Você está na página 1de 3

Escola Municipal de Tempo Integral José Carvalho

Aluno(a): Nº:

ATIVIDADE DOMICILIAR DE: LILIANE

Série: Turma: Data: Etapa:3ª


/ /2021
1-Leia o texto e explique :

1.1- Quais os preconceitos enfrentados pelos atletas que participam dos esportes
adaptados? E o que é capacitismo ?

Paralimpíada: o que é capacitismo e por que os Jogos são uma


oportunidade para combatê-lo

Preconceito que reduz atletas às deficiências e desperta sentimento de pena não


condiz com esporte de alto rendimento
João Pedro Fonseca
25/08/2021 - 05:00

Atletas japoneses acendem a tocha paralímpica em Tóquio Foto: ATHIT


PERAWONGMETHA / REUTERS
Newsletters
A cerimônia que abriu os Jogos Paralímpicos de Tóquio trouxe um mosaico de
mensagens que devem dar o tom do megaevento, da paz à busca por inclusão,
passando pela valorização das diferenças. Mas um termo ficou fora da festa e também
deve ser barrado por você: superação. Essa expressão, campeã de menções, é o
principal reflexo de uma visão capacitista que o movimento deseja abolir.

Verônica Hipólito, medalhista de prata e bronze no atletismo na Rio-2016, vê avanços


na discussão e identifica um crescente interesse do torcedor em adequar seu
vocabulário às ambições dos atletas:
— Hoje, a informação está mais democrática. Com as redes sociais, todos temos mais
voz. As pessoas estão entendendo que o movimento paralímpico não é de coitadinhos
e sim de atletas de alto rendimento.

O capacitismo — isto é, o preconceito cuja dinâmica reduz a pessoa à sua deficiência


— está por trás de outras expressões que devem ser substituídas. O atleta paralímpico
não é portador de nada, sequer um indivíduo com necessidades especiais. Ele é uma
pessoa com deficiência (PcD, numa sigla muito recorrente).

— Pessoa especial é aquela de quem você gosta muito e leva para comer uma pizza —
brinca Verônica, antes de resumir. — Atleta é atleta.

Por outro lado, não é preciso ter receios ao nomear a deficiência de determinado
esportista: ser cego ou amputado não é uma condição da qual ele queira se livrar e sim
uma característica, assim como o são a estatura alta ou baixa, o cabelo curto ou
comprido, e por aí vai.

Isso não representa um sinal verde para usar termos pejorativos, como “aleijado”, ou
questionar a classificação de um atleta: a deficiência dele não precisa estar visível ao
torcedor comum. Todos os qualificados para os Jogos Paralímpicos foram submetidos a
exames rigorosos e têm suas categorias revistas periodicamente.

— Na dúvida, pergunte — orienta Verônica. — Mas é importante saber que os Jogos


são sobre medalhas e recordes. Meus treinadores sempre dizem: se estiver no treino e
vomitar, limpe a sua boca e volte. Não importa se não tem braço ou perna, ou se sua
prótese saiu. No esporte de alto rendimento, a gente compete para ganhar.

Desfile com simbolismos

Parte dos candidatos a brilhar em Tóquio desfilou ontem na cerimônia realizada no


Estádio Nacional do Japão. Muitos ficaram na Vila em virtude dos cuidados extras
impostos pela pandemia. Até o próximo dia 5, um grupo recorde de 4.403 esportistas
disputarão medalhas em 22 modalidades, com as adesões do taekwondo e do
parabadminton.

A parte artística da abertura misturou elementos tradicionais da cultura japonesa e


referências mais modernas, com uma abordagem melancólica na primeira parte e
efusiva na segunda. Um ponto alto foi a entrada dos Agitos verde, vermelho e azul,
que formaram o símbolo paralímpico, além de jovem Yui Wago, de 13 anos, que
representou um avião com apenas uma asa, na metáfora que passou a mensagem de
que “todos temos asas”.

Mas, como de costume, o destaque mesmo foi a Parada das Nações, desta vez
desfalcada por países que, em virtude da Covid-19, decidiram não participar dos Jogos
e por outros que, como a Nova Zelândia, preferiram resguardar seus esportistas para
as competições e foram representados apenas por voluntários.

O Brasil participou da festa, mas de maneira reduzida, também por conta da


pandemia. Evelyn Oliveira, da bocha, e Petrúcio Ferreira, do atletismo, carregaram a
bandeira do país.

Também houve um momento de simbolismo com a entrada da bandeira do


Afeganistão. Por conta da instabilidade política desde que o Talibã retomou o controle
do país, os dois atletas classificados para os Jogos não conseguiram embarcar. O
Comitê Paralímpico Internacional (CPI), porém, escalou um representante para desfilar
com o símbolo.

Antes de o imperador Naruhito declarar os Jogos oficialmente abertos, o brasileiro


Andrew Parsons, presidente do CPI, discursou sobre o alívio da realização do evento,
um ano após o planejado, e sobre o papel dos atletas paralímpicos.

— Vocês são o melhor da humanidade e os únicos que podem dizer quem e o que são.
Vocês são a verdade, são extraordinários — afirmou o dirigente brasileiro.

O acendimento da tocha paralímpica — colocada numa posição mais baixa para


melhor interação dos atletas cadeirantes — aconteceu de forma tripla pela primeira
vez na História. Os escolhidos foram Yui Kamiji, do tênis sobre cadeira de rodas,
Shunsuke Uchida, da bocha, e Karin Morisaki, do halterofilismo.

https://oglobo.globo.com/esportes/toquio-2020/paralimpiada-que-capacitismo-por-
que-os-jogos-sao-uma-oportunidade-para-combate-lo-25169473.

Você também pode gostar