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Pratica Jurídica Penal

AULA APELAÇÃO RITO COMUM e JECRIM (JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL).

RECURSO DE APELAÇÃO RITO COMUM (SUMÁRIO E ORIDINÁRIO) –


CONSIDERAÇÕES INICIAIS.

RECURSO DE APELAÇÃO – ARTIGO 593 CPP.

CONCEITO – É um recurso interposto de sentença condenatória ou absolutória, definitiva


ou com força de definitiva para segunda instância, com a finalidade de que se faça o reexame da
matéria impugnada junto à instância superior.

CARACTERISTICAS.
A apelação é um recurso amplo e residual.

Sendo também um recurso que tem preferência de cabimento em relação ao recurso em


sentido estrito, isso porque, se contra uma parte da decisão caiba RESE e contra a outra parte
seja possível interpor APELAÇÃO, este último é o que vai prevalecer.

Por exemplo: Da decisão que denega o sursis cabe RESE, mas se essa negativa ocorrer
junto com uma sentença condenatório, o recurso cabível será o de APELAÇÃO.

O tribunal uma vez apresentado recurso somente pode julgar a matéria o que foi
devolvido para apreciação, nos termos artigo 599 do Código de Processo Penal.

Aplica-se o princípio do “tantum devolutum quantum appelatum”.

A apelação será PLENA ou AMPLA quando a matéria devolvida para apreciação for total,
pleiteando a reforma integral da sentença.

A apelação será LIMITADA ou RESTRITA quando a matéria devolvida para apreciação


for parcial, pleiteando a reforma parcial da sentença.

Material elaborado por Prof. Ms. Fabiano Moraes.


Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em
qualquer sistema de processamento de dados. A violação do direito autoral é crime punido com prisão e
multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais
e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).
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Com a Lei n° 11.689/08, pelo artigo 416 do Código de Processo Penal, o recurso de
apelação passou a ser admitido também para impugnar as decisões de IMPRONÚNCIA e de
ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA, diga-se de passagem, são decisões recorridas pela acusação, salvo
se o juiz tenha imposto medida de segurança em conjunto com a decisão, situação em que a
defesa poderá se utilizar dessa opção, porém, o recurso de apelação, nestes casos, será mais
bem explicado na aula de apelação do rito do júri.

PRAZO DO RECURSO DE APELAÇÃO.


O recurso de apelação deve ser interposto no prazo de 05 dias (artigo 593, “caput” do
CPP), e as razões deverão ser apresentadas em 08 dias (artigo 600 do CPP).

REGRA GERAL - 05 dias INTERPOSIÇÃO (Artigo


593, “caput” do CPP) e 08 dias RAZÕES RECURSAIS
(artigo 600 do CPP).
INTERPOSIÇÃO
E Qualquer pessoa enumerada no art. 31 do CPP
RAZÕES ainda que não tenha sido habilitada como assistente
RECURSAIS de acusação, terá o prazo de 15 dias, se a sentença
não for recorrida pelo MP, para interpor o recurso, (artigo
598, parágrafo único do CPP).

CONTRARAZÕES – O prazo para seu


oferecimento será de 08 dias (artigo 600 do CPP).

A propósito, vejamos o referido artigo 593 “caput” do CPP que se refere ao PRAZO para
interposição do recurso de apelação no rito comum sumário e ordinário, bem como o artigo 600
do CPP, que trata da apresentação das razões recursais e das contrarrazões do recurso de
apelação:

Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:


Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:

Art. 600. Assinado o termo de apelação, o apelante e, depois dele, o apelado terão o prazo de
oito dias cada um para oferecer razões, salvo nos processos de contravenção, em que o prazo será de
três dias.

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qualquer sistema de processamento de dados. A violação do direito autoral é crime punido com prisão e
multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais
e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).
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Importante ainda destacar que, de acordo com o § 4º do artigo 600 do CPP, as razões do
recurso de apelação podem ser oferecidas diretamente à superior instância, ou seja, a
interposição é feita no juízo “a quo” e as razões recursais diretamente no juízo “ad quem”,
vejamos:

o
§ 4 Se o apelante declarar, na petição ou no termo, ao interpor a apelação, que deseja arrazoar na
superior instância serão os autos remetidos ao tribunal ad quem onde será aberta vista às partes,
observados os prazos legais, notificadas as partes pela publicação oficial.

