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Aula 12 - Prof.

Felipe
Conhecimentos Esp p/ Perícia Oficial de
Alagoas (Engenharia
Mecânica/Mecatrônica) 2021 Pré-Edital

Autor:
Felipe Canella, Juliano de
Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 12 - Prof. Felipe
22 de Setembro de 2021

10732196400 - LUCAS RAFAEL DA CUNHA E SILVA


Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
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Sumário

PROCESSOS DE FABRICAÇÃO – SOLDAGEM .................................................................................................... 2

As categorias e os tipos de soldagem ................................................................................................................ 3

Soldagem por fusão ....................................................................................................................................... 5

Soldagem a Arco Elétrico ............................................................................................................................... 5

Soldagem a Arco com Eletrodos Revestidos ............................................................................................. 13

Soldagem a Arco com Proteção Gasosa .................................................................................................. 17

Tipos de transferência de metal ............................................................................................................... 19

Soldagem a Arco com Arame Tubular ...................................................................................................... 23

Soldagem a Arco com Arco Submerso ...................................................................................................... 25

Soldagem a Arco com Eletrodo de Tungstênio - Eletrodo Não Consumível .............................................. 27

Soldagem por Resistência ......................................................................................................................... 33

Soldagem a Gás Oxicombustível .............................................................................................................. 38

Oxi-Corte .................................................................................................................................................. 42

Brasagem ...................................................................................................................................................... 43

Eletroescória...................................................................................................... Erro! Indicador não definido.

Questões Comentadas ...................................................................................................................................... 45

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PROCESSOS DE FABRICAÇÃO – SOLDAGEM


Fala, Coruja! Como você está? Tudo certo? Você não faz ideia de como é bom estar aqui novamente!
Hoje, falaremos sobre os processos de soldagem!

Introduziremos nossa aula com os tipos de processos, na principal categoria desse ramo do
conhecimento: soldagem por fusão. Percebe-se pelo estudo e análise das questões de diversas bancas que
o tema em questão é abordado superficialmente, sem adentrar nas especificações de cada tipo. Assim, há a
tendência de uma cobrança direta sobre suas características. Por vezes, Coruja, os assuntos sobre materiais
metálicos serão necessários, mas sem, também, qualquer exigência aprofundada sobre o tema.

Por outro lado, em nossa aula, serão abordados os detalhes com uma profundidade maior a fim de
termos uma preparação para qualquer nível de prova em relação a esse assunto. Afinal de contas, não
queremos surpresas no dia “D” da prova, certo, Estrategista?

Outro aspecto que quero mencionar desde já é que as equações desse assunto são tranquilas, com
baixa dificuldade matemática. Além disso, esse não é o foco principal das questões e quando são necessárias
contas, elas costumam ser exigidas em um nível tranquilo para o profissional de engenharia como a gente :).

Ao término do nosso estudo, compilei as principais questões de bancas renomadas para praticarmos,
com comentários pertinentes sobre os principais pontos, além, é claro, de questões da banca do seu
concurso (termos o perfil específico dela é essencial para sua aprovação).

Pois bem. Sem mais delongas. Vamos ao que interessa! Antes, não deixe de me seguir nas minhas
redes sociais para ter acesso a dicas e questões comentadas em vídeos sobre diferentes temas da
Engenharia Mecânica!

profcanelas t.me/profcanelas

Boa aula!

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AS CATEGORIAS E OS TIPOS DE SOLDAGEM


Coruja, os tipos de soldagem são agrupados em duas categorias: soldagem por fusão, processo pelo
qual as duas partes que serão trabalhadas (peças metálicas, por exemplo) são unidas, soldadas pela fusão
de cada uma; e a soldagem no estado sólido, na qual a união é desenvolvida pelo calor e/ou pressão sem
necessidade de fusão dos metais de base e, muito menos, de material (metal) de adição. Esta última possui
pouca incidência em provas.

Outra palavra normalmente utilizada na literatura para se referir a soldagem/união é a


palavra coalescência. Exemplo: “na soldagem por fusão, a coalescência ocorre pela fusão
das duas partes...”. Ela significa, nada mais, nada menos que união, junção.

Os tipos de soldagem pertencentes a categoria soldagem por fusão estão discriminados no esquema
abaixo. Coruja, grave esses nomes a fim de não ser alvo de pegadinhas do examinador, tentando fazer
alguma confusão com outras categorias de soldagem (veremos mais à frente):

Soldagem por fusão

Soldagem a Arco

Soldagem por Resistência

Soldagem a Gás Oxicombustível

Soldagem com Feixe de Elétrons

Soldagem a Laser

Soldagem Aluminotérmica

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Outros processos de soldagem que aparecem menos em provas, mas que é válido comentarmos são
os processos de soldagem no estado sólido.

Nesse grupo de soldagem, Coruja, temos 8 tipos de processos, conforme apresentado no esquema a
seguir (coloquei esses tipos mais para você saber que existem):

Soldagem no Estado Sólido

Soldagem por Forjamento

Soldagem por Forjamento à Frio

Soldagem por Laminação

Soldagem por Pressão a Quente

Soldagem a Difusão

Soldagem por Explosão

Soldagem por Fricção

Soldagem por Ultrassom

Estrategista, os processos de soldagem que mais caem em provas são os do tipo por fusão! A partir
de agora, retome sua atenção e mantenha o foco! Vamos adentrar nas especificações de cada tipo dessa
categoria.

No final dessa parte da aula, antes dos processos de Conformação e Usinagem, iremos tratar dos
tipos no Estado Sólido.

Avante!

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Soldagem por fusão

Nesse tipo de soldagem, Estrategista, teremos, como o próprio nome já sugere, uma parte, uma zona
específica das peças de trabalho a serem soldadas que irá fundir. No decorrer da aula, irei detalhar mais
sobre essas zonas. Por enquanto, vamos estudar os tipos de processos de solda por fusão!

Soldagem a Arco Elétrico

Nesse tipo de soldagem, cujo nome em inglês é Arc Welding (AW) – alguma questão de prova pode
cobrar o nome em inglês - temos o processo de união (coalescência) dos metais a serem soldados pelo calor
de um arco elétrico entre um eletrodo e a peça de trabalho (peça a ser soldada).

Esse arco elétrico consiste em uma descarga elétrica proveniente de um circuito elétrico formado e
que se mantém pela presença de uma coluna de gás ionizado. E é por conta dele que a corrente flui, sendo
a fonte de calor do processo proveniente de uma fonte de energia controlável para a quantidade correta de
energia fornecida ao processo.

A figura a seguir ilustra um esquema genérico de soldagem por fusão a arco elétrico e as
denominações importantes do processo.

Dessa forma, o eletrodo, seja ele consumível, seja ele não consumível (iremos tratar desse aspecto
mais à frente), quando colocado junto a peça de trabalho, cria-se o arco elétrico e, pela adição de um metal

1 Adaptado de Groover, M.P. Introdução aos Processos de Fabricação. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014.
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- caso seja utilizado no processo (veremos no decorrer da aula que nem sempre teremos metal de adição) -
ocorre a fusão, gerando a poça de metal fundido entre a peça de trabalho e o metal de adição (nesse caso).

É importante que você saiba, Estrategista, o nome que se dá a solda quando não se utiliza metal de
adição: a solda se chama autógena. Grave isso!

Perceba, Coruja: conforme a solda segue sua direção, o metal adicionado fundido na poça formada
junto com o metal base (da peça de trabalho) vai se solidificando, depois de terem passado por temperaturas
na casa dos 5500oC. A figura abaixo ilustra esse processo descrito.

(CESPE/Mecânica)

Julgue os itens subsecutivos, relativos aos processos de soldagem.

2
Adaptado de Groover, M.P. Introdução aos Processos de Fabricação. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014.
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O arco elétrico é uma fonte de calor muito utilizada na soldagem por fusão de materiais metálicos,
porque apresenta, entre outras vantagens, uma concentração adequada de energia para a fusão do
metal de base.

( ) Correta ( ) Errada

Comentário:

Conforme vimos, uma vantagem da soldagem por arco elétrico é o controle da quantidade de energia
para a solda, pela ação do soldador e a fonte elétrica. Dessa forma, pode-se atingir a adequada
concentração de energia.

Gabarito: correta.

Alguns termos técnicos são importantes para as provas. Assim, suas definições são necessárias antes
de adentrarmos nos detalhes dos demais tipos de soldagem. Esses termos são: eletrodos, proteção do arco
e fontes de energia (na soldagem a arco).

Alguns autores renomados, como Mikell P. Groover, mencionam o termo arc-on time em
relação a atividade de soldagem. Não se preocupe, Estrategista, nada mais é que o tempo
de duração do arco funcionando (aberto) pelo tempo total do trabalho (tão conhecida
fórmula da eficiência).

𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑟𝑐𝑜 𝑎𝑏𝑒𝑟𝑡𝑜,𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑛𝑑𝑜


Arc-on Time =
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑑𝑎𝑔𝑒𝑚

Coruja, o eletrodo consiste em um metal que, quando ligado a fonte de energia (conforme mostra a
figura 2) se carrega com carga "+" pelos elétrons da superfície desse eletrodo (pois, como sabemos, os
átomos possuem elétrons que orbitam ao seu redor e são responsáveis pelo fluxo de corrente elétrica,
gerando energia. Maiores detalhes sobre esse assunto fogem ao tema da aula e por hora é mais do que
suficiente para nosso estudo).

A partir desse momento, o metal base da peça de trabalho com carga negativa "-" – negativa por
conta da fonte de energia como mostra a figura 2 - gera a diferença de potencial elétrico (polo negativo da
peça de trabalho com polo positivo do eletrodo energizado).

Surge, assim, o arco elétrico! Estrategista, já quanto aos eletrodos, eles podem ser consumíveis ou
não consumíveis. No primeiro tipo de eletrodo, como o próprio nome já indica, ocorre o fornecimento de
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material para a poça de fusão formada junto ao metal adicionado, além do metal base da peça de trabalho.
Eles podem ser de varetas de comprimento de 450 mm, aproximadamente, ou em carretéis. A diferença
consiste, basicamente, no tempo de troca que, no caso da vareta, ocorre de maneira periódica,
diferentemente dos carretéis que o tempo entre troca de eletrodos é maior.

O segundo tipo (não consumíveis) não há o mesmo consumo que nem no primeiro (apesar de ocorrer
desgaste com o tempo, é claro). Os eletrodos não consumíveis são feitos, normalmente, de tungstênio ou
de carbono (memorize essa informação sobre os não-consumíveis).

Você pensou que eu não iria comentar sobre os materiais dos eletrodos consumíveis,
certo? (rs). Acontece que os materiais desse tipo de eletrodo variam de acordo com o
material a ser soldado da peça de trabalho e sua aplicação, conforme as propriedades
mecânicas, posições de soldagem, tipos de revestimento, etc. Dessa forma, são de
diferentes elementos químicos. Comentarei a seguir.

Consumíveis (diferentes elementos químicos);


Desvantagem (troca periódica, suspendendo a
soldagem).

Eletrodos

Não Consumíveis (Feito de tungstênio ou carbono).


Também sofrem desgates, apesar de durararem
mais.

A estrutura do eletrodo revestido consiste na alma (núcleo de material metálico) que é envolvido
por um revestimento que pode ser de diferentes materiais. Esses materiais que constituem o revestimento
podem ser orgânicos e/ou minerais, com variações de espessuras e dosagens.

Conforme se variam a espessura e o tipo de materiais, os eletrodos revestidos recebem diferentes


classificações, demonstradas no esquema a seguir:

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Epessura

Muito espesso = o
Peculiar ou fino = o Semi-espesso = o Espesso = o
revestimento tem
revestimento tem revestimento é cerca de revestimento é cerca de
espessura maior que
espessura de até 10% 10 a 20% do diâmetro 20 a 40% do diâmetro
40% do diâmetro da
do diâmetro da alma. da alma. da alma.
alma.

Revestimento oxidante = possui óxidos de ferro e manganês em


sua composição. Sua escória é fácil de ser destacada. É utilizado
em soldagem com corrente contínua ou alternada. Possuem
baixa penetração.

Revestimento Ácido = o revestimento é cerca de 10 a 20% do


diâmetro da alma. Possue alta liberação de hidrogênio quando
em presença de água.

Rutílico = seu revestimento apresenta rutilo (TiO2 - óxido de


titânio); média penetração; escória de rápida solidificação e
facilmente destacável; nível de hidrogênio elevado.
Tipo de
material/elemento
Básico = possui grande quantidade de carbonato de cálcio e
fluorita; precisa ser manuseado corretamente pois é altamente
higroscópio (alta afinidade de absorver água do ambiente (vapor
ou líquida). Todavia, quando armazenado e manuseado
corretamente, evita-se presença de hidrogênio na solda.

Celulósico = contém grande quantidade de material orgânico. O


cordão da solda é grosseiro e produz áreas irregulares. Possui
alta penetração. Porém, em altas temperaturas, se decompõem
e geram elevadas quantidades de hidrogênio.

Pó de Ferro = permite melhor aproveitamento de energia do


arco elétrico.

Coruja, o pó de ferro pode ser adicionado em outros eletrodos, a fim de gerar propriedades
específicas como melhor aproveitamento energético e melhore estabilização do arco. Todavia, pode tornar
o revestimento mais oxidante e em elevadas temperaturas ter dissolvido hidrogênio na solda. Perceba que
esse é um problema da grande parte dos revestimento que vimos acima. Todavia, o revestimento básico é
um tipo que, se for armazenado e manuseado corretamente, sem estar em contato com umidade, gera

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baixo teor de hidrogênio na soldagem! Assim, o defeito de fissuração (trinca) a frio, por exemplo, é
minimizado.

Dentre as funções dos revestimentos, pode-se citar, Coruja: estabilização do arco, alteração da
composição do cordão pela inclusão de elementos de liga, proteção da poça de fusão, limpeza do local
com escória de fácil remoção, entre outras.

Estrategista, outro ponto importante a se saber é que a proteção do arco provém de uma camada de
gás ou fluxo, ou ambos, que impedem a reação química dos metais a serem unidos pela temperatura
elevada com o oxigênio, nitrogênio e hidrogênio presentes no ar atmosférico.

O fluxo é um material que, quando fundido, previne a formação de óxidos e materiais indesejáveis
a solda. Dessa forma, ele faz parte da poça líquida formada e que isola a região da solda, cobrindo-a e a
protegendo. Um dos efeitos indesejáveis são os famosos respingos que podem ser impurezas ou o próprio
material que se espalha na superfície da peça de trabalho, proveniente de um aumento da amperagem pela
fonte de energia, dentre outros fatores que serão comentados posteriormente.

Em relação ao modo de aplicação do fluxo, tem-se para cada processo de soldagem uma técnica a
ser aplicada. Basicamente, temos três grandes técnicas:

1. colocar o fluxo granular sobre a soldagem;

2. usar um eletrodo revestido com material de fluxo - conforme a ponta do eletrodo atinge as
temperaturas elevadas, esse material fundido recobre a região da solda, protegendo-a;

3. ainda na lógica da segunda técnica - o uso de eletrodos tubulares com o material do fluxo no
interior dele (por isso, tubular) que funde junto aos demais materiais.

As fontes de energia em soldagem a arco que podem ser usadas derivam de equipamentos que
geram corrente contínua (CC) ou corrente alternada (CA). Os equipamentos CA são mais baratos e são
usados, normalmente, para processos de soldagem de metais ferrosos. Já os equipamentos CC são utilizados
na indústria para soldagens de todos os tipos de metais, além deles permitirem um controle maior do arco
formado.

Perceba, Estrategista, que os processos de soldagem, por envolverem metais de adição, metais de
base, fusão, corrente elétrica, tensão e, principalmente, altas temperaturas, possuem alguns riscos
envolvidos na operação.

Entre os riscos dos processos de soldagem, os mais óbvios são as queimaduras e choques elétricos.
Todavia, existem os mais peculiares que são inerentes a cada tipo de processo de soldagem como a inalação
de gases nocivos, o elevado índice de ruído constante aos ouvidos e a radiação e luz danosos à visão!

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(CESPE/Engenharia Mecânica)

Julgue os itens subsecutivos, relativos aos processos de soldagem.

Os riscos envolvidos nos processos de soldagem incluem queimaduras, choque elétrico e inalação de
gases.

( ) Correta ( ) Errada.

Comentário:

Conforme vimos na aula teórica, a questão está correta! Queimaduras, choques elétricos e inalação de
gases são sim um dos riscos nos processos de soldagem.

Gabarito: correta.

Vamos agora tratar de cada tipo específico de soldagem a arco. Esses tipos específicos estão reunidos
em dois grupos: os que utilizam eletrodos consumíveis e os que utilizam eletrodos não consumíveis. Para
ficar mais fácil sua organização mental (sei que são muitos detalhes e de muitas matérias), estamos aqui,
olha:

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Soldagem por fusão

Soldagem a Arco

Soldagem por Resistência

Soldagem a Gás Oxicombustível

Soldagem com Feixe de Elétrons

Soldagem a Laser

Soldagem Aluminotérmica

E, dentro da soldagem a arco, temos as que são de eletrodos consumíveis (5 tipos) e não consumíveis
(2 tipos). Vamos ampliar o nosso esquema dos eletrodos que já foi explicitado anteriormente:

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Soldagem a Arco com


Eletrodos Revestidos

Soldagem a Arco com


Proteção Gasosa

Consumíveis = Varetas
ou carretel.
Soldagem a Arco com
Desvantagem = troca
Arame Tubular
periódica, suspendendo
a soldagem.

Soldagem a Arco por


Eletrogás

Eletrodos
Soldagem a Arco com
Arco Submerso

Soldagem a Arco com


Eletrodo de Tungstênio e
Não Consumíveis = feito
Proteção Gasosa
de tungstênio ou
carbono. Também
sofrem desgates, apesar
de durarem mais. Solda a Arco por Arco
Plasma

Soldagem a Arco com Eletrodos Revestidos

Esse tipo de soldagem é um dos mais utilizados na indústria. A soldagem a arco com eletrodos
revestidos (do inglês, Shielded Metal Arc Welding – SMAW) – pode aparecer alguma questão com essa
nomenclatura – utiliza como seu eletrodo consumível uma vareta de metal de adição e revestida com
materiais específicos como óxidos, carbonetos e outros ingredientes.

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Outro termo utilizado pelas principais bancas é MMA (do inglês, Manual Metal Arc). Isso
se deve ao fato desse tipo de soldagem ser comumente operada e ter sua qualidade
associada a habilidade manual do operador para ajustes de parâmetros e movimentação.

Com o calor proporcionado pelo arco elétrico formado, cria-se a atmosfera local protetora. A vareta
possui comprimento entre 225 e 450 mm e diâmetro de 2,5 a 9,5 mm (lembra muito um lápis novo).

