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2004
Brasília - DF
2004
SUMÁRIO
4 - RELATÓRIOS 136
4.1 - Relatório de Fiscalização 136
4.2 - Relatório de Acompanhamento 142
6 - RESPONSABILIDADES 151
1 - OBJETIVO
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
Estabelecer a sistemática referente às atividades e rotinas envolvidas na fiscalização da prestação de serviço adequado e do desempenho dos equipamentos e
sistemas pela SFE, bem como a identificação dos fatores e pontos que estão prejudicando ou possam vir a prejudicar a qualidade dos serviços, das instalações
de transmissão das empresas de energia elétrica, conforme estabelecido na legislação e/ou contrato de concessão.
2 - DEFINIÇÕES GERAIS
2.1 - Agente
4 Cada uma das partes envolvidas em regulamentação, planejamento, acesso, expansão e operação do sistema elétrico, bem como em comercialização e consumo
de energia elétrica.
Centro de operação, de propriedade dos agentes, responsável pela supervisão e controle da rede de operação regional/local para a qual seus serviços foram
contratados.
2.10 - Constatação
Fato ou situação verificada pela equipe de fiscalização, observando o que estabelece este manual, os aspectos considerados não conformes à legislação, aos
regulamentos e/ou ao Contrato de Concessão. Para cada tema que tenha sido objeto de verificação na ação fiscalizadora e para o qual fique caracterizada alguma
6 não conformidade, deverá existir uma constatação específica.
2.12 - Defeito
Qualquer anormalidade detectada em uma instalação/equipamento que não o impossibilite de permanecer em funcionamento ou disponível para a operação, mas
apenas afeta o grau de confiabilidade e/ou desempenho especificado ou esperado para essa instalação/equipamento.
2.15 - Determinação
Ação solicitada pela agência reguladora e que deve ser cumprida pela TRANSMISSORA no prazo especificado. 7
Efeito ou conseqüência de uma ocorrência acidental em equipamentos ou instalações, que acarreta sua indisponibilidade operativa em condições não programadas,
impedindo-a de funcionar, e, portanto, de desempenhar suas funções em caráter permanente ou temporário, motivado por desligamento automático, provocado por
sistema de proteção.
2.20 - Função
Conjunto de condições de funcionamento para o qual um equipamento foi projetado, fabricado e instalado. A função poderá ser exercida com ou sem restrições.
Instalação em que a ocorrência da contingência múltipla ocasiona, em princípio, um comportamento estável e sem outras conseqüências danosas ao sistema.
2.32 - Intervenção
Toda e qualquer atuação sobre o sistema eletroenergético, caracterizada por colocação em serviço de novas instalações e equipamentos, desligamento de equi-
10 pamentos ou linhas de transmissão, para realização de serviços de manutenção ou reparo, realização de serviços de manutenção em instalações e equipamentos
energizados, ou ensaios e testes no sistema e em equipamentos.
Serviço executado, fora dos prazos estabelecidos para os desligamentos programados, no menor tempo possível, antes da próxima manutenção preventiva,
para correção de um defeito, mas que não exige intervenção imediata.
2.42 - Ocorrência:
12 Qualquer evento ou ação que leve o sistema elétrico a operar fora de suas condições normais.
2.44 - Perturbação:
Desligamento forçado de um ou mais componentes do sistema elétrico, acarretando quaisquer das seguintes conseqüências: corte de carga, desligamento de
outros componentes do sistema ou danos em equipamentos. Também se caracteriza como perturbação à variação de tensão ou freqüência fora dos limites,
mesmo não acarretando desligamento forçado (falha da proteção).
2.49 - Recomendação
Ação ou procedimento cujo atendimento pela TRANSMISSORA é desejável do ponto de vista de melhoria quanto às condições de atendimento técnico ou de
segurança das instalações e pessoas, e que resguardará eventuais responsabilidades decorrentes de possível inadequação técnica.
2.50 - Rede Básica
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
Instalações pertencentes ao Sistema Interligado Nacional, identificadas segundo regras e condições estabelecidas pela ANEEL.
Notificada: Significa que o órgão fiscalizador encaminhou o Termo de Notificação à TRANSMISSORA notificada e aguarda a manifestação
Notificada: Significa que órgão fiscalizador encaminhou o Termo de Notificação à TRANSMISSORA notificada e aguarda a manifestação
da mesma.
Em Cumprimento: Significa que foi verificado, por meio de informações apresentadas pela TRANSMISSORA ao órgão fiscalizador e/ou em
função de fiscalização realizada posterior, que existem ações para o cumprimento da Determinação dentro do prazo estabelecido.
Cumprida - A Confirmar: Significa que a TRANSMISSORA notificada informou, e foi aceito pelo órgão fiscalizador, que a Determinação foi
cumprida, mas há a necessidade de verificação por meio de fiscalização posterior.
Cumprida: Significa que foi verificado, por meio de informações apresentadas pela TRANSMISSORA ao órgão fiscalizador e/ou em função
de fiscalização realizada posterior, que a TRANSMISSORA notificada cumpriu a Determinação.
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
2.59 - Sigefis
Sistema de Gestão da Fiscalização: Ferramenta de gestão, que possibilita o planejamento, o registro, o controle e o acompanhamento da fiscalização.
Entende-se como interrupção do Ponto de Controle a condição em que o mesmo permanecer com tensão nula por um período maior ou igual a 1 (um) minuto,
devido a problemas internos ou externos à Rede Básica, considerando quaisquer eventos, locais ou remotos, inclusive os programados. Os indicadores serão
apurados por causa e origem devendo ser coletadas, em cada ponto de controle, as seguintes informações:
TIPO DESCRIÇÃO
Os padrões dos indicadores de continuidade encontram-se na página do ONS (www.ons.org.br) em Sistema Interligado Nacional / Qualidade de Energia e são
apurados, em bases mensal, trimestral e anual, e divulgados os seus valores, por ponto de controle, trimestralmente. Os indicadores de continuidade serão
coletados de forma contínua pelo ONS e apurados em base mensal. A avaliação do desempenho de um determinado ponto de controle será realizada através dos
indicadores de desempenho DIPC anual, FIPC anual, DIPC histórico e FIPC histórico, bem como dos índices de referência DIPC referência e FIPC. A gerência do
desempenho dos indicadores de continuidade incluirá, dentre outras, as seguintes avaliações:
(a) Análise comparativa dos valores apurados dos indicadores DIPC anual e FIPC anual com os valores de referência (DIPC referência e FIPC refe-
rência);
(b) Análise comparativa dos valores apurados dos indicadores DIPC histórico e FIPC histórico com os valores de referência (DIPC referência e FIPC
referência);
(c) Análise do comportamento dos valores dos indicadores DIPC anual e FIPC anual ao longo do tempo
Cabe ao ONS, quando da identificação de um ponto de controle com comportamento atípico, identificar as causas de tal desempenho e propor, caso necessário,
as ações corretivas cabíveis, notificando o agente responsável. Os valores dos indicadores DIPC e FIPC, totalizados em base mensal, serão divulgados em base
trimestral, em até 20 dias úteis após o término do trimestre. Os padrões de desempenho aplicam-se a todas as novas instalações integrantes da Rede Básica.
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
O desempenho das instalações existentes será monitorado de forma a identificar a distância entre os padrões de desempenho verificados e requisitos que estão
sendo estabelecidos nestes Procedimentos de Rede para as novas instalações. Uma vez identificada à necessidade de adequações destas instalações, o ONS
a comunica imediatamente à ANEEL.
Onde:
DRPPC: Duração Relativa de Violação de Tensão Precária por Ponto de Conexão;
DRCPC: Duração Relativa de Violação de Tensão Crítica por Ponto de Conexão;
DRPPC = (nlp / n) x 100 % nlp: número de leituras com tensão precária no período de observação semanal;
DRCPC = (nlc / n) x 100 % nlc: número de leituras com tensão crítica no período de observação semanal; 21
n = 1.008: número de leituras válidas obtidas no período de observação se-
manal e com período de integralização do equipamento correspondente
a 10 (dez) minutos.
Os valores dos indicadores DRPPC e DRCPC, para cada ponto de conexão, serão disponibilizados, trimestralmente, em bases semanais por meio da página
do ONS na internet (www.ons.org.br), em até 20 dias úteis após o término do trimestre. A partir da comparação dos valores das leituras de tensão com as
respectivas faixas de variação da tensão de leitura estabelecidas na Resolução nº 505/2001, resulta a classificação de desempenho do ponto de conexão em
adequado, precário ou crítico.
TENSÃO NOMINAL IGUAL OU SUPERIOR A 230 KV
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
Classificação da Tensão de Atendimento (TA) Faixa de variação da Tensão de Leitura (TL) em relação à Tensão Contratada (TC)
Adequada 0,98 TC ≤ TL ≤ 1,03 TC
Precária 0,95 TC ≤ TL < 0,98 TC ou 1,03 TC < TL ≤ 1,05 TC
Crítica TL < 0,95 TC ou TL > 1,05 TC
Classificação da Tensão de Atendimento (TA) Faixa de variação da Tensão de Leitura (TL) em relação à Tensão Contratada (TC)
Adequada 0,95 TC ≤ TL ≤ 1,03 TC
Precária 0,90 TC ≤ TL < 0,95 TC ou 1,03 TC < TL ≤ 1,05 TC
22 Crítica TL < 0,90 TC ou TL > 1,05 TC
Caso, no período de um mês, a tensão do ponto de conexão seja classificada como precária por mais do que duas vezes ou crítica por mais do que uma vez,
o ONS, juntamente com os agentes que têm controle sobre o ponto de conexão ou são afetados pelo seu desempenho, irão analisar as causas do desempenho
inadequado e propor, se necessário, ações para a solução do problema e regularização do referido ponto de conexão, devendo ser acompanhado o prazo de
sua implantação. No caso da violação do padrão global ter caráter sistêmico, o ONS deverá propor alternativas de solução conforme metodologia em vigor
para implantação de um reforço ou ampliação na Rede Básica. No caso da violação do padrão estabelecido ser devido à violação, por algum agente, do padrão
individual relativo ao fator de potência da conexão, este deverá ser notificado pelo ONS. Neste caso, o agente deverá atender o compromisso resultante da
notificação. Em qualquer condição de carga, os níveis de tensão nos barramentos que não atendam diretamente a consumidores, e que não sejam pontos de
fronteira, poderão ser inferiores ou superiores aos valores estabelecidos na Resolução no 505/2001, respeitadas as limitações dos equipamentos.
A - SUBESTAÇÕES
Incluir foto geral da instalação e ilustrar com fotografias todas as constatações registradas.
Conservação:
- Verificar o acesso à subestação e aos equipamentos, em condições normais e em casos de emergências.
- Verificar o estado de conservação da subestação, terreno, canaletas, gramados e brita; instalações elétricas e civis, quanto ao grau de
limpeza e conservação.
- Verificar as partes metálicas existentes na subestação (colunas, vigas, pórticos e equipamentos), e o estado das mesmas quanto à cor-
rosão.
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
Verificar o estado dos equipamentos e avaliar sua situação quanto à manutenção, conservação e identificação. Utilizar a tabela abaixo para orientação na
inspeção:
Retificadores – Carregadores:
Verificar a existência de sinais fortes de corrosão, o estado da fiação e aterramento do equipamento.
Verificar o funcionamento do retificador.
Conjunto de Baterias:
Verificar a existência de processo de sulfatação e vazamentos nos elementos de todos os conjuntos.
Sistema de Ar Comprimido:
Verificar a existência de corrosão.
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
Automação:
Verificar o estado de conservação e atualização.
Registradores de Perturbação:
Verificar a tecnologia empregada quanto aos aspectos relativos a peças de reposição e dificuldades de operação e manutenção.
Verificar o estado de conservação e atualização.
Verificar sincronismo de horários.
A TRANSMISSORA é responsável pela execução das adequações necessárias nos Sistemas de Medição existentes, de sua propriedade;
B - LINHAS DE TRANSMISSÃO
Verificar o estado de conservação da faixa de servidão, terreno, vegetação, seccionamento de cercas e aterramento de estruturas de irrigação.
Verificar o a existência de edificações, plantações, áreas de lazer, criações de animais, na faixa de servidão.
Verificar a existência de árvores que, por sua altura e caída, podem afetar a linha.
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
B.2 - Isolamento
B.4 - Estruturas
A - EQUIPAMENTOS E SISTEMAS
Estruturas, isoladores, cabos pára-raios e condutores, faixa de servidão, sistema de aterramento e traçado. 31
A.2 - Subestações
Confirmar a existência do Plano Anual de Manutenção dos equipamentos e sistemas citados acima das instalações de propriedade da empresa.
Confirmar se foram fornecidos ao ONS os dados das manutenções de seus respectivos sistemas elétricos:
(a) até o último dia útil do mês de setembro do ano anterior, a relação das atividades mínimas de manutenção previstas para os equipamentos dos
setores de instalações e linhas de transmissão classificados com o nível de criticidade C1.
(b) num prazo de até 30 (trinta) dias após sua solicitação formal, a relação das atividades mínimas de manutenção previstas para os equipamentos
dos setores de instalações e linhas de transmissão, classificados com os níveis de criticidade C2 e C3.
a) até o último dia útil do mês de setembro do ano anterior, os Planos de Contingência elaborados pelo Agente para atendimento em emergência às instalações
da Rede Básica consideradas com o nível de criticidade máxima C1, no que se refere a linhas de transmissão, reatores e transformadores de potência em
condição de falha;
O plano de contingência será elaborado para atender ocorrências de perda de equipamento e queda de estrutura de linha de transmissão, com perda
da função por mais de um período consecutivo de ponta de carga do sistema elétrico.
Linhas de transmissão:
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O plano de contingência para linhas transmissão deverá conter, no mínimo, as seguintes informações:
(1) nome do Agente;
(2) identificação da linha de transmissão;
(3) tempo estimado para retorno da função em caso de falha (considerar o tempo médio por trecho típico e por estrutura);
(4) logística e recursos alocados para atendimento à ocorrência;
(5) Estruturas típicas reservas existentes.
b) imediatamente ao ONS as restrições operativas e prazos para a solução das mesmas, decorrentes de pendências de qualquer natureza eventualmente exis-
tentes, em equipamentos e instalações classificados com nível de criticidade C1, C2 e C3.
C - PROTEÇÃO E CONTROLE
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
- Confirmar se foram fornecidas as informações cadastrais descritivas para a configuração das bases de dados dos centros do ONS,
- Verificar se a subestação, ao receber o pedido de solicitação de manutenção por parte do ONS, possui cadastro da ocorrência, o seu atendimento dentro dos
prazos definidos e a respectiva comunicação ao ONS quando a pendência estiver solucionada.
Confirmar a existência do Plano Anual de Manutenção e Inspeção Preventiva dos Sistemas de Medição. A periodicidade para a manutenção preventiva do sistema
Fazer o plano de manutenção preventiva dos sistemas de medição para faturamento Até agosto do ano anterior (AR)
Enviar o plano anual de manutenção preventiva dos sistemas de medição aos Agentes envolvidos Até setembro do ano anterior (AR)
Enviar cronograma acordado das manutenções preventivas ao ONS Até o quinto dia útil de dezembro (AR)
Guardar as leituras e os relatórios dos serviços nas medições Até 5 anos após o evento (AR)
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E.2 - Manutenção Corretiva
Comunicar a manutenção corretiva à ASMAE e solicitar acesso às instalações do conectado Na data da identificação da ocorrência (AR)
Solicitar pedido de trabalho e liberação de equipamento (se necessário) Na data da identificação da ocorrência (AC)
Fazer a manutenção corretiva na medição. Até 3 dias após a identificação da ocorrência (AR)
Fazer a manutenção corretiva (troca) nos TI da medição. Até 5 dias após a identificação da ocorrência (AR)
Guardar as leituras e os relatórios dos serviços nas medições Até 5 anos após o evento (AR)
E.3 - Inspeção
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
Confirmar a existência das leituras, relatórios de ocorrência e alteração de cadastro feitos após manutenções ou inspeções dos últimos de 5 anos.
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F - TELECOMUNICAÇÕES
- Confirmar se foram informados todos os dados necessários para o correto preenchimento dos Registros de Ocorrência em serviços de telecomunicações,
em tempo hábil para o seu processamento.
- Confirmar se foram informados os dados relativos às ocorrências detectadas pela empresa, ao órgão designado pelo ONS.
- Verificar se a subestação, ao receber o pedido de solicitação de manutenção por parte do ONS, possui cadastro da ocorrência, o seu atendimento dentro dos
prazos definidos e a respectiva comunicação ao ONS quando a pendência estiver solucionada.
Indicadores de Desempenho 37
Equipamentos / Instalação
DISP TDF TF TMRF INDISPMP INDISPMF
Compensador Síncrono X X X X X X
Compensador Estático X X X X X X
Disjuntor X X X
Transformador X X X X X X
Linha de Transmissão X X X X X X
A - DISPONIBILIDADE
38 Onde:
HDi = número de horas disponíveis do equipamento i;
HPi = número total de horas de existência do equipamento i no período considerado. Para
cálculo de indicadores em bases anuais, adota-se 8.784 horas para anos bissextos e
8.760 horas para anos normais;
Pi = Potência efetiva do equipamento homologada pela ANEEL;Para equipamentos de
compensação reativa a potência é expressa em MVAr;
N = número total de unidades ou equipamentos;
i = contador do número de equipamentos.
A.2 - Transformadores
Onde:
HDi = número de horas disponíveis do equipamento i;
HPi = número total de horas de existência do equipamento i no período considerado. Para
cálculo de indicadores em bases anuais, adota-se 8.784 horas para anos bissextos e 39
8.760 horas para anos normais;
N = número total de equipamentos.
i = contador do número de equipamentos;
Onde:
HDi = número de horas disponíveis do circuito da linha de transmissão i;
HPi = número total de horas de existência do circuito da linha de transmissão i no pe-
ríodo considerado. Para cálculo de indicadores em bases anuais, adota-se 8.784
horas para anos bissextos e 8.760 horas para anos normais;
extLT i = extensão total do circuito da linha de transmissão i em km;
N = número de circuitos de linhas de transmissão.
i = contador do número de circuitos de linhas de transmissão;
Instalação Agregação Indicador de Disponibilidade N (n° de circuitos de linhas de transmissão)
Linhas de n° de circuitos de linhas de transmissão para cada um dos níveis de tensão XXX kV (138, 230, 345, 440/500, 600 e
40 Transmissão
por nível de tensão e por Agente DISPLTAXXX
750) por Agente.
B - INDISPONIBILIDADE
Onde:
HIXi = número de horas indisponíveis do equipamento i, devido à manutenção;
Para o cálculo da indisponibilidade da manutenção programada (INDISPMP)
utiliza-se: HIXi = HIMPi número de horas indisponíveis do transformador i
devido a manutenções programadas; Para cálculo da indisponibilidade de
manutenção forçada (INDISPMF) utiliza-se: HIXi = HIMFi Número de horas
indisponíveis do transformador i devido a manutenções forçadas;
HPi = número total de horas de existência do transformador i no período consi-
derado. Para cálculo de indicadores em bases anuais, adota-se 8.784 horas
42 para anos bissextos e 8.760 horas para anos normais;
N = número total de transformadores;
i = contador do número de transformadores;
Equipamento Agregação Indicador de Indisponibilidade N (n° de equipamentos)
Transformador por nível de tensão e por Agente INDISPMPTAXXX n° de transformadores do Agente para cada um dos níveis de tensão XXX kV (138, 230, 345, 440/500, 600 e 750)
lado de alta.
Para efeito da apuração dos indicadores das Taxas de Desligamentos Forçados são considerados os desligamentos provocados por interrupção de emergência
e falha na instalação e equipamento, que impõe que o mesmo seja desligado automática ou manualmente. Não são considerados os desligamentos onde houve
religamento automático com sucesso, ou ainda, com retorno à operação sem intervenção da manutenção e aqueles provocados pelo sistema em conseqüência
de perturbação.
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C.1 - Compensadores Estáticos e Síncronos, Transformadores e Disjuntores
Onde:
NDFi = número de desligamentos forçados do equipamento i;
HXi = número de horas do equipamento i conforme abaixo;
HXi = HSi número de horas de serviço do equipamento i para equipamentos rotativos;
HXi = HDi número de horas disponíveis do equipamento i, para os demais equipamentos;
i = contador do número de equipamentos;
N = número total de equipamentos;
8.760 = fator de anualização.
Onde:
NDFi = número de desligamentos forçados do circuito da linha de transmis-
são i, no período considerado; 45
HDi = número total de horas disponíveis do circuito da linha de transmissão
i no período considerado;
i = contador do número de circuitos de linhas de transmissão;
N = número total de circuitos de linhas de transmissão;
ext LTi = extensão total do circuito da linha de transmissão i em km.