Em relação a contagem de prazo para interposição do recurso e para apresentação das


razões recursais, observar a Súmula 710 do Supremo Tribunal Federal – STF que diz:

SÚMULA 710
No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e não da juntada aos autos do mandado ou
da carta precatória ou de ordem.

Nas razões ou contrarrazões podem ser juntados documentos novos.

Não há juízo de retratação na apelação.

Como regra, a apelação de sentença condenatória terá efeito suspensivo, salvo se o juiz ao
proferir sentença condenatória, determinar a custódia do acusado condenado, nos termos do
artigo 387, § 1° do CPP, vejamos:

Art. 387. O juiz, ao proferir sentença condenatória:


o
§ 1 O juiz decidirá, fundamentadamente, sobre a manutenção ou, se for o caso, a imposição de prisão
preventiva ou de outra medida cautelar, sem prejuízo do conhecimento de apelação que vier a ser
interposta.

Como regra, a prisão somente deve ocorrer após o trânsito em julgado da


sentença condenatória, em homenagem ao princípio da inocência, contudo, em 17
de fevereiro de 2016, através do recurso de Habeas Corpus n° 126.192 do Supremo
Tribunal Federal – STF, “... por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal
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Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em
qualquer sistema de processamento de dados. A violação do direito autoral é crime punido com prisão e
multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais
e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).
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Federal (STF) entendeu que a possibilidade de início da execução da pena
condenatória após a confirmação da sentença em segundo grau não ofende o
princípio constitucional da presunção da inocência. Para o relator do caso, ministro
Teori Zavascki, a manutenção da sentença penal pela segunda instância encerra a
análise de fatos e provas que assentaram a culpa do condenado, o que autoriza o
início da execução da pena”1.

Essa decisão modificou o entendimento anterior desta mesma corte que entendia que a
sentença não poderá ser executada até o trânsito em julgado, a fim de que não se ofenda o
princípio da presunção de inocência do réu.

A apelação de sentença absolutória terá efeito meramente devolutivo.

É possível apelar de sentença absolutória desde que haja interesse recursal, por exemplo,
quando se é absolvido por falta de provas (artigo 386, inciso VII do CPP) e o réu absolvido,
pleiteava a absolvição pela atipicidade de conduta (artigo 386, inciso III, do CPP).

Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça:

III - não constituir o fato infração penal;

VII – não existir prova suficiente para a condenação.

O recurso de apelação é escrito no formato de duas petições, sendo a primeira chamada


de PEÇA DE INTERPOSIÇÃO que é dirigida para o juiz “a quo” e a segunda que é chamada
de RAZÕES RECURSAIS é dirigida ao juízo “ad quem”, ou seja, em formato de duas petições.

1
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=310153. Acesso 01/10/2017 as 11:51 horas.

Material elaborado por Prof. Ms. Fabiano Moraes.


Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em
qualquer sistema de processamento de dados. A violação do direito autoral é crime punido com prisão e
multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais
e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).
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Interposição – Juiz “a quo”.

RAZÕES DE APELAÇÃO

Razões Recursais - Juízo “ad quem”.

VERBO (PREÂMBULO) – INTERPOR.

TERMINOLOGIA DAS PARTES – APELANTE ou RECORRENTE e APELADO ou


RECORRIDO.
As razões recursais devem ser divididas em:

FATO

RAZÕES DE APELAÇÃO

DIREITO

PEDIDO

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Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em
qualquer sistema de processamento de dados. A violação do direito autoral é crime punido com prisão e
multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais
e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).
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No tópico referente ao DIREITO nas razões recursais as teses devem ser
desenvolvidas nos seguintes termos:
1 – Verificar a ocorrência de NULIDADES.

2 – Verificar as teses de mérito, exemplo, atipicidade de conduta, etc...

3 – Verificar eventuais pedidos subsidiários, que são, por exemplo, as teses que são
arguidas em caso de condenação (o reconhecimento de atenuantes do artigo 65 e 66 do Código
Penal, de causas de diminuição de pena, de regimes penitenciários aberto, semiaberto etc.).

