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DETERMINAÇÃO QUANTITATIVA DA DIPIRONA SÓDICA PELO MÉTODO DE VOLUMETRIA E


ESPECTROSCOPIA DE ABSORÇÃO NA REGIÃO UV–Vis

Naiara Paula Ferreira


Adriana de Paula Cardoso Siqueira
Mauro Afonso da Silva
Maria José Mesquita
Angêlica Vilela
Mônica Dambrós

Resumo: A dipirona (DIP), dentre os analgésicos utilizados no Brasil, pode ser considerada como a mais
comercializada. Devido a esta popularização, a DIPé de grande importância à existência de métodos simples e
confiáveis para a avaliação de suas formulações, visando à segurança dos medicamentos consumidos pela população.
Este trabalho descreve dois métodos simples para sua determinação: 1- O método titulométrico por iodometria que
está baseado na reação quantitativa de oxi-redução entre a dipirona e o iodo (I2) formado in situ pela reação do iodato
de potássio com o íon iodeto; e 2- O método por espectroscopia de absorção na região UV-Vis. As amostras analisadas
foram doadas por três farmácias (A, B e C) localizadas na cidade de Barra do Garças-MT. As análises titulométricas
foram realizadas em triplicata, o teor de pureza dos medicamentos analisados variou de 98,8% a 104,2%, dentro da
faixa estipulada pela Farmacopéia Brasileira IV (2001) que é de no mínimo 95,0% e no máximo 105,0%. Na
espectroscopia de absorção na região do UV-Vis foi considerado como padrão o medicamento ético Novalgina.
Através do padrão foram construídas curvas analíticas (absorbância x concentração) no intervalo de concentrações de
8,8 x 10-6 mol L-1 a 1,11 x 10-4 mol L-1 e nos comprimentos de onda máximos (λ máx.) em 220nm, 225nm, 250nm e
255nm, para a determinação de DIP nos medicamentos Difebril (Similar) e Dipirona Sódica (Genérico).
Palavras chaves: Dipirona, titulação, UV-Vis, pureza

Abstract: The dipyrone (DIP), among the analgesics used in Brazil, can be considered as the most marketed. Because
the DIP popularization is so important the existence of simple and reliable methods for the evaluation of its
formulations, aiming at safety consumption drugs for the population. This research describe two simple methods for
DIP determination: 1 - the titrimetric method by iodometry that is based on the quantitative reaction of oxy-reduction
between the dipyrone and iodine (I2) formed in situby potassium iodate with ion iodide; and 2 – the method by
absorption spectroscopy in UV-Vis zone. The samples analyzed were denotated by three pharmacys (A, B e C) located
in the city of Barra do Garças-MT. The titrimetric analysis were realized in triplicate, the purity content of the analized
drugs varied from 98,8% to 104,2%, within the range stipulated by Brazilian pharmacopoeia IV (2001) that is in the
minimum 95,0% and 105,0% in the maximum. In the absorption spectroscopy in UV-Vis zone was considered as
standard the Novalgina ethical drug. Through the standard were constructed analytics curves (absorbance x
concentration) in the range of 8,8 x 10-6 mol L-1 a 1,11 x 10-4 mol L-1 concentrations and maximum wavelength (λmax)
in 220nm, 225nm, 250nm e 255nm, for DIP determination in Difebril (similar) and Dipyrone Sodium (generic) drugs.
Key words:Dipyrone, titration, UV-Vis, purity.