O lado oposto a ponta que estabelecerá o arco elétrico com o material de base (peça de trabalho), é
acoplado à garra da fonte de energia. Essa garra, obviamente, possui uma proteção para que seja manuseada
pelo soldador (por isso esse tipo de processo de soldagem é feito manualmente).

As correntes elétricas usadas nesse tipo de soldagem ficam entre 30 e 300 A, com variações de 15 a
45 V (veja pela nossa fórmula “PIU”, o quanto de energia que é gerada, Estrategista: de 450 a 13500 Watts!
É muita energia em forma de calor, hein? Lembrando que 1 cavalo equivale a, aproximadamente, 735 Watts,
temos um máximo de mais de 18 cavalos de potência! Considerável, não? Rs. Ok, ok. Vamos voltar, chega
de viagem!).

Assim, vemos que a corrente impacta no volume da poça de fusão e na penetração da solda no metal
de base (ambos aumentam com o aumento da corrente). Além disso, o tipo e a polaridade da corrente
também influenciam na soldagem, gerando impacto na dimensão da poça, estabilidade do arco e
transferência de metal de adição. Agora, o que você precisa saber sempre é: corrente contínua com
polaridade inversa (CC+) gera maior penetração e a polaridade direta (CC-) gera maior taxa de fusão do
eletrodo, de acordo com a doutrina3. Se for corrente alternada temos variáveis com valores intermediários
e o fenômeno do sopro magnético é minimizado.

Coruja, o sopro magnético é um fenômeno gerado pelo desvio do arco elétrico por ação
de forças magnéticas que surgem, principalmente, por oscilações na corrente elétrica.
Tem esse nove, porque o arco se comporta como uma "vela que é assoprada" -
balançando. Um problema desse efeito é a geração de respingos na solda pelas gotículas
da poça de fusão. Por isso, além do uso da corrente alternada, é comum inclinar o

3
Marques, P.V.; Modenesi, P.J.; Bracarense, A.Q. Soldagem: Fundamentos e Tecnologia. Editora: UFMG, 3ª edição. Belo Horizonte, 2011.

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eletrodo no sentido em que se dirige o arco, reduzir o comprimento do arco e reduzi a


corrente de soldagem.:(

Essas variáveis mencionadas acima vão depender do trabalho e dos metais a serem soldados, além
do tipo, comprimento do eletrodo e profundidade da solda, tudo isso em relação ao serviço que a peça será
submetida posteriormente.

Normalmente, esse tipo de soldagem (soldagem a arco com eletrodos revestidos) tem aplicações
voltadas a tubulações, estruturas de máquinas, construção naval, processos de fabricação em oficinas e
reparos.

Além disso, é utilizado para diversos tipos de metais, entre eles: aços, aços inoxidáveis e ferros
fundidos. Não é muito utilizado para alumínio e suas ligas, ligas de cobre e titânio. A figura abaixo ilustra
esse tipo de soldagem.

Se liga, Coruja: uma das características da soldagem a arco com eletrodo revestido,
quando utilizada para soldagem do aço inoxidável, é qualquer espessura! Dessa forma,
no eletrodo revestido a espessura do metal de base quando feito em aço inoxidável.

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Uma grande vantagem desse tipo de soldagem, Estrategista, é o baixo custo e a portabilidade do
aparelho. Porém, como desvantagem, temos a periodicidade de precisar trocar o eletrodo consumível (que
se desgasta mais rapidamente) e, por isso, mais interrupções nos processos produtivos são geradas e a
duração do arco afetada. Por conta do desgaste e diminuição do comprimento desse eletrodo, os níveis de
corrente elétrica precisam ser controlados. Isso ocorre porque com menor comprimento, menor a
resistência ao calor que o eletrodo oferece e, com isso, ele pode fundir prematuramente.

É necessário deixar claro que as nomenclaturas utilizadas (como SMAW e MMA) são
utilizadas pela American Welding Society e amplamente utilizadas nessa área de
conhecimento da engenharia e podem ser usadas pela bancas de concurso. Por isso,
nunca as desconsidere! .

4
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Soldagem a Arco com Proteção Gasosa

O processo de soldagem com proteção gasosa (do inglês, Gas Metal Arc Welding – GMAW), também
utiliza um eletrodo consumível (arame metálico) e a proteção gasosa que compõe a atmosfera local é
aplicada por uma pistola de soldagem.

Os gases inertes normalmente utilizados nesse tipo de soldagem são argônio, hélio e, por isso, esse
tipo de soldagem também recebe o nome de MIG (do inglês, Metal Inert Gas welding).

Logo, podemos concluir que a solda do tipo MIG - mencionada em exercícios - é uma soldagem a arco
com proteção gasosa que utiliza um gás inerte para a atmosfera de proteção introduzido pela pistola de
soldagem. A figura abaixo ilustra esse tipo.

Além dos gases inertes, gases ativos podem ser usados, como o dióxido de carbono (CO2). Essa
escolha será feita pelo soldador a depender dos metais a serem soldados. Os gases inertes são utilizados

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para ligas de alumínio e aços inoxidáveis, bem como para ligas de cobre, níquel e magnésio. Dessa forma, a
soldagem MIG pode ser utilizada, também, para metais ferrosos (como os aços inoxidáveis como citei).
Coruja, os gases ativos, como o CO2, são utilizados para soldagem de aços baixo e médio-carbono. Esse tipo
de solda, com gás ativo, recebe o nome de MAG (do inglês, Metal Active Gas). Assim, a soldagem MAG, por
sua vez, é indicada somente para ligas ferrosas (não é aplicada para ligas não-ferrosas como a MIG).

Todavia, se a porcentagem de dióxidos de carbono for baixa (na faixa de 2% a 4%), somada a
porcentagem de gases inertes como o argônio (Ar), há a possibilidade de serem utilizados (esses gases
ativos mencionados como o CO2) para soldagens de alumínio e aço inoxidável, por exemplo. Esse percentual
tem que ser baixo, Estrategista, pois o metal de base tem a propriedade de ser inoxidável (nesse caso
citado). Imagine que eu faça uma solda utilizando elementos reativos como o CO2. Essa solda geraria O2 por
causa das altas temperaturas em que o CO2 estaria submetido.

Dessa forma, o O2 se “desprenderia” da molécula de CO2, fazendo parte da atmosfera local da solda.
Como o O2 também é reativo e, além disso, altamente oxidante, o local soldado seria prejudicado, bem
como a composição da liga do metal de base, oxidando os elementos dela e impactando o metal que deveria
ser inoxidável.

A vazão do gás de proteção, seja de uma mistura, seja de um só tipo, é controlada por um acessório
chamado de rotâmetro (grave esse nome, pois já foi cobrado). Ele é um tipo de fluxômetro colocado na saída
do cilindro de gás e auxilia o operador a medir o quanto de gás está sendo fornecido para soldagem.

(CESPE/Mecânica)

Julgue os itens subsecutivos, relativos aos processos de soldagem.

Na soldagem de aços inoxidáveis pelo processo GMAW (gas metal arc welding), utilizam-se misturas
de argônio e gás carbônico (CO2.) como gás de proteção, nas proporções em volume de 20% a 50% de
CO2.

( ) Correta ( ) Errada.

Comentário:

Perceba os elevados níveis de CO2 (50%) fazendo parte da mistura de gases de proteção. Sem condições
para uma soldagem de aços inoxidáveis, conforme a questão aponta por mencionar a soldagem GMAW

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(gas metal arc welding). Conforme acabei de explicar na parte teórica acima, essa questão não
procede, Estrategista!

Questão errada.

Uma outra característica da GMAW é a grande vantagem em relação ao arco elétrico e a sua duração,
já que ocorre menos paradas e interrupções do processo de soldagem com a utilização da pistola. Dessa
forma, esse tipo de soldagem é amplamente usado nas operações industrias de linhas de montagem, por
exemplo. Assim, memorize que os processos MIG/MAG são normalmente semiautomáticos com
alimentação de arame eletrodo feita mecanicamente, por um alimentador motorizado. Além disso, temos
mais duas vantagens interrelacionadas: não há formação de escória por conta da ausência de fluxo de
soldagem como na soldagem por eletrodos revestidos. Dessa forma, temos uma soldagem mais limpa e que
implica menor necessidade de habilidade do soldador.
a
Assim, o soldador é responsável por dar início e interrupção ao processo, além da movimentação da
tocha ao longo da junta. Todavia, não pense que não exige habilidade do soldador, porque ele também
precisa controlar cada modo de transferência que veremos a seguir.

Por fim, uma característica sobre a fonte de alimentação de energia para esses (MIG/MAG) é que
eles utilizam convencionalmente tensões constantes e corrente contínua (CC). Nesse sentido, sempre
associe o "bizu": MIG "cheira mal", "fede" - a MIG "tem CC"! Esse "bizu" é importante quando questões
vierem comparar a MIG com a TIG (veremos adiante).

Além desses pontos relacionados a corrente elétrica desses processos, saiba que a depender da
corrente, teremos diferentes transferências do metal fundido da ponta do eletrodo (consumível) para a poça
de fusão. Sem adentrar nos detalhes de cada uma (vai além do que se cobra) saiba que existem 4 tipos de
acordo com a doutrina6: transferência por curto-circuito; transferência globular, transferência por "spray"
e transferência controlada. Apesar de serem quatro, as três primeiras são mais evidenciadas.

Tipos de transferência de metal

É claro, Coruja, que o tipo de transferência de metal para solda vai impactar no processo de soldagem,
como na estabilidade do arco, quantidade de gases absorvidas pelo metal fundido, nível de respingos
gerados e a aplicabilidade do processo em específicas posições. Vejamos os 4 tipos de transferências de
metal:

• Transferência por curto-circuito: nesse tipo, são usados arames na faixa de 0,8 a 1,2 mm sendo
aplicados com arcos de pequenos comprimentos (por conta de uma baixa tensão e baixa

6
Marques, P.V.; Modenesi, P.J.; Bracarense, A.Q. Soldagem: Fundamentos e Tecnologia. Editora: UFMG, 3ª edição. Belo Horizonte, 2011.

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corrente). Saiba que esse tipo é usado para metais de pequena espessura e em qualquer posição
de soldagem (juntas fora de posição). Todavia, nas posições verticais e sobrecabeça, esse tipo é
útil para materiais de grande espessura. A formação da gota de metal na ponta do eletrodo vai
aumentado de diâmetro até tocar a poça de fusão e, assim, é atraída pela ação da tensão
superficial. Outra característica importante é que nesse tipo temos grande instabilidade do arco
(o que faz aumentar os respingos na peça);

• Transferência globular: ocorre com valores de tensão e corrente intermediários e tem um arco
mais estável que na de curto-circuito. Apesar disso, a transferência é mais imprevisível. O
diâmetro médio das gotas variam conforme valores de corrente e (memorize): o diâmetro diminui
ao passo que a corrente aumenta! Todavia, o seu diâmetro tende a ser próximos (apesar de
levemente maior) ao do eletrodo. Possui também elevado nível de respingos e, como as gotas são
transferidas pela gravidade, limita-se em posições planas de soldagem.;
0

• Transferência por spray: também chamada de aerossol ou névoa, esse tipo surge quando se
aumenta muito a corrente do tipo anterior (diminuindo assim o diâmetro da gota). Dessa forma,
a gota acaba se comportando como um "spray" e esse tipo de transferência só ocorre com
determinados gases ou mistura de gases de proteção. Por conta do seu tamanho, as gotas nesse
tipo sofrem ação direta de forças eletromagnéticas que se sobrepõem a ação da força
gravitacional (pode-se, assim, utilizar esse tipo para outras posições além das planas). Porém,
memorize: como a corrente é elevada nessa transferência, não se pode usar em chapas de
espessuras muito finas. Além disso, tem boa estabilidade de arco e não gera respingos;

• Transferência pulsada: nesse tipo, temos uma transferência controlada (por meio de
perturbações pré-determinadas na corrente) que vai torna-la semelhante a transferência globular
com mais estabilidade e uniformidade. Isso acontece pela pulsação de corrente (que é controlada,
dessa forma) que fica variando entre um valor inferior à corrente de transição (faixa de correntes
que torna a globular em spray) e um valor superior a ela. Assim, a gota se forma na ponta do
arame com a corrente inferior e transferida quando a corrente atinge valor superior.

Por isso, Estrategista, memorize o esquema abaixo que sintetiza os principais detalhes que você
precisa saber sobre esses tipos:

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Baixa tensão e corrente; arames de 0,8 a


1,2 mm de diâmetro; chapas finas;
Curto-circuito qualquer posição; grande instabilidade do
arco com respingos gerados;
recomendada para juntas fora de posição

Tensão e corrente intermediários; arco


mais estável; Também possui respingos;
Globular
diâmetro da gota menor com mairoes
4 tipos de correntes;
transferência
de metal Tipo de globular com correntes muito
mairoes; gotas ficam pequenas e são
Spray (aerossol) pulverizadas; sofrem ação de forças
eletromagnéticas; não se usa em chapas
2 finas; boa estabilidade e sem respingos

Transferência é controlada por pulsos;


Pulsada corrente inferior e superior a corrente de
transição da globular;

Aqui, vou repetir, Coruja: conforme se aumenta a corrente do processo, o diâmetro da gota de metal
líquido do eletrodo para a poça diminui (de maneira geral, são inversamente proporcionais). ;).

Além desses pontos, convém falarmos que há uma corrente de transição específica entre os modos
de transferência acima. O que você precisa saber para sua prova é que essa corrente se define como a
corrente mínima para que seja obtida a transferência de pulverização (a de spray ou aerossol que vimos) a
partir da globular. A lógica é simples, Coruja: vamos aumentar a corrente para poder obter esse modo de
transferência.

Todavia, você precisa saber que essa corrente de transição irá variar tanto em função do material
que está sendo soldado, quanto ao diâmetro do arame e ao tipo de gás de proteção.

Além disso, conforme se aumenta a tensão (ela é a principal variável que influencia no comprimento
do arco) também temos influência na passagem de transferência de curto-circuito para o globular.
Aumentando-se ainda mais a tensão e a velocidade do arame (velocidade com que ele é reposto) obtemos
as transferências do tipo pulverizada axial e rotacional. Isso ocorre porque a velocidade do arame é
diretamente proporcional a corrente da soldagem.

Assim, variando tanto a tensão do processo quanto a velocidade do arame, temos variação na altura
do arco e na corrente. Esse comportamento pode ser explicado pelo mapa de transferência metálica

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comumente apresentado pela literatura específica7 (não se preocupe com os nomes em alemão, coloquei a
figura mais para ilustrar o que expliquei):
Tensão de trabalho (V)

Velocidade do arame (m/min)

Como o gás ativo CO2 é mais barato que os inertes, muito se utilizou na indústria, desde a
década de 1940, para soldagens com aço. Dessa forma, esse tipo de soldagem que usa
CO2 ganhou o nome de Soldagem CO2. Portanto, quando vir esse nome na prova, saiba
que o examinador está cobrando o tipo de soldagem a arco elétrico com proteção
gasosa! Todavia, redobre sua atenção caso o examinador queira “te pegar” relacionando
o CO2 com aços inoxidáveis ou alumínio!

7
Okimoto, P.C. Universidade Federal do Paraná - Departamento de Engenharia Mecânica. Processos MIG/MAG, 2016.

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Soldagem a Arco com Arame Tubular

Esse tipo de soldagem (do inglês, Flux-Cored Arc Welding – FCAW) nada mais faz do que oferecer a
possibilidade de união entre o conceito de aplicação da soldagem de arco elétrico com proteção gasosa que
utiliza sua aplicação pela pistola de soldagem para formar a proteção gasosa (vimos agora pouco) com a
soldagem de arco elétrico com eletrodo tubular.

Dessa forma, Coruja, há a possibilidade do “arame”, que é tubulado (oco) e flexível, ser introduzido
continuamente junto com um eletrodo revestido por intermédio da pistola de soldagem, contendo o fluxo
no seu interior.

Nesse tipo de soldagem, temos qualidade de soldas elevada, pois há grande benefício do fluxo
interno do arame tubular com elementos químicos específicos, como uma mistura de argônio e dióxido de
f
carbono para aços inoxidáveis, por exemplo, contribuindo para uma proteção gasosa eficaz. Todavia,
normalmente, se utiliza gás dióxido de carbono (CO2) para a proteção da maioria dos materiais.

Por conta dessa qualidade, Estrategista, esse tipo de soldagem é reconhecido por gerar juntas de
solda planas e uniformes.

Assim, esse tipo de soldagem permitiu uma melhoria em relação ao arco elétrico com eletrodo
revestido, pois não há necessidade de muitas paradas no processo produtivo.

Todavia, uma característica típica citada pela doutrina, é em relação a emissão de radiação UV
(ultravioleta). Saiba que na TIG a emissão da radiação UV costuma ser elevada e a literatura específica aponta
como um dos fatores a presença do gás argônio que influência na absorção e reflexão das ondas
eletromagnéticas. Inclusive, na soldagem MIG com essa proteção gasosa, também se evidencia maiores
emissões.

Soldagem a Arco por Eletrogás

Nesse tipo de soldagem (do inglês, Electrogas Welding – EGW), o eletrodo utilizado é consumível e
contínuo, podendo ser utilizado tanto o arame tubular com fluxo de materiais específicos internos quanto o
arame com proteção gasosa fornecido externamente.

Todavia, a grande diferença para esse e os demais tipos de soldagem a arco elétrico já estudados até
aqui é a presença da sapatas de moldagem que possuem a principal função de conter o metal fundido.

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Soldagem por Eletrogás é um tipo de soldagem a arco elétrico que usa sapatas de
moldagem.

Além disso, também memorize que esse tipo de soldagem é utilizado para soldas na posição vertical,
seja junta de filete, seja junta de chanfro. (Calma, veremos, ainda nessa aula, os tipos de juntas que você
precisa saber! ).

Esse tipo de solda é normalmente utilizado na indústria para construção de grandes reservatórios e
navios, pois é muito utilizada para soldas grandes, na casa de espessuras entre 12 e 75 mm.

As sapatas de moldagem auxiliam no processo de soldagem, contendo o material fundido da solda.


Dessa forma, elas tornam a solda mais homogênea e com solidificação mais veloz pela presença e
resfriamento da água que flui no interior da sapata.

Além disso, memorize que esse é um processo quase sempre feito de forma automática e na posição
vertical no sentido do processo de soldagem. Com o propósito de ilustrar esse tipo de soldagem, veja a
figura abaixo.

8 Adaptado de Groover, M.P. Introdução aos Processos de Fabricação. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014.
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Perceba, Estrategista: as sapatas ficam acopladas ao lado de cada metal base das peças de trabalho.

Estrategista, grave isso: falou em sapata, falou no tipo de soldagem a arco elétrico de
eletrodos consumíveis ELETROGÁS.

