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vidaleve

A REVISTA DA HORTIFRUTI

1º EDIÇÃO

TURISMO
CONHEÇA AS
MONTANHAS
CAPIXABAS

HISTÓRIA
OS BASTIDORES
DA NOSSA
JORNADA

5 AO DIA
NUTRIÇÃO
SAUDÁVEL
E DIVERTIDA

Nossa receita
de sucesso
NA EDIÇÃO DE ANIVERSÁRIO, 7 PRATOS PARA VOCÊ SABOREAR COM QUEM AMA

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carta

ORGULHO DE FAZER PARTE DE SUA VIDA


Avançar sem perder tudo de bom que conquistamos. É essa a máxima que
orienta a gestão de nossa empresa. Ao longo destes 20 anos desenvolvemos
um modelo único na comercialização de frutas, legumes e verduras e nos
tornamos líderes em um nicho de mercado situado entre a feira livre e o su-
permercado. Nosso passado é de muitas vitórias, graças ao intenso trabalho
realizado pelos fundadores da Hortifruti, Gilberto Lopes e Tadeu Fachetti.
Uma das responsabilidades agora é manter em perfeita harmonia tudo o
que foi conquistado. Isso engloba nosso jeito simples de ser, o foco no cliente,
a parceria com os fornecedores e um carinho todo especial com nossos cola-
boradores, para que possamos seguir nos fortalecendo como uma empresa de
referência em alimentação saudável e sustentável.
Ainda temos muito para crescer e por isso nos empenhamos em preparar a
empresa para o futuro. Estamos antenados em novas tecnologias e em pro-
cessos que inovem nossas relações comerciais. Outro desafio que vai marcar
um novo capítulo em nossa história é implementar internamente as iniciativas
adotadas pelas empresas listadas na Bolsa de Valores. Lembrando sempre de
manter o padrão, a qualidade e os valores que nos trouxeram até aqui, e que o
leitor poderá conferir nas páginas seguintes.
MISSÃO Quero, em nome dos nossos 2.800 colaboradores, agradecer a você, cliente,
SER O MELHOR LUGAR PARA CULTIVAR por deixar a Hortifruti fazer parte de sua vida. Obrigado!
UMA VIDA SAUDÁVEL E FELIZ

VISÃO
SER REFERÊNCIA DE EXCELÊNCIA NO
SEGMENTO EM QUE ATUAMOS TIAGO MIOTTO,
PRESIDENTE DO GRUPO HORTIFRUTI
VALORES
• JEITO SIMPLES E ALEGRE DE SER
• INSPIRAR CONFIANÇA
• FÉ QUE MOTIVA
• DEDICAÇÃO EM FAZER O MELHOR
• RESPEITO AO SER HUMANO

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sumário

Esta revista é uma publicação


do Grupo Hortifruti

Diretora Responsável
Mariella Lazaretti

Rua Andrade Fernandes, 283


CEP 05449-050 – São Paulo, SP
Tel/Fax: (11) 3023-5509
E-mail: 4capas@4capas.com.br

PROJETO EDITORIAL 4 CAPAS EDITORA

REDAÇÃO
Editora Ana Paula Kuntz
Diretora de Arte Nina Franco

COLABORARAM NESTA EDIÇÃO


Arte Eduardo Galdieri
Ilustração Anna Anjos
Fotos Ricardo D’Angelo, Sérgio Coimbra,
Calu Machado e António Rodrigues
Texto Luisa Cella
Revisão Gil Bertolino e Ruth Figueiredo

PUBLICIDADE
Diretor Comercial Georges Schnyder
Impressão Plural Editora Gráfica

A REVISTA VIDA LEVE É UMA PUBLICAÇÃO


DISTRIBUÍDA EXCLUSIVAMENTE PELA HORTIFRUTI.

A REVISTA NÃO SE RESPONSABILIZA PELOS


CONCEITOS EMITIDOS NOS ARTIGOS ASSINADOS.
AS PESSOAS NÃO LISTADAS NO EXPEDIENTE NÃO
ESTÃO AUTORIZADAS A FALAR EM NOME DA REVISTA
OU A RETIRAR QUALQUER TIPO DE MATERIAL
SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO EMITIDA PELA
REDAÇÃO OU PELO DEPARTAMENTO
DE MARKETING DA HORTIFRUTI.