1. INTRODUÇÃO quase inexistente; aguda, relacionada temporalmente a


lesão causadora, isto é, de duração provavelmente
A dor tem importância clínica fundamental, limitada, desaparecendo durante o período esperado de
sendo todos os dias uma das queixas mais comuns dos recuperação do organismo ao evento que a está
pacientes que procuram centros de atendimento causando, ou crônica, aquela que persiste além do
médico. A sensação de dor é um sintoma subjetivo, que prazo previsto para a cura da lesão, perdurando por
varia grandemente de indivíduo para indivíduo em meses e até anos, deixando de ser um simples sintoma
função de vários fatores pessoais como: idade, raça, de ferimento e passa a ser uma doença. A dor crônica é
sexo, privação do sono, estresse, gravidez, entre outros. uma das principais causas de perda da qualidade de
O motivo da dor pode ser ocasionado por uma sensação vida assim como ela pode ocasionar incapacidade e
desagradável, que varia desde um desconforto leve até afastamento do trabalho.
um desconforto mais severo, normalmente associado a O tratamento da dor é composto basicamente
uma lesão real ou potencial dos tecidos que se expressa por dois grupos de drogas analgésicas: os opióides e as
através de uma reação orgânica e/ou emocional drogas anti-inflamatórias não-esteroidais (AINEs). A
(SOUZA, 2005). Gusman et al. (1997)verificaram que morfina, papaverina e codeína são exemplos de
a dor é um tipo de ocorrência que pode interferir no analgésicos opióides, e o paracetamol, aspirina,
bem estar das pessoas, porém ela também pode indicar naproxeno, dipirona dentre outros são exemplos de
que algo no organismo não está funcionando AINEs. (SOUZA, 2005).
corretamente. Podendo ser classificada como: No Brasil, dentre os analgésicos, podemos
transitória, dores de curta duração na qual o dano real é destacar a dipirona (DIP)como a mais comercializada.
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De acordo com Vale (2005) ela é responsável por como indicador uma solução de amido 1% (m/v), em
31,8% do mercado nacional, seguida pelo paracetamol temperatura abaixo de 20°C, não havendo referência
com 29,7%, e em terceiro o ácido acetilsalicílico com quanto ao tempo de permanência da cor azul do
27,1%. Existem no Brasil 125 produtos à base de indicador. A titulação iodimétrica de dipirona está
dipirona, dos quais 71 deles estão associados à outra baseada na oxidação do grupo metanossulfônico a
substância e mais de 80% das vendas ocorrem sem sulfato em meio ácido, de acordo com a Equação 1.
prescrição médica.
− − 2− − +
A dipirona foi comercializada em 1922, com o 𝑅𝐻𝑆𝑂3(𝑎𝑞) + 𝐼3(𝑎𝑞) + 𝐻2 𝑂(𝑎𝑞) ↔ 𝑅𝑆𝑂4(𝑎𝑞) + 3𝐼(𝑎𝑞) + 3𝐻(𝑎𝑞) Equação 1
nome de Novalgina. Sua comercialização tornou-se
crescente em todo o mundo, podendo ser encontrada no Na análise de fluidos biológicos a técnica mais
mercado sob diversos nomes comerciais e ser utilizada é a Cromatografia Líquida de Alta Eficiência
distribuído como único ou associado a outros fármacos. (CLAE), principalmente quando é necessário separar a
(MARCOLINO JUNIOR, 2007) dipirona de outros fármacos ou na separação de seus
Na década de 1970, a dipirona teve seu uso metabólitos em amostras complexas como o plasma
proibido em diversos países, como nos Estados Unidos humano.
da América (EUA) e alguns países da Europa, por Outra técnica bastante utilizada é a
terem sido relatados graves casos de agranulocitose, e espectrofotometria UV-Visível que permite a
de anemia aplástica, sendo o fármaco mais determinação de dipirona como único fármaco, não
freqüentemente associado a essa discrasia sanguínea. A sendo adequado para formas farmacêuticas que
polêmica sobre os efeitos colaterais persiste até os dias apresentam associação com outro princípio ativo, pois
atuais.(LIMA et al., 2003; KÖHLE et al., 2009) estes absorvem nessa região do espectro
A dipirona é o nome popular do sal sódico do eletromagnético.É uma das técnicas analíticas mais
ácido 1-fenil-2,3-dimetil-5-pirazolona-4- empregadas, em função de robustez, custo
metilaminometanossulfônico, ver Figura 1. A dipirona relativamente baixo e grande número de aplicações
pode ser comercializada em diferentes formulações desenvolvidas. O método baseia-se na absorção de luz
farmacêuticas, tais como: solução oral, injetável, pela amostra, a parte da molécula responsável por essa
comprimidos e supositórios. absorção de luz é chamada de cromóforo.
Normalmente esta técnica obedece à lei de Lambert-
Beer, o qual estabelece que a absorbância seja
proporcional à concentração da espécie absorvente e se
aplica à maioria das substâncias que possuem radiação
monocromática e as soluções a serem analisadas são
suficientemente diluídas.
A Farmacopéia Brasileira (2001) preconiza
iodimetria para a determinação quantitativa de dipirona
sódica, tanto na matéria-prima quanto em
medicamentos (comprimidos, solução oral e injetável)
onde é preparada uma solução com a amostra de
dipirona, água e acido acético glacial que é então
titulado com solução de iodo 0,05 M SV, em
Figura 1: Representação estrutural planar do sal sódico temperatura abaixo de 15°C, utilizando amido como
do ácido 1-fenil-2,3-dimetil-5-pirazolona-4- indicador.
metilaminometanossulfônico Dipirona Sódica. A volumetria pode ser dividida em quatro
classes (precipitação, complexação, neutralização e
Devido à ampla utilização da dipirona no redox), que são classificadas pelo tipo de reação
Brasil, torna-se de grande importância a existência de envolvida e, consequentemente, pela forma de detecção
métodos simples e seguros para avaliar, de forma visual do ponto final. (BACCAN et al., 2001)
confiável, suas formulações e sua qualidade, visando à Na determinação de dipirona é usada a
segurança dos medicamentos consumidos pela volumetria de oxidação-redução, redox ou ainda óxido-
população. redução, esta envolve a transferência de elétrons. O
Diversos procedimentos são descritos na processo de oxidação envolve perda de elétrons por
literatura para a determinação da dipirona, podendo ser parte de uma substância, agente redutor e ganho de
realizado direto nas formulações farmacêuticas, assim elétrons para a espécie química em consideração,
como através de fluidos biológicos. agente oxidante. (BACCAN et al., 2001)
Nas farmacopéias Japonesa, Britânica e A indicação do ponto final desse tipo de
Brasileira 3ª e 4ª edição é mencionado o método titulação pode ser por três procedimentos: sem a adição
clássico iodimétrico, titulação de oxi-redução como de indicadores, com a adição de indicadores ou por
determinação direta de dipirona nas formulações métodos eletroanalíticos.
farmacêuticas. A iodimetria consiste em solubilizar a Esse tipo de volumetria costuma ser nomeado
dipirona com água deionizada, acidificá-la com ácido de acordo com o tipo de reagente empregado, por
acético glacial para os medicamentos e ácido acético exemplo, quando o agente é permanganato de potássio
6%p/v para matéria-prima e depois titular com uma recebe o nome de permanganometria, é chamada de
solução padronizada de iodo 0,05 mol L-1 utilizando
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iodimetria quando a espécie de interesse é titulada com