Instalação Agregação Indicador de Taxa de Desligamento Forçado N (n° de circuitos de linhas de transmissão)
n° de circuitos de linhas de transmissão do Agente para cada um dos níveis de tensão XXX
Linhas de Transmissão por nível de tensão e por Agente TDFLAXXX
kV (138, 230, 345, 440/500, 600 e 750)
D - TAXA DE FALHAS
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
Para efeito da apuração dos indicadores das Taxas de Falhas são considerados os desligamentos provocados por falha na instalação e equipamento, com
intervenção da manutenção. Não são considerados os desligamentos onde houve religamento automático com sucesso, ou ainda, com retorno à operação sem
intervenção da manutenção e aqueles provocados pelo sistema em conseqüência de perturbação.
Para efeito da apuração dos indicadores de Tempo Médio de Reparo da Função são considerados os desligamentos provocados por interrupção de emergência
e falha na instalação e equipamento, que impõe que o mesmo seja desligado automática ou manualmente. Não são considerados os desligamentos onde houve
religamento automático com sucesso, ou ainda, com retorno à operação sem intervenção da manutenção e aqueles provocados pelo sistema em conseqüência
de perturbação.
E.1 - Compensadores Estáticos e Síncronos, Transformadores, Disjuntores e Linhas de Transmissão.
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
Onde:
HIRi = Número de horas em que a função ficou indisponível para operação
e entregue à manutenção forçada, devido ao evento i;
NDFi = número de desligamentos forçados do equipamento ou instalação i;
N = índice da agregação, indicando o número de equipamentos ou circui-
tos de linha de transmissão.
Indicador de
Equipamento / Instalação Agregação Tempo Médio de N (n° de equipamentos)
Reparo da Função
F - DURAÇÃO, DURAÇÃO MÁXIMA E FREQÜÊNCIA DA INTERRUPÇÃO DO SERVIÇO DA REDE BÁSICA NO PONTO DE CONTROLE
Para a avaliação da contribuição da manutenção nos indicadores Freqüência da Interrupção do Serviço da Rede Básica no Ponto de Controle (FIPC), Duração da Inter-
rupção do Serviço da Rede Básica no Ponto de Controle (DIPC) e Duração Máxima da Interrupção do Serviço da Rede Básica no Ponto de Controle (DMIPC) são consi-
deradas as interrupções dos tipos P1 e O2, conforme tabela abaixo, as quais refletem a parcela de contribuição da manutenção na composição destes indicadores.
O indicador de Confiabilidade Estrutural de Áreas será desenvolvido em futuras revisões dos Procedimentos de Rede.
H - TELECOMUNICAÇÕES
A partir dos tempos associados a cada ocorrência nos serviços de telecomunicações é elaborado o relatório denominado “Relatório de Avaliação de Desempenho
de Serviços de Telecomunicações”, pelo ONS.
Os dados relacionados aos tempos envolvidos são:
(a) Data e hora de detecção da falha;
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
50 Esse relatório será objeto de análise conjunta do ONS e do Agente responsável pelo serviço de telecomunicações afetado, para definir as possibilidades de
melhoria, de modo que esses serviços passem a atender aos requisitos de telecomunicações especificados. O desempenho dos serviços de telecomunicações
deverá ser apurado mensalmente e os prazos referentes ao processo estão definidos na tabela a seguir:
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Diariamente, com a finalidade de classificações para fins estatísticos, e identificação daquelas que darão início aos processos de análise, os Centros de Ope-
ração do ONS avaliam todas as ações executadas pelas equipes de tempo real dos Centros de Operação e das instalações, identificando:
(a) Não-conformidades nos procedimentos operativos adotados;
(b) Não adequação do Programa Diário de Operação - PDO e Instruções de Operação;
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As ocorrências com anormalidades e condições especiais de operação, sem causa claramente identificada, caracterizadas pelos eventos abaixo relacionados,
originam um Relatório de Análise de Operação – RAO.
Um Relatório de Análise de Operação – RAO também poderá ser originado por solicitação de órgãos internos ao ONS ou de Agentes em função de condições
especiais do sistema, para dirimir dúvidas ou aprofundar a análise de um conjunto de ocorrências ou não conformidades com alto índice de reincidência, bem
como por recomendação de um Relatório de Análise Expedita da Operação - RAEO, em face de necessidade de aprofundamento nas análises, devido à comple-
xidade da ocorrência.
(a) Programação, supervisão, comando e execução de manobras para liberação e reintegração do equipamento sob intervenção, incluindo as tratativas
com outros Agentes da fronteira, bem como as manobras para sua isolação;
(b) Atendimento dos requisitos de segurança física para a intervenção (definição da área a ser isolada, execução da isolação e a liberação da área
isolada para as equipes de manutenção);
(c) Caracterização da situação de urgência ou emergência em equipamento de sua propriedade;
(d) Somente permitir a execução de serviços em suas instalações observando o cumprimento deste documento, e instruções específicas, quer sejam
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
(a) Supervisionar, comandar e executar as ações determinadas pelos Centros de Operação do ONS para a operação da instalação;
(b) Caracterizar, quando necessário, condições de emergência na instalação e adotar imediatamente os procedimentos pertinentes;
(c) Controlar os níveis de tensão nos barramentos de tensão inferiores a 69 kV;
(d) Controlar os níveis de tensão de geração das usinas, com despacho de geração centralizado, conectadas em instalações que não pertencem à
Rede Básica ou Complementar, em comum acordo com os demais Agentes envolvidos;
(e) Informar ao Centro de Operação do ONS com o qual se relaciona:
(1) Alteração nos limites e restrições operacionais de seus equipamentos, que afetem a Rede de Operação;
(2) Eventuais restrições operacionais ou para energização de equipamentos;
(3) Condições e número de tentativas para religamento automático de equipamentos;
(a) Supervisionar, comandar e executar as mudanças de topologia da rede determinadas pelo ONS na Rede de Operação, para viabilizar o cumpri-
mento do PDO e suas reprogramações.
(b) Informar ao Centro de Operação do ONS (COSR, COS ou COL):
(1) A limitação em equipamentos de transmissão, os horários de início e término das intervenções, manobras e ocorrências no sistema de
transmissão que impliquem em restrições de geração em sua área de atuação; 55
(2) As indisponibilidades ou limitações de equipamentos, de conhecimento do Agente, ocorridas ou prestes a ocorrer, previstas ou não, que
possam limitar a geração de usina integrada.
(c) Devem acionar as respectivas áreas de manutenção com a maior brevidade possível, quando da constatação de defeitos que venham a restringir
a operação das fontes de reativos e/ou equipamentos de regulação de tensão.
(d) Operar os compensadores síncronos e estáticos e unidades geradoras procurando, sempre que possível, manter reserva adequada de reativo,
visando minimizar as variações transitórias de tensão em caso de contingências. Sua utilização plena só deve ocorrer quando as condições de
tensão não forem satisfatórias e depois de esgotados todos os recursos.
(a) Preparar as instalações para o recebimento de tensão, efetuando manobras de acordo com as instruções específicas dos mesmos;
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G - NA ELABORAÇÃO DO PROGRAMA DIÁRIO DA OPERAÇÃO SÃO RESPONSÁVEIS POR:
- Verificar nos registros e formulários existentes na subestação, se as rotinas de operação foram atendidas.
- Verificar se a TRANSMISSORA, se responsável por alguma anormalidade identificada, esta executando as ações corretivas recomendadas.
- Avaliar o esquema de acionamento da manutenção em casos de emergência na subestação, quanto aos aspectos de agilidade e flexibilidade.
(a) Manual de operação próprio, contendo as normas e instruções de operação, manobras padronizadas e outros documentos, conforme a estrutura e
organização de cada Agente. Este Manual deve contemplar as Instruções elaboradas pelo ONS ou pelo Agente proprietário da instalação relativas
à operação da mesma, em conformidade com os procedimentos estabelecidos pelo ONS para a Rede de Operação;
(b) Instruções técnicas relativas à operação dos equipamentos, proteção, serviços auxiliares e outras inerentes às instalações;
(c) Diagramas unifilares operacionais da instalação.
Nas subestações da Rede de Operação devem existir Instruções de Operação de recomposição específicas, elaboradas pelos Agentes com diretrizes do ONS, que
confiram aos operadores determinado grau de liberdade nas ações de recomposição, se possível independentemente de comunicação com Centros de Operação
de Agente ou do ONS. As responsabilidades dos Agentes na manutenção dos Manuais de Operação dos seus Centros de Operação e de suas instalações que fazem
parte da Rede de Operação, no que se refere à implantação dos procedimentos estabelecidos pelo ONS para a operação dessa Rede, são:
Os diagramas unifilares operacionais das instalações, emitidos pelos Agentes da Operação, devem ser elaborados de forma a atender os seguintes requisitos: 59
(a) Retratar da melhor forma possível a configuração física dos equipamentos e instalações. As denominações dos circuitos de saída de linhas de
transmissão devem ser escritas por extenso, acompanhadas opcionalmente pelas siglas associadas;
(b) Representar necessariamente os seguintes equipamentos: disjuntores, seccionadoras, transformadores, reatores, compensadores síncronos e
estáticos, banco de capacitores, unidades geradoras, TC, TP, bobinas de bloqueio e pára-raios;
(c) Indicar a capacidade nominal de transformadores, reatores, compensadores síncronos e estáticos, banco de capacitores e unidades geradoras;
(d) Identificar os equipamentos e barramentos da instalação, representando os mesmos graficamente (cor, espessura de traço etc.) de forma que
possa ser facilmente identificado o nível de tensão associado. A critério do Agente, poderão ser inseridos outros dados que o mesmo julgar
necessário.
Roteiro de Fiscalização - Manuais, Instruções, Rotinas e Diagramas Unifilares de Operação
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
Para garantir a eficiência do processo de auto-restabelecimento, quando o sistema elétrico assim o permitir, os Agentes deverão, periodicamente, preparar
simulação de treinamento para os operadores, sob as condições mais realistas possíveis, no restabelecimento de usinas e subestações, conforme programa
aprovado pelo ONS.
O sistema de telecomunicações para atender à Operação pelo ONS deverá prover serviços de comunicação de voz, conforme definido nos Procedimentos de
Rede, devendo ser oferecido em três classes de serviço, a saber:
(a) Classe A: Deverá apresentar disponibilidade de 99,98%, apurada mensalmente e tendo como valor de referência o somatório dos últimos doze 61
meses, e tempo máximo de atendimento de 8 horas úteis.
(b) Classe B: Deverá apresentar disponibilidade de 99%, apurada mensalmente e tendo como valor de referência o somatório dos últimos doze meses,
e tempo máximo de atendimento de 8 horas úteis.
(c) Classe C: Deverá apresentar disponibilidade de 95%, apurada mensalmente e tendo como valor de referência o somatório dos últimos doze meses,
e tempo máximo de atendimento de 8 horas úteis.
As interligações de comunicação de voz, diretas, entre os Centros de Operação do ONS e as instalações de transmissão, integrantes da Rede de Operação,
exceto aquelas requeridas para o funcionamento do Controle Automático de Geração, serão estabelecidas de comum acordo com os Agentes proprietários das
referidas instalações, subordinadamente aos Procedimentos de Rede.
O sistema de telecomunicações, para a execução da Operação pelo ONS, subordinado ao estabelecido no Manual de Procedimentos da Operação, deverá prover
serviços de comunicação de voz cujas interligações possíveis são explicitadas a seguir:
Entre os Centros de Operação do ONS e as instalações de Transmissão da Rede de Operação (não contempladas no item anterior), com as quais se relacionam:
(a) Classe A: Deverá apresentar disponibilidade de 99,98%, apurada mensalmente e tendo como valor de referência o somatório dos últimos doze
meses, e tempo máximo de atendimento de 8 horas úteis.
(b) Classe B: Deverá apresentar disponibilidade de 99%, apurada mensalmente e tendo como valor de referência o somatório dos últimos doze meses,
e tempo máximo de atendimento de 8 horas úteis.
O sistema de telecomunicações, para a execução da Operação pelo ONS, subordinado ao estabelecido no Manual de Procedimentos da Operação, deverá prover
serviços de comunicação de dados cujas interligações possíveis são explicitadas a seguir:
Entre os Centros de Operação do ONS e instalações de Transmissão da Rede de Supervisão para atender aos requisitos de CAG:
(a) Serviço de comunicação de dados Classe A, configurado diretamente da instalação ou através de concentrador.
Entre os Centros de Operação do ONS e as instalações de transmissão da Rede de Supervisão, Consumidores e COD’s, para atender aos requisitos das funções
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
SCADA:
(a) Serviço de comunicação de dados Classe A, dimensionado de forma a suportar o carregamento e os requisitos de desempenho.
(b) Esse serviço poderá ser configurado diretamente entre o Centro de Operação do ONS e a instalação ou através de interligação efetuada por meio
de concentradores de dados.
Entre os Centros de Operação do ONS e instalações da Rede de Supervisão, em pontos definidos pelo ONS, para atender aos requisitos de informações com
alta taxa de aquisição para o controle de tensão e detecção de ilhamento:
(a) Serviço de comunicação de dados Classe B, dimensionado de forma a suportar o carregamento e os requisitos de desempenho.
64
RESPONSABILIDADES
TRANSMISSORA
(a) Manter as instalações disponíveis, dentro dos padrões estabelecidos nos Contratos de Prestação de Serviços de Transmissão - CPST;
(b) Manter os equipamentos de controle e regulação disponíveis, com ajustes e respostas de acordo com o especificado pelo ONS com a participação do Agente
envolvido;
(c) Limitar a geração de harmônicos e desequilíbrios produzidos por equipamentos integrantes do sistema sob sua responsabilidade dentro dos limites estabe-
lecidos pelos Procedimentos de Rede;
(d) Participar dos estudos coordenados pelo ONS para o estabelecimento de Sistemas Especiais de Proteção (SEP) e implanta os esquemas e os ajustes es-
tabelecidos;
(e) Implantar os ajustes de proteção e controle, em nível sistêmico, dentro dos valores estabelecidos pelo ONS com a participação do Agente envolvido;
(f) Definir e implantar ajustes adequados das proteções referentes às suas instalações de forma a garantir a integridade dos equipamentos, guardando seleti-
vidade com as proteções sistêmicas;
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
(g) Especificar e instalar equipamentos de monitoração e desenvolve as ações pertinentes relativas à qualidade da energia elétrica no sistema sob sua respon-
sabilidade;
(h) Operar e manter as instalações sob sua responsabilidade de acordo com as diretrizes constantes nos Procedimentos de Rede, no Contrato de Prestação de
Serviços de Transmissão (CPST) e nos Contratos de Conexão (CCT);
(i) Propor ampliações, reforços e melhorias necessárias ao adequado funcionamento da Rede Básica;
(j) Consolidar, junto ao ONS, os índices de disponibilidade das instalações de transmissão.
CASA DE CONTROLE:
- Paredes de alvenaria, teto em laje de concreto e piso de concreto sem revestimento ou com revestimento com materiais incombustíveis.
SALA DE COMANDO:
- Dois extintores tipo gás carbônico de 6 kg de capacidade de carga.
- Fios elétricos colocados em eletrodutos ou canaletas.
- Abertura para cabos vedadas.
- Placas de sinalização de PERIGO em painéis de controle e cubículos de alta tensão.
- Portas abrindo para fora no sentido saída.
SALA DE BATERIAS:
- Dois extintores tipo gás carbônico de 6 kg de capacidade de carga, instalado em área externa.
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
SALA DE COMUNICAÇÕES:
- Dois extintores tipo 6 kg de capacidade de carga, instalado em área externa.
- Aberturas para cabos vedadas.
68 SALA DE CABOS:
- Dois extintores tipo pó químico seco de capacidade de carga 4 kg.
- Abertura para passagem de cabos vedadas.
- Altura mínima de pé direito 2,00 metros.
COZINHA:
- Um extintor de gás carbônico de capacidade de 6 kg de carga.
- Instalação do botijão de gás “GLP” instalado em área externa.
- Ambiente arejado, evitando acúmulo de gases.
TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA:
- Dois extintores de incêndio, sobre rodas (carreta), com carga de pó químico, capacidade 50 kg, a pressurizar com N2, rodas de borracha
extra larga.
- Parede corta fogo isolando os riscos, de altura, mínima igual a 60 cm acima do tanque conservador e comprimento total ultrapassando 50
cm, em ambos os lados, o comprimento do transformador.
- Tanque de contenção e drenagem do óleo, com dreno levando o óleo para um depósito coletor especialmente construído para este fim.
CUBÍCULOS:
- Caso os extintores que protegem os transformadores estejam a mais de 20 metros, prever extintores idênticos para proteção dos cubí-
culos.
CANALETAS:
- Vedação dna passagem de cabos de um ambiente para outro.
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
PÁTIO:
- Manter limpo, sem existência de plantas, matos, ervas daninhas e materiais estranhos.
CERCAS:
- Toda área da subestação deve possuir cercas aterradas com sinalização de segurança do tipo PERIGO – ALTA TENSÃO.
70 Geral:
Verificar a existência e o registro das manutenções dos extintores de incêndio.
Verificar as manutenções preventivas, testes funcionais e o estado de conservação de sistema fixo de combate a incêndio.
Verificar a adequação e conservação dos abrigos de extintores do pátio da instalação.
Casa de Controle:
Verificar a utilização de materiais combustíveis na construção da casa de controle.
Verificar se as aberturas para passagem de cabos estão vedadas.
Verificar a existência de botijão de gás instalados em área interna da sala.
Sala de Baterias:
Verificar a existência de sistema de exaustão e luminárias à prova de explosão na sala.
Verificar a existência de materiais estranhos armazenados na sala.
Transformadores de Potência:
Instalações:
- Verificar existência de eventuais problemas de aterramento e estado das conexões e cabos de ligação a terra e cercas metálicas da
subestação.
- Verificar a existência de sinalização de segurança na parte externa de muros e cercas que circundam a subestação.
- Verificar a existência de seccionamento das cercas nos limites das faixas de linhas de transmissão.
- Verificar a existência de armazenamento inadequado de óleo askarel na instalação.
- Verificar a existência de descarga de óleo isolante em esgoto pluvial ou no pátio da subestação.
Normas e Rotinas:
- Verificar os esquemas de isolamento de áreas e procedimentos de segurança para a execução dos trabalhos de manutenção.
- Verificar se existem normas especificas de segurança no trabalho para a equipe de manutenção e operação.
Dispositivos de Sinalização:
- Verificar a existência de sinalização de advertência e alerta de perigo, tais como adesivos, placas, luminosos, fitas de identificação, cartões,
faixas, cavaletes, cones; delimitando as áreas de risco e da subestação, informando os perigos de acidente.
A - CONFIGURAÇÕES DE BARRA
As configurações de barra para novas subestações da Rede Básica são estabelecidas em dois grupos, diferenciados por classe de tensão, sendo permitido
algumas variantes.
(a) Pátios de 765, 500, 440 e 345 kV: barra dupla com disjuntor e meio;
(b) Pátios 230 e 138 kV: barra dupla com disjuntor simples a quatro chaves. 73
Os requisitos de configuração de barras para novas subestações são estabelecidos para a etapa final prevista no planejamento da expansão da instalação. Para
a etapa inicial são aceitas variantes que permitam evoluir para as configurações acima, desde que atendam aos Requisitos Mínimos dos Sistemas de Proteção,
Supervisão / Controle e de Telecomunicações. A adoção, inicial, da configuração de barra em anel simples para os pátios em 765, 500, 440 e 345 kV, deverá
permitir a evolução para configuração barra dupla com disjuntor e meio nas etapas futuras. Configurações de barra alternativas considerando, inclusive, iso-
lamento em SF-6, poderão ser adotadas desde que sejam comprovadas, pela TRANSMISSORA, através de estudos, que tenham desempenho igual ou superior
as configurações estabelecidas acima. Para subestações de sistemas radiais da Rede Básica poderá ser permitida a opção, para as configurações de barra dos
pátios de 230 e 138 kV, barra principal e transferência desde que permita a evolução para as configurações de barra estabelecidas acima.
B - CORRENTE EM REGIME PERMANENTE
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
Os barramentos e equipamentos deverão suportar os valores de corrente em regime permanente definidos pelos estudos de planejamento, prevendo futuras
expansões para os pátios das subestações, para o período de concessão da instalação.
C - SISTEMA DE ATERRAMENTO
D - CAPACIDADE DE CURTO-CIRCUITO
74
Os barramentos, o sistema de aterramento e os equipamentos deverão suportar os níveis de curto-circuito máximos definidos pelos estudos de planejamento
para os pátios das instalações, considerando os tempos máximos de eliminação de defeito adotados nos Requisitos Mínimos dos Sistemas de Proteção, Super-
visão / Controle e de Telecomunicações, para o período de concessão da instalação.
E - COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO
F - EMISSÃO ELETROMAGNÉTICA
Rádio Interferência:
O valor da tensão de rádio interferência não deve exceder 2500 µV a 1000 kHz correspondente a 1,1 vezes a tensão nominal.
Efeito Corona:
As instalações das subestações, especialmente condutores e ferragens, não deverão apresentar efeito corona em 90 % da condição de tempo bom.
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
A tensão mínima fase – terra eficaz para início e extinção de corona visual deverá assumir os seguintes valores:
Enrolamentos terciários:
A necessidade dos enrolamentos terciários deve, mediante estudos, ser determinada pelos condicionamentos sistêmicos listados a seguir, não se
limitando aos mesmos:
Condições Operativas:
As unidades transformadoras de potência deverão ser adequadas para operação em paralelo nos terminais a serem conectadas.
