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Agira Mussa Assumaila

Aissa Chabane Júlio


Domingas Marcelino Martinho
Fernando Bill Chicote
Fátima Fabião
Hortência da paz Armando

4º Grupo, turma “A”


Leitura no Processo de Ensino - Aprendizagem

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2021
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Leitura no Processo de Ensino e Aprendizagem

Trabalho da Cadeira de Didáctica do


Português II, para fins avaliativos,
sob orientação da

Universidade Rovuma

Extensão de Niassa

2021

Índice
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1. Introdução......................................................................................................................2

1.1. Objectivos do Trabalho...........................................................................................3

1.1.1. Objectivo Geral................................................................................................3

1.1.2. Objectivos Específicos.....................................................................................3

2. A leitura no Processo de Ensino e Aprendizagem.........................................................3

2.1. Conceitos de Leitura...............................................................................................3

2.2. Ensino da Leitura....................................................................................................5

2.3. Modelos de Aprendizagem da Leitura....................................................................5

2.4. Os principais Modelos de Leitura...........................................................................6

2.5. Métodos do Ensino da Leitura................................................................................6

2.6. Tipos de Leitura......................................................................................................8

2.7. Fases da leitura informativa ou de estudo...............................................................8

2.8. Modalidades de leitura no PEA..............................................................................9

2.9. Importância da Leitura no PEA................................................................................10

4. Conclusão.................................................................................................................11

5. Bibliografia..............................................................................................................12
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1. Introdução

Quando falamos em leitura, parece que estamos nos referindo a algo subjectivo;
no entanto, uma das características da leitura é que ela permite ao indivíduo ter acesso a
informações e ao conhecimento produzido no mundo. De acordo com Freire (2011), o
indivíduo, antes de adquirir a leitura da palavra, já tem a leitura do mundo, mas esta só se
completa e se descortina ao sujeito se este tem o domínio da palavra. A leitura é uma
ferramenta essencial à aprendizagem e a aquisição do hábito de ler é um processo muito
importante para o desenvolvimento intelectual. Neste sentido, o presente trabalho da
cadeira de Didáctica do Português II, versa sobre a Leitura no Processo de Ensino e
Aprendizagem. Deste modo, para a realização do trabalho, recorremos a algumas
referências bibliográficas de autores que debruçam sobre o tema. E traçamos os seguintes
objectivos:

1.1. Objectivos do Trabalho

1.1.1. Objectivo Geral

 Conhecer a importância e as modalidades de leitura no Processo de Ensino e


Aprendizagem.

1.1.2. Objectivos Específicos

 Dar a definição de leitura no Processo de Ensino e Aprendizagem;


 Identificar as modalidades de leitura no Processo de Ensino e Aprendizagem;
 Caracterizar as modalidades de leitura no Processo de Ensino e Aprendizagem.
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2. A leitura no Processo de Ensino e Aprendizagem

2.1. Conceitos de Leitura

O tema leitura tem sido amplamente discutido nos meios académicos, uma vez
que no processo de alfabetização precede a aprendizagem da escrita.

Segundo Fereira a leitura é o processo de puder compreender o que esteja lendo e


não apenas descodificar os símbolos gráficos deve haver uma percepção crítica,
interpretação e reescrita do que foi lido. A leitura deve acontecer como um todo, ou seja,
deve ser lida a realidade, por meio de uma pintura, imagem, música expressões
corporais, faciais e outras formas de arte não apenas as palavras.
A leitura é um processo de compreensão de mundo que envolve características
essenciais singulares do homem, levando a sua capacidade simbólica e de interacção com
outra palavra de mediação marcada no contexto social.

2.2. Ensino da Leitura

Segundo FONSECA citado por HEATON (1999), & WINTERSON, (1996) para
uma abordagem cognitiva do acto de ler, é necessário não esquecer que a aprendizagem
da leitura corresponde à correspondência entre uma linguagem já existente e dominada (a
linguagem auditiva) e aquela que a substitui (a linguagem visual) não sendo a mesma
coisa do que a aprendizagem de uma língua estrangeira.

A aprendizagem da leitura assenta na correspondência entre sinais. Sinais


auditivos (fonéticos) pelos sinais visuais (gráficos), ou seja, a descodificação de símbolos
gráficos (grafemas ou letras) e a sua associação com as componentes auditivas (fonemas)
que lhes dão significado.
Durante a aprendizagem da leitura é possível identificar diferentes estratégias
usadas pelos alunos para aprender a ler. Para adquirirem esta competência, as crianças
passam por duas fases distintas:
 Necessitam de desenvolver a capacidade de tratar o código e de tratar
conceptualmente o texto.
Segundo MORAIS (2010), são necessárias três condições para que os alunos aprendam a
ler:
 Pô-los em contacto regular com os símbolos;
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 Apresentar os símbolos em sequências espaciais e temporais seleccionadas e


organizadas de forma a representarem fidedignamente a linguagem; e
 Que o professor saiba fazer compreender o que os símbolos simbolizam e o
motivo da sua estruturação.