Soldagem a Arco com Arco Submerso

Nesse tipo de processo de soldagem, a soldagem por arco submerso (do inglês, Submerged Arc
Welding – SAW), o eletrodo utilizado também é contínuo e consumível, porém o diferencial dos demais
processo é que a proteção do arco é fornecida por uma camada de fluxo granular.

"Tá. E o que isso significa, professor?" Significa maior segurança e maior qualidade da solda.

Isso acontece porque agora tanto o arco elétrico, quanto os materiais fundidos (o próprio fluxo quanto
os materiais do eletrodo consumível) ficam escondidos e fechados no interior do amontado de grânulos
do material do fluxo. Esse fato, também, evita faíscas e aumenta a segurança do operador.

Além disso, aumenta a qualidade da solda que sofre com menos respingos, característica dos demais
tipos de soldagem com arco elétrico que tem o arco aberto a atmosfera local, protegida somente por uma
camada gasosa.

Os materiais do fluxo granular próximo a solda também se fundem e, dessa forma, formam uma
camada que remove impurezas e proporciona maior isolamento térmico da solda em relação ao ambiente.

Com isso, as especificações de projeto são atingidas com menor perda de energia para o ambiente.
Logo, as temperaturas próximas ao ideal são atingidas.

Perceba pelas figuras a seguir como o fluxo granular, o pó de material, fica em cima da solda. Na
figura esquemática, ainda temos a presença do sistema de vácuo para puxar o excesso de fluxo granular. Na
imagem real abaixo, esse sistema não está presente na situação, mas dá para termos uma ideia, certo,
Coruja?

Uma desvantagem desse tipo de processo de soldagem é que ele não pode ser feito em toda e
qualquer posição. Isso acontece, Estrategista, porque a gravidade faria com que o amontoado granular que

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consiste no fluxo caisse e, assim, o soldador perderia as proteções que ele oferece. Dessa forma, esse tipo
de soldagem é indicado para superfícies horizontais.

10

Muito bem, Estrategista! Concluímos os cinco tipos de soldagem a arco elétrico com eletrodos
consumíveis. A partir de agora, entraremos nos dois tipos de soldagem com eletrodos não consumíveis.
Foco! Força! Sua vaga está lá, esperando por você! .

9 Adaptado de Groover, M.P. Introdução aos Processos de Fabricação. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014.
10 Adaptado de Shutterstock,2019. Acesso em 22/12/2019<https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/overlay-welding-hard-surfacing-steel-roll-648872953/
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Soldagem a Arco com Eletrodo de Tungstênio - Eletrodo Não Consumível

A soldagem a arco com eletrodo de tungstênio (do inglês, Gas Tungstein Arc Welding – GTAW) é um
processo que também utiliza proteção gasosa. Outra denominação comumente utilizada e explorada pela
banca é Soldagem TIG. O termo TIG vem do inglês (Tungstein Inert Gas Welding). Outra denominação, usada
mais na Europa, é WIG welding ou Soldagem WIG. Nessa última, a letra “W” provém da palavra Wolfram
(tungstênio em alemão). Por que é importante termos contato com essas diferentes denominações? Para
não termos surpresas com algum examinador “engraçadinho” que queira nos pegar desprevenido.

Falou em TIG, falou em WIG, falou no processo GTAW que é o tipo de soldagem a arco
com eletrodo de tungstênio! Pegou o "bizu"?

Outra característica a ser memorizada para esse tipo de processo é: ele pode ou não pode ter metal
de adição usado (os arames que comentamos nos demais processos). Outro ponto importante é: se for
utilizado metal de adição ele será aplicado em separado do arco elétrico formado pelo eletrodo,
diferentemente dos demais tipos de soldagem já descritos.

Memorize uma particularidade já explorada em provas, Coruja: o arco elétrico não é


estabelecido entre o eletrodo e o Metal de Base (MB), e sim, entre o eletrodo e a poça
de fusão! Oras, claro! Ela é que está entre o MB e o eletrodo que, no caso, é de
tungstênio! ;)

A proteção por gases inertes inclui, principalmente o argônio e o hélio, aplicados pelo bocal envolta
da pistola de soldagem. Esses gases são inertes, diferentemente de outros gases de outros elementos
químicos como o oxigênio (O2) e o gás carbônico (CO2) que em altas temperaturas são reativos – O2
altamente reativo e CO2 reativo a temperaturas elevadas (diferente do seu comportamento a temperatura
ambiente).

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Outro ponto que pode cair em prova é a corrente máxima desse tipo de soldagem, que fica na casa
dos 500 amperes. Além disso, Estrategista, é importante também memorizar que esse tipo de soldagem é
muito utilizado para soldagem em alumínio e aço inoxidável. Além desses pontos, outro aspecto primordial
é que a solda TIG é de alta qualidade, mínimo de respingos, pois o metal de adição (quando utilizado) é
colocado ao arco elétrico separadamente. A figura abaixo ilustra a TIG.

O tungstênio é um elemento químico considerado bom para o eletrodo não consumível,


pois seu ponto de fusão é de cerca de 3410 oC, considerado elevado. Não precisa
memorizar esse número, mas tenha em mente a ordem de grandeza, pois será necessária
para o próximo tipo de soldagem, além de possibilitar a característica da TIG em poder
soldar a maioria dos metais e ligas!

Estrategista, por fim, para finalizarmos as característica da soldagem TIG devemos comentar sobre
as possibilidades tipos de corrente elétrica que podem ser utilizadas. Lembra quando falamos da soldagem
MIG, certo? Ela também utiliza como proteção gasosa gases inertes, porém a corrente utilizada na MIG é
contínua (lembre-se do "bizu" que te dei: a MIG fede! Cheira mal! A MIG TEM CC!).

No caso da TIG, teremos a possibilidade de utilização tanto da corrente contínua (CC) quanto da
corrente alternada (CA) a depender da liga metálica do metal de base e do processo (manual ou
mecanizado).

Nesse sentido, eu quero você memorize, pois já foi alvo de cobrança: para o alumínio e suas ligas
teremos a corrente alternada na soldagem TIG se a soldagem for manual!

Nas demais ligas (aço, cobre, etc), a corrente será sempre contínua, independente se a soldagem for
manual ou mecanizada! (Veremos depois do esquema abaixo uma tabela da literatura específica com esses
detalhes, inclusive). Por isso, se liga:

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MANUAL - CA e Argônio como gás de proteção!


SEMPRE!
Soldagem TIG para ALUMÍNIO
e suas ligas
MECANIZADA - Pode ser CA com o Argônio ou mistura
de Argônio com Hélio, ou CC somente com Hélio

Estrategista, veja a tabela11 a seguir que relaciona para cada liga metálica tanto o tipo de soldagem
na execução (manual ou mecanizada), quanto o tipo de corrente utilizada!

Espessura Gás de proteção e tipo de corrente


Material
(mm) Soldagem manual Soldagem mecanizada
< 3,2 Ar, CA Ar, CA ou He, CC
Alumínio e suas ligas
> 3,2 Ar, CA Ar-He, CA ou He, CC
< 3,2 Ar, CC Ar, CC
Aço carbono
> 3,2 Ar, CC Ar-He, CC ou He, CC
< 3,2 Ar, CC Ar-He, CC ou Ar-H2, CC
Aço inoxidável
> 3,2 Ar-He, CC He CC
< 3,2 Ar, CC Ar-He, CC ou He, CC
Níquel e suas ligas
> 3,2 Ar-He, CC He, CC
< 3,2 Ar-He, CC Ar-He, CC
Cobre e suas ligas
> 3,2 He, CC He, CC
< 3,2 Ar, CC Ar,CC ou Ar-He, CC
Titânio e suas ligas
> 3,2 Ar-He, CC He, CC

Coruja, se ligue nos 2 "bizus" que eu quero que você "tatue" na mente sobre essa tabela,
além do esquema do alumínio:

11
Adaptado de Marques, P.V.; Modenesi, P.J.; Bracarense, A.Q. Soldagem: Fundamentos e Tecnologia. Editora: UFMG, 3ª edição. Belo Horizonte, 2011.

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1-) Perceba que a depender da espessura da placa de metal de base, teremos diferentes
composições de gás de proteção (só argônio, só hélio ou os dois) sendo manual ou
mecanizada a soldagem TIG - atenção pois isso já foi alvo de cobrança ;)

2-) Destaquei em verde na tabela que a única liga metálica que pode vir a utilizar
hidrogênio na soldagem mecanizada misturado com argônio é o aço inoxidável! Atenção,
porque tem... adivinha? "Cheiro" de prova isso ser cobrado! ;)

Além dessas informações, Coruja, você pode se perguntar "oras, existe diferença entre o argônio e o
hélio nesse tipo de soldagem com proteção gasosa? Será que pode ser utilizado qualquer um dos dois?"
Essas perguntas são pertinentes, Estrategista, pois é claro que, apesar de inertes, eles tem suas diferenças.

A literatura específica12 elenca algumas características que entre eles que eu quero que você
memorize. Veja que temos como principais características na comparação entre argônio e/ou hélio:

• Argônio tem melhor estabilidade do arco que hélio;


• Argônio tem menor consumo, já que é mais denso que o hélio;
• Argônio necessita de menores tensões que o hélio;
• Argônio é menos custoso que o hélio;
• Argônio tem maior facilidade de abertura de arco que o hélio;
• Argônio gera um "efeito de limpeza dos óxidos" melhor que o hélio na soldagem com CA.

"Oras, professor, para quê usar o hélio, então? Ele é um bosta..." Calma, Coruja, calma! rs. Também
temos duas vantagens do hélio em relação ao argônio: maior penetração e possibilidade de uso de maiores
velocidades de soldagem!

Estrategista, uma informação importante que pode vir a ser cobrada na sua prova, novamente, apesar
de não ser totalmente relacionada a soldagem TIG, é em relação a soldagem do aço inoxidável! Por conta do
elevado teor de cromo (cerca de mais de 10% a depender da liga) ele pode sofrer o fenômeno da sensitização
que corresponde a um tipo de corrosão intergranular.

Essa corrosão tem origem no movimento que os átomos de cromo fazem associados ao carbono
(gerando carboneto de cromo) que ficam precipitados nos contornos dos grãos, impactando negativamente
na proteção da liga metálica (já que a proteção do aço inoxidável é justamente feita pela formação de óxidos
de cromo com o oxigênio atmosfério que dá origem a uma fina camada de proteção).

Assim, surge a necessidade de se utilizar certos estabilizadores (elementos que irão "sofrer" a ação
da temperatura e formarão carbonetos). Esses elementos, como o Nióbio e o Titânio possuem maior

12
Marques, P.V.; Modenesi, P.J.; Bracarense, A.Q. Soldagem: Fundamentos e Tecnologia. Editora: UFMG, 3ª edição. Belo Horizonte, 2011.

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afinidade para formação de carbonetos e, assim, quando utilizados, evitam o efeito da sensitização na
soldagem do aço inoxidável, Coruja!

Soldagem a Arco por Arco Plasma

A soldagem do tipo arco plasma (do inglês, Plasma Arc Welding – PAW), consiste em nada mais, nada
menos do que uma variante especial do tipo de soldagem TIG. Ela contém também um eletrodo de
tungstênio. O arco de plasma é formado e constrito para a solda, proveniente de uma mistura de gases de
argônio ou misturas argônio-hidrogênio.

Oras Estrategista, se uma questão afirmar que o tipo de soldagem a arco de plasma
consiste em um variação da soldagem do tipo TIG você deve marcar certo!

Nesse momento quero sua MÁXIMA atenção...

A constrição feita na saída do arco de plasma gera um acumulo de energia elevadíssimo, podendo
atingir a casa dos 17.000oC, temperatura capaz de fundir qualquer metal conhecido.

Uma pergunta que você pode se fazer é: tá, mas se o tungstênio, elemento usado para fazer o
eletrodo também desse tipo de soldagem, possui ponto de fusão na casa dos 3500oC (como vimos
anteriormente), ele não se fundiria também? Pois bem. A resposta é não.

A energia que passa pelo eletrodo de tungstênio e, consequentemente, gera sua temperatura não
está nessa faixa de 17.000 oC. Todavia, esse valor elevado de temperatura é atingido pela CONSTRIÇÃO que
existe na ponta da pistola, com o argônio ou com a mistura argônio-hidrogênio.

Ou seja, o arco de plasma tem seu diâmetro restringido pela constrição de abertura, elevando muito
sua temperatura por ser um ponto menor de área.

Dessa forma, se tivermos, por exemplo, uma peça de trabalho a ser soldada feita de tungstênio, que
tem elevado ponto de fusão, pelo processo de arco plasma, essa operação pode ser feita. Observe a figura
e as posições do eletrodo, bem como dos gases inertes mencionados que são lançados na solda, constritos
a frente do eletrodo.

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13

Muito bem. Terminamos o estudo geral dos processos de soldagem pertencentes ao tipo arco
elétrico, abrangendo tanto os tipos com eletrodos consumíveis quanto os tipos com eletrodos não
consumíveis. No próximo capítulo, adentraremos nos tipo de soldagem por resistência. Vamos, lá? FOCO,
Coruja!!

(Cesgranrio/Mecânica)
Que processo de soldagem se assemelha muito ao processo TIG, pelo fato de utilizar eletrodos não
consumíveis e gases inertes?
a) Eletrodos revestidos
b) Eletrodos tubulares
c) MAG
d) MIG
e) Plasma.
Comentário:

13 Adaptado de Groover, M.P. Introdução aos Processos de Fabricação. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014.
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Preste atenção, Coruja! Veja que a questão quer saber qual o tipo de soldagem que é parecida com a TIG
(logo vem na mente a MIG, pelo fato de ambas terem a proteção gasosa feita por gases inertes como argônio
e/ou hélio, "tchierto"?). Todavia, veja que temos outro detalhe de similaridade: o eletrodo é não
consumíveis em ambas. Logo, não pode ser a MIG.
Como vimos, a soldagem a arco plasma é muito parecida com a TIG, pois justamente utiliza eletrodo não
consumível. A soldagem do tipo arco plasma (do inglês, Plasma Arc Welding – PAW), consiste em nada mais,
nada menos do que uma variante especial do tipo de soldagem TIG. Ela contém também um eletrodo de
tungstênio. O arco de plasma é formado e constrito para a solda, proveniente de uma mistura de gases de
argônio ou misturas argônio-hidrogênio. Assim, temos a proteção da solda também feita por gases inertes.
Lembre-se que esse tipo é aquele que atinge temperaturas elevadíssima pela constrição que existe na ponta
da pistola, acumulando em uma pequena área muita energia e que não tem contato com o eletrodo de
tungstênio. Assim, chega-se até 17000oC! (um absurdo)!
Gabarito: "e".

Soldagem por Resistência

A soldagem por resistência (do inglês, Resistance Welding – RW) é amplamente utilizada na indústria
(automotiva, por exemplo) e possui como seus principais tipos de soldagem a Por Ponto, Por Costura e Por
Projeção.

Nesse momento do nosso estudo, vale relembrar onde estamos...

Soldagem por fusão

Soldagem a Arco

Soldagem por Resistência

Soldagem a Gás Oxicombustível

Soldagem com Feixe de Elétrons

Soldagem a Laser

Soldagem Aluminotérmica

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E no processo de soldagem por resistência, teremos 3 subdivisões, apresentadas a seguir,


Estrategista:

Soldagem por Pontos

Soldagem por Resistência Soldagem por Projeção

Soldagem por Costura

Soldagem por Resistência - Soldagem por Pontos

A soldagem por resistência por pontos (do inglês, Resistance Spot Welding – RSW), consiste em uma
operação de soldagem por fusão e por pressão e calor, aplicados simultaneamente nas duas peças de
trabalho a serem soldadas.

Assim, Coruja, o calor gerado por uma resistência elétrica aquece a área a ser soldada no ponto da
solda. Normalmente, nesse tipo de soldagem, as peças de trabalho são chapas planas de metal. Nos pontos
de solda, dois eletrodos não consumíveis são colocados em posições opostas e que exercem a pressão
juntamente com o calor.

A operação de soldagem, Estrategista, resulta em uma área fundida e que recebe o nome na literatura
de lente de solda (grave isso!). Esse tipo de soldagem, diferentemente dos tipos de soldagem que compõem
o grupo a arco elétrico, não utiliza proteção gasosa, fluxo ou metal de adição, bem como os seus eletrodos
são, como já menciona acima, não consumíveis.

Por conta dessa praticidade, esse tipo é amplamente usado na indústria e de maneira automatizada
por robôs em linhas de produção. A figura abaixo ilustra uma solda por resistência do tipo ponto.

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14

Para se ter uma ideia da importância desse tipo de solda na indústria, a carroceria de um
automóvel tem cerca de 10.000 pontos de solda. Imagine fazer isso por outro tipo de
processo de soldagem, Coruja? Haja tempo e perda de dinheiro!

Soldagem por Resistência - Soldagem por Costura

A soldagem por resistência por costura (do inglês, Resistance Seam Welding – RSEW), nada mais é
que um processo de soldagem de resistência por ponto de forma contínua. Dessa forma, Estrategista, os
eletrodos nesse tipo de soldagem por resistência possuem o formato de rodas que vão correr pela área
(normalmente, em linha reta) a ser soldada.

14 Adaptado de Groover, M.P. Introdução aos Processos de Fabricação. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014.

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Por conta dessa configuração, uma desvantagem dessa aplicação é quando se tem peças com
diferentes formatos e/ou peças de trabalho que precisam de diferente pontos de solda em diversos
lugares. Todavia, a vantagem é a velocidade que se ganha com o processo de produção. Com esse tipo de
solda, são produzidos tanques de gasolina e diferentes produtos com formato de contêineres. Perceba que
são produtos de formatos mais simples.

Imagine fazer uma porta de um automóvel com suas entradas internas, externas e formatos
complexos para os compartimentos por esse tipo? Inviável, não é? Por isso, a soldagem do tipo ponto,
normalmente aplicada por robôs, nesse exemplo, é mais eficiente.

Consentâneo a essa linha de pensamento, Estrategista, é válido mencionar que esse tipo de soldagem
ainda pode ser chamada de contínua (como expliquei), por pontos (calma, não é igual a outra e, pode ter
certeza que o exercício vai mencionar de qual ele está se referindo) e sobreposta (nesse tipo, a soldagem é
contínua em algumas partes e por ponto em outras).