iodo (I2) e de iodometria quando consiste na dosagem 2.3 Preparo das amostras
de espécie oxidante pela adição de um excesso de
iodeto (I-). O iodeto é oxidado a iodo e posteriormente 2.3.1. Método A – Método iodométrico adaptado
este é titulado com uma solução padrão de tiossulfato
de sódio (Na2S2O3). (BACCAN et al., 2001; TERRA, No preparo das amostras foram pesados
2004) aproximadamente 0,15g do comprimido pulverizado de
Serafimet al. (2007) realizaram um trabalho DIP, posteriormente o material foi dissolvido em 50
onde foi feito o controle de qualidade de amostras mL de água destilada resfriada abaixo de 10°C.
contendo dipirona, para isto fizeram a determinação Adicionou-se 5,00 mL de ácido sulfúrico 10,00 % (v/v)
quantitativa utilizando o método de titulação e cerca de 1 g de iodeto de potássio. A amostra
iodimétrica.O procedimento consiste emsolubilizar a devidamente tratada foi titulada sob agitação constante
amostra em água deionizada, acidificá-la com ácido com solução padrão de iodato de potássio 0,01513 mol
clorídrico (HCl) 0,02N e titulou com uma solução L-1. As amostras foram colocadas em bacias contendo
padronizada de iodo 0,1 N, empregando solução de gelo para garantir temperatura abaixo de 10ºC.
amido como indicador. Próximo ao ponto de equivalência foi adicionado 10
Pestana et al. (2008)propôs um método por gotas de suspensão de amido (4,8 g L-1). Foi
iodotimetria onde as amostras de dipirona foram considerado o ponto final da titulação a coloração azul
tituladas com solução de iodato de potássio, utilizando persistente por no mínimo 1 minuto. As análises das
suspensão de amido como indicador do ponto final. O amostras provenientes dos três medicamentos foram
iodato de potássio reage com o excesso de iodeto de realizadas em triplicata.
potássio em meio ácido, formando iodo in situ, que
promove a oxidação quantitativa da dipirona.Aplicação 2.3.2 Método B - Espectroscopia de absorção na região
de metodologia analíticaé muito utilizada, pois, é UV-Vis
simples, rápida e de baixo custo.
Sendo assim,devido a necessidade de um Foi preparada uma solução estoque de
controle de qualidade simples e de fácil execução, este Novalgina (solução padrão) 1,1 x 10-4 mol L-1 do
trabalho propõe discutir e realizar a quantificação da medicamento Novalgina (Ético).
dipirona presente em medicamentos,vendidos em Foram preparadas soluções de DIP dos
farmácias locais, por iodotimetriaadaptado (Pestana et medicamentos Difebril (Similar) e Dipirona Sódica
al., 2008) e espectroscopia de absorção na região UV- (Genérico), cuja concentração é equivalente 1,1 x 10 -
4
Vis. mol L-1.
Para a construção da curva de calibração foi
2. MATERIAIS E MÉTODOS preparado três amostras diluídas (A, B e C) a partir da
solução estoque.Os dados referentes a estas diluições
2.1 Reagentes estão relacionados na Tabela 2. Os balões volumétricos
de 50 mL utilizados na preparação das soluções A, B e
 Ácido sulfúrico (H2SO4) 10,00 % (v/v) C foram aferidos (HARRIS, 2008) por não
 Iodato de potássio (KIO3) 0,01513 mol L-1 apresentarem o tipo da classe ao que pertencem.Ver
 Suspensão de amido (indicador) 4,8 g L-1 Tabela 3.
Todas as amostras foram preparadas e
2.2 Amostras mantidas em banho de gelo até o momento em que foi
feita a análise do espectrofotômetro UV-Vis. Uma
As amostras comerciais de medicamentos varredura entre 200 nm a 700 nm da solução estoque
contendo dipirona sódica analisadas estão listadas na de dipirona foi realizada, assim como das amostras A,
Tabela 1. As mesmas foram adquiridas em farmácias B e C.
locais e analisadas pelos métodos propostos, dentro dos
seus prazos de validade. Tabela 2: Dados referentes às amostras diluídas,
utilizadas para a construção da curva de calibração
Volume pipetado da solução Concentração Molar da amostra
Tabela 1: Medicamentos utilizados para preparação Amostra
estoque (mL) (mol L-1)
das amostras analisadas pelo método iodotimétrico e A 04 8,8 x 10-6
espectrofotométrico B 08 1,7 x 10-5
C 10 2,2 x 10-5
Valor Forma
Classificaçã Laboratóri
Fármaco nomin farmacêuti Lote
o o
al a ca Tabela 3: Aferição da vidraria utilizada no preparo das
Novalgin 500mg Comprimid Ético ou 1803217 Sanofi
a o Referência Aventis amostras diluídas A, B e C.
Difebril 500mg Comprimid Similar 1BJ31 Cifarma Peso do Balão
Peso do Balão Volume Reala
o Balão com água
(g) (mL)
destilada (g)
Dipirona 500mg Compimid Genérico 1005021 Medley A 12,5409 62,5071 50,11
Sódica o 4 B 14,6700 64,4640 49,94
a C 12,6577 62,5529 50,04
Quantidade declarada pelo fabricante a
Foi considerado o valor da massa específica
da água a 20ºC. (Harris, 2008)

