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Avaliação Regulamentar

CURSO ANO/SEMESTRE LETIVO PROVA DATA

Direito 2020/2 N 3-7,0 08/12/2020


DISCIPLINA PROFESSOR

Direitos Coletivos e do Consumidor Daise Alves


ALUNO TURMA MATRÍCULA

DARLUCIA SOUZA CUNHA 10º B 16100312

ORIENTAÇÕES

1. Responder as questões somente em Atividade Discursiva, Web Aluno;

2. Questões enviadas fora do prazo ou do lugar de resposta serão desconsideradas;

3. Não é permitida reenviar várias provas, tendo validade o primeiro envio;

4. O aluno poderá ter sua prova “anulada” ou terá pontos descontados durante a correção,
dependendo da irregularidade verificada.

QUESTÕES

1- Cite as vantagens e desvantagens na celebração de um TAC- Termo de


Ajustamento de Conduta. (1,0)
R: O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) é um acordo celebrado entre as partes
interessadas com o objetivo de proteger direitos de caráter transindividual. Trata-se de
um título executivo extrajudicial que contém pelo menos uma obrigação de fazer ou de
não fazer e a correspondente cominação para o caso de seu descumprimento. A maior
vantagem do TAC é a celeridade com que os conflitos podem ser solucionados, já que,
em regra, as lesões ou ameaças a direitos de natureza transindividual possuem caráter de
urgência e não podem esperar o trânsito em julgado de um processo judicial. Outras
vantagens advêm da pactuação do ajuste, como os custos, visto que não haverá taxas
judiciais a serem pagas e despesas com advogados, pois, ainda que o compromissário
contrate um advogado, é certo que seu custo será menor se contratado por um curto
período de tempo (os meses que costumam durar a negociação do ajuste) do que se
contratado por um longo tempo (os anos que costumam durar as ações judiciais).
Inclusive, é outra vantagem que decorre do prazo de duração do TAC. O resultado do

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TAC pode ser positivo ou negativo para o empreendimento e para o meio ambiente,
dependendo de como é concebido e conduzido. Para tanto, profissionais capacitados
devem acompanhar a elaboração e a execução de tais medidas. Há diretrizes que devem
ser observadas, podendo, em casos positivos, obter inclusive, a eliminação de multas. Por
outro lado, quando não definido de forma adequada, pode comprometer a imagem do
empreendimento que assumiu o compromisso que poderá não ser exequível ou até inútil
no que se refere à recomposição ambiental.

2- Cite uma jurisprudência para cada espécie de direito coletivo:


Difuso, Coletivo, Individual Homogêneo. (2,5)
R: AGRAVO INTERNO. DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR QUE NEGA SEGUIMENTO
AO AGRAVO DE INSTRUMENTO, POR CONSIDERÁ-LO EM MANIFESTO CONFRONTO COM
A JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DESTE TRIBUNAL E DO EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL
DE JUSTIÇA. EXECUÇÃO/CUMPRIMENTO DE SENTENÇA PROFERIDA EM AÇÃO CIVIL
PÚBLICA AJUIZADA PELA APADECO, OBJETIVANDO A COBRANÇA DE DIFERENÇAS DE
RENDIMENTOS EM CADERNETAS DE POUPANÇA. COMPETÊNCIA DO FORO DO
DOMICÍLIO DOS EXEQUENTES/AGRAVADOS PARA O PROCESSAMENTO E JULGAMENTO
DA EXECUÇÃO DE DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS. APLICABILIDADE DOS
ARTIGOS 98, § 2º, II; 6º, VIII, E 103, III, TODOS DO CDC. LEGITIMIDADE ATIVA DOS
POUPADORES RESIDENTES NO ESTADO DO PARANÁ. DESNECESSIDADE DE
COMPROVAÇÃO DE INFIRMADOS PELA PARTE AGRAVANTE E CONFIRMADOS NO
JULGAMENTO DO AGRAVO INTERNO. RECURSO DESPROVIDO. (TJPR - 13ª C. Cível - A -
801816-8/01 - Maringá - Rel.: Juiz Everton Luiz Penter Correa - Unânime - J. 18.01.2012). (TJ-PR -
AGV: 801816801 PR 801816-8/01 (Acórdão), Relator: Juiz Everton Luiz Penter Correa, Data de
Julgamento: 18/01/2012, 13ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ: 795 02/02/2012)

DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR QUE NEGA SEGUIMENTO AO AGRAVO DE