Para novas unidades transformadoras de potência os procedimentos para aplicação de cargas devem atender a norma ABNT NBR 5416.
Cada unidade transformadora de potência deve ser capaz de suportar o perfil de sobreexcitação em vazio a 60 Hz apresentado na Tabela 2, em
qualquer derivação de operação. 77
TABELA 2 – SOBREEXCITAÇÃO EM VAZIO A 60 HZ, EM QUALQUER DERIVAÇÃO DE OPERAÇÃO (VALORES EM PU DA TENSÃO DE DERIVAÇÃO)
Impedância:
O valor da impedância entre o enrolamento primário e secundário deve ser no máximo de 14% na base nominal das unidades transformadoras,
salvo quando indicado por estudos.Na definição do valor mínimo da impedância, deve-se considerar os máximos valores admissíveis de corrente de
curto-circuito. Para as novas unidades transformadoras, em subestações existentes, os valores máximos e mínimos de impedância devem atender
as adequações de paralelismo.
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
Perdas:
O valor das perdas totais em plena carga deve ser inferior a 0,3% da potência nominal das unidades transformadoras de potência.
Nível de ruído: Máximo nível de ruído audível emitido pelas unidades transformadoras de potência deverá estar em conformidade com
a norma NBR 5356 da ABNT.
Conexão:
É permitida a ligação de mais de um banco de capacitores em derivação ao barramento através de uma única conexão, desde que cada banco de
78 capacitor seja protegido e manobrado independentemente e que seja demonstrado através de estudos de sistema que tal configuração não compro-
meta o desempenho do sistema.
Tolerâncias:
Capacitância do banco - ± 2,0% por fase em relação ao valor especificado e nenhum valor medido de quaisquer das 3 fases não deve afastar-se mais
de 1% do valor médio medido das três fases.
Perdas Dielétricas:
O valor médio das perdas dielétricas de cada unidade capacitiva à tensão e freqüência nominais, com resistor de descargas e à temperatura de 200
oC deverá ser de no máximo 0,12 W/kVAr para capacitores sem fusíveis internos e 0,16 W/kVAr para capacitores com fusíveis internos.
Capacidade de Curto-Circuito:
Todos os equipamentos e dispositivos da subestação deverão suportar as correntes de curtos-circuitos definidos pelos estudos de planejamento para
C - REATORES EM DERIVAÇÃO
Tolerâncias: 79
Impedância - ± 2,0% por fase em relação ao valor especificado e nenhum valor medido de quaisquer das 3 fases não deve afastar-se mais de 1%
do valor médio medido das três fases.
Esquemas de Aterramento:
Os reatores poderão considerar os seguintes esquemas de aterramento; estrela solidamente aterrada e estrela aterrada através de impedância.Quando
for utilizada a impedância de aterramento, a classe de isolamento do neutro do reator deverá ser dimensionada considerando este equipamento.
Perdas:
O valor médio das perdas totais, à tensão e freqüência nominais, deverá ser inferior a 0,3% da potência nominal do reator.
Suportabilidade a Sobretensões:
O reator deverá ser capaz de suportar os níveis de sobretensões transitórias e temporárias impostos pelo sistema.
D - BANCO DE CAPACITORES SÉRIE FIXOS
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
Tolerâncias:
Capacitância - ± 2,0% por fase em relação ao valor especificado e nenhum valor medido de quaisquer das 3 fases não deve afastar-se mais de 1%
do valor médio medido das três fases..
Perdas Dielétricas:
O valor médio das perdas dielétricas de cada unidade capacitiva à tensão e freqüência nominais, com resistor de descargas e à temperatura de 20
oC deverá ser de no máximo 0,12 W/kVAr para capacitores sem fusíveis internos e 0,16 W/kVAr para capacitores com fusíveis internos.
Capacidade de Sobrecarga:
Deverá atender os requisitos de norma exceto quando os estudos de sistema indicarem.
80
Dispositivos de Proteção:
Os Bancos de Capacitores Série podem ser protegidos por dispositivos de proteção desde que haja uma reinserção do banco no sistema após uma falta, em
um tempo máximo de modo a manter-se um desempenho adequado do sistema; Esses dispositivos deverão ser dimensionados considerando-se:
- As configurações do sistema elétrico durante a concessão da instalação;
- A falta externa mais crítica;
- Religamento malsucedido de somente um terminal da linha onde o Banco será inserido, que resulta a condição mais crítica para o dispo-
sitivo;
- A existência de linha(s) de transmissão paralela(s) fora de serviço.
E - DISJUNTORES
Os disjuntores devem ter tempos máximos de interrupção de 2 ciclos para tensões de 800, 550, 460 e 362 e 3 ciclos para tensões de 242 e 145 kV de 60 Hz.
O ciclo de operação com religamento rápido deverá atender aos requisitos da norma NBR7118. Os disjuntores deverão ser capazes de efetuar, em função das
características específicas de cada aplicação e dos requisitos sistêmicos, um conjunto das seguintes operações:
(a) Abertura de linhas em vazio com sobretensão de 40%, e sob freqüência de 66 Hz, sem reacendimento de arco. Será aceito freqüência inferior a
66 Hz desde que seja comprovada a ausência da mesma nos estudos de sistema; 81
(b) Abertura de banco de capacitores: os disjuntores devem ser do tipo de “baixíssima probabilidade de reacendimento de arco” conforme designação
da norma IEC 62271-100;
(c) Abertura de pequenas correntes indutivas sem provocar sobretensões inadmissíveis aos demais equipamentos da instalação;
(d) Abertura do sistema em oposição de fases;
(e) Abertura de defeito trifásico não envolvendo terra, no barramento ou saída de linha;
(f) Abertura de defeito quilométrico;
(g) Abertura da corrente de curto-circuito com maior relação X/R do sistema.
Os disjuntores também deverão ser capazes de efetuar a energização de linha de transmissão e banco de capacitores em derivação, religamento das linhas de
transmissão, energização das unidades transformadoras de potência e abertura de reator em derivação, observando os limites de suportabilidade de sobretensão
dos demais equipamentos da Rede Básica e a capacidade de absorção de energia dos pára-raios envolvidos. Os disjuntores das conexões dos enrolamentos
secundários das unidades transformadoras de potência deverão ser adequados para abertura de defeito trifásico no barramento, não envolvendo terra.
F - SECCIONADORAS, LÂMINAS DE TERRA E CHAVES DE ATERRAMENTO
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
Estes equipamentos deverão atender aos requisitos das normas IEC aplicáveis e serem capazes de efetuar as manobras listadas abaixo. Devem permitir ma-
nobras de fechamento e abertura de seccionadoras e seccionadoras de aterramento, considerando eventuais tensões induzidas ressonantes de linhas de trans-
missão em paralelo, operando na condição normal com carregamento máximo ou sob defeito monofásico. As Lâminas de Terra e Chaves de Aterramento das
linhas de transmissão devem ser dotadas de capacidade de interrupção de correntes induzidas de acordo com a norma IEC 1129.
G - PÁRA-RAIOS
H - TRANSFORMADORES DE POTENCIAL
As características dos transformadores de potencial, como: número de secundários, relações de tensão, carga, exatidão, etc., devem satisfazer às necessidades
dos sistemas de proteção e de medição definidos nos Requisitos Mínimos dos Sistemas de Proteção, Supervisão / Controle e de Telecomunicações.
I - TRANSFORMADORES DE CORRENTE
As características dos transformadores de corrente, como: número de secundários, relações de corrente, carga, exatidão, etc., devem satisfazer às necessidades dos
sistemas de proteção definidos nos Requisitos Mínimos dos Sistemas de Proteção, Supervisão / Controle e de Telecomunicações. Os transformadores de corrente de
tensão igual ou superior a 345 kV deverão ter características transitórias para não saturarem durante curtos-circuitos e religamentos rápidos.
A linha de transmissão deverá operar preservando as distâncias de segurança para a circulação contínua da corrente da corrente operativa por fase estabelecida
conforme acima e a ocorrência simultânea das seguintes condições climáticas:
Em condições climáticas mais favoráveis do que as estabelecidas, a linha de transmissão pode operar com carregamento superior à corrente estabelecida,
desde que as distâncias de segurança e as demais condições de projeto sejam respeitadas. A capacidade de condução de corrente dos acessórios, conexões
e demais componentes que conduzem correntes deve ser superior à corrente correspondente àquela que, nas condições climáticas estabelecidas acima, leva
os cabos condutores à temperatura de 90 oC. Nas condições climáticas estabelecidas acima, quer os cabos pára-raios sejam ou não conectados à malha de
aterramento das subestações terminais ou à resistência de pé de torre de cada estrutura, os mesmos devem ser capazes de suportar sem dano, durante o perí-
odo de concessão da linha de transmissão, à circulação da corrente associada à ocorrência de curto-circuito monofásico franco em qualquer estrutura da linha
de transmissão por duração correspondente ao tempo de atuação da proteção de retaguarda. Em circunstâncias especiais, caso requisitos sistêmicos assim o
determinem, poderá ser considerada a presença de outras linhas de transmissão conectadas à mesma malha de aterramento.
Perdas Joule nos cabos:
As perdas Joule nos cabos condutores devem ser mantidas dentro de limites aceitáveis por meio da utilização de cabos condutores com resistência elétrica
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
de seqüência positiva suficientemente reduzida. Este valor é específico de cada linha e é definido (à freqüência nominal de 60 Hz e a uma temperatura de re-
ferência) a partir de análise econômica feita com base em estudos elétricos de longo prazo que levam em conta o efeito da resistência de todas as instalações
da Rede Básica. A perda joule total de referencia nos cabos pára-raios não deverá ser superior à correspondente a dois cabos contínuos de aço galvanizado
EAR de diâmetro 3/8”, aterrados em todas as estruturas e na malha de terra das subestações. Quando o nível de curto circuito exigir cabos pára-raios com
capacidade de corrente maior que a do cabo 3/8” EAR nas proximidades das subestações até o ponto em que o cabo 3/8” EAR suporte a corrente de curto de
retorno. Neste caso a perda joule total de referência deverá ser computada considerando o condutor especificado nas proximidades das subestações e o cabo
3/8” EAR no restante da linha.
Coordenação de isolamento:
Isolamento à tensão máxima operativa - O isolamento da linha de transmissão à tensão máxima operativa deve considerar as características de contaminação da
84 região, conforme classificação contida na Publicação IEC 815. A distância específica de escoamento deve atender ao especificado nos itens 4 e 5 desta norma,
limitada a um mínimo de 14 mm/kV fase-fase eficazes. O isolamento da linha de transmissão à tensão máxima operativa deve manter-se íntegro estando a
cadeia de isoladores em balanço sob ação de vento com período de retorno de, no mínimo, 30 anos. Deve ser mantida a distância mínima para evitar descarga
à tensão máxima operativa entre qualquer condutor da linha e objetos situados no limite da faixa de servidão, nas condições especificadas na NBR-5422, para
velocidade do vento e ângulo de balanço de cabos e cadeias. Isolamento a manobras - O risco de falha em manobras de energização e religamento da linha de
transmissão deve estar limitado aos valores constantes da Tabela 1.
Emissão eletromagnética:
Corona visual - linha de transmissão, incluindo cabos, ferragens das cadeias de isoladores e os acessórios dos cabos, não deve apresentar corona visual 90%
do tempo, para as condições atmosféricas predominantes na região atravessada pela linha de transmissão.
- Rádio-interferência - A relação sinal/ruído no limite da faixa de servidão, para a tensão máxima operativa, deve ser, no mínimo, igual a 24 dB, para
50% do período de um ano. O sinal adotado para o cálculo deverá ser o nível mínimo de sinal na região atravessada pela linha de transmissão,
conforme norma DENTEL ou sua sucedânea.
- Ruído audível - O ruído audível no limite da faixa de servidão sob tensão máxima operativa deverá ser no máximo igual a 58 dBA , em qualquer 85
uma das seguintes condições não simultâneas:
(a) durante chuva fina (<0,00148 mm/min);
(b) durante névoa de 4 horas de duração;
(c) após chuva (primeiros 15 minutos).
- Campo elétrico - O campo elétrico a um metro do solo no limite da faixa de servidão deve ser inferior ou igual a 5 kV/m. Deve-se assegurar que
o campo no interior da faixa, em função da utilização de cada trecho da mesma, não provoque efeitos nocivos a seres humanos.
- Campo magnético - O campo magnético na condição de carregamento máximo e no limite da faixa de servidão deve ser inferior ou igual a 67
A/m, equivalente a indução magnética de 83 µT. Deve-se assegurar que o campo no interior da faixa, em função da utilização de cada trecho da
mesma, não provoque efeitos nocivos a seres humanos.
- Desequilíbrio - Linhas de transmissão de comprimento superior a 100 km devem ser transpostas com um ciclo completo de transposição, de
preferência com trechos de 1/6, 1/3, 1/3 e 1/6 do comprimento total.
- Linhas de transmissão em paralelo devem ter ciclos de transposição com sentido oposto. De forma análoga, linhas de circuito duplo devem ter os
circuitos transpostos com ciclos de transposição de sentido oposto. Caso a linha de transmissão não seja transposta, o desequilíbrio de tensão
de seqüências negativa e zero deve estar limitado a 1,5 %, em vazio e a plena carga.
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
B. REQUISITOS MECÂNICOS
Fundações:
No projeto das fundações, para atender o critério de coordenação de falha, as solicitações transmitidas pela estrutura a suas fundações devem ser majoradas
pelo fator mínimo 1,10. Estas solicitações, calculadas com as cargas de projeto da torre, considerando suas condições particulares de aplicação: Vão Gravante,
Vão de Vento, Ângulo de desvio e Fim de LT, Altura da torre, passam a ser consideradas como cargas de projeto das fundações. As fundações de cada estrutura
deverão ser projetadas estruturalmente e geotecnicamente de forma a adequar todos os esforços resultantes de cada torre as condições específicas de seu 87
próprio solo de fundação. As propriedades físicas e mecânicas do solo de fundação de cada estrutura deverão ser determinadas de forma reconhecidamente
científica, de modo a retratar, com precisão, os parâmetros geomecânicos do solo, sendo executadas as seguintes etapas:
(a) Estudo e análise fisiográfica preliminar do traçado da LT com a conseqüente elaboração do plano de investigação geotécnica;
(b) Reconhecimento do subsolo com a caracterização geológica e geotécnica do terreno, qualitativamente e quantitativamente, determinando
os parâmetros geomecânicos;
(c) Parecer geotécnico com a elaboração de diretrizes técnicas e recomendações para o projeto.
No cálculo das fundações deverão ser considerados os aspectos regionais geomorfológicos que influenciem o estado do solo de fundação, quer no aspecto de
sensibilidade, expansibilidade ou colaptividade levando-se em conta a sazonalidade. A definição do tipo de fundação, seu dimensionamento estrutural e geotécni-
co deverão ser executados levando em consideração os limites de ruptura e deformabilidade para a capacidade suporte do solo à compressão, ao arrancamento
e aos esforços horizontais, valendo-se de métodos racionais de cálculo, incontestáveis e consagrados na engenharia geotécnica.
3.6.4. Sistemas de Proteção
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
Com o objetivo de atender aos requisitos de confiabilidade requeridos, todas as funções a serem executadas, tanto pelos sistemas integrados, quanto por
equipamentos individuais e dedicados, devem apresentar o mesmo desempenho. Os sistemas deverão ser integrados no nível da instalação permitindo o acesso
local ou remoto de todos os seus dados, ajustes, registros de eventos, grandezas de entradas e outras informações. Esta integração não deve impor restrições
à operação dos equipamentos primários da instalação. Em instalações de transmissão novas os sistemas acima devem utilizar tecnologia digital numérica. No
caso de implantação de um novo vão em instalações de transmissão existentes, os sistemas deverão ser compatibilizados com os já instalados, devendo ser
utilizado, sempre que possível tecnologia digital numérica. Todos os equipamentos e sistemas digitais devem possuir automonitoramento e autodiagnóstico, com
bloqueio automático da atuação por defeito e sinalização local e remota de falha e defeito. Os sistemas devem possuir arquitetura aberta e utilizar protocolos de
comunicação descritos em norma, de forma a não impor restrições à ampliação futura e à integração com sistemas e equipamentos de outros fabricantes. Os
sistemas devem possuir recursos de modo a possibilitar a intervenção das equipes de manutenção evitando que seja necessário o desligamento de equipamentos
primários. Todos os equipamentos e sistemas digitais devem atender aos requisitos das normas para compatibilidade eletromagnética aplicáveis, nos graus de
88 severidade adequados para instalação em subestações de extra-alta-tensão (EAT).
Os transformadores de corrente para alimentação dos sistemas de proteção deverão ser dispostos na instalação de forma a permitir a superposição das zonas
de proteções unitárias de equipamentos primários adjacentes. A proteção dos equipamentos deve ser concebida de maneira a não depender de proteção de reta-
guarda remota no sistema de transmissão. Nos casos de barramentos, é admitida excepcionalmente proteção de retaguarda remota quando da indisponibilidade
de sua única proteção. Cada equipamento primário, exceção feita aos barramentos, deve ser protegido por, no mínimo, dois conjuntos de proteção completamen-
te independentes. Acrescenta-se, quando aplicável, a proteção intrínseca dos equipamentos. As informações de corrente e tensão para cada conjunto de proteção
(principal e alternada ou unitária e retaguarda) deverão ser obtidas de núcleos de transformadores de corrente e secundários de transformadores de potencial
diferentes. As proteções sujeitas à operação acidental por perda de potencial devem possuir supervisão de tensão para bloqueio de operação e alarme.
Deve ser prevista a supervisão dos circuitos de corrente contínua dos relés de proteção, equipamentos de teleproteção, religamento automático e sincronismo,
de forma a indicar qualquer anormalidade que possa implicar em perda da confiabilidade operacional do sistema de proteção. Os sistemas de proteção devem
possuir características de sensibilidade, seletividade, rapidez e confiabilidade operativa compatíveis com os índices de desempenho do sistema elétrico em
condições de regime ou durante perturbações. A TRANMISSORA deve realizar os estudos de coordenação da proteção de forma a confirmar o atendimento aos
requisitos descritos no item acima, bem como deve manter uma base de dados de ajustes das proteções para eventuais consultas.
89
Compreende o conjunto de equipamentos e acessórios, instalados em todos os terminais da linha de transmissão, necessário e suficientes para a detecção e
eliminação de todos os tipos de faltas (envolvendo ou não alta impedância de falta) e outras condições anormais de operação nas linhas de transmissão, rea-
lizando a discriminação entre faltas internas e externas à linha de transmissão protegida. Os conjuntos de equipamentos instalados em todos os terminais da
linha de transmissão devem ser idênticos (mesmo fabricante, marca e modelo), não sendo admissível à utilização de equipamentos diferentes.
Esquemas de Religamento:
As linhas de transmissão devem ser dotadas de esquema de religamento automático, conforme filosofia definida a seguir:
(a) O esquema de religamento deverá possibilitar a seleção do tipo e número de tentativas de religamento, com duas possibilidades: tripolar e mo-
nopolar. Na posição “tripolar” qualquer ordem de disparo iniciada por proteção irá desligar os três pólos do disjuntor e iniciará o religamento
tripolar. Na posição “monopolar”, o desligamento e o religamento dos dois terminais da linha de transmissão deverão ser monopolares para
curtos-circuitos fase-terra e tripolares para os demais tipos de curtos-circuitos. Caso não haja sucesso no ciclo de religamento o desligamento
será tripolar;
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
(b) Em subestações com arranjo em anel, barra dupla com disjuntor duplo ou disjuntor e meio deverá ser prevista a possibilidade de religamento em
qualquer dos dois disjuntores associados à linha de transmissão;
(c) Os relés de religamento deverão possuir temporizadores independentes com possibilidade de ajuste de tempo morto, para religamento monopolar
e tripolar;
(d) Uma vez iniciado um determinado ciclo de religamento, um novo ciclo somente será permitido depois de decorrido um tempo mínimo ajustável,
que se iniciará com a abertura do disjuntor;
(e) O sistema de proteção deverá ter meios para, opcionalmente, realizar somente o religamento automático quando da ocorrência de curtos-circuitos
internos fase-terra;
(f) O esquema de verificação de sincronismo deve supervisionar todo comando de fechamento tripolar de disjuntores, sendo composto por unidade
de verificação de sincronismo e por unidades de supervisão de subtensão e sobretensão;
90 (g) A colocação/retirada de serviço, seleção do tipo de religamento e o disjuntor a religar, em subestações com arranjo do tipo anel ou disjuntor e
meio, deverão ser realizadas através de chave seletora e/ou do sistema de supervisão e controle da estação.
de proteção principal e alternada devem ser capazes de realizar, individualmente e independentemente, a detecção e eliminação de faltas entre
fases e entre fases e a terra para 100% da extensão da linha de transmissão protegida, sem retardo de tempo intencional.