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(Similar) 05 86,48 103,4 103,3 ±


1,0
06 87,09 104,2
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 07 82,99 103,2
Dipirona Sódica 08 81,76 101,7 102,4 ±
(Genérico) 0,6
3.1 Titulação - Método iodométrico adaptado 09 82,31 102,4

A determinação quantitativa da dipirona por O teor de pureza dos medicamentos variou de


titulação redox se baseou na reação de oxidação da 98,8% a 104,2%, dentro da faixa estipulada (para
dipirona com íon triiodeto de acordo com a Equação 1. comprimidos de dipirona) pela Farmacopéia Brasileira
(PEREIRA et al., 2002). Esse método utiliza como (2001), de no mínimo 95,0% e no máximo 105,0%.
titulante, o iodato de potássio que reage com o excesso
de iodeto de potássio em meio ácido formando iodo
(íon triiodeto) in situ, conforme mostrado na Equação 3.2 Espectroscopia de absorção na região UV-Vis
2. (PEREIRA et al., 2002; PESTANA et al., 2008)
Para a avaliação do método na determinação
− − 2− − +
𝑅𝐻𝑆𝑂3(𝑎𝑞) + 𝐼3(𝑎𝑞) + 𝐻2 𝑂(𝑎𝑞) ↔ 𝑅𝑆𝑂4(𝑎𝑞) + 3𝐼(𝑎𝑞) + 3𝐻(𝑎𝑞) Equação 1 de dipirona nos comprimidos foi utilizado a Novalgina
− − + −
como padrão para a análise do Difebril e da Dipirona
𝐼𝑂3(𝑎𝑞) + 8𝐼(𝑎𝑞) + 6𝐻(𝑎𝑞) ↔ 3𝐼3(𝑎𝑞) + 3𝐻2 𝑂(𝑎𝑞) . Equação 2
Sódica (Genérica). A utilização da Novalgina como
padrão se deve ao fato da Instituição executora deste
Os cálculos foram realizados baseados na trabalho não viabilizar a tempo suficiente a compra da
estequiometria da dipirona e do íon triiodeto1:1 Dipirona Padrão (substância dessecada, com peso
conforme a Equação 1, e do iodato e do íon triiodeto molecular 333,34). A solução de Novalgina foi
1:3 de acordo com a Equação 2. Os dados necessários escolhida como solução padrão, pois esta apresentou
para fazer os cálculos estão contidos na Tabela 4, 5 e 6. uma maior porcentagem real de DIP no método
iodométrico, além de ser o medicamento ético
Tabela 4: Dados relacionados ao preparo das amostras (referência).
do fármaco Novalgina, medicamento ético Os espectros obtidos pelas análises da
Média da Massa da Massa de KI Volume
massa dos DIP que foi que foi gasto de Novalgina, ver Figura 3, apresentaram discretos e
Amostra
comprimidos pesada (g) pesado (g) 𝐾𝐼𝑂3 (mL) variáveis comprimentos de onda máximos. Diante
inteiros (±0,0001) (±0,0001) (±0,02)
01 0,1531 1,0552 9,00
desta dificuldade de encontrar valores máximos para as
02 0,53585 0,1516 1,0578 8,80 soluções analisadas foi escolhido 4 comprimentos de
03 0,1505 1,0414 8,70 onda máximos (λ máx.), são eles: 220nm, 225nm,
250nm e 255nm.

