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#contato
Geografia
Ensino Médio
Componente curricular
Geografia
Rogério Martinez
1ª edição
São Paulo
2016
Martinez, Rogério
1. Geografia (Ensino médio) I. Vidal, Wanessa Pires Garcia. II. Título. III. Série.
16-02544
CDD-910.712
CNPJ 61.186.490/0016-3
Portanto, por meio desses estudos podemos nos preparar para participar de
maneira ativa, crítica e consciente na transformação da nossa sociedade, em
busca de um futuro melhor.
Abertura
As páginas de abertura de unidade marcam o momento inicial do estudo do
tema proposto. Apresentam um recurso deflagrador, em geral, uma imagem,
que traz uma mensagem ou informação sobre algo relacionado à unidade
temática.
Explorando o tema
Para auxiliar sua compreensão no decorrer dos textos, os termos técnicos são
explicados na forma de vocabulários inseridos na página.
Atividades
A seção Para assistir, Para ler, Para navegar conta com sugestões de livros,
filmes e sites por meio dos quais você poderá ampliar seus conhecimentos
sobre os assuntos estudados por meio de diferentes mídias.
Sumário
Natureza e paisagem:
o espaço natural, p. 12
Contexto geográfico, p. 20
Estudo de caso - Jardins suspensos no sertão
Atividades, p. 26
Tipos de indústria, p. 38
As diferenças coexistem, p. 39
A indústria no mundo, p. 40
A desconcentração industrial, p. 44
Explorando o tema, p. 45
A indústria globalizada
Atividades, p. 46
Petróleo, p. 58
A geopolítica do petróleo, p. 61
Os "choques" do petróleo, p. 62
Carvão mineral, p. 64
Gás natural, p. 65
Explorando o tema, p. 68
Contexto geográfico, p. 75
Atividades, p. 78
População e Geografia, p. 88
O crescimento da população, p. 92
As teorias demográficas, p. 94
Teoria malthusiana, p. 94
Teoria neomalthusiana, p. 95
Teoria reformista, p. 95
A transição demográfica, p. 96
A estrutura da população, p. 98
Pirâmide etária, p. 98
Atividades, p. 112
Atividades, p. 136
A cidade, p. 146
Atividades, p. 162
Atividades, p. 186
Atividades, p. 208
A Revolução Verde
Atividades, p. 236
Atividades, p. 258
10
11
A Terra tem sido transformada por inúmeros fenômenos naturais desde que se
formou, há 4,6 bilhões de anos. O mais antigo ancestral do ser humano, por
sua vez, existe na Terra há apenas 4 milhões de anos, aproximadamente.
12
Hominídeo: família de animais que pertence à ordem dos primatas e que tem
como características comuns: posição da coluna vertebral que facilita a postura
ereta, crânio maior em relação ao tamanho do corpo, cérebro mais
desenvolvido e mais complexo que o de qualquer outro animal, pernas longas
em comparação aos braços e ausência de cauda.
Fim do glossário.
Boxe complementar:
O tempo geológico
Fim do complemento.
13
Tempo geológico
14
Boxe complementar:
Glossário:
Fim do glossário.
Fim do complemento
15
Em boa parte do território brasileiro, como nas bacias dos rios Paraná,
Parnaíba e Amazonas, também são encontrados sedimentos marinhos com
fósseis que datam do período Devoniano (entre 408 milhões e 360 milhões de
anos atrás), evidências de que essas áreas já estiveram cobertas pelas águas
do mar decorrentes de transgressões marinhas ocorridas no passado
geológico.
Glossário:
Fim do glossário.
16
O tempo da Terra
17
A deriva continental
18
A ação contínua dos ventos, por sua vez, pode provocar o deslocamento das
dunas de regiões desérticas ou costeiras, sempre modificando a fisionomia
dessas paisagens (veja foto C).
Glossário:
Fim do glossário.
19
- a ação erosiva das águas dos rios, que, de forma muito lenta, escavam o
terreno, podendo formar cânions profundos, ou depositam sedimentos ao longo
do seu curso, dando origem a vales e planícies fluviais;
Primavera
Verão
Outono
Inverno
20
Contexto geográfico
Estudo de caso
[...]
[...]
21
[...]
A altitude e a arrumação do relevo, por sua vez, agem juntas para formar um
enorme muro que bloqueia esses ventos, condicionando a formação de chuvas
na vertente exposta aos ventos e no topo das elevações - justamente onde a
floresta se estabeleceu. Os solos participam desse processo por meio de suas
propriedades adequadas ao suporte da floresta. [...]
Sabemos onde ocorrem essas ilhas de floresta úmida, quantas existem e como
são essencialmente mantidas. Agora, é pertinente perguntar: de onde vieram?
E por que, atualmente, estão pontuando o semiárido brasileiro na forma de
enclaves florestais? As respostas aqui apresentadas ainda não são definitivas,
mas certamente contêm algo mais do que uma simples aproximação da
verdade.
[...]
Do Cretáceo Superior pulamos para o Pleistoceno (1,8 milhão até 10 mil anos
atrás), quando modificações mais pronunciadas e definitivas ocorreram na
vegetação, causadas por extremas variações climáticas. No Pleistoceno, o
processo gradual de resfriamento e estiagem que o planeta já vinha
enfrentando exacerbou-se. Nessa época, a Terra experimentou pelo menos
cinco glaciações, e cada uma delas deu sua contribuição às mudanças. [...]
22
23
Boxe complementar:
CRÉDITO: imageBROKER/Alamy/Latinstock
CRÉDITO: meunierd/Shutterstock.com
Fim do complemento.
24
CRÉDITO: blickwinkel/Alamy/Latinstock
Boxe complementar:
[...]
[...] a luz brilhante e transparente ilumina as caras das mulheres e das crianças
reunidas para um baile. Um teclado começa a tocar. Uma guitarra desafinada
acompanha. Um rapaz do povoado filma tudo com sua câmera. O novo se
choca com o antigo. A cultura que durante séculos sustentou os nativos da ilha
está perdendo o sentido.
Como o urso-polar, o homem inuit sofre por causa das mudanças bruscas do
clima e da política ambiental mundial. Hoje, para os nativos da Groenlândia, a
maneira mais fácil de se alimentar é enchendo o carrinho no supermercado do
vilarejo. Tudo o que nele se vende é importado da capital, Nuuk, ou de outros
países.
Glossário:
Fim do glossário.
25
[...]
PALMERS, Anne. Groenlândia, o cofre de ouro dos inuits. Revista Planeta, São
Paulo, ed. 461, fev. 2011. p. 68. Disponível em:
http://revistaplaneta.terra.com.br/secao/reportagens/groenlandia-o-cofre-de-
ouro-dos-inuits. Acesso em: 28 out. 2015.
Fim do complemento.
Uma época para o preparo da terra e o plantio das lavouras, outra para cuidado
com as plantações e outra época destinada à colheita. Tais tarefas,
geralmente, são realizadas de forma coletiva e com o uso de ferramentas
rudimentares, como foices, enxadas, arados manuais de tração animal, entre
outras.
É o que já ocorreu, por exemplo, com muitos povos indígenas que vivem
espalhados no território brasileiro, vítimas de um violento processo histórico de
interferência cultural, que levou à assimilação de outras culturas e à perda
sistemática e irreparável de seus costumes, tradições, hábitos e valores. O
texto a seguir trata da situação dos povos inuits que vivem na Groenlândia.
CRÉDITO: Palenque/Shutterstock.com
26
Atividades
Sistematizando o conhecimento
Expandindo o conteúdo
[...]
[...] em 2002, Paul Crutzen, químico holandês ganhador do prêmio Nobel (em
1995), publicou um artigo chamado Geologia da humanidade, onde sugeriu o
termo 'antropoceno', reacendendo a polêmica na comunidade científica. Outras
palavras, como 'tecnógeno' e 'tecnoceno', são ocasionalmente utilizadas para
denominar esse tempo contemporâneo, que teria sucedido o Holoceno.
[...]
Glossário:
Fim do glossário.
27
[...]
d) O que o texto quer dizer com: "[...] a humanidade tende a continuar sendo
uma poderosa força ambiental".
CRÉDITO: NASA
28
29
A Geografia no cinema
10.000 a.C.
Ano: 2008
O filme retrata a aventura de D'Leh, um jovem guerreiro que viaja por territórios
desconhecidos em busca de Evolet, jovem sequestrada de seu povo por quem
é apaixonado.
Para assistir
O filme retrata a busca pelo domínio do fogo por um grupo humano da Pré-
História.
- OS DEUSES devem estar loucos . Direção: Jamie Uys. 20th Century Fox,
1981.
Retratando o choque entre diferentes culturas, essa comédia mostra a história
de um povo africano que acredita ter recebido um presente dos deuses. Tudo
começa quando uma garrafa de refrigerante cai de um avião sobre a aldeia.
Para ler
- ZIMMER, Carl. O livro de ouro da evolução. Tradução Jorge Luis Calife. Rio
de Janeiro: Ediouro, 2004.
Para navegar
30
(08) Para a Geografia, existem dois espaços bem definidos: o espaço físico e o
espaço humano, sendo o primeiro entendido como natural, e o segundo como
social. Os dois sempre são estudados isoladamente, e um não tem e nem sofre
qualquer interferência do outro.
Evento 1
a) 29.
b) 29.
c) 30.
d) 30.
e) 31.
Evento 2
a) 29.
b) 30.
c) 30.
d) 31.
e) 31.
Evento 3
a) 30.
b) 30.
c) 31.
d) 31.
e) 31.
Evento 4
a) 30.
b) 31.
c) 31.
d) 31.
e) 31.
3. (IFBA-BA) Considerando os referenciais teórico-metodológicos na
construção do conhecimento geográfico e a análise e interpretação das
transformações territoriais e espaciais ocorridas a partir do desenvolvimento da
ciência e da tecnologia na dinâmica do modo de produção capitalista, é
CORRETO afirmar:
31
4. (UEM-PR) Sobre o planeta Terra, sua idade e evolução, identifique o que for
CORRETO.
(08) A deriva dos continentes se iniciou na Era Cenozoica, por volta de 100 mil
anos atrás, quando só existia um único continente chamado de Gondwana.
Posteriormente, no Holoceno, este continente se dividiu em cinco outros
continentes, chegando à configuração atual.
Texto
O sumiço de espécies é um fato da vida. Além das Big Five, como são
conhecidas as cinco grandes extinções em massa do passado, nos dias de
hoje é anunciada a Sexta Extinção, porque tem tudo para atingir dimensões
comparáveis às das outras cinco grandes extinções em massa da história da
Terra. Propício atentar a este problema, pois é o Ano Internacional da
Biodiversidade.
As cinco primeiras
32
II. Na Sexta Extinção, como é conhecido o atual momento, o principal fator que
desencadeia este fenômeno é o aumento do número de terremotos e da
atividade vulcânica no Círculo de Fogo do Pacífico.
III. Nas Big Five, as extinções em massa parecem não terem sido
desencadeadas pela ação de seres vivos, principalmente por uma única
espécie - o homem.
a) I, II e III, apenas.
b) I e III, apenas.
e) I e II, apenas.