- O tempo total de eliminação de faltas, incluindo o tempo de abertura dos disjuntores de todos os terminais da linha de transmissão, não deve ex-
ceder a 100 milissegundos. Os conjuntos de proteção principal e alternada devem permitir a correta seleção das fases defeituosas para comandar
o desligamento de forma mono ou tripolar. É vetada a utilização de unidades de distância com compensação de seqüência zero para a seleção de
fases. No caso de utilização de proteção por relés de distância, a mesma deve possuir as seguintes funções e características:
(a) Elementos de medição para detecção de faltas entre fases e entre fases e terra (21/21N), com pelo menos, três zonas diretas e uma
reversa e temporizadores independentes para cada zona. As unidades de medição deverão apresentar sobrealcance transitório máximo de
5% para defeitos sólidos com máxima componente exponencial;
(b) A proteção de distância deve ser complementada com a utilização de proteção de sobrecorrente direcional de neutro (67N), com unidades
92 instantâneas e temporizadas;
(c) Permitir a adequada eliminação de faltas que ocorram durante a energização da linha de transmissão, mesmo quando a alimentação de
potencial para a proteção seja proveniente de redutor de medida instalado na linha de transmissão (“line pick-up”);
(d) Permitir o bloqueio das unidades de distância por oscilações de potência (68OSB).
- Se a proteção unitária for realizada por relés de distância, a mesma deve se adequar, por configuração de sua lógica, aos seguintes esquemas
básicos de teleproteção:
(a) Esquema permissivo de transferência de disparo por subalcance (PUTT);
(b) Esquema permissivo de transferência de disparo por sobrealcance (POTT);
(c) Esquema de desbloqueio por comparação direcional (DCU);
(d) Esquema de bloqueio por comparação direcional (DCB);
(e) Esquema de transferência de disparo direto (DUTT).
- A teleproteção deve atender aos seguintes requisitos:
Compreende o conjunto de equipamentos e acessórios, necessários e suficientes, para a detecção e eliminação de todos os tipos de faltas nas barras (envol-
vendo ou não alta impedância de falta), realizando a discriminação entre faltas internas e externas ao barramento protegido.
Compreendem o conjunto de equipamentos e acessórios necessários e suficientes para a eliminação de todos os tipos de faltas internas (para a terra, entre fases ou
entre espiras) em transformadores de dois e três enrolamentos ou em autotransformadores, além de prover proteção de retaguarda para falhas externas e internas à
sua zona de proteção e dos dispositivos de supervisão próprios de temperatura de enrolamento e de óleo, válvulas de alívio de pressão e relé de gás.
Transformadores com mais alto nível de tensão em 750, 500, 440 ou 345 kV:
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
Todo transformador nestes níveis de tensão deve dispor de três conjuntos de proteção:
(a) Proteção principal;
(b) Proteção alternada;
(c) Proteção intrínseca.
O tempo total de eliminação de faltas, incluindo o tempo de operação do relé de proteção, dos relés auxiliares e o tempo de abertura dos disjuntores associados
ao transformador pelas proteções unitárias, não deve exceder a 120 milissegundos. Para transformadores de potência igual ou superior a 100 MVA, as funções
diferenciais dos conjuntos de proteção Principal e Alternada devem utilizar os transformadores de corrente localizados nas buchas e a outra os transformadores
de corrente externos, respectivamente (se superpondo com as proteções dos barramentos adjacentes). As proteções unitárias integrantes dos conjuntos de
proteção Principal e Alternada devem possuir as seguintes funções e características:
(a) Proteção diferencial percentual trifásica ou três unidades monofásicas, com circuitos de restrição para tantos enrolamentos quantos ne-
98 cessários, com bloqueio ou restrição para 2º e 5º harmônicos e unidade diferencial instantânea ajustável (87);
(b) As proteções unitárias devem atuar sobre relés de bloqueio (86T), para comandar a abertura e bloqueio de todos os disjuntores do
transformador.
As proteções de retaguarda, integrantes dos conjuntos de proteção Principal e Alternada devem possuir as seguintes funções e características atuando nos
disjuntores através de relés de disparo de alta velocidade:
(a) Proteção de sobrecorrente instantânea e temporizada de fase e de neutro, (50/51, 50/51N), composta por conjuntos de proteção vincula-
dos a cada um dos enrolamentos do transformador;
(b) Proteção de sobrecorrente instantânea e temporizada de terra (50/51G), composta por conjuntos de proteção vinculados a cada ponto de
aterramento do transformador;
(c) Sobretensão de seqüência zero (64), quando necessária, para detecção de falhas à terra no enrolamento terciário, em transformadores
com o terciário ligado em delta, sendo que esta função deve ser prevista apenas para alarme;
(d) Proteção de sobrecarga (50/51-OLT), com temporizador (62-OLT) independente ajustável.
A proteção intrínseca deve possuir as seguintes funções e características:
Compreende o conjunto de equipamentos e acessórios necessários e suficientes para a eliminação de todos os tipos de faltas internas (para a terra, entre fases
ou entre espiras) em reatores mono ou trifásicos, com neutro em estrela aterrada, conectados nas linhas de transmissão ou em barramentos. Todo reator de
750, 500, 440, 345, 230 e 138 kV deve dispor de três conjuntos independentes de proteção:
O tempo total de eliminação de faltas, incluindo o tempo de operação do relé de proteção, dos relés auxiliares e o tempo de abertura dos disjuntores, pelas
proteções diferenciais não deve exceder a 100 milissegundos para reatores em tensões acima de 345kV e 150 milissegundos para reatores em tensões até
230kV. A proteção unitária deve possuir as seguintes funções e características:
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
(a) As unidades capacitivas devem ser dotadas de proteção intrínseca para defeitos internos e de resistores próprios com a finalidade de promover
a descarga do banco em tempo hábil;
(b) Ser seletivo para faltas externas no sistema elétrico e imune a transitórios oriundos de chaveamentos e à presença de harmônicos;
(c) Durante as manobras de bancos de capacitores, devem ser previstas, se necessário, condições de bloqueio de unidades instantâneas de relés de
sobrecorrente de retaguarda, para evitar operações indevidas. 101
O sistema de proteção para a eliminação de todos os tipos de curtos-circuitos shunt no circuito entre o barramento e o banco de capacitores propriamente
dito, incluindo defeitos oriundos do estabelecimento de arco elétrico entre “racks“ capacitivos, deve ser composto por relés de sobrecorrente com unidades
instantâneas e temporizadas de fase e de terra (50/51), (50/51N). Adicionalmente, deve ser prevista a extensão para este circuito, da proteção diferencial de
barramento da subestação (87). O sistema de proteção para sobretensões permanentes, oriundas do sistema elétrico, deve ser efetuado através de relés de
sobretensão de fase (59), podendo-se utilizar para este fim proteção de sobretensão de barra, caso a mesma tenha sido prevista para a instalação. O sistema
deve prover proteção para desequilíbrios que possam causar sobretensões danosas às unidades capacitivas. Estas proteções deverão atuar em relés de bloqueio
próprios dos bancos de capacitores.
G - SISTEMA DE PROTEÇÃO DE BANCOS DE CAPACITORES SÉRIE
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
Os bancos de capacitores série devem ser protegidos de acordo com a recomendação de seu fabricante, possuindo no mínimo as seguintes proteções, atuando
através de relés de bloqueio próprios:
Todo disjuntor da subestação deve ser protegido por esquema para falha de disjuntor, consistindo de relés detectores de corrente, temporizadores e relés de
bloqueio, com as seguintes características:
(a) Partida pela atuação de todas as proteções que atuam sobre o disjuntor protegido;
(b) Promover um novo comando de abertura no disjuntor protegido (retrip), antes da atuação no relé de bloqueio;
(c) Comandar, por atuação do relé de bloqueio, a abertura e bloqueio de fechamento de todos os disjuntores necessários à eliminação da falha, em
caso de recusa de abertura do disjuntor;
(d) Possuir sensores de sobrecorrente de fase e terra, ajustáveis, de alta relação operação/desoperação e temporizadores ajustáveis.
Os sistemas de proteção para falha de disjuntores associados a equipamentos, tais como transformadores e reatores, devem permitir a inicialização através
de sinais de operação das proteções mecânicas ou referentes a outras faltas, onde não existem níveis de corrente suficientes para sensibilizar as unidades de
No caso de barramento com configuração variável por manobras de seccionadoras, a proteção para falha de disjuntor deve ser seletiva para todas as configu-
rações, de modo a desconectar apenas a seção defeituosa. Os relés auxiliares de desligamento devem ter o tempo de operação de 3 milissegundos na tensão
nominal, e ser fornecidos com contatos disponíveis para:
I - DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA
A TRANSMISSORA deve manter a documentação técnica das instalações de transmissão pertencentes à Rede Básica disponível para consulta quando requerida,
incluindo:
O subsistema de registro digital de perturbações nas subestações deve se constituir de um ou mais registradores digitais de perturbações (RDP), independentes
das demais funções de proteção, controle ou supervisão, contemplando as seguintes funções:
Para realizar as funções de registro de perturbações, as grandezas elétricas (tensão e corrente) devem ser amostradas em intervalos de tempo regulares
atendendo aos requisitos de resposta de freqüência conforme especificados, convertidas para a forma digital e armazenadas em memória. Em situação normal,
o RDP deve permanecer monitorando continuamente as grandezas analógicas e digitais. As amostras mais antigas devem ser sucessivamente recobertas por
amostras mais recentes (“buffer“ circular), mantendo sempre um quadro completo dos dados abrangendo um intervalo de tempo igual ao tempo de pré-falta
ajustado. Havendo o disparo do RDP, os dados básicos relativos à perturbação são automaticamente arquivados em memória do próprio registrador. Durante a
fase de armazenamento dos dados de falta, os registradores devem continuar supervisionando as grandezas analógicas e digitais, de forma a não perder nenhum
evento, mesmo que este tempo seja muito pequeno.
Este processo deve continuar até que a situação se normalize, quando então as amostragens efetuadas devem passar a serem consideradas como dados de
pós-falta, até que se esgote o tempo de pós-falta ajustado. O esgotamento do tempo de pós-falta configura o término da coleta de dados relativa àquela ocor-
rência. Os dados referentes a uma perturbação devem estar armazenados em memória própria, devendo ser possível, quando solicitado, a sua transmissão para
análise remota, por meio do concentrador de dados local ou acesso remoto, manual ou automaticamente. O RDP deve conter rotinas de automonitoramento e
autodiagnóstico contínuo.
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
O RDP deve ser disparado para a memorização na ocorrência de qualquer uma das condições listadas a seguir, ou por qualquer combinação delas, devendo ser
livremente configurável (programável) pelo usuário:
C - SINCRONIZAÇÃO DE TEMPO
Cada RDP deve possuir um relógio e calendário interno para prover o dia, mês, ano, hora, minuto, segundo e milissegundo de cada operação de registro. O RDP
deve permitir a sincronização da base de tempo interna por meio de relógio externo, de forma a manter a exatidão em relação ao tempo do Sistema Global de
Posicionamento por Satélites (GPS), com erro máximo inferior a um milissegundo.
As entradas digitais devem possuir erro máximo de tempo entre a atuação de qualquer sinal de entrada e o seu registro inferior a dois milissegundos. As entradas ana-
lógicas devem possuir as seguintes características:
(a) Ser configuráveis para corrente e tensão;
(b) Possuir tempo de atraso entre quaisquer canais menor do que um grau elétrico, referido à 60 Hz.
107
As entradas de tensão devem possuir as seguintes características:
CARACTERÍSTICAS GRANDEZAS
Tensão nominal (Vn) 115 e 115/ √ 3 V
Faixa de medição 0 a 2,0Vn
Sobretensão permanente 2,0 Vn
Faixa de resposta de freqüência com assimetria total ± 1dB 1 a 1000 Hz
Erro de ângulo de fase ≤ 1,0 milissegundo
Exatidão da amplitude do registro ≤ 2,0%
Consumo da entrada ≤ 2,0 VA
Resolução do dado menor ou igual a 1% a 60 Hz
As entradas de corrente devem possuir as seguintes características:
CARACTERÍSTICAS GRANDEZAS
Corrente nominal (In) 1 ou 5 A rms
Faixa de medição 0 a 20 In
Detecção de corrente contínua até a saturação:
• Com 1 In 1,5 segundos
• Com 20 In 50 milissegundos
Sobrecorrente:
• Permanente 2 In
• 1 segundo 20 In
A exatidão e os erros de ângulo de fase mencionados nas tabelas acima, referem-se à relação entre o sinal de entrada e o seu registro apresentado no programa
de análise. As saídas digitais devem ser do tipo contato livre de tensão para sinalizar os seguintes eventos:
G - REQUISITOS DE COMUNICAÇÃO
O RDP deve possuir porta de comunicação serial padrão RS-232C para as funções de comunicação local e remota. Nos locais com mais de um RDP, os mesmos
deverão estar interligados em rede. Um concentrador de dados local conectado a esta rede realizará a função de comunicação com o concentrador de dados 109
central. Nos locais onde já existe rede de oscilografia, os novos equipamentos deverão ser integrados à mesma. A transferência remota dos dados poderá
ocorrer por solicitação ou automaticamente, sendo que, durante a transferência devem ser previstos meios para a verificação da integridade dos mesmos. O
descarte dos dados armazenados na memória interna só deverá ocorrer por solicitação. O protocolo de comunicação deve estar de acordo com a norma ISO
aplicável, ser aberto ao usuário e formalmente descrito de modo que, caso necessário, se possa conectar o RDP a outros sistemas digitais já existentes ou a
serem desenvolvidos.
Transformadores com mais alto nível de tensão em 750, 500, 440 e 345 kV:
Deverão ser supervisionadas as seguintes grandezas analógicas:
(a) Correntes das três fases do lado de AT;
(b) Correntes de três fases para cada um dos demais enrolamentos, no caso de transformadores de três enrolamentos e transformadores
ou autotransformadores de interligação;
(c) Correntes de seqüência zero para cada ponto de aterramento.
Deverão ser supervisionadas as seguintes grandezas digitais:
(a) Desligamento pela proteção unitária principal;
(b) Desligamento pela proteção unitária alternada;
(c) Desligamento pela proteção de retaguarda principal;
(d) Desligamento pela proteção de retaguarda alternada;
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
A teleproteção deve manter a confiabilidade e segurança de operação em condições adversas de relação sinal/ruído e quando da ruptura de condutores da linha
de transmissão (utilização de lógica de “unblocking”). Os equipamentos de teleproteção devem possuir chaves de testes de modo a permitir intervenção nos
mesmos sem que seja necessário desligar a linha de transmissão.
As funções de supervisão/controle, proteção (parametrização remota, oscilografia, localização de falta, etc.) e registro de perturbações devem utilizar enlaces de
telecomunicação distintos e dimensionados de forma a suportar o carregamento imposto pela respectiva função. As interligações de dados entre as instalações
de transmissão e o(s) centro(s) de operação, tanto do ONS quanto das TRANSMISSORAS envolvidas, devem ser implementadas conforme especificado nos
Requisitos de Tele-supervisão para a Operação. 115
Os serviços de transmissão de voz entre as instalações de transmissão e os centros de operação, tanto do ONS quanto das TRANSMISSORAS envolvidas, devem
ser implementados conforme os requisitos estabelecidos nos Requisitos de Telecomunicações.
O sistema de energia para todos os equipamentos de telecomunicações fornecidos deverá ter as seguintes características:
(a) Unidade de supervisão e, no mínimo, duas unidades de retificação;
(b) Dois bancos de baterias com autonomia total de, no mínimo, 12 horas, dimensionados para a carga total de todos os equipamentos de telecomu-
nicações instalados;
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
(c) No caso de utilização de baterias chumbo-ácidas, os bancos de baterias deverão estar acondicionados em ambiente especial, isolado das demais
instalações e com sistema de exaustão de gases;
(d) As unidades de retificação deverão ter a capacidade de alimentar, simultaneamente, o banco de baterias em carga e todos os equipamentos de
telecomunicações, com margem de mais 30% no dimensionamento.
Compreende critérios de supervisão e controle a serem atendidos por agentes concessionários dos equipamentos de transmissão, quando da ampliação de insta-
lações (subestações) já existentes e/ou pertencentes a outros agentes. Os recursos de supervisão e controle da instalação deverão ser suficientes para garantir
a operação segura e eficiente da mesma, seja ela executada de forma local ou remota. Em particular, a interconexão com o ONS deve atender aos requisitos
definidos nos Requisitos de Tele-supervisão para a Operação. Desta forma, os recursos de supervisão e controle da instalação deverão incluir um conjunto de
equipamentos, funções e acessórios necessários e suficientes para:
Em cada instalação de transmissão, os recursos de supervisão e controle devem ser configurados de forma a atender a diferentes requisitos de taxa de aquisição
de dados, conforme especificado nos Requisitos de Tele-supervisão para a Operação.
A disponibilização das grandezas analógicas para os centros remotos deve ser por varredura com período parametrizável. Eventualmente, podem ser utilizadas 117
técnicas de transmissão por exceção, desde que suportadas pelo protocolo de comunicação. Quando utilizada banda morta, esta deve ser configurável por
grandeza.
Toda a aquisição de dados digitais deve ser feita com selo de tempo. A exatidão do selo de tempo deve ser tal que o erro não pode ser maior que 1 ms e a
capacidade de resolução entre eventos deve ser de, no mínimo, 1 ms. O relógio interno a ser utilizado para a base de tempo do selo de tempo deve atender ao
requisito de precisão anteriormente especificado.
D - COMANDO REMOTO
Dependendo de decisão da TRANSMISSORA, os recursos de supervisão e controle da instalação poderão ter conexão com um eventual centro de controle remoto
da TRANSMISSORA ou por ela contratado para operar seus equipamentos de forma a permitir a operação da instalação via sinais de comando enviados por tal
centro remoto, além da transferência de dados e informações da instalação.
A - INTERLIGAÇÃO DE DADOS
É responsabilidade do Agente prover todas as interligações de dados necessárias para atender os requisitos de supervisão e controle especificados.
b. Funções de Supervisão e Controle do ONS Os recursos de supervisão e controle requeridos aos diversos Agentes visam prover informações e telecomando
aos centros de operação do ONS de forma a viabilizar a execução, nestes Centros, de uma série de funções, classificadas em:
Funções Básicas:
(a) SCADA – Supervisão, Controle e Aquisição de Dados:
(1) Aquisição de dados, incluindo telemedições e variações de estado;
(2) Tratamento dos dados primários;
D - IDENTIFICAÇÃO DAS GRANDEZAS A SEREM TELEMEDIDAS E DOS TELECONTROLES DA REDE DE SUPERVISÃO 121
(iii) nas linhas de transmissão, uma (01) medição do módulo de tensão fase-fase1 em kV no ponto de conexão entre a compen-
sação série estática e a variável (l), se aplicável;
(iv) uma (01) medição do módulo de tensão fase-fase1 em kV de cada gerador (lado de baixa);
(v) Potência trifásica ativa em MW e reativa em MVAr nos terminais de todas as linhas transmissão;
(vi) Potência trifásica ativa em MW e reativa em MVAr e corrente em Ampère do primário e secundário de transformadores;
(vii) Potência trifásica ativa em MW e reativa em MVAr e corrente em Ampère do terciário de transformadores que tenham cargas
conectadas;
(viii) No caso de transformadores abaixadores, na fronteira da Rede de Supervisão, basta medição no lado de alta da potência
trifásica em MW e reativa em MVAr e da corrente em Ampère;
(ix) potência trifásica ativa em MW e reativa em MVAr por gerador;
122 (x) posição de tap de transformadores equipados com comutadores sob carga, desde que tecnicamente viável; Nos casos em que
se constate este tipo de inviabilidade, esta deverá ser eliminada quando da substituição do transformador;
(xi) corrente em Ampère nos terminais de todas as linhas de transmissão;
(xii) corrente em Ampère nos eletrodos de terra dos elos de corrente contínua;
(xiii) potência trifásica reativa em MVAr de todos equipamentos de compensação reativa dinâmicos, tais como compensadores
síncronos e compensadores estáticos controláveis;
(xiv) freqüência em Hz nos principais barramentos.
(b) Sinalização de estado com selo de tempo de:
(1) Todas as chaves e disjuntores utilizadas na subestação, incluindo-se chaves de “by pass”, sendo que para as chaves não é necessário
o selo de tempo;
(2) Estado operacional de unidades geradoras, incluindo:
(i) operando sob CAG;
(ii) operando em manual;
Por razões sistêmicas, o controle de tensão poderá ser feito através de Controles Automáticos de Tensão – CAT instalados em Centros de Operação do ONS ,
telecomandando, em instalações relevantes, os seguintes equipamentos de controle de tensão:
(a) Compensadores síncronos;
(b) Compensadores estáticos controláveis;
(c) Comutadores sob carga de transformadores.
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
O ONS definirá a relação de equipamentos que deverão ter este tipo de controle, a qual será registrada em rotina específica. Dentre os telecomandos realizados
pelos CAT, exclui-se toda e qualquer ação de energização e desenergização de equipamentos, sendo ainda resguardados pela atuação desses CAT, os limites
operativos dos equipamentos declarados pelos seus Agentes proprietários.