Seguindo a ordem acima, verifica-se na estrutura da razão recursal, o FATO, DIREITO


e PEDIDO, assim no DIREITO trabalhar com a seguinte estrutura:

2 - DO DIREITO

2.1 - NULIDADES
Trazer aqui eventuais NULIDADES, por exemplo, alguma ofensa procedimental prevista no Código de
Processo Penal!
Segue abaixo apenas uma orientação de estruturação, de forma a facilitar a separação dos possíveis
tópicos de pontuação no gabarito da OAB ou em qualquer peça profissional (facilitando a visualização das teses
sugeridas na petição!).
Portanto, utilizar uma sequência lógica de tópicos, dos mais importantes para os menos importantes dentro
do item.
2.1.1 – DA NULIDADE POR AUSÊNCIA DE CITAÇÃO
Aqui, descrever, citar artigos e eventuais Súmulas que demonstre que a ausência de citação gera a citada
nulidade!

2.1.2 – DA NULIDADE POR AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DE ADVOGADO PARA


AUDIÊNCIA.
Aqui, descrever, citar artigos e eventuais Súmulas que demonstre que a ausência de intimação do
advogado para a audiência, por exemplo, gera a citada nulidade!

2.1.3 – DA FALTA DE INTIMAÇÃO DA TESTEMUNHA DE DEFESA.


Aqui, descrever, citar artigos e eventuais Súmulas que demonstre que a ausência de intimação da
testemunha arrolada pela defesa gera a citada nulidade!

As nulidades se dividem em nulidades absolutas e nulidades relativas.


Enfim, a ordem das nulidades descritas no exemplo acima, traz uma ordem de importância considerando o
efeito do reconhecimento desta nulidade, ou seja, a nulidade descrita no tópico 2.1.1 se acolhida pelo Juiz, anula o
processo desde a citação, havendo a necessidade de se refazer todos os atos posteriores a ela, via de regra! Por
outro lado, a nulidade do tópico 2.1.3, somente gera a anulação da audiência em relação à testemunha defesa,
portanto, o acusado terá que ser ouvido novamente após a oitiva da testemunha que não havia sido ouvida!

Material elaborado por Prof. Ms. Fabiano Moraes.


Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em
qualquer sistema de processamento de dados. A violação do direito autoral é crime punido com prisão e
multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais
e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).
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2.2 - NO MÉRITO

No mérito, é necessário observar qual crime foi praticado, por exemplo, tratando-se de crime comum, no
MÉRITO, como pedido principal, analisar e buscar sempre as hipóteses de absolvição previstas no artigo 386, inciso I a
VII do Código Processo Penal.

Segue abaixo apenas uma orientação de estruturação, de forma a facilitar a separação dos possíveis tópicos
de pontuação no gabarito da OAB ou em qualquer peça profissional, facilitando a visualização das teses sugeridas na
petição!

Portanto, utilizar uma sequência lógica de tópicos, dos mais importantes para os menos importantes dentro
do item “MÉRITO”.

2.2.1 – DA ABSOLVIÇÃO PELA ATIPICIDADE DE CONDUTA


Aqui, descrever, citar artigos e eventuais Súmulas que demonstrem a atipicidade de conduta (artigo 386,
inciso III, do CPP), ou seja, o fato narrado na denúncia restou provado não ser criminoso.

2.2.2 – DA ABSOLVIÇÃO POR FALTA DE PROVAS.


Aqui, descrever, citar artigos e eventuais Súmulas que demonstrem a ausência de provas colhidas sobre o
crivo do contraditório (artigo 386, inciso VII, do CPP), ou seja, não há provas suficientes para um decreto condenatório.

Enfim, a ordem das teses de mérito que buscam a absolvição (artigo 386 do CPP), descritas no exemplo
acima, traz uma ordem de importância considerando o efeito do reconhecimento desta absolvição e até em relação ao
seu efeito extrapenal, ou seja, a tese descrita no tópico 2.2.1 se acolhida pelo Juiz, é muito mais importante e benéfica
para o acusado do que a tese do tópico 2.2.2!

Os pedidos em tese têm fundamento no artigo 386 do CPP 2.

2
KNIPPEL, Edosn Luz;. Prática Penal. – 6.Ed. – Gen/Editora Método: São Paulo, 2016, pag. 248.

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qualquer sistema de processamento de dados. A violação do direito autoral é crime punido com prisão e
multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais
e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).
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A propósito, vejamos o artigo 386 do CPP:

DO PEDIDO

Além das teses de nulidades e, após essas, necessário observarem as teses


de absolvição.

