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História Contemporânea III

Aluno: Neurivan Andrade Borges

1º A Primeira Guerra Mundial teve um papel muito importante na revolução russa.


Através desses conflitos que ocorreram por toda a Europa. A Rússia entrou em uma grande
crise. Essa crise gerou uma instabilidade no país. Fazendo assim, manifestações explodirem
em várias cidades da Rússia. O que já era eminente, se concretizou. A Rússia abandona a
guerra, e se volta para os problemas internos. A guerra civil se instala na Rússia.
Mencheviques e bolcheviques disputam acirradamente a liderança do estado. E depois de
inúmeras mortes e perdas incalculáveis, Lenin toma o poder, e assim inicia, uma nova era
dentro da Rússia, que ecoaria por todo o mundo.

Ian Kershaw cita assim: “Com seu controle sobre os Bálcãs em perigo devido ao
fortalecimento sérvio e com seu império multinacional cada vez mais ameaçado de
desintegração, a Áustria-Hungria estava disposta a fazer a Europa mergulhar numa guerra para
beneficiar seus próprios interesses, mas só se pudesse contar com o respaldo alemão”. E assim
deu início a Primeira Guerra Mundial. A entrada da Rússia, se equivaleu ao medo do
fortalecimento do império austro-húngaro. A Rússia tinha muitos planos naquela região e não
iria ceder assim tão fácil. Alemanha, Rússia e Áustria-Hungria tinham algo em comum. E essa
semelhança entre elas, seria determinante para que a primeira guerra se instalasse na Europa.
Todas elas queriam uma maior hegemonia na Europa e consequentemente no mundo. Além
dessa buscar por hegemonia dentro da Europa, a Rússia queria evitar que a Alemanha se
tornasse uma potência muito superior as outras. Isso seria um problema para a Rússia e
também para seus aliados, Inglaterra e França. Que era uma grande rival da Alemanha.

Antes do início da guerra, a Rússia passava por um momento de estabilidade. Após


contornar um período conturbado de protesto em 1905. Onde só não houve uma revolução
devido à falta de organização por parte dos grupos envolvidos. O Tsar conseguiu retomar o
controle e o país voltou a crescer. Por pouco tempo essa Rússia ficou bem. Logo começou a
guerra e os problemas se intensificaram. A Rússia sofria diversas baixas para a Alemanha e
gradualmente o ímpeto dos soldados ia se enfraquecendo. A guerra era interminável e os
gastos inevitáveis. No entanto, o maior problema da Rússia era a autocracia tzarista. Essa
classe dominante se negava a fazer as mudanças necessárias que ajudariam a resolver as
crises.

Em 1917 a Rússia passava por uma situação de calamidade total. O país estava um
caos e a maioria da população corria o risco de passar fome. Em meio a tudo isso, o país ainda
disputava uma guerra. Nesse mesmo ano várias cidades se manifestaram contra essa situação.
O principal alvo era as indústrias de armamento, que lucravam absurdamente com a guerra. O
que começou com uma greve de trabalhadores se intensifica para as forças armadas e ganha
uma amplitude nacional. O que coloca a liderança tzarista em cheque. Não demora muito e a
dinastia romanov perde o poder na Rússia. Em 1918 eles são fuzilados sem qualquer
julgamento.

Após a queda do tsar os mencheviques assumem o governo provisório da Rússia.


Porém, as mudanças necessárias não acontecem de imediato. Esse grupo no poder acreditava
que a burguesia seria capaz de fazer as transformações que mudariam o país. Eles queriam
desenvolver uma economia baseada no capitalismo, mas, a insistência na guerra e o insucesso
de suas ações, minaram esse sonho. Sob a liderança de Lenin os bolcheviques se organizam e
ganham força dentro desse caos que era a Rússia. Eles assumem o poder e uma guerra civil se
intensifica no país. “Era inevitável que a Revolução Bolchevique, em 1917, não fosse aceite
sem resistência por aqueles que seriam despojados de suas terras e outras propriedades. O
resultado foi uma guerra civil de selvageria inimaginável que durou três anos e custou a vida
de mais de 7 milhões de homens, mulheres e crianças, na maioria civis — cerca de quatro
vezes o número de russos mortos na Grande Guerra”. (Kershaw, Ian. De volta do inferno:
Europa, 1914-1949. 2015) os mencheviques não aceitaram esse novo governo russo, e através
do seu exército branco, eles tentaram uma contra-revolução. Por mais que o exército branco
tivesse o apoio de vários países, eles nunca estiveram perto de uma vitória. Os bolcheviques
tinham um amplo domínio do território russo, e gradativamente eles foram sufocando essa
contra revolução. E após 3 anos de conflitos, Lenin chega ao poder.