Coruja, aqui cabe mais uma explicação para não ficar confuso. Como temos um eletrodo no formato
de roda, basta ter mudanças nas frequências de corrente elétrica para se ter soldas por ponto e contínuas,
formando a solda sobreposta (como se fosse, um “desliga e liga” do aparelho para soldar as partes que a
operação necessita e as partes que ela não necessita). Com a figura a seguir ficará mais claro. Veja:

15

Perceba as diferentes soldas que podem ser aplicadas. Em “a” temos o tipo sobreposta (várias de
pontos seguidas); em “b” temos do tipo ponto em linha reta (separados) e em “c” temos a costura
propriamente dita (contínua):

15
Adaptado de Groover, M.P. Introdução aos Processos de Fabricação. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014.
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16

Soldagem por Resistência - Soldagem por Projeção

A soldagem por resistência do tipo por projeção (do inglês, Resistance Projection Welding - RPW), é
um tipo de soldagem por resistência desenvolvido com o objetivo de gerar um custo benefício maior.

Nesse processo de soldagem, as peças de trabalho já possuem uma configuração que permite ocorrer
a coalescência (lembra dessa palavra? Significa união, a própria solda em si – fica fácil lembrar dessa forma
), em diferentes lentes de solda (pontos) ao mesmo tempo.

Com isso, Coruja, ganha-se tempo. Todavia, um questionamento que pode surgir é: "tá, professor, mas,
também, não fica caro demais deixar as peças de trabalho a serem soldadas em uma configuração prévia,
tendo de usiná-las antes?"

Sim, com certeza! Porém, dependendo da situação e projeto, o custo do processo de solda pode ser
maior com outro tipo de soldagem em relação ao custo com a usinagem prévia para esse tipo. Vai depender
do projeto em si. Veja a figura a seguir que ilustra um processo de soldagem por resistência por projeção.

16
Adaptado de Groover, M.P. Introdução aos Processos de Fabricação. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014.
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17

Soldagem a Gás Oxicombustível

Antes de adentrarmos nos detalhes desse tipo, vamos nos localizar novamente na matérias. Estamos
aqui, Estrategista:

17 Adaptado de Groover, M.P. Introdução aos Processos de Fabricação. Editora: LTC. Rio de Janeiro, 2014.

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Soldagem por fusão

Soldagem a Arco

Soldagem por Resistência

Soldagem a Gás Oxicombustível

Soldagem com Feixe de Elétrons

Soldagem a Laser

Soldagem Aluminotérmica

Basicamente, esse é o tipo de soldagem que vem a nossa mente quando pensamos em algum
processo de soldagem: um soldador com um maçarico na mão, unindo duas peças metálicas, não é mesmo?

Pois bem. O nome correto desse tipo de soldagem é a gás oxicombustível (do inglês, Oxyfuel Gas
Welding” - OFW).

Na grande maioria dos processos de soldagem que utilizam esse tipo, a mistura de gases que vão
proporcionar a energia, deriva do oxiacetileno (mistura de oxigênio e acetileno). Os demais tipos desse
grande grupo de processo de soldagem vão variar de acordo com o gás que irá compor a mistura com o
oxigênio.

Conforme cita a literatura específica18, Coruja, justamente, quem irá fazer a mistura dos gases é o
maçarico! Ele vai receber o oxigênio (comburente) e o gás combustível (acetileno, normalmente) puros e
fazer a mistura na proporção, volume e velocidade adequados à chama que o soldador deseja.

Além disso, saiba que existem dois tipos de maçarico no processo oxicombustível: os de média
pressão, chamados de Misturador e os de baixa pressão, chamados de Injetor! (Lembre-se desses nomes,
hein?). Nos de tipo Misturador a pressão é media tanto para o acetileno quanto para o oxigênio. Nos de tipo

18
Marques, P.V.; Modenesi, P.J.; Bracarense, A.Q. Soldagem: Fundamentos e Tecnologia. Editora: UFMG, 3ª edição. Belo Horizonte, 2011.

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Injetor, a pressão é baixa, pois o sistema permite que a pressão do oxigênio seja usada para aspirar o
acetileno.

Assim, a velocidade da mistura irá impactar na chama, podendo ela ser, nas palavras da doutrina,
"suave, intermediária ou violenta". Além disso, proporção de gases, por sua vez, determina se a chama terá
caráter oxidante, neutro ou carburante.

A chama oxidante terá uma proporção maior de oxigênio em relação ao acetileno, ao passo que a
neutra (também chamada de normal) terá uma proporção de um para um e a redutora (também chamada
de carburante) terá uma proporção maior de acetileno em relação ao oxigênio. Por isso, memorize que
temos 3 tipos de chamas:

Chama Neutra - proporção 1:1

3 tipos de chamas Chama Oxidante - mais oxigênio

Chama Redutora (ou Carburante) - mais acetileno

Quando se utiliza o acetileno, Estrategista, o tipo de soldagem é a oxiacetileno (do inglês,


Oxyacetylene Welding - OAW), como já mencionei acima. Esse é o principal tipo utilizado de combustível.

Nesse tipo de solda, voltamos a ter a possibilidade de uso do metal de adição, que fará parte da
solda, aplicado por meio de varetas com fluxo de proteção. Esse tipo de oxicombustível é largamente
utilizado por conta de o acetileno ser capaz de atingir temperaturas próximas ao 3500 oC.

Um ponto que pode aparecer em sua prova é em relação a equação que gera a energia em forma de
calor pela reação química do acetileno e o oxigênio. Na realidade, são duas reações que ocorrem: a primária
e a secundária.

A primária, Coruja, é o acetileno reagindo com o oxigênio e produzindo monóxido de carbono,


hidrogênio e calor:

C2H2 + O2 → 2CO + H2 + Calor

A secundária é gerada com o produto da primeira (pois também são combustíveis):

2CO + H2 + 1,5O2 → 2CO2 + H2O + Calor

Essas reações são visíveis na cor e formato da chama do maçarico (lembra de quando você viu um
maçarico em funcionamento, na vida ou em algum filme? A chama dele possui diferentes cores, certo? São

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os processos de reações descritas!). Quando ocorre a proporção 1.1 de acetileno e oxigênio da primeira
equação, tem-se a denominada chama neutra. Essa reação é vista por um pequeno cone de chama na cor
branca.

A segunda reação alimenta a chama externa que envolve essa primeira chama, variando sua cor em
tons de azul e alaranjado. A chama que faz de fato a solda, a coalescência das peças de trabalho, é a chama
neutra. Ela possui uma temperatura maior que a externa. Dessa forma, a chama externa protege a solda da
atmosfera circundante. A figura abaixo ilustra as partes da chama de um maçarico desse tipo.

19

Uma grande vantagem desse tipo de soldagem por fusão de oxicombustão é a portabilidade do
equipamento, além de ser um tipo com baixo custo de aplicação. Todavia, uma desvantagem desse tipo de
soldagem é o perigo que o acetileno oferece, porque a combinação com o oxigênio é altamente inflamável
e o acetileno em forma pura é incolor e inodoro, o que facilita muito que um possível vazamento passe
despercebido.

Por conta disso, Estrategista, ele é comercializado depois de processado para se ter um odor de alho.
Além disso, ele é instável a pressões acima de 1 atm (atmosfera), o que gera dificuldade no transporte e
armazenamento em cilindro de alta pressão.

Por conta dessas dificuldades, outros gases são usados nesse tipo de soldagem por oxicombustão.
Um deles, produzido pela empresa Dow Chemical Company®, é o metilacetileno-propadieno (MAPP). Esse
gás pode ser armazenado como líquido, em alta pressão, além de proporcionar temperaturas próximas a
produzidas pelo acetileno.

Outro gás também utilizado, é o hidrogênio (H2), que denomina o nome do processo de soldagem a
gás oxi-hidrogênio (do inglês, Oxy-Hydrogen Welding - OHW).

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Atenção, Coruja! Nesse tipo de soldagem, quem faz a coalescência é a chama neutra! Não
esqueça, hein?

Oxi-Corte

Coruja, alinhada a mesma lógica do processo anterior, temos um subprocesso denominado Oxi-Corte
(Oxi-fuel Gas Cutting - OFC, do inglês), usado muito para cortar metal pela reação do oxigênio puro e o metal
em elevadas temperaturas.

Basicamente, o metal que será cortado é aquecido por uma chama (denominado de processo de pré-
aquecimento) até atingir uma temperatura na qual é possível ocorrer a reação entre o metal e o oxigênio
puro que será lançado pelo jato. Essa temperatura recebe o nome de temperatura de ignição, já que vai dar
luz ao processo.

Por conta da oxidação do metal, a quantidade de energia (calor) gerada consegue fundir o óxido
formado na região do corte e que é expulso pelo jato de oxigênio puro. Assim, o corte é feito
concomitantemente ao aquecimento do metal da base.

Mesmo com a alta temperatura que pode dar continuidade ao processo, a chama de pré-
aquecimento é mantida durante toda a operação (por conta da facilidade de promover a reação e pela
proteção do jato de oxigênio da atmosfera que tem elementos contaminantes, como CO2).

Esse processo é muito versátil, sendo empregado para peças finas e muito espessas (até 1 metro de
espessura). Além disso, pode-se efetuar corte reto, curvilíneo e múltiplos, em processos mecanizados
(produzem melhor aparência e regularidade de superfície de corte) ou manuais.

Os equipamentos são os mesmos do processo de soldagem a gás que vimos (possui o maçarico,
estrela e protagonista de ambos). Além disso, Coruja, memorize que os consumíveis desse subprocesso são:
oxigênio (pureza elevada - igual ou maior a 99,5%), gás combustível e os fluxos e pós (substâncias colocadas
depois do corte).

Todavia, Estrategista, atenção para os gases que podem ser usados no pré-aquecimento: acetileno
(mais usado), propano, propileno, butano, metano, GLP e o gás natural, "ticherto"?

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Outra informação pertinente é que o processo é muito empregado para aços-carbono. Todavia, para
aços ligados (com elementos de liga em teores consideráveis) é possível se obter efeitos indesejáveis. Por
exemplo, menciona a doutrina20 que para os aços inoxidáveis, ferros fundidos e metais não-ferrosos, o
processo convencional não é adequado e exige o uso de técnicas especiais como: oscilação de tocha e
adição de pós e fluxos a fim de facilitar a operação.

Brasagem

Esse processo de soldagem de metais, Coruja, consiste na união de metais ou ligas metálicas de
natureza diferente por meio da adição de um outro metal ou liga de enchimento (que ficará entre os dois
metais de base). A primeira grande característica que você deve levar para sua prova sobre esse processo é:
os metais de base NUNCA sofrem fusão, somente o metal de enchimento! O metal de enchimento sempre
vai possuir ponto de fusão menor que dos metais de base.

Brasagem: metais de base NUNCA atingem a fusão! Somente o metal de enchimento!


Ainda sobre esse ponto, a doutrina cita que se o metal de adição tiver ponto de fusão
superior a 450oC, chama-se Brasagem Forte, caso contrário, Brasagem Fraca. ;)

Esse metal de enchimento (chamado de consumível) necessita de ter certas características que
garantam a ação da capilaridade para que ele adentre os pequenos espaços e haja a molhabilidade das faces
que serão unidas, Coruja! Saiba que para que seja garantida a ação da capilaridade, a doutrina específica21
menciona que os vãos entre a áreas que serão unidas devem ser muito pequeno, variando de 0,013 a 0,075
mm para garantir a efetividade do processo. Todavia, outra parte da literatura específica22 menciona que as
juntas não podem ter vãos extremamente pequenos, pois o espalhamento do metal de adição fundido pode
se tornar lento demais. Por isso, um controle do espaçamento das peças é necessário.

Além disso, para a correta operação do processo, as juntas devem ser bem limpas e aplica-se ao
metal de enchimento materiais fundentes a fim de garantir a dissolução de óxidos que possam surgir.
Normalmente, Estrategista, as ligas utilizadas para metal de adição são de cobre (latão, por exemplo), prata,
alumínio-silício, e fósforo (com ou sem prata). A escolha depende do seu ponto de fusão e propriedades de

20
Marques, P.V.; Modenesi, P.J.; Bracarense, A.Q. Soldagem: Fundamentos e Tecnologia. Editora: UFMG, 3ª edição. Belo Horizonte, 2011.
21
Chiaverini, V. Tecnologia Mecânica. Vol. II, 1986.
22
Marques, P.V.; Modenesi, P.J.; Bracarense, A.Q. Soldagem: Fundamentos e Tecnologia. Editora: UFMG, 3ª edição. Belo Horizonte, 2011.

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resistência mecânica, resistência à corrosão e o seu custo. A ligação entre o metal de adição e metal de base
se dá por difusão!

Normalmente, latões são empregados para brasagem de aços (importante saber isso!) e,
eventualmente, cobre e ligas com ponto de fusão não inferior a 1.050 oC.

Sobre os fundentes, saiba que os mais comuns são: bórax, fluoretos e fluoboratos, na forma de pós,
pastas ou líquidos!

Estrategista, outro ponto relevante é conhecer os métodos de aquecimento de brasagem. Não


entrarei nos detalhes de cada um, pois fugiria ao escopo e objetivo da sua preparação (creio ser muito pouco
provável questões sobre os detalhes de cada um). Todavia, é bom conhecê-los. Temos 6 métodos mais
importantes na indústria:

Brasagem por chama

Brasagem em forno

Brasagem por indução


Métodos de aquecimento de
brasagem
Brasagem por resistência

Brasagem por imersão

Brasagem por infravermelho

Para finalizarmos, convém comentar as vantagens e desvantagens gerais que o processo de


brasagem possui em relação aos processos de fusão. Veja o esquema abaixo pacífico na literatura
específica23:

Vantagens: necessidade de menor energia (calor) para união; metal de adição com baixa tensão
residual; melhor ductilidade para posterior usinagem; possibilidade de unir metais frágeis sem pré-
aquecimento em altas temperaturas; equipamento simples e de fácil manuseio.

Desvantagens: resistência da solda limitada ao do metal de adição; temperatura do serviço também


limitada ao ponto de fusão dele (lembre-se que quem fundi é o metal de adição e seu ponto de fusão é
menor que o do metal de base); possibilidade de ocorrer corrosão galvânica na junta; para fazer o processo,
todo o conjunto a ser brasado deve ser aquecido.

23
Correia, A.L.G. Soldagem por Brasagem. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina, 2017.

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QUESTÕES COMENTADAS

CESPE

1. (CESPE / SEGP-AL - Perito Criminal - Engenharia Mecânica – 2013)

Com base nos processos de fabricação e nas propriedades dos materiais, julgue o item seguinte.

Os eletrodos com revestimento rutílico têm a função de proteger a poça de fusão contra a oxidação e
a nitretação, possibilitam a adição de elementos químicos na solda e facilitam a soldagem em diversas
posições em soldagens do tipo TIG. e MIG.

( ) Certo ( ) Errado.

Comentário:

Questão que cobra, na verdade, o seu conhecimento sobre os processos de soldagem MIG e TIG e não
sobre o revestimento. Primeiro ponto equivocado da questão é quanto a função do revestimento rutílico
que não protege contra oxidação e nitretação. Além disso, o processo que utiliza eletrodos revestidos é a
Soldagem a Arco com Eletrodos Revestidos (Shielded Metal Arc Welding – SMAW).

Questão errada.

2. (CESPE / STM - Analista Judiciário - Engenharia Mecânica – 2010)

Soldagem é um dos processos de se juntar peças metálicas e tem sido aplicada extensivamente em
quase todos os ramos da indústria mecânica e naval e na construção civil. Em relação à soldagem,
julgue o seguinte item.

Os tipos de chamas utilizadas em soldagem oxiacetilência são basicamente chama redutora, chama
neutra ou chama oxidante.

( ) Certo ( ) Errado.

Comentário:

Conforme vimos em aula, temos 3 tipos de chamas no processo oxiacetileno:

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Chama Neutra - proporção 1:1

3 tipos de chamas Chama Oxidante - mais oxigênio

Chama Redutora (ou Carburante) - mais acetileno

Questão correta.

3. (CESPE / STM - Analista Judiciário - Engenharia Mecânica – 2010)

Acerca dos processos de soldagem, julgue o item subsequente.

O processo MIG — metal inert gas — utiliza dois elementos principais: a alma metálica e o
revestimento. A alma metálica é formada por um fio-máquina laminado a quente na forma de bobinas,
trefilado a frio até o diâmetro adequado do eletrodo, retificado e cortado no comprimento adequado.
O revestimento é extrudado sobre as varetas metálicas que são alimentadas através da prensa
extrusora e ambas as extremidades de cada vareta são removidas para garantir o contato elétrico e a
abertura de arco voltaico.

( ) Certo ( ) Errado.

Comentário:

A questão fala um "blá, blá, blá" danado a troco de nada! Você que é Coruja sabe que a MIG não utiliza
eletrodo revestido para a proteção da solda e, sim, gases inertes (como argônio e o hélio) introduzidos
pela pistola de soldagem.

Questão errada.

4. (CESPE / EMAP - Especialista Portuário - Engenharia Mecânica – 2018)

Acerca dos processos de soldagem, julgue o item subsequente.

Na soldagem por arco submerso, o calor necessário ao processo é gerado a partir do aquecimento da
escória líquida, por meio de resistência elétrica imersa na poça de fusão.

( ) Certo ( ) Errado.

Comentário:

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Aula 12 - Prof. Felipe

No tipo de soldagem por Arco Submerso, o calor necessário ao processo provém do aquecimento do arco
gerado entre o material granular e o calor proporcionado pelo arco elétrico.

Questão errada.

5. (CESPE / EMAP - Especialista Portuário - Engenharia Mecânica – 2018)

A respeito dos processos de fabricação de materiais metálicos, julgue o item que se segue.

A soldagem a laser — laser beam welding (LBW) — é um processo de união que se baseia na fusão
localizada da junta por meio de seu bombardeamento por um feixe de elétrons concentrado, coerente
e de alta intensidade.

( ) Certo ( ) Errado.

Comentário:

São dois tipos de soldagem e que são diferentes. Na soldagem por feixe de elétrons, o bombardeamento
dos elétrons, concentrado no foco da solda, é que faz a união. No tipo de soldagem a laser, o aquecimento
é gerado pelo feixe de luz altamente concentrado na região a sofrer a coalescência.

Questão errada.

6. (CESPE / FUB – Técnico de Laboratório Industrial – 2018)

Julgue o item subsequente, relativo a processos de soldagem.

No processo de soldagem a arco com eletrodo de tungstênio e proteção gasosa GTAW (gas tungsten
arc welding), são utilizados gases de proteção inertes, principalmente o argônio e o hélio.

( ) Certo ( ) Errado.

Comentário:

De fato, dos gases inertes utilizados para a proteção gasosa, que impedem o ar atmosférico de
interferir na soldagem, fazem parte o argônio e o hélio.

Questão correta.

7. (CESPE / FUB – Técnico de Laboratório Industrial – 2018)

Julgue o item subsequente, relativo a processos de soldagem.

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O processo de soldagem MAG (metal active gas) é indicado para a soldagem de materiais ferrosos e
não ferrosos.