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08. ÍMÃ DE GELADEIRA
Como branquear legumes; FOTOS RICARDO D’ANGELO
os segredos da panela wok;
e outras dicas para sua cozinha
12. TRAJETÓRIA
Acompanhe o caminho do produto,
da plantação às mãos do cliente
20. HISTÓRIA
Os fundadores e os bastidores
dos 20 anos da Hortifruti
28. FAMÍLIA HORTIFRUTI
Marcos Sesana, o diretor que
começou descarregando caminhão
30. FOCO NA ESTAÇÃO
Conheça as principais variedades
de uva, a fruta da época
36. CASA GOSTOSA
Fábio Arruda dá dicas de decoração
para celebrar com amigos em casa
42. MENU DE FESTA
Da entrada à sobremesa, com
receitas do chef Thomas Troisgros
50. ESCAPADA
Uma viagem pelas montanhas do
Espírito Santo, berço do agroturismo
60. SEJA SAUDÁVEL
Um plano de caminhada para
abandonar de vez o sedentarismo
66. NUTRIÇÃO
Os benefícios do programa 5 ao Dia,
variado, nutritivo e colorido
74. ARTIGO
A importância dos atos de amor
no êxito empresarial
76. NOSSA GENTE
Depoimentos de quem está
sempre presente
82. COMPORTAMENTO
Os benefícios da amizade
para sua saúde e seu bem-estar
86. CAMPANHAS
O histórico das aclamadas
peças que transformaram frutas
em celebridades
88. NOSSOS VALORES
O compromisso social, comentado
pelo vice-presidente, Fábio Hertel
90. CONHEÇA
Curiosidades sobre a simpática
e saborosa Physalis

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ímã de geladeira

Legumes que
duram, duram...
Usada para conservar os legumes por mais tempo, a técnica do
branqueamento é tão simples quanto útil. Brócolis, cenoura,
couve-flor, ervilha, quiabo, pimentas, todos eles ficam a salvo das
ações do tempo e não estragam tão rápido quando branqueados.
Isso porque o procedimento interrompe o amadurecimento dos
alimentos frescos, que depois podem ser congelados ou colocados
em conserva.
• Lave bem os legumes e mergulhe-os em uma panela com
água fervente.
• Retire-os e leve-os imediatamente a um recipiente com
água gelada, que deve conter algumas pedras de gelo para
garantir a baixa temperatura.
• Espalhe os legumes em um recipiente plano
e leve ao congelador.
• Estando os legumes congelados, retire-os do recipiente e embale-
os em saquinhos plásticos para colocá-los de volta ao congelador. E
retire-os apenas quando for consumir.

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MELHORE
SEU BOLO
a vez do
Bolo é uma receita fácil, mas precisa de alguns cuida-
chá branco
Primeiro, havia o chá-preto. Depois, apareceu o su-
dos para ficar realmente gostoso. A textura molhadinha persaudável verde. Agora, é a vez do branco, saudado
com certeza melhora o sabor. Para ter esse resultado há como um verdadeiro elixir de saúde e juventude.
alguns segredinhos. Na verdade, os três são feitos da mesma planta,
• Não deixe assar demais. Quando as laterais a Camellia sinensis. A diferença é que para cada um
estiverem secas, é hora de tirá-lo do forno as folhas têm um tipo de tratamento. No preto, elas
para conservar o centro fofo. passam por fermentação total, que prejudica os prin-
• Faça furos na superfície com um garfo e regue cípios ativos e eleva o teor de cafeína. Coisa que não
um líquido nela. Leite é prático e vai bem com todos acontece no verde. No branco, o processo potencializa
os tipos. Para algo mais elaborado, use suco ou calda ainda mais os princípios ativos, sem elevar o teor de
quente de frutas. cafeína. A alta concentração de polifenóis reduz as
• Sirva só no dia seguinte, para dar tempo de curtir toxinas que aceleram o envelhecimento celular.
a massa, que vai ficar com o gosto melhor! O metabolismo é acelerado, auxiliando na eliminação
das gorduras. Outras substâncias são eficientes
na prevenção de cáries e gripes, além de ativar

WOK: TODAS
o sistema imune, regenerar a pele e diminuir as taxas
do mau colesterol.
AS PANELAS EM UMA
Criada pelos chineses há mais de 3.000 anos, a wok ganhou o
mundo moderno graças a sua versatilidade. Pode ser
usada para fritar, dourar, defumar e até cozinhar no vapor. Para
usufruir todo o seu potencial, porém, é preciso atenção
à limpeza da panela. Use apenas água e uma esponja, e
nunca a deixe secando no escorredor. Coloque-a sobre a
chama do fogão para que a água evapore com o calor. Esse
procedimento faz com que o óleo dos cozimentos forme
uma camada de carbono escura e antiaderente, que nutre a
comida e enriquece seu sabor.