Nessa era do mundo que precedeu a era secundária, a Terra foi recoberta por
uma vegetação compacta em virtude do calor tropical e da umidade
persistente. Uma atmosfera de vapores envolvia todo o globo, escondendo
ainda os raios do sol.
www.triplov.com/walkyria/viagem_centro_terra/capitulo_20.htm. Acesso em: 10
set. 2009.
a) Mesozoica.
b) Cenozoica.
c) Proterozoica.
d) Paleozoica.
e) Pré-cambriana.
a) V, F, F, F, V.
b) F, V, V, F, F.
c) V, F, F, V, V.
d) V, V, F, V, V.
e) V, F, V, V, V.
I Mesozoico.
II Cenozoico Terciário.
III Arqueozoico.
IV Paleozoico.
V Cenozoico-Quaternário
Coluna da direita:
3 - Origem da vida.
33
O texto permite concluir que a agricultura começou a ser praticada há cerca de:
a) 365 anos.
b) 460 anos.
c) 900 anos.
d ) 10.000 anos.
e) 460.000 anos.
11. (UEPB-PB)
12. (UEL-PR)
"Na história primitiva, havia poucas formas criadas pelo homem, sendo
bastante reduzido o número daquelas estabelecidas com um sentido de
permanência ou de maior impacto. O espaço assemelhar-se-ia à tela proverbial
esperando pela tinta da história humana. Neste aspecto, as alternativas eram
infinitas. Entretanto, cada objeto permanece na paisagem, cada campo
cultivado, cada caminho aberto, poço de mina ou represa constitui uma
objetificação concreta de uma sociedade e de seus termos de existência. As
gerações vindouras não podem deixar de levar em conta essas formas. As
cidades e as redes de transportes dos tempos modernos testemunham tal
herança, que se interpõe no curso do futuro."
a) I e II.
b) I e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
35
36
Boxe complementar:
Indústria
Fim do complemento.
37
CRÉDITO: IR Stone/Shutterstock.com
38
Tipos de indústria
CRÉDITO: Kham/Reuters/Latinstock
39
CRÉDITO: Xu Xiaolin/Corbis/Latinstock
- As diferenças coexistem
40
A indústria no mundo
Boxe complementar:
Modelos de industrialização
41
Entre os países que se industrializaram por meio desse modelo podemos citar
a ex-União Soviética, a antiga Alemanha Oriental, a Polônia, a Hungria e a
China. Esse modelo de industrialização se esgotou no final do século XX com a
queda do socialismo soviético.
Fim do complemento.
FONTE: SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. 34. ed. São Paulo: Ática, 2013. p.
33. 1 atlas. Escalas variam. CRÉDITO: E. Cavalcante
42
Fontes de energia
43
Mão de obra
Mercado consumidor
Capital
44
A desconcentração industrial
45
Explorando o tema
A indústria globalizada
Essa interligação cada vez mais efetiva entre os diferentes lugares produtivos
do espaço geográfico possibilitou o surgimento de uma "indústria globalizada",
apoiada em um processo produtivo também mundializado. Isso significa que
uma empresa pode desenvolver seus projetos em um país, realizar as
diferentes etapas de fabricação em vários outros, conforme as vantagens
oferecidas em cada um deles, e, por fim, vender sua produção em escala
mundial. Veja o exemplo a seguir.
Observação:
Fim da observação.
46
Atividades
Sistematizando o conhecimento
a) clássica ou original;
b) planificada;
c) tardia ou periférica.
Expandindo o conteúdo
Glossário:
Fim do glossário.
47
[...]
[...]
IZIQUE, Claudia. O relevo econômico do interior. Pesquisa Fapesp on-line, São
Paulo, jul. 2012. Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br/2012/07/16/o-
relevo-economico-do-interior/. Acesso em: 14 out. 2015.
FONTE: ATLAS geográfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. p. 143.
1 atlas. Escalas variam. CRÉDITO: E. Cavalcante
48
[...]
Quando o apito
Da fábrica de tecidos
Eu me lembro de você.
E está interessada
Você no inverno
Sou do sereno,
ROSA, Noel. Três apitos. Coleção MPB Compositores. Noel Rosa. nº 3. Editora
Globo, 1997.
49
A Geografia no cinema
Germinal
Título: Germinal
Ano: 1993
Origem: França.
Para assistir
Para ler
Para navegar
50
(01) Uma forte arrancada industrial é seguida sobretudo por uma intensa
urbanização, privilegiando a lógica da acumulação capitalista e criando
desigualdades urbanas locais.
(04) Nesses países a agricultura não se subordina à indústria, pois esta tem
seus próprios meios de conseguir matérias-primas vitais para a produção.
(32) Esses países, como o Brasil, expandem-se nos mesmos moldes dos
países capitalistas industriais mais avançados, dominando econômica e
politicamente os países mais atrasados, como China, Canadá e África do Sul.
51
4. (AMAN-RJ)
I. Nas últimas décadas do século XX, estabeleceu-se uma nova lógica mundial
de localização industrial: a produção em larga escala, com elevada automação,
é realizada nos países desenvolvidos e as indústrias de tecnologia de ponta
concentram-se nos países subdesenvolvidos, onde a mão de obra é mais
barata.
b) I e V.
c) II e IV.
e) III, IV e V.
53
10. (ENEM-MEC) A evolução do processo de transformação de matérias-
primas em produtos acabados ocorreu em três estágios: artesanato,
manufatura e maquinofatura.
11. (UFF-RJ)
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) I, III e IV.
e) N.D.A.
a) Sudeste e Amazônia
b) Centro-Oeste e Nordeste
c) Nordeste e Sul
d) Sul e Centro-Oeste
e) Amazônia e Centro-Oeste
54
Glossário:
Fim do glossário.
55
Desde os primórdios de sua história, o ser humano usa a energia para realizar
suas tarefas. Já na Pré-História, o uso da força animal serviu como fonte de
energia para arar as terras e também para o transporte. Com o domínio do
fogo, há pelo menos 200 mil anos, surgiu a primeira fonte de energia utilizada
pelo ser humano para a consumação de suas necessidades, como cozinhar, se
aquecer e se proteger.
57
Boxe complementar:
Fim do complemento.
58
Petróleo
Formação do petróleo
59
60
61
- A geopolítica do petróleo
Glossário:
Fim do glossário.
Boxe complementar:
Fim do complemento.
62
- Os "choques" do petróleo
Boxe complementar:
Fim do complemento.
63
Depois dessa nova alta, o preço do petróleo voltou a cair, chegando, em 2016,
a cerca de 34 dólares. As oscilações no preço revelam, porém, a grande
importância estratégica que o petróleo ainda possui na economia mundial, e
que instabilidades de ordem política, econômica ou militar, sobretudo nas
regiões produtoras, terão com certeza repercussões diretas na cotação dessa
fonte energética.
O gráfico a seguir mostra como o preço médio do petróleo oscilou nas últimas
décadas influenciado por razões de ordem política, econômica e militar.
64
Carvão mineral
FONTE DAS ILUSTRAÇÕES: STRADLING, Jan. The wonders inside the Earth.
San Diego: Silver Dolphin, 2009. p. 84. CRÉDITO: Gary Hincks/SPL/Latinstock
Boxe complementar:
Qualidade do carvão
Quanto maior a concentração de carbono, maior o teor calorífico do carvão, e,
por conseguinte, maior o seu poder energético. Por isso, o carvão pode ser
classificado em:
Fim do complemento.
Embora a queima do carvão mineral seja muito eficiente dado o seu forte poder
calorífico, seu uso em larga escala apresenta algumas desvantagens: ao ser
queimado, o carvão libera grande quantidade de gases químicos poluentes,
como monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO 2) e óxidos sulfúricos
(SO3). Esses gases contribuem para o agravamento de inúmeros problemas
ambientais, entre eles, o efeito estufa e a chuva ácida (assunto que
estudaremos no volume 3).
65
Gás natural
Boxe complementar:
Termelétricas
Fim do complemento.
66
Com a crise do petróleo nas décadas de 1970 e 1980, como vimos, vários
países industrializados do hemisfério Norte passaram a investir em pesquisas e
tecnologias voltadas para a construção de usinas nucleares, como forma de
produzir energia elétrica e diminuir sua dependência do petróleo. Apesar dos
altos custos de sua construção, as usinas nucleares ocuparam posição de
destaque na política energética de países ricos e industrializados, como
Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França e Inglaterra, em especial,
daqueles que não dispunham de recursos energéticos abundantes em seu
território (Bélgica, Holanda, Suíça, Japão).
Alguns países, sobretudo aqueles que não dispõem de recursos hídricos para a
instalação de usinas hidrelétricas, nem de grandes reservas de combustíveis
fósseis, investem na produção de energia nuclear. Isso, por sua vez, amplia
sua dependência dessa fonte energética. O gráfico abaixo mostra a
participação da energia nuclear na matriz energética de alguns países do
mundo.
Glossário:
Fim do glossário.
LEGENDA: Uma usina nuclear, assim como uma termelétrica, gera energia a
partir do vapor em alta pressão. Nas usinas nucleares, o calor necessário para
gerar vapor em alta pressão é obtido de reações nucleares desencadeadas por
elementos radiativos. Entre eles, estão o urânio, o tório e o plutônio. Nesse
processo, chamado fissão nuclear, técnicas controladas de bombardeamento
de partículas ou nêutrons atingem o núcleo do urânio, gerando uma reação em
cadeia, que libera energia na forma de calor (veja figura acima). O restante do
processo é semelhante ao de uma usina termelétrica.
Boxe complementar:
Fim do complemento.
67
Hidrelétricas
Esquema de hidrelétrica
FONTE: Ilustração produzida com base em: AGUIAR, Laura; SCHARF, Regina.
Como cuidar da nossa água. São Paulo: BEI~ Comunicações, 2010. p. 71.
(Coleção entenda e aprenda). CRÉDITO: Luciane Mori
68
Explorando o tema
Glossário:
Fim do glossário.
Solar: a radiação solar é captada por meio de grandes painéis fabricados com
células fotovoltaicas, as quais geram eletricidade por meio de reações
químicas. Uma usina solar consiste num grande agrupamento desses painéis.
A energia solar também pode ser usada para aquecimento de água em painéis
solares residenciais. Embora a energia do Sol seja abundante e disponível para
toda a população, seu aproveitamento para geração de energia é recente e
ainda pouco disseminado no mundo. Abaixo, sistema de produção de energia
solar na Alemanha, em 2015.
69
Geotérmica: energia obtida a partir do calor proveniente do interior da Terra. As
usinas geotérmicas aproveitam a água superaquecida acumulada em
reservatórios subterrâneos, localizados próximo à superfície ou mesmo em
grandes profundidades. Essa água superaquecida é bombeada até a usina,
gerando o vapor necessário para movimentar turbinas e produzir energia
elétrica. Estados Unidos, Filipinas, Indonésia, Itália, México, Japão e Islândia
são alguns dos poucos países que exploram, em pequena escala, essa fonte
energética. Abaixo, usina geotérmica na Itália, em 2014.
