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Revisando a História

2020-04-03 06:04:55 Redação

Siegfried Ellwanger Castan

Siegfried Ellwanger Castan, proprietário da Editora Revisão, é entrevistado pelo jornalista Orestes Andrade Júnior, de Porto Alegre.
A entrevista foi publicada no Jornal das Missões a 24 de janeiro de 1998. “Querer impedir a opinião de qualquer pessoa, é
discriminação, é violência, é gol contra!”

Siegfried Ellwanger Castan é brasileiro, nasceu em Candelária, Rio Grande do Sul. É o fundador e proprietário da editora mais
polêmica do Brasil – a editora Revisão. Sua origem é de família humilde, vendia pastéis e rapaduras que eram feitos por sua mãe.
Em 1946 alistou-se como voluntário no Corpo de Fuzileiros Navais do Rio de Janeiro, onde serviu por quase três anos. Foi
designado para trabalhar como escriturário no Estado Maior dessa Corporação, iniciando as suas leituras sobre a 2ª Guerra
Mundial, aproveitando o amplo tempo disponível. Comandou sua própria no ramo de comércio industrial de ferros e aço, que dirigiu
durante mais de vinte anos, quando vendeu o controle acionário para outra firma gaúcha.

Depois da venda de sua firma, S. E. Castan (como é conhecido), como pesquisador, colecionador e leitor de assuntos sobre a 2ª
Guerra Mundial, começou a achar falhas e contradições, segundo ele, nas versões acerca da mesma. Resolveu, então, visitar
campos de concentração na Alemanha e na Polônia. Viajou por muitos países. Estudou, igualmente, depoimentos de muitos
sobreviventes da guerra, o que acabou gerando seu primeiro livro: “Holocausto Judeu ou Alemão? Nos Bastidores da Mentira do
Século”, que se transformou num grande sucesso de vendas e, com certeza, um dos livros mais polêmicos e perseguidos do Brasil.
encontra-se, atualmente, na 29ª edição. Foi traduzido para o inglês, o Espanhol e o Alemão.

É ainda autor do livro “Acabou o gás… O fim de um Mito”, obra que procura provar, através de um relatório de um norte-americano,
Fred Leuchter Jr., a impossibilidade de terem existido câmaras de gás para execução de pessoas nos campos de concentração de
Auschwitz, Birkenau e Majdanek. Escreveu “S.O.S. para Alemanha”, uma espécie de continuação de seu primeiro livro e também “A
implosão da Mentira do Século”, contendo entre várias coisas, um relatório polonês a respeito das câmaras de gás de Auschwitz.
Fundou a editora Revisão no ano de 1998 e desde lá vem publicando diversos livros de diversos autores de sua preferência.
Fundou também, em 1994, o Centro de Pesquisas Históricas, que visa, conforme o estatuto, o correto esclarecimento à população
em geral de qualquer controvérsia histórica.

O Jornal das Missões inicia, nesta edição, a publicação de uma entrevista, exclusiva e inédita no Brasil, com uma das
personalidades mais polêmicas de nosso país, o revisionista S. E. Castan. O autor de livros nem um pouco politicamente correto é
refratário a qualquer tipo de contato com a imprensa, devido à forma pouco profissional com que fora recebido até agora. Suas
declarações, repito, são inéditas e exclusivas. Aliás, por ocasião da notícia, repercutida pela grande imprensa nacional e
internacional, de que 8 alunos do Colégio Militar de Porto Alegre teriam como maior ídolo o personagem histórico Adolf Hitler, a
única declaração dada por ele sobre o assunto foi concedida ao JM.

Leia, abaixo, a primeira parte, de um total de quatro, desta série especial “REVISANDO A HISTÓRIA”, que além de tratar da
questão da revisão da história, incide, entre outras coisas, sobre o tema da liberdade de expressão, tão em pauta nas discussões
nacionais dos dias correntes.

A Entrevista

Revisionismo

Orestes de Andrade Júnior: Qual a razão de o senhor ter trocado sua atividade como industrial pela carreira de escritor
revisionista?

Siegfried Ellwanger Castan: Olha, tudo que eu queria era contar o que eu tinha visto e estudado, durante minhas viagens e
leituras sobre a 2ª Guerra Mundial, principalmente sobre o suposto holocausto judeu. Porque o que estão querendo é que todo
mundo pense de uma forma só. Começa que eu estou na minha pátria e não vou aceitar que gente com dupla nacionalidade, ou
estrangeiros, venham interferir sobre o meu pensamento, no que eu estudei e estou fazendo. De jeito nenhum. E, ainda mais, o
sujeito quando tá com a verdade enfrenta qualquer coisa. Nós estamos muito certos, muito conscientes do que estamos fazendo.
Se eu tivesse medo não faria o que estou fazendo. Eu não faço outra coisa, a não ser isso, nos últimos 15 anos, “full time”, só isso.
Estou colocando a minha vida nisto.E posso dizer que é um trabalho muito gratificante.

OAJ: Em que se fundamenta o trabalho da editora Revisão? Quais são os objetivos?

SEC: O objetivo é revisar a história. Eu faço isso há mais de 25 anos, lendo e estudando história. E aí nós divulgamos o que nós
conhecemos. Tudo é divulgado.
OAJ: O que significa revisar a história?