INSTRUMENTO, POR CONSIDERÁ-LO EM MANIFESTO CONFRONTO COM
A JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DESTE TRIBUNAL E DO EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL
DE JUSTIÇA. EXECUÇÃO/CUMPRIMENTO DE SENTENÇA PROFERIDA EM AÇÃO CIVIL
PÚBLICA AJUIZADA PELA APADECO, OBJETIVANDO A COBRANÇA DE DIFERENÇAS DE
RENDIMENTOS EM CADERNETAS DE POUPANÇA. COMPETÊNCIA DO FORO DO DOMICÍLIO
DOS EXEQUENTES/AGRAVADOS PARA O PROCESSAMENTO E JULGAMENTO DA
EXECUÇÃO DE DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS. APLICABILIDADE DOS ARTIGOS
98, § 2º, II; 6º, VIII, E 103, III, TODOS DO CDC. LEGITIMIDADE ATIVA DOS POUPADORES
RESIDENTES NO ESTADO DO PARANÁ. DESNECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DE
INFIRMADOS PELA PARTE AGRAVANTE E CONFIRMADOS NO JULGAMENTO DO AGRAVO
INTERNO. RECURSO DESPROVIDO. (TJPR - 13ª C. Cível - A - 801816-8/01 - Maringá - Rel.: Juiz
Everton Luiz Penter Correa - Unânime - J. 18.01.2012)

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA RECURSO DE REVISTA


INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. RITO SUMARÍSSIMO. AÇÃO COLETIVA
AJUIZADA POR SINDICATO COMO SUBSTITUTO PROCESSUAL E AÇÃO INDIVIDUAL
PROPOSTA POR EMPREGADO SUBSTITUÍDO. LITISPENDÊNCIA. INEXISTÊNCIA. A Subseção
I Especializada em Dissídios Individuais desta Corte adotava entendimento de que a ação ajuizada pelo
sindicato da categoria profissional, na qualidade de substituto processual, acarretava litispendência e
fazia coisa julgada em relação à reclamação trabalhista com os mesmos pedidos e causa de pedir proposta
pelo empregado individualmente. Entretanto, em recente precedente acerca da matéria, a Subseção I
Especializada em Dissídios Individuais deste Tribunal Superior, por ocasião do julgamento dos

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Embargos em Recurso de Revista nº 18800-55.2008.5.22.0003, da relatoria do Ministro Augusto César
Leite de Carvalho, em decorrência de interpretação do artigo 104 da Lei nº 8.078/90 (Código de Defesa
do Consumidor), segundo o qual a ação coletiva não induz litispendência para a ação individual, à falta
da necessária identidade subjetiva, alterou seu posicionamento acerca da matéria, passando a adotar o
entendimento de que, na ação coletiva, o sindicato exerce a legitimidade extraordinária para atuar como
substituto processual na defesa em juízo dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria
que representa, defendendo direito de outrem, em nome próprio, enquanto, na ação individual, a parte
busca o seu próprio direito, individualmente. Assim, ausente a necessária identidade subjetiva, não se
pode ter como configurada a tríplice identidade que caracteriza a coisa julgada. O aludido precedente
fundamentou-se também no fato de que a tutela coletiva concorre para a igualdade de tratamento e
também para a objetivização do conflito trabalhista, sem expor o titular do direito ao risco de uma
demanda que não moveu, ou não pôde mover sem oferecer-se à represália patronal. Portanto, a ação
ajuizada pelo sindicato da categoria profissional, na qualidade de substituto processual, não acarreta
litispendência nem faz coisa julgada em relação à reclamação trabalhista idêntica proposta pelo
empregado individualmente. Ressalta-se que, embora a primeira parte do artigo 104 do CDC literalmente
afaste a litispendência somente entre as ações coletivas que visam à tutela dos interesses ou direitos
difusos e coletivos e as ações individuais, a doutrina e a jurisprudência mais atualizadas e igualmente já
pacificadas, diante da teleologia desse dispositivo, consideram que essa redação não exclui de sua
incidência as ações coletivas de defesa dos interesses individuais homogêneos. D ecisão regional que
não merece reparos. Agravo de instrumento desprovido. HORAS IN ITINERE. HORAS EXTRAS.
REFLEXOS DAS HORAS EXTRA EM REPOUSO SEMANAL REMUNERADO. RECURSO DE
REVISTA QUE NÃO ATENDE AOS REQUISITOS DISPOSTOS NO ARTIGO 896, § 1º-A, INCISO
I, DA CLT . AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DO PREQUESTIONAMENTO. O recurso de revista foi
interposto na vigência da Lei nº 13.015, de 2014, que alterou a redação do artigo 896 da CLT, acrescendo
a esse dispositivo, entre outros, os §§ 1º-A e 8º, que determinam novas exigências de cunho formal para
a interposição do recurso de revista, estatuindo: "§ 1º-A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte:
I - indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto
do recurso de revista"(destacou-se) . Na hipótese, como observou o Tribunal Regional, verifica-se que a
parte não indicou, na petição do recurso de revista, o trecho da decisão recorrida em que se encontra
prequestionada a matéria objeto de sua irresignação, como exige o art. 896, § 1º -A, inciso I, da CLT, de
forma que a exigência processual contida no referido dispositivo não foi satisfeita . Destaca-se que a
transcrição feita à pág. 470, no que tange às horas extras, não atende ao comando da legislação em vigor.
Agravo de instrumento desprovido.

