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Instituto de Química
Programa de Pós-Graduação em Química
Niterói
2012
Eduardo da Silva Gomes de Castro
Niterói
2012
Eduardo da Silva Gomes de Castro
BANCA EXAMINADORA
________________________________________________
Prof. Dr. Ricardo Jorgensen Cassella – Orientador
Universidade Federal Fluminense
________________________________________________
Prof. Dr. Aderval Severino Luna
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
________________________________________________
Prof. Dr. Rodrigo Azevedo Bagueira
Universidade Federal Fluminense
A minha mãe, por todo incentivo e dedicação ao longo da vida que, sem os
quais este momento nunca chegaria;
Aos grandes amigos Melissa e Lauro pelas valiosas sugestões que ajudaram
a compor este trabalho;
The reference methods usually employed for the quality control of vaccines generally
involves pre-treatment of the samples. Such methods are expensive, slow, unhealth
and sometimes require meticulous manipulation of the samples, creating a potential
source of bias. The main goal of this study was to develop a methodology for the
quality control of thermostabilizers used in the preparation of the vaccine for the
yellow fever, employing the Fourier Transform Infrared Spectrometry (FTIR)
technique. The main advantage was the elimination of the separation step,
developing a simple, fast and inexpensive method with less waste generation and
minimum manipulation of the sample. For this purpose, some Yellow Fever
thermosabilizers samples made at Immunobiological Institute of Technology (Bio-
manguinhos) in Oswaldo Cruz Foundation (FIOCRUZ) were used. The
thermostabilizer consists of Sodium L-glutamate monohydrate, Sorbitol and
hydrolysed bovine gelatin. The new methodology aimed to determine both Sodium L-
glutamate monohydrate and Sorbitol and was optimized taking into account the main
analytical parameters involved in the FTIR technique such as the spectral resolution,
number of scans, spectral bands and baseline correction. A Thermo model 4700
Fourier Transform Infrared spectrometer, equipped with an Attenuated Total
Reflectance accessory was employed for FTIR spectra acquisition. For handling the
spectra of samples and standards, and the construction of calibration curves and
standard addition, OMNIC and TQAnalyst softwares were employed. After
optimization, the best conditions for the analysis were obtained: 64 scans, 4 cm -1 of
spectral resolution and baseline correction at 2 points from 1369 to 1332 cm -1 to
sodium L-glutamate and from 910 to 825 cm-1 to sorbitol with 32 scans, 2 cm-1 of
spectral resolution. Recovery tests were performed yielding mean values of 99.5%
and 100.6% for sodium L-glutamate and sorbitol, respectively. The precision was
estimated through three independent determinations of the analytes and were always
lower than 4%. The limits of detection and quantification were, respectively, 0.19 and
0.62% (m/v) for sodium L-glutamate and 0.98 and 3.28% (w/v) for sorbitol. In order to
evaluate the accuracy of the proposed methodology for the determination of sorbitol,
the results obtained in the analysis of ten samples were compared with those
obtained by the High Performance Liquid Chromatography (HPLC) method, which is
recommended by United States Pharmacopeia (USP). The accuracy of the
methodology for the determination of sodium L-glutamate was tested by comparison
with the spectrophotometric method, based on the measurement of the product of the
enzymatic reaction of the analyte with L-glutaminase. In both cases, there were no
significant differences between the results obtained by the developed and reference
methods at a confidence level of 95%.
Página
Tabela 1: Massas de L-Glutamato de sódio e Sorbitol utilizadas no preparo das amostras em laboratório.............. 57
Tabela 3: Números de ondas das bandas selecionadas para L-glutamato de sódio e sorbitol................................. 74
Curvas analíticas para determinação de L-glutamato de sódio obtidas para as três bandas previamente
Tabela 4: selecionadas, traçadas sem correção de linha de base. Sinais medidos em relação à 76
altura................................................................................................................................................................
Curvas analíticas para determinação de L-glutamato de sódio obtidas para as três bandas previamente
Tabela 5: 76
selecionadas, traçadas sem correção de linha de base. Sinais medidos em relação à área.......................
Curvas analíticas para determinação de Sorbitol obtidas para as quatro bandas previamente
Tabela 6: 76
selecionadas, traçadas sem correção de linha de base. Sinais medidos em relação à altura.....................
Curvas analíticas para determinação de Sorbitol obtidas para as quatro bandas previamente
Tabela 7: 76
selecionadas, traçadas sem correção de linha de base. Sinais medidos em relação à área.......................
Avaliação prévia da qualidade das medições em termos do erro relativo para diferentes bandas obtidas
Tabela 8: 77
em altura e área sem correções na linha de base para o L-glutamato de sódio.............................................
Avaliação prévia da qualidade das medições em termos do erro relativo para diferentes bandas obtidas
Tabela 9: 77
em altura e área sem correções na linha de base para o Sorbitol................................................................
Curvas analíticas para determinação de L-glutamato de sódio obtidas para as três bandas previamente
Tabela 10: selecionadas, traçadas com correção de linha de base em dois pontos. Sinais medidos em relação à 78
altura..............................................................................................................................................................
Curvas analíticas para determinação de L-glutamato de sódio obtidas para as três bandas previamente
Tabela 11: selecionadas, traçadas com correção de linha de base em dois pontos. Sinais medidos em relação à 78
área...............................................................................................................................................................
Curvas analíticas para determinação de Sorbitol obtidas para as três bandas previamente selecionadas,
Tabela 12: 78
traçadas com correção de linha de base em dois pontos. Sinais medidos em relação à altura...................
Curvas analíticas para determinação de Sorbitol obtidas para as três bandas previamente selecionadas,
Tabela 13: 79
traçadas com correção de linha de base em dois pontos. Sinais medidos em relação à área.....................
Avaliação prévia da qualidade das medições em termos do erro relativo para diferentes bandas obtidas
Tabela 14: 79
em altura e área com a linha de base corrigida em dois pontos para o L-glutamato de sódio.....................
Avaliação prévia da qualidade das medições em termos do erro relativo para diferentes bandas obtidas
Tabela 15: 80
em altura e área com a linha de base corrigida em dois pontos para o Sorbitol..........................................
(a) esquerda. Apresentação dos resultados para cada uma das curvas em uma amostra de concentração
desconhecida de termoestabilizador e (b), direita. Teste F com 95% de confiança realizado com as
Tabela 16: 84
variâncias dos resultados obtidos com as curvas analítica e de adição padrão para L-glutamato de
sódio........................................................................................................................................
Teste t, assumindo variâncias diferentes para as curvas analítica e de adição padrão de L-glutamato de
Tabela 17: 85
sódio..............................................................................................................................................................
(a) esquerda. Apresentação dos resultados para cada uma das curvas em uma amostra de concentração
desconhecida de termoestabilizador e (b), direita. Teste F com 95% de confiança realizado com as
Tabela 18: 86
variâncias dos resultados obtidos com as curvas analítica e de adição padrão para
sorbitol...........................................................................................................................................................
Tabela 19: Teste t, assumindo variâncias diferentes para as curvas analítica e de adição padrão de sorbitol.............. 87
Tabela 20: Resultados obtidos após três determinações independentes de L-glutamato de sódio............................... 89
Tabela 21: Resultados obtidos após três determinações independentes de L-glutamato de sódio............................... 90
Tabela 22: Resultados obtidos em triplicata em cada ponto da curva A, suas respectivas médias e desvios padrão... 91
Tabela 26: Resultados obtidos para os pontos da curva C, suas respectivas médias e desvios padrão....................... 94
Curvas analíticas obtidas durante os ensaios de linearidade para o L-glutamato de sódio e seus limites de
Tabela 28: 95
confiança..........................................................................................................................................................
Tabela 29: Resultados obtidos em triplicata em cada ponto da curva A, suas respectivas médias e desvios padrão..... 95
Tabela 31: Resultados obtidos em triplicata em cada ponto da curva B, suas respectivas médias e desvios padrão..... 96
Tabela 33: Resultados obtidos em triplicata em cada ponto da curva C, suas respectivas médias e desvios padrão..... 97
Tabela 35: Curvas analíticas obtidas durante os ensaios de linearidade para o sorbitol e seus limites de confiança...... 98
Tabela 36: Resultados dos ensaios de Repetitividade para o L-glutamato de sódio realizados pelo analista 1.............. 100
Tabela 37: Resultados dos ensaios de Repetitividade para o Sorbitol realizados pelo analista 1.................................... 100
Resultados dos ensaios de precisão intermediária para o L-glutamato de sódio executados pelos
Tabela 38: 101
analistas 1 e 2..................................................................................................................................................
Tabela 39: Resultados dos ensaios de precisão intermediária para o Sorbitol executados pelos analistas 1 e 2............ 101
Tabela 40: Teste F nas variâncias dos analistas 1 e 2 durante os ensaios do L-glutamato de sódio............................... 102
Teste t para variâncias equivalentes realizado entre os analistas 1 e 2 durante os ensaios de precisão
Tabela 41: 102
intermediária na determinação de L-glutamato de sódio.................................................................................