Para tanto, o aluno deverá observar o artigo 386 do CPP, vejamos:

Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde
que reconheça:

I - estar provada a inexistência do fato;

II - não haver prova da existência do fato;

III - não constituir o fato infração penal;

IV – estar provado que o réu não concorreu para a infração


penal;

V – não existir prova de ter o réu concorrido para a infração


penal; VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o
réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1 o do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo
se houver fundada dúvida sobre sua existência;

VII – não existir prova suficiente para a condenação.

Parágrafo único. Na sentença absolutória, o juiz:

I - mandará, se for o caso, pôr o réu em liberdade;

II – ordenará a cessação das medidas cautelares e provisoriamente


aplicadas;

III - aplicará medida de segurança, se cabível.

Após a interposição e razões do recurso de apelação, cabe ao recorrido/apelado à


apresentação das CONTRARRAZÕES RECURSAIS que deverá ser apresentada no prazo de 08
dias, nos termos do artigo 600, do Código de Processo Penal.

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qualquer sistema de processamento de dados. A violação do direito autoral é crime punido com prisão e
multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais
e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).
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INTERPOSIÇÃO
CONTRARRAZÕES DE RECURSO DE
E
APELAÇÃO.
RAZÕES RECURSAIS

Observar, ainda, a Súmula 160 do STF que diz: “É nula a decisão do Tribunal que acolhe,
contra o réu, nulidade não arguida no recurso da acusação, ressalvados os casos de recurso de
ofício”.

Quanto à sentença condenatória, a reforma processual revogou o disposto no art. 594 do


CPP, segundo o qual o réu não poderia apelar sem recolher-se à prisão, salvo se fosse primário e
não tivesse antecedentes, desta forma, ATUALMENTE é possível o acusado, por meio do seu
defensor, recorrer da sentença condenatória, mesmo estando foragido.

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qualquer sistema de processamento de dados. A violação do direito autoral é crime punido com prisão e
multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais
e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).
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RECURSO DE APELAÇÃO RITO SUMARÍSSIMO – LEI N° 9.099/95 –
CONSIDERAÇÕES INICIAIS.

RECURSO DE APELAÇÃO – ARTIGO 82 e SEU § 1°, DA LEI 9.099/95.

CONCEITO – É um recurso interposto de sentença condenatória ou absolutória, definitiva


ou com força de definitiva para segunda instância, com a finalidade de que se faça o reexame da
matéria impugnada junto à instância superior.

CARACTERISTICAS.
A apelação é um recurso amplo e residual.

No juizado (Lei n° 9.099/95), todas as decisões sejam elas terminativas ou não, devem
ser atacadas por recurso de apelação.

Os crimes e contravenções penais com pena máxima em abstrato não superior a 02 anos,
serão processadas no rito da Lei n° 9.099/95, nos termos do artigo 60 e 61 da referida Lei.

Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as
contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou
não com multa.

Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da oralidade, informalidade,
economia processual e celeridade, objetivando, sempre que possível, a reparação dos danos sofridos pela vítima
e a aplicação de pena não privativa de liberdade.

As razões do recurso de apelação devem ser dirigidas a Turma Recursal, que será
competente para julgamento deste recurso, veja que aqui não se fala mais em Tribunal de Justiça
ou Tribunal Regional Federal.

Material elaborado por Prof. Ms. Fabiano Moraes.


Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em
qualquer sistema de processamento de dados. A violação do direito autoral é crime punido com prisão e
multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais
e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).
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PRAZO DO RECURSO DE APELAÇÃO.
O recurso de apelação no rito do JECRIM (Juizado Especial Criminal), nos termos do
artigo 82 da lei n° 9.099/95, tanto a interposição quanto as razões recursais devem ser
apresentadas no prazo de 10 dias (artigo 82, § 1° da referida Lei), ou seja, as duas peças devem
ser propostas conjuntamente.

