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É notável, e nos faz refletir muito, que livros sobre a história judaica e/ou
a história do nazifascismo estão, vez ou outra, entre os best sellers da Amazon.
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O ponto nevrálgico que enlea o tema pode ser sintetizado na seguinte
afirmação: por que a sociedade está fascinada com a morte de judeus, mas se
importa pouco com os judeus vivos? Este é o assunto que está latente na obra
de Dara Horn.
5. Digno de nota, Emile Zola, quando escreve seu forte artigo J’accuse!
(Eu Acuso!), em 13 de janeiro de 1898, ataca, corajosamente, o antissemitismo
presente no exército e no judiciário francês, oriundo do famoso caso Dreyfuss.
Ele diz algo que replico aqui e que me inspira em escrever este artigo aos
meus colegas: “Meu dever é de falar, não quero ser cúmplice. Minhas noites
seriam atormentadas pelo espectro do inocente que paga, na mais horrível das
torturas, por um crime que ele não cometeu”.
Encerro com uma frase, notável por sua sensibilidade, proferida por
Einstein em um jantar no Jewish Club, em Nova Iorque, em 24 de Março de
1979: “Não existe judeus alemães, não há judeus russos, não há judeus
americanos. A única diferença é a língua do dia a dia. De fato, existem apenas
judeus” (The Quotable Einstein. Nova Jérsei: Princeton University Press, 1996,
p.97).