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3º Seminário - Transmissão Continuamente Variável para Turbinas Eólicas
3º Seminário - Transmissão Continuamente Variável para Turbinas Eólicas
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CAIXA MULTIPLICADORA
Frequência de corrente f na rede elétrica brasileira: 60 Hz;
Relação entre a velocidade angular do eixo do gerador (ωgerador ) e o nº de polos (N):
𝑓 6000
𝜔𝑔𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟 = 100 ∙ =
𝑁 𝑁
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CONEXÃO À REDE ELÉTRICA
A corrente produzida pelo gerador pode alimentar diretamente a rede elétrica?
Caixa
Rede
multiplicadora
elétrica
Gerador
Rotor
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É POSSÍVEL, MAS...
Geração de corrente alternada;
Equipamentos elétricos utilizam AC, cuja
frequência deve ser constante ou variar
dentro de uma faixa muito estreita para
garantir bom funcionamento corrente que
alimenta a rede elétrica deve respeitar essa
restrição;
Frequência da corrente produzida pelo
gerador rotação do eixo do gerador.
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Para gerar AC com frequência constante:
Síncrono: eixo do gerador deve ter rotação constante, respeitando a velocidade síncrona
(determinada pela frequência da rede 60 Hz, gerador de 4 polos deve manter rotação de
1500 rpm);
Assíncrono (indução): eixo do gerador deve girar mais rápido que a velocidade síncrona
diferença inferior a 10%;
PROBLEMA!
Variação natural da velocidade do
vento rotação eixo do rotor da
turbina variável;
Caixas multiplicadoras empregadas
atualmente têm relação de transmissão
única incapaz de compensar variação
oscilação na rotação eixo do
gerador impacto frequência corrente.
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SISTEMAS ATUAIS DE ADAPTAÇÃO À Controle de potência
Eletrônica de potência
VARIAÇÃO DA VELOCIDADE DO VENTO Desvantagens
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CONTROLE DE POTÊNCIA
Rotação ótima do eixo do gerador velocidade
síncrona potência nominal/velocidade nominal;
CONTROLE DE POTÊNCIA
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ELETRÔNICA DE POTÊNCIA Turbinas eólicas a velocidade variável com
gerador de indução duplamente alimentado
Inversores de
frequência/conversores entre
gerador e rede elétrica
independência parcial ou total
da frequência da rede.
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TURBINAS EÓLICAS COM GERADOR ACOPLADO
DIRETAMENTE AO ROTOR
Enercon E-30
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DESVANTAGENS
Controle de potência
Não atua na região de operação a carga parcial (região 2) ventos com velocidades
baixas são mais frequentes;
Eletrônica de potência
Custo elevado;
Baixa confiabilidade;
Eficiência limitada perda significativa de potência;
Introdução de falhas harmônicas da corrente alternada injetada na rede elétrica
redução qualidade energia produzida;
Causa de aproximadamente 25% das falhas em aerogeradores;
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Eletrônica de potência (EP) – Turbinas offshore
Turbinas com acoplamento direto têm maiores taxas de falha que as que possuem caixa de multiplicação;
Aumento de dimensões e peso da nacelle comporta EP;
Peso nacelle têm impacto sobre a fundação;
Quanto maior a potência produzida individualmente, menor é a rotação do eixo do rotor da turbina
impacto sobre o peso da nacelle:
Velocidade requerida pelo gerador: quanto maior a rotação do eixo do gerador, menor o peso da
nacelle necessidade caixa multiplicadora para atingir velocidade requerida;
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SISTEMA ALTERNATIVO DE ADAPTAÇÃO À Adaptação na caixa
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ADAPTAÇÃO NA CAIXA MULTIPLICADORA
Caixa de multiplicação cuja relação de transmissão varia continuamente de acordo com as
alterações de velocidade do vento rotação de saída (eixo do gerador) sempre constante
corrente alternada com frequência constante;
Sincronização direta com a frequência de rede:
Atuação nas regiões de operação a carga parcial e carga máxima;
Eliminação de eletrônica de potência (EP) entre gerador e rede ganho na eficiência
global do sistema:
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TRANSMISSÕES CONTINUAMENTE
VARIÁVEIS PARA TURBINAS EÓLICAS
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CAIXA DE CÂMBIO COM RAZÃO VARIÁVEL (VRG)
Proposto por Hall et al (2010);
Inspiração na indústria automotiva;
Associação de VRG à caixa multiplicadora;
Caixa multiplicadora principal responsável por ampliar rotação relação de transmissão
fixa;
VRG varia de maneira discreta a
relação de transmissão do conjunto;
Rotor tem velocidade angular
variável de forma discreta;
Rotação eixo do gerador
praticamente constante.
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Aplicação em turbinas eólicas a velocidade
constante (sem mecanismo de mudança de
passo);
Gerador de indução com potência nominal
igual a 100 kW;
Aumento de 7% na eficiência de turbinas
eólicas a velocidade constante.
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CVT POR POLIAS E CORREIA
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CVT COM VARIADOR HIDROSTÁTICO
Proposto por Ait Taleb, Chaâba e Sallaou (2013);
Associação da caixa multiplicadora (PGT 1) a uma
CVU composta por:
Variador hidrostático;
2º PGT;
Princípio de distribuição de potência no PGT 2
parte da potência do rotor é transferida à CVU
para regulação da velocidade angular do eixo do
gerador;
Variador hidrostático garante que a rotação do
eixo do gerador seja constante.