INTERPOSIÇÃO
Tanto a INTERPOSIÇÃO quanto as RAZÕES
E
RECURSAIS devem ser interpostas no prazo de 10 dias,
RAZÕES
conjuntamente. (artigo 82 da Lei n° 9.099/95).
RECURSAIS

Em relação ao prazo observar a Súmula 710 do Supremo Tribunal Federal – STF:

SÚMULA 710
No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e não da juntada aos autos do mandado ou
da carta precatória ou de ordem.

Nas razões ou contrarrazões podem ser juntados documentos novos.

Não há juízo de retratação na apelação.

Como regra, a apelação de sentença condenatória terá efeito suspensivo, salvo se o juiz,
ao proferir sentença condenatória, determinar a custódia do acusado condenado, nos termos do
artigo 387, § 1° do CPP, vejamos:

Art. 387. O juiz, ao proferir sentença condenatória:


o
§ 1 O juiz decidirá, fundamentadamente, sobre a manutenção ou, se for o caso, a imposição de prisão
preventiva ou de outra medida cautelar, sem prejuízo do conhecimento de apelação que vier a ser interposta.

Como regra, a prisão somente deve ocorrer após o trânsito em julgado da


sentença condenatória, em homenagem ao princípio da inocência, contudo, em 17
de fevereiro de 2016, através do recurso de Habeas Corpus n° 126.192 do Supremo
Material elaborado por Prof. Ms. Fabiano Moraes.
Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em
qualquer sistema de processamento de dados. A violação do direito autoral é crime punido com prisão e
multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais
e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).
Pratica Jurídica Penal

AULA APELAÇÃO RITO COMUM e JECRIM (JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL).


Tribunal Federal – STF, “... por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal
Federal (STF) entendeu que a possibilidade de início da execução da pena
condenatória após a confirmação da sentença em segundo grau não ofende o
princípio constitucional da presunção da inocência. Para o relator do caso, ministro
Teori Zavascki, a manutenção da sentença penal pela segunda instância encerra a
análise de fatos e provas que assentaram a culpa do condenado, o que autoriza o
início da execução da pena”3.

Essa decisão modificou o entendimento anterior desta mesma corte que entendia que a
sentença não poderá ser executada até o trânsito em julgado, a fim de que não se ofenda o
princípio da presunção de inocência do réu.

A apelação de sentença absolutória terá efeito meramente devolutivo.

É possível apelar de sentença absolutória, desde que haja interesse recursal, por exemplo,
quando se é absolvido por falta de provas (artigo 386, inciso VII do CPP) e, o réu que foi
absolvido, pleiteava a absolvição pela atipicidade de conduta (artigo 386, inciso III, do CPP).

Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça:
Escrito em PEÇA DE INTERPOSIÇÃO para o juiz “a quo” e RAZÕES RECURSIAS para
III - não constituir o fato infração penal;
o juízo “ad quem”, ou seja, em formato de duas petições.
VII – não existir prova suficiente para a condenação

3
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=310153. Acesso 01/10/2017 as 11:51 horas.

Material elaborado por Prof. Ms. Fabiano Moraes.


Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em
qualquer sistema de processamento de dados. A violação do direito autoral é crime punido com prisão e
multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais
e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).
Pratica Jurídica Penal

AULA APELAÇÃO RITO COMUM e JECRIM (JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL).

Interposição – Juiz “a quo”.

RAZÕES DE APELAÇÃO

Razões Recursais - Juízo “ad quem”.

VERBO (PREÂMBULO) – INTERPOR.

TERMINOLOGIA DAS PARTES – APELANTE ou RECORRENTE e APELADO ou


RECORRIDO.

As razões recursais devem ser divididas em:

FATO

RAZÕES DE APELAÇÃO

DIREITO

PEDIDO

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Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em
qualquer sistema de processamento de dados. A violação do direito autoral é crime punido com prisão e
multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais
e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).
Pratica Jurídica Penal

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No tópico referente ao DIREITO nas razões recursais, temos que as teses
devam ser desenvolvidas nos seguintes termos:
1 – Verificar a ocorrência de NULIDADES.

2 – Verificar as teses de mérito, exemplo, atipicidade de conduta, etc...

3 – Verificar eventuais pedidos subsidiários, quais sejam: Geralmente teses que são
arguidas em caso de condenação, que são, a título de exemplos, atenuantes do artigo 65 e 66 do
Código Penal, causas de diminuição de pena, regimes penitenciários (aberto, semi-aberto), etc...