Maremotriz: energia obtida pela variação diária das marés que se formam pela
ação gravitacional do Sol e da Lua sobre a Terra. O aproveitamento dessa
energia é semelhante ao das usinas hidrelétricas, exigindo a construção de
uma barragem com a função de reter a água do mar. Quando a maré está alta,
a água passa pelas comportas abertas da barragem, enchendo o reservatório.
Quando a maré está baixa, a água retida no reservatório é liberada com
energia potencial suficiente para acionar as turbinas que geram energia
elétrica. O processo se repete, então, a cada intervalo entre uma maré alta e
uma maré baixa. Abaixo, sistema maremotriz de produção de energia na
França, em 2012.
Glossário:
Fim do glossário.
70
71
72
Glossário:
Fim do glossário.
73
O gás natural responde por 13,5% de toda a energia consumida no país, sendo
a segunda fonte não renovável mais utilizada, atrás apenas do petróleo. O
consumo de gás natural no Brasil aumentou a partir da década de 1990,
quando a ocorrência de racionamentos e apagões provocados pelo deficit
energético levou o governo brasileiro a incentivar o uso dessa fonte de energia
nas indústrias e nas usinas termelétricas.
74
Energia nuclear
FONTE: ATLAS geográfico escolar. 6ª ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. p. 173.
1 atlas. Escalas variam. CRÉDITO: E. Cavalcante
Ainda que o custo das usinas nucleares tenha sido altíssimo, a participação
dessa energia na matriz energética brasileira é muito reduzida (cerca de 2,5%),
motivo pelo qual se pode questionar se a energia nuclear realmente constitui
uma das melhores alternativas energéticas para o país.
O programa nuclear brasileiro ainda enfrenta várias outras críticas. Os
movimentos ambientalistas, por exemplo, questionam a localização geográfica
das usinas. Construídas nas proximidades dos maiores centros consumidores
de energia do país, elas representam um risco e uma ameaça para milhões de
pessoas em caso de vazamentos radioativos gerados por um acidente nuclear.
75
Contexto geográfico
Ponto de vista
No início deste século, o Brasil enfrentou uma crise energética marcada pela
ocorrência de apagões (blackouts) provocados pela interrupção no
fornecimento de energia. Essa crise foi desencadeada por uma combinação de
fatores. O consumo de energia (residencial e industrial) aumentava em razão
do crescimento econômico, mas a oferta de energia se mantinha estável pela
falta de investimentos no setor.
Há, ainda, o potencial da energia solar, que pode se tornar uma excelente
opção quando os custos e a eficiência das centrais solares tornarem essa fonte
de energia mais barata e competitiva.
Glossário:
Fim do glossário.
76
Infográfico
Energia eólica
A produção de energia que aproveita a força dos ventos por meio de enormes
moinhos para gerar eletricidade é uma das mais promissoras da atualidade.
Não apenas porque as correntes de ventos são inesgotáveis, mas por se tratar
de energia limpa, não poluidora e sua produção ter poucas desvantagens.
77
78
Atividades
Sistematizando o conhecimento
3. Cite dois países que são grandes produtores e dois países que são grandes
consumidores de petróleo.
9. Por que o Brasil necessita importar grande parte do carvão mineral que
consome?
Expandindo o conteúdo
79
[...]
Apesar disso, o [nosso] país começa a fazer a sua lição de casa e aprende a
depender um pouco menos desse tipo de combustível. É o que ocorre, por
exemplo, em Betim, município mineiro conhecido como polo da indústria
automobilística e petroquímica. A cidade é modelo nacional no uso de energias
limpas. [...]
Significa que a cidade não apenas utiliza fontes alternativas de energia, mas
também se preocupa em racionalizar o uso dos combustíveis fósseis e da
eletricidade. Na residência da manicure Maria Geralda da Conceição, por
exemplo, a água do chuveiro é aquecida por painéis solares. A cidade tem
quase 1,7 mil equipamentos desse tipo instalados em casas populares.
Lâmpadas a vapor de sódio, mais eficientes e econômicas, substituem as de
mercúrio na iluminação pública. Leis municipais obrigam o uso de veículos
oficiais do tipo flex (gasolina e álcool) e a frota de ônibus é movida a biodiesel,
que contém um percentual de 2% de fonte energética renovável.
[...]
[...]
a) Você já refletiu sobre como o petróleo está presente em seu dia a dia? Anote
alguns exemplos.
80
A charge é um tipo de texto visual que, por meio de uma linguagem humorística
e opinativa, aborda temas que despertam certa polêmica, como política,
economia e meio ambiente.
De modo geral, as charges fazem uma crítica de temas atuais; por isso, para
serem entendidas, é necessário que seu leitor tenha conhecimento do contexto
cultural, econômico e social no qual foram produzidas, ou seja, que esteja bem
informado acerca do tema tratado.
81
A Geografia no cinema
Ano: 2005
Para assistir
Para ler
Para navegar
82
2. (UFBA-BA)
83
II. O petróleo vem sendo apontado como um poluidor do meio ambiente, seja
pelas emissões para a atmosfera, seja pelos acidentes envolvendo petroleiros.
a) A primeira foi em 1973, quando os EUA tentaram invadir Israel para dominar
os poços petrolíferos desse país; a segunda foi em 1979, quando foi criado o
Estado da Palestina e eclodiu o conflito com a Arábia Saudita; a terceira foi em
1991, quando começou a guerra do Iraque.
84
a) Hulha.
b) Linhito.
c) Xisto betuminoso.
d) Antracito.
e) Turfa.
II. Ainda que sejam raros os acidentes com usinas nucleares, seus efeitos
podem ser tão graves que essa alternativa de geração de eletricidade não nos
permite ficar tranquilos.
A respeito desses argumentos, pode-se afirmar que:
e) ambos são irrelevantes, pois a opção pela energia nuclear está-se tornando
uma necessidade inquestionável.
a) petrolífera e geotérmica.
b) eólica e termonuclear.
85
a) do Rio de Janeiro
b) de São Paulo
c) do Paraná
d) de Santa Catarina
15. (UFPI-PI) A energia nuclear oferece altos riscos ambientais e humanos, por
isso recebe a crítica de ambientalistas e de pacifistas. No Brasil há um único
complexo de usinas nucleares que se localiza:
a) em São Paulo.
b) em Minas Gerais.
c) no Rio de Janeiro.
e) no Espírito Santo.
d) Existe o risco de o país construir armas atômicas, uma vez que o Brasil
passou a dominar a tecnologia de enriquecimento de urânio e não é signatário
do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares. Uma preocupação
suplementar é o alinhamento brasileiro à política nuclear iraniana.
86
unidade 4 - População mundial
87
88
População e Geografia
Observação:
Fim da observação.
País Pop. absoluta (em mil) Área (km²) Densidade demográfica (hab./km²)
País Pop. absoluta (em mil) Área (km²) Densidade demográfica (hab./km²)
89
90
91
Boxe complementar:
Povoamento e desenvolvimento
CRÉDITO: pbombaert/Shutterstock.com
Por outro lado, muitos países que são menos povoados, como é o caso do
Brasil, apresentam sérios problemas sociais e econômicos. Isso significa que
os serviços essenciais e a estrutura econômica existentes na Bélgica atendem
de maneira muito mais eficiente as necessidades de sua população em termos
de educação, saúde, renda, moradia etc.
Fim do complemento.
92
O crescimento da população
Mas, afinal, por que a população mundial cresceu tanto em tão pouco tempo?
Para compreender esse crescimento - também chamado crescimento natural
ou crescimento vegetativo -, devemos analisar os fatores que alteraram o
comportamento da taxa de natalidade e da taxa de mortalidade ao longo dos
últimos dois séculos.
Glossário:
Fim do glossário.
93
O número maior de filhos por mulher também está ligado a fatores de ordem
religiosa. Nos países em que a religião exerce grande influência cultural,
opondo-se ao controle da natalidade pelo uso de métodos contraceptivos e ao
aborto, a taxa de natalidade se mantém muito elevada. É o que ocorre,
principalmente, em países islâmicos, como Afeganistão, Bangladesh e Iêmen
(na Ásia), Somália, Etiópia, Uganda, Níger e Chade (na África). Observe a
representação abaixo.
Glossário:
Fim do glossário.
94
As teorias demográficas
- Teoria malthusiana
95
- Teoria neomalthusiana
- Teoria reformista
Angola 6,20 17
Paquistão 3,72 38
Bolivia 3,04 75
Brasil 1,82 80
Itália 1,42 92
Em nosso país, podemos notar que o número médio de filhos por mulher é bem
menor, a exemplo das famílias de classe alta, quando há maior acesso à
educação, à assistência médica e à informação. Com base nas questões
sociais e econômicas, essa teoria se tornou mais realista, sem vislumbrar
soluções únicas e simplistas para o problema demográfico.
96
A transição demográfica
Fase I ou pré-transição
Fase II
97
Fase III
Fase IV
Observação:
Fim da observação.
98
A estrutura da população
- Pirâmide etária
99
100
- Populações envelhecidas
101
Contexto geográfico
Ponto de vista
[...]
[...]
102
Boxe complementar:
Setores da economia
Fim do complemento.
Estados
134.421 1 18 81
Unidos
França 22.854 1 22 77
Alemanha 35.105 1 29 70
Japão 55.530 2 27 71
Brasil
94.713 15 23 62
(2012)
Argentina
11.957 3 22 75
(2012)
México 33.016 8 27 65
África do
12.712 5 24 71
Sul
Tanzânia
18.822 74 5 21
(2008)
Marrocos
11.459 41 22 37
(2008)
Vietnã
48.209 52 20 28
(2008)
Glossário:
Fim do glossário.
103
Diante disso, uma grande parcela dos trabalhadores, sobretudo aquela com
baixa escolarização e menor qualificação profissional, passou a sobreviver
exercendo atividades que, em geral, proporcionam baixos rendimentos
(camelôs, vendedores ambulantes, guardadores de carros, catadores de
sucata etc.), provocando o chamado "inchaço" da economia informal (foto
abaixo).
104
Boxe complementar:
A palavra migração vem do latim migro, que significa "ir de um lugar para
outro". As migrações podem ser de diferentes tipos:
Fim do complemento.
105
% de Imigrantes
Número de
País em relação ao
Imigrantes
mundo
Estados
45.785.090 19,8
Unidos
Emirados
Árabes 7.826.981 3,4
Unidos
106
LEGENDA: Imigrante africano, de Gana, trabalhando como taxista na cidade
de Nova York, Estados Unidos, em 2014.
Glossário:
Fonte de divisas: valores, que podem estar na forma de letras, cheques, ordens
de pagamento, que possam ser convertidos em moeda estrangeira e que
estejam em poder de uma nação, de suas entidades públicas ou privadas.
Fim do glossário.
107
Glossário:
108
- Migração e xenofobia
Glossário:
Xenofobia: a palavra xenofobia é formada pela junção dos termos xeno + fobia:
xeno (do grego xénos) expressa a ideia de estrangeiro, estranho; fobia (do
grego phobos) significa aversão, antipatia, medo.
Fim do glossário.