Tabela 42: Teste F nas variâncias dos analistas 1 e 2 durante os ensaios do Sorbitol.................................................... 103
Teste t para variâncias equivalentes realizado entre os analistas 1 e 2 durante os ensaios de precisão
Tabela 43: 103
intermediária na determinação de Sorbitol......................................................................................................
Tabela 45: Ensaio de recuperação de Sorbitol realizado em quatro amostras independentes de termoestabilizador..... 105
Teste t-pareado dos resultados para a determinação de sorbitol nas amostras de termoestabilizador, onde
Tabela 47: 107
Xd e Sd correspondem respectivamente à média e desvio padrão das diferenças................................
Resoluções cromatográficas obtidas após três injeções de uma solução resolução contendo sorbitol e
Tabela 48: 109
manitol..............................................................................................................................................................
Tabela 49: Resultados das análises de dez amostras de termoestabilizador realizados por CLAE e FTIR..................... 111
Teste t-pareado dos resultados para a determinação de sorbitol nas amostras de termoestabilizador, onde
Tabela 50: 111
Xd e Sd correspondem respectivamente à média e desvio padrão das diferenças..........................................
Influência de diferentes temperaturas na robustez do método para determinação de L-glutamato de
Tabela 51: 113
sódio................................................................................................................................................................
Tabela 54: ANOVA de fator controlado na avaliação da influência do pH na determinação de L-glutamato de sódio..... 114
Tabela 55: Valores de em função do pH para as quatro espécies presentes no equilíbrio do ácido glutâmico............ 117
Tabela 56: Influência de diferentes temperaturas na robustez do método para determinação de Sorbitol....................... 118
Página
Figura 2: Casos, mortes e letalidade por Febre Amarela no Brasil. Período entre 1982-2001.................................... 26
Diminuição da infectividade residual e unidades de potência (a escala no eixo vertical a esquerda é dada
Figura 4: 34
em log da potência) de vacinas liofilizadas estabilizadas e não estabilizadas mantidas a 46 °C por quatro
dias................................................................................................................................................................
Processo de medição da resistência da vacina contra a febre amarela durante etapas de congelamento
Figura 6: e descongelamento. As temperaturas em destaque representam mudanças significantes nos valores 36
observados de resistência representando cristalização/descongelamento de porções do
estabilizador...................................................................................................................................................
41
Figura 7: Representação esquemática do interferômetro de Michelson......................................................................
Figura 8: O interferograma gerado pela intensidade de radiação incidente em função da diferença entre os 42
caminhos óticos (8a), e o interferograma decodificado pela transformada de Fourier originando o
espectro de infravermelho (8b)......................................................................................................................
Figura 9: Propagação do feixe de radiação polarizado ao longo do cristal de ATR. Detalhe do ângulo formado 44
entre o feixe, a interface do cristal (plano YX) e a normal.............................................................................
45
Figura 10: Formação das ondas evanescentes durante o processo de reflexão total atenuada....................................
48
Figura 11: Número de publicações retornadas com as palavras-chave “FTIR” e “quantification...................................
Figura 12: Reação mediada pela enzima L-glutaminase formando -cetoglutarato, NADH e amônio.......................... 62
Figura 18: Destaque para as bandas selecionadas de L-glutamato (círculos verdes) de sódio e sorbitol (círculos 75
vermelhos).....................................................................................................................................................
Efeito da resolução nominal (cm-1) e n° de scans acumulados na sensibilidade analítica das curvas de L-
Figura 19: glutamato de sódio. As curvas foram obtidas na banda com máximo em 1347 cm-1 medida em altura em 81
relação à linha de base corrigida entre 1371 e 1332 cm -1 (condição estabelecida em
5.2).................................................................................................................................................................
Efeito da resolução nominal (cm -1) e n° de scans acumulados na sensibilidade analítica das curvas de
Figura 20: Sorbitol. As curvas foram obtidas na banda com máximo em 890 cm-1 medida em altura em relação à 82
linha de base corrigida entre 910 e 838 cm-1 (condição estabelecida em
5.2)...............................................................................................................................................................
Figura 21: 83
Curvas analítica e de adição padrão para o L-glutamato de sódio. Destaque para as equações obtidas
em ambos os casos.......................................................................................................................................
Curvas analítica e de adição padrão para o L-glutamato de sódio. Destaque para as equações obtidas
Figura 22: 84
em ambos os casos......................................................................................................................................
91
Figura 23: Curva analítica A – Determinação de L - glutamato de sódio........................................................................
Figura 32: Cromatograma do padrão de sorbitol obtido em uma de suas injeções........................................................ 110
Figura 34. Espectros de soluções de L-glutamato de sódio em água (5%, m/v) preparadas em diferentes pH’s.......... 115
Os mesmos espectros da Figura 34, em destaque para a banda utilizada durante o trabalho em 1347
Figura 35: 115
cm-1...............................................................................................................................................................
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 18
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................ 22
2.1 A VARÍOLA E A PRIMEIRA IMUNIZAÇÃO ...................................................... 22
2.2 FEBRE AMARELA .............................................................................................. 24
2.2.1 A doença .......................................................................................................... 24
2.2.2 A vacina............................................................................................................ 27
2.2.2.1 A produção da Vacina contra a Febre Amarela (cepa 17 D) no Brasil .......... 28
2.2.3 O Termoestabilizador ....................................................................................... 31
2.2.3.1 Questões relacionadas à preservação das vacinas ...................................... 31
2.2.3.2 A estabilidade da Vacina contra a Febre Amarela ........................................ 33
2.2.3.3 O Termoestabilizador da Vacina contra Febre Amarela ................................ 34
2.3 A ESPECTOSCOPIA DE ABSORÇÃO NO INFRAVERMELHO MÉDIO COM
TRANSFORMADA DE FOURIER (FTIR) .................................................................. 37
2.3.2 Considerações gerais ....................................................................................... 37
2.3.3 Alguns princípios básicos da técnica ................................................................ 39
2.3.3.1 O princípio do interferômetro de Michelson ................................................... 40
2.3.4 Uma breve introdução à técnica de Reflectância Total Atenuada (ATR) ......... 43
2.3.5 Vantagens e desvantagens da técnica de FTIR ............................................... 46
2.4 AS APLICAÇÕES QUANTITATIVAS DA FTIR ................................................... 47
3 OBJETIVOS ........................................................................................................... 55
3.1 GERAIS ............................................................................................................... 55
3.2 Específicos .......................................................................................................... 55
4 MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 56
4.1 OBTENÇÃO DA INFORMAÇÃO ANALÍTICA...................................................... 56
4.1.1 Aquisição das amostras de trabalho ................................................................ 56
4.1.2 Espectros de infravermelho .............................................................................. 57
4.1.2.1 Otimização dos parâmetros espectrais ......................................................... 58
4.1.3 Comparação entre metodologias ..................................................................... 60
4.1.4 Cromatografia a líquido de alta eficiência......................................................... 61
4.1.5 Espectrofotometria na região do ultravioleta e do visível (UV/vis) .................... 62
4.1.6 Validação analítica ........................................................................................... 64
4.1.6.1 Especificidade e Seletividade ........................................................................ 65
4.1.6.1.1 Estimativa da seletividade ............................................................ 65
4.1.6.2 Linearidade .................................................................................................... 66
4.1.6.2.1 Estimativa da linearidade ............................................................. 66
4.1.6.3 Intervalo......................................................................................................... 66
4.1.6.4 Limite de detecção (LD) ................................................................................ 67
4.1.6.4.1 Estimativa do Limite de detecção ................................................. 67
4.1.6.5 Limite de Quantificação (LQ) ......................................................................... 68
4.1.6.5.1 Estimativa do limite de quantificação ........................................... 68
4.1.6.6 Precisão ........................................................................................................ 68
4.1.6.6.1 Repetitividade .............................................................................. 69
4.1.6.6.2 Precisão intermediária ................................................................. 69
4.1.6.7 Exatidão ........................................................................................................ 70
4.1.6.8 Robustez ....................................................................................................... 71
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 72
5.1 Obtenção dos espectros por FTIR ...................................................................... 72
5.2 Seleção das bandas de interesse ....................................................................... 75
5.3 Otimização das condições experimentais ........................................................... 81
5.4 Verificação de interferências de matriz ............................................................... 82
5.4.1 Tratamento estatístico dos dados analíticos .................................................... 84
5.5 Validação Analítica .............................................................................................. 87
5.5.1 Limite de detecção ........................................................................................... 87
5.5.2 Limite de quantificação ..................................................................................... 88
5.5.3 Especificidade e Seletividade ........................................................................... 88
5.5.3.1 Seletividade da metodologia para determinação de L-glutamato de sódio ... 89
5.5.3.2 Seletividade da metodologia para determinação de Sorbitol......................... 90
5.5.4 Linearidade....................................................................................................... 90
5.5.4.1 Linearidade da curva analítica para a determinação de L-glutamato de sódio91
5.5.4.2 Linearidade da curva analítica para a determinação de Sorbitol ................... 95
5.5.5 Intervalo............................................................................................................ 98
5.5.6 Precisão ........................................................................................................... 99
5.5.6.1 Repetitividade ................................................................................................ 99
5.5.6.2 Precisão intermediária ................................................................................. 100
5.5.6.2.1 Tratamento estatístico dos ensaios de precisão ........................ 101
5.5.7 Exatidão ......................................................................................................... 104
5.5.7.1 Ensaios de recuperação .............................................................................. 104
5.5.7.2 Comparação entre metodologias ................................................................ 106
5.5.7.2.1 L-glutamato de sódio .................................................................. 106
5.5.7.2.2 Sorbitol ....................................................................................... 108
5.5.8 Robustez ........................................................................................................ 112
5.5.8.1 Estudo de robustez do método para determinação de L-glutamato de sódio112
5.5.8.1.1 Influência do pH no espectro do L-glutamato de sódio e discussão
adicional .................................................................................................... 114
5.5.8.2 Estudo de robustez do método para determinação de Sorbitol ................... 117
6 CONCLUSÕES .................................................................................................... 120
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 124
1. INTRODUÇÃO
No que tange a qualidade de vacinas, embora seja correto afirmar que haja
uma relação diretamente crescente, garantida por processos cada vez mais
robustos e reprodutíveis, a atuação das Agências Reguladoras, como a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é imperativa. Suas recomendações visam
garantir o mínimo, porém, alto padrão de qualidade dos produtos,
19
internacionalmente estabelecidos. Desde as matérias-primas, passando por seus
produtos intermediários até a obtenção do produto final, devem atender aos níveis
de qualidade pré-determinados. O produto final deve ser investigado quanto a sua
identidade, esterilidade, estabilidade, segurança e potência por metodologias
validadas, tanto pelo órgão produtor quanto pelo Laboratório Nacional onde o
produto será disponibilizado.