(TST - AIRR: 3547620145030082, Relator: José Roberto Freire Pimenta, Data de Julgamento:
17/08/2016, 2ª Turma, Data de Publicação: DEJT 26/08/2016)

LEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM. DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS. Na hipótese dos


autos, a pretensão do Ministério Público do Trabalho visa coibir a admissão de empregados pela ré sem
registro, a evitar a prorrogação de jornada além de duas horas diárias, bem como a conceder intervalo
intrajornada e interjornada nos limites legais. Depreende-se que o Parquet busca defender interesses ou
direitos difusos e coletivos, o que evidencia a sua legitimidade para a propositura da presente ação civil
pública, nos termos do disposto nos artigos 127, 129, III, da Constituição Federal c/c o art. 83, III, da
Lei Complementar n. 75/93.

(TRT-24 01168009320095240005, Relator: IZABELLA DE CASTRO RAMOS, TRIBUNAL PLENO,


Data de Publicação: 04/04/2011)

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3- O que se entende por dano moral coletivo? Justifique. (1,0)
R: O dano moral coletivo existe quando qualquer ato ou comportamento afete valores
e interesses coletivos fundamentais, independente destes atos causarem efetiva
perturbação física ou mental em membros da coletividade. Ou seja, Quando a violação
a esses direitos de personalidade se dá em um aspecto individual homogêneo ou de
uma determinada coletividade, tem-se o dano moral coletivo. Assim, violada a
esfera moral de uma determinada categoria, por exemplo, estamos diante de um dano
moral coletivo.
4- Comente os efeitos da coisa julgada nas ações coletivas. (2,5)
R: A coisa julgada nas ações coletivas stricto sensu terá efeito ultra partes, uma vez
que o direito será indivisível, bem como seus titulares são passíveis de serem
determinados ou determináveis. Nestes termos, a sentença fará coisa julgada limitada ao
grupo, à categoria ou à classe. A ação coletiva, em linhas gerais, busca tutelar o direito
coletivo lato sensu, podendo ser de conhecimento, de execução ou cautelar. Os direitos
coletivos lato sensu encontrão conceituação no Código de Defesa do Consumidor, em seu
artigo 81, parágrafo único, e compreendem três espécies: direito difuso, direito
coletivo stricto sensu e direito individual homogêneo.

No processo coletivo a coisa julgada é regida pelos artigos 103 e 104 do CDC e
pelo CPC; De acordo com o prescrito nestes dispositivos legais, pode a coisa julgada
ser erga omnes ou ultra partes, conforme seja a ação fundada em direito ou interesse
difuso, coletivo ou individual homogêneo. Assim, segundo o ordenamento jurídico
brasileiro, a coisa julgada no processo coletivo quanto ao seu limite subjetivo,
diferentemente do que ocorre no processo individual, alcança toda a coletividade (direito
difuso; coisa julgada erga omnes) ou todos os integrantes do grupo, classe ou categoria
(direitos coletivos stricto sensu; coisa julgada ultra partes) ou todas as pessoas unidas pela
origem comum (direito individual homogêneo; coisa julgada erga omnes).

Em todas as hipóteses, assim como nas ações individuais, a extinção do processo


sem resolução do mérito produz coisa julgada formal, possibilitando a qualquer parte a
propositura de nova demanda com o mesmo objeto e causa de pedir, conforme
estabelecido no art. 486 do Código de Processo Civil. Assim, não obstante a formação da
coisa julgada caracterizar-se como o principal meio de assegurar a segurança jurídica,
também nas ações coletivas, tem-se que esse é o meio de ação mais efetivo para a proteção
dos direitos da coletividade como forma efetiva de acesso à justiça.

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