- Os fluxos de refugiados
109
CRÉDITO: ACNUR
110
INFOGRÁFICO
Boxe complementar:
111
Somália: há mais de duas décadas o país sofre com violentos conflitos internos
que já obrigaram mais de 1 milhão de somalis a procurar refúgio em países
vizinhos e também na Europa, atravessando o mar Mediterrâneo.
Fim do complemento.
112
Atividades
Anote as respostas no caderno.
Sistematizando o conhecimento
a) Pré-transição ou fase I.
b) Fase II.
c) Fase III.
d) Fase IV.
Expandindo o conteúdo
FONTE: WORLD watch: a dynamic visual guide packed with fascinating facts
about the world. 2. ed. Harper Collins Publishers: Hong Kong, 2012. p. 20.
CRÉDITO DAS ILUSTRAÇÕES: Gilberto Alicio
113
[...]
[...]
114
Frida Kahlo foi uma mexicana nacionalista, uma militante comunista, a mulher
de Diego Rivera (1886-1957) [...] uma mulher cheia de vida. Mas, acima de
tudo, Frida Kahlo foi uma pintora. [...]
Diego Rivera considerava os arranha-céus dos Estados Unidos tão belos como
as ruínas das civilizações antigas do México, mas Frida não concordava. Ela
pintou os edifícios como colunas lisas e estreitas que se erguem num céu
poluído, enquanto as ruínas do antigo México estão assentadas sobre solo
fértil, do qual crescem belas flores e plantas vitais.
115
A Geografia no cinema
Bem-vindo
Título: Bem-vindo
Ano: 2009
Origem: França
Para assistir
Para ler
Para navegar
116
4. (FATEC-SP)
Antes do século 20, nenhum ser humano tinha vivido o suficiente para
testemunhar uma duplicação da população mundial, mas hoje há pessoas que
a viram triplicar. Em algum momento no fim de 2011, segundo a Divisão de
População das Nações Unidas, seremos 7 bilhões de pessoas.
http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/edicao-130/populacao-mundial-
7-bilhoes-613876.shtml. Acesso em: 07.09.2011
III. Uma das consequências da queda da fecundi dade brasileira são taxas de
crescimento di ferenciadas dos vários grupos etários, com taxas menores para
os grupos mais jovens. Isto tem resultado numa diminuição do peso da
população jovem no país e num aumento da importância do segmento idoso.
Esta ten dência é chamada de envelhecimento popula cional, pois se dá em
detrimento da diminuição do peso da população jovem no total, o que acarreta
também um aumento da idade média e mediana da população.
a) Apenas I é verdadeira.
c) I e II são verdadeiras.
7. (FGV-SP)
I . Desde que Malthus apresentou sua teoria demo gráfica, são comuns os
discursos que relacionam, de forma simplista, a ocorrência da fome no planeta
com o crescimento populacional.
II. A teoria neomalthusiana, defendida por setores da população e por governos
de países de senvolvidos, busca explicar a ocorrência do atraso nos países
subdesenvolvidos, tomando como base uma argumentação demográfica.
Está(ão) CORRETA(S):
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas I e II.
d) apenas III.
e) I, II e III.
11. (FGV-RJ)
a) I, II e III.
b) I e II.
c) I, II e IV.
d) I e III.
119
13. (ENEM-MEC)
14. (AMAN-RJ)
a) II e IV.
b) IV e V.
c) I, II e III.
d) I, III e V.
e) II, III e V.
120
121
122
[...]
CRÉDITO: Johann Moritz Rugendas. 1847. Lápis e aquarela sobre papel. 57,5
x 41,5 cm. Coleção particular
Glossário:
123
Branca 46
Parda 45
Preta 8
LEGENDA: Esses números devem ser vistos com cautela, pois, como são
registros da declaração de cada pessoa entrevistada durante pesquisas, é
inevitável que ocorram algumas distorções. Por exemplo, há casos de pessoas
pardas que se declaram negras ou brancas, e a informação dada pelo
entrevistado é registrada pelo recenseador.
124
Brasil 23,8
Norte 4,48
Nordeste 36,2
Centro-Oeste 9,5
Sudeste 92,2
Sul 50,4
FONTE: ATLAS geográfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. p. 114.
1 atlas. Escalas variam. CRÉDITO: Paula Radi
125
Boxe complementar:
Imigrantes no Brasil
Entre o final do século XIX e o início do século XX, cerca de 4,1 milhões de
imigrantes chegaram ao Brasil, sobretudo vindos de Portugal, Itália, Espanha,
Alemanha e Japão.
Fim do complemento.
126
127
Com o ingresso cada vez maior das mulheres no mercado de trabalho, como
forma de ajudar no sustento da família, elas passaram a encontrar muitas
barreiras quando desejavam ter filhos, por causa do risco de serem
dispensadas, da falta de creches etc. Além disso, passaram a ter menos tempo
para os cuidados e a convivência familiar, o que, somado aos gastos mais
elevados com alimentação, saúde, lazer e educação, levou muitas delas a
optar por um número menor de filhos.
128
Boxe complementar:
Estrutura
Fim do complemento.
129
Outra barreira a ser superada é a dos preconceitos, que ainda são amplamente
disseminados tanto na sociedade em geral quanto nos próprios grupos
familiares.
Boxe complementar:
[...]
[...]
Fim do complemento.
130
Contexto geográfico
Ponto de vista
[...]
CAMPOS, André. Pobreza tem sexo. Problemas Brasileiros, São Paulo, n. 369,
p. 34-5. maio/jun. 2005.
Embora essa realidade venha se alterando, é a passos lentos que essa
alteração ocorre. Veja, a seguir, alguns dados comparativos sobre as
disparidades entre homens e mulheres no mercado de trabalho brasileiro.
131
Boxe complementar:
Fim do complemento.
- Sabendo que o Brasil está entre as dez maiores economias do mundo, reflita
sobre a seguinte questão: crescimento econômico pode ser considerado
sinônimo de desenvolvimento social? Justifique sua opinião.
132
Mais tarde, entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX, a
prosperidade da economia cafeeira seguida do processo de industrialização e
de urbanização (assunto que será estudado na unidade 7) deslocou o grande
foco de atração populacional para o eixo Rio-São Paulo.
- O êxodo rural
133
- As migrações inter-regionais
CRÉDITO: E. Cavalcante.
FONTE DOS MAPAS: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas geográfico
do estudante. São Paulo: FTD, 2011. p. 19. 1 atlas. Escalas variam.
134
135
Migrações pendulares
Esse tipo de migração se torna mais intenso à medida que a cidade cresce,
deslocando os trabalhadores de renda mais baixa para áreas periféricas
distantes ou mesmo para cidades vizinhas, que passaram a ser chamadas de
cidades-dormitório, onde os custos com moradia (aluguéis e imóveis) são bem
menores. Isso explica por que nas maiores cidades do país, como São Paulo e
Rio de Janeiro, muitos trabalhadores chegam a gastar de três a quatro horas
por dia nesse vaivém diário.
Para esses trabalhadores de renda mais baixa, essa rotina exaustiva se agrava
com a precariedade do transporte coletivo de massa (ônibus, metrôs, trens):
veículos superlotados, atrasos frequentes, preço elevado das tarifas e
conduções em péssimo estado de conservação são alguns dos principais
problemas que os usuários enfrentam diariamente.
[...]
136
Atividades
Sistematizando o conhecimento
10. Diferencie:
a) migração pendular;
b) migração temporária;
c) migração sazonal.
Expandindo o conteúdo
O Brasil deverá chegar a 2050 com cerca de 15 milhões de idosos, dos quais
13,5 milhões com mais de 80 anos. Segundo dados da Organização Mundial
da Saúde (OMS), em 2025, o país será o sexto do mundo com o maior número
de idosos. Apesar da criação de políticas voltadas para essa camada da
população, como o Estatuto do Idoso, instituído em 2003, a velocidade do
envelhecimento tem superado a implementação de ações para oferecer
melhores condições de vida à terceira idade.
"O processo é muito rápido, e as políticas públicas não têm acompanhado isso.
Viver em uma sociedade com muito mais idosos do que crianças requer um
planejamento intenso", diz o médico geriatra Luiz Roberto Ramos, da
Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
[...]
137
*Projeção
d) Você concorda com o título desse texto? Elabore um texto explicando sua
resposta.
138
É provável que você conheça alguém chamado Ubiratan ou Jacira. Pode ser
também Iracema, Tainá, Cauã ou Jandira. Quem vive ou já visitou o Rio de
Janeiro, com certeza ouviu falar em Tijuca, Itaipu, Ipanema, Jacarepaguá,
Itapeba, Pavuna e/ou Maracanã. Em São Paulo, quem não conhece Itaim,
Itaquaquecetuba, Butantã, Piracicaba, Jacareí e Jundiaí? Não importa onde se
viva, qualquer brasileiro já teve contato com uma infinidade de palavras de
origem indígena, sobretudo da língua tupi-guarani (união entre as tribos
tupinambá e guarani), como carioca, jacaré, jabuti, arara, igarapé, capim, guri,
caju, maracujá, abacaxi, canoa, pipoca e pereba.
Mas não foi só na língua portuguesa que tivemos influência indígena. Sua
herança e contribuição para a formação da cultura brasileira vai além: passa da
comida à forma como nos curamos de doenças. Os índios, através de sua forte
ligação com a floresta, descobriram nela uma variedade de alimentos, como a
mandioca (e suas variações como a farinha, o pirão, a tapioca, o beiju e o
mingau), o caju e o guaraná, utilizados até hoje em nossa alimentação. Esse
conhecimento das populações indígenas em relação às espécies nativas é
fruto de milhares de anos de conhecimento da floresta. Lá, eles
experimentaram o cultivo de centenas de espécies como o milho, a batata-
doce, o cará, o feijão, o tomate, o amendoim, o tabaco, a abóbora, o abacaxi, o
mamão, a erva-mate e o guaraná.
Outro benefício que herdamos da intensa relação dos índios e a floresta é em
relação às plantas e ervas medicinais. O conhecimento da flora e das
propriedades das plantas os fez utilizá-las nos tratamento de doenças. Por
exemplo, a alfavaca que tem função antigripal, diurética e hipotensora, ou o
boldo que é digestivo, antitóxico, combate a prisão de ventre e pode ser usado
também nas febres intermitentes (que cessam e voltam logo) são descobertas
dos índios utilizadas no nosso dia a dia.
O artesanato também não fica de fora. Bolsas trançadas com fios e fibras,
enfeites e ornamentos com penas, sementes e escamas de peixe são
utilizados em diversas regiões do país, que sequer têm proximidade com uma
aldeia indígena.
139
A Geografia no cinema
CRÉDITO: Filme de Tizuka Yamasaki. Gaijin: ama-me como sou. Brasil. 2005
Ano: 2005
Origem: Brasil
Para assistir
O filme revela como é a vida das pessoas que migram pelo país, envolvendo a
história de uma mulher, que decide ajudar um garoto a encontrar seu pai, em
uma viagem do Rio de Janeiro ao Sertão nordestino.
Para ler
- IOKOI, Hilda M. Grícoli. Ser índio hoje: a tensão territorial. São Paulo: Loyola,
1999.