Ao assumir o poder Lenin declara guerra ao culaques, que eram os grandes


proprietários de terras da Rússia. lenin via esse grupo como sanguessugas que enriqueceram
explorando os camponeses pobres. Gradativamente os bolcheviques seguiam se fortalecendo
e lenin eliminado seus inimigos. A burguesia praticamente foi exterminada e a partir de 1922
os olhares comunistas se voltaram para a igreja. Lenin chamou essa perseguição de “guerra
sem quartel”. Os direitos civis não existiam mais e a polícia política perseguia quem se
opunham contra o estado. O nome dessa polícia era a cheka e ela era responsável por
inúmeras condutas arbitrárias, onde prender tortura e matar se tornaram comum nessa Rússia
soviética.

2º Para Marx “a história de toda sociedade até hoje é a história de lutas de classes”
(MARX, 1996, p.66). Partindo desses princípios, Marx analisa que em nosso período. Período
esse que é dominado pela burguesia. A nossa sociedade consiste em uma eterna luta entre
dois grupos, “proletariado e burguesia”. Sendo assim, o estado é apenas um instrumento
usado pelos burgueses para assegurar ou legitimar suas conquistas. Esse estado consiste em
defender os direitos de uma classe dominante, e para assegurar esses direitos o estado usa
vários mecanismos. Que são os defensores dessas leis criadas por ele. Poder judiciário e as
polícias, por exemplo, engloba esse mecanismo. Já para lenin, que diferentemente de Marx.
Ele conseguiu pôr em prática suas ideias e consequentemente abordou de uma maneira muito
pessoal as teorias de Marx. Isso porque Marx deixou alguns pontos vagos em suas ideias, e isso
deu margem a interpretações equivocadas por parte de seus seguidores. Lenin subverteu o
pensamento de Marx e isso fica claro na questão das lutas do proletariado. Pare ele esse grupa
não tinha força para conseguir fazer uma revolução, tanto que foi através dos grupos políticos
que a revolução aconteceu na Rússia. Diferente de como Marx pensava, ele imaginava que
após o proletariado conseguir se revolucionar. Esse grupo criaria um regime ditatorial, e com
isso governaria de forma homogênea. Lenin não queria o fim do estado ao contrário, ele
imaginava que o estado poderia ser usado a seu favo, como assim fez.

3º Eugenia foi uma forma de racismo que usava a biologia para legitimar suas ações.
Durante o período entre guerras, essa ideia se propagou na Europa e ganhou força apenas na
terra de Hitler. A Alemanha queria aprimorar sua nação e usou como base a conservação dos
corpos. A princípio essa forma de eugenia pode ser considerada positiva, como o autor Mark
Mazower “coloca em seu livro “Continente Sombrio” porem, o problema foi quando a eugenia
negativa foi colocada em prática. O estado começou a intervir na vida das pessoas, ele excluía
aqueles cidadãos que não se encaixava nos padrões exigidos. E um grande exemplo disso foi a
perseguição aos judeus. Em um primeiro momento eles tiraram o poder econômico dessas
pessoas e logo depois começaram a exterminar. No caso dos judeus a justificativa era de que
esse povo, era responsável de ter matado jesus cristo.

A eugenia foi o combustível que levou Hitler a começar a Segunda Guerra Mundial.
Tanto a esquerda, quanto à direita na Alemanha acreditava nessa ideia. E ela não só perseguia
os judeus e os eslavos. Mais sim, todas as pessoas que eram consideradas um peso para o
estado, e que ia contra os valores sociais estabelecidos pelo nazismo. A eugenia é responsável
pelo holocausto, e todos os horrores da Segunda Guerra Mundial tem origem a partir dessa
divisão das pessoas. Hitler acreditava que a raça ariana era superior as outras raças e que
poderia conquistar o mundo! Não conseguiu, e ficou provado que essas ideias não eram
verdadeiras.

Referencias:

Mazower, Mark. Continente Sombrio, 2001.

Kershaw, Ian. De volta do inferno, 2016.

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