20
Dentro do Controle de Qualidade de vacinas em especial, há um interesse em
se conhecer tanto quanto possível a matriz de análise e não apenas as espécies
presentes. Muitas vezes é preciso conhecer a proporção entre determinadas
substâncias e a maneira como elas interagem. Por exemplo, a imunogenicidade, isto
é, a capacidade de induzir uma resposta imune específica, de alguns
imunobiológicos bacterianos é potencializada pela conjugação do encapsulado
bacteriano a proteínas transportadoras (ALMEIDA, 2005; AYUB e PINTO, 1994;
CARVALHO e ANDRADE, 2006). Desta forma, não basta conhecer apenas as
quantidades das espécies envolvidas isoladamente, mas o quanto há do composto
conjugado.
21
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Durante o final do século XVIII, a Europa vivia uma epidemia daquela que é
classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das
enfermidades mais devastadoras da história da humanidade. A varíola. Registros
datam que a varíola já ceifava vidas humanas desde o período de 1160 a.C., quando
lesões compatíveis com aquelas provocadas pela doença foram encontradas na
cabeça mumificada do faraó Ramsés V. Contudo, ainda existem especulações de
que ela pode ter surgido por volta de 10.000 a.C. com o fim do nomadismo, nas
primeiras evidências de assentamentos rurais (MCNEIL, 1976). Sendo assim, é
imaginável a dificuldade na obtenção de dados exatos sobre a letalidade/mortalidade
da doença, mas estima-se que durante a idade média, a varíola matava cerca de 3
milhões de pessoas por ano e que, ainda no século XX entre 300 a 500 milhões de
pessoas tenham morrido de varíola em todo mundo (LEVI e KALLÁS, 2002).
22
Como conseqüência natural destas observações, o médico britânico estava
seguro que era possível propagar a doença por inoculação sob a forma bovina como
posteriormente, a partir de um ser humano para outro. Então, no dia 14 de maio de
1796, Edward Jenner coletou uma amostra de sangue de uma ordenhadora
chamada Sarah Nelmes e o inoculou em um menino de oito anos de idade chamado
James Phipps (SCHATZMAYR, 2001). Neste dia, nascia então a primeira técnica de
imunização descrita pelo homem.
23
Atualmente, a Organização Mundial da Saúde define uma vacina como
qualquer preparo que induza imunidade a alguma doença, estimulando a produção
de anticorpos. Vacinas incluem, por exemplo, suspensões de microorganismos
mortos ou atenuados, ou produtos ou derivados de microorganismos. A forma mais
amplamente administrada das vacinas é a injetável, podendo ainda ser encontrada
como spray nasal ou suspensão oral. (http://www.who.int/topics/vaccines/en/,
acessada em 16/12/2011).
2.2.1 A doença
A Febre Amarela pode ser definida como uma doença infecciosa viral, não
contagiosa, aguda de curta duração, que pode ser transmitida ao homem mediante
picada de insetos hematófagos da família Culicidae, em especial dos Gêneros
Aedes e Haemagogus (VASCONCELOS, 2002). Sua sintomatologia é altamente
dependente da gravidade da doença, isto é, podendo ocorrer desde a sua forma
oligossintomática (com pouca ou nenhuma observação de sintomas) até a febre
hemorrágica viral, clássica nos eventos de maior gravidade (MONATH, 2001).
Nos dias atuais, a Febre Amarela ainda afeta pelo menos duzentos mil
indivíduos nas regiões tropicais da África e América do Sul (Figura 1), constituindo
risco eminente a viajantes não vacinados a estas regiões. Contudo, cabe ressaltar
que regiões como: América Central, Caribe, Sul dos Estados Unidos, Índia, Sudeste
da Ásia, Austrália (Queensland), sudeste da China, Taiwan, além dos arquipélagos
do Pacífico apesar de não compreenderem as regiões endêmicas da Febre Amarela
(Figura 1), apresentam aumento crescente da densidade e distribuição de Aedes
24
aegypti, principal vetor da forma urbana da doença (MONATH, 2001), caracterizando
assim, regiões potenciais para a introdução e disseminação da doença.
25
Figura 2. Casos, mortes e letalidade por Febre Amarela no Brasil. Período entre
1982-2001 (VASCONCELOS, 1999).
2.2.2 A vacina
A cepa 17D é uma das mais bem sucedidas vacinas de vírus vivo atenuado já
desenvolvidas e já foi administrada em mais de 540 milhões de pessoas,
desenvolvendo uma resposta imune específica em mais de 95% dos vacinados em
até 10 dias após a vacinação (FIELDS et al., 1996).
Figura 3. Fluxo do processo produtivo da Vacina contra a Febre Amarela (BENCHIMOL, 2001).
28
A primeira etapa que envolve a produção de um lote de vacinas contra a febre
amarela compreende o recebimento dos ovos onde os vírus serão inoculados. Estes
ovos são produzidos por granjas comuns, todavia, as aves produtoras destes ovos
encontram-se em áreas assépticas e segregadas das demais, voltadas ao
abastecimento comum. Estes ovos são conhecidos pela sigla em inglês SPF
(Specfic Pathogenic Free), ou livre de agentes infecciosos específicos. Possuem a
vantagem de serem livres de 15 diferentes vírus que contaminam os ovos comuns.
Então, quando do recebimento destes ovos SPF, eles são verificados à contraluz
para a retirada das unidades trincadas ou rachadas e ainda, os ovos chamados
“brancos” (estéreis) ou com embriões mortos (BENCHIMOL, 2001).
Em seguida os ovos são levados para nova etapa de incubação, desta vez
por mais três dias, mantidas as mesmas condições da primeira incubação. Nova
ovoscopia também é realizada no décimo segundo dia e os embriões mortos são
descartados. A seqüência desta etapa é a coleta dos embriões vivos. Extremamente
delicada, ela se dá no interior das salas limpas, onde os ovos são colocados sobre
suportes giratórios e os operadores aplicam um maçarico, tangencialmente,
queimando apenas a superfície superior do ovo, onde a sua calota e retirada, sem
que seu interior seja excessivamente aquecido. Tal e qual uma linha de produção, o
operador seguinte retira a calota extraída e expõe o embrião com uma espátula
estéril, removendo-os com o fórceps e colocando-os em trituradores. Após a
trituração, os embriões são transferidos para frascos de centrífuga de 1000 mL, onde
se dá a centrifugação por uma hora a uma temperatura de 4 °C a 8 °C.
2.2.3 O Termoestabilizador
31
armazenamento e transporte seja feito dentro de uma estreita faixa de temperatura
de 2 a 8 °C.
33
Figura 4. Diminuição da infectividade residual e unidades de potência (a escala no eixo
vertical a esquerda é dada em log da potência) de vacinas liofilizadas estabilizadas e não
estabilizadas mantidas a 46 °C por quatro dias. Adaptada de Galazka, Milstien e Zaffran
(1998).