- PAIVA, Odair da Cruz. Brasileiros na hospedaria dos imigrantes: a migração
para o estado de São Paulo (1888-1993). São Paulo: Memorial do Imigrante,
2001.
- SILVA JR., Hélio (Org.). O papel da cor: raça/etnia nas políticas de promoção
da igualdade. São Paulo: Ceert, 2003.
- VALIM, Ana. Migrações : da perda da terra à exclusão social. 11. ed. São
Paulo: Atual, 2009.
Para navegar
140
1. (UTFPR-PR)
Crescimento vegetativo
a) o Brasil ainda não se livrou das grandes endemias nem das doenças
infectoparasitárias. A malária, a dengue e o cólera ainda contribuem para a
queda das taxas de mortalidade, resultando em um acentuado crescimento
vegetativo na atualidade.
CRÉDITO: E. Cavalcante
141
Com base no texto e nos conhecimentos que possui sobre o tema enfocado,
analise as proposições abaixo.
a) F-V-F-F-F.
b) V-V-V-V-F.
c) F-V-V-F-F.
d) V-F-V-V-F.
e) V-F-F-F-F.
142
6. (UPM-SP)
O Brasil em 2020
Será, é claro, um Brasil diferente sob vários aspectos. A maior parte deles,
imprevisível. Uma década é um período longo o suficiente para derrubar
certezas absolutas (ninguém prediz uma Revolução Francesa, uma queda do
Muro de Berlim ou um ataque às torres gêmeas de Nova York). Mas é também
um período de maturação dos grandes fenômenos incipientes - dez anos antes
da popularização da internet já era possível imaginar como ela mudaria o
mundo. Da mesma forma, fenômenos detectá veis hoje terão seus efeitos mais
fortes a partir de 2020.
CRÉDITO: E. Cavalcante
- Devido à mudança do papel social da mulher do século XX, ela deixa de viver,
exclusivamente, no núcleo familiar, ingressando no mercado de trabalho e
passando a ter acesso ao planejamento familiar e a métodos contraceptivos.
Esses aspectos, conjugados, explicam a diminuição vertiginosa das taxas de
fecundidade no Brasil.
a) V-V-V.
b) F-V-V.
c) V-V-F.
d) F-V-F.
e) V-F-V.
CRÉDITO: E. Cavalcante
143
d) "A volta ao lar" já é uma realidade absoluta para a maioria das mulheres
trabalhadoras nas grandes cidades brasileiras, fruto do desemprego e das
desigualdades salariais entre homens e mulheres.
11. (UFSC-SC)
REGO, José Lins do. Menino de engenho. São Paulo: José Olympio, 2005. p.
104.
A partir da leitura dos excertos acima, assinale: a(s) proposição(ões)
CORRETA(S).
144
unidade 6 - Urbanização
145
146
A cidade
[...]
147
Cidade População
Florença 90 mil
Bruges 80 mil
Madri 53 mil
Roma 40 mil
Nápoles 40 mil
Bruxelas 40 mil
148
Boxe complementar:
Urbanização
Fim do complemento.
[...]
[...]
CARLOS, Ana Fani Alessandri. A cidade. São Paulo: Contexto, 1997. p. 65.
CRÉDITO: John O'Connor. 1884. Óleo sobre tela. Museu de Londres. Reino
Unido. Foto: The Bridgeman Art Library/Keystone
149
Boxe complementar:
Não existe uma definição muito clara, nem muito precisa, sobre o que é uma
cidade. Os critérios utilizados para definir uma cidade variam muito de um país
para outro.
Por esse critério, a taxa de urbanização do nosso país, calculada pelo IBGE,
levando em conta o número de pessoas que moram em cidades e também em
distritos, vilas e povoados, chega aos 85%. Esse índice é equivalente aos
verificados nos países mais industrializados e urbanizados da Europa e da
América do Norte. Mas se utilizássemos o critério adotado em outros países, a
nossa população urbana seria menor. Nos Estados Unidos, por exemplo, os
moradores que vivem em pequenas aglomerações são considerados
população rural e não urbana. Leio o texto a seguir.
[...]
[...]
Fim do complemento.
150
151
[...]
152
Glossário:
Fim do glossário.
*Projeção.
*Projeção.
153
Contexto geográfico
Ponto de vista
[...] Daqui para frente, projeções da Organização das Nações Unidas (ONU)
apontam para um aumento significativo da taxa de urbanização nas próximas
décadas, que deve atingir 59,7%, em 2030 e 69,6%, em 2050. Os novos e
antigos centros urbanos vão absorver a maior parte do crescimento que está
por vir.
[...]
[...]
[...]
154
Boxe complementar:
[...]
Fim do complemento.
156
Boxe complementar:
CRÉDITO: NASA
Fim do complemento.
157
- A hierarquia urbana
158
Glossário:
Fim do glossário.
159
Observação:
Fim da observação.
Infográfico
Crescimento acelerado
161
162
Atividades
Sistematizando o conhecimento
9. Diferencie:
a) cidades globais;
b) megacidades.
Expandindo o conteúdo
1950 5 2 7
1980 8 16 24
2015 18 53 71
[...]
163
[...] Contudo, para muitos moradores das megacidades, sejam eles ricos ou
pobres, a qualidade de vida é habitualmente reduzida. A poluição do ar, da
água e dos solos, as deficiências nos abastecimentos de água e de energia, o
congestionamento do tráfego, os problemas de saúde ambiental, a exiguidade
dos espaços verdes, a pobreza e a má nutrição, a segurança social e os
problemas de segurança pública e social resultam em várias preocupações e
restrições aos habitantes. [...]
[...]
O DESAFIO das megacidades. Revista Planeta, São Paulo, ed. 437, fev. 2009.
Disponível em: http://revistaplaneta.terra.com.br/secao/unesco-planeta/o-
desafio-das-megacidades. Acesso em: 20 out. 2015.
CRÉDITO: D Chakraborty/Demotix/Corbis/Latinstock
164
Turismo de favela
É cada vez maior o número de pessoas que buscam o turismo de favela, ou
turismo da miséria, no Rio de Janeiro. As paisagens compostas de casas
amontoadas e de ruas estreitas e o cotidiano simples de seus moradores vêm
atraindo estrangeiros de diferentes lugares do mundo. Leia o texto a seguir,
que mostra parte de uma entrevista realizada com a antropóloga Bianca Freire-
Medeiros.
[...]
É por uma questão econômica que a favela abre as portas para o turismo?
Olha, essa foi uma questão que me impressionou muito. A maior justificativa
para receber o turista seria o dinheiro que ele traz. Mas essa não é a prioridade
dos moradores. O que eles dizem é que a oportunidade que o turismo
proporciona é de construir uma representação diferente da favela. Uma
imagem positiva. [...] O morador não é otário. Ele sabe que o turista vai lá
querendo ver o tráfico, querendo ver a arma, mas aí eles têm a chance de
mostrar que a favela não é só isso.
[...]
MAIA, Maria Carolina. Turismo de favela: violência atrai visitantes. Veja, São
Paulo, 17 fev. 2010. Disponível em:
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/turismo-favela-violencia-atrai-visitantes.
Acesso em: 20 out. 2015.
165
A Geografia no cinema
CRÉDITO: Filme de Danny Boyle. Quem quer ser um milionário?. EUA e Reino
Unido. 2009
Ano: 2009
Para ler
- BRANCO, Samuel M. Ecologia da cidade. 25. ed. São Paulo: Moderna, 2003.
Para navegar
166
II. no desenvolvimento histórico das cidades, elas passaram a ser o lugar por
excelência do comércio, do artesanato e, principalmente, passaram a ser o
lugar do poder;
III. depois que a humanidade criou as cidades, elas nunca mais pararam de
crescer, sobretudo as cidades ocidentais que, durante a Idade Média, se
reproduziram como nunca;
Está(ão) CORRETA(S):
a) 4 apenas.
b) 1 e 2 apenas.
c) 1, 2 e 4 apenas.
d) 2, 3 e 4 apenas.
e) 1, 2, 3 e 4.
3. (UERJ-RJ)
De Karl Marx a Max Weber, a teoria social clássica acreditava que as grandes
cidades do futuro seguiriam os passos industrializantes de Manchester, Berlim
e Chicago - e, com efeito, Los Angeles, São Paulo e Pusan (Coreia do Sul)
aproximaram-se de certa forma dessa trajetória. No entanto, a maioria das
cidades do hemisfério sul se parece mais com Dublin na época vitoriana, que,
como enfatizou o historiador Emmet Larkin, não teve igual em meio a "todos os
montes de cortiços produzidos pelo mundo ocidental no século XIX, uma vez
que os seus cortiços não foram produto da Revolução Industrial".
167
a) Apenas II é verdadeira.
6. (UERJ-RJ)
a) verticalização e imigração.
I. Urbanização;
IV. Polarização e
V. Metrópole.
168
9. (ENEM-MEC)
Uma das consequências das inovações tecnológicas das últimas décadas, que
determinaram diferentes formas de uso e ocupação do espaço geográfico, é a
instituição das chamadas cidades globais, que se caracterizam por:
169
11. (FGV-RJ)
IV. Tanto as cidades globais como as megacidades recebem seu nome por
apresentarem grande concentração de riquezas distribuídas de maneira
uniforme entre seus habitantes.
13. (FGV-SP) As chamadas cidades globais, como São Paulo, não são apenas
cidades grandes, mas exercem funções específicas no mundo globalizado.
Assinale a alternativa que menos caracteriza uma cidade global.
a) Cidades globais têm conexão direta com o mundo financeiro, por intermédio,
sobretudo, da Bolsa de Valores.
170
171
172
Até as primeiras décadas do século XX, o Brasil ainda era um país agrário, e a
maior parte de sua população vivia no campo. Em 1872, quando foi realizado o
primeiro levantamento demográfico do país, apenas 6% da população brasileira
morava em cidades. Nessa mesma época, havia algumas centenas de cidades
espalhadas pelo território. Dessas, três contavam com mais de 100 mil
habitantes: Rio de Janeiro (275 mil), Salvador (129 mil) e Recife (116 mil).
[...]
[...]
173
174
175
Boxe complementar:
Metrópole
Fim do complemento.
176
- As regiões metropolitanas
177
Nas áreas metropolitanas, fatores como a escassez e o alto custo dos terrenos,
os congestionamentos, a falta de segurança, o maior custo da mão de obra, a
atuação dos sindicatos, entre outros, levaram muitas indústrias a redirecionar
seus investimentos para as maiores cidades do interior. Em contrapartida, nos
últimos anos, muitas dessas indústrias também foram atraídas pela concessão
de incentivos fiscais, como redução e até mesmo isenção de impostos, doação
de terrenos, instalações de infraestrutura, oferecidas pelos governos municipais
como forma de incentivar a vinda de tais investimentos a seus municípios.
178
179
180
Se até o início do século XX o Brasil era um país agrário, com mais de 90% da
população vivendo no campo, como vimos anteriormente, a economia brasileira
também se baseava em atividades primárias, voltadas principalmente para a
exportação. Esse modelo econômico agrário-exportador imposto pelos
colonizadores portugueses durante mais de três séculos impediu o
desenvolvimento da atividade manufatureira em nosso país, como descreve o
texto a seguir.