Tabela 5: Dados relacionados ao preparo das amostras


do fármaco Difebril, medicamento similar
Média da Massa da Massa de KI Volume
massa dos DIP que foi que foi gasto de
Amostra (a)
comprimidos pesada (g) pesado (g) 𝐾𝐼𝑂3 (mL)
inteiros (±0,0001) (±0,0001) (±0,02)
04 0,1492 1,0090 8,00
05 0,5980 0,1494 1,0054 8,10
Absorbância

06 0,1502 1,0112 8,20 (b)

Tabela 6: Dados relacionados ao preparo das amostras (c)


do fármaco Dipirona Sódica, medicamento genérico
Média da Massa da Massa de Volume
massa dos DIP que foi KI que foi gasto de
Amostra
comprimidos pesada (g) pesado (g) 𝐾𝐼𝑂3 (mL) (d)
inteiros (±0,001) (±0,001) (±0,02)
07 0,1499 1,0024 7,80
08 0,62182 0,1541 0,9931 7,90
200 300 400 500 600 700
09 0,1453 0,9945 7,50
Comprimento de Onda/nm

Figura 2: Espectros de absorção na região do UV-Vis


Os resultados obtidos das amostras que foram da Novalgina (a) 8,8 x 10-6 mol L-1; (b) 1,7 x 10-5 mol
analisadas são mostrados na tabela 7. L-1; (c) 2,2 x 10-5 mol L-1 e (d) 1,11 x 10-4 mol L-1.

Tabela 7: Resultados das determinações do teor de 3.3 Curvas analíticas


dipirona por titulação iodométrica adaptado
Teor de Média do Para determinar a concentração molar de DIP
Porcentagem
Medicamentos Amostras
Real (%)
Pureza Teor de nos medicamentos Difebril (Similar) e Dipirona Sódica
(%) Pureza
01 93,73 100,5
(Genérico) foram construídas uma curva analítica
Novalgina 02 92,54 99,2 99,5 ± (absorbância x concentração) no intervalo de
(Ético) 0,9 concentrações de 8,8 x 10-6 mol L-1 a 1,11 x 10-4 mol L-
03 92,16 98,8
Difebril 04 85,45 102,2

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1
e nos comprimentos de onda de 220nm, 225nm,
250nm e 255nm. 1,2
a)Comprimento de onda em 220nm

1,2
1,0

Absorbância
1,0 0,8
Absorbância

0,8
0,6

0,6
0,4

0,4
0,2

0,2
0,00000 0,00002 0,00004 0,00006 0,00008 0,00010 0,00012
0,00000 0,00002 0,00004 0,00006 0,00008 0,00010 0,00012 -1
[Novalgina]/mol L
-1
[Novalgina]/mol L
Figura 4:Curva analítica para determinação de DIP, no
Figura 3:Curva analítica para determinação de DIP, no comprimento de onda de 225nm
comprimento de onda de 220nm.
A curva obtida (absorbância x concentração)
A curva obtida (absorbância x concentração apresentou um alto coeficiente de correlação linear (r)
molar) apresentou um alto coeficiente de correlação próximo a 1 (0,99728), indicando que a Equação 4 é
linear (r) próximo a 1 (0,99686), indicando que a apropriada para o cálculo da concentração molar de
Equação 3 é apropriada para o cálculo da concentração DIP na amostra de Difebril (Similar) e Dipirona Sódica
de DIP na amostra de Difebril (Similar) e Dipirona (Genérico).
Sódica (Genérico).
A = 9534,41637 C + 0,11698 (mol L-1) Equação 4
-1
A = 9541,29994 C +0,12369 (mol L ) Equação 3
Onde, A é a variação de absorbância do
Onde, A é a variação de absorbância do fármaco e C é a concentração molar de DIP.
fármaco e C é a concentração molar de DIP. A partir dessa curva foi obtida a concentração
A partir dessa curva foi obtida a concentração molar de DIP em amostras do medicamento Difebril e
molar de DIP em amostras do medicamento Difebril e Dipirona Sódica.
Dipirona Sódica. As absorbâncias obtidas foram 1,099 e 1,137
As absorbâncias obtidas foram 1,108 e 1,147 para a amostra Difebril e Dipirona Sódica,
para a amostra, Difebril e Dipirona Sódica, respectivamente.
respectivamente. De acordo com a equação da reta dos valores
De acordo com a equação da reta dos valores de absorbância encontrados as concentrações molares
de absorbância encontrados as concentrações molares do Difebril e da Dipirona Sódica são respectivamente,
de Difebril e de Dipirona Sódica são respectivamente, 1,03 x 10-4 mol L-1 e 1,07 x 10-4 mol L-1. Considerando
1,11 x 10-4 mol L-1 e 1,072 x 10-4 mol L-1. a porcentagem real média da Novalgina (92,8% ±
Considerando a porcentagem real média da Novalgina 0,82), podemos indicar que a porcentagem de DIP no
(92,8% ± 0,82), podemos indicar que a porcentagem de Difebril e na Dipirona Sódica (Genérico) corresponde
DIP no Difebril e na Dipirona Sódica (Genérico) é 86,0% e 92,1%respectivamente.
igual a 86,0% e 92,3%, respectivamente. O limite de detecção calculado a partir da
O limite de detecção calculado a partir da equação LD = 3 SD/K, onde SD é o desvio padrão da
equação LD = 3 SD/K, onde SD é o desvio padrão da reta com valor igual a 0,04131 e K é a inclinação da
reta igual a 0,0442 e K é a inclinação da reta, assim LD reta sendo encontrado o valor de LD = 3,9 x 10 -5 mol
= 1,39 x 10-5 mol L-1. L-1.
A equação LQ = 10 SD/K foi utilizada para o A equação LQ = 10 SD/K utilizada para o
cálculo do limite de quantificação obtendo-se o valor cálculo do limite de quantificação obtendo-se o valor
de 4,63 x 10-5 mol L-1. de 4,33 x 10-5 mol L-1.