Exatidão da Medição:
Todas as medições de tensão devem ser efetuadas por equipamentos cuja classe de precisão garanta uma exatidão mínima de 1% e as demais de 2%. Tal exa-
tidão deve englobar toda a cadeia de equipamentos utilizados, tais como transformadores de corrente, de tensão, transdutores, conversores analógico/digital,
etc.
Parametrizações:
Todos os períodos de aquisição acima especificados devem ser parametrizáveis, sendo que os valores apresentados se constituem em níveis mínimos.
Interligação de Dados
Os recursos especificados neste subitem devem ser disponibilizados, conforme apropriado, através das seguintes interligações de dados:
(a) Interligações para atender aos requisitos das funções tradicionais de supervisão e controle;
(b) Interligações para atender aos requisitos do controle automático de geração.
para o ONS:
(a) Transformadores/Autotransformadores:
(1) Disparo da proteção de sobrecorrente do comutador sob carga;
(2) Disparo por sobretemperatura do óleo - 2º estágio;
(3) Disparo por sobretemperatura do enrolamento - 2º estágio (por enrolamento);
(4) Disparo da proteção de gás - 2º estágio;
(5) Disparo da proteção de sobretensão de seqüência zero para o enrolamento terciário em ligação delta;
(6) Alarme de falha no sistema de ventilação forçada;
(7) Alarme de discrepância de posição de derivação (quando da operação paralela);
(8) Alarme de bloqueio de comutador de derivações;
126 (9) Disparo da válvula de alívio de pressão;
(10) Disparo da proteção de gás do comutador de derivações;
(11) Disparo da proteção diferencial (por fase);
(12) Disparo da proteção de sobrecorrente de fase e neutro (por enrolamento);
(13) Disparo do relé de bloqueio;
(b) Reatores:
(1) Disparo da proteção de sobretemperatura do óleo - 2º estágio;
(2) Disparo da proteção de sobretemperatura do enrolamento - 2º estágio;
(3) Disparo da proteção de gás - 2º estágio;
(4) Disparo da válvula de alívio de pressão;
(5) Disparo da proteção diferencial (por fase);
(6) Disparo da proteção de sobrecorrente de fase e neutro;
(7) Disparo do relê de bloqueio;
Na base de dados dos SSC do ONS, o código operacional do equipamento é uma seqüência de até 5 caracteres alfanuméricos capaz de identificá-lo univocamente
no conjunto de equipamentos da mesma instalação, do mesmo tipo de equipamento, e do mesmo nível de tensão. Não são incluídos nesta seqüência de até cinco
caracteres informações complementares tais como instalação local ou remota, tipo de equipamento, nível de tensão e código de equipamento associado, quando
utilizadas no código. A utilização destas informações complementares no código de equipamento nas bases de dados do ONS será definida na rotina abaixo 131
citada. O código operacional de equipamento constante da base de dados do ONS será preferencialmente igual ao código utilizado pelos agentes no diagrama
unifilar operacional, caso este atenda ao limite de quantidade de caracteres estabelecido neste procedimento. Em caráter extraordinário, caso o Agente utilize
no código do equipamento, mais de 5 caracteres, são selecionados 5 caracteres para compor o código do equipamento a ser utilizado pelo ONS e que portanto
deve resultar em identificação de equipamento unívoca na base dados do ONS.
O Agente responsável pela integração de novos equipamentos na Rede de Supervisão deve informar ao ONS, o mais cedo possível, a regra de nomenclatura
operacional a ser utilizada para identificação dos mesmos, visando determinar como será feita sua identificação na base do ONS. Caso o ONS verifique que,
seguindo as regras especificadas neste documento, resultará em identificação na base do ONS diferente da identificação proposta pelo Agente, a ponto de
representar risco para operação, o Agente deverá entrar em entendimentos com o ONS visando obter uma identificação aceitável por ambas as partes.
3.6.9 - Telecomunicações
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
O sistema de telecomunicações para atender à Operação pelo ONS deverá prover serviços de comunicação de voz, conforme definido nos Procedimentos de
Rede, devendo ser oferecido em três classes de serviço, a saber:
(a) Classe A: Deverá apresentar disponibilidade de 99,98%, apurada mensalmente e tendo como valor de referência o somatório dos últimos doze
meses, e tempo máximo de atendimento de 8 horas úteis.
(b) Classe B: Deverá apresentar disponibilidade de 99%, apurada mensalmente e tendo como valor de referência o somatório dos últimos doze meses,
e tempo máximo de atendimento de 8 horas úteis.
132 (c) Classe C: Deverá apresentar disponibilidade de 95%, apurada mensalmente e tendo como valor de referência o somatório dos últimos doze meses,
e tempo máximo de atendimento de 8 horas úteis.
As interligações de comunicação de voz, diretas, entre os Centros de Operação do ONS e as instalações de transmissão e de geração, integrantes da Rede de
Operação, exceto aquelas requeridas para o funcionamento do Controle Automático de Geração - CAG, serão estabelecidas de comum acordo com os Agentes
proprietários das referidas instalações.
133
Entre os Centros de Operação do ONS e os Centros de Operação dos Agentes; entre os Centros de Operação do ONS e instalações de Transmissão e Geração
da Rede de Operação, ligadas aos respectivos CAG:
Entre os Centros de Operação do ONS e as instalações de Transmissão e Geração da Rede de Operação (não contempladas no item anterior), com as quais se
relacionam:
Entre os Centros de Operação do ONS e os COD’s com os quais se relacionam e entre os Centros de Operação do ONS e os Consumidores com os quais se
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
relacionam.
Entre os Centros de Operação do ONS e a localidade indicada pelo Agente como sendo a interlocutora para assuntos ligados à supervisão de telecomunica-
ções:
134 (a) Serviço de telefonia direta Classe B.
(b) A critério do ONS, esse serviço poderá ser atendido por um Serviço de telefonia comutada.
O sistema de telecomunicações para atender à Operação pelo ONS deverá prover serviços de comunicação de dados, conforme definido nos Procedimentos de
Rede, devendo ser oferecido em duas classes de serviço, a saber:
(a) Classe A: Deverá apresentar disponibilidade de 99,98%, apurada mensalmente e tendo como valor de referência o somatório dos últimos doze
meses, e tempo máximo de atendimento de 8 horas úteis.
(b) Classe B: Deverá apresentar disponibilidade de 99%, apurada mensalmente e tendo como valor de referência o somatório dos últimos doze meses,
e tempo máximo de atendimento de 8 horas úteis.
As interligações de comunicação de dados, diretas, entre os Centros de Operação do ONS e as instalações de transmissão e de geração, integrantes da Rede de
Operação, exceto aquelas requeridas para o funcionamento do Controle Automático de Geração - CAG, serão estabelecidas de comum acordo com os Agentes
proprietários das referidas instalações.
135
(a) Serviço de comunicação de dados Classe A, configurado diretamente da instalação ou através de concentrador conforme Requisitos Básicos para
Supervisão e Controle.
Entre os Centros de Operação do ONS e as instalações de transmissão para atender aos requisitos das funções SCADA:
(a) Serviço de comunicação de dados Classe A, dimensionado de forma a suportar o carregamento e os requisitos de desempenho impostos pelas
funções descritas nos Requisitos Básicos para Supervisão e Controle.
(b) Esse serviço poderá ser configurado diretamente entre o Centro de Operação do ONS e a instalação ou através de interligação efetuada por meio
de concentradores de dados, conforme descrito nos Requisitos Básicos para Supervisão e Controle.
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
4 - RELATÓRIOS
a) Deverá ter a descrição e localização clara e objetiva da instalação, setor ou equipamento objeto da Não Conformidade e se possível incluir fotos.
b) Informar o Artigo de Lei, Resolução ANEEL e/ou item do Contrato de Concessão que embasam a constatação de Não Conformidade e o prazo para
sua regularização.
c) Se for necessário a inclusão de uma Determinação informar o prazo para o cumprimento desta.
d) Em caso de Recomendação, não será necessário definição de prazo para o seu atendimento.
I – OBJETIVOS
Verificar a prestação de serviço adequado, satisfazendo às condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, modernidade das técnicas, dos equipamentos e da instalação e a
sua conservação, conforme estabelecido na Lei n° 8.987 de 13 de fevereiro de 1995, nas normas pertinentes e no contrato de concessão. Atualização dos dados cadastrais da instalação.
Avaliar a organização, métodos e processos, recursos humanos e materiais das técnicas da empresa. Verificar o desempenho dos sistemas e dos equipamentos da instalação. Identificar
fatores que estão prejudicando ou possam vir a prejudicar a qualidade dos serviços de transmissão de energia elétrica. 137
II - METODOLOGIA E ABRANGÊNCIA
Os procedimentos técnicos utilizados foram: Avaliação do questionário encaminhado pelas empresas. Levantamento dos dados cadastrais dos equipamentos principais da instalação.
Entrevistas com operadores e encarregados de turno da empresa. Vistoria da instalação compreendendo; operação; instalações gerais; equipamentos principais; equipamentos auxiliares;
comando controle, proteção e medição de faturamento; sistema de supervisão para centro de operação (instalações na subestação) e telecomunicações. Exame de diagramas unifilares;
relatórios periódicos de operação; relatórios estatísticos de avaliação do desempenho da operação e de avaliação do desempenho de equipamentos; relatórios específicos de avaliação de
desligamentos, perturbações e ocorrências, de manutenção de transformadores e disjuntores; manuais e instruções de operação e manutenção; histórico do desempenho dos relés, dispo-
sitivos e equipamentos da instalação.
Verificou-se que no período das 6:00 às 18:00 horas não há vigilância na subestação, sendo o acesso às suas dependências precedido de identificação via interfone junto ao portão de
entrada.
138
Constatou-se que não havendo acionamento remoto para manobras do referido portão, sua abertura, para o acesso a SE, é realizada pelo próprio adentrante, o que denota uma vulnerabi-
lidade à segurança física da instalação.
Recomendações (R.1)
Recomenda-se instalar sistema de acionamento remoto para abertura do portão de entrada da subestação, de modo a aumentar a segurança física desta instalação.
VI - CONCLUSÃO
Com base na fiscalização realizada, onde foram observados aspectos gerais relativos a operação, a manutenção, a segurança da instalação e ainda considerando as informações prestadas
pela TRANSMISSORA, conclui-se que, de forma geral, as instalações, os recursos humanos e demais recursos presentes na Subestação apresentam-se condizentes com as necessidades
exigidas para a operação da referida subestação na Rede Básica do Sistema Elétrico Brasileiro.
VII - EQUIPE DE FISCALIZAÇÃO
_______________________________________________________ _______________________________________________________
XXXX XXXXXXXXXX XXXXXXX XXXX XXXXXXXXXXX XX XXXXXXX
_______________________________________________________
RF-XXXXX-14/2001-SF
139
I - OBJETIVOS
Verificar a prestação de serviço adequado, satisfazendo às condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, modernidade das técnicas, dos equipamentos e da instalação e a
sua conservação, conforme estabelecido na Lei n° 8.987 de 13 de fevereiro de 1995, nas normas pertinentes e no contrato de concessão. Atualização dos dados cadastrais da instalação.
Avaliar a organização, métodos e processos, recursos humanos e materiais das técnicas da empresa. Verificar o desempenho dos sistemas e dos equipamentos da instalação. Identificar
fatores que estão prejudicando ou possam vir a prejudicar a qualidade dos serviços de transmissão de energia elétrica.
II - METODOLOGIA E ABRANGÊNCIA
Os procedimentos técnicos utilizados foram: Avaliação do questionário encaminhado pelas empresas. Levantamento dos dados cadastrais dos equipamentos principais da instalação.
Entrevistas com operadores e encarregados de turno da empresa. Vistoria da instalação compreendendo; operação; instalações gerais; equipamentos principais; equipamentos auxiliares;
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
comando controle, proteção e medição de faturamento; sistema de supervisão para centro de operação (instalações na subestação) e telecomunicações.
Exame de diagramas unifilares; relatórios periódicos de operação; relatórios estatísticos de avaliação do desempenho da operação e de avaliação do desempenho de equipamentos; relatórios
específicos de avaliação de desligamentos, perturbações e ocorrências, de manutenção de transformadores e disjuntores; manuais e instruções de operação e manutenção; histórico do
desempenho dos relés, dispositivos e equipamentos da instalação.
Não-Conformidade (N.1)
Não atendimento à distância mínima de segurança para execução de serviços em regime desenergizado conforme estabelecido na norma IEEE.
Não cumprir o inciso XIV do artigo 6º da Resolução ANEEL 63/2004
Prazo para regularização: 365 dias
Determinação (D.1)
A empresa deverá modificar o arranjo da subestação de modo a permitir o acesso das equipes de manutenção aos equipamentos sem comprometer a segurança pessoal e a movimentação
de ferramental e veículos. Prazo para cumprimento: 365 dias
141
Constatação (C.3) - Outros Aspectos
Relativamente aos demais aspectos de Operação, Conservação e Manutenção, Instalações Gerais, Confiabilidade e Segurança, Adequação Operacional e Tecnológica, Equipamentos
Principais e Auxiliares, Comando e Controle, Proteção e Medição de Faturamento, Sistemas de Supervisão e Telecomunicações, que foram objeto de verificação nessa ação fiscalizadora,
não foram encontradas outras irregularidades.
VI - CONCLUSÃO
De forma geral a prestação do serviço na subestação é adequado, satisfazendo as condições de regularidade, continuidade, eficiência e segurança desejados. A subestação está bem
conservada - terreno, gramados e brita, assim como as instalações elétricas e civis - e com a manutenção de suas instalações, equipamentos e instrumentação em dia. As tecnologias
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
utilizadas e os recursos disponíveis para a operação, proteção, comando e controle, são adequados para a boa prestação do serviço e propiciam confiabilidade e segurança à operação
da subestação. O sistema de gerenciamento e controle da manutenção e a otimização dos métodos e processos aplicados são bastante adequados tendo em vista o baixo índice de
indisponibilidade dos equipamentos e a quase inexistência de intervenções corretivas.
_______________________________________________________ _______________________________________________________
XXXX XXXXXXXXXX XXXXXXX XXXX XXXXXXXXXXX XX XXXXXXX
Coordenador
_______________________________________________________
142 XXXXXXXXXXX XXXXXX XXXXXXXX
RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO
RF-XXXXXXXX-04/2001-SFE
II.1 - Técnica
Constatação (C.1) - Área de Manutenção de Subestações
Foto 1
143
A conservação geral da subestação deixa a desejar. Os principais pontos a serem melhorados são:
A foto 2 mostra um detalhe do cabo de aterramento da base de equipamento solto no suporte de concreto devido a ruptura do conector de fixação devido a corrosão.
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
Foto 2
Não-Conformidade (N.1)
Não cumprir o inciso XIV do artigo 6º da Resolução ANEEL 63/2004
Prazo para regularização: 150 dias
144
Manifestação do Agente Fiscalizado com relação a Não-Conformidade (N.1)
31/01/2002 - Carta CC - XX 0012/2002, conforme consta do processo 48500.003700/01-71.
Determinação (D.1)
Projetar e providenciar a instalação de equipamentos e dispositivos de combate a incêndio na subestação.
Prazo para cumprimento: 150 dias
Recomendações (R.1)
Elaborar programa de manutenção para solução dos aspectos de conservação, especialmente quanto a:
Em andamento análise e projeto de alteração do modelo de apoio das tampas metálicas e em concreto, em função do trânsito de veículos pesados. Projeto concluído e início do processo de licitação da
obra. Prazo: Julho/2003.
Serviço executado. Concluído.
Serviço em andamento. Conectores trocados e fixados devidamente. Concluído.
Foto 3
Foto 4
Não-Conformidade (N.2)
Determinação (D.2)
Providenciar a recuperação dos suportes de concreto, dos suportes metálicos, dos equipamentos e pintura dos transformadores. Providenciar inspeção detalhada das cadeias de isoladores quanto ao
estado de corrosão dos pinos e proceder à manutenção se necessário.
Prazo para cumprimento: 150 dias
147
15/10/2002 - Já executado 100% da recuperação e pintura das estruturas de concreto. Concluído. Executado 100% substituição da cerca que circunda a SE por cerca revestida em PVC. Concluído. Pintura
dos Transformadores, já foi licitado e assinado a contratação de pintura dos Trafos. Concluído 100% dos trafos.
Recuperação e pintura dos pórticos (estruturas metálicas 69, 138 e 230 kV). Já foi licitado e assinado o contrato, da SE XXX 5.300 m2. Concluído 100%.
Cadeias de isoladores (suspensão e ancoragem): A inspeção visual detalhada é feita semestralmente conforme plano de inspeção e manutenção da Empresa. Como medida preventiva definimos pela subs-
tituição. Será substituído 100% das cadeias e cabos pára-raios independentemente da existência ou não de corrosão. Prazo/previsão: dependente de desligamentos e de desenvolvimento de ferramental
e técnica de substituição com Linha Viva na SE.
Pintura de Equipamentos: Devido a peculiaridade desta SE, estamos efetuando a pintura total dos equipamentos, quando da intervenção ou liberação de desligamento. Já executamos 100% da pintura dos
equipamentos dos bays 138 kV LI XXX e LI YYY. Prazo/previsão dos demais bays: dependente de desligamentos e disponibilidade de equipamentos reserva. Concluído.
Armários de Bornes: executado a recuperação e pintura de 100% dos armários de bornes. Concluído.
5.1 - Da Notificação
5.1.1 - Emitir Termo de Notificação – TN, em duas vias, encaminhando a primeira via à TRANSMISSORA, juntamente com o Relatório de Fiscalização, por meio de oficio,
mediante registro postal com Aviso de Recebimento – AR ou outro documento que comprove o seu recebimento;
5.1.2 - Acompanhar a resposta da TRANSMISSORA ao Termo de Notificação, observando o prazo de15 dias do recebimento do referido TN pela concessionária;
5.2.2 - Emitir o Auto de Infração e respectiva Exposição de Motivos, em duas vias, encaminhando as primeiras vias à TRANSMISSORA, por meio de oficio, mediante
registro postal com Aviso de Recebimento – AR ou outro documento que comprove o seu recebimento;
149
5.2.3 - Abrir Processo Administrativo Punitivo;
5.2.4 - Anexar ao processo administrativo, o Registro de Abertura de processo Administrativo Punitivo, conforme Anexo VI;
5.3 - Da Defesa
5.3.1. Transcorridos 30 dias da apresentação da defesa pela TRANSMISSORA:
5.3.3. Emitir Termo de Encerramento – TE do processo administrativo punitivo, em duas vias, encaminhando a primeira via à TRANSMISSORA, por meio de oficio,
mediante registro postal com Aviso de Recebimento – AR ou outro documento que comprove o seu recebimento;
5.3.4. Caso o Diretor decida ratificar as penalidades de advertência ou de multa, verificar se a TRANSMISSORA comprovou o pagamento da multa ou apresentou
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
5.3.5. Caso a TRANSMISSORA decida pelo pagamento da multa, a TRANSMISSORA autuada deverá encaminhar uma via do respectivo comprovante, devidamente
autenticada e sem rasuras, à ANEEL, no prazo de 10 dias, após a publicação da decisão no diário oficial:
5.3.6. Anexar ao processo a comprovação do pagamento e emitir Termo de Encerramento – TE do processo administrativo punitivo, em duas vias, encaminhando a
primeira via à TRANSMISSORA, por meio de oficio, mediante registro postal com Aviso de Recebimento – AR ou outro documento que comprove o seu recebi-
mento.
5.4.2 - Emitir Termo de Encerramento – TE do processo administrativo punitivo, em duas vias, encaminhando a primeira via à TRANSMISSORA, por meio de oficio,
mediante registro postal com Aviso de Recebimento – AR ou outro documento que comprove o seu recebimento.
5.4.3 - Caso a TRANSMISSORA apresente recurso à Diretoria Colegiada, no prazo de 10 dias, após a publicação da decisão no diário oficial, e não sendo esse acata-
do:
5.4.4 - Verificar se a TRANSMISSORA comprovou o pagamento da multa, no prazo de 10 dias, após a publicação da decisão no diário oficial:
5.4.5 - Caso positivo, anexar ao processo a comprovação do pagamento e emitir Termo de encerramento – TE do processo administrativo punitivo, em duas vias, en-
5.4.7 - Caso a TRANSMISSORA não apresente recurso nem recolha a multa, no prazo de 10 dias, após a publicação da decisão no diário oficial:
5.4.8 - Encaminhar o processo administrativo punitivo à Procuradoria Geral da ANEEL, para inscrição em Dívida Ativa e respectiva cobrança, procedendo-se, de imediato,
a inscrição do devedor no Cadastro de Inadimplentes do Ministério da Fazenda – CADIN.
6 - RESPONSABILIDADES 151
6.1 - Secretaria
6.1.1 - Controlar a numeração dos ofícios;
6.3 - Superintendente
6.3.1 - Decidir pelo arquivamento do Termo de Notificação;
2 - ACOMPANHAMENTO DA MANUTENÇÃO
2.1 - Inspeção Física das Instalações de Transmissão
2.1.1 - SUBESTAÇÃO
Incluir foto geral da instalação e ilustrar com fotografias todas as constatações registradas.