[...]
CRÉDITO: Benedito Calixto de Jesus. s.d. Óleo sobre tela. Museu Paulista da
USP, São Paulo (SP)
181
Boxe complementar:
Fim do complemento.
[...]
182
183
Observação:
Produtos, empresas e suas marcas citados nesta obra não figuram
recomendação ou indicação comercial. Eles foram usados apenas como
recurso didático.
Fim da observação.
184
Glossário:
Fim do glossário.
FONTES: ATLAS geográfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. p. 136.
INSTITUTO Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Disponível em:
ftp://ftp.ibge.gov.br/economia_cadastro_de_empresas/2013/cempre2013.pdf.
Acesso em: 19 ago. 2015. CRÉDITO: E. Cavalcante
185
Mas a dispersão da atividade industrial também foi motivada por fatores como
o encarecimento dos custos de produção nos grandes centros urbanos, já
mencionado anteriormente; os incentivos fiscais (redução e isenção de
impostos); entre outras vantagens, como a doação de terrenos, oferecidos por
alguns governos como forma de atrair novas indústrias aos seus respectivos
estados.
Observação:
Fim da observação.
186
Atividades
Sistematizando o conhecimento
7. As cidades médias, nos últimos anos, têm atraído um número cada vez
maior de migrantes. Por que isso ocorre?
8. Defina e dê exemplos:
b) metrópoles nacionais;
c) metrópoles;
d ) capitais regionais.
9. Em que consistiu o modelo de industrialização denominado substituição de
importações?
Expandindo o conteúdo
187
Industrialização
[...] Desde o século XIX, e sobretudo nas primeiras décadas do século XX,
consolidou-se a crença de que industrialização era sinônimo de modernização.
Assim, sociedades ditas tradicionais, por exemplo, as da América Latina das
primeiras décadas do século XX, começaram a se esforçar por assentar suas
economias em bases industriais sólidas.
Apesar da polêmica, parece haver consenso que tais sociedades (no caso da
América Latina) não podiam seguir os mesmos passos que as potências
capitalistas plenamente industrializadas, devido a seu contexto histórico, em
que a economia se encontrava dependente do capital monopolista já
estabelecido nos países avançados. [...] No caso latino-americano, os
chamados países de industrialização retardatária ou de Capitalismo tardio
tiveram de enfrentar entraves internos e externos ao processo de
industrialização. Externamente, sua dependência com relação às economias de
Capitalismo avançado dificultou o estabelecimento de uma indústria
competitiva, pois as nações já industrializadas detinham o monopólio do capital
e da tecnologia e produziam artigos industriais com menor custo. Internamente,
havia setores da elite, ligados à economia de exportação de bens primários,
que propagavam a ideia de que seus países tinham uma natural "vocação
agrícola", justificando, assim, uma divisão do trabalho internacional em que
cabia a algumas nações a produção de bens industriais, e a outras, a produção
de matérias-primas. Outro problema enfrentado pelas nações latino-
americanas foi, dada a pouca capitalização de suas economias, criar um
mercado consumidor interno para bens industriais. Particularmente em países
com o Brasil, as ações econômicas em prol da industrialização dependeram de
medidas políticas advindas do Estado para organizar a produção, favorecer os
industriais privados, criar empresas estatais, "harmonizar" as classes sociais
(impedindo os conflitos), disciplinar a força de trabalho pela violência e/ou
persuasão de sindicatos controlados pelo Estado etc. Seja como for, a
especificidade histórica da América Latina dificultou o processo de "transição"
de suas economias. [...]
188
189
A Geografia no cinema
Tapete vermelho
Ano: 2006
Saindo de sua propriedade rural, Quinzinho e sua família passam por várias
cidades em busca da realização de seu sonho.
Para assistir
Para ler
Para navegar
190
1. (UNICAMP-SP)
b) o maior controle por parte do Estado bra sileiro contribui para a diminuição
do cres cimento das grandes cidades brasileiras.
3. (ENEM-MEC)
e) reordenar o aparato militar brasileiro, expan dindo suas áreas de atuação até
as fron teiras dos países vizinhos.
191
III. O crescimento desenfreado dos centros urba nos no Brasil tem trazido
consequências, como o trabalho informal e o desemprego decorrente de
sucessivas crises econômicas.
6. (Fuvest-SP)
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
7. (UTFPR-PR)
b) São Paulo e sua capital não detêm mais a hegemonia industrial do passado,
pois a maior parte da produção vem de estados vizinhos como Rio de Janeiro,
Paraná e Minas Gerais.
e) Mesmo com as unidades fabris atraídas por incentivos fiscais para outros
estados, o comando e a gerência do processo produtivo ainda concentra-se em
São Paulo.
192
(04) Na região Sul, a urbanização ocorreu de forma lenta até o início da década
de 1970. O processo se acelerou, entretanto, com o advento da mecanização
da agricultura e da concentração fundiária, que promoveu o êxodo rural.
a) 1 e 4 apenas.
b) 3 e 5 apenas.
c) 1, 2 e 3 apenas.
d) 2 e 5 apenas.
e) 1, 2, 3, 4 e 5.
193
11. (UFAM-AM)
Na grande cidade há cidadãos de diversas ordens ou classes, desde o que,
farto de recursos, pode utilizar a metrópole toda, até o que, por falta de meios,
somente utiliza parcialmente, como se fosse uma pequena cidade, uma cidade
local. Dessa forma, a rede urbana e o sistema de cidades também têm
significados diversos, segundo a posição financeira do indivíduo. Há, num
extremo, os que podem utilizar todos os recursos ali presentes. Em outro, há os
pobres de recursos, que são prisioneiros do lugar, isto é, dos preços, da
carência local. Para estes a rede urbana é uma realidade pertencente a um
sonho insatisfeito. Por isso são cidadãos diminuídos incompletos.
a) I, II e IV.
b) III e V.
c) I, III e V.
d) III e IV.
e) I e II.
194
195
[...]
[...]
Chico Science & Nação Zumbi. A cidade. In: Da Lama ao Caos. Chaos/Sony
Music. 1994.
196
Urbanização excludente
Com isso, muitos dos trabalhadores que não conseguiram emprego nas
fábricas ingressaram no setor terciário, em geral, exercendo atividades
informais, pouco qualificadas, de baixa remuneração e sem vínculo
empregatício. Dado o enorme e crescente número de pessoas trabalhando nos
chamados subempregos, por exemplo, guardadores de carros, vendedores
ambulantes, catadores de sucata etc., houve o que chamamos de hipertrofia,
ou seja, um inchaço do setor terciário. O gráfico abaixo mostra o
comportamento da população economicamente ativa (PEA) nos diferentes
setores da economia.
Glossário:
Exército de reserva: termo usado por Karl Marx para caracterizar o grupo de
trabalhadores desempregados. Segundo ele, esse exército é muito importante
para o capitalismo na medida em que impede a pressão sobre o valor dos
salários.
Fim do glossário.
197
[...]
O acesso à moradia está ligado ao seu preço, que, por sua vez, depende da
localização na cidade.
[...]
MARICATO, Ermínia. Habitação e cidade. 4. ed. São Paulo: Atual, 1997. p. 43.
LEGENDA: Fotografia de extensa favela em primeiro plano e, ao fundo, prédios
de luxo em Salvador, Bahia, em 2015.
198
199
- A especulação imobiliária
CORRÊA, Roberto Lobato. O espaço urbano. São Paulo: Ática, 1995. p. 63-64.
200
Ocupando lugares cada vez mais distantes do centro da cidade, uma grande
parcela dos moradores dessas periferias passa a depender do transporte
coletivo ou de massa (ônibus, trens, metrô) para se deslocar para o trabalho, a
escola, os serviços médicos etc.
- A violência urbana
201
Contexto geográfico
Estudo de caso
"Todos os dias, cerca de 200 000 pessoas vão morar em cidades. Toda
semana, brota uma nova cidade do tamanho de Kyoto ou Barcelona. Em 2050,
70% da população mundial viverá em cidades, em comparação com os 50% de
hoje. O desafio das cidades será garantir aos seus 6,4 bilhões de habitantes
acesso a energia, água, transporte, emprego e habitação de qualidade." O
texto acima, estampado com destaque em uma das entradas do Ministério do
Desenvolvimento de Singapura, reflete a preocupação dos governantes dali
com o futuro. [...]
É preciso ponderar que estamos falando de uma ilha com [quase] 700
quilômetros quadrados, menos da metade da área do município de São Paulo,
com 5 milhões de habitantes [...] (a proporção é de um estrangeiro para cada
quatro singapuranos nativos), e cheia de restrições a seus moradores, que
pagam caro (não só no sentido literal) caso descumpram suas leis. [...] Mas o
fato é que a cidade funciona com uma perfeição quase irreal. Vamos a alguns
exemplos.
ZAPPAROLI, Alecsandra. Singapura: uma cidade que anda na linha. Veja São
Paulo, São Paulo, 1º jun. 2011. Disponível em:
http://vejasp.abril.com.br/materia/a-experiencia-singapura. Acesso em: 4 out.
2015.
202
- Poluição do ar
203
Contexto geográfico
Estudo de caso
204
- Ilhas de calor
Glossário:
Fim do glossário.
- Poluição hídrica
Glossário:
Fim do glossário.
7 Capibaribe -
Poluição por resíduos urbanos.
PE
206
- Resíduos urbanos
Boxe complementar:
Fim do complemento.
207
Esses problemas ambientais se agravam ainda mais pelo fato de que boa parte
dos resíduos descartados leva muito tempo até se decompor, permanecendo
por décadas no ambiente. Veja quadro a seguir.
b) diminuir a produção de resíduos cujo destino não tem sido o mais adequado;
208
Atividades
Anote as respostas no caderno.
Sistematizando o conhecimento
Expandindo o conteúdo
209
[...]
210
Daqui de cima...
De noite, de dia
Pra construção.
Trabalho pesado
O rosto suado
Os calos na mão.
Coloca tijolo
Saudade, consolo,
Do filho no Norte.
E bate cimento
Na chuva, no vento
A falta de sorte
O prédio já pronto
Que eu construí.
Agora é escola
Paredes fabrico
211
A Geografia no cinema
Cidade de Deus
Origem: Brasil
Por meio da história da vida de Buscapé, jovem pobre que mora na favela
Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, o filme retrata diversos aspectos que
marcaram a vida em algumas áreas urbanas. A violência, o crime e a pobreza
são alguns dos temas abordados ao longo do filme.
Para assistir
Para ler
- DAVIS, Mike. Planeta favela. Tradução Beatriz Medina. São Paulo: Boitempo,
2006.
- LEITE, Ligia Costa. Meninos de rua: a infância excluída no Brasil. São Paulo:
Atual, 2000. (Coleção Espaço & Debate).
Para navegar
212
- As favelas, que muitas vezes são vistas por milhares de brasileiros apenas
como lugar da desordem social, agregam milhares de trabalhadores que
disponibilizam sua força de trabalho a serviço do desenvolvimento econômico
do país. Esses trabalhadores não têm acesso a outro lugar no solo urbano,
nem condições de usufruir das benesses do mundo moderno.