( ) Certo ( ) Errado.

Comentário:

O processo de soldagem MAG é utilizado para matérias ferrosos. Para os matérias não ferrosos é
indicado o tipo de soldagem MIG, que se utiliza gases inertes para a proteção gasosa.

Questão errada.

8. (CESPE / SLU-DF – Analista de Gestão de Resíduos Sólidos – Engenharia Mecânica - 2019)

Julgue o item subsequente, relativo a processos de soldagem.

A grande aceitabilidade do processo de soldagem por eletrodo revestido MMA (manual metal arc) ou
SMAW (shielded metal arc welding) pela indústria deve-se, entre outros motivos, à versatilidade do
processo tanto em termos de variedade de consumíveis disponíveis quanto em termos de ligas e faixas
de espessuras aplicáveis, além de simplicidade e baixo custo relativo.

( ) Certo ( ) Errado.

Comentário:

De acordo com o exposto na parte teórica, vimos que o processo SMAW (ou MMA) possui grande
aceitação dentro da indústria. Um dos motivos é seu baixo custo, associado a sua simplicidade e
portabilidade dos equipamentos. Além disso, nesse tipo de processo, existe uma variedade de tipos
de eletrodos “consumíveis” (vareta de metal de adição) elevada.

Questão correta.

9. (CESPE / SLU-DF – Analista de Gestão de Resíduos Sólidos – Engenharia Mecânica – 2019)

Julgue o item subsequente, relativo a processos de soldagem.

Eletrodos com revestimento básico produzem soldas de média penetração e são indicados para
aplicações de alta segurança. Entretanto, devem ser armazenados em estufas ou secadores para evitar
risco de fragilização da solda por hidrogênio.

( ) Certo ( ) Errado.

Comentário:
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Estrategista, durante a aula mostrei que o revestimento do tipo básico gera uma solda com penetração
média, além de ser necessário que seja protegido quando armazenado em estufas. Esse
armazenamento se faz necessário para que se evite a absorção de água pelo vapor d’água do ambiente,
propriedade que torna o eletrodo com esse tipo de revestimento higroscópico.

Questão correta.

10. (CESPE / SLU-DF – Analista de Gestão de Resíduos Sólidos – Engenharia Mecânica - 2019)

Julgue o item subsequente, relativo a processos de soldagem.

No processo de soldagem a arco TIG (tungsten inert gas), para fundir localmente as partes a serem
soldadas, utiliza-se o calor produzido pelo arco aberto entre um eletrodo de tungstênio, não
consumível, e o material de base. Nesse processo, o argônio, o hélio, o dióxido de carbono (CO2) ou a
mistura desses gases são utilizados como gás de proteção.

( ) Certo ( ) Errado.

Comentário:

Conforme vimos na aula, o tipo de solda TIG (tungsten inert gas) utiliza gases inertes (inclusive, está
em seu nome) como gás de proteção. Dessa forma, a questão erra em dizer que o CO2 é o gás inerte,
já que em altas temperaturas o monóxido de carbono se dissocia do oxigênio (CO + O) e, assim, o
oxigênio passa a reagir com o metal de base e o metal do eletrodo, oxidando ambos.

Questão errada.

11. (CESPE / FUB – Técnico de Laboratório Industrial – 2018)

Julgue o item subsequente, relativo a processos de soldagem.

No processo de soldagem a gás oxicombustível, que é do tipo arco elétrico, uma chama de um gás
combustível e de oxigênio aquece os metais até que ocorra a fusão.

( ) Certo ( ) Errado.

Comentário:

O processo de soldagem a gás oxicombustível não é do tipo arco elétrico. Além do que, a chama do gás
combustível é proveniente da mistura dos gases (normalmente, acetileno e oxigênio).

Questão errada.

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Idecan

12. (Idecan/Pefoce - Perito Criminal - Engenharia Mecânica – 2021)

Tipo de processo de soldagem em que o eletrodo utilizado é contínuo e consumível, tendo como
diferencial no processo a proteção do arco, que é fornecida por uma camada de fluxo granular e tem
como uma de suas vantagens o aumento da qualidade da solda por sofrer com menos respingos. Trata-
se de soldagem a arco.

a) por eletrogás.

b) com arame tubular.

c) com arco submerso.

d) com eletrodo de tungstênio – eletrodo não consumível.

e) por arco plasma.

Comentário:

Que "pai" a Idecan foi com você, agora, hein, Coruja? Oras, falou em fluxo granular e aumento da
qualidade da solda por sofrer menos respingos, falou na soldagem com arco submerso!

Gabarito: “c”.

13. (Idecan/Pefoce - Perito Criminal - Engenharia Mecânica – 2021)

Nas alternativas a seguir, referentes à soldagem a arco, são listadas as que são de eletrodos consumíveis,
À EXCEÇÃO DE UMA. Assinale-a.

a) soldagem a arco por eletrogás

b) soldagem a arco com arame tubular

c) soldagem a arco com arco submerso

d) soldagem a arco com eletrodos revestidos

e) soldagem a arco por arco plasma.

Comentário:

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Mais uma questão bem fácil, Coruja! Conforme vimos em aula, de todos os processos a arco listados, o
único que utiliza eletrodo não consumível (de tungstênio) é a soldagem a arco plasma! Lembre-se que a
diferença principal dele para a soldagem TIG é a presença da constrição que limita a energia a uma área
menor, elevando ainda mais a temperatura de soldagem (de acordo com a doutrina, nesse processo a
temperatura pode chegar a 17.000 oC).

Gabarito: “e”.

14. (Idecan/Pefoce - Perito Criminal - Engenharia Mecânica – 2021)

Os processos de soldagem MIG (Metal Inert Gas) e MAG (Metal Active Gas) utilizam um arco elétrico
como fonte de calor. Esse arco é mantido entre o nu eletrodo consumível e a peça a soldar. A respeito
das principais vantagens desse processo, assinale a afirmativa INCORRETA.

a) Há elevada velocidade de soldagem.

b) Devido à presença do gás de proteção, não há a necessidade de proteção contra correntes de ar.

c) A soldagem pode ser realizada em todas as posições.

d) Ocorre a alimentação contínua do eletrodo nu.

e) Não há formação de escória, o que proporciona trabalho mais limpo e elimina necessidade de tempo
para sua retirada.

Comentário:

Legal, Coruja! Questão boa para recordarmos as principais características dos processos de soldagem com
proteção gasosa MIG/MAG. Vamos lá:

Letra "a": certíssima! De fato, MIG/MAG são processos que podem possuir menos paradas e interrupções
gerando maior velocidade no processo. Por conta disso, são processos muito utilizados em linhas de
montagem e que possuem, normalmente, alimentação do eletrodo contínuo feita mecanicamente,
caracterizando um processo semitautomático;

Letra "b": errada! Eis o gabarito! Até sem estudar dava para perceber que essa alternativa é complicada.
Oras, é claro que a proteção gasosa não forma uma barreira impenetrável. Se houver correntes de ar,
trazendo impurezas e outros elementos presentes, a soldagem pode ser prejudicada, sim. Por isso, há
necessidade de ter proteção contra correntes de ar;

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Letra "c": certo! De acordo com a doutrina específica, esse tipo de soldagem não há restrições quanto a
posição (como há quando falamos do processo a arco elétrico com arco submerso, já que a proteção
provém de um fluxo granular);

Letra "d": certo! Sim, existe a possibilidade de o eletrodo ter sua alimentação contínua e mecanicamente,
com vimos. Além disso, o eletrodo é nu e sem revestimentos específicos;

Letra "e": certo! De fato, de acordo com a doutrina, não há formação de escória por conta da ausência
de fluxo de soldagem como na soldagem por eletrodos revestidos. Dessa forma, temos uma soldagem
mais limpa, além de implicar menor necessidade de habilidade do soldador;

Gabarito: “e”.

IBFC

15. (IBFC/Prefeitura de Divinópolis - Técnico Industrial - 2017)

Assinale a alternativa correta. Numa soldagem com arames tubulares pode-se utilizar gás de proteção,
como o:

a) CO.
b) O2.
c) CO2.
d) Argônio sob pressão em proporção de ar de 1:2.

Comentário:

Questãozinha mal formulada ao meu ver, Estrategista! Apesar de somente exigir o seu conhecimento
sobre os gases de proteção gasosa no tipo de processo de soldagem denominado de Soldagem a Arco
com Arame Tubular (também conhecido como Flux-Cored Arc Welding - FCAW), o argônio e o dióxido de
carbono (CO2) podem ser usados.

Vimos que uma mistura desses gases é comumente utilizada para soldagem de aços inoxidáveis. Por isso,
acredito que foi "maldade" da questão os dois gases nas alternativas. Todavia, para a maioria dos
materiais é comum se utilizar o dióxidos de carbono para a proteção gasosa.

Gabarito: "c".

Instituto AOCP

16. (AOCP / TRT-RJ - Analista Judiciário - Engenharia Mecânica – 2018)

Em relação às técnicas de soldagem, assinale a alternativa correta.


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a) Na Soldagem com Eletrodos Revestidos, o fluxo está contido dentro de um arame tubular de
pequeno diâmetro. O processo de soldagem é automático ou semiautomático.

b) A soldagem TIG utiliza um eletrodo não consumível de tungstênio e proteção da solda por gases
como argônio e hélio.

c) A soldagem MIG/MAG utiliza um eletrodo não consumível de tungstênio e proteção da solda por
gases como argônio e hélio.

d) As soldagens MIG/MAG, TIG, SMAW possuem como fonte de calor a chama oxiacetilênica.

e) A soldagem com Eletrodos Revestidos apresenta alta produtividade, porém demanda elevados
custos com equipamentos.

Comentário:

Questão boa, Coruja, pois nos exige saber os detalhes de diferentes tipos de processos de soldagem.
Vamos ver cada alternativa.

Letra "a": errada, Coruja, pois a soldagem com Eletrodos Revestidos (que é um tipo de processo) não
é automática ou semiautomática e, sim, feita manualmente;

Letra "b": certa! De fato, conforme vimos, a soldagem TIG utiliza eletrodo não consumível de
tungstênio e pode ter proteção gasosa de gases inertes, como o argônio e o hélio;

Letra "c": errada! Nem a MIG e nem a MAG utilizam eletrodos não consumíveis. Em ambas, os
eletrodos são consumidos durante o processo;

Letra "d": errada! A fonte de calor nesses processos de soldagem são provenientes do arco elétrico
formado entre o eletrodo e o metal de bases.

Letra "e": "erradassa". Primeiro porque esse processo não apresenta alta produtividade por conta da
troca de eletrodo que é consumido durante o processo, fazendo com que o soldador interrompa a
soldagem para a troca. Além disso, é o processo menos custoso que os demais;

Gabarito: “b”.

17. (AOCP / TRT-RJ - Analista Judiciário - Engenharia Mecânica – 2018)

Soldagem é a operação que visa obter a união de duas ou mais peças, assegurando na junta a
continuidade das propriedades físicas e químicas necessárias ao seu desempenho. Em relação aos
processos de soldagem, assinale a alternativa correta.

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a) A soldagem por oxigás (solda a gás) tem, por característica, chamas bem concentradas, o que
acarreta em pequenas zonas termicamente afetadas pelo calor.

b) TIG é um processo de soldagem por fusão a arco elétrico, que utiliza o calor gerado pelo arco
formado entre o eletrodo consumível e a peça que se deseja soldar.

c) MIG/MAG são processos de soldagem que apresentam como características: alta taxa de deposição,
alto fator de trabalho do soldador, grande versatilidade de espessuras aplicáveis, inexistência de
fluxos de soldagem e presença de escória.

d) São funções do revestimento do eletrodo no processo de soldagem por eletrodo revestido:


proteger a poça de fusão contra a ação da atmosfera, introduzir elementos de liga na solda e reduzir
a produção de fumos.

e) A soldagem TIG é bastante adequada para chapas de espessuras finas e pode ser utilizada sem
metal de adição, porém requer muita habilidade do soldador e provoca grande quantidade de radiação
ultravioleta.

Comentário:

Outra boa questão que nos exige saber os detalhes de diferentes tipos de processos de soldagem.
Vamos lá.

Letra "a": errada, Coruja, pois a soldagem a oxigás acarreta em zonas que são termicamente afetadas,
justamente pelo maior área de aplicação da chama;

Letra "b": errada! TIG possui eletrodo não consumível (veja como essa cobrança é recorrente, rs);

Letra "c": errada! Na MIG/MAG existe alta taxa de deposição? Pode ser, sim, a depender de valores
como a corrente. Alto fator de trabalho do soldado? Até pode ser, pois depende da habilidade dele.
Ampla faixa de espessuras? Sim, também podem ser usadas para várias espessuras. Todavia, está
errada quando diz que "não existem fluxos de soldagem e presença de escória";

Letra "d": errada! De fato, o revestimento do eletrodo protege a solda e pode introduzir elementos
de liga a depender do revestimento. Todavia, está errado em dizer que sua função é reduzir a
produção de fumos.

Letra "e": certa! Apesar de ser pouco explorada a questão da emissão de radiação, Coruja, saiba que
a TIG é considerada pela doutrina como uma soldagem que emite alto valor de radiação UV
(ultravioleta) pela presença de argônio. Além disso, de fato, ela é um processo que exige muita
habilidade do soldador e pode ser usada para peças de espessuras finas e sem metal de adição;

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Gabarito: “b”.

18. (AOCP / UFOB – Técnico em Mecânica – 2019)

Diferentes processos de soldagem são necessários para os diferentes tipos de materiais. O técnico
mecânico deve ser apto para aplicar os processos corretos de soldagem. Com referência aos processos
de soldagem, julgue, como VERDADEIRO ou FALSO, o item a seguir.

Na soldagem MIG/MAG, o calor necessário para a soldagem provém de um arco elétrico estabelecido
entre um elétrodo de tungstênio (não consumível) e o metal-base. Nesse processo, o elétrodo não se
funde e não deposita material.

( ) Certo ( ) Errado.

Comentário:

Moleza! Questão errada, Coruja! Eletrodo não consumível é na soldagem TIG e não na MIG ou MAG.

Gabarito: errado.

19. (AOCP / UFOB – Técnico em Mecânica – 2019)

Diferentes processos de soldagem são necessários para os diferentes tipos de materiais. O técnico
mecânico deve ser apto para aplicar os processos corretos de soldagem. Com referência aos processos
de soldagem, julgue, como VERDADEIRO ou FALSO, o item a seguir.

Soldagem TIG refere-se aos processos em que um elétrodo é continuamente alimentado em uma solda,
com velocidade controlada, enquanto um fluxo contínuo de um gás inerte ou ativo envolve a zona de
solda, protegendo-a da contaminação pelo ar atmosférico.

( ) Certo ( ) Errado.

Comentário:

Estrategista, o pega dessa questão está em afirmar que a TIG possui um "eletrodo continuamente
alimentado em uma solda". O texto ficou estranho, mas sabemos que o eletrodo na TIG não é
consumível, por isso o erro. O resto, de fato, pode ser enquadrado no processo TIG (a velocidade pode
ser controlada e a proteção gasosa pode ser tanto por meio de gás inerte, quanto por gás ativo ou uma
mistura de ambos).

Gabarito: errado.

20. (AOCP / Eletrosul – Engenharia Mecânica – 2008)


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Sobre os processos de soldagem, assinale a alternativa correta.

a) processo TIG é bastante versátil em relação às espessuras e materiais soldáveis, mas, apesar da
ótima qualidade, é lento e de alto custo.

b) Em soldagem com eletrodos revestidos para enchimento de chanfros, utiliza-se o revestimento


celulósico, pois este promove baixa penetração e poucos respingos.

c) No processo TIG, é comum a inclusão de titânio na solda por transferência de partículas da ponta
do eletrodo para a zona termicamente afetada.

d) No processo MIG/MAG quanto menor a corrente de soldagem, menor será o diâmetro médio das
gostas de metal líquido transferidos para a peça.

e) A não ocorrência de escória é uma das características da soldagem a arco submerso

Comentário:

Coruja, questão que cobra de você alguns detalhes específicos de cada tipo de processo de soldagem
por fusão. Vejamos cada alternativa à luz da doutrina dominante:

Letra "a": conforme vimos, a soldagem a arco com eletrodo de tungstênio (do inglês, gas tungstein
arc welding – GTAW) é um processo que também utiliza proteção gasosa. Outra denominação
comumente utilizada e explorada é Soldagem TIG. A proteção por gases inertes inclui, principalmente
o argônio e o hélio, aplicados pelo bocal envolta da pistola de soldagem. Esses gases são inertes,
diferentemente de outros gases de outros elementos químicos como o oxigênio (O2) e o gás carbônico
(CO2) que em altas temperaturas são reativos. É um processo comumente aplicado em espessuras de
0,2 a 8 mm, o que pode ser questionado na alternativa se de fato é versátil como ela diz. Todavia, a
solda é de fato de alta qualidade, além de, por conta de a adição de vareta ser feita manualmente
torna o processo mais lento, e o custo é elevado, pois exige habilidade elevada do soldador. É muito
utilizada para diferentes tipos de metais e muito utilizado para metais como titânio, aço inoxidável e
alumínio;

Letra "b": como vimos na parte teórica, Coruja, dentre os diferentes tipos de eletrodos de caráter
consumível no processo de soldagem à arco elétrico, temos diferentes tipos de revestimentos. Esses
materiais que constituem o revestimento podem ser orgânicos e/ou minerais, com variações de
espessuras e dosagens. Conforme se variam a espessura e o tipo de materiais, os eletrodos revestidos
recebem diferentes classificações. Uma delas é o Celulósico que contém grande quantidade de
material orgânico. O cordão da solda é grosseiro e produz áreas irregulares, além de possuir alta
penetração. Alternativa errada;

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Letra "c": errada! Além do eletrodo na TIG ser formado por tungstênio (que suporta temperaturas na
casa de 3410ºC) e não por titânio, ele é não é consumível (claro que, conforme o processo é
executado, sempre algumas partículas pelo desgaste natural são desprendidas, mas não é o foco
característico desse processo);

Letra "d": de acordo com a literatura, na soldagem MIG/MAG, temos um tipo de transferência
globular na formação da gota que é formada na ponta do eletrodo. Nesse sentido, a poção de fusão é
formada pelo derramamento dessas gotas e seu diâmetro sofre influência direta da correte elétrica,
porém de forma inversamente proporcional: conforme se aumenta a corrente elétrica, se diminui
com o passar do tempo o diâmetro da gota.

