamente baixa, porém, ela
deve ser considerada, pois, é nas baixas probabilidades onde ocorrem os piores acidentes. Nas
Figuras 12 e 13 são mostrados disjuntores Y e T (jargão técnico), claramente denominados
dessa forma por causa dos seus formatos. Salienta-se que disjuntores a vácuo, a óleo, a ar
comprimido ou a gás SF6 podem ter qualquer um desses formatos.
É de suma importância salientar que, apesar dos relés digitais serem amplamente
utilizados, relés analógicos ainda estão presentes nas subestações de potência, sendo o relé
Buchholz um dos mais eminentes. Sua função consiste na proteção dos transformadores de
potência (ver Subseção 2.2.2). Na prática, o objetivo do relé Buchholz, mostrado na Figura 16,
é monitorar continuamente o transformador, para detectar condições anormais de formação de
gás quando ocorre falhas internas ao transformador. Os relés Buchholz são conectados em série
com o duto de óleo que conecta o tanque principal ao reservatório de expansão, de forma que o
gás gerado possa ser capturado e retido na câmara do relé. Ao atingir um dado volume, boias
no interior do relé acionam tanto um contato de alarme, assim como os contatos do disjuntor
que protege o transformador (ALBUQUERQUE, 2017).
2.5.2 Barramentos
Cadeias de isoladores são usadas como isolantes entre o circuito energizado e suas
estruturas de sustentação. Segundo (PEREIRA, 2017), os principais tipos de materiais
dielétricos utilizados nos isoladores são a porcelana vitrificada, vidro temperado, e poliméricos,
podendo assumir diversos formatos e tamanhos de acordo com o uso a que se destinam.
Na Figura 27, é mostrado o corte transversal de um isolador de vidro, sendo composto
basicamente por materiais dielétricos e ferragens para fins de suspensão e conexão.
subestações, é utilizada uma rede de aterramento, ou seja, um conjunto de cabos de cobre que
formam uma malha elétrica. O tamanho e a configuração exata da malha variam de subestação
para subestação, pois, é necessário o conhecimento de dados específicos, tais como:
✓ Resistividade do solo;
✓ Corrente máxima de curto-circuito entre fase e terra;
✓ Resistência máxima do solo;
Algumas curiosidade sobre a malha de aterramento, em geral, são desconhecidas,
como por exemplo:
✓ A sua área deve ser maior que a da subestação;
✓ É aconselhado que os cantos da malha sejam arredondados para facilitar o fluxo da
corrente de curto-circuito nesse entorno;
✓ Hastes de cobre precisam ser instaladas perto da rede de aterramento para facilitar o
fluxo da corrente de curto-circuito em direção à terrra.
Salienta-se que essas hastes devem ser alocadas ao longo de toda a periferia da
malha e também no entorno do aterramento dos equipamentos, como transformadores de
instrumentação, disjuntores, chaves seccionadoras e transformadores de potência. A Figura 29
ilustra a malha de aterramento de uma subestação de potência.
3. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
1. ABB, 2021.
Disponível online: https://new.abb.com/news/detail/49379/abb-lowers-environmental-
impact-of-high-voltage-transformers
5. ARROW, 2021.
Disponível online: https://www.arrow.com/en/research-and-events/articles/capacitor-
banks-benefit-an-energy-focused-world
6. ARTECHE, 2021.
Disponível online: https://www.arteche.com/pt/transformadores-de-potencial-capacitivos-
e-condensadores-de-acoplamento-de-alta-tensao
13. MAMEDE, J. & MAMEDE, D. Proteção de Sistemas Elétricos de Potência. LTC, 2011.
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