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VOITH WINDRIVE
Voith: multinacional alemã de engenharia
mecânica;
Conversor de torque associado a dois trens de
engrenagens;
Disponível no mercado;
Capaz de produzir entre 2 e 20 MW (turbinas on
e offshore);
Vídeo: “Voith Windrive”.
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DESVANTAGENS TRANSMISSÃO HIDROSTÁTICA
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TRANSMISSÃO HÍBRIDA PGT 2
PGT 1
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PGT 2: 2 GDL suporte planetário conectado à
saída do PGT 1 / coroa movimentada pelo motor-
gerador;
Motor-gerador: responsável pela variação da
relação de transmissão do PGT 2:
Velocidade do vento baixa: g7 acelera PGT 2;
Velocidade do vento alta: g7 desacelera g6;
Relação de transmissão PGT 2 com variação
contínua entre 1/3,3 e 1/6;
Relação de transmissão total PGT 1 + PGT 2:
1/(83 ... 150);
Eixo do gerador tem rotação constante igual a
1500 rpm para uma variação de rotação do rotor
PGT 1 PGT 2 da turbina de 18 a 10 rpm.
i1 = 1/25 i2 = 1/(3,3 ... 6)
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O MOTOR-GERADOR
Servo motor-gerador síncrono de ímãs
permanentes;
Eixo do motor-gerador muda velocidade e sentido
de rotação, ora produzindo, ora consumindo
eletricidade;
Velocidade de rotação relativamente pequena e
frequentemente igual a zero.
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Para manter rotação eixo gerador constante
Vento em alta velocidade
Motor-gerador deve frear g6;
Rotação rotor da turbina: 18 rpm;
Para produção de 2,5 MW: relação de
transmissão do conjunto PGT 1 + PGT 2:
1/83;
Para obter 1/83: g6 deve rotacionar a
500 rpm na direção (a);
Motor-gerador: 3000 rpm;
Motor-gerador atua como gerador:
produção de 0,6 MW.
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Para manter rotação eixo gerador constante
Vento em baixa velocidade
Motor-gerador deve acelerar g6;
Rotação rotor da turbina: 10 rpm;
Para produção de 0,4 MW: relação de
transmissão do conjunto PGT 1 + PGT 2:
1/150;
Para obter 1/150: g6 deve rotacionar a
70 rpm na direção (b);
Motor-gerador: 420 rpm;
Motor-gerador atua como motor: consumo
de 0,1 MW.
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FAIXA DE OPERAÇÃO
Turbinas com caixa multiplicadora usual:
Velocidade de acionamento ≈ 3,5 m/s;
Velocidade de corte: 20 a 30 m/s;
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VANTAGENS DA TRANSMISSÃO HÍBRIDA
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CONCLUSÃO
Sistemas atuais de adaptação às variações de velocidade no vento em turbinas eólicas
não aproveitam todo o potencial energético disponível;
Sem adaptação na região de operação a carga parcial;
Eletrônica de potência para adaptação da corrente gerada à frequência da rede é
onerosa e apresenta baixa eficiência e pouca confiabilidade;
Solução: transmissão continuamente variável para manter rotação do eixo do gerador
constante apesar das oscilações na velocidade do vento;
Das alternativas propostas, a com maior potencial é a transmissão híbrida.
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CONCLUSÃO
A transmissão híbrida, além de corrigir o problema de variação de rotação, aumenta a
potência gerada pela turbina ao acoplar um motor-gerador para variar continuamente a
relação de transmissão;
Ampliação da faixa de operação da turbina;
Eliminação da eletrônica de potência aumento eficiência global;
Dispositivo ainda tem espaço para otimização: configuração PGT para melhor eficiência
mecânica/diminuição consumo motor-gerador quando há consumo de potência.
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REFERÊNCIAS
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Continument Variable adaptée à un système éolien. In: Congrès Français de Mécanique, 21,
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Conference, held at Sinaia, Romania, June 20–23, 2012. Dordrecht: Springer Science+Business
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windrive-9747.html>. Acesso em: 14 set. 2016.
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6. HALL, J.F.; CHEN, D. Performance of a 100 kw wind turbine with a variable ratio gearbox.
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7. SHAMSHIRBAND, S. et al. Support vector regression methodology for wind turbine reaction
torque prediction with power-split hydrostatic continuous variable transmission. Energy, v. 67,
n. 1, p. 623-630, abril 2012.
8. MANGIALARDI, L.; MANTRIOTA, G. The advantages of using continuously variable
transmissions in wind power systems. Renewable Energy, v. 2, n. 3, p. 201-209, fev. 1992.
9. HALL, J.F.; MECKLENBORG, C.A.; CHEN, D.; PRATAP, S.B. Wind energy conversion with a variable-
ratio gearbox: design and analysis. Renewable Energy, v. 36, n. 3, p. 1075-1080, mar. 2011.
10. RAGHEB, A.; RAGHEB, M. Wind turbine gearbox technologies. In: International Nuclear and
Renewable Energy Conference, 1, 2010, Amman. Proceedings of the 1st International Nuclear
and Renewable Energy Conference. Piscataway: IEEE, 2010.
11. VASIN, S.; OGNJANOVIĆ, M.; MILOŠ. M. Wind turbine with continual variation of transmission
ratio: design and testing methodology. PROCEEDINGS OF THE ROMANIAN ACADEMY: Series A,
v. 16, n. 2, p. 184-192, 2015.
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OBRIGADA PELA ATENÇÃO!
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