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ímã de geladeira

Lares ecolÓgicos
Se você tem consciência de que é Tudo
responsável pela sustentabilidade do
planeta, mas não sabe como contribuir, em seu
aqui vão algumas dicas simples e efi-
cientes para economizar água em casa. lugar
1. Feche a torneira enquanto esco- Para uma boa conserva-
va os dentes: a cada 5 minutos com ção dos alimentos dentro
a torneira aberta, desperdiçam-se 12 da geladeira é preciso
litros de água. Com a torneira fechada, o organizar os itens levando
consumo cai para 2 litros. Você também em conta que cada parte
pode levar um copo para o banheiro e do refrigerador tem uma
enchê-lo de água para o bochecho. temperatura diferente.
Armazená-los no lugar
2. Deixe a louça de molho: dê uma adequado preserva o sa-
rápida ensaboada em panelas, pratos bor e a textura e garante
e talheres e deixe amolecer a sujeira. a durabilidade. Veja como.
Esfregue tudo de uma vez e só abra a
torneira na hora de tirar o sabão.
DICAS
3. Use mais a vassoura: usar a • Organize os alimentos de forma espaçada, para que o ar possa circular entre eles
mangueira para lavar a calçada causa • Os produtos enlatados devem ser retirados da lata, que pode oxidar, e arma-
em 15 minutos um desperdício de 280 zenados em recipiente com tampa
litros de água. Antes de tudo, utilize a • Para garantir a integridade dos alimentos, a temperatura do refrigerador deve
vassoura para esfregar as sujeiras mais marcar 4,5 ºC ou menos
difíceis e prefira enxaguar com o balde. • Produtos já cozidos podem ser guardados na geladeira por até cinco dias

4. Feche o registro no banho: uma 1 - Prateleira superior


ducha de 15 minutos, com o registro Perto do congelador, ficam os alimentos que estragam com mais facilidade. Quei-
aberto o tempo todo, consome 135 litros jos, iogurte, margarina, requeijão e ovos, por exemplo.
de água. Desligando o 2 - Prateleiras inferiores
chuveiro no momento de Guloseimas, como bolo e pudim, e sobras de alimentos já preparados podem ficar
se ensaboar, o consumo nessa parte, sempre bem vedados em recipientes com tampa.
cai para 45 litros. 3 - Gavetas
O espaço deve ser reservado a frutas, legumes e verduras, que podem ficar
5. Reaproveite a embalados em saquinhos plásticos. O ideal é lavar tudo e escorrer a água antes
água: em vez de jogar de guardar.
fora a água usada para 4 - Porta: parte superior
ferver os alimentos, A parte de cima acomoda bem potes de geleia, mostarda e maionese,
aproveite-a para fazer vidros de azeitona, vinagre e bebidas. Nada de ovos.
sopas ou cozidos, ou para 5 - Porta: parte inferior
uma próxima fervura. Na parte de baixo devem ficar leite, sucos e garrafas já abertas.

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trajetória
A MAIOR PARTE
DOS PRODUTOS SAI
DA PLANTAÇÃO E
CHEGA ÀS MÃOS DO
CONSUMIDOR DE UM
DIA PARA O OUTRO

O C Ê E M
PA R A V
T E R R A
DA

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M 24 h
FOTOS RICARDO D’ANGELO