a) Comprimento de onda em 225nm b) Comprimento de onda em 250nm

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1,0 1,0

0,8 0,8
Absorbância

Absorbância
0,6
0,6

0,4
0,4

0,2
0,2

0,00000 0,00002 0,00004 0,00006 0,00008 0,00010 0,00012


-1 0,00000 0,00002 0,00004 0,00006 0,00008 0,00010 0,00012
[Novalgina]/mol L
-1
Figura 5: Curva analítica para determinação de DIP, [Novalgina]/mol L
no comprimento de onda de 250nm. Figura 6: Curva analítica para determinação de DIP,
no comprimento de onda de 255nm.
A curva obtida (absorbância x concentração)
apresentou um alto coeficiente de correlação linear (r) A curva obtida (absorbância x concentração)
próximo a 1 (0,99822), indicando que a Equação 5 é apresentou um alto coeficiente de correlação linear (r)
apropriada para o cálculo da concentração molar de próximo a 1 (0,99814), indicando que a Equação 6 é
DIP na amostra de Difebril (Similar) e Dipirona Sódica apropriada para o cálculo da concentração molar de
(Genérico). DIP na amostra de Difebril (similar) e Dipirona Sódica
A = 8213,09785 C + 0,08644 (mol L-1) Equação 5
(Genérico).

A = 8159,9894 C + 0,0813 (mol L-1) Equação 6


Onde, A é a variação de absorbância do
fármaco e C é a concentração molar de DIP. Onde, A é a variação de absorbância do
A partir dessa curva foi obtida a concentração fármaco e C é a concentração molar de DIP.
molar de DIP em amostras do medicamento Difebril e A partir dessa curva foi obtida a concentração
Dipirona Sódica. molar de DIP em amostras do medicamento Difebril e
As absorbâncias obtidas foram 0,952 e 0,969 Dipirona Sódica.
para a amostra Difebril e Dipirona Sódica, As absorbâncias obtidas foram 0,941 e 0,956
respectivamente. para a amostra Difebril e Dipirona
De acordo com a equação da reta dos valores Sódicarespectivamente.
de absorbância encontrados as concentrações do De acordo com a equação da reta dos valores
Difebril e da Dipirona Sódica são respectivamente, de absorbância encontrados as concentrações molares
1,05 x 10-4 mol L-1 e 1,074 x 10-4 mol L-1. do Difebril e da Dipirona Sódica são respectivamente,
Considerando a porcentagem real média da Novalgina 1,05 x 10-4 mol L-1 e 1,07 x 10-4 mol L-1. Considerando
(92,8% ± 0,82), podemos indicar que a porcentagem de a porcentagem real média da Novalgina (92,8% ±
DIP no Difebril e na dipirona sódica é igual a 87,0% e 0,82), podemos indicar que a porcentagem de DIP no
92,4%, respectivamente. Difebril e na Dipirona Sódica (Genérico) é igual a
O limite de detecção calculado a partir da 88,0% e 92,3%, respectivamente.
equação LD = 3 SD/K, onde SD é o desvio padrão da O limite de detecção calculado a partir da
reta com valor igual a 0,02876 e K é a inclinação da equação LD = 3 SD/K, onde SD é o desvio padrão reta
reta, portanto LD = 1,05 x 10-5 mol L-1. com valor igual a 0,0292 e K é a inclinação da reta
A equação LQ = 10 SD/K utilizada para o sendo encontrado o valor de LD igual a 1,07 x 10 -5 mol
cálculo do limite de quantificação obtendo-se o valor L-1.
de 3,5 x 10-5 mol L-1. A equação LQ = 10 SD/K utilizada para o
cálculo do limite de quantificação obtendo-se o valor
c) Comprimento de onda em 255nm de 3,58 x 10-5 mol L-1.