2.1.1.1 - Conservação Geral
Verificar o acesso à subestação e a aos equipamentos, em condições normais e em casos de emergências.
Verificar o estado de conservação da subestação, terreno, canaletas, gramados e brita; instalações elétricas e civis, quanto ao grau de limpeza e conservação.
Verificar as partes metálicas existentes na subestação (colunas, vigas, pórticos e equipamentos), e o estado 13 das mesmas quanto à corrosão.
Verificar a existência de materiais alheios à operação ou animais, no pátio da subestação.
2.1.1.2 - Equipamentos Principais
Verificar o estado dos equipamentos e sua situação quanto à manutenção, conservação e identificação.
154 2.1.1.2.1 - Transformadores
Existência de corrosão;
Compatibilidade de temperaturas de óleo e de.enrolamento, por meio de leituras de termômetros;
Compatibilidade de leitura de temperaturas entre pólos do mesmo banco;
Existência de vazamento de óleo;
Situação da sílica-gel;
Nível do óleo;
Compatibilidade entre posições dos comutadores de carga das fases;
Fiação dos acessórios;
Estado dos aterramnetos;
Estado das conexões e buchas;
Disositivos do sistema de arrefecimento;
Quadro de comando.
2.1.1.2.2 - Reatores
Verificar a existência de pendências e se estas estão devidamente registradas e com total controle dos responsáveis para sua eliminação.
6 - INSTALAÇÃO DA SUBESTAÇÃO
6.1 - Configurações de barra
(a) Pátios de 765, 500, 440 e 345 kV: barra dupla com disjuntor e meio;
(b) Pátios 230 e 138 kV: barra dupla com disjuntor simples a quatro chaves.
6.2 - Corrente em regime permanente
Os barramentos e equipamentos deverão suportar os valores de corrente em regime permanente definidos pelos estudos de planejamento, prevendo futuras expansões para os pátios
das ses, para o período de concessão da instalação.
6.3 - Sistema de Aterramento
166 O sistema de aterramento deverá atender ao critério de solidamente aterrado.
6.4 - Capacidade de curto-circuito
Os barramentos, o sistema de aterramento e os equipamentos deverão suportar os níveis de curto-circuito máximos definidos pelos estudos de planejamento para os pátios das insta-
lações, considerando os tempos máximos de eliminação de defeito adotados nos Requisitos Mínimos dos Sistemas de Proteção, Supervisão / Controle e de Telecomunicações, para o
período de concessão da instalação.
6.5 - Coordenação de isolamento
6.5.1 - TENSÃO EM REGIME PERMANENTE
O dimensionamento dos barramentos e dos equipamentos deverá considerar o valor máximo de tensão, estabelecido na Tabela 1, para a condição de operação em regime permanente.
7.1.5 - IMPEDÂNCIA
O valor da impedância entre o enrolamento primário e secundário deve ser no máximo de 14% na base nominal das unidades transformadoras, salvo quando indicado por estudos.
Para as novas unidades transformadoras, em subestações existentes, os valores máximos e mínimos de impedância devem atender as adequações de paralelismo.
7.1.6 - PERDAS
O valor das perdas totais em plena carga deve ser inferior a 0,3% da potência nominal das unidades transformadoras de potência.
O valor médio das perdas totais, à tensão e freqüência nominais, deverá ser inferior a 0,3% da potência nominal do reator.
7.3.4 - SUPORTABILIDADE A SOB RETENSÕES
O reator deverá ser capaz de suportar os níveis de sobretensões transitórias e temporárias impostos pelo sistema.
7.4 - Banco de Capacitores Série Fixos
7.4.1 - TOLERÂNCIA
Capacitância - ± 2,0% por fase em relação ao valor especificado e nenhum valor medido de quaisquer das 3 fases não deve afastar-se mais de 1% do valor médio medido das três
fases..
7.4.2 - PERDAS DIELÉTRICAS
O valor médio das perdas dielétricas de cada unidade capacitiva à tensão e freqüência nominais, com resistor de descargas e à temperatura de 20 oC deverá ser de no máximo 0,12
W/kVAr para capacitores sem fusíveis internos e 0,16 W/kVAr para capacitores com fusíveis internos.
7.4.3 - CAPACIDADE DE SOBRECARGA
170 Deverá atender os requisitos de norma exceto quando os estudos de sistema indicarem.
7.4.4 - DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Os Bancos de Capacitores Série podem ser protegidos por dispositivos de proteção desde que haja uma reinserção do banco no sistema após uma falta, em um tempo máximo de
modo a manter-se um desempenho adequado do sistema;
7.4.5 - BY-PASS DO BANCO SÉRIE
Será permitido o by-pass do Banco Série nas seguintes situações:
(1) Faltas internas trifásicas, bifásicas ou monofásicas;
(2) Faltas externas trifásicas, bifásicas ou monofásicas, eliminadas em mais de 100 ms;
(3) Faltas externas trifásicas, bifásicas ou monofásicas, eliminada em 100 ms, com religamento malsucedido em 600 ms e abertura, ainda sob falta, em 700 ms.
(4) Os tempos de eliminação da falta poderão ser reduzidos pelos requisitos do sistema.
7.5 - Disjuntores
Os disjuntores devem ter tempos máximos de interrupção de 2 ciclos para tensões de 800, 550, 460 e 362 e 3 ciclos para tensões de 242 e 145 kV de 60 Hz.
O ciclo de operação com religamento rápido deverá atender aos requisitos da norma NBR7118.
172 ções climáticas estabelecidas acima, leva os cabos condutores à temperatura de 90 oC.
8.1.2 - PERDAS JOULE NOS CABOS
As perdas Joule nos cabos condutores devem ser mantidas dentro de limites aceitáveis por meio da utilização de cabos condutores com resistência elétrica de seqüência positiva sufi-
cientemente reduzida. Este valor é específico de cada linha e é definido (à freqüência nominal de 60 Hz e a uma temperatura de referência) a partir de análise econômica feita com base
em estudos elétricos de longo prazo que levam em conta o efeito da resistência de todas as instalações da Rede Básica.
A perda joule total de referencia nos cabos pára-raios não deverá ser superior à correspondente a dois cabos contínuos de aço galvanizado EAR de diâmetro 3/8”, aterrados em todas
as estruturas e na malha de terra das subestações. Quando o nível de curto circuito exigir cabos pára-raios com capacidade de corrente maior que a do cabo 3/8” EAR nas proximida-
des das subestações até o ponto em que o cabo 3/8” EAR suporte a corrente de curto de retorno. Neste caso a perda joule total de referência deverá ser computada considerando o
condutor especificado nas proximidades das subestações e o cabo 3/8” EAR no restante da linha.
8.1.3 - CORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO
Isolamento à tensão máxima operativa - O isolamento da linha de transmissão à tensão máxima operativa deve considerar as características de contaminação da região, conforme clas-
sificação contida na Publicação IEC 815. A distância específica de escoamento deve atender ao especificado nos itens 4 e 5 desta norma, limitada a um mínimo de 14 mm/kV fase-fase
eficazes.
83 µT. Deve-se assegurar que o campo no interior da faixa, em função da utilização de cada trecho da mesma, não provoque efeitos nocivos a seres humanos.
Desequilíbrio - Linhas de transmissão de comprimento superior a 100 km devem ser transpostas com um ciclo completo de transposição, de preferência com trechos de 1/6, 1/3, 1/3
e 1/6 do comprimento total.
Linhas de transmissão em paralelo devem ter ciclos de transposição com sentido oposto. De forma análoga, linhas de circuito duplo devem ter os circuitos transpostos com ciclos de
transposição de sentido oposto.
Caso a linha de transmissão não seja transposta, o desequilíbrio de tensão de seqüências negativa e zero deve estar limitado a 1,5 %, em vazio e a plena carga.
9 - SISTEMAS DE PROTEÇÃO
A definição do tipo de fundação, seu dimensionamento estrutural e geotécnico deverão ser executados levando em consideração os limites de ruptura e deformabilidade para a capaci-
dade suporte do solo à compressão, ao arrancamento e aos esforços horizontais, valendo-se de métodos racionais de cálculo, incontestáveis e consagrados na engenharia geotécnica.
A definição do tipo de fundação, seu dimensionamento estrutural e geotécnico deverão ser executados levando em consideração os limites de ruptura e deformabilidade para a capaci-
dade suporte do solo à compressão, ao arrancamento e aos esforços horizontais, valendo-se de métodos racionais de cálculo, incontestáveis e consagrados na engenharia geotécnica.
Em instalações de transmissão novas os sistemas acima devem utilizar tecnologia digital numérica.
No caso de implantação de um novo vão em instalações de transmissão existentes, os sistemas deverão ser compatibilizados com os já instalados, devendo ser utilizado, sempre que
possível tecnologia digital numérica.
Todos os equipamentos e sistemas digitais devem possuir automonitoramento e autodiagnóstico, com bloqueio automático da atuação por defeito e sinalização local e remota de falha e
defeito.
Os sistemas devem possuir arquitetura aberta e utilizar protocolos de comunicação descritos em norma, de forma a não impor restrições à ampliação futura e à integração com siste-
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
quando de aberturas manuais dos disjuntores, operação de funções de proteção temporizadas, falhas em barras, atuações de proteções de falha de disjuntor, recepção de sinal de
transferência de disparo direto constante do terminal remoto, atuações de proteção de sobretensão e proteções de disparo por perda de sincronismo e, quando for o caso, por atuações
das proteções dos reatores de LT ou trafos;
(b) Qualquer um dos terminais da LT poderá ser selecionado para ser o primeiro terminal a religar (LÍDER), e deverá religar após transcorrido o tempo morto. O outro terminal (SEGUI-
DOR) deverá ser religado com supervisão através de um relé verificador de sincronismo. Para permitir a seleção do terminal que será religado em primeiro lugar, ambos os terminais
deverão ser equipados com esquemas de religamento e relés de verificação de sincronismo;
(c) O terminal LÍDER deverá religar somente se não houver tensão na LT. O terminal SEGUIDOR deverá religar somente após a verificação de sincronismo e havendo nível de tensão
adequado do lado da LT. O relé de verificação de sincronismo deverá monitorar o módulo, o ângulo e o escorregamento entre as tensões a serem sincronizadas.
9.2.1.2 - Esquema de Religamento Monopolar
(a) Os esquemas de religamento automático monopolares são para atuações exclusivas após a eliminação de faltas monofásicas por proteções unitárias.
(b) As proteções deverão ser dotadas de esquemas de seleção de fases adequados a cada aplicação para prover a abertura monopolar para os defeitos monofásicos internos à LT. Em
caso de utilização de proteções de distância, as unidades de seleção de fases utilizadas deverão ser independentes das unidades de partida e medida da proteção;
178 (c) Durante o período de operação com fase aberta imposto pelo tempo morto do religamento monopolar, deverão ser bloqueadas as funções direcionais de sobrecorrente de seqüên-
cias negativa e zero de alta sensibilidade, associadas a esquemas de teleproteção baseados em lógicas de sobrealcance, caso seja necessário. Durante este período de tempo, qualquer
ordem de disparo para o disjuntor, como, por exemplo, vinda das outras fases, deverá ser tripolar, cancelando o religamento da linha de transmissão.
9.2.2 - RELÉ VERIFICADOR DE SINCRONISMO
Os relés verificadores de sincronismo utilizados nos esquemas de religamento tripolar, deverão permitir o ajuste do tempo total de religamento, considerando a contagem de tempo
desde a abertura do disjuntor e incluindo os tempos mortos típicos para as respectivas classes de tensão. Além disso, deverão possibilitar ajustes da diferença de tensão, defasagem
angular, diferença de freqüência e permitir seleção das seguintes condições para fechamento do disjuntor: (1) Barra viva - linha morta; (2) Barra morta - linha viva; (3) Barra viva
– linha viva; (4) Barra morta - linha morta.
9.2.3 - LINHAS DE TRANSMISSÃO 750,500, 440 E 345 KV
Cada terminal de linha de transmissão deve ser equipado com dois conjuntos independentes de proteção, do tipo proteção principal e proteção alternada, totalmente redundantes, pro-
vendo cada um deles completa proteção unitária e de retaguarda, ambas adequadas para a proteção da linha de transmissão em que forem instaladas, considerando ou não a utilização
de compensação série.
O sistema de proteção deve ser seletivo e adequado para a detecção e eliminação de todo tipo de falta ao longo da linha de transmissão.
sem risco de desligamento acidental e sem a necessidade de desligamento da linha de transmissão protegida.
As proteções de retaguarda, integrantes dos sistemas de proteção principal e alternada devem ser gradativas, compostas por relés de distância (21/21N), para defeitos entre fases e
fase-terra e por relé de sobrecorrente direcional de neutro (67N), atendendo aos requisitos estabelecidos para proteção por relés de distancia em item acima.
No caso de terminais conectados a barras com arranjos do tipo disjuntor e meio ou anel, deve ser prevista lógica para proteção do trecho da linha de transmissão que permanece ener-
gizado quando a respectiva chave isoladora estiver aberta (linha de transmissão fora de serviço), estando o(s) disjuntor(es) da linha de transmissão fechado(s) (“stub bus protection”).
Todo desligamento tripolar em um terminal da linha de transmissão deve gerar um comando a ser transferido para o terminal remoto, via esquema de transferência de disparo direto,
para efetuar desligamento do(s) disjuntor(es) do terminal remoto. A lógica de recepção deverá discriminar os desligamentos para os quais é desejado o religamento da linha de trans-
missão, daqueles para os quais o religamento deve ser bloqueado.
As proteções Principal e Alternada devem possuir esquema para disparo por perda de sincronismo (78).
Todo terminal de linha de transmissão deve possuir proteção Principal e Alternada para sobretensões (59) com elementos instantâneo e temporizado independentes e faixa de ajustes de
1,1 a 1,6 vezes a tensão nominal.
180 (a) Os elementos instantâneos devem operar somente para eventos onde se verificam sobretensões simultaneamente nas três fases;
(b) Os elementos temporizados devem operar para sobretensões sustentadas em qualquer uma das três fases.
Todo terminal de linha de transmissão deve possuir esquema para verificação de sincronismo, para supervisionar o comando de fechamento tripolar dos disjuntores.
9.2.4 - LINHAS DE TRANSMISSÃO 230 KV
Cada terminal de linha de transmissão deve ser equipado com dois conjuntos independentes de proteção do tipo proteção unitária e proteção de retaguarda, adequadas para a proteção
da linha de transmissão em que for instalada.
O sistema de proteção deve ser seletivo e adequado para a detecção e eliminação de todo tipo de falta ao longo da linha de transmissão.
O conjunto de proteção unitária deve ser capaz de realizar, individualmente e independentemente, a eliminação de faltas entre fases e entre fases e terra, para 100% da extensão da
linha de transmissão protegida, sem retardo de tempo adicional.
O conjunto de proteção de retaguarda deve ser capaz de realizar, individualmente e independentemente, a eliminação de faltas entre fases e entre fases e terra, sem retardo de tempo inten-
cional, para a maior extensão possível da linha de transmissão protegida, considerando os limites de exatidão dos ajustes dos relés e outras características da linha de transmissão.
O tempo total de eliminação de faltas pela proteção unitária não deve exceder a 150 milissegundos. A proteção de retaguarda deve permitir a eliminação de todos os tipos de faltas,
mantida a coordenação com as proteções dos equipamentos adjacentes.
(c) Sobretensão de seqüência zero (64), quando necessária, para detecção de falhas à terra no enrolamento terciário, em transformadores com o terciário ligado em delta, sendo que
esta função deve ser prevista apenas para alarme;
(d) Proteção de sobrecarga (50/51-OLT), com temporizador (62-OLT) independente ajustável.
A proteção intrínseca deve possuir as seguintes funções e características:
(a) Proteção por acúmulo ou detecção de gás, (tipo Buchholz ou similar, 63), pressão súbita de óleo ou gás (válvula de segurança ou similar, 63V), ambas promovendo o desligamento
do transformador através de relé de bloqueio (86T);
(b) Proteção para sobre temperatura do óleo (26) e dos enrolamentos (49), ambas com contatos para alarme de advertência e urgência, bem como contatos para disparo dos disjunto-
res após temporização ajustável.
9.4.2 - TRANSFORMADORES COM MAIS ALTO NÍVLE DE TENSÃO EM 230 E 138 KV
Todo transformador nestes níveis de tensão deve dispor de três conjuntos independentes de proteção:
(a) Proteção unitária;
184
(b) Proteção de retaguarda;
(c) Proteção intrínseca.
O tempo total de eliminação de faltas, incluindo o tempo de operação do relé de proteção, dos relés auxiliares e o tempo de abertura dos disjuntores associados ao transformador, pelas
proteções unitárias não deve exceder a 150 milissegundos.
Estas proteções devem ter as mesmas funções e características descritas no item anterior.
9.5 - Sistema de Proteção de Reatores Shunt
Todo reator de 750, 500, 440, 345, 230 e 138 kV deve dispor de três conjuntos independentes de proteção:
(a) Proteção unitária; (b) Proteção de retaguarda; (c) Proteção intrínseca.
O tempo total de eliminação de faltas, incluindo o tempo de operação do relé de proteção, dos relés auxiliares e o tempo de abertura dos disjuntores, pelas proteções diferenciais não
deve exceder a 100 milissegundos para reatores em tensões acima de 345kV e 150 milissegundos para reatores em tensões até 230kV.
A proteção unitária deve possuir as seguintes funções e características:
(a) Proteção de sobrecorrente diferencial percentual (87R);
lecimento de arco elétrico entre “racks“ capacitivos, deve ser composto por relés de sobrecorrente com unidades instantâneas e temporizadas de fase e de terra (50/51), (50/51N).
Adicionalmente, deve ser prevista a extensão para este circuito, da proteção diferencial de barramento da SE (87).
O sistema de proteção para sobretensões permanentes, oriundas do sistema elétrico, deve ser efetuado através de relés de sobretensão de fase (59), podendo-se utilizar para este fim
proteção de sobretensão de barra, caso a mesma tenha sido prevista para a instalação.
O sistema deve prover proteção para desequilíbrios que possam causar sobretensões danosas às unidades capacitivas. Estas proteções deverão atuar em relés de bloqueio próprios dos
BC’s.
9.7 - Sistema de Proteção de BC´s Série
Os bancos de capacitores série devem ser protegidos de acordo com a recomendação de seu fabricante, possuindo no mínimo as seguintes proteções, atuando através de relés de
bloqueio próprios:
(a) Proteção para ressonância subsíncrona;
(b) Proteção para desequilíbrio de corrente;
186
(c) Proteção para sobrecorrente no “GAP” ou “MOV”;
(d) Proteção para descargas à plataforma;
(e) Proteção para sobrecarga.
9.8 - Sistema de Proteção Para falha de Disjuntor
Todo disjuntor da subestação deve ser protegido por esquema para falha de disjuntor, consistindo de relés detectores de corrente, temporizadores e relés de bloqueio, com as seguintes
características:
(a) Partida pela atuação de todas as proteções que atuam sobre o disjuntor protegido;
(b) Promover um novo comando de abertura no disjuntor protegido (retrip), antes da atuação no relé de bloqueio;
(c) Comandar, por atuação do relé de bloqueio, a abertura e bloqueio de fechamento de todos os disjuntores necessários à eliminação da falha, em caso de recusa de abertura do
disjuntor;
(d) Possuir sensores de sobrecorrente de fase e terra, ajustáveis, de alta relação operação/desoperação e temporizadores ajustáveis.
O subsistema de registro digital de perturbações nas subestações deve se constituir de um ou mais registradores digitais de perturbações (RDP), independentes das demais funções de
proteção, controle ou supervisão, contemplando as seguintes funções:
(a) Aquisição e armazenamento de correntes e tensões (canais analógicos);
(b) Aquisição e armazenamento de sinais digitais (canais digitais);
(c) Localização de faltas em linhas de transmissão;
(d) Comunicação para a transferência dos dados do RDP para o concentrador local ou independente, para acesso remoto desde o concentrador de dados central.
As funções acima devem permitir, quando da ocorrência de uma falta no sistema elétrico, a análise do comportamento das grandezas elétricas, do desempenho da proteção, além da
indicação da distância em que a falta ocorreu.
Para as novas instalações de transmissão devem ser previstos registradores digitais de perturbação com configuração de canais de entradas analógicas (corrente e tensão) e entradas
digitais suficientes para permitir o completo monitoramento e registro, de acordo com os requisitos descritos nos Requisitos Mínimos de Registro.
Para novos vãos em instalações de transmissão existentes, devem ser previstos registradores digitais de perturbação para o monitoramento dos novos vãos instalados, ou a expansão
dos registradores existentes, de acordo com os requisitos descritos nos Requisitos Mínimos de Registro.
188
Os registradores digitais de perturbação acrescidos nas instalações de transmissão existentes deverão ser integrados ao sistema de coleta de dados existente (concentrador de dados
local ou acesso remoto).