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A
ntes mesmo do sol raiar, o dia começa no centro de dis-
tribuição (CD) da matriz da Hortifruti, em Cariacica, Es-
pírito Santo, com uma única e complexa missão: abastecer
de um dia para o outro todas as lojas da rede com 100%
das quantidades e variedades dos produtos encomendados. Às 5h30
da manhã, uma turma de compradores já está na Ceasa estudando
o mercado, observando a qualidade e a variação de preços de todo
tipo de frutas, legumes e verduras (FLV’s). Enquanto isso, já estão
a caminho do CD dezenas de caminhões carregados de produtos
fresquinhos, recém-tirados da plantação. “Há dias em que passam
por aqui até 270 toneladas de alimentos, suficientes para encher
24 caminhões”, diz Edgard Grijó Merscher, gerente de expedição.
O volume representa 50% do total de mercadoria que circula diari-
amente na rede, que conta ainda com lojas na Ceasa de São Paulo
e Rio de Janeiro, além de um Centro de Distribuição no Rio e um
Packing house em Farroupilha (RS). “Se o que passa pelos CD’s não
bate a meta dos pedidos enviados pelas lojas, recorremos à Ceasa
ou acionamos outros fornecedores. O importante é fazer chegar às
bancas tudo aquilo que o cliente quer.”
A maioria das entregas no Centro de Distribuição da matriz é feita
até o meio-dia. E as cargas vêm de todo canto. Embora grande parte
seja proveniente do interior do Espírito Santo, muitos produtos vêm
de outras regiões e até outros países. Os melões vêm da Bahia, Ceará
e Rio Grande do Norte e a maioria de uvas, pêssegos e maçãs vem
da Região Sul (leia mais sobre a Hortisul nas páginas seguintes). A
nectarina vem do Chile e da Argentina, e a pera chega da Argentina e
Portugal. “Onde há produtividade com qualidade e preço competitivo
a Hortifruti vai comprar”, afirma Edgard.
Do CD, a carga é redistribuída nos caminhões da Hortifruti, que até
às 20 horas devem pegar a estrada, a caminho das lojas do Espírito
Santo e do Rio de Janeiro. Entre 3 e 6 horas da manhã, os produtos
chegam ao seu destino para serem acomodados nas prateleiras. E
assim, quando as lojas abrem, o cliente tem o melhor das frutas, le-
gumes e verduras com todo frescor à sua disposição – a grande maio-
ria em até 24 horas depois de ser colhida.
A banana-prata é o item mais vendido pela Hortifruti. E um dos prin-
cipais fornecedores é Fabrício Carraretto Barreto, que produz também
outras duas variedades (a banana nanica e a banana-da-terra) no mu-
nicípio capixaba de Linhares. Ele abriu as porteiras de sua plantação
para mostrar o caminho da fruta, da bananeira à banca. Acompanhe.

1.
Cada bananeira dá apenas O centro de distribuição, em Cariacica, Espírito
um cacho. Entre 17 e 22
semanas, ele já está no
Santo, recebe FLV’s de todo o Brasil e do exterior
ponto de ser colhido.

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2.
Os cachos são
pendurados no
cabo aéreo
(ou teleférico)
e deslizam até
o galpão...

3.
...onde passam pelo despencamento,
que é o corte em pencas, e por uma
lavagem de água com sabão neutro.

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4.
No dia seguinte,
o produto é
carregado no
caminhão do
fornecedor, que
leva a carga para
o CD, em Cariacica.

7.
Na madrugada do dia seguinte,
o carregamento já está entregue,
e as bananas são acomodadas na
loja, prontinhas para ser vendidas
ao consumidor.

16
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5.
No CD, todos
os produtos que
chegam são
selecionados e
redistribuídos.

6.
Dali, as bananas, junto
com outros produtos, são
colocadas nos caminhões
da Hortifruti. Os
motoristas se preparam
com ginástica laboral para
pegar a estrada, à noite,
rumo às lojas.

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As maçãs encantadas
da Hortisul
Packing house DE farroupilha
usa tecnologia para ter as
melhores frutas dentro ou fora
da safra