34
substancias crioprotetoras. Este parâmetro é considerado de extrema importância,
exercendo influência no desenvolvimento dos ciclos de liofilização.
Consequentemente, as propriedades de cristalização da vacina estabilizada a baixas
temperaturas são extensivamente estudadas. Adebayo e colaboradores (1998)
chamam a atenção que alguns açúcares, aminoácidos e cátions divalentes,
substâncias frequentemente utilizadas em preparos de estabilizadores, deverem ser
cuidadosamente avaliadas devido ao fato de algumas delas apresentarem ponto de
congelamento muito baixo, o que não é muito adequado em ciclos de liofilização.
Além disso, repetidas etapas de congelamento e descongelamento devem ser
evitadas, pois depreciam o título viral (LOPEZ, GUIMARAES e CARVALHO, 1987).
Figura 5. Programa de temperatura utilizada no ciclo de liofilização da vacina contra a Febre Amarela
(Adebayo et al., 1998).
35
A velocidade de congelamento utilizada neste estudo foi de 1 ºC/min., e a de
descongelamento foi de 3 ºC/min. Na Figura 6 observam-se os valores de variação
da resistência em função da temperatura ao longo do tempo, obtidos para um
termoestabilizador estudado e composto pela mistura em partes iguais de: 7,5 g de
myo-inositol, 3,8 g de D-sorbitol dissolvidos em 50 mL de solução de NaCl 0.9% e,
3,5 g Na2HPO4 dissolvidos em 50 ml de solução de NaCl 0,9%. As curvas
observadas na parte inferior da Figura representam as derivadas dos valores obtidos
para a resistência durante o processo de congelamento e descongelamento
(orientados de acordo com as setas).
Figura 6. Processo de medição da resistência da vacina contra a febre amarela durante etapas de congelamento e
descongelamento. As temperaturas em destaque representam mudanças significantes nos valores observados de
resistência representando cristalização/descongelamento de porções do estabilizador (Adebayo et al., 1998).
36
utilização de soluções tampão, como fosfato ou TRIS-HCl
(hidroximetilaminometano), açúcares como lactose, sorbitol, sacarose ou trehalose,
sais de cálcio e magnésio como CaCl2 e MgSO4, albuminas humana, bovina ou do
leite (esta mais comum por envolver menores riscos de contaminação), meios de
cultura como Hawk ou gelatina hidrolisada e aminoácidos como alanina, histidina,
valina, treonina, ácido glutâmico/glutamato, arginina, metionina, lisina, isoleucina,
hidroxiprolina, fenilalanina, glicina e serina. Cada uma destas substâncias
desempenha uma função específica dentro da composição do termoestabilizador.
Em alguns casos, algumas substâncias atuam de forma conjunta no aumento da
termoestabilidade da vacina (Adebayo et al., 1998).
38
Entretanto, a obtenção de um espectro ainda era lenta. Os interferogramas
gerados necessitavam ser transportados para outras interfaces para assim serem
processados. A popularização dos microcomputadores que ocorreu nos últimos vinte
anos tornou possível não apenas o controle total do instrumento, como também o
processamento matemático do grande número de informações espectrais geradas
em até poucos segundos. A partir de então, a espectrometria de absorção no
infravermelho médio com transformada de Fourier se tornou uma técnica
instrumental dinâmica com uma ampla variedade de aplicações (GRIFFITHS e
HASETH, 1986).
39
Como exposto no parágrafo anterior, a energia da radiação infravermelha
absorvida é a diferença de energia entre certos níveis de energia vibracional da
molécula. Considerando como Ee e Ef as energias vibracionais das moléculas em
seus estados excitados e fundamentais respectivamente, tem-se então que:
hEe - Ef,
Contudo, satisfazer a esta equação não é a única condição para que ocorra a
absorção da radiação na região do infravermelho. Para tal, as transições
necessariamente devem obedecer as regras de seleção, isto é, existem transições
que são permitidas enquanto que outras são ditas proibidas. De uma maneira geral,
as transições que envolvem a variação de número quântico principal em + 1 são
transições permitidas enquanto que as demais, não. Além disso, outra imposição à
absorção infravermelha diz respeito à simetria da molécula. Isto é, a radiação só é
absorvida quando há uma modificação no momento de dipolo de uma molécula
(CHRISTY, OZAKI e GREGORIOU, 2001).
40
Figura 7. Representação esquemática do interferômetro de Michelson
∫
[[𝐵()[1 + cos (2𝑑
42
2.3.4 Uma breve introdução à técnica de Reflectância Total Atenuada (ATR)
Não faz parte do escopo deste trabalho discorrer sobre as diferentes técnicas
de medição, assim como os acessórios disponíveis para executá-las, mas cabe citar
que os processos mais comuns em infravermelho médio se baseiam na medição da
radiação transmitida. Ainda, observa-se a técnica da reflectância difusa, de grande
importância em medições na região do infravermelho médio, além da que será
brevemente discutida aqui, a técnica da reflectância total atenuada (MOROS, 2006).
43
Figura 9. Propagação do feixe de radiação polarizado ao longo do cristal de
ATR. Detalhe do ângulo formado entre o feixe, a interface do cristal (plano
YX) e a normal (CHITTUR, 1997).
44
determinar o número de reflexões no cristal de ATR que, segundo o autor, seria uma
informação análoga ao caminho ótico em outros sistemas espectroscópicos.
Figura 11. Número de publicações retornadas com as palavras-chave “FTIR” e “quantification”. Á esquerda, fig. 11a pela base
Scopus e à direita, fig. 11b, pela base ISI web of science.
A pesquisa pela base Scopus retornou 269 referências enquanto que a busca
realizada com as mesmas palavras-chave pela base ISI web of Science retornou 366
resultados. Entretanto, a observação mais importante não se reflete no número de
ocorrências retornadas ao longo da pesquisa. De certa forma, é até razoável
imaginar que estes dados já estejam desatualizados em virtude da data em que
foram obtidos, porém, nos dois casos, o levantamento mostra um aumento do
48
número de publicações nesta área ao longo dos últimos anos, o que leva a crer que
há um interesse crescente por parte dos grupos de pesquisa no assunto.
Uma pesquisa de cunho qualitativo pode, por sua vez, ilustrar como esta
técnica tem sido empregada e, em quais áreas ela tem despertado maiores
interesses.
Moros et al. (2006) fizeram uma avaliação crítica da aplicação por eles
proposta para a determinação de vários parâmetros nutricionais em amostras
comerciais de iogurtes por ATR-FTIR. Nesta avaliação, os parâmetros nutricionais
em estudo foram: o valor energético, assim como o de carboidratos, proteínas e
conteúdo de cálcio. Os autores utilizaram uma população de 48 amostras, cobrindo
uma ampla faixa de tipos de iogurtes comercializados nos mercados espanhóis, a
fim de construírem um conjunto de calibração representativo. Este conjunto de
amostras incluiu segundo o grupo; iogurte comum, com adição de açúcar, sem
gordura, com baixos teores de gordura, com altos teores de gordura, aromatizados,
51
dentre outros. Esta heterogeneidade, segundo os autores, causou influência
negativa na robustez do método. Por outro lado, os pesquisadores concluíram boas
estimativas para todos os parâmetros nutricionais, inclusive para o conteúdo de
cálcio, o que apenas não foi observado na medição do conteúdo de gordura, onde
se acredita haver interferências espectrais mediante a presença de ácidos láticos
que absorvem em regiões muito próximas às dessas espécies.
Outra aplicação de interesse ambiental foi proposta por Moros et al. (2010). O
grupo estudou a qualidade dos sedimentos estuarinos1 da região ao longo de Ria de
Arousa, localizada na costa noroeste da Espanha. Utilizando um modelo
quimiométrico (PLS) e a FTIR, o grupo foi capaz de realizar a medição de alguns
marcadores químicos que podem ser aplicados no controle da contaminação do
ambiente estuarino. Baseando-se na capacidade dos sedimentos em ligarem-se a
metais através de processos de precipitação, adsorção ou troca-iônica
(CROMPTON, 2001), os pesquisadores realizaram a especiação de cromo, além da
determinação de metais em níveis de traços de estanho, chumbo, cádmio, antimônio
e arsênio, acessando a biodisponibilidade de metais ao longo da região, associada à
medição do pH e do potencial redox. A aplicação desta característica química dos
sedimentos tornou possível a determinação de metais, o que de outra maneira seria
inconcebível por esta técnica, consequentemente, o grupo conseguiu explorar as
1
Estuários são ambientes aquáticos transicionais entre um rio e o mar, além disso, são complexos no
que diz respeito à fonte e composição de seus sedimentos aquáticos (MOROS et al., 2010).