SEC: É conferir. Revisar é conferir. Nós estamos conferindo a história mentirosa que nos foi atirada no cérebro, já pouco antes da
2ª Guerra Mundial, e principalmente depois dela, e até o que hoje, diariamente, nos empurram. Histórias fabricadas em Hollywood
por testemunhas mentirosas, mentem desaforadamente. E nós, então, conferimos e divulgamos a nova versão.

OAJ: Há algum fundamento científico nas afirmações que vocês fazem?

SEC: Totalmente. Tudo que nós publicamos é facilmente comprovável.

OAJ: As fontes utilizadas por vocês são conseguidas de que maneira?

SEC: Lendo, não há outra maneira. E sabendo outro idioma além do português, isso é muito importante. O cara que só sabe
português, só olha televisão e assiste esses filmes nojentos que passam por aí, não tem acesso a nada. É preciso saber espanhol,
bem. Há muita coisa, também, em inglês e alemão. Aí é só procurar nos livros de história, catando certinho se encontra coisas
fabulosas. Inclusive muito do que nós publicamos é oriundo da França, Inglaterra, dos EUA, países que combateram a Alemanha. O
importante a dizer é que nós não inventamos nada, tudo tem fundamento e segurança no que nós estamos fazendo e afirmando.

OAJ: O sr. pode citar alguns autores que servem de referência a vocês?

SEC: (Pensativo) Assim… eu não me lembraria de memória, mas são todos citados em nossos livros, tu pode conferir.

OAJ: O sr. conta com a ajuda de alguém para realizar este trabalho?

SEC: Não, de ninguém. Toda a pesquisa é feita por mim mesmo. Agora, com o monte de livros que nós publicamos, chegam,
diariamente, muitas informações de leitores, que leem em outros idiomas, e têm acesso a uma vasta bibliografia. Recebo, assim,
um enorme material, contribuindo ainda mais para o meu arquivo, que é fantástico.

OAJ: Quem são os leitores das obras da editora? A juventude é a principal consumidora?

SEC: Eu diria que os leitores de nossos livos vão desde os 12 até os 91 anos. Podemos dizer isso, baseados na correspondência
que recebemos constantemente de nossos leitores. A juventude é muito curiosa, está querendo saber das coisas. Vale lembrar que
jovens pra mim é essa turma um pouco acima da faixa de 20 anos. Até essa idade o pessoal tem pouco tempo e interesse por
essas coisas.

OAJ: O sr. possui ídolos? Quem são?

SEC: Admiro muito o Sadam Hussein, o Fidel Castro, o Muamar Kadhafi, Stálin, Mao Tse-Tung. Sou fã do Gustavo Barroso, que eu
considero o maior historiador brasileiro.

OAJ: O que o sr. achou da notícia de que 10% dos formandos de uma turma de 2º grau do Colégio Militar, do ano de 95, terem
declarado possuírem como ídolo Adolf Hitler?

SEC: Em primeiro lugar, eu quero externar minha estranheza pelo fato de somente agora, após 3 anos, a revista do Colégio Militar
ter divulgado a opinião de 8 dos 84 formandos desse importante colégio. Pela imediata repercussão e agitação do assunto, que vem
sendo explorado pela grande imprensa, em todo o país e até no exterior, não posso deixar de pensar tratar-se de uma armação,
principalmente sabendo quem comanda os grandes veículos de comunicação. Estou pensando qual o objetivo que pretenderiam
alcançar. Isso não está sendo feito de graça. Em segundo lugar, acredito que a escolha feita por esses jovens, futuros líderes de
nossa sociedade, é realmente surpreendente e mostra que não se tratam de opiniões de vaquinhas de presépio, que concordam
com tudo e nem se tratam de macacos ou papagaios repetidores de pretensas verdades históricas sobre a 2ª Guerra Mundial. Sem
nenhuma dúvida tratam-se de jovens que pensam, pois Deus lhes deu o cérebro para pensar e naturalmente também expressar
suas opiniões. É provável que os jovens, que escolheram Hitler como seu ídolo, deixaram de acreditar nas histórias que os
vencedores nos empurram até hoje, fato que, ao invés de ser atacado e criticado, deve ser tratado com maior respeito. Querer
impedir a opinião de qualquer pessoa, é discriminação, é violência, é gol contra!

OAJ: Qual foi a movimentação de vendas na última Feira do Livro?

SEC: Houve um crescimento de vendas significativo este ano. Em comparação com o ano passado, as vendas triplicaram.

OAJ: Qual é o faturamento da editora? Há lucro?

SEC: De maneira nenhuma. Só prejuízo. Eu tenho investido todo meu patrimônio neste projeto. A venda de livros não cobre o nosso
investimento, ainda. Nós sofremos boicote, ameaças contra gráficas que imprimiam nossos livros. Imagine, uma gráfica brasileira
sendo ameaçada por, na melhor das hipóteses, meio brasileiros.

OAJ: Quem é que ameaça?

SEC: A comunidade sionista, eles são muito eficientes, fanáticos, são muito poderosos não só aqui como em todo o mundo.

Segunda parte da entrevista: Revisando a História II.

Artigo publicado pela primeira vez em nosso Portal a 06/08/2015.

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