Longe dos olhos e perto do coração, a


Hortisul é um packing house do grupo
Hortifruti, estrategicamente instalado
em Farroupilha, Rio Grande do Sul, para
captar o melhor da produção local. As
estrelas da região são as ameixas, os
pêssegos e, principalmente, as maçãs.
Em 2009, a central recebeu dos 25
produtores rurais parceiros cerca de
6 mil toneladas da fruta, que foram
redistribuídas para todo o Brasil e, pela
primeira vez, exportadas para a Irlanda
e para a Suécia. São três variedades:
Eva, Fuji e Gala, sendo que esta última
representa 60% do movimento.
Um dos diferenciais da unidade é a
máquina classificadora eletrônica,
que separa as maçãs por cor e peso,
Longa vida: automaticamente. “Isso garante o
maçãs colhidas padrão de qualidade”, afirma o gerente
entre janeiro
e maio são Genésio Polesi. Ainda mais curioso é
consumidas no que a partir dali são distribuídas maçãs
decorrer do ano no decorrer do ano todo, apesar de
as safras terminarem em meados de
maio. “Não há como lutar contra a
natureza, mas temos a tecnologia a
nosso favor. Armazenadas em câmaras
de atmosfera controlada, as maçãs têm
seu processo de maturação retardado, e
por isso duram até o início da próxima
safra, no começo do ano seguinte”,
afirma Polesi.

Fotos DIVULGAÇÃO

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história

Conheça a dupla de
sucesso formada pelos
fundadores Gilberto
20 anos
e Tadeu e saiba como
chegaram até aqui da Hortifruti

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Fotos Ricardo D’Angelo

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E
m 2009, a Hortifruti comemora seu aniversário
de 20 anos com 21 lojas, 13 milhões de clientes,
2.800 funcionários e 150.000 toneladas de fru-
tas, legumes e verduras (FLV’s) comercializadas por ano.
Para chegar até aqui como a maior rede varejista de hor-
tifrutigranjeiros do Brasil, o caminho foi trilhado na base
da ousadia e do amor pela natureza e pelas pessoas.
A marca nasceu no município de Colatina, Espírito
Santo, em 1989, com a inauguração da primeira loja di-
rigida pelos sócios Tadeu Fachetti e Gilberto Lopes. Era
o surgimento de um caso único no mercado: ao mesmo
tempo que conservava o charme da feira livre, com aten-
dimento personalizado, produtos frescos e variados e até
as tradicionais “provinhas”, oferecia ainda as conveniên-
cias do supermercado, como estacionamento, climatiza-
ção e música ambiente.
Esse modelo híbrido de negócio deu tão certo que
encorajou a expansão da marca para além dos limites
capixabas. Com a inauguração da unidade de Macaé,
em 1990, a marca chega ao Estado do Rio de Janeiro,
que hoje tem Hortifruti em 17 endereços. O volume de
produtos vendidos também cresceu muito e levou à
criação de outros centros de distribuição, além da sede
em Cariacica, Espírito Santo. São Paulo, Rio de Janeiro e
Farroupilha, no Rio Grande do Sul, abrigam outras ba-
ses da Hortifruti para assegurar que cheguem às lojas
os melhores produtos do país – e de fora, se for preciso.
A aquisição de frota própria, para garantir o transporte
seguro e eficiente de FLV’s, e o investimento em cam-
panhas publicitárias que cativam adultos e crianças de
todas as classes foram outras soluções encontradas no
propósito de fortalecer a marca.
O maior segredo do sucesso, contudo, está nas pessoas
que fazem parte da equipe Hortifruti. Para um resultado
que envolve o alto-astral do pessoal da loja e a excelên-
cia dos produtos, existe um processo, do começo ao fim
da cadeia, quase artesanal, que não consta em manual e
só pode ser executado por quem compreende a alma do
negócio. E para isso é preciso conhecer Gilberto e Tadeu,
que são tidos pelos funcionários, fornecedores e parcei-
ros como exemplos de vida, tanto na seara profissional
quanto na pessoal. O jeito simples e acessível da dupla
cativa. E a história deles causa admiração e inspira res-
peito. O resto é consequência natural.