Letra "e": errada, Coruja! No processo a arco submerso, o fluxo é granular e a escória formada fica
entre metal solidificado e o fluxo fundido. Dessa forma, existe, sim, a formação de escória que
protege também o metal solidificado. Além disso, aumenta a qualidade da solda que sofre com menos
respingos, característica dos demais tipos de soldagem com arco elétrico que tem o arco aberto a
atmosfera local, protegida somente por uma camada gasosa. Os materiais do fluxo granular próximo
a solda também se fundem e, dessa forma, formam uma camada que remove impurezas e proporciona
maior isolamento térmico da solda em relação ao ambiente.

Gabarito: “a”.

Corpo de auxiliar de praças – mecânica

21. (Marinha - Corpo de Auxiliar de Praças da Marinha - Mecânica - 2019)

São processos de soldagem por fusão:

a) Arco submerso e explosão.


b) TIG e Fricção.
c) MIG/MAG e Colagem.
d) Eletrodo revestido e TIG.
e) Fricção e Explosão.

Comentário:

Outra questão "água com açúcar", certo? Só exige o nosso conhecimento dos tipos de soldagem que
pertencem à categoria de soldagem por fusão! Lembre-se que dessa categoria, temos os seguintes tipos:

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Soldagem por fusão

Soldagem a Arco

Soldagem por Resistência

Soldagem a Gás Oxicombustível

Soldagem com Feixe de Elétrons

Soldagem a Laser

Soldagem Aluminotérmica

E, dentro do grupo de processos de Soldagem a Arco, temos: Soldagem a Arco com Eletrodos
Revestidos; Soldagem a Arco com Proteção Gasosa; Soldagem a Arco com Arame Tubular; Soldagem a
Arco por Eletrográs; Soldagem a Arco com Arco Submerso (processos com eletrodos consumíveis) e a
Soldagem a Arco com Eletrodo de Tungstênio e Proteção Gasosa e a Arco Plasma (processos com
eletrodos não consumíveis).

Assim, nosso gabarito é a letra "d", pois TIG (Tungstein Inert Gás, do inglês) e Eletrodo Revestido são
processos por fusão! Fricção, Explosão e Colagem (não é um processo de soldagem) não pertencem a
categoria de processos de soldagem por fusão!

Gabarito: “d”.

22. (Marinha - Corpo de Auxiliar de Praças da Marinha - Mecânica - 2019)

Com relação ao processo de soldagem MIG/MAG, assinale a opção INCORRETA.

a) A velocidade de soldagem é elevada.


b) A taxa de deposição é elevada devido à densidade de corrente alta na ponta do arame.
c) Esta soldagem tem visibilidade total da poção de fusão.
d) A formação de escória promove a proteção ao metal fundido.
e) Pode ser classificado como um processo manual ou automatizado.

Comentário:

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Coruja, conforme vimos, a soldagem MIG e MAG são processos com proteção gasosa. A diferença entre
elas está no gás utilizado: MIG usa gás inerte (argônio, hélio ou mistura) e a MAG (gás ativo, como CO 2
ou misturas rica em teores desse gás). Por conta disso, vimos que a MIG é utilizada para ligas ferrosas e
não-ferrosas (como cobre, magnésio, alumínio e níquel) ao passo que, a MAG é utilizada apenas para
ligas ferrosas. Essa questão foi anulada, ao meu ver, por ter sido mal formulada. Cada alternativa tem
margem para "erro", por ser categórica demais. Vejamos:

Letra "a": de fato, a velocidade de soldagem pode até ser considerada alta (muito por conta de o
processo poder ser semiautomatizado e a alimentação de arame ser mecanizada). Todavia, afirmar que
sempre a velocidade será alta é um equívoco, já que ela pode ser baixa a depender do processo em si.
Alternativa correta, mas muito absoluta;

Letra "b": realmente, a taxa de deposição é elevada e essa taxa de deposição tem relação com a corrente
elétrica na ponta do eletrodo (acredito que o arame que o examinador se refere seja o eletrodo
consumível do processo).

Letra "c": outra alternativa absoluta demais para os processos MIG/MAG. De fato, você terá visualização
da poça de fusão, pois a proteção não é granular como no processo a arco submerso. Todavia, dizer que
é "total" também acredito ser um exagero;

Letra "d": sim, de fato a escória tem exatamente essa função nos processos de soldagem por fusão.

Letra "e": coruja, talvez, ao meu ver essa alternativa poderia ser considerada incorreta, pois, de acordo
com a literatura específica, o processo de soldagem MIG/MAG é feito de maneira semiautomática,
normalmente. Todavia, também não é sempre que pode ser assim classificado.

Gabarito: "Anulada".

23. (Marinha - Corpo de Auxiliar de Praças da Marinha - Mecânica - 2018)

Quais os tipos de processos por fusão utilizados na soldagem dos metais?

a) A resistência, a arco e alumínio térmico.


b) A gás por pressão, a resistência, a arco frio.
c) A gás, a arco e alumínio térmico.
d) Alumínio térmico, a arco e a gás.
e) Caldeamento, a gás e a arco.

Comentário:

Outra questão muito "tranquila", Coruja, pois nos cobra os tipos de processos por fusão! O gabarito
oficial da questão teve problema, pois o examinador se "atrapalhou" e gerou 3 alternativas corretas e,
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por isso, foi anulada! Dessa forma, temos que as letras "a", "c", "d" e "e" (de certa forma) são
denominações corretas de acordo com a vasta literatura dominante e correspondem à categoria de
soldagem por fusão!

Assim, a Soldagem a Arco, a Soldagem por Resistência e a Soldagem a Gás (Oxicombustível, por
exemplo), fazem parte da categoria supracitada. O processo de Caldeamento também constitui em um
processo de soldagem (extremamente pouco cobrado em provas). Nele, como vimos, as peças serão
também aquecidas e, na região da solda ocorre a fusão dos materiais, ao passo que, serão forçadas e
pressionadas umas com as outras para ocorrer a união. As fontes de energia para o aquecimento podem
ser provenientes da queima de gás, explosão controlada, fricção e até potência elétrica. Nessa seara,
pode ser enquadrado também como um processo de fusão (apesar de alguns autores não costumar
elencá-lo nessa categoria).

Gabarito: “Anulada”.

24. (Marinha - Corpo de Auxiliar de Praças da Marinha - Mecânica - 2013)

Em relação ao processo de soldagem a gás, é correto afirmar que:

a) Os maçaricos são dispositivos que recebem o oxigênio e o gás combustível e fazem a sua mistura
na proporção, volume e velocidade adequados à chama desejada.
b) A proporção de gases misturados determinará se a chama será violenta, intermediária ou suave.
c) A chama redutora é obtida com uma proporção maior de oxigênio em relação ao acetileno.
d) A chama neutra é apenas utilizada em operações de pré e pós-aquecimento.
e) O maçarico do tipo injetor não pode ser utilizado com o acetileno.

Comentário:

Questão tranquila, Coruja, que nos cobra os conhecimentos sobre o processo de soldagem denominado
Soldagem a Gás Oxicombustível (do inglês, Oxyfuel Gas Welding” - OFW). Vejamos cada alternativa:

Letra "a": perfeita, Coruja! Conforme vimos em aula, essa é a exata definição de uma das funções dos
maçaricos! Eles vão receber o oxigênio (comburente) e o gás combustível (acetileno, normalmente)
puros e fazem a mistura proporção, volume e velocidade adequados à chama que o soldador deseja;

Letra "b": opa! Pegadinha, Coruja! Na realidade, quem determina a violência da chama não é a
proporção de gases e, sim, a velocidade da mistura, podendo ela ser, nas palavras da doutrina, suave,
intermediária ou violenta. A proporção de gases, por sua vez, determina se a chama terá caráter
oxidante, neutro ou carburante;

Letra "c": como vimos, Coruja, a proporção de gases, em volume, na mistura feita pelo maçarico é o que
determina se a chama terá um caráter oxidante, neutro ou redutor. A chama oxidante terá uma
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proporção maior de oxigênio em relação ao acetileno, ao passo que a neutra terá uma proporção de um
para um e a redutora (também chamada de carburante) terá uma proporção maior de acetileno em
relação ao oxigênio. Alternativa errada;

Letra "d": errada, Coruja! Nada a ver a relação proposta! A chama neutra é utilizada para o aquecimento
devido e execução da solda e não somente para operações de pré ou pós-aquecimento.

Letra "e": errada, Estrategista! Existem dois tipos de maçarico no processo oxicombustível: os de média
pressão, do tipo Misturador e os de baixa pressão, do tipo Injetor! (Lembre-se desses nomes, hein?).
Nos de tipo Misturador a pressão é media tanto para o acetileno quanto para o oxigênio. Nos de tipo
Injetor, a pressão é baixa, pois o sistema permite que a pressão do oxigênio seja usada para aspirar o
acetileno. Assim, ambos os tipos podem utilizar o gás combustível acetileno.

Gabarito: “a”.

25. (Marinha - Corpo de Auxiliar de Praças da Marinha - Mecânica - 2012)

Analise as afirmativas abaixo em relação aos aspectos que envolvem a soldagem a arco com eletrodo de
tungstênio e proteção gasosa (TIG):

I - Só utiliza a fonte de corrente elétrica do tipo alternada.

II - A espessura das peças interfere na escolha do gás de proteção.

III - A proteção da poça de fusão é feita por gases ativos.

IV - A soldagem de aço carbono utiliza polaridade alternada.

Assinale a opção correta.

a) Apenas as afirmativas I e IV são verdadeiras.


b) Apenas a afirmativa II é verdadeira.
c) Apenas as afirmativas II, III e IV são verdadeiras.
d) Apenas a afirmativa IV é verdadeira.
e) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.

Comentário:

Coruja, questão boa que nos cobra vários detalhes sobre o processo de soldagem a arco elétrico com
eletrodo não consumível denominado TIG (eletrodo de tungstênio e proteção gasosa com gás inerte),
pertencente à categoria de processos por fusão! Vejamos cada assertiva:

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I: errada! Lembre-se que no processo TIG teremos tanto corrente alternada, quanto corrente contínua.
Em determinados processos manuais para ligas de alumínio, temos, por exemplo, a corrente alternada,
ao passo que para processos mecanizados dessa liga, podemos ter corrente contínua, bem como esta
corrente para outras ligas metálicas (como o aço, por exemplo).

II: certa! Conforme vimos, a espessura das peças a serem soldadas possui relação direta na escolha do gás
de proteção! De maneira geral, na soldagem manual, temos que espessuras abaixo de 3,2 mm, deve-se
utilizar o Argônio como gás inerte de proteção na TIG com exceção dos cobre e suas ligas (detalhe este
que dificilmente será cobrado. Atente-se sempre que temos mudanças de gás de proteção de acordo com
a espessura!);

III: errada! A proteção na TIG é feita por gases inertes, normalmente argônio e hélio!

IV: errada! Como estudamos, sabemos que na soldagem TIG, para a liga de aço, utiliza-se a corrente
contínua!

Gabarito: “b”.

FGV

26. (FGV / CODEBA - Analista Portuário - Engenheiro Mecânico – 2015)

Na indústria há diferentes métodos para soldagem de peças mecânicas, buscando aumentar a


produtividade sem perder a qualidade.

Sobre as características do método MIG/MAG, um dos mais empregados na indústria, assinale a


afirmativa correta.

a) Utiliza eletrodos revestidos.

b) É aplicado a peças pequenas, devido à sua baixa taxa de deposição.

c) É aplicado apenas na soldagem de metais não ferrosos e aços inoxidáveis

d) Apresenta baixa sensibilidade aos parâmetros elétricos de operação do arco de soldagem.

e) Dispensa as operações de remoção de escória por não utilizar fluxos de soldagem.

Comentário:

Opa! Questão que nos cobras as características dos processos MIG e MAG. Oras, vimos que nesse
processo a proteção é feita pela inserção de gases (mistura de gases) inertes ou ativos. Por isso, a proteção
não provém do revestimento do eletrodo e, sim, pelos gases inseridos (letra "a", errada). Além disso, a
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depender do tipo de transferência de metal para solda, teremos diferentes taxas de deposição e
diferentes tamanhos de pelas (não somente para peças pequenas e com baixa taxa de deposição). Por
isso, letra "b", errada.

Não são aplicadas somente para soldagem de materiais não ferros e aços inoxidáveis (letra "c", errada) e
não possuem baixa sensibilidade aos parâmetros elétricos de operação do arco, justamente por ser
intimamente relacionada com qual tipo de transferência de metal (por curto-circuito, globular, spray ou
pulsada) temos que a sensibilidade é alta (letra "d", errada). Por fim, a letra "e" é a "menos pior", pois
não há utilização de fluxo como nos processos de eletrodos revestidos, não utilizando esse tipo de fluxo.

Gabarito: “e”.

27. (FGV / SEE-PE - Professor de Controle e Processos Industriais – 2015)

Assinale a opção que indica o tipo de soldagem que combina o arco e o gás, em que normalmente são
empregados o argônio ou o hélio, e que têm por função a proteção do metal em estado de fusão contra
a contaminação de outros gases da atmosfera.

a) Solda oxiacetilênica.

b) Solda MIG.

c) TIG (tungstênio–inerte–gás).

d) Solda a arco elétrico.

e) Solda MAG.

Comentário:

Essa é uma daquelas questões que você tem vontade de xingar a banca, não é, Coruja? rs. Isso acontece
porque ela foi bem mal feita com a inserção de soldagem MIG e TIG, dado, é claro, esse enunciado. Pelo
enunciado em questão, ambas podem ser a resposta, já que ambas são a arco e tem a proteção gasosa
por gases inertes (argônio ou hélio, ou mistura). Ao meu ver, eles erraram na digitação e, ao invés de
colocar outro tipo de processo, enfiaram o MIG. Caberia recurso, com certeza. Mas, enfim. Gabarito é a
letra "c".

Gabarito: “c”.

28. (FGV / SEE-PE - Professor de Controle e Processos Industriais – 2015)

Na soldagem MIG/MAG, o metal fundido na ponta do eletrodo tem que ser transferido para a poça de
fusão.
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Sobre as diferentes formas de transferência, analise as afirmativas a seguir.

I. A transferência por curto-circuito ocorre com baixos valores de tensão e corrente; ela acontece
quando a gota de metal que se forma na ponta do eletrodo vai aumentando de diâmetro até tocar a
poça de fusão.

II. A transferência globular ocorre com altas correntes de soldagem, o que diminui o diâmetro médio
das gotas de metal líquido.

III. A transferência por spray ocorre quando o metal do eletrodo se transfere em gotas que se deslocam
sem direção, causando o aparecimento de uma quantidade elevada de respingos.

Está correto o que se afirma em.

a) I, apenas.

b) II, apenas.

c) III, apenas.

d) I e II, apenas.

e) II e III, apenas.

Comentário:

Opa! Questãozinha que nos cobra sobre os tipos de transferência de metal na soldagem a arco elétrico e
proteção gasosa MIG/MAG. Vamos relembrar os detalhes de cada uma delas?

• Transferência por curto-circuito: nesse tipo, são usados arames na faixa de 0,8 a 1,2 mm sendo
aplicados com arcos de pequenos comprimentos (por conta de uma baixa tensão e baixa
corrente). Saiba que esse tipo é usado para metais de pequena espessura e em qualquer posição
de soldagem (juntas fora de posição). Todavia, nas posições verticais e sobrecabeça, esse tipo é
útil para materiais de grande espessura. A formação da gota de metal na ponta do eletrodo vai
aumentado de diâmetro até tocar a poça de fusão e, assim, é atraída pela ação da tensão
superficial. Outra característica importante é que nesse tipo temos grande instabilidade do arco
(o que faz aumentar os respingos na peça);

• Transferência globular: ocorre com valores de tensão e corrente intermediários e tem um arco
mais estável que na de curto-circuito. Apesar disso, a transferência é mais imprevisível. O
diâmetro médio das gotas variam conforme valores de corrente e (memorize): o diâmetro diminui

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ao passo que a corrente aumenta! Possui também elevado nível de respingos e, como as gotas
são transferidas pela gravidade, limita-se em posições planas de soldagem;

• Transferência por spray: também chamada de aerossol ou névoa, esse tipo surge quando se
aumenta muito a corrente do tipo anterior (diminuindo assim o diâmetro da gota). Dessa forma,
a gota acaba se comportando como um "spray" e esse tipo de transferência só ocorre com
determinados gases ou mistura de gases de proteção. Por conta do seu tamanho, as gotas nesse
tipo sofrem ação direta de forças eletromagnéticas que se sobrepõem a ação da força
gravitacional (pode-se, assim, utilizar esse tipo para outras posições além das planas). Porém,
memorize: como a corrente é elevada nessa transferência, não se pode usar em chapas de
espessuras muito finas. Além disso, tem boa estabilidade de arco e não gera respingos;

• Transferência pulsada: nesse tipo, temos uma transferência controlada (por meio de
perturbações pré-determinadas na corrente) que vai torna-la semelhante a transferência globular
com mais estabilidade e uniformidade. Isso acontece pela pulsação de corrente (que é controlada,
dessa forma) que fica variando entre um valor inferior à corrente de transição (faixa de correntes
que torna a globular em spray) e um valor superior a ela. Assim, a gota se forma na ponta do
arame com a corrente inferior e transferida quando a corrente atinge valor superior.

I: certa! Perfeita descrição;

II: errada! Não é elevado e, sim, intermediário o valor da corrente;

III: errada! Não gera respingos;

Gabarito: “a”.

29. (FGV / SEDUC-AM - Engenheiro Mecânico – 2014)

A soldagem, nos diversos processos de união de partes, é considerada um dos mais importantes
métodos para este fim. Desta forma, a condição de uma soldagem autógena é a de

a) possibilitar a união dos materiais por martelamento pneumático de alta pressão.

b) controlar a possibilidade de vazamentos em uma junta dissimilar.

c) unir dois materiais pela ação da fusão do metal de adição na zona termicamente afetada.

d) fixar dois materiais permanentemente pela retirada posterior do principal consumível.

e) unir dois materiais sem a participação do consumível material de adição.

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Comentário:

Tranquilidade, Estrategista! Lembre-se sempre que os processos de soldagem autógenos são aqueles que
não utilizam metal de adição para unir as peças de trabalho - elas são unidas pela fusão dos seus
respectivos materiais.

Gabarito: “e”.

FCC

30. (FCC / Câmara Legislativa do Distrito Federal – Consultor Legislativo - Engenheiro Mecânico – 2018)

O processo de soldagem com eletrodos revestidos é um processo a arco onde a união entre as peças é
produzida pelo calor do arco gerado entre o eletrodo e a peça a ser soldada. Considere as afirmações
abaixo a respeito deste processo:

I. A intensidade da corrente de soldagem tem grande influência na taxa de deposição, para dadas
condições fixas de soldagem.

II. A proteção da solda se dá pelo fluxo de gás hélio e pela própria escória.

III. É um processo simples, versátil e de baixo custo, mas não aplicável para a soldagem na posição
sobre cabeça.

Está correto o que se consta em

a) I, Apenas.

b) I, II e III.

c) II e III, apenas.

d) I e II, apenas.

e) I e III, apenas.