52
facilidades operacionais da FTIR, como a capacidade de processar um grande
número de amostras coletadas em diferentes pontos da região, e ao longo de um
intervalo de tempo de mais de um ano, fato que ofereceu à pesquisa valiosas
informações acerca da variabilidade e sazonalidade daquela localização.
53
metodologia de referência publicada pela ASTM2 (American Society for Testing and
Materials), além da alta capacidade de processamento, também superior àquela
observada pela norma.
2
A referência não descreve a técnica utilizada pela norma ASTM.
54
3 OBJETIVOS
3.1 GERAIS
3.2 ESPECÍFICOS
55
4 MATERIAIS E MÉTODOS
56
Tabela 1. Massas de L-Glutamato de sódio e Sorbitol utilizadas no preparo das amostras em laboratório.
57
A primeira etapa de pré-tratamento teve por finalidade a obtenção dos
espectros de cada uma das espécies individualmente. Para isto, foram preparadas
soluções de L-glutamato de sódio, sorbitol e gelatina hidrolisada, desta forma seria
possível identificar algumas bandas de potencial interesse analítico.
58
etapa, foi preparada uma amostra na qual a concentração de L-glutamato de sódio e
sorbitol eram conhecidas. Em seguida, cada uma destas curvas foram testadas com
esta amostra. A partir daí, estabeleceu-se um erro percentual de acordo com a
fórmula abaixo:
60
(United States Pharmacopeia) 30ª edição, como fonte primária de pesquisa e como
compêndio de referência.
61
trabalho programada foi de 80 °C + 5°C. A fase móvel empregada na análise foi
água deionizada.
Cabe ressaltar que cada uma das soluções, isto é, padrão e amostras foram
preparadas em triplicada e, cada um destes preparos foram injetados por três vezes
caracterizando assim, ensaios mutuamente independentes. Ao final da sequência de
injeções, as áreas sob os picos cromatográficos foram integrados com o auxílio do
software ENPOWER® 2 para que fossem efetuados os cálculos pertinentes.
L-GLDH
+ + H2O + + NH4+
L-Glutamato α-cetoglutarato
NAD+ NADH
Figura 12. Reação mediada pela enzima L-glutaminase formando -cetoglutarato, NADH e amônio.
62
A reação se dá em uma única etapa em que ocorre a desidrogenação do L-
glutamato coma formação do -cetoglutarato liberando amônio, com a concomitante
redução do NAD+ a NADH que pode ser detectado espectrofotometricamente na
região do visível a 340 nm.
Para a realização dos ensaios, como descrito no item 4.1.3, foi utilizado um kit
para a determinação de L-glutamato, cujo código de identificação é GLN-1, fornecido
pela empresa Sigma-Aldrich. Cabe ressaltar que o kit é específico para L-glutamato,
não sendo aplicado ao seu isômero óptico. Ademais, todos os reagentes utilizados
descritos adiante foram fornecidos pelo kit.
Especificidade e Seletividade;
Linearidade;
Intervalo;
Precisão;
Limite de detecção;
Limite de quantificação;
Exatidão;
Robustez.
64
4.1.6.1 Especificidade e Seletividade
65
4.1.6.2 Linearidade
4.1.6.3 Intervalo
66
possível, esta concentração teórica esteja no centro da faixa de trabalho, local onde
a incerteza relativa aos pontos experimentais é menor.
o desvio padrão do intercepto (ou o coeficiente linear), a. Adiante, este valor é
aplicado na fórmula abaixo (ANVISA).
67
4.1.6.5 Limite de Quantificação (LQ)
4.1.6.6 Precisão
4.1.6.6.1 Repetitividade
69
mesmo laboratório ou, a mínima precisão obtida por ele nestas circunstâncias
(VALCÁRCEL, 2000).
4.1.6.7 Exatidão
70
4.1.6.8 Robustez
71
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
72
0,10
0,09
0,08
0,07
0,06
Absorbance
0,05
0,04
0,03
0,02
0,01
0,00
- 0,01
350 0 300 0 250 0 200 0 150 0 100 0
W av enu mber s ( c m- 1)
73
Na Figura 17 ilustram-se os espectros das três substâncias componentes,
além da própria amostra3.
0,32
0,30
0,28
0,26
0,24 Gelatina
0,22
0,20
0,18 Sorbitol
Ab sor ba nce
0,16
0,14
0,12
Glutamato de sódio
0,10
0,08
0,06
0,04
Termoestabilizador
0,02
0,00
Adiante, com base em uma análise preliminar dos espectros da Figura 17, foi
possível fazer uma seleção prévia de algumas bandas de interesse em cada uma
das substâncias presentes no termoestabilizador. Foram selecionadas três bandas
para o L-glutamato de sódio e quatro bandas para o sorbitol com seus respectivos
números de onda (cm-1). As bandas selecionadas encontram-se na Tabela 3.
1557 1415
N° de onda (cm-1)
1402 1084
1347 1046
- 890
3
Os Espectros da Figura 17 encontram-se fora de escala e dispostos apenas para fins de
visualização das bandas.
74
Figura 18. Destaque para as bandas selecionadas de L-glutamato (círculos verdes) de
sódio e sorbitol (círculos vermelhos).
75
Tabela 4. Curvas analíticas para determinação de L-glutamato de sódio obtidas para as três bandas
previamente selecionadas, traçadas sem correção de linha de base. Sinais medidos em relação à altura.
Tabela 5. Curvas analíticas para determinação de L-glutamato de sódio obtidas para as três bandas
previamente selecionadas, traçadas sem correção de linha de base. Sinais medidos em relação à área.
Tabela 6. Curvas analíticas para determinação de Sorbitol obtidas para as quatro bandas previamente
selecionadas, traçadas sem correção de linha de base. Sinais medidos em relação à altura.
Tabela 7. Curvas analíticas para determinação de Sorbitol obtidas para as quatro bandas previamente
selecionadas, traçadas sem correção de linha de base. Sinais medidos em relação à área.
76
Em princípio, todas as bandas previamente selecionadas apresentaram bom
ajuste ao modelo linear4. Esta informação, entretanto, não oferece elementos para
que se decida sobre qual banda, assim como qual condição é a mais adequada para
se proceder as medições subseqüentes. Desta forma, com uma amostra de
termoestabilizador de concentração conhecida de L-glutamato de sódio (6,9% m/v) e
sorbitol (16,0 % m/v) produzida em laboratório, testaram-se cada uma das curvas
obtidas para cada banda selecionada nas condições já descritas, estabelecendo-se
o erro relativo conforme discutido no item 4.1.2.1. As Tabelas 8 e 9 a seguir ilustram
os resultados obtidos para L-glutamato de sódio e sorbitol respectivamente.
4
A rigor, um tratamento estatístico baseado na análise de variância (ANOVA) é mais adequado antes
de se fazer qualquer inferência acerca da qualidade do ajuste obtido. Contudo, por se tratar de uma
etapa prévia onde se deseja conhecer a banda assim como as condições de medição (altura ou área)
mais adequadas, esta avaliação foi mantida.
77
Uma análise crítica destes dados ainda não permite concluir nada a respeito
das medições realizadas através das alturas das bandas ou áreas das bandas,
porém, torna evidente a presença de erro sistemático proveniente da não correção
da linha de base, independente da natureza da espécie, ou modo de medição,
caracterizando a necessidade desta correção a fim de eliminar os enormes erros
observados. Sendo assim, um novo conjunto de experimentos foi realizado de modo
semelhante ao anterior, contudo, cada banda foi corrigida em dois pontos de seu
espectro. Os resultados encontram-se expostos nas Tabelas 10, 11, 12 e 13 abaixo,
para L-glutamato de sódio e Sorbitol respectivamente.
Tabela 10. Curvas analíticas para determinação de L-glutamato de sódio obtidas para as três bandas previamente
selecionadas, traçadas com correção de linha de base em dois pontos. Sinais medidos em relação à altura.
Tabela 11. Curvas analíticas para determinação de L-glutamato de sódio obtidas para as três bandas previamente
selecionadas, traçadas com correção de linha de base em dois pontos. Sinais medidos em relação à área.
Tabela 12. Curvas analíticas para determinação de Sorbitol obtidas para as três bandas previamente selecionadas,
traçadas com correção de linha de base em dois pontos. Sinais medidos em relação à altura.
78
Tabela 13. Curvas analíticas para determinação de Sorbitol obtidas para as três bandas previamente selecionadas,
traçadas com correção de linha de base em dois pontos. Sinais medidos em relação à área.
Adiante, a qualidade das medições das bandas foi avaliada em cada uma das
condições sugeridas mais uma vez, através da estimativa do erro avaliado,
empregando-se a mesma solução de concentração conhecida a cada uma das
curvas. Os resultados são demonstrados nas Tabelas 14 e 15 para L-glutamato e
Sorbitol respectivamente.
Tabela 14. Avaliação prévia da qualidade das medições em termos do erro relativo para diferentes
bandas obtidas em altura e área com a linha de base corrigida em dois pontos para o L-glutamato de
sódio.