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Bate-papo com os fundadores
Gilberto Lopes e Tadeu Fachetti, capixabas e fundadores da Horti-
fruti, são quase uma só pessoa. A parceria dos sócios é tamanha que
dificilmente alguém fala de um sem citar o outro. Tanto é que, para
quem não os conhece, parece que “Gilberto Tadeu” é um único indiví-
duo. Eles se conheceram por intermédio de um amigo comum, Paulo
Hertel, que também foi quem plantou a primeira sementinha do que
viria a se tornar a Hortifruti.
Ao adotar um sistema de comercializar FLV’s revolucionário para a
época, Hertel abriu com estrondoso sucesso, em Vila Velha, Espírito San-
to, a primeira loja, em 1982, à qual chamou de Feira da Economia. A
grande novidade implantada foi o sistema de “sacolão”, em que as pesso-
as faziam as compras no mercado colocando todos os produtos numa só
sacola, que era pesada no caixa. O preço do quilo era cobrado de forma
geral, sem diferenciação por produto, e não mais por dúzia, como era
costume. Nessa onda de prosperidade, Hertel convidou Tadeu, de quem
era amigo há tempos, e Gilberto, que havia conhecido trabalhando como
carregador de caixas na Ceasa, para formar uma sociedade.
– Esse sistema era inédito, inovador. E foi com muita coragem que o ex-
perimentamos em nossas lojas. Começamos por uma em Vila Velha, que
estava para ser desativada. Transformamos as gôndolas de supermerca-
do em bancas de feira. A loja era pequena, mas a novidade fez sucesso e
quase não dávamos conta de vender os produtos, diz Gilberto.
– O negócio estava dando certo. A gente trabalhava feliz, com dedica-
ção. Fomos fazendo caixa e planejando a abertura de outras filiais. Aos
poucos, fomos tocando a expansão por conta própria. Em 1989, abrimos
a primeira loja de varejo com o nome Hortifruti, em Colatina, diz Tadeu.
A venda a quilo e o sistema de sacolão foram as duas
inovações que renderam fama no início do grupo

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A essa altura, Gilberto e Tadeu já haviam conquista-
do a confiança e o respeito um do outro e descoberto
a afinidade profissional e pessoal que os tornou, além
de sócios, grandes amigos. A seriedade para fazer ne-
gócios sempre esteve atrelada ao bom humor. E tam-
bém a algumas piadinhas. Espirituosa, a dupla ficou
conhecida por espalhar seu alto-astral pelo mercado
hortifrutigranjeiro.
Gilberto conta que um dia, quando o Tadeu não
pôde fazer as compras de batata-doce que sempre
fazia, ele foi até a Ceasa para fechar o negócio. O
vendedor achou estranho e perguntou por que ele
havia ido no lugar do Tadeu. “Rapaz, aquele safa-
do me deu um golpe, roubou dinheiro da empresa
e fugiu”, disse brincando. “Ah, eu sabia, sempre des-
confiei dele”, respondeu o fornecedor, querendo con-
quistar sua confiança.
– No dia seguinte fui lá, e o coitado ficou todo enro-
lado para se explicar, mas depois entendeu a brinca-
deira. Foi muito divertido, diz Tadeu.
– Esse bom humor é uma das qualidades que mais
admiro em Gilberto. Ele sabe cobrar e ser rígido quan-
do é preciso, sendo ético e transparente. Mas também
sabe nos fazer rir sempre. É o irmão que não tive.

HML Participações S.A. TSA Participações S.A. Santafé Participações S.A.

LOPASA Participações S.A. Carlos Gilberto A. Lopes TRF Participações S.A. Antonio Tadeu Fachetti João Eduardo Hertel
Fabio Hertel Edas Lopes Junior Antônio Miotto Gustavo Hertel
Osmar Daniel Marcarini Carlos Alberto Lopes Antonio Henrique Motta João Eduardo Hertel Filho
Carlos Roberto Lopes Rogerio Marcolano Suaid
David Santos
Marcelo Fachetti

HF Participações S.A.
Empresas Operacionais

Varejo Classificadora de frutas Indústria de embalagens

Atual estrutura acionária

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Tadeu Fachetti (à esq.) e Gilberto Lopes: a primeira loja
Hortifruti foi aberta em Colatina, Espírito Santo, em 1989

– O Tadeu também é um irmão para mim. É um amigo incondicio-


nal, e sei que ele sempre vai me estender a mão, mesmo quando eu
errar, revela Gilberto.
Hoje a Hortifruti é controlada pela HF Participações, Holding do Gru-
po Hortifruti que engloba ainda a Hortisul (Classificadora de Frutas) e a
Embali (Indústria de Embalagens Plásticas). A estrutura de Governan-
ça Corporativa do Grupo está organizada em mais três holdings que
detêm, juntas, 100% da HF Participações, sendo administradas pelos
acionistas Gilberto Lopes, Tadeu Fachetti e João Eduardo Hertel.