Seguindo a ordem acima, verifica-se na estrutura da peça o FATO, DIREITO e


PEDIDO, assim no DIREITO, nas razões recursais, podemos ter a seguinte estrutura:

2 - DO DIREITO

2.1 - NULIDADES
Trazer aqui eventuais NULIDADES, por exemplo, alguma ofensa procedimental prevista no Código de
Processo Penal!
Segue abaixo apenas uma orientação de estruturação, de forma a facilitar a separação dos possíveis
tópicos de pontuação no gabarito da OAB ou em qualquer peça profissional (facilitando a visualização das teses
sugeridas na petição!).
Portanto, utilizar uma sequência lógica de tópicos, dos mais importantes para os menos importantes dentro
do item.
2.1.1 – DA NULIDADE POR AUSÊNCIA DE CITAÇÃO
Aqui, descrever, citar artigos e eventuais Súmulas que demonstre que a ausência de citação gera a citada
nulidade!

2.1.2 – DA NULIDADE POR AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DE ADVOGADO PARA


AUDIÊNCIA.
Aqui, descrever, citar artigos e eventuais Súmulas que demonstre que a ausência de intimação do
advogado para a audiência, por exemplo, gera a citada nulidade!

2.1.3 – DA FALTA DE INTIMAÇÃO DA TESTEMUNHA DE DEFESA.


Aqui, descrever, citar artigos e eventuais Súmulas que demonstre que a ausência de intimação da
testemunha arrolada pela defesa gera a citada nulidade!

As nulidades se dividem em nulidades absolutas e nulidades relativas.


Enfim, a ordem das nulidades descritas no exemplo acima, traz uma ordem de importância considerando o
efeito do reconhecimento desta nulidade, ou seja, a nulidade descrita no tópico 2.1.1 se acolhida pelo Juiz, anula o
processo desde a citação, havendo a necessidade de se refazer todos os atos posteriores a ela, via de regra! Por
outro lado, a nulidade do tópico 2.1.3, somente gera a anulação da audiência em relação à testemunha defesa,
portanto, o acusado terá que ser ouvido novamente após a oitiva da testemunha que não havia sido ouvida!

Material elaborado por Prof. Ms. Fabiano Moraes.


Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em
qualquer sistema de processamento de dados. A violação do direito autoral é crime punido com prisão e
multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais
e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).
Pratica Jurídica Penal

AULA APELAÇÃO RITO COMUM e JECRIM (JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL).

2.2 - NO MÉRITO

No mérito, é necessário observar qual crime foi praticado, por exemplo, tratando-se de crime comum, no
MÉRITO, como pedido principal, analisar e buscar sempre as hipóteses de absolvição previstas no artigo 386, inciso I a
VII do Código Processo Penal.

Segue abaixo apenas uma orientação de estruturação, de forma a facilitar a separação dos possíveis tópicos
de pontuação no gabarito da OAB ou em qualquer peça profissional, facilitando a visualização das teses sugeridas na
petição!

Portanto, utilizar uma sequência lógica de tópicos, dos mais importantes para os menos importantes dentro
do item “MÉRITO”.

2.2.1 – DA ABSOLVIÇÃO PELA ATIPICIDADE DE CONDUTA


Aqui, descrever, citar artigos e eventuais Súmulas que demonstrem a atipicidade de conduta (artigo 386,
inciso III, do CPP), ou seja, o fato narrado na denúncia restou provado não ser criminoso.

2.2.2 – DA ABSOLVIÇÃO POR FALTA DE PROVAS.


Aqui, descrever, citar artigos e eventuais Súmulas que demonstrem a ausência de provas colhidas sobre o
crivo do contraditório (artigo 386, inciso VII, do CPP), ou seja, não há provas suficientes para um decreto condenatório.

Enfim, a ordem das teses de mérito que buscam a absolvição (artigo 386 do CPP), descritas no exemplo
acima, traz uma ordem de importância considerando o efeito do reconhecimento desta absolvição e até em relação ao
seu efeito extrapenal, ou seja, a tese descrita no tópico 2.2.1 se acolhida pelo Juiz, é muito mais importante e benéfica
para o acusado do que a tese do tópico 2.2.2!