10.1 - Descrição Funcional
Para realizar as funções de registro de perturbações, as grandezas elétricas (tensão e corrente) devem ser amostradas em intervalos de tempo regulares atendendo aos requisitos de
resposta de freqüência conforme especificados, convertidas para a forma digital e armazenadas em memória.
Em situação normal, o RDP deve permanecer monitorando continuamente as grandezas analógicas e digitais. As amostras mais antigas devem ser sucessivamente recobertas por
amostras mais recentes (“buffer“ circular), mantendo sempre um quadro completo dos dados abrangendo um intervalo de tempo igual ao tempo de pré-falta ajustado.
Havendo o disparo do RDP, os dados básicos relativos à perturbação são automaticamente arquivados em memória do próprio registrador. Durante a fase de armazenamento dos dados
de falta, os registradores devem continuar supervisionando as grandezas analógicas e digitais, de forma a não perder nenhum evento, mesmo que este tempo seja muito pequeno.
Este processo deve continuar até que a situação se normalize, quando então as amostragens efetuadas devem passar a serem consideradas como dados de pós-falta, até que se esgote
o tempo de pós-falta ajustado. O esgotamento do tempo de pós-falta configura o término da coleta de dados relativa àquela ocorrência.
Os dados referentes a uma perturbação devem estar armazenados em memória própria, devendo ser possível, quando solicitado, a sua transmissão para análise remota, por meio do
concentrador de dados local ou acesso remoto, manual ou automaticamente.
A exatidão e os erros de ângulo de fase mencionados nas tabelas acima, referem-se à relação entre o sinal de entrada e o seu registro apresentado no programa de análise.
As saídas digitais devem ser do tipo contato livre de tensão para sinalizar os seguintes eventos:
(a) Defeito no sistema;
(b) Registrador disparado;
(c) Falha na comunicação remota;
(d) 75% de sua capacidade de armazenar esgotada;
(e) Indicação de estado de operação normal.
10.6 - Capacidade de registro de ocorrências
O RDP deve ter memória suficiente para armazenar dados referentes a, no mínimo, 30 perturbações, com duração de 5 segundos cada perturbação, para o caso de várias faltas conse-
cutivas dispararem o registrador.
O RDP deve ser capaz de registrar para cada falta ou perturbação no mínimo 160 milissegundos de dados de pré-falta e o tempo de pós falta deve ser ajustável entre 100 e 5000
milissegundos.
O registro de uma falta ou perturbação só deve ser interrompido depois da desoperação dos sensores e de transcorrido o tempo de pós-falta ajustado.
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
Se antes de encerrar o tempo de registro de uma perturbação ocorrer uma nova perturbação, o registrador deve iniciar um novo período de registro, não se levando em conta o tempo
já transcorrido da anterior.
10.7 - Requisitos de comunicação
O RDP deve possuir porta de comunicação serial padrão RS-232C para as funções local e remota.
Nos locais com mais de um RDP, os mesmos deverão estar interligados em rede. Um concentrador de dados local conectado a esta rede realizará a função de comunicação com o
concentrador de dados central. Nos locais onde já existe rede de oscilografia, os novos equipamentos deverão ser integrados à mesma.
A transferência remota dos dados poderá ocorrer por solicitação ou automaticamente, sendo que, durante a transferência devem ser previstos meios para a verificação da integridade
dos mesmos. O descarte dos dados armazenados na memória interna só deverá ocorrer por solicitação.
O protocolo deve estar de acordo com a norma ISO aplicável, ser aberto e formalmente descrito de modo que se possa conectar o RDP a outros sistemas digitais já existentes ou a
serem desenvolvidos.
10.8 - Requisitos mínimos de registro
192
10.8.1 - TERMINAIS DE LINHA DE TRANSMISSÃO DE 750, 500, 440 E 345 KV
Deverão ser supervisionadas as seguintes grandezas analógicas:
(a) Correntes das três fases e corrente residual da LT;
(b) Tensões das três fases e tensão residual.
Deverão ser supervisionadas as seguintes grandezas digitais:
(a) Desligamento pela proteção unitária principal de fases;
(b) Desligamento pela proteção de retaguarda principal de fases;
(c) Desligamento pela proteção unitária alternada de fases;
(d) Desligamento pela proteção de retaguarda alternada de fases;
(e) Desligamento pela proteção unitária principal de terra;
(f) Desligamento pela proteção de retaguarda principal de terra;
(g) Desligamento pela proteção unitária alternada de terra;
(h) Desligamento pela proteção de retaguarda alternada de terra;
independentes, de forma que a indisponibilidade de uma via de telecomunicação não comprometa a disponibilidade da outra via.
Cada equipamento de comunicação deve possuir no mínimo dois canais de teleproteção. Desta forma, a proteção da LT contará, no mínimo, com 4 canais de teleproteção, sendo dois
associados à Principal e dois associados à Alternada.
Os esquemas de transferência de disparo direto, em cada proteção, deverão ser realizados através da utilização de dois canais de comunicação de cada uma delas. As saídas dos
receptores de transferência de disparo deverão ser ligadas em série, de tal forma que ambas as unidades deverão receber o sinal antes de executar o comando de disparo. Deverá ser
prevista lógica para permitir disparo, mesmo no caso da perda de um dos canais de comunicação.
Os canais de transferência de disparo permanecerão permanentemente acionados quando da atuação de relés de bloqueio (quando da ocorrência de falha na abertura de disjuntores,
atuação de proteções de reatores, proteções de sobretensão, etc.) e temporariamente acionados quando atuados pelas proteções de LT. A lógica de recepção de sinal de transferência
de disparo deverá acionar um relé auxiliar de disparo de alta velocidade. O esquema de recepção deverá ter meios para identificar os sinais de transferência de disparo direto para os
quais o religamento automático deve ser permitido, daqueles para os quais o religamento não deve ser permitido.
Em esquemas de teleproteção baseados em unidades de medidas em sobrealcance, um dos canais de cada proteção deverá ser acionado pelas unidades de medida de sobrealcance
da proteção de LT. Em esquemas de teleproteção baseados em lógicas de comparação direcional por sinal de bloqueio estes canais serão acionados por unidades de medida reversas
196 das proteções de linha de transmissão. Em esquemas de teleproteção baseados em lógicas permissivas de subalcance, estes canais serão acionados pelas unidades de medida de
subalcance das proteções de LT.
11.2 - Requisitos Técnicos de Telecomunicação para Teleproteção
11.2.1 - TELEPROTEÇÃO DO 750, 500, 440 E 345 KV
Os canais de telecomunicação deverão ser específicos para proteção, não compartilhados com outras aplicações. O tempo decorrido entre o envio do sinal em um terminal e seu recebi-
mento no terminal oposto deve ser menor que 15 milissegundos.
Deverá ser previsto o registro de transmissão e recepção de sinais associados à atuação da teleproteção no sistema de registro de seqüência de eventos da instalação, visando facilitar
a análise de ocorrências pós-distúrbios.
11.2.2 - TELEPROTEÇÃO DO 230 E 138 KV
Devem ser previstos para a proteção unitária no mínimo dois canais independentes, atendendo aos requisitos definidos para os equipamentos de teleproteção das linhas de transmissão
de tensão igual ou superior a 345 kV, onde aplicável.
11.3 - Requisitos Técnicos de Telecomunicação para Trnasmissão
12 - SISTEMA DE SUPERVISÃO/CONTROLE
A TRANSMISSORA deve prover um conjunto de recursos de supervisão e controle que pode ser constituído de um Sistema de Supervisão e Controle Local (SSCL) ou uma Unidade
Terminal Remota (UTR) e, eventualmente, outros equipamentos dedicados necessários para atender aos requisitos aqui especificados para interconexão com o(s) centro(s) de operação
designado(s) pelo ONS. Notar que, em algumas instalações, estes recursos poderão se resumir em apenas uma UTR, dispensando outros sistemas, desde que atendidos todos os
requisitos de interconexão com o ONS, aqui apresentados. Ao longo deste texto, estes equipamentos e sistemas serão genericamente designados por recursos de supervisão e controle
da instalação.
A critério da TRANSMISSORA, estes recursos poderão incluir, também, o conjunto de equipamentos, acessórios, software e outros necessários à execução das funções de supervisão/
controle local ou remoto da instalação a partir de um centro de operação da TRANSMISSORA ou de sala de controle remota, sem detrimento das funções citadas acima.
Compreende critérios de supervisão e controle a serem atendidos por agentes concessionários dos equipamentos de transmissão, quando da ampliação de instalações (subestações) já
existentes e/ou pertencentes a outros agentes.
Os recursos de supervisão e controle da instalação deverão ser suficientes para garantir a operação segura e eficiente da mesma, seja ela executada de forma local ou remota.
Em particular, a interconexão com o ONS deve atender aos requisitos definidos nos Requisitos de Tele-supervisão para a Operação.
Desta forma, os recursos de supervisão e controle da instalação deverão incluir um conjunto de equipamentos, funções e acessórios necessários e suficientes para:
(a) Aquisição de dados, incluindo grandezas digitais e analógicas;
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
(b) Registro seqüencial dos eventos operativos (SOE) verificados na operação da instalação;
(c) Interconexão simultânea com um ou mais centros de operação remotos, permitindo a transmissão das informações coletadas (dados digitais, grandezas analógicas e seqüência de
eventos) e recepção de telecomandos;
(d) Comando remoto, seja de manobra ou de seleção, dos equipamentos da instalação, através do envio do sinal de comando a partir de um eventual centro de operação ou sala de
controle remota;
(e) Relógio interno com exatidão mínima de 1 ms, sincronizado através de sinal de satélite (GPS).
Em cada instalação de transmissão, os recursos de supervisão e controle devem ser configurados de forma a atender a diferentes requisitos de taxa de aquisição de dados, conforme
especificado nos Requisitos de Tele-supervisão para a Operação.
12.1 - Aquisição Grandezas Analógicas
A disponibilização das grandezas analógicas para os centros remotos deve ser por varredura com período parametrizável. Eventualmente, podem ser utilizadas técnicas de transmissão
por exceção, desde que suportadas pelo protocolo de comunicação. Quando utilizada banda morta, esta deve ser configurável por grandeza.
12.2 - Aquisição Dados Digitais
198
Toda a aquisição de dados digitais deve ser feita com selo de tempo. A exatidão do selo de tempo deve ser tal que o erro não pode ser maior que 1 ms e a capacidade de resolução
entre eventos deve ser de, no mínimo, 1 ms. O relógio interno a ser utilizado para a base de tempo do selo de tempo deve atender ao requisito de precisão anteriormente especificado.
12.3 - Registro Seqüencial de Eventos
O registro seqüencial de eventos deve monitorar todos os principais pontos da instalação de forma a permitir uma plena análise da ocorrência.
O relógio interno e o selo de tempo utilizado devem ter a mesma exatidão e resolução especificadas para a aquisição de dados digitais.
12.4 - Comando Remoto
Dependendo de decisão da TRANSMISSORA, os recursos de supervisão e controle da instalação poderão ter conexão com um eventual centro de controle remoto da TRANSMISSORA
ou por ela contratado para operar seus equipamentos de forma a permitir a operação da instalação via sinais de comando enviados por tal centro remoto, além da transferência de
dados e informações da instalação.
13.3.5 - HISTÓRICO
1) Registro:
(i) estado do sistema elétrico;
(ii) estado do sistema de telemedição;
(iii) estado do sistema hidrológico;
(iv) programação da operação;
(v) violações, alarmes e desvios da programação.
(2) Visualização:
(i) de todas as amostragens de um item por intervalo de tempo;
(ii) de um conjunto de itens amostrados em um determinado instante.
13.3.6 - INTERFACES COM A PROGRAMAÇÃO, PLANEJAMENTO, PRÉ-OPERAÇÃO E PÓS-OPERAÇÃO
200 (1) Alimentação do ambiente de tempo real com a programação;
(2) Alimentação das funções de análise de redes (controle preventivo);
(3) Alimentação das funções de análise da qualidade da operação.
13.3.7 - SIMULADOR PARA TREINAMENTO DE OPERADORES
As interligações de comunicação de dados, diretas, entre os Centros de Operação do ONS e as instalações de transmissão e de geração, integrantes da Rede de Operação, exceto
aquelas requeridas para o funcionamento do Controle Automático de Geração - CAG, serão estabelecidas de comum acordo com os Agentes proprietários das referidas instalações.
14.7 - Recursos de comunicação de dados para supervisão e controle em tempo real
Entre os Centros de Operação do ONS e instalações de Transmissão da Rede de Supervisão para atender aos requisitos de CAG:
(a) Serviço de comunicação de dados Classe A, configurado diretamente da instalação ou através de concentrador conforme Requisitos Básicos para Supervisão e Controle.
Entre os Centros de Operação do ONS e as instalações de transmissão para atender aos requisitos das funções SCADA:
(a) Serviço de comunicação de dados Classe A, dimensionado de forma a suportar o carregamento e os requisitos de desempenho impostos pelas funções descritas nos Requisitos
Básicos para Supervisão e Controle.
(b) Esse serviço poderá ser configurado diretamente entre o Centro de Operação do ONS e a instalação ou através de interligação efetuada por meio de concentradores de dados,
conforme descrito nos Requisitos Básicos para Supervisão e Controle.
Verificar se a TRANSMISSORA atendeu os requisitos mínimos na construção da instalação.
Verificar se a instalação atende os padrões de desempenho da Rede Básica, e em caso negativo, se foi proposto melhorias para sua adequação.
212
Anexo II – Questionários
Anexo II.1 – Subestações
INSTRUÇÕES
- Este questionário contém as tabelas que devem ser preenchidas e as questões que devem ser respondidos pela TRANSMISSORA, antes da fiscalização:
PESSOA DE CONTATO
Nome:
Área: 213
Cargo / Função:
Telefone de contato: ( )
Fax: ( )
email:
(Informar a pessoa de contato, da TRANSMISSORA, responsável pelos contatos quanto aos dados e informações fornecidos através do presente questionário).
Nome:
LOCALIZAÇÃO:
(Informar o endereço da instalação, indicando referências para facilitar a sua localização quando da fiscalização).
Latitude Longitude Cota (m)
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
BARRAMENTOS:
Tensão (kV) Tipo de Configuração Qtd. de terminais Observação
(Utilizar a tabela descrita abaixo para identificar o tipo de configuração utilizado na subestação).
AT Autotransformador
BB Bobina de Bloqueio
BC Banco de Capacitores
CA Capacitor de Acoplamento
CH Capacitor Shunt
CS Compensador Síncrono 215
DJ Disjuntor
ES Compensador Estático
PR Pára-raio
RL Reator de Linha
RB Reator de Barra
RT Reator de Terciário
SEC Seccionadora
SET Seccionadora com Lâmina de Terra
TC Transformador de Corrente
TF Transformador de Potência
TP Transformador de Potencial
TPC Transformador de Potencial Capacitivo
TRA Transformador de Aterramento
TSA Transformador de Serviços Auxiliares
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
Bays de Transmissão Usuário Conexão / Tensão (kV) Relação de Equipamentos Limite de Demanda (A) Fator Limitador
PR, TPC, CA, BB, TC, CS, CS,
Circuito XXX Rede Básica EL 525 kV 1600 A Fator Térmico dos TCs de Linha.
DJ, TC, CS, CS, DJ, TC, CS.
216
Compensadores
Estáticos
Compensador Síncrono
Banco de Capacitores
DISJUNTORES
Identificação / Fabricante /
Tensão (kV) Acionamento Data de Fabricação Data de Entrada em Operação
Nº Série
Identificação / Fabricante /
Tensão (kV) Acionamento Data de Fabricação Data de Entrada em Operação
Nº Série
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
OPERAÇÃO
218 PESSOAL
Tipo Quantidade Esquema de turnos
Encarregado
Operador
Outro
Comunicação com o Centro Regional de Operação do ONS Comunicação com outros Agentes
Adequado e suficiente Adequado e suficiente
Inadequado Inadequado
Efetuando adequações Efetuando adequações
Conservação geral
Contratada Parcialmente contratada Atividade interna
Corrosão
A TRANSMISSORA considera o arranjo da subestação e os espaçamentos adequados para a segurança e flexibilidade da manutenção?
Arranjos permitem segurança e flexibilidade quando de manutenções. 221
Arranjos apresentam problemas para a manutenção.
De segurança do pessoal De flexibilidade (rapidez) Outros
Idem, em alguns barramentos.
Idem, em alguns raros casos de arranjos de emergência.
EQUIPAMENTOS PRINCIPAIS
Equipamentos:
(Incluir a relação de equipamento).
222 Existência de instruções para manuseio, armazenagem, transporte e procedimentos para casos de ocorrência de vazamento:
Não Sim
EQUIPAMENTOS AUXILIARES
Corrente alternada
FONTES DE ALIMENTAÇÃO
Condição de Uso (Princi-
Identificação da Fonte Tensão (KV) Potência (KVA) Situação da Manutenção Estado geral
pal ou Alternativa)
223
(Indicar as fontes de alimentação auxiliar para a subestação. Transformador de serviço auxiliar, terciário de banco de transformadores ou alimentador de distribuição).
Medição de Faturamento
Medidores de Faturamento
Aferição / Manutenção periódica Aferição / Manutenção sob demanda (técnicas preditivas)
Proteção e Teleproteção
Esquemas Especiais
TELECOMUNICAÇÕES
INSTRUÇÕES
- Este questionário contém as tabelas que devem ser preenchidas e as questões que devem ser respondidos pela TRANSMISSORA, antes da fiscalização:
- O presente questionário deve ser aplicado A CADA LINHA DE TRANSMISSÃO A SER FISCALIZADA.
- As informações em azul constituem esclarecimentos, para facilitar o entendimento das tabelas e questões, e podem ser excluídas do questionário durante o
seu preenchimento. 227
- Para as instalações que foram fiscalizadas recentemente solicitamos atualizar as informações.
- Utilizar, sempre que necessitar, o espaço inferior das tabelas e questões para comentários e esclarecimentos das respostas das questões ou preenchimento das tabelas.
PESSOA DE CONTATO
Nome
Área
Cargo / Função
Telefone de contato ( )
Fax ( )
email
(Informar a pessoa de contato, da TRANSMISSORA, responsável pelos contatos quanto aos dados e informações fornecidos através do presente questionário).
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
Nome: _______________________________________________________________________________________
(Informar o nome, tensão e circuito).
Localização: ___________________________________________________________________________________
(Informar o endereço da instalação, indicando referências para facilitar a sua localização quando da fiscalização).
Nome / kV
Extensão da linha (Km)
228 Quantidade de condutores por fase
Quantidade de estruturas
(Informar os dados para os dois últimos anos, utilizando os critérios estabelecidos nos Procedimentos de Rede).
229
MANUTENÇÃO DA LINHA
Execução
Execução de atividades de manutenção da linha.
Atividade Contratada, parcialmente. Atividade Contratada, totalmente. Atividade Interna.
(Se contratada, indicar a prestadora de serviço e informar se a quantidade e a habilitação dos recursos humanos e as ferramentas utilizadas pelos terceiros
foram adequados?).
Corrosão
Existência de problemas de corrosão na linha.
(Informar a situação da linha quanto a problemas de corrosão).
Manutenção Preventiva
Ano: _______________________
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
FAIXA DE SERVIDÃO
PLANEJAMENTO
Para o planejamento da fiscalização das instalações de transmissão das TRANSMISSORAS de energia elétrica é importante um trabalho de pesquisa de in-
formações sobre fiscalizações realizadas anteriormente, obras autorizadas e/ou fiscalizações de outras superintendências ou órgãos. As seguintes fontes de
informações podem ser utilizadas:
231
1 - sistema SIGEFIS
Pesquisa dos resultados das fiscalizações anteriores, tanto da área da SFE como de outras superintendências.
3. técnicos da SFE
Normalmente na SFE há profissionais com conhecimentos específicos sobre o assunto objeto da fiscalização.
4. fontes bibliográficas
Pesquisa bibliográfica nas fontes possíveis (bibliotecas, internet) dirigidas à transmissão e operação de energia elétrica.
5. legislações concorrentes
Isto é, estudo de legislações que possam contribuir para a ação fiscal, tais como: Legislação do Setor, Procedimentos de Rede, ABNT, Meio Ambiente, Contratos
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
de Concessão.
A segunda etapa é a constituição da equipe de fiscalização, definindo a sua coordenação e demais membros da equipe, definindo suas funções e responsabili-
dades. Na seqüência o coordenador da equipe elabora o cronograma de fiscalização em conjunto com a equipe, submetendo a aprovação da Superintendência.
Com base nos dados e informações recebidas das TRANSMISSORAS, através do preenchimento do questionário, a equipe inicia a fiscalização analisando as
respostas da empresa.
E elabora a agenda de trabalho para a execução da fiscalização das subestações sob sua responsabilidade.
A primeira atividade de fiscalização na TRANSMISSORA é a reunião de abertura da fiscalização e apresentação da equipe de fiscalização e da TRANSMISSORA,
constituindo em:
233
Apresentação da equipe de fiscalização:
A equipe de fiscalização apresenta-se ao destinatário do ofício de comunicação da fiscalização encaminhado pela Aneel à direção da TRANSMISSORA, ou a quem
o mesmo indicar para representá-lo, verificando se as instalações disponibilizadas estão adequadas e examinando a existência da documentação solicitada.