79
Tabela 15. Avaliação prévia da qualidade das medições em termos do erro relativo para diferentes
bandas obtidas em altura e área com a linha de base corrigida em dois pontos para o Sorbitol.
Cabe aqui uma breve discussão acerca dos dados obtidos neste experimento.
Não é de causar surpresa o fato de não terem sido observados resultados
satisfatórios para as medições realizadas através das áreas, apesar dos bons
ajustes obtidos em todas as curvas. O fato é que, à medida que a faixa espectral de
interesse é ampliada, começa a haver uma interferência espectral devido à
sobreposição de bandas das demais espécies presentes. Esta interferência, também
é conhecida como interferência específica e não pode ser corrigida por métodos
tradicionais de calibração como a curva de adição-padrão ou a padronização interna.
80
5.3 OTIMIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES EXPERIMENTAIS
0,0016
Sensibilidade (U.a.)
0,0014
0,0014-0,0016
0,0012
0,0012-0,0014
2
0,001 0,001-0,0012
4 0,0008-0,001
0,0008
100
8
64
32
16
16
Figura 19. Efeito da resolução nominal (cm-1) e n° de scans acumulados na sensibilidade analítica
das curvas de L-glutamato de sódio. As curvas foram obtidas na banda com máximo em 1347 cm-1
medida em altura em relação à linha de base corrigida entre 1371 e 1332 cm -1 (condição
estabelecida em 5.2).
81
7
6 6,5-7
2
5,5 6-6,5
4 5,5-6
5
100 5-5,5
8
64
32
16
16
Figura 20. Efeito da resolução nominal (cm-1) e n° de scans acumulados na sensibilidade analítica
das curvas de Sorbitol. As curvas foram obtidas na banda com máximo em 890 cm-1 medida em altura
em relação à linha de base corrigida entre 910 e 838 cm-1 (condição estabelecida em 5.2).
Sendo assim, foi construída uma curva de adição padrão sobre uma amostra
de termoestabilizador produzida em rotina pelo laboratório SEMES (DEVIR), onde a
concentração dos analitos era desconhecida. Foram adicionadas quantidades
adequadas de solução padrão a seis balões volumétricos, a fim de se obter
concentrações finais equivalentes a 0, 1, 2, 3, 4 e 5% (m/v) de L-glutamato de sódio,
além da quantidade do analito presente na amostra que fora previamente adicionado
em volumes iguais a cada um destes balões. Este procedimento foi seguido
analogamente para o caso do sorbitol. A Figura 21 ilustra graficamente os resultados
obtidos nas curvas analítica e de adição padrão através da comparação entre as
inclinações obtidas em cada uma delas no caso do L-glutamato de sódio. Neste
caso a diferença entre elas foi de 2,7%.
Comparação entre as curvas analítica e de adição padrão
L-glutamato de sódio
0,0160
0,0140
Absorvância (u.a)
Figura 21. Curvas analítica e de adição padrão para o L-glutamato de sódio. Destaque para as
equações obtidas em ambos os casos.
83
Comparação entre as curvas analítica e de adição padrão
Sorbitol
0,014
0,012
y = 0,000622x + 0,00454
Absorvância (u.a)
0,010 R² = 0,9946
0,008
0,006
y = 0,000655x - 0,000342 Adição padrão
0,004 R² = 0,9984 Curva analítica
0,002
0,000
0 5 10 15 20
Concentração % (m/v)
Figura 22. Curvas analítica e de adição padrão para o L-glutamato de sódio. Destaque para as
equações obtidas em ambos os casos.
Tabela 16. (a) esquerda. Apresentação dos resultados para cada uma das curvas em uma amostra de concentração
desconhecida de termoestabilizador e (b), direita. Teste F com 95% de confiança realizado com as variâncias dos
resultados obtidos com as curvas analítica e de adição padrão para L-glutamato de sódio.
84
Como os resultados demonstram, Fcalculado é maior que Fcrítico, de onde é
possível concluir que as variâncias obtidas pelas curvas analítica e de adição padrão
não são comparáveis, isto é, são consideradas heterocedásticas com um nível de
confiança de 95%. Neste caso, é recomendada a utilização do teste t para variâncias
estatisticamente diferentes, e a equação que o descreve segue abaixo.
Tabela 18. (a) esquerda. Apresentação dos resultados para cada uma das curvas em uma amostra de concentração
desconhecida de termoestabilizador e (b), direita. Teste F com 95% de confiança realizado com as variâncias dos
resultados obtidos com as curvas analítica e de adição padrão para sorbitol.
Neste caso, S representa o desvio padrão agrupado, uma vez que ambos os
desvios-padrão das duas médias são equivalentes. S pode ser calculado conforme
abaixo.
O teste t acima mostra que o valor de tcalculado é menor que tTabelado ao nível de
95% de confiança, então a hipótese nula (H0: 1 = 2) é mantida, de onde se conclui
que, com este nível de confiança, não foram evidenciadas interferências de matriz
no método para determinação de sorbitol.
Como foi discutido anteriormente, este estudo é importante neste momento do
trabalho, isto é, em um momento anterior ao início da execução do protocolo de
validação. Uma vez que, em ambos os casos não foi possível evidenciar a presença
de interferências de matriz, é permitida a utilização da curva analítica, o que,
indubitavelmente é vantajoso por sua simplicidade e menor consumo de amostras.
5.5 VALIDAÇÃO ANALÍTICA
5
Como critério na escolha da inclinação a ser utilizada, optou-se sempre pela de menor valor.
0,00133 para L-glutamato e 0,000630 para Sorbitol.
87
a = 2,1 x 10-4, sendo assim LD = (3 x a)/ IC5, logo:
LDSorbitol = 0,98% (m/v)
88
5.5.3.1 Seletividade da metodologia para determinação de L-glutamato de sódio
6
O intervalo relativo aos valores negativos foi desprezado.
89
5.5.3.2 Seletividade da metodologia para determinação de Sorbitol
5.5.4 Linearidade
90
5.5.4.1 Linearidade da curva analítica para a determinação de L-glutamato de sódio
Tabela 22. Resultados obtidos em triplicata em cada ponto da curva A, suas respectivas médias e
desvios padrão.
Curva A
0,015
Absorvância (u.a)
0,01
y = 0,00160x - 0,00002
R² = 0,99998
0,005
0
0 2 4 6 8 10 12
Concentração % (m/v)
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Regressão 1 5,962E-04 5,962E-04 27582 2,507E-27
Resíduo 16 3,458E-07 2,162E-08
Total 17 5,965E-04
Curva B
Concentração (%) Abs 1 Abs 2 Abs 3 Média Desvio padrão
0 -2,29E-04 -2,42E-04 -1,75E-04 -2,15E-04 3,55E-05
2,00 3,10E-03 3,11E-03 3,26E-03 3,16E-03 9,12E-05
4,00 7,24E-03 6,34E-03 6,45E-03 6,68E-03 4,91E-04
6,00 9,78E-03 9,90E-03 9,85E-03 9,84E-03 6,03E-05
8,00 1,31E-02 1,40E-02 1,32E-02 1,34E-02 4,93E-04
10,0 1,65E-02 1,64E-02 1,65E-02 1,65E-02 5,77E-05
1,50E-02
Absorvância (u.a)
1,20E-02
y = 0,0017x - 0,0002
r² = 0,9979
9,00E-03
6,00E-03
3,00E-03
0,00E+00
0 2 4 6 8 10 12
Concentração % (m/v)
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Regressão 1 5,908E-04 5,908E-04 7676 6,889E-23
Resíduo 16 1,231E-06 7,697E-08
Total 17 5,920E-04
93
Prosseguindo com a terceira curva analítica traçada para a determinação de
L-glutamato de sódio, a Tabela 26 e a Figura 25 ilustram seus resultados.
Tabela 26. Resultados obtidos para os pontos da curva C, suas respectivas médias e desvios
padrão.
Curva C
1,50E-02
Absorvância (u.a)
1,20E-02
9,00E-03
y = 0,0017x - 0,0002
r² = 0,9989
6,00E-03
3,00E-03
0,00E+00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Concentração % (m/v)
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Regressão 1 5,715E-04 5,715E-04 23696 8,443E-27
Resíduo 16 3,859E-07 2,412E-08
Total 17 5,719E-04
Tabela 28. Curvas analíticas obtidas durante os ensaios de linearidade para o L-glutamato de sódio e seus
limites de confiança.
Tabela 29. Resultados obtidos em triplicata em cada ponto da curva A, suas respectivas médias e
desvios padrão.