3.3 Hidrólise da Dipirona

Para uma estimativa prévia da hidrólise ácida,


ver Figura 8, sofrida pela DIP em solução aquosa em
temperatura ambiente (PESTANA et al., 2008), foi
feita uma comparação entre os espectros de absorção
da solução estoque no banho de gelo e os espectros da
mesma solução deixado em temperatura ambiente por
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um período de 1hora e 35 minutos.Os valores de


absorbância equivalentes a 1,189, 1,181, 1,002 e 0,991
nos respectivos comprimentos de onda 220nm, 225nm, Sendo [A] igual à concentração molar final,
250nm e 255nm diminuíram para absorbâncias [A]0igual a concentração molar inicial, k igual a
equivalentes a 0,962, 0,967,0,866, 0,858, constante de proporcionalidade da lei da velocidade e t
respectivamente. é o tempo. A partir das devidas inserções dos dados da
Tabela 8 na Equação 7, foi determinado um coeficiente
de correlação igual a 0,96318 e um desvio padrão da
reta igual a 41663,9.

b) Estimativa de reação de primeira ordem

As reações de primeira ordem seguem uma


relação linear entre o logaritimo natural das
concentrações num determinado tempo, de acordo com
a Equação 8.

ln[A] = ln[A]0 - kt Equação 8

Onde ln[A] é o logaritmo natural da


Figura 7: Reação da dipirona com iodo, em meio concentração molar final, [A]0 é concentração molar
ácido, segundo Pestana et al. (2008) inicial, k é a constante de proporcionalidade da lei da
velocidade e t é o tempo. A partir das devidas inserções
Posteriormente a verificação de um
dos dados da Tabela 8 na Equação 8, foi determinado
decréscimo na concentração molar da solução estoque
um coeficiente de correlação igual a -0,89583 e um
deixada em repouso em temperatura ambiente, foi feito
desvio padrão da reta igual a 0,46989.
um segundo experimento utilizando as absorbâncias da
solução diluída B com repetições das varreduras após
c) Estimativa de reação de segunda ordem
240s e 840s da primeira varredura, onde na primeira
varredura a solução encontrava-se em banho de gelo e
As reações de segunda ordem seguem uma
as duas últimas varreduras a solução diluída B
relação linear entre as concentrações inversas num
permaneceu em temperatura ambiente.
determinado tempo, de acordo com a Equação 9.
Considerando as equações das retas das curvas
analíticas em 220nm, 225nm, 250nm e 255nm foi
possível calcular as concentrações molares assim como Equação 9
fazer uma avaliação estimada da ordem de reação da
hidrólise da dipirona, ver Tabela 8.

Tabela 8: Concentração Molar (CM) nos tempos 0 s, Onde [A] é a concentração molar final, [A]0é a
240 s e 840 s concentração molar inicial, k é a constante de
Solução Diluída
Tempo(s) λ(nm) CM (mol L-1) proporcionalidade da lei da velocidade e t é o tempo. A
B
220 1,5 x 10-5 partir das devidas inserções dos dados da Tabela 8 na
225 1,5 x 10-5
0 250 1,5 x 10-5
Equação 9, foi determinado um coeficiente de
255 1,5 x 10-5 correlação igual a 0,82382 e um desvio padrão da reta
220 6 x 10-6 igual a 4,9254 x 10-6.
225 6 x 10-6
1 240 250 7 x 10-6 Através dos resultados obtidos dos
255 7 x 10-6 coeficientes angulares e dos desvios padrões das retas
220 4 x 10-6
225 4 x 10-6
das estimativas de ordem das reações, podemos sugerir
840 250 7 x 10-6 uma reação de primeira ordem no tempo de 840s.
255 7 x 10-6

Pode ser observada na Tabela 8 uma grande 4. CONCLUSÃO


variação nas concentrações molares após 240s e uma
variação mais discreta nos últimos 600s, isto se deve Pela facilidade de execução, rapidez, baixo
aos efeitos do equilíbrio químico gerado na solução custo e precisão, conclui-se que o método por
aquosa. iodometria proposto no trabalho, constitui uma
alternativa viável para a quantificação titulométrica em
c) Estimativa de reação de ordem O comprimidos de dipirona, possuindo também como
vantagem a nítida visualização do ponto final, com o
As reações de ordem zero seguem uma relação aparecimento da coloração azul persistente e a ausência
linear entre as concentrações num determinado tempo, da necessidade de padronização do titulante, iodato de
de acordo com a Equação 7. potássio, uma vez que este é um padrão primário. Os
[A] = [A]0 - kt Equação 7 resultados da análise titolométrica apresentaram o teor

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de pureza dentro da faixa estipulada pela Farmacopéia