Apresentação da empresa:
A TRANSMISSORA faz uma breve apresentação com as informações gerais da instituição e dos seus sistemas de Transmissão de Energia Elétrica e de Teleco-
municações, destacando seus pontos principais e as maiores dificuldades ou problemas.
Detalhamento da agenda:
Ainda na sede da TRANSMISSORA fiscalizada e em conjunto com os representantes da mesma, faz-se o detalhamento da agenda de trabalho previamente ela-
borada, efetuando as adaptações conforme as características específicas da TRANSMISSORA.
EXECUÇÃO
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
Deverá ser previsto em média 2 (dois) dias por instalação a ser fiscalizada, e deverá cumprir todo o escopo dos serviços.
Recomenda-se que sejam seguidos os roteiros de acompanhamento e controle deste manual na condução dos trabalhos.
Os trabalhos serão entregues pelo Coordenador da Equipe, na forma de relatório de Fiscalização, de acordo com o modelo apresentado neste manual, registrado
no SIGEFIS e em seguida impresso utilizando o próprio sistema em duas vias que devem ser assinadas por toda equipe.
O Coordenador é também o responsável pela elaboração do Termo de Notificação e o envio juntamente com Relatório de Fiscalização para as TRANSMISSORAS
fiscalizadas. Encerrando a etapa de fiscalização.
a - Planejamento
236
238
240
Dando prosseguimento ao programa de fiscalização do Sistema de Transmissão de Energia Elétrica, informamos que os técnicos desta Supe-
rintendência de Fiscalização dos Serviços de Eletricidade estarão executando as atividades de fiscalização em instalações de transmissão dessa empresa entre
os meses de xxxxxxxxxxxxx a xxxxxxxxxxx de XXXX.
2. Informamos que o cronograma e o nome do responsável pela Aneel para a fiscalização será informado oportunamente, e que está sendo
enviada, via e-mail, a relação de subestações que serão fiscalizadas e o questionário que deverá ser preenchido e devolvido, também via e-mail, à Aneel para
xxxxxxxxx@aneel.gov.br, até a data de XX/XX/XXXX.
5. Para quaisquer informações adicionais, favor entrar em contato com o Engenheiro xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, pelo telefone (61)
XXX-XXXX ou e-mail xxxxxxxx@aneel.gov.br.
Atenciosamente,
PARA: XXXXXXXX
- Eng. Xxxxxxxxxxxxxxxxx
FAX: (
________________________________________________________________________________________________________________________
DE: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
TEL: (61) 426-5951 FAX: (61) 426-5726
244 FAX No XXXX/XXXX-SFE/ANEEL DATA: XX/XX/XXXX
NÚMERO DE PÁGINAS INCLUINDO ESTA: XX
Se não receber bem esta transmissão, contatar: (61) 426-5951
Prezado Senhor,
Conforme estabelecido em Ofício no XXX/XXXX-SFE/Aneel, estamos encaminhando o cronograma de fiscalização em instalações de transmis-
são desta empresa, os nomes dos responsáveis pela fiscalização e os documentos a serem disponibilizados para a fiscalização.
1.Cronograma de fiscalização:
Para quaisquer informações adicionais, favor entrar em contato com o Engenheiro xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, pelo telefone (61) XXX-XXXX ou e-mail
xxxxxxxx@aneel.gov.br.
Atenciosamente,
Encaminhamos os Termos de Notificação nos XXX/XXXX, XXX/XXXX, XXX/XXXX, XXX/XXX e XXX/XXXX-SFE, bem como os respectivos Rela-
tórios de Fiscalização, para ciência e providencias dessa empresa.
2. Esclarecemos que, de acordo com o estabelecido no Art. 19, da Resolução Aneel no 63, de 12 de maio de 2004, essa Concessionária terá
prazo de 15 (quinze) dias, contados a partir do recebimento do TN, para manifestar-se sobre o objeto do mesmo.
Atenciosamente,
Encaminhamos, para conhecimento os Termos de Arquivamento, TA/000/ 0000-SFE SE Xxxxxxxxxxxxxxxxxx, TA 000/ 0000-SFE SE
Xxxxxxxxxxxxxx, TA 000/0000-SFE SE Xxxxxxxxxxxxxxx referentes à Fiscalização Técnica realizada no período de 00 a 00/00/0000.
2. Encaminhamos, para o conhecimento e as providências cabíveis, o Relatório de Acompanhamento da Fiscalização Técnica realizada em 00/00/0000,
onde poderá ser verificada a manifestação dessa transmissora, com relação as não-conformidades constatadas, bem como o parecer desta Superintendência.
3. Ressaltamos a necessidade dessa transmissora em observar os prazos constantes dos Relatórios de Fiscalização acima referenciados, para
a regularização das não-conformidades e cumprimento das determinações, bem como para o encaminhamento mensal das informações a esta Superintendência,
do andamento das providências tomadas.
Atenciosamente,
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
________________________________________________________________________________________________
248
250
Registramos a instrução de Processo Administrativo Punitivo, conforme detalhamento abaixo, em decorrência da decisão desta Superinten-
dência, após a análise dos dados e fatos envolvidos na Ação de Fiscalização objeto deste Processo.
(Texto descrevendo as razões que levaram à instauração de processo administrativo punitivo, servindo de base para a “decisão do superintendente” apresentada
252 no item abaixo).
Decisão do superintendente:
Decido pela instauração do processo administrativo punitivo para a empresa acima especificada, conforme o disposto no § 2º do art. 20 da Resolução ANEEL
nº 63, de 12/05/2004, em razão de:
• Comprovação da Não Conformidade
• Ausência de manifestação tempestiva da interessada.
• Serem consideradas insatisfatórias as alegações apresentadas.
• Não serem atendidas, no prazo, as Determinações da ANEEL.
2. Multa
De acordo com a dosimetria acima definida, o valor da multa é de R$ _________________ (___________________________________________________
_____________________________), correspondente a _________________% do faturamento relativo a doze meses, o qual foi obtido da Receita Anual da
(Nome da Empresa), por meio do Programa SISEN e relativo ao período disponível de _____/20___ a ______/20___, cujo montante é de R$ _____________
(____________________________________________________________________________).
253
254
1. Emprego de técnicas, métodos e substâncias que agridem o meio ambiente. (Askarel, óleo isolante, SF6 e outros)
Capítulo VI
Do meio ambiente
Art. 225o - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se
ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
256 § 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e
o meio ambiente;
§ 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e admi-
nistrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
2. Das responsabilidades da TRANSMISSORA de prestar um serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários.
CAPÍTULO II
Do Serviço Adequado
Art. 6o - Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas
normas pertinentes e no respectivo contrato.
§ 1 - Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua pres-
o
CAPÍTULO VII
Dos Encargos do Poder Concedente
Parágrafo único. As contratações, inclusive de mão-de-obra, feitas pela concessionária serão regidas pelas disposições de direito privado e pela legislação
trabalhista, não se estabelecendo qualquer relação entre os terceiros contratados pela concessionária e o poder concedente.
3. Das responsabilidades da TRANSMISSORA pela manutenção e conservação dos bens e instalações da União.
CAPÍTULO IV
Das disposições finais
Art. 34o - A concessionária que receber bens e instalações da União, já revertidos ou entregues à sua administração, deverá:
I- arcar com a responsabilidade pela manutenção e conservação dos mesmos;
II - responsabilizar-se pela reposição dos bens e equipamentos, na forma do disposto no art. 6o da Lei no 8.987, de 1995.
Institui a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, disciplina o Regime das Concessões de serviços públicos de energia elétrica e dá outras providências.
CAPÍTULO I
Das atribuições e da organização
Art. 2o - A Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL tem por finalidade regular e fiscalizar a produção, transmissão, distribuição e comercialização de
energia elétrica, em conformidade com as políticas e diretrizes do governo federal.
IV - celebrar e gerir os contratos de concessão ou de permissão de serviços públicos de energia elétrica, de concessão de uso de bem público, expedir
as autorizações, bem como fiscalizar, diretamente ou mediante convênios com órgãos estaduais, as concessões e a prestação dos serviços de energia elétrica;
Art.14 o - O regime econômico e financeiro da concessão de serviço público de energia elétrica, conforme estabelecido no respectivo contrato, compreende:
II - a responsabilidade da concessionária em realizar investimentos em obras e instalações que reverterão à União na extinção do contrato, garantida a
indenização nos casos e condições previstos na Lei n o 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e nesta Lei, de modo a assegurar a qualidade do serviço
de energia elétrica;
Art.16 - Os contratos de concessão referidos no artigo anterior, ao detalhar a cláusula prevista no inciso V do art. 23 da Lei n o 8.987, de 13 de fevereiro
o
de 1995, poderão prever o compromisso de investimento mínimo anual da concessionária destinado a atender a expansão do mercado e a amplia
ção e modernização das instalações vinculadas ao serviço.
261
RESOLUÇÕES ANEEL – ESPECÍFICAS DA FISCALIZAÇÃO DA TRANSMISSÃO
Autoriza a utilização, em caráter provisório, dos módulos dos Procedimentos de Rede que especifica.
Art. 1o- Autorizar a utilização, em caráter provisório, dos Módulos dos Procedimentos de Rede que especifica, constantes do Anexo desta Resolução,
excetuando-se os casos que requeiram conciliação com a legislação vigente e/ou consistência entre Módulos ou no tratamento dispensado aos agentes.
ANEXO À RESOLUÇÃO Nº 140, DE 25 DE MARÇO DE 2002.
MÓDULOS E SUBMÓDULOS DOS PROCEDIMENTOS DE REDE
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
Item 3 - RESPONSABILIDADES
Art. 1o- Autorizar a utilização, em caráter provisório, dos Módulos dos Procedimentos de Rede que especifica, constantes do Anexo desta Resolução,
3: Acesso aos sistemas de transmissão 3.7 - Manutenção das Instalações de Conexão 2 Autorizada à utilização em caráter provisório por esta Resolução
263
Item 4 - MANUTENÇÃO DAS INSTALAÇÕES
Sub-item 4.1 A responsabilidade pela manutenção das instalações de conexão compete ao seu respectivo proprietário.
Sub-item 4.8 O Acessante deve prover garantias de segurança contra acidentes no acesso às suas instalações de conexão.
Art.28o - A partir de julho de 2000, o Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS deverá apurar e divulgar os indicadores de duração e freqüência de
interrupção, assim como o de duração máxima de interrupção contínua, referentes às barras de conexão da Rede Básica com os demais agentes.
§ 1 - Todos os dados necessários à formação e apuração dos indicadores deverão ser disponibilizados o ONS pelos agentes detentores de instalações de
o
Estabelece, de forma atualizada e consolidada, as disposições relativas à conformidade dos níveis de tensão de energia elétrica em regime permanente.
Art. 4o- A tensão de atendimento será classificada de acordo com as faixas de variação da tensão de leitura, conforme tabela abaixo: 265
Classificação da Tensão de Atendimento (TA) Faixa de variação da Tensão de Leitura (TL) em relação à Tensão Contratada (TC)
Adequada 0,95 TC ≤ TL ≤ 1,05 TC
Precária 0,93 TC ≤ TL < 0,95 TC
Crítica TL < 0,93 TC ou TL > 1,05 TC
Parágrafo único - A partir de janeiro de 2005, a tensão a ser contratada pela concessionária junto ao ONS ou entre concessionárias deve ser a tensão nominal
do sistema no ponto de conexão.
Art. 5o- Para unidades consumidoras atendidas em tensão superior a 1 kV, a tensão contratada com a concessionária ou ONS, no ponto de entrega ou de
conexão, deve situar-se entre 95% (noventa e cinco por cento) e 105% (cento e cinco por cento) da tensão nominal do sistema elétrico.
Parágrafo único - As tensões de atendimento nas unidades consumidoras, referidas no “caput” deste artigo, devem ser classificadas de acordo com as faixas
de variação da tensão de leitura, conforme tabelas 1 e 2 constantes do Anexo desta Resolução.
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
Art. 16o- Quando dos registros obtidos de medições de tensão solicitadas e/ou amostrais for constatado que o valor do indicador DRP supera o valor de
DRPM, este definido conforme art. 24 desta Resolução, a concessionária deverá adotar providências para o retorno da tensão à condição adequada,
a partir da data de término das leituras, obedecendo aos seguintes prazos:
I- 180 (cento e oitenta) dias até 31 de dezembro de 2002;
II- 120 (cento e vinte) dias a partir de janeiro de 2003;
III- 90 (noventa) dias a partir de janeiro de 2004; e
IV- 60 (sessenta) dias a partir de janeiro de 2005.
266 Art. 17o- Quando dos registros obtidos de medições de tensão solicitadas e/ou amostrais for constatada a existência de DRC superior a 0 (zero), a
concessionária deverá adotar providências para o retorno da tensão à condição adequada, a partir da data de término das leituras, obedecendo os
seguintes prazos:
I- 60 (sessenta) dias até 31 de dezembro de 2002;
II- 45 (quarenta e cinco) dias a partir de janeiro de 2003;
III- 30 (trinta) dias a partir de janeiro de 2004; e
IV- 15 (quinze) dias a partir de janeiro de 2005.
Art. 18o- As situações com impossibilidade técnica de solução nos prazos estabelecidos nos arts. 16 e 17 desta Resolução deverão ser relatadas formalmente
à ANEEL até dezembro de 2002, com a indicação das providências necessárias e dos prazos de implementação.
Art. 19 - A regularização do nível de tensão deverá ser comprovada por nova medição, obedecendo o mesmo período de observação, e o resultado final
o
comunicado, por escrito, ao consumidor que solicitou a medição, bem como aos demais abrangidos pela amostra.
§ 1 - A nova medição deverá ter seu início, no máximo, no dia seguinte ao vencimento dos prazos estabelecidos nos arts. 16 e 17 desta Resolução.
o
§ 2o- Será considerada como data efetiva da regularização do nível de tensão aquela correspondente ao término da nova medição e com valores de DRP
Aprova procedimentos para regular a imposição de penalidades aos concessionários, permissionários, autorizados e demais agentes de instalações e serviços
de energia elétrica, bem como às entidades responsáveis pela operação do sistema, pela Comercialização de energia elétrica e pela gestão de recursos prove-
nientes de encargos setoriais.
I - advertência;
II - multa;
III - embargo de obras;
IV - interdição de instalações;
V - suspensão temporária de participação em licitações para obtenção de novas concessões, permissões ou autorizações, bem como de impedimento
de contratar com a ANEEL e de receber autorização para serviços e instalações de energia elétrica;
VI - revogação de autorização;
VII - intervenção administrativa;
VIII - caducidade da concessão ou da permissão.
Capítulo I - DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
Seção I - Da Advertência
Seção II - Da Multa
XV - provocar desligamento ou permitir a sua propagação no sistema elétrico em decorrência de falha de planejamento ou de execução da manutenção ou
operação de suas instalações;
XVI - deixar de observar os Procedimentos de Rede aprovados pela ANEEL;
Art. 7o- Constitui infração, sujeita à imposição da penalidade de multa do Grupo IV:
VIII - deixar de implementar as medidas objetivando o incremento da eficiência no uso e na oferta de energia elétrica, como estipulado contratualmente;
X - fornecer informação falsa à ANEEL;
XVI - deixar de cumprir determinação da Aneel, no prazo estabelecido.
Art.10o- Constitui infração, sujeita à penalidade prevista no inciso V do art. 2º desta Resolução, a inexecução total ou parcial de obrigações legais, regulamen
tares e contratuais, de que possa resultar grave prejuízo às atividades do setor de energia elétrica ou que representem, nos termos do § 3o do art.
17 do Anexo do Decreto no 2.335/97, reiterada violação ou descumprimento de:
I - padrões de qualidade de serviços;
II - prazo para entrada de operações de instalações;
Art. 12o- A concessão e a permissão de serviços e instalações de energia elétrica estarão sujeitas à intervenção administrativa nos termos da legislação, em
especial da Lei nº 8.987, de 1995, a qual poderá ser decretada em caso de:
I - inadequação dos serviços prestados ou da exploração de instalações concedidas ou permitidas, não resolvida no prazo determinado;
III - verificação de reiteradas infrações a normas contratuais, regulamentares e legais pertinentes, não regularizadas após determinação da ANEEL;
V - recusa injustificada de interconexão;
VII - prática de ato que coloque em risco a prestação do serviço concedido ou permitido;
Art. 13o- A concessão e a permissão de serviços de energia elétrica estarão sujeitas à declaração de caducidade, nos termos da legislação, em especial da
Lei nº 8.987, de 1995, bem assim do respectivo contrato de concessão ou permissão, quando:
I - o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente, tendo por base, as normas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qua-
lidade do serviço;
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
II - a concessionária ou permissionária descumprir cláusulas contratuais ou disposições legais ou regulamentares concernentes à concessão ou permissão;
III - a concessionária ou permissionária paralisar o serviço ou concorrer para tanto, ressalvadas as hipóteses decorrentes de caso fortuito ou força maior;
IV - a concessionária ou permissionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a adequada prestação do serviço concedi-
do ou permitido;
V - a concessionária ou permissionária não cumprir as penalidades impostas por infrações, nos devidos prazos;
VI - a concessionária ou permissionária não atender a intimação da ANEEL no sentido de regularizar a prestação do serviço;
272 Art. 14o- Sem prejuízo do disposto em regulamento específico ou contrato de concessão, os valores das multas serão determinados mediante aplicação, sobre
o valor do faturamento, nos casos de concessionários, permissionários e autorizados de instalações e serviços de energia elétrica, ou sobre o valor estimado
da energia produzida, nos casos de auto-produção e produção independente, correspondente aos últimos doze meses anteriores à lavratura do Auto de Infração,
dos seguintes percentuais:
Grupo I: até 0,01% (um centésimo por cento);
Grupo II: até 0,10% (dez centésimos por cento);
Grupo III: até 1% (um por cento);
Grupo IV: até 2% (dois por cento).
§ 1o- Para fins do que trata este artigo, entende-se por valor do faturamento as receitas oriundas da venda de energia elétrica e prestação de serviços, dedu-
zidos o ICMS e o ISS.
Art. 18o- A ação fiscalizadora será consubstanciada em relatório de fiscalização, do qual se fará Termo de Notificação (TN), emitido em duas vias, contendo:
I - identificação do órgão fiscalizador e respectivo endereço;
II - nome, endereço e qualificação da notificada;
III - descrição dos fatos levantados;
IV - indicação de não conformidade(s) e/ou determinação de ações a serem empreendidas pela notificada, se for o caso;
V - identificação do representante do órgão fiscalizador, com seu cargo, função, número da matrícula e assinatura;
VI - local e data da lavratura.
Parágrafo único. Uma via do TN será entregue, ou enviada mediante registro postal com Aviso de Recebimento (AR), ao representante legal da notificada ou ao
seu procurador habilitado, para conhecimento e manifestação, se for o caso, sempre acompanhada, se existir, do respectivo relatório de fiscalização. 273
Art. 19o- A notificada terá o prazo de quinze dias, contado do recebimento do TN, para manifestar-se sobre o objeto do mesmo, inclusive juntando os ele
mentos de informação que julgar convenientes.
§ 1 - Decorrido este prazo, uma cópia do TN, acompanhada do relatório de fiscalização e de eventual manifestação da notificada, será encaminhada para aná-
o
relatados.
§ 3o- A Superintendência responsável pela ação fiscalizadora poderá, excepcionalmente, conceder prorrogação do prazo, desde que solicitada tempestivamente
e devidamente justificada pela notificada.
Art. 2 - A decisão acerca da instauração do processo administrativo formado com base nos arts. 18 e 19, relativamente aos fatos que possam resultar na
o
imposição das penalidades de que tratam os incisos I a IV do art. 2o desta Resolução, será proferida pelo Superintendente responsável pela ação
fiscalizadora e comunicada à notificada no prazo de quarenta e cinco dias, contado do recebimento da respectiva manifestação ou da fruição do prazo
de que trata o artigo anterior.
§ 1o- O TN será arquivado quando não comprovada a não conformidade ou sendo consideradas procedentes as alegações da notificada.
§ 2o- Será lavrado Auto de Infração, com observância do procedimento estabelecido no Capítulo III, Título II, desta Resolução, nos casos de:
I - comprovação da não conformidade;
MANUAL DE FISCALIZ AÇÃO DA TRANSMISSÃO
8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
274
• Sistemas de Transmissão de Energia Elétrica - Procedimentos de Fiscalização / Agência Nacional de Energia Elétrica, Superintendência de Fisca-
lização dos Serviços de Eletricidade. – Brasília / ANEEL, SFE, 2000.
• Sistema Interligado Nacional - Procedimentos de Rede / Operador Nacional do Sistema – Rio de Janeiro / ONS, Situação em: 31/03/2003.
• Guia: Série GRIDIS No 14 - Critério para Proteção Contra Incêndio em Subestações / Centrais Elétricas Brasileira SA - Rio de Janeiro / ELETRO-
BRAS, GRIDIS, 1966.