- O espaço urbano de uma grande cidade como São Paulo é hoje a soma de
várias cidades que apresentam realidades diversas sem articulação entre si.
- A falta de empregos nas grandes cidades brasileiras inclui na paisagem
mendigos que moram embaixo de viadutos (sem-teto), pedem esmolas ao lado
de crianças além de subempregados e crianças que disputam espaços nos
semáforos para venderem bugigangas na busca da sobrevivência.
a) V-V-F-V-V.
b) V-V-V-F-V.
c) F-F-F-V-V.
d) V-F-V-F-V.
e) F-V-F-V-V.
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
213
4. (ENEM-MEC)
214
do sossego
As grades do condomínio
me abrace e me dê um beijo
seguir admitindo
http://o-rappa.musicas.mus.br/letras/28945.
7. (Cesgranrio-RJ)
'Antes, o palco era sempre a Rocinha, mas agora foi o bairro, o asfalto, a
região próxima aos prédios e condomínios. Isso muda a geografia da guerra
urbana. Do ponto de vista político, cultural e social, representa uma tragédia,
pois o Rio está no centro das atenções internacionais'."
a) Chuva ácida.
b) Efeito estufa.
c) Poluição atmosférica.
d) Doenças respiratórias.
e) Inversão térmica.
215
- O lixo urbano não coletado pode ser carregado para os cursos-d'água que
cruzam as cidades diminuindo consideravelmente sua vazão, o que pode
ocasionar, em períodos chuvosos, graves enchentes.
d) O lixo representa uma fonte de trabalho e renda para uma população cada
vez mais numerosa, sobretudo nos grandes centros urbanos do Brasil. Assim,
muitas pessoas retiram do lixo coletado nas ruas e nos lixões a principal fonte
de sua sobrevivência.
e) O lixo produzido nas cidades brasileiras tem um destino apropriado. Verifica-
se que, na grande maioria dos casos, ele é depositado em aterros sanitários
tecnicamente adequados ou é incinerado.
216
Glossário:
Escriba: no Egito antigo, aquele que dominava a escrita e que era incumbido,
pelos faraós, de registrar todos os acontecimentos da sociedade e redigir as
normas do povo.
Fim do glossário.
217
218
A atividade agrícola
A agricultura, que surgiu há cerca de 10 mil anos, é uma das mais antigas
atividades humanas. Historicamente, o desenvolvimento das atividades
agrícolas marcou a formação das primeiras sociedades humanas sedentárias,
até então formadas por comunidades de caçadores e coletores nômades. A
expressão "Revolução Neolítica" foi criada pelo arqueólogo australiano Vere
Gordon Childe (1892-1957) para designar o momento histórico em que o Homo
sapiens se tornou sedentário, fixando-se nos lugares onde passou a produzir
seus próprios alimentos.
Boxe complementar:
Clima e agricultura
Fim do complemento.
219
220
A interação entre os vários fatores que interferem nas atividades do meio rural
determina a existência de diferentes sistemas agrícolas. De maneira geral, um
sistema agrícola pode ser definido como a forma ou o modelo de produção
agropecuária que se pratica em determinada propriedade rural, observando-se
fatores como o capital (recursos financeiros que determinam se o sistema é
moderno ou atrasado, intensivo ou extensivo), a terra (define o tamanho das
propriedades) e o trabalho (indica o tipo de mão de obra utilizada na terra, mais
ou menos numerosa, qualificada ou sem qualificação, familiar ou contratada).
221
CRÉDITO: guentermanaus/Shutterstock.com
222
Glossário:
Fim do glossário.
224
Explorando o tema
A Revolução Verde
Podemos dizer que a agropecuária moderna surgiu à medida que o campo foi
incorporando as inovações tecnológicas (máquinas, equipamentos, insumos
agrícolas) produzidas no interior das fábricas que surgiram com a Revolução
Industrial, ocorrida em meados do século XVIII (assunto que estudamos na
unidade 1). Se a incorporação desses recursos tecnológicos trouxe profundas
mudanças nas práticas agrícolas e, como consequência, na organização do
espaço rural, foi apenas em meados do século XX, com o advento da
Revolução Verde, que a agricultura moderna passou a ser difundida.
Essa revolução teve início por volta da década de 1950, com o surgimento de
um verdadeiro "pacote" tecnológico voltado para a modernização das
atividades agrícolas, incluindo o desenvolvimento de sementes híbridas, isto é,
resultantes do cruzamento de plantas, muito mais resistentes e produtivas; a
aplicação intensiva de novos adubos químicos e defensivos agrícolas
(inseticidas, herbicidas, fungicidas) e o uso de maquinários nas lavouras.
Sob o pretexto de que tais tecnologias aumentariam muito a produção de
alimentos, sua utilização em larga escala passou a ser defendida como
possível solução para o problema da fome no mundo. Com a ajuda financeira
de grandes grupos econômicos dos Estados Unidos, esse "pacote" tecnológico
foi introduzido inicialmente no México e, depois, em países do sul, sudeste e
leste do continente asiático, em grandes cultivos de trigo e milho, na Índia e no
Paquistão, e de arroz, nas Filipinas e na China. Pouco depois, essas
tecnologias chegaram a outros países subdesenvolvidos, entre eles, o Brasil.
225
Essa questão, no entanto, precisa ser analisada nos seus devidos termos. Na
verdade, a fome e a subnutrição diminuíram bastante nas áreas em que a
Revolução Verde foi implantada, em especial, nos países asiáticos mais
pobres. O aumento da fome ocorreu justamente em regiões mais pobres da
América Latina e da África, onde a revolução não foi implantada.
226
227
Explorando o tema
O cultivo de espécie vegetal única (soja, trigo, algodão, milho, entre outros) em
grandes extensões de terras favorece o desenvolvimento de grande quantidade
de pequenas espécies animais invasoras, as pragas que se alimentam desses
produtos. É o caso da lagarta da soja (foto abaixo), do besouro-bicudo do
algodão e de bactérias como o ácaro dos mamoeiros, o cancro-cítrico dos
laranjais e as pragas que infestam os canaviais. Já o cultivo de várias espécies,
ou seja, a policultura, implica a competitividade entre elas e elimina a
possibilidade da disseminação de pragas. Nas monoculturas as pragas se
proliferam rapidamente, e em dois ou três dias uma plantação de soja ou de
algodão pode ser totalmente dizimada. Para evitar isso, utilizam-se cada vez
mais os inseticidas e fungicidas químicos, que podem ser altamente
prejudiciais à saúde do homem.
228
Infográfico
Alimentos transgênicos
Os benefícios
Brasil
93% na soja
82% no milho
66% no algodão
1 - EUA: 73,1
2 - Brasil: 42,2
3 - Argentina: 24,3
O milho Bt
O milho Bt é uma variedade resultante de modificação genética resistente à
broca europeia do milho. É mais significativa nas lavouras de milho dos
Estados Unidos e da Europa.
229
O símbolo
- Perda de biodiversidade.
230
Sistemas agrícolas alternativos
Boxe complementar:
A produção orgânica
Para que uma propriedade possa cultivar produtos orgânicos, ela deve passar
por análise, readequação e constante monitoramento a fim de atender às
exigências necessárias para receber o selo de certificação orgânica.
CRÉDITO: SisOrg
Fim do complemento.
231
232
233
Os Estados Unidos, por exemplo, possuem uma Lei Agrícola (Farm Bill) que
concede enormes subsídios ao setor agrícola, recursos que o governo
transfere diretamente aos seus agricultores. Calcula-se que cerca de 14% da
renda líquida desses agricultores advém dos recursos governamentais. Além
disso, o país impõe uma série de barreiras comerciais, como alíquotas de
importação elevadas e imposição de cotas, utilizadas como forma de limitar a
entrada de produtos agrícolas no país e, assim, proteger seus agricultores da
concorrência externa. Outras medidas protecionistas adotadas são justificadas,
nem sempre com argumentos válidos, por razões de ordem sanitária.
234
235
Glossário:
Fim do glossário.
LEGENDA: Acima, protesto de agricultores por melhorias na política agrária no
Paraguai, em 2014.
[...]
[...]
Atividades
Sistematizando o conhecimento
10. No que consiste uma reforma agrária e quais são seus objetivos?
Expandindo o conteúdo
237
[...]
Joel E. Coehn no livro "How Many People Can the Earth Support?", publicado
pela primeira vez em 1995, já deu a resposta que considero definitiva. Depois
de reconstruir grande parte das avaliações realizadas historicamente sobre a
"capacidade de suporte" do planeta, ele conclui o livro afirmando: "depende".
Depende do nível de consumo e do tipo de uso que essa população faça dos
recursos ambientais. Em um padrão de consumo muito baixo, a Terra pode
sustentar muito mais do que os 7 bilhões atuais. Ao nível de consumo
crescente em que vivemos, com o tipo de uso que se faz dos bens naturais,
creio que já ultrapassamos o limite. O que sustenta o volume atual da
população é, paradoxalmente, a desigualdade de acesso aos bens e à riqueza
que caracteriza a organização da sociedade atual, com um grande volume de
população vivendo em situações de baixíssimo consumo, e um grupo muito
reduzido (embora crescente) de pessoas com um elevadíssimo padrão de
consumo dos recursos. O grande desafio das próximas décadas é a busca da
redução das desigualdades, sem que isso signifique dilapidação/contaminação
dos recursos naturais. Mas isso exige um outro estilo de desenvolvimento
econômico e social.
CRÉDITO: studioVin/Shutterstock.com
238
O milho é parte integrante da mesa dos mexicanos. Mas além de ser uma
presença constante e comum na dieta desse povo, também é considerado um
alimento sagrado. Essa concepção provém da cultura mexicana, cuja
população descende em cerca de 30% de povos ameríndios e 60% de
eurameríndios.
[...]
A história do milho está intimamente relacionada com o México. Até hoje diz-se
no país que "o deus do milho criou o homem para que este lhe prestasse
tributo". Como explica o historiador mexicano Guillermo Bonfil, "as grandes
civilizações do passado e a própria vida de milhões de mexicanos de hoje têm
como raiz e fundamento o generoso milho. Ele foi e continua sendo um eixo
fundamental para a cultura e a criatividade de centenas de gerações. Exigiu o
desenvolvimento e o aperfeiçoamento contínuo de inumeráveis técnicas para o
seu cultivo".
[...]
SOLAGES, Patrícia de. Milho: corpo e alma do México. Revista Planeta, São
Paulo, ed. 442, dez. 2007. Disponível em: www.revistaplaneta.com.br/milho-
corpo-ealma-do-mexico/. Acesso em: 5 nov. 2015.
Glossário:
Fim do glossário.
239
A Geografia no cinema
Food, Inc.
Ano: 2008
Duração: 94 minutos
Para assistir
Para ler
- SILVA, José Graziano da. O que é questão agrária. 2. ed. São Paulo:
Brasiliense, 1993.
Para navegar
240
2. (ENEM-MEC)
2. Agricultura de "plantation".
3. Agricultura moderna.
4. Agricultura ecológica.
a) 4 - 1 - 2.
b) 2 - 4 - 1.
c) 1 - 3 - 4.
d) 1 - 3 - 2 .
e) 2 - 1 - 4.