Brasileira (2001). VALE, N. Desmistificando o Uso da Dipirona. In:
A espectroscopia de absorção no UV-Vis Cavalcanti Il, Cantinho FAF, Assad A. Medicina
mostrou-se um método de fácil realização, rapidez e Perioperatória. Rio de Janeiro: Sociedade de
baixo custo, uma vez que as amostras analisadas foram Anestesiologia do Estado do Rio de Janeiro, 2006. Cap.
preparadas utilizando apenas água destilada e o 126, p. 1107-1123.
fármaco a ser quantificado (no caso os comprimidos
Difebril e Dipirona Sódica). Porém o método precisa FARMACOPÉIA Brasileira, 4 ed. Atheneu Ed: São
ser bem mais avaliado no caso de sua utilização direta Paulo, 2001. Parte II. Fascículo3
na análise de dipirona, mesmo quando não existem
outros princípios ativos nas formulações analisadas. BACCAN, N. et al. Química Analítica Quantitativa
Esta restrição da técnica é devido ao controle de Elementar, 3. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2001,
temperatura durante a preparação das soluções e das 308 p.
análises, isto porque a dipirona sofre hidrólise ácida em
temperaturas superiores a 10ºC. Esta limitação pode ser TERRA, J. Histórico, usos oficiais e avaliação da
observada na escolha do comprimento de onda máximo redução de escala da análise volumétrica para fins
gerado nos espectros UV-Vis das amostras. A didáticos. 2004. 105f. Dissertação (Mestrado)-
dificuldade de escolher o valor máximo de absorbância Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP,
se deve aos pequenos desvios ocasionados pela 2004.
hidrólise da dipirona. Devido a esta dificuldade de
escolher um único comprimento de onda máximo foi SERAFIM, E. O. P. et al. Qualidade dos medicamentos
construído 4 curvas analíticas a partir de 4 contendo dipirona encontrados nas residências de
comprimentos de ondas. As curvas analíticas Araraquara e sua relação com a atenção farmacêutica.
apresentaram coeficientes de correlação linear (r) Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas. [S.I.],
próximos de 1, mostrando uma boa correlação dos v. 43, n. 1, p. 127-135, Jan./Mar. 2007.
valores obtidos, assim como um significativo controle
da hidrólise da dipirona nas etapas realizadas para a PESTANA, J. L.; PRADO, M. A. F.; CAMPOS, L. M.
análise. A lei de Lambert-Beer foi obedecida no M. Desenvolvimento de método por iodatimetria
intervalo de concentração de 8,8 x 10-6 mol L-1 a 1,11 x alternativo para doseamento da dipirona sódica em
10-4 mol L-1 de DIP. matéria-prima e medicamentos. Rev. Bras. Farm.,
A quantidade de DIP encontrado no [S.I.], v. 89, n.1, p. 13-17, 2008.
medicamento Difebril pelo método titulometrico e pelo
método espectroscópico de absorção no UV-Vis HARRIS, D. C.; Análise Química Quantitativa,6 ed.
normalizado foram similares, sendo 86,34% e 86,75% Rio de Janeiro: LTC, 2005. 876 p.
respectivamente.
No caso das determinações de DIP no PEREIRA, A. V. et al. Determinação
medicamento Dipirona sódica a diferença nos espectrofotométrica de dipirona em produtos
resultados foram de aproximadamente 10% a mais na farmacêuticos por injeção em fluxo pela geração de
análise por espectroscopia de absorção na região do íons triiodeto.Quim. Nova,[S.I.], v. 25, n. 4, p. 553-
UV-Vis. Neste caso houve um erro experimental não 557, 2002.
determinado na análise espectroscópica.
Um estudo cinético preliminar da hidrólise da MARCOLINO JUNIOR, L. H.; BONIFÁCIO, V. G.;
dipirona permitiu sugerir que a reação de hidrólise da FATIBELLO FILHO, O. Determinação turbidimétrica
dipirona é uma reação de primeira ordem. A de dipirona em fluxo utilizando um reator contendo
dificuldade encontrada na determinação da ordem de cloreto de prata imobilizado em resina poliéster. Quim.
reação é devido ao baixo número de dados obtidos e Nova, [S.I.], v. 28, n. 5, p. 783-787, Jun. 2005.
também devido à falta de dados sobre o equilíbrio
químico da hidrólise. KÖHLER, L. F. et al.Avaliação biofarmacotécnica e
perfil de dissolução de comprimidos de dipirona:
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS equivalências farmacêutica entre medicamentos de
referência, genéricos e similares. Rev. Bras. Farm.,
SOUZA, A. H. Avaliação do potencial [S.I.], v. 90, n. 4, p. 309-315, 2009.
antinociceptivo e mecanismo de ação do 2-[5-
triclorometil-5-hidroxi-3-fenil-4,5-dihidro-1-h- LIMA, J. L. F. C. et al. Multi-pumping flow system for
pirazol-1-il-] 4-( 4 bromofenil)- 5 metiltiazol (b50) the spectrophotometric determination of dipyrone in
em camundongos. 2005. 81f. Dissertação (Mestrado pharmaceutical preparations.J. Pharm. Biom. Anal.,
em Bioquímica Toxicológica)-Universidade Federal de Portugal, v. 32, n. 4/5, p. 1011-1017, Aug. 2003
Santa Maria, Santa Maria, RS, 2005. .

GUSMAN, A. C. et al. A dor e o controle do


sofrimento. Revista de psicofisiologia, MG, v. 1, n. 1,
p. 01-19, 1997.

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