Curva A
Concentração (%) Abs1 Abs2 Abs3 Média Desvio padrão
0 5,00E-05 -6,00E-05 9,00E-05 2,67E-05 7,77E-05
4,93 2,59E-03 2,84E-03 2,89E-03 2,77E-03 1,61E-04
9,86 5,79E-03 6,01E-03 5,94E-03 5,91E-03 1,12E-04
14,79 9,08E-03 8,88E-03 8,98E-03 8,98E-03 1,00E-04
19,72 1,26E-02 1,26E-02 1,25E-02 1,26E-02 1,00E-05
24,65 1,62E-02 1,61E-02 1,62E-02 1,62E-02 6,56E-05
Curva A - Sorbitol
0,018
0,015
Absorvância (u.a)
0,012
y = 0,0007x - 0,0003
0,009 R² = 0,9973
0,006
0,003
0
0 5 10 15 20 25
Concentração % (m/v)
95
Avaliando os resultados através da ANOVA na regressão, segue os seguintes
dados na Tabela 30.
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Regressão 1 5,479E-04 5,479E-04 5959 5,198E-22
Resíduo 16 1,471E-06 9,194E-08
Total 17 5,493E-04
Tabela 31. Resultados obtidos em triplicata em cada ponto da curva B, suas respectivas médias e
desvios padrão.
Curva B
Concentração (%) Abs 1 Abs 2 Abs 3 Média Desvio padrão
0 -6,53E-05 -1,84E-03 -1,27E-04 -6,77E-04 1,01E-03
5,00 3,00E-03 2,93E-03 2,80E-03 2,91E-03 1,01E-04
10,00 6,09E-03 5,92E-03 5,79E-03 5,93E-03 1,50E-04
15,00 9,18E-03 9,08E-03 9,16E-03 9,14E-03 5,29E-05
20,00 1,27E-02 1,27E-02 1,26E-02 1,27E-02 5,77E-05
25,00 1,63E-02 1,65E-02 1,66E-02 1,65E-02 1,53E-04
Curva B - Sorbitol
1,80E-02
1,50E-02
Absorvância (u.a)
1,20E-02
3,00E-03
0,00E+00
0 5 10 15 20 25
Concentração % (m/v)
96
Tabela 32. Análise de variância (ANOVA) da curva B de Sorbitol.
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Regressão 1 5,987E-04 5,987E-04 3288 5,959E-20
Resíduo 16 2,914E-06 1,821E-07
Total 17 6,017E-04
Tabela 33. Resultados obtidos em triplicata em cada ponto da curva C, suas respectivas
Curva C
Curva C - Sorbitol
1,80E-02
1,50E-02
Absorvância (u.a)
1,20E-02
9,00E-03
y = 0,0007x - 0,0007
R² = 0,9972
6,00E-03
3,00E-03
0,00E+00
0 5 10 15 20 25
Concentração % (m/v)
Diante dos dados acima, segue então a respectiva ANOVA na Tabela 34.
97
Tabela 34. Análise de variância (ANOVA) da curva C de Sorbitol.
ANOVA
gl SQ MQ F F de significação
Regressão 1 5,89E-04 5,89E-04 5663 7,81E-22
Resíduo 16 1,67E-06 1,04E-07
Total 17 5,91E-04
Tabela 35. Curvas analíticas obtidas durante os ensaios de linearidade para o sorbitol e seus limites
de confiança.
Curva analíticaa y = (a + LCa) + (b + LCb)[X]
Curva A y = (-0,0003 + 0,00068) + (0,0007 + 0,00004)[Sor]
5.5.5 Intervalo
98
mínima exigida. Sendo assim, os resultados satisfatórios obtidos no estudo de
linearidade da curva suportam a linearidade para a faixa de trabalho.
5.5.6 Precisão
5.5.6.1 Repetitividade
99
Tabela 36. Resultados dos ensaios de Repetitividade para o L-
glutamato de sódio realizados pelo analista 1.
Média 6,81
Desvio padrão 0,11
Coeficiente de variação 1,56
Intervalo de confiança + 0,11
Média 16,61
Desvio padrão 0,52
Coeficiente de variação 3,14
Intervalo de confiança + 0,55
100
Tabela 38. Resultados dos ensaios de precisão intermediária para o L-
glutamato de sódio executados pelos analistas 1 e 2.
7
O nível de confiança dos testes F realizados durante este item foi de 95%.
101
Tabela 40. Teste F nas variâncias dos analistas 1 e 2 durante os
ensaios do L-glutamato de sódio.
Analista 1 Analista 2
Média 6,63 6,81
Variância 0,04 0,01
Observações 6 6
gl 5 5
F 3,841
F crítico uni-caudal 5,050
Neste caso, evidenciou-se que Fcalculado é menor que FTabelado, sendo assim, a
hipótese nula é mantida, as variâncias são consideradas homocedásticas, isto é,
não há diferença estatística significativa entre elas.
Analista 1 Analista 2
Média 6,81 6,63
Variância 0,01 0,04
Observações 6 6
Variância agrupada 0,027
Hipótese da diferença de média 0
gl 10
Stat t 1,806
t crítico bi-caudal 2,228
102
Tabela 42. Teste F nas variâncias dos analistas 1 e 2 durante os ensaios
do Sorbitol.
Analista 1 Analista 2
Média 16,61 16,84
Variância 0,27 0,09
Observações 6 6
gl 5 5
F 2,930
F crítico uni-caudal 5,050
Analista 1 Analista 2
Média 16,84 16,61
Variância 0,09 0,27
Observações 6 6
Variância agrupada 0,18
Hipótese da diferença de média 0
gl 10
Stat t 0,921
t crítico bi-caudal 2,228
Mais uma vez, o valor encontrado para t calculado é menor que tTabelado com um
nível de confiança de 95%, de onde é possível concluir então que não há (dentro
destas condições) diferença entre os valores médios obtidos pelos dois analistas.
Logo, com base no foi discutido ao longo deste estudo, não foi evidenciada
diferença estatística entre os resultados obtidos por diferentes analistas dentro de
um curto espaço de tempo (seis dias), caracterizando assim uma precisão
intermediária satisfatória. Quanto aos ensaios de repetitividade (repê), o Guia para
validação de métodos analíticos e bioanalíticos da ANVISA orienta que as precisões
intra-corrida devem apresentar coeficientes de variação abaixo de 5%, o que de fato
foi observado ao longo de todos os experimentos.
103
5.5.7 Exatidão
104
Tabela 44. Ensaio de recuperação de L-glutamato de sódio realizado em quatro amostras
independentes de termoestabilizador.
Amostra Glutamato Adicionado (%) Glutamato determinado* (%) Glutamato teórico (%) Recuperação (%)
0 3,32 -
60/11 2 5,27 X 98
5 8,20 98
Amostra Glutamato Adicionado (%) Glutamato determinado* (%) Glutamato teórico (%) Recuperação (%)
0 2,3 -
76/11 2 4,25 X 98
5 7,05 95
Amostra Glutamato Adicionado (%) Glutamato determinado* (%) Glutamato teórico (%) Recuperação (%)
0 2,93 -
69/11 2 5,05 X 106
5 7,98 101
Amostra Glutamato Adicionado (%) Glutamato determinado* (%) Glutamato teórico (%) Recuperação (%)
0 2,97 -
82/11 2 5,01 X 102
5 7,85 98
* Fator de diluição, 2X.
Amostra Sorbitol Adicionado (%) Sorbitol determinado* (%) Sorbitol teórico (%) Recuperação (%)
0 7,24 -
60/11 2 9,24 X 100
5 12,08 97
Amostra Sorbitol Adicionado (%) Sorbitol determinado* (%) Sorbitol teórico (%) Recuperação (%)
0 7,69 -
76/11 2 9,75 X 103
5 13,00 106
Amostra Sorbitol Adicionado (%) Sorbitol determinado* (%) Sorbitol teórico (%) Recuperação (%)
0 7,1 -
69/11 2 8,97 X 94
5 12,29 104
Amostra Sorbitol Adicionado (%) Sorbitol determinado* (%) Sorbitol teórico (%) Recuperação (%)
0 7,78 -
82/11 2 9,79 X 101
5 12,77 100
* Fator de diluição, 2X.
105
5.5.7.2 Comparação entre metodologias
106
Tabela 46. Resultados das análises de dez amostras de termoestabilizador realizados pela Espectrofotometria UV/vis e FTIR.
Amostra B Amostra C Amostra D Amostra E Amostra F
UV/Vis FTIR UV/Vis FTIR UV/Vis FTIR UV/Vis FTIR UV/Vis FTIR
Média (%) 5,47 5,35 5,70 5,88 5,46 5,46 5,39 5,48 5,56 5,56
Desvio padrão 0,19 0,02 0,27 0,08 0,46 0,09 0,30 0,08 0,40 0,04
Xd 1,07
Sd 2,16
tcalculado 1,56
ttabelado 2,26
O que deve ser notado neste caso, isto é, no teste t-pareado, não há
necessidade de que as precisões de ambos os métodos sejam equivalentes
(homocedásticos), assume-se, contudo, que as diferenças entre os valores médios
obedecem a uma distribuição normal (MILLER e MILLER, 2005). O principal objeto
deste teste é verificar se a variabilidade observada através das diferenças é devida
107
ao inevitável erro aleatório ou se de fato há uma tendência (bias) entre os
resultados. Interpretando então os dados da Tabela 47, a hipótese nula é mantida
uma vez que o valor de tcalculado é menor que tTabelado. Sendo assim, não é possível
concluir que haja diferença estatística entre os dois métodos dentro do nível de
confiança em que o teste foi realizado. Não é demais ratificar que, não está sendo
afirmado aqui que erros sistemáticos estão irrefutavelmente ausentes, tão somente
não foi possível nestas condições provar sua existência na determinação de L-
glutamato de sódio.