Comentário:

I-) Conforme explicado na questão anterior, a corrente elétrica influencia na taxa de deposição para as
condições de soldagem a arco elétrico. Alternativa correta;

II-) A proteção nesse tipo de soldagem a arco elétrico se dá pelo revestimento do eletrodo (que é
consumível) e a escória formada. A proteção gasosa que se estabelece por gás hélio é no processo a arco
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elétrico com proteção gasosa, outro tipo, no qual a proteção gasosa surge pela aplicação da pistola de
soldagem. Alternativa errada;

III-) Realmente, esse tipo de soldagem a arco elétrico é de baixo custo, versátil e simples. Todavia, pode
ser aplicado a todos as posições de soldagem. Alternativa errada;

Gabarito: “a”.

31. (FCC / SABESP - Engenheiro 01 - Mecânica – 2018)

A seleção de um processo de soldagem de manutenção deve levar em conta o material e as dimensões


da peça que será soldada, além do custo e a qualidade necessária para a solda. No caso da soldagem
de manutenção para união de tubos de aço inoxidável, de 2 mm espessura, o processo recomendado
é

a) Arco submerso.

b) MIG.

c) Eletrodo Revestido.

d) TIG.

e) MAG.

Comentário:

Conforme vimos na aula, a principal aplicação para aço inoxidável, com peças de trabalho de espessuras
pequenas, é a solda TIG – (tungstein inert gas welding).

Gabarito: “d”.

32. (FCC / EMAE-SP – Engenheiro – Especialidade Mecânica – 2018)

Sobre técnicas de soldagem, considere:

I. No processo com eletrodos revestidos, a taxa de deposição e a penetração sofrem influência da


intensidade de corrente elétrica.

II. Nos processos TIG, MIG e MAG o eletrodo é consumido durante a soldagem.

III. Os processos ao arco submerso e plasma permitem soldagem em todas as posições.

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IV. Na preparação da junta de soldagem são empregadas juntas de topo, de ângulo, sobrepostas e de
aresta.

Está correto o que consta de

a) I, II, III e IV.

b) I e III, apenas.

c) II e III, apenas.

d) II, III e IV, apenas.

e) I e IV, apenas.

Comentário:

I: conforme vimos na aula, a assertiva “I” está correta. De fato, nos processos de soldagem com eletrodos
revestidos, tanto a taxa de deposição quanto a penetração sofrem influência direta da intensidade da
corrente elétrica. Oras, se aumentarmos a corrente, mais energia teremos. Assim, maior calor e
temperatura atingidos. Eliminamos as alternativas “C” e “D”.

II: essa está “mamão com açúcar”, hein, Estrategista? Só lembrar do nosso esquema de aula sobre os
grupos de tipos de soldagem com eletrodo consumível e com eletrodo não consumível para matar essa
questão. O tipo de soldagem TIG (tungstein inert gás) consiste em um tipo de soldagem de eletrodo
NÃO consumível. Assertiva errada. Eliminamos a alternativa “A”, também.

III: lembra quando expliquei na parte teórica da aula sobre o processo a Arco Submerso? O fluxo nesse
tipo de processo é granular e, por conta disso, esse “pó” que o constitui sofre ação direta da gravidade.
Imagine ter que soldar em uma posição vertical? Impossível. O fluxo granular cairia no rosto do soldador
e a solda perderia sua proteção.

Em relação ao Arco Plasma, não há problema e restrição, admitindo-se muitas posições diferentes.
Todavia, Estrategista, sempre desconfie de questões que generalizam usando termos como “tudo”,
“todos(as)”, “só”, “somente”. Sempre releia e mantenha o foco. Assim, a assertiva está errada.
Eliminamos a “B”, também. Já temos o gabarito! Mas, vamos comentar a assertiva “IV”.

IV: essa assertiva está correta. No decorrer do nosso estudo, expliquei os tipos de juntas em que os
processos de soldagem são desenvolvidos. Todas as opções fazem parte do rol de tipos de juntas.

Gabarito: “e”.

UFMT
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33. (UFMT / UFMT – Técnico em Mecânica – 2017)

Soldas são muito comuns no processo de fabricação de equipamentos agrícolas, entre outros. O processo
de solda com eletrodo revestido está ilustrado na figura abaixo.

Assinale a alternativa que apresenta correta e respectivamente a denominação das partes numeradas de
1 a 4.

a) Revestimento, arame do eletrodo, metal de solda fundido, escória.

b) Escória, metal de solda fundido, revestimento, arame do eletrodo.

c) Escória, revestimento, arame do eletrodo, metal de solda fundido.

d) Metal de solda fundido, escória, revestimento, arame do eletrodo.

Comentário:

Estrategista, dentro do escopo de seu estudo, vimos diferentes tipos de processos de soldagem. Entre
eles um dos processos que é descrito no enunciado é o processo de Eletrodos Revestidos, tipo de
soldagem pertencente ao grupo dos Eletrodos Consumíveis nos processos a Arco Elétrico da grande
área de processos de soldagem por Fusão.

Nesse sentido, a questão cobra o conhecimento de certas denominações inerentes às diversas partes
de um processo de soldagem. Assim, temos:

1: Escória: consiste no depósito de material de fluxo depois da fusão cuja principal fusão é a proteção
contra influência atmosférica, além de absorver impurezas. Ela também serve para reduzir a
velocidade de resfriamento do metal fundido e permitir o escape de gases;

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2: Poça de fusão (ou metal fundido): é a região que se concentra o metal fundido, proveniente do
metal de adição e do metal de base;

3: Revestimento do eletrodo: feito por diferentes materiais (minerais ou orgânicos) cuja função é
proteger o metal de solda de elementos presentes na atmosfera como o oxigênio. Dessa forma,
quando fundido pelo arco elétrico, ele se transfere para a poça de fusão no estado líquido;

4: Eletrodo (arame do eletrodo): consiste em um arame metálico revestido pelo revestimento já


descrito e que pode fornecer metal de adição no processo de soldagem (a depender do processo).
Todavia, a principal função é formar o arco elétrico da solda, fazendo com que a corrente elétrica
proveniente da fonte geradora passe por ele.

Gabarito: “b”.

IESES

34. (IESES / CEGÁS-CE – Engenharia – 2016)

Após a leitura do enunciado apresentado a seguir, identifique a afirmação correta:

O processo de soldagem utilizando gás de proteção, quando esta proteção utilizada é constituída de um
gás inerte, ou seja, um gás normalmente monoatômico como Argônio ou Hélio, e que não tem nenhuma
atividade física com a poça de fusão. Inicialmente empregado na soldagem do alumínio, geralmente
utilizados com corrente elétrica continua, é conhecido como:

a) MMA.

b) MIG.

c) TIG.

d) SMAW.

Comentário:

Coruja, questão muito pertinente que nos cobra a comparação entre dois tipos de processos de
soldagem pertencentes a categoria soldagem por fusão e à arco elétrico: TIG e MIG! Nesse quesito,
o enunciado nos apresenta alguns detalhes do processo e precisamos identificar em cada alternativa
qual é o processo descrito. Vejamos cada alternativa:

Letra "a": errada, Estrategista! A sigla MMA deriva do inglês (Manual Metal Arc) é outra denominação
para SMAW (Shielded Metal Arc Welding) e ambas tratam da soldagem a arco elétrico com eletrodos
revestidos. O termo "manual" tem sentido, pois é um processo comumente feito manualmente pelo
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operador. Nesse tipo de soldagem, seu eletrodo é consumível e consiste em uma vareta de metal de
adição e revestida com materiais específicos como óxidos, carbonetos e outros ingredientes. Além
disso, não é comum seu emprego para soldagem de materiais como o alumínio e não se utiliza
proteção gasosa de gás inerte;

Letra "b" e "c": perfeita! De fato, temos a descrição da soldagem MIG! O processo de soldagem com
proteção gasosa (do inglês, Gas Metal Arc Welding – GMAW), também utiliza um eletrodo consumível
(arame metálico) e a proteção gasosa que compõe a atmosfera local é aplicada por uma pistola de
soldagem. Ela pode ser chamada de MIG do inglês, do inglês, Metal Inert Gas Welding, quando se
utiliza gases inertes (normalmente, argônio e hélio). Logo, podemos concluir que a solda do tipo MIG
- que é definida pelo enunciado - é uma soldagem a arco com proteção gasosa que utiliza um gás
inerte para a atmosfera de proteção introduzido pela pistola de soldagem. Além disso, uma
característica desse tipo de soldagem é o uso de alimentação de corrente contínua (CC), bem como
a não atividade entre o gás de proteção inerte com a poça de fusão. Por isso, não pode ser a TIG, já
que, para ligas de alumínio (em processo manual que é o que é geralmente feito) sempre se utiliza a
corrente alternada (CA) na TIG. Dessa forma, temos como gabarito a letra "b" e não a letra "c". Esse
é um detalhe de diferença entre a MIG e a TIG (lembre-se do bizu, MIG "fede" - "MIG tem CC",
sempre!;

Letra "d": mesmo comentário da letra "a", Coruja - é o mesmo processo com outra denominação,
somente! :).

Gabarito: “b”.

CEV-UECE

35. (CEV-UECE - Prefeitura de Sobral - Analista de Saneamento - Engenharia Mecânica - 2019)

Considere as seguintes afirmações sobre tipos de processos de soldagem:

I. No processo de soldagem a arco elétrico por eletrodo revestido, a alma do eletrodo é feita de uma
mistura de argila, óxidos, carbonatos, fluoretos, elementos de liga e celulose.

II. No processo de soldagem a arco submerso, o metal fundido fica encoberto por um fluxo granular que
é fusível.

III. Os gases inertes usados no processo de soldagem com atmosfera gasosa têm como objetivo proteger
a solda da contaminação atmosférica.

É correto somente o que se afirma em

a) I.
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b) I e II.

c) III.

d) II e III.

Comentário:

I. errada! Nada a ver, Coruja! Vimos em aula que o processo de soldagem a arco elétrico por eletrodo
revestidos possui entrodos consumíveis e não consumíveis. Além disso, a estrutura do eletrodo
revestido consiste na alma (núcleo de material metálico) que é envolvido por um revestimento que pode
ser de diferentes materiais. Esses materiais que constituem o revestimento podem ser orgânicos e/ou
minerais, com variações de espessuras e dosagens. O que possui os materiais orgânicos é o
revestimento do eletrodo e não sua alma;

II. perfeita! De fato, o processo a arco submerso o metal fundido na poça de fusão fica coberto pelo fluxo
granular que garante uma solda mais uniforme, homogênea e com maior estabilidade térmica e
segurança. Todavia, uma desvantagem é que não pode ser utilizado esse processo em qualquer posição,
como, por exemplo, na posição sobre cabeça que, por conta da gravidade, faria com que o fluxo caísse e
perdesse seu objetivo de proteção.

III. exatamente! De fato, os gases inertes (argônio e hélio, normalmente) vão servir como proteção gasosa
em processos de soldagem a arco elétrico como a soldagem MIG (Metal Inert Gas), soldagem com
eletrodo consumível e que utiliza corrente contínua (lembre-se, "MIG fede. MIG tem CC", rs) e na
soldagem TIG (Tungstein Inert Gas), soldagem com eletrodo não consumível (feito de tungstênio) que
utiliza corrente contínua para maioria das ligas metálicas, com exceção das ligas de alumínio que pode
utilizar corrente alternada ou contínua a depender do processo (mecanizado ou manual) e do gás (hélio,
argônio ou mistura dos dois) Ufa! Boa revisãozinha nessa assertiva, certo? Coruja, utilize essa explicação
da III como um "mantra" que dificilmente você será pego em comparações entre MIG e TIG que volta e
meia aparecem ;).

Gabarito: “d”.

Cesgranrio

36. (Cesgranrio/Liquigás - Engenheiro Júnior - Mecânica - 2014)

O modo de transferência do metal fundido na ponta do eletrodo para a poça em fusão é muito
importante na soldagem, pois afeta muitas características do processo.

Em relação aos tipos de transferência, pode-se observar que o(a)

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a) tipo de transferência afeta a aplicabilidade do processo em determinadas posições de soldagem.


b) tipo de transferência não afeta a estabilidade do arco.
c) transferência por curto-circuito não é adequada para chapas finas.
d) transferência por spray gera muitos respingos.
e) corrente de soldagem é maior na transferência por curto-circuito do que na transferência por
spray.

Comentário:

Questão tranquila que cobra os detalhes sobre os tipos de transferência de metal nos processos a arco
elétrico. Vejamos, Coruja.

Letra "a": certa! Logo de cara! Conforme vimos, de fato os quatro diferentes tipos de transferência
impactam (afetam) a aplicabilidade do processo para cada posição de soldagem. Por exemplo, o tipo
globular é limitado a posições planas de soldagem;

Letra "b": errada! Vimos que afeta;

Letra "c": errada! Esse tipo é justamente o empregado para chapas finas (metais de pequena espessura),
muito por conta da baixa tensão e baixa corrente;

Letra "d": errada! Alternativa trocou o tipo: elevado nível de respingos é no tipo globular!;

Letra "e": errada! A transferência por curto-circuito é que tem menor valor de tensão e corrente! Já a
spray (aerossol) é a que tem maiores valores, tornando o diâmetro das gotas extremamente pequenos
(virando um spray que quase pulveriza das pequenas gotas de metal);

Gabarito: "a".

37. (Cesgranrio/Transpetro - Engenheiro Júnior - Mecânica - 2018)

Na soldagem MIG com modo de transferência de metal por curto-circuito, qual a faixa de diâmetro, em
mm, dos arames utilizados?

a) 0,1 a 0,4
b) 0,5 a 0,8
c) 0,8 a 1,2
d) 1,2 a 1,6
e) 1,6 a 2,0.

Comentário:

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Olha aí, Coruja! Questãozinha super "decoreba" que nos cobra uma informação sobre os tipos de
transferência de metal nas soldagem por arco elétrico MIG/MAG. Lembre-se que temos 4 tipos de
transferências de metal:

Transferência por curto-circuito: nesse tipo, são usados arames na faixa de 0,8 a 1,2 mm sendo aplicados
com arcos de pequenos comprimentos (por conta de uma baixa tensão e baixa corrente). Saiba que esse
tipo é usado para metais de pequena espessura e em qualquer posição de soldagem. Todavia, nas
posições verticais e sobrecabeça, esse tipo é útil para materiais de grande espessura. A formação da gota
de metal na ponta do eletrodo vai aumentado de diâmetro até tocar a poça de fusão e, assim, é atraída
pela ação da tensão superficial. Outra característica importante é que nesse tipo temos grande
instabilidade do arco (o que faz aumentar os respingos na peça).

Gabarito: "c". ==a026f==

38. (Cesgranrio/Petrobrás - Engenheiro Júnior - Inspeção - 2018)

Entre os processos de soldagem relacionados a seguir, o que mais concentra calor numa região mais
estreita é o processo conhecido como soldagem

a) com eletrodo revestido


b) MIG
c) por arco submerso
d) TIG
e) a laser.

Comentário:

Opa! Tranquilidade, Estrategista! Quando vimos os processos de soldagem, comentei com você sobre o
processo a laser. Vamos relembrar suas características?

O tipo de soldagem a laser (do inglês, Laser-Beam Welding” - LBW) é bem parecido com o de feixe de
elétrons, adquirindo a coalescência nas peças de trabalho pela concentração de energia (nesse caso, em
forma de luz).

Vimos que tanto a soldagem por feixe de elétrons quanto a laser possuem alta concentração na região
da solda, muito por conta da elevada densidade de fluxo de elétrons para uma e de luz para outra. Dentre
as opções das alternativas, a letra "e" é a descrita pelo enunciado.

Gabarito: "e".

39. (Cesgranrio/Liquigás - Engenheiro Júnior - Mecânica - 2015)

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Qual o outro nome dado a soldagem por fusão a gás?

a) Aluminotérmica
b) Arco submerso
c) Autógena
d) Eletro revestido
e) Solda de ponto.

Comentário:

Opa, Coruja! Lembre-se que o outro "apelido" da soldagem que usa gás de proteção do tipo TIG é
soldagem autógena, por não utilizar metal de adição. Apesar disso, acredito que a questão deveria ter
sido melhor elaborada, pois não são todos os processos com proteção gasosa que não utilizam metal de
adição (a MIG, utiliza, por exemplo).

Gabarito: "c".

40. (Cesgranrio/Liquigás - Engenheiro Júnior - Mecânica - 2015)

Como pode ser classificada uma solda oxiacetilênica?

a) Fusão a chamas
b) Pressão a indução
c) Fusão a arco encoberto
d) Fusão a arco descoberto
e) Pressão a resistência elétrica.

Comentário:

Opa! Essa foi presente de "pai", hein? Oras, Coruja, vimos que um dos tipos de soldagem por
oxicombustível é a aquela que utiliza a mistura de gases que vão gerar a energia com oxiacetileno
(mistura de oxigênio e acetileno) altamente inflamável. Esse tipo de soldagem gera fusão pela chama do
maçarico (sejam Misturadores ou Injetores).

Gabarito: "a".

41. (Cesgranrio/Transpetro - Engenheiro Júnior - Mecânica - 2012)

O modo de transferência do metal fundido da ponta do eletrodo para a poça em fusão é muito
importante na soldagem MIG/MAG, pois afeta muitas das características do processo.

Com relação aos modos de transferência, tem-se que a transferência spray

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a) gera mais respingos.


b) forma gotas pequenas em baixa densidade de corrente.
c) necessita de CO₂ como gás de proteção.
d) é recomendada para juntas fora de posição.
e) gera maior estabilidade do arco.

Comentário:

Opa, mais uma sobre os tipos de transferência de metal nas soldagem MIG/MAG. Vamos relembrar o
nosso esquema?

Baixa tensão e corrente; arames de 0,8 a


1,2 mm de diâmetro; chapas finas;
Curto-circuito qualquer posição; grande instabilidade do
arco com respingos gerados;
recomendada para juntas fora de posição

Tensão e corrente intermediários; arco


mais estável; Também possui respingos;
Globular
diâmetro da gota menor com mairoes
4 tipos de correntes;
transferência
de metal Tipo de globular com correntes muito
mairoes; gotas ficam pequenas e são
Spray (aerossol) pulverizadas; sofrem ação de forças
eletromagnéticas; não se usa em chapas
finas; boa estabilidade e sem respingos

Transferência é controlada por pulsos;


Pulsada corrente inferior e superior a corrente de
transição da globular;

Precisamos analisar a transferência em spray. Oras, ela não é a que gera mais respingos (são as de curto-
circuito e globular que geram). Logo, letra "a", errada. As gotas em baixa densidade de corrente são
grandes e não pequenas (letra "b", errada). Além disso, nesse tipo temos mistura de gases que podem
ser de argônio ou de argônio e oxigênio a depender da liga, do diâmetro do arame e da corrente (não
tem CO2). Assim, letra "c", errada. A letra "d", também está equivocada, pois essa é uma característica
da cuto-circuito e não da spray. Por fim, a letra "e", está correta, pois uma das características que a
doutrina aponta é sua boa estabilidade e não geração de respingos.