2.3. Modelos de Aprendizagem da Leitura

Existem diferentes modelos explicativos do processo de leitura devido às


diferentes teorias que lhes estão subjacentes (SEVERINO ,2002, p. 51-58).
2.4. Os principais Modelos de Leitura

 Os modelos ascendentes,
 Descendentes
 e os modelos interactivos.
1. Os modelos de processamento ascendente ou de baixo para cima (bottomup)
Assentam na ideia que a informação vai dos níveis simples e inferiores para os
mais complexos e superiores de forma unilateral, isto é, desde o reconhecimento
visual das letras até ao processamento semântico do texto.
2. Os modelos de processamento descendente ou de cima para baixo (top-down):
Sugerem que a informação proveniente dos níveis superiores vai atingir o
processamento dos níveis inferiores, ou seja, os conhecimentos prévios do leitor
vão surtir impacto na interpretação do texto.
3. Os modelos interactivos foram desenvolvidos na tentativa de fornecer uma
explicação isenta das críticas dirigidas aos modelos anteriores, advogando a
existência de um processamento em paralelo dos diferentes níveis, de uma
interacção constante entre ambos.
Esta abordagem descreve que a leitura deriva do processamento ascendente e
descendente e depende do texto, dos conhecimentos prévios do leitor e da automatização
dos processos. (CRUZ, 2007).
Compreender um texto é um processo interactivo entre o conhecimento anterior
do leitor, que se encontra armazenado em esquemas, e o texto.
Esquemas são estruturas mentais que o sujeito constrói na interacção com o ambiente, e
que organiza seu conhecimento e o modo de usá-lo. (CRUZ, 2007).
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2.5. Métodos do Ensino da Leitura

A aprendizagem da leitura, como qualquer outra aprendizagem, é um processo


activo, motivado e participado por parte do aprendiz, sendo por este motivo que a
aprendizagem vai depender da entrega e do esforço do leitor. Isto significa que o factor
determinante para alcançar o êxito ou o fracasso na aprendizagem da leitura é o
envolvimento do aprendiz no acto de ler, remetendo para segundo plano, a metodologia
adoptada, ou seja o método escolhido para a aprendizagem da leitura (SEVERINO,,
2002).

Não obstante ao que anteriormente foi descrito, o ensino da leitura é relatado em dois
níveis distintos: ao nível da instrução e ao nível da reeducação (Das et al, 2001).
i. Relativamente à instrução, esta diz respeito ao ensino, ou seja, a transmissão de
conhecimentos por parte do professor ao aluno, para que este último desenvolva
as competências da leitura.
ii. A reeducação consiste na remediação das dificuldades na leitura. Esta só acontece
se a instrução não for bem-sucedida, isto é, se após uma instrução adequada, o
aluno não desenvolver as competências da leitura.
Existem diversas teorias que pretendem explicar qual o melhor modo para as crianças
aprenderem a ler. Desta forma, prevalecem duas posturas sobre o ensino da leitura, que
englobam todos os outros métodos: os métodos globais ou analíticos e os métodos
fónicos ou sintéticos.
Os métodos globais são fundamentados segundo uma perspectiva descendente,
através da qual, os alunos devem conhecer os significados das palavras, ou seja, orientam
os processos que permitem extrair significado da linguagem escrita. Os métodos globais
fomentam a via visual, directa ou léxico, promovendo o processamento visual das
palavras.
Método fónico ou sintético
Segundo Halldran, Kaufman e Lloyd (1999). Os métodos fónicos consistem em
ensinar aos alunos, de forma explícita, o modo de converter letras em sons e depois
combinar os fonemas para formar palavras reconhecíveis. Este tipo de instrução ensina às
crianças a relação entre as letras da linguagem escrita e os sons individuais da linguagem
falada. De forma geral este método parte das unidades sublexicais (letras e sílabas) as
unidades simples, para as estruturas mais complexas (palavras, frases e textos) de acordo
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com quatro fases: leitura de letras, leitura de sílabas, leitura de palavras e leitura de
frases.