Os pedidos em tese têm fundamento no artigo 386 do CPP 4.

4
KNIPPEL, Edosn Luz;. Prática Penal. – 6.Ed. – Gen/Editora Método: São Paulo, 2016, pag. 248.

Material elaborado por Prof. Ms. Fabiano Moraes.


Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em
qualquer sistema de processamento de dados. A violação do direito autoral é crime punido com prisão e
multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais
e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).
Pratica Jurídica Penal

AULA APELAÇÃO RITO COMUM e JECRIM (JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL).


A propósito, vejamos o artigo 386 do CPP:

DO PEDIDO

Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde
que reconheça:

I - estar provada a inexistência do fato;

II - não haver prova da existência do fato;

III - não constituir o fato infração penal;

IV – estar provado que o réu não concorreu para a infração


penal;

V – não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal;

VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena


(arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1o do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver
fundada dúvida sobre sua existência;

VII – não existir prova suficiente para a condenação. ;

Parágrafo único. Na sentença absolutória, o juiz:

I - mandará, se for o caso, pôr o réu em liberdade;

II – ordenará a cessação das medidas cautelares e provisoriamente aplicadas;

III - aplicará medida de segurança, se cabível.

Após a interposição e razões do recurso de apelação, cabe ao recorrido/apelado à


apresentação das CONTRARRAZÕES RECURSAIS no prazo de 10 dias, nos termos do artigo
82, § 2° da Lei n° 9.099/95.

INTERPOSIÇÃO CONTRARRAZÕES DE RECURSO DE


E APELAÇÃO.
RAZÕES RECURSAIS
Material elaborado por Prof. Ms. Fabiano Moraes.
Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em
qualquer sistema de processamento de dados. A violação do direito autoral é crime punido com prisão e
multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais
e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).
Pratica Jurídica Penal

AULA APELAÇÃO RITO COMUM e JECRIM (JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL).


Observar, ainda, a Súmula 160 do STF que diz: “É nula a decisão do Tribunal que acolhe,
contra o réu, nulidade não arguida no recurso da acusação, ressalvados os casos de recurso de
ofício”.

Quanto à sentença condenatória, a reforma processual revogou o disposto no art. 594 do


CPP, segundo o qual o réu não poderia apelar sem recolher-se à prisão, salvo se fosse primário e
não tivesse antecedentes, desta forma, ATUALMENTE é possível o acusado, por meio do seu
defensor, recorrer da sentença condenatória, mesmo estando foragido.

Será, portanto, cabível recurso de apelação contra decisão que homologa ou deixar
de homologar a transação penal do artigo 72, § 5° da Lei n° 9.099/95, contra decisão que
rejeita denúncia ou queixa, (artigo 72, § 5° da Lei n° 9.099/95) e nos casos de decisão
absolutória ou condenatória, (artigo 72, § 5° da Lei n° 9.099/95).

NOS CASOS DE APLICAÇÃO DA LEI n° 11.340/06, (LEI MARIA DA PENHA), VEZ QUE,
NESTES CASOS, O ARTIGO 41 DA REFERIDA LEI, AFASTA A APLICAÇÃO DA LEI n°
9.099/95, PORTANTO, EM CASO DE RECURSO DE APELAÇÃO, SEGUIRÁ O RITO SUMÁRIO
OU ORDINÁRIO!

Bibliografia utilizada:
 ANDREUCCI, Ricardo Antônio. Curso Básico de Processo Penal. 2 ed. São Paulo:
Saraiva, 2016).

 LOPES Jr., Aury. Direito Processual Penal. 13 ed. São Paulo: Saraiva, 2016).

 KNIPPEL, Edosn Luz; Prática Penal. – 6.Ed. – Gen/Editora Método: São Paulo, 2016.

 REIS, Alexandre Cebrian Araújo e GONÇALVES, Victor Eduardo Rios; Direito Processual
Penal Esquematizado. – 5.Ed. –Editora Saraiva: São Paulo, 2016.

 PETTA, Ana Paula de. SILVA, Edilson Freire da. Prática Penal. São Paulo: Rideel. 2014.

Material elaborado por Prof. Ms. Fabiano Moraes.


Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em
qualquer sistema de processamento de dados. A violação do direito autoral é crime punido com prisão e
multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais
e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).

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