Gabarito: "e".

42. (Cesgranrio/Transpetro - Engenheiro Júnior - Mecânica - 2012)


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Os processos TIG e MIG/MAG são processos de soldagem ao arco elétrico. Tais processos são adotados
em operações industriais que envolvem soldagem de materiais metálicos ferrosos e não ferrosos.

No que se refere às suas características, o(s) processo(s)

a) TIG adota eletrodo virtualmente não consumível.


b) MAG forma uma atmosfera gasosa inerte durante a soldagem.
c) MIG/MAG adotam eletrodo virtualmente não consumível.
d) MIG/MAG sempre transferem metal para a poça de fusão por curto-circuito.
e) TIG e MIG formam uma atmosfera gasosa ativa durante a soldagem.

Comentário:

Olha aí, Coruja! Questãozinha muito fácil que compara os tipos de processos (MIG/MAG e TIG). Vejamos
cada alternativa.

Letra "a": correta! Apesar de esse "virtualmente" ser um termo um tanto quanto pitoresco, de fato, o
eletrodo é considerado não consumível na TIG, pelo fato de ser de tungstênio. Claro que há o desgaste
com o uso, conforme vimos em aula;

Letra "b": errada! A proteção da MAG é por gás ativo! Normalmente, CO ou CO2;

Letra "c": errada! O eletrodo é consumível na MIG e na MAG;

Letra "d": errada! Temos quatro tipos de transferência de metal: curto-circuito, globular, spray
(aerossol) e pulsada e não somente um;

Letra "e": errada! Ambas tem a proteção gasosa exercida por gases inertes (normalmente, argônio e
hélio, ou mistura dos dois).

Gabarito: "a".

43. (Cesgranrio/Petrobrás - Engenheiro de Equipamentos Júnior - Mecânica - 2010)

Em relação a processos de soldagem, é correto afirmar que

a) uma das funções do revestimento, no processo de soldagem com eletrodo revestido, é proteger a
alma do eletrodo contra oxidação e evitar o sopro magnético
b) com a utilização de corrente alternada, no processo de eletrodo revestido, ocorre elevado sopro
magnético.
c) o controle do ângulo de inclinação do eletrodo, no processo de soldagem com eletrodo revestido,
não é uma variável importante na obtenção de uma solda de boa qualidade
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d) no processo de soldagem a arco submerso, a proteção da poça de fusão é obtida graças à ação
redutora dos gases.
e) no processo de soldagem TIG, o calor necessário para a fusão é obtido através do arco elétrico
entre um eletrodo de tungstênio, não consumível, e a peça.

Comentário:

Letra "a": errada! De fato, Coruja, umas das funções, a depender do revestimento, é a proteção da alma
do eletrodo. Todavia, o revestimento não evita o fenômeno do sopro magnético que tem relação com o
arco elétrico e oscilações da corrente elétrica;

Letra "b": errada! Pelo contrário, Coruja, vimos que na soldagem a arco elétrico de eletrodos revestidos
podemos ter corrente contínua e corrente alternada. A corrente de soldagem é importante, pois é um
fator que impacta no volume da poça de fusão e na penetração da solda no metal de base (ambos
aumentam com o aumento da corrente). Além disso, o tipo e a polaridade da corrente também
influenciam na soldagem, gerando impacto na dimensão da poça, estabilidade do arco e transferência
de metal de adição. O que você precisa saber sempre é: corrente contínua com polaridade inversa (CC+)
gera maior penetração e a polaridade direta (CC-) gera maior taxa de fusão do eletrodo, de acordo com
a doutrina. Se for corrente alternada temos valores intermediários e o fenômeno do sopro magnético é
minizado. Aqui está o erro da questão;

Letra "c": errada! É óbvio que o controle do ângulo de soldagem tem influência na qualidade da solda,
justamente porque uma das técnicas para minimizar (além da corrente alternada) o fenômeno do sopro
magnético é a inclinação do eletrodo no sentido em se dirige o arco;

Letra "d": errada! O processo a arco elétrico denominado arco submerso a proteção da poça de fusão
não ocorre por meio de gás e, sim, pelo fluxo granular sólido que forma uma barreira de contato entre
ela e o ar atmoférico;

Letra "e": perfeita! Definição exata do processo a arco elétrico denominado TIG (Tungstein Inert Gas)
que possui eletrodo não consumível de tungstênio.

Gabarito: "e".

44. (Cesgranrio/Petrobrás - Engenheiro de Equipamentos Pleno - 2008)

Com relação aos processos de soldagem a arco elétrico, assinale a afirmação correta.

a) No processo de soldagem a arco submerso, é utilizado um eletrodo não consumível, que consiste
em um arame metálico, coberto com um revestimento fundente, que é consumido através de um
arco gerado entre sua extremidade livre e o metal que se deseja soldar.

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b) No processo de soldagem a arco elétrico com eletrodo revestido, é utilizado um eletrodo


consumível, que consiste em um arame metálico, coberto com um revestimento fundente, que é
consumido através de um arco gerado entre sua extremidade livre e o metal que se deseja soldar.
c) No processo de soldagem MIG, é utilizado um eletrodo não consumível, que consiste em um
arame metálico, sendo a zona do arco e a poça de fusão protegidas da contaminação atmosférica
pelo gás alimentado pela tocha de solda, e os gases tradicionalmente utilizados para esta
finalidade são o hélio e o argônio.
d) No processo de soldagem MAG é utilizado um eletrodo não consumível, que consiste em um
arame metálico, sendo a zona do arco e a poça de fusão protegidas da contaminação atmosférica
pelo gás alimentado pela tocha de solda, e o gás tradicionalmente utilizado para esta finalidade é
o CO2.
e) No processo de soldagem TIG é utilizado um eletrodo consumível, coberto com um revestimento
fundente, que é consumido através de um arco gerado entre sua extremidade livre e o metal que
se deseja soldar.

Comentário:

Outra boa questão, Coruja, pois nos cobra diferentes aspectos da nossa aula sobre os processos de
soldagem. Vejamos cada alternativa:

Letra "a": errada, Coruja, pois o processo a arco elétrico com arco submerso (que também pertence a
soldagem por fusão) temos um eletrodo consumível e contínuo;

Letra "b": correta! De fato, Estrategista, o processo a arco elétrico com eletrodo revestido (lembre-se
que esse é um tipo de processo a arco elétrico da categoria de processos por fusão), temos o eletrodo
consumível recoberto com vários tipos de revestimentos, consumido durante o processo de soldagem;

Letra "c": errada! No processo MIG o eletrodo é consumível. Eletrodo considerado não consumível é do
processo TIG (pois, utiliza-se eletrodo de tungstênio que tem alta temperatura de fusão);

Letra "d": errada! Na soldagem MAG o eletrodo é consumível! Eletrodo não consumível é na soldagem
TIG;

Letra "e": "erradássa"! Vimos várias vezes que a soldagem TIG tem eletrodo não consumível. Você já
está "careca" de saber isso, certo? rs.

Gabarito: "b".

45. (CESGRANRIO / Transpetro - Engenheiro Júnior - Mecânica – 2018)

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Na soldagem TIG, a corrente máxima, em amperes, que pode ser utilizada com uma tocha de grande
porte é da ordem de

a) 100.

b) 200.

c) 300.

d) 400.

e) 500.

Comentário:

Ao meu ver, essa questão não mede muito o nível de conhecimento do candidato, já que valores de
correntes vão depender dos equipamentos e das especificações do projeto para a solda a ser feita, seja
pela TIG, seja por qualquer outro tipo de solda com eletrodos não consumíveis.

Apesar disso, memorize que o valor máximo de corrente para a TIG é de 500 amperes.

Gabarito: “e”.

46. (CESGRANRIO / Petrobrás - Engenheiro Júnior - Mecânica – 2018)

Ao soldar um determinado componente metálico, é necessário utilizar um processo autógeno, em


certa condição.

Deve ser utilizado nessa situação o processo de soldagem

a) MIG.

b) TIG.

c) MAG.

d) arco submerso.

e) eletrodo revestido.

Comentário:

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Dentre todas as alternativas, temos a solda TIG como a única que pode ou não pode usar o metal de
adição. Aliás, lembre-se de que quando não se utiliza metal de adição, temos uma solda do tipo
autógena.

Gabarito: “b”.

47. (CESGRANRIO/Petrobrás - Técnico(a) de Inspeção de Equipamentos e Instalações Júnior – 2017)

Que tipo de material pode ser soldado com eletrodo revestido, independente da espessura do metal de
base?

a) Alumínio e suas ligas.

b) Cobre e suas ligas.

c) Titânio e suas ligas.

d) Aço Inoxidável.

e) Ferro Fundido.

Comentário:

Questão que nos cobra uma das características do processo a arco elétrico de eletrodos revestidos (tipo
de processo cujo eletrodo é consumível). Lembre-se, Coruja, que uma das características da soldagem a
arco com eletrodo revestido, quando utilizada para soldagem o aço inoxidável, é qualquer espessura!

Gabarito: “d”.

48. (CESGRANRIO/Petrobrás - Técnico(a) de Inspeção de Equipamentos e Instalações Júnior – 2014)

Que característica do gás Hélio favorece a sua utilização no processo de soldagem TIG, em relação ao gás
Argônio?

a) Baixa tensão de arco.

b) Arco mais estável.

c) Fácil abertura do arco.

d) Custo reduzido.

e) Maior penetração.

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Comentário:

Questão interessante sobre a soldagem a arco elétrico de eletrodo não consumível denominada TIG.
Vimos que na TIG, Coruja, temos que a proteção do arco é do tipo gasosa e podem ser utilizados dois tipos
de gases inertes - argônio e/ou hélio! Vimos que o argônio oferece diferentes vantagens em relação ao
hélio. Apesar disso, o hélio tem como característica principal proporcionar maior penetração soldagem
TIG! Vamos relembrar as características de cada gás inerte? Veja que temos como principais
características na comparação entre argônio e/ou hélio:

• Argônio tem melhor estabilidade do arco que hélio;


• Argônio tem menor consumo, já que é mais denso que o hélio;
• Argônio necessita de menores tensões que o hélio;
• Argônio é menos custoso que o hélio;
• Argônio tem maior facilidade de abertura de arco que o hélio;
• Argônio gera um "efeito de limpeza dos óxidos" melhor que o hélio na soldagem com CA.

Todavia, temos duas vantagens do hélio em relação ao argônio: maior penetração e possibilidade de uso
de maiores velocidades de soldagem.

Gabarito: “e”.

49. (CESGRANRIO/Petrobrás - Técnico(a) de Inspeção de Equipamentos e Instalações Júnior – 2014)

Que vantagem o processo de soldagem TIG pode oferecer?

a) Permitir a inclusão de tungstênio na solda.

b) Possibilitar a soldagem em locais com corrente de ar.

c) Soldar a maioria dos metais e ligas.

d) Reduzir a taxa de deposição do processo.

e) Eliminar a emissão de radiação ultravioleta.

Comentário:

Coruja, vimos em aula que uma das característica da soldagem TIG (soldagem a arco elétrico com
eletrodo não consumível) é a possibilidade de soldar a maioria dos metais e ligas. Isso se deve ao fato
justamente pelo eletrodo de tungstênio ser resistente a elevadas temperaturas (na casa dos 3500 oC, por
conta de o tungstênio ter elevado ponto de fusão).

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Gabarito: “c”.

EAOEAR

50. (EAOEAR/Engenharia Mecânica – 2018)

Uniões fixas são aquelas que se caracterizam pela impossibilidade de separar as peças previamente
unidas sem danificar o conjunto. Os procedimentos mais utilizados e que merecem destaque para esse
tipo de união são: Soldagem, Brasagem e Colagem.

I. A soldagem tem, como um dos seus processos, o caldeamento, isto é, aquecer a área a ser soldada com
uma fonte concentrada de calor que leva à fusão incipiente do metal, devendo-se adicionar metal de
enchimento na junta.

II. A brasagem consiste na união de metais através do aquecimento abaixo da temperatura de fusão dos
mesmos, adicionando-se uma liga de solda (metal de adição) no estado líquido, a qual penetra na folga
entre as superfícies a serem unidas.

III. A colagem é um processo de união intermetálica que consiste em unir partes metálicas ou não, através
da adição de uma substância com grande poder adesivo.

IV. As vantagens da soldagem em relação à brasagem são: maior resistência sob elevadas temperaturas
de atuação, praticamente sem limitações sobre a dimensão das peças; menor preparação das partes e
metal de adição de menor custo.

Está correto apenas o que se afirma em?

a) a) I.

b) I e IV.

c) II e III.

d) II , III e IV.

Comentário:

Opa! Mais uma questão que nos cobra diferentes termos e tipos de processos de soldagem. Vamos ver
cada assertiva.

I - errada, Coruja! De fato, o caldeamento é um tipo de processo de soldagem. É um nome "bonito" para
designar os tipos de processos nos quais as peças são unidas pelo aquecimento das peças até fazer com

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elas atinjam um estado plástico avançado (não ocorre a fusão!), ao passo que são pressionadas umas
contra as outras. Um processo que utiliza o sistema de caldeamento é a soldagem por fricção;

II - certa! Perfeita definição de brasagem! Vimos que nesse processo (logo no início de seu estudo), não
há fusão dos materiais e o consumível utilizado pode ser de diferentes composições metálicas, sendo
caracterizados por algumas propriedades importantes para adentrar o espaçamento entre as peças, tais
como a molhabilidade e a capilaridade;

III - correta! Apesar de boa parte da doutrina não considerar como um processo de soldagem, ele é, de
fato, um processo de união intermetálica! Nele, temos a união de parte metálicas ou não metálicas, por
meio da aplicação de substâncias específicas de alto poder adesivo (é, Coruja. É passar uma "cola" e unir
as peças! rs). Além disso, mesmo sendo possível sua utilização em peças metálicas, esse processo é mais
comum em uniões de madeiras, plásticos, cerâmicas, papel, tecidos, entre outros tipos de materiais;

IV - certa, com ressalvas. De fato, a soldagem (entende-se por fusão) possui maior resistência a elevadas
temperaturas (pois o ponto de fusão é do metal de base e não do metal de adição, como na brasagem).
Além disso, de fato, o tamanho da peça não constitui (na maioria das vezes) uma limitação como na
brasagem que precisa que todo o conjunto seja aquecido (logo, peças grandes, geram dificuldades para o
processo). Quanto ao "menor custo" e "menor preparação", acho complicada a generalização, pois em
ambos esses tipos de fatores existem, a depender muito da situação. Todavia, para a EAOEAR, esses
pontos são vantagem da soldagem (por fusão, pelo visto);

Gabarito: "d”.

51. (EAOEAR/Engenharia Mecânica – 2017)

A soldagem é um processo de união de materiais, em especial, de metais, muito utilizados em fabricações


industriais. Sobre os tipos de processos de soldagem, associe as duas colunas relacionando os temas com
seus respectivos conceitos.

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A sequência correta dessa classificação é?

a) 2 – 3 – 1

b) 3 – 2 – 1

c) 1 – 2 – 3

d) 3 – 1 – 2.

Comentário:

Eita, Estrategista! Que questão tranquila, não? Veja que questões fáceis também podem ser alvo da
aeronáutica. Vamos lá, de cima para baixo:

3 - oras, olha a "brecha" da questão dizendo que o eletrodo é de tungstênio! É claro que estamos falando
da TIG (Tungstein Inert Gas), processo de soldagem que utiliza proteção gasosa de gás inerte (argônio ou
hélio que são os comumente usados), cujo eletrodo é não consumível e feito de tungstênio;

2 - oras, minha coruja, estamos falando da MIG (Metal Inert Gas) um tipo de processo de soldagem que
também utiliza proteção gasosa (recebendo o nome de GMAW - Gas Metal Arc Welding) por gás inerte
(também podendo ser argônio ou hélio). A diferença é que o seu eletrodo é consumível (diferente da
TIG) e os carretéis para alimentação do eletrodo caracterizam o processo semiautomático e feito
mecanicamente;

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RAFAEL DA CUNHA E SILVA
Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Edimar Natali Monteiro
Aula 12 - Prof. Felipe

1- perfeita definição do processo mais generalizado de eletrodo revestido, no qual o eletrodo é


consumível e que possui contribuição para a proteção da solda provenientes de revestimentos
específicos;

Gabarito: "b”.

52. (EAOEAR/Engenharia Mecânica – 2016)

Os processos de soldagem consistem da união de materiais por forças de ligação química de natureza
similar às atuantes no interior dos próprios materiais. Associe as duas colunas relacionando os processos
de soldagem com suas respectivas características.

A sequência correta dessa classificação é

a) 4 – 3 – 2 – 1

b) 3 – 2 – 4 – 1

c) 1 – 4 – 2 – 3

d) 3 – 4 – 2 – 1.

Comentário:

Olha aí, Coruja! Mais uma questão simples que cobra o conhecimento superficial dos processos de
soldagem. Conforme vimos em aula, vamos associar as definições, de cima para baixo:

3 - é óbvio que está falando da MIG (Metal Inert Gas)! Ela possui uma alimentação contínua (processo
mecanizado) e o eletrodo é do tipo consumível (diferente da TIG, por exemplo) e com gás de proteção
inerte (argônio ou hélio) introduzido pela pistola. Lembre-se, inclusive, do detalhe da fonte de
alimentação: "MIG fede, MIG tem CC" - a corrente na MIG é contínua (CC), diferentemente da TIG que
pode ser CC ou CA (corrente alternada) a depender do tipo de processo, gás de proteção e material;

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4 - opa! Temos o nosso famoso processo a arco submerso, no qual o fluxo é granular (sólido) e faz uma
camada física de proteção da solda em relação à atmosfera local, formando a escória pela sua fusão
durante o processo. Lembre-se que esse processo, inclusive, não pode ser feito em qualquer posição de
soldagem (como em soldas sobre-cabeça);

2 - oras, temos nem o que comentar: eletrodo de tungstênio e utiliza gás de proteção (que é inerte).
Estamos falando da TIG;

1 - veja que a banca descreve o processo por eletrodo revestido, já que menciona que a proteção da
poça de fusão é feita pela degradação proveniente da queima do revestimento (que pode ser de vários
tipos) do eletrodo consumível, contribuindo para a escória produzida durante o processo.

Gabarito: "d”.

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