2.6. Tipos de Leitura

Dentre os diversos tipos de leitura apresentados por muitos autores, podemos


sintetizar, com base em Andrade (1999)

I) leitura de reconhecimento ou pré-leitura: também classificada por outros


autores como leitura prévia ou de contacto, tem como finalidade dar uma visão global do
assunto, ao mesmo tempo em que permite ao leitor verificar a existência ou não de
informações úteis para o seu objectivo específico; tratasse de uma leitura rápida, “por
alto”, apenas para permitir um primeiro contacto com o texto;
II) leitura selectiva : o objectivo é a selecção de informações mais importantes e
que interessam à elaboração do trabalho em perspectiva;
III) leitura crítica ou reflexiva: leitura de análise e avaliação das informações e
das intenções do autor. A reflexão se dá por meio da análise, comparação e julgamento
das ideias contidas no texto;
IV) leitura interpretativa: é a mais completa, é o estudo aprofundado das ideias
principais, onde se procura saber o que realmente o autor afirma, quais os dados e
informações ele oferece, além de correlacionar as afirmações do autor com os problemas
em questão. Feita a análise e o julgamento daquilo que foi lido, o leitor está apto agora
para fazer a síntese de tudo o que leu, a integrar os dados descobertos durante a leitura ao
seu cabedal de conhecimentos. (ANDRADE, 1999, p.15).

2.8. Modalidades de leitura no PEA


 Permite aperfeiçoar a capacidade
de ler em voz alta;
Leitura em voz alta feita pelo professor  Contribui para reforçar o espírito
com apoio nas imagens do livro e/ou nas de equipa;
palavras e frases  Permite um controlo natural das
distracções.
 Ouvir ler bem o que se está a ler
em silêncio facilita a compreensão
do texto;
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 A melhor compreensão do texto assegura


Leitura silenciosa feita pelos alunos maior adesão ao livro e ao acto de ler;
 Ouvir ler com a entoação
correcta proporciona um bom
modelo para a leitura pessoal;
 Resulta particularmente lúdica;
 Permite envolver no mesmo grupo
alunos com diferentes níveis de domínio
Leitura em coro ou estilo “jograis” de leitura e suscita entreajuda; natural;
 Permite que se estabeleçam novos laços
afectivos e se resolvam pequenos
conflitos.
 Resulta particularmente lúdica;
 Permite auto-avaliação e auto correcção
 Pode ser enquadrados em programas de
Leitura gravada seguida de audição rádio simulados na aula ou;
eventualmente a emitir para a escola.
 Permite variar as situações de sala de
aula;
 Permite pôr os alunos em contacto com
pessoas de diferentes profissões Permite
Leitura feita por um convidado envolver encarregados de educação.

2.9. Importância da Leitura no PEA

Segundo ABAURRE, (2002, p123), a leitura promove a reflexão e favorece um


raciocínio claro. Dessa forma, o aluno adquire uma posição activa em seu processo de
aprendizagem, pois percebe que é capaz de se posicionar diante do conhecimento. Além
de questionar e formular argumentos bem fundamentados.

Quanto mais o indivíduo lê, mais ele melhora seu vocabulário, acrescentando
palavras novas, como também tem maiores e melhores condições de argumentar sobre os
mais variados assuntos, sem tornar seus textos redundantes, sem coerência e coesão. Ao
ler as pessoas aumentam seus conhecimentos, sua capacidade crítica e reflexiva.
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Objectivos da leitura no PA

Ler para obter informações precisas;


Ler para aprender;
Ler para seguir instruçães;
Ler para obter uma informação de carácter geral.

4. Conclusão
Considerando que a globalização nos traz mudanças constantes, torna-se indispensável
que as pessoas necessitam manter-se actualizadas e adquiram o hábito da leitura, uma vez
que precisam constantemente se inteirar das novas informações dos acontecimentos na
sociedade quanto a tudo que ocorre na sociedade. Portanto, podemos dizer que a leitura é
fundamental, pois todos os veículos de comunicação exigem que seus usuários façam
leitura de suas reportagens, textos, etc., então, é muito importante que este indivíduo
tenha consciência e conhecimento a respeito da importância de ler. Para falar em
educação como instrumento de acção reflexiva é preciso falar da importância da leitura
na educação, visto que a leitura é um instrumento que proporciona melhoria da condição
social e humana.
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5. Bibliografia
1. ABAURRE, Maria Luiza; PONTARA, Marcela Nogueira; FADEL, Tatiana.
Português: língua e literatura. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2002.
2. ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho
científico. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
3. CRUZ, V. Dificuldades de Aprendizagem: Fundamentos. Coleção Educação
Especial. Porto: Porto Editora, 1999.
4. FONSECA, Vítor da. Cognição, Neuropsicologia e Aprendizagem: abordagem
neuropsicológica e psicopedagógica. 3 ed. Petrópolis (RJ): Vozes, 2007.
5. FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam.

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