5.5.7.2.2 Sorbitol
108
Figura 30. Cromatograma da segunda injeção da solução resolução.
( r sorbitol – r manitol)
Resolução (Rs) =
sorbitol manitol
Tabela 48. Resoluções cromatográficas obtidas após três injeções de uma solução resolução
contendo sorbitol e manitol.
Injeção 1 Injeção 2 Injeção 3
tr W tr W tr W
Manitol 12,559 1,40 12,553 1,61 12,565 1,38
Sorbitol 15,351 1,94 15,34 1,9 15,362 1,65
109
Este estudo, além de ser considerado como fundamental para a validade
desta análise segundo o Compêndio de referência, traz a garantia de que as
condições de separação foram mantidas até o final da análise. O que de fato, trata-
se de uma informação relevante, dada a grande quantidade de injeções que
exigiram mais de 35 horas de análise ininterruptas. A título de informação, segue na
Figura 32 um cromatograma típico obtido após a injeção de um padrão de sorbitol,
seguido de um cromatograma obtido em uma das amostras de termoestabilizador na
Figura 33.
110
Tabela 49. Resultados das análises de dez amostras de termoestabilizador realizados por CLAE e FTIR.
Amostra B Amostra C Amostra D Amostra E Amostra F
HPLC FTIR HPLC FTIR HPLC FTIR HPLC FTIR HPLC FTIR
Média (%) 15,38 15,35 15,17 15,22 15,52 15,36 15,57 15,64 15,43 15,34
Desvio padrão 0,09 0,14 0,02 0,25 0,05 0,21 0,03 0,11 0,08 0,17
111
5.5.8 Robustez
112
Tabela 51. Influência de diferentes temperaturas na robustez
do método para determinação de L-glutamato de sódio.
Temperatura 2 a 8 °C 22 °C 40 °C
6,51 6,50 6,48
Medições % (m/v) 6,52 6,77 6,44
6,49 6,78 6,50
ANOVA
Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico
Entre grupos 0,0766 2 0,0383 4,322 0,068779 5,143
Dentro dos grupos 0,0532 6 0,0089
Total 0,1298 8
113
O estudo procedeu de modo análogo para a avaliação da influência do fator
pH nas medições de L-glutamato de sódio. O que pode ser apreciado através da
Tabela 53 a seguir.
Total 4,61 8
A interpretação da Tabela 54, por sua vez, chama a atenção para o fato de
Fcalculado ser muito maior que FTabelado, dado que é suportado pelo fato de que o fator
em estudo, isto é o pH, é responsável por mais de 98% de toda a variabilidade
observada nos resultados. Neste caso então, a hipótese nula é descartada e pode-
se afirmar que o fator pH exerce influência nos resultados de determinação de L-
glutamato de sódio em amostras de termoestabilizador sendo uma fonte potencial de
erro sistemático.
114
frente às variações de pH, foi elaborado um experimento simples, que consistiu no
preparo de soluções desta espécie em água à 5% (m/v) em diferentes condições de
pH. Isto é, foram obtidos espectros de L-glutamato de sódio em pH; 4,0, 5,0, 6,0, 7,0,
8,0, 9,0 e 10,0. As duas Figuras 34 e 35 seguintes ilustram os mesmos alocados em
escala, e sobrepostos para melhor visualização.
Figura 34. Espectros de soluções de L-glutamato de sódio em água (5%, m/v) preparadas em
diferentes pH’s.
Figura 35. Os mesmos espectros da Figura 34, em destaque para a banda utilizada durante o
trabalho em 1347 cm-1.
115
Com base na informação obtida da literatura, isto é, que a transição
observada em 1347 cm-1 envolve o ânion carboxilato (COO-), é possível, à luz do
estudo do equilíbrio de soluções, estabelecer algumas considerações.
Conhecendo os três pKa’s que envolvem o equilíbrio do ácido glutâmico (pKa 1
= 2,19, pKa2 = 4,25, pKa3 = 9,67), é possível grafar o diagrama de distribuição desta
espécie em função do pH conforme a Figura 36 adiante.
0,9
0,8
H 3GLU
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 2 4 6 8 10 12 14
pH
116
É razoável então observar-se uma diminuição do sinal referente ao anion
carboxilato quando em soluções de pH 4,0 e 10,0. Evidentemente, este efeito
ocasionou uma diminuição da concentração de glutamato, uma vez que a diminuição
da disponibilidade do ânion carboxilato não foi notada nas soluções padrão
utilizadas para a construção da curva analítica.
pH α0 α1 α2 α3
0 0,993584519 0,00641512 3,60749E-07 7,71267E-17
0,5 0,979987662 0,02000878 3,55812E-06 2,40558E-15
1 0,939318405 0,06064749 3,41046E-05 7,29143E-14
1,5 0,830194594 0,16950398 0,000301425 2,03789E-12
2 0,606323343 0,39147523 0,002201427 4,70657E-11
2,5 0,324881461 0,663322806 0,011795733 7,97489E-10
3 0,127883445 0,825684872 0,046431673 9,92692E-09
3,5 0,039923088 0,815124842 0,144951972 9,79996E-08
4 0,009816114 0,633781561 0,356401563 7,61973E-07
4,5 0,001759775 0,359300041 0,638935864 4,31974E-06
5 0,000233781 0,150941521 0,848806551 1,81472E-05
5,5 2,60736E-05 0,05323542 0,946674504 6,40031E-05
6 2,70553E-06 0,017468375 0,982318904 0,000210016
6,5 2,73699E-07 0,005588209 0,993739667 0,00067185
7 2,74348E-08 0,001771342 0,996099008 0,002129622
7,5 2,73421E-09 0,000558253 0,992730065 0,006711679
8 2,69611E-10 0,000174075 0,978897468 0,020928457
8,5 2,57968E-11 5,26702E-05 0,93662379 0,06332354
9 2,26907E-12 1,46503E-05 0,823849459 0,176135891
9,5 1,64325E-13 3,35508E-06 0,596627172 0,403369473
10 8,77712E-15 5,66698E-07 0,318677984 0,681321449
10,5 3,54888E-16 7,24589E-08 0,128852192 0,871147735
11 1,23069E-17 7,94598E-09 0,044683509 0,955316483
11,5 4,01443E-19 8,1964E-10 0,014575496 0,985424503
12 1,28225E-20 8,27891E-11 0,004655576 0,995344424
12,5 4,06779E-22 8,30535E-12 0,001476924 0,998523076
13 1,28765E-23 8,31375E-13 0,000467516 0,999532484
13,5 4,0732E-25 8,31641E-14 0,000147889 0,999852111
14 1,28819E-26 8,31725E-15 4,67713E-05 0,999953229
117
da mesma forma. Em conseqüência, a Tabela 56 apresenta os dados obtidos para a
avaliação da influência da temperatura na robustez.
Temperatura 2 a 8 °C 22 °C 40 °C
17,00 16,56 16,37
Medições % (m/v) 17,00 17,21 16,84
16,84 16,41 15,98
Total 1,205 8
118
Consequentemente, a ANOVA a Tabela 59, ilustra a avaliação da influência
exercida pelo fator pH nas medições de sorbitol.
Total 1,670 8
119
6 CONCLUSÕES
À luz de toda informação que foi gerada ao longo deste trabalho, algumas
considerações são dignas de serem levantadas.
120
dada a premência de se obter uma informação rápida dentro de um curto intervalo
de tempo, tendo em vista toda a discussão acerca da termolabilidade da vacina
contra a febre amarela, urge a necessidade de uma metodologia que ofereça
ganhos em escala de produtividade.
Apesar do que foi pontuado acima, se faz necessário uma discussão sobre
alguns aspectos negativos observados durante o trabalho. O que foi apresentado no
parágrafo anterior como uma vantagem, pode sob determinadas circunstâncias ser
uma desvantagem. Dada a forte absorção da água na região do infravermelho
médio, analitos em solução aquosa experimentam uma forte atenuação de seus
sinais analíticos. Tal efeito supressor é imediatamente percebido por algumas figuras
de mérito como a sensibilidade analítica, uma vez que o incremento de sinal com a
variação de concentração será menos expressivo, além dos limites de detecção e, é
claro, de quantificação, dado que estão relacionados em algum nível com a
sensibilidade.
123
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