241
b) Sistema Intensivo.
(www.portaldoagronegocio.com.br)
242
a) Apenas II e III.
b) Apenas I, II e III.
d) Apenas II e IV.
a) I e IV.
b) II e IV.
c) I, II e V.
d) I, III e V.
e) II , III e IV.
243
Está(ão) CORRETA(S):
a) apenas I.
b) apenas III.
c) apenas I e II.
d) apenas II e III.
e) I , II e III.
a) Revolução Verde.
b) Assoreamento Biotecnológico.
c) Erosão Genética.
d) Corredor Transgênico.
e) Biopirataria.
14. (UEL-PR)
"A opinião pública tem sido informada que o surto da fome está ligado à
escassez de produtos agrícolas, o que decorre das más colheitas provocadas
pelo aquecimento global e pelas alterações climáticas, do aumento de
consumo de cereais na Índia e na China, do aumento dos custos dos
transportes e da crescente reserva de terras para a produção dos
agrocombustíveis.
Todas essas causas têm contribuído para o problema, mas não são suficientes
para explicá-lo. Estes aumentos especulativos, tal como os preços do petróleo,
resultam de o capital financeiro ter começado a investir fortemente nos
mercados internacionais de produtos agrícolas depois da crise do investimento
no setor imobiliário."
(Adaptado: SANTOS. B. S. Transnacionais de alimentos lucram com aumento
da fome. Carta Maior. Economia. 7 maio 2008.)
c) Por ser de dimensão global, a crise alimentar tem garantido a inclusão mais
igualitária dos países com vocação agrícola no mercado mundial.
d) A crise alimentar é fictícia e tem por finalidade básica permitir aos governos
neoliberais a elevação do valor de seus produtos agrícolas.
244
245
246
A agropecuária no Brasil
247
248
Observação:
Fim da observação.
249
250
251
[...]
[...]
252
No sistema de parceria, por sua vez, não existe uma quantia fixa a ser paga;
nesse caso, os custos e os lucros da produção são divididos entre o
proprietário e o parceiro na proporção estabelecida previamente em contrato.
Em relação à propriedade da terra, existe o caso de posseiros, agricultores que
ocupam ou tomam posse de terras ociosas ou devolutas (públicas), e também
de grileiros, que tentam adquirir lotes de terras por meio da falsificação de
documentos de titularidade delas.
Glossário:
Grileiro: esse termo vem da técnica utilizada para essa prática, que consiste
em colocar escrituras de propriedades falsas em caixas com grilos, de modo
que os documentos fiquem amarelados pelos excrementos desses insetos e
roídos, dando a eles uma aparência mais envelhecida e supostamente
verdadeira.
Fim do glossário.
FONTE: ATLAS nacional do Brasil digital. 2. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2005.
(CD-ROM). CRÉDITO: E. Cavalcante
253
254
Essa distribuição tão desigual das terras que caracteriza o espaço agrário
brasileiro tem origem histórica e remonta ao início do período do Brasil colonial,
com a criação das capitanias hereditárias. Coube aos capitães-donatários a
tarefa de promover a distribuição dessas terras em grandes propriedades, as
chamadas sesmarias, criadas para estimular a colonização e a exploração
econômica dessas terras, para assegurar a posse do território colonial. Como o
processo de ocupação e exploração econômica do território se deu calcado na
formação das grandes plantations de cana-de-açúcar, a origem da estrutura
fundiária ficou muito concentrada, com as terras nas mãos de poucas pessoas.
Com a Lei de Terras de 1850, a doação de terras se torna proibida; a partir daí,
a única maneira de se adquirir a posse de qualquer propriedade rural somente
será possível por meio de sua compra. Isso foi muito vantajoso para os
grandes fazendeiros que já dispunham de extensas propriedades, mas tornou o
acesso à terra mais difícil para aqueles que não a tinham. Analisada no
contexto de seu tempo, essa lei defendeu os interesses do latifúndio, visto que
o fim da escravidão, que já se vislumbrava como certa, e a chegada da mão de
obra assalariada dos imigrantes poderiam ameaçar o status quo vigente. De
fato, isso assinalou o predomínio dos grandes proprietários de terra na vida
econômica e política do país até o século seguinte, quando entra em cena a
elite industrial (assunto estudado na unidade 7).
Glossário:
Fim do glossário.
255
256
257
Tal situação, portanto, tem contribuído para a manutenção das tensões e dos
conflitos sociais que afetam o campo brasileiro. Engajados em movimentos
sociais organizados, a exemplo do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra (MST), milhares de famílias continuam lutando por uma distribuição mais
justa das terras e pelos inúmeros benefícios que uma reforma agrária pode
promover, entre eles: a diminuição das tensões no campo; o aumento da
produção de alimentos em pequenas e médias propriedades, bem como a
diminuição dos seus preços pelo aumento da oferta; a geração de mais
empregos no campo e fixação de um número maior de pessoas no meio rural.
Boxe complementar:
Nós temos no Brasil hoje, do ponto de vista das grandes propriedades, 120
milhões de hectares de grandes propriedades, as quais, no cadastro do Incra,
já estão identificadas como improdutivas, ou seja, que não cumprem a sua
função social. Qual é a obrigação constitucional do Incra?
[...]
- De acordo com o texto, o que significa dizer que a terra possui uma função
social? Analisada a partir da perspectiva de que a terra possui função social,
exponha seu ponto de vista sobre a necessidade de uma ampla reforma
agrária em nosso país.
Fim do complemento.
258
Atividades
Sistematizando o conhecimento
3. Diferencie:
a) lavouras temporárias;
b) lavouras permanentes.
a) assalariado;
b) arrendamento;
c) parceria;
d ) posseiros;
e) grileiros.
9. Cite as vantagens obtidas por meio da organização dos produtores rurais em
cooperativas.
11. Elabore um texto discursivo expondo sua opinião sobre o seguinte tema:
"Questão da terra, conflitos no campo e reforma agrária no Brasil".
Expandindo o conteúdo
Local isolado, formado por escravos negros fugidos... Esta talvez seja a
primeira ideia que vem à mente quando se pensa em quilombo. Se pedirem um
exemplo, o Quilombo de Palmares, com seu herói Zumbi, será certamente a
referência mais imediata.
259
A concretização desse direito suscitou logo de início um acalorado debate
sobre o conceito de quilombo e de remanescente de quilombo. Trabalhar com
uma conceituação adequada fazia-se fundamental, já que era isso o que
definiria quem teria ou não o direito à propriedade da terra.
[...]
260
Geralmente, nesse tipo de arte, o artista produz suas obras a partir de suas
próprias experiências pessoais e de maneira simples, sem extremo rigor
técnico.
Para outros críticos, a arte naïf é livre das convenções, produzida com total
liberdade estética e de expressão.
As imagens apresentadas retratam duas paisagens rurais por meio da arte naïf.
Elas foram produzidas pelo artista Henry Vitor, de Minas Gerais, em 2012.
261
A Geografia no cinema
Ano: 2012
Duração: 50 minutos
Origem: Brasil
Para assistir
Para ler
Para navegar
262
a) I, III e IV.
b) II , III e IV.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) I, II e III.
263
5. (FATEC-SP)
6. (Unicamp-SP)
264
10. (UEG-GO)
Alguns velhos mitos estão sendo derrubados, outros parecem estar surgindo.
Pode-se perceber, no entanto, que está cada vez mais difícil delimitar o que é
rural e o que é urbano.
265
a) boia-fria.
b) migrante sazonal.
c) posseiro.
d) assalariado permanente.
266
08) O domínio da técnica sobre a natureza por parte dos pequenos produtores
rurais brasileiros trouxe a possibilidade de aumentar a produção e a
produtividade relativa a produtos alimentícios e com maior demanda interna,
como o feijão e a mandioca.
18. (UFPR-PR)
1. café
2. cana-de-açúcar
3. soja
4. uva
5. trigo
a) 1 - 2 - 4 - 5 - 3
b) 4 - 3 - 1 - 5 - 2
c) 2 - 3 - 4 - 1 - 5
d) 3 - 4 - 2 - 1 - 5
e) 5 - 3 - 2 - 1 - 4
268
Respostas
2. E.
3. B.
5. B.
6. D.
7. D.
8. C.
9. B.
10. D.
11. D.
12. B.
3. B.
4. C.
5. C.
6. C.
7. D.
8. D.
9. D.
10. B.
11. E.
12. B.
13. E.
1. E.
3. B.
4. E.
5. D.
6. C.
7. D.
8. D.
9. E.
10. A.
11. B.
12. B.
13. E.
14. E.
15. C.
16. B.
1. F-F-V-V-V.
2. F-V-V-F-V.
3. B.
4. B.
5. D.
6. E.
7. C.
8. D.
9. E.
10. B.
11. B.
12. A.
13. A.
14. D.
1. C.
2. E
3. B.
4. A.
5. B.
6. D.
7. C.
8. C.
9. D.
10. D.
269
unidade 6 - Urbanização
1. B.
2. E.
3. B.
4. D.
5. E.
6. B.
7. C.
8. E.
9. D.
10. A.
11. A.
12. B.
13. D.
1. C.
2. C.
3. C.
4. B.
5. A.
6. E.
7. B.
9. D.
10. E.
11. C.
12. A.
13. C.
1. A.
2. A.
3. V-V-V-F-F.
4. D.
5. A.
6. D.
7. A.
8. E.
9. D.
10. F-F-V-V-V.
11. D.
2. A.
3. A.
4. D.
7. C.
8. D.
9. D.
10. B.
11. C.
12. C.
13. C.
14. B.
1. E.
2. E.
3. C.
4. B.
5. C.
6. D.
7. B.
8. B.
9. V-V-V-F-F.
10. D.
11. A.
12. E.
13. B.
14. A.
16. C.
17. B.
18. B.
19. B.
20. C.
21. A.
270
Bibliografia consultada
ARBIX, Glauco (Org.). Brasil, México, África do Sul, Índia e China: diálogo entre
os que chegaram depois. São Paulo: Ed. Usp, 2003. ATLAS da mundialização:
compreender o espaço mundial contemporâneo. Tradução Carlos Roberto
Sanchez Milani. São Paulo: Saraiva, 2009.
LEINZ, Viktor; AMARAL, Sérgio E. do. Geologia geral. São Paulo: Nacional,
2003.
271
NATURAL History: the ultimate visual guide to everything on Earth. New York:
Dorling Kindersley, 2010.
PALMER, Douglas. Young Earth. In: PREHISTORIC life: the definitive visual
history of life on Earth. New York: Dorling Kindersley, 2009.
PRESS, Frank et al. Para entender a Terra. Tradução Rualdo Menegat et al. 4.
ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
PUIG, Josep Maria. Ética e valores: métodos para um ensino transversal. São
Paulo: Casa do Psicólogo, 1998.
SCARLATO, Francisco. Energia para o século XXI. São Paulo: Ática, 2001.
WORLD Watch: A dynamic visual guide packed with fascinating facts about the
world. 2. ed. Harper Collins Publishers: Hong Kong, 2012.
272
Lista de siglas