Busca pela excelência


Por ser um modelo pioneiro, sem referências, os sócios tinham em
cada decisão um grande desafio, pois não havia de quem copiar nem
com quem aprender. Além do mais, existia um grande receio em ar-
riscar e colocar a perigo, por uma decisão errada, tudo o que haviam
conquistado. Nessa empreitada, houve erros e acertos, e também uma
pitada de sorte.
– Com o tempo, deixamos de lado o sistema de sacolão para nos
preocuparmos mais com a qualidade dos produtos. Investimos na
distribuição de caixas plásticas para os fornecedores, sabendo que
o custo seria revertido na melhor conservação das frutas, legumes e
verduras, que até então eram transportados de maneira precária nas
caixas de madeira. Assim, os produtos chegavam em melhor estado
e mais bonitos nas lojas, resultando em uma redução do índice de
perda, afirma Gilberto.
– Outro importante investimento foi a compra de caminhões para
montar nossa frota própria. A ideia era ter um transporte de quali-
dade, em baús fechados em vez de carrocerias abertas, sob o sol, e
também não depender de transportadoras terceirizadas. Isso agilizou
o processo, e conseguimos atingir o objetivo de levar o produto até

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o cliente em 24 horas, enquanto a concorrência leva
pelo menos um dia a mais. Por sorte, fizemos isso
antes do confisco da poupança. Era o início da dé-
cada de 1990. Se não tivéssemos investido na frota,
teríamos tido um grande prejuízo.
– Logo depois adquirimos aparelhos de ar condi-
cionado para climatizar todas as lojas. Muita gente
nos dizia que era bobagem, um investimento caro.
Mas sabíamos que seria um diferencial e tanto, por
isso insistimos na ideia. Hoje, seria improvável pen-
sar na Hortifruti sem esse item de conforto.
– Teve também o episódio dos aparelhos de telex.
Compramos muitos, pois queríamos acelerar o envio
dos pedidos das lojas para os centros de distribuição.
Gastamos um bom dinheiro, e logo depois lançaram o
aparelho de fax. E mais pra frente, a internet. Esse não
foi um bom investimento, mas estava de acordo com
nossa política inovadora e de melhoria dos processos.
Mais que máquinas, o foco do investimento sem-
pre foram as pessoas. A valorização do lado huma-
no dos colaboradores, o cultivo da amizade com os

Espirituosa, a dupla ficou conhecida também


por espalhar seu alto-astral pelo mercado

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Parceria de
sucesso: para
os sócios, a
amizade está
acima dos
negócios
fornecedores e o bom relacionamento com os clientes são consen-
so na concepção de Gilberto e Tadeu sobre o segredo de uma em-
presa de sucesso.
– Sabemos que, se um cliente for embora, dificilmente conse-
guiremos trazê-lo de volta. Por isso, valorizamos cada um e que-
remos oferecer o que há de melhor em produtos e atendimento.
Uma vez fechamos uma loja para reforma e uma cliente veio nos
dizer que não conseguia fazer compras em outro lugar, porque
sentia como se estivesse traindo a Hortifruti. É muito gratificante
receber elogios e depoimentos assim. Essa é nossa maior recom-
pensa, afirma Gilberto.
– E essa fidelidade também existe entre os colaboradores. Fico
muito feliz com a satisfação deles em trabalhar na Hortifruti, e me
surpreendo com a admiração deles por nós. Não acho que isso acon-
tece por que somos “bonzinhos”, mas porque somos transparentes,
damos exemplo de dedicação, companheirismo e honestidade. A
empresa cresceu e vai crescer ainda mais – temos mercado para
crescer e até dobrar de tamanho. Cabe a nós o duro desafio de nos
mantermos próximos de todos os que fazem parte dela. A Hortifruti
é feita de amigos, e a amizade precisa de atenção. E é por isso que
fazemos questão de estar sempre por perto, conclui Tadeu.

hortifruti 27
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família hortifruti

T
ão importante quanto um ambiente agradável,
produtos da melhor qualidade e preço justo
é uma equipe que trabalha com alegria. Essa
premissa está no cerne dos princípios do grupo
Hortifruti. Se o pessoal dos centros de distribuição tra-
balha cantando e se os atendentes estão sempre sorrin-
do, é porque existe uma satisfação sincera em trabalhar
numa empresa que valoriza seus colaboradores.
A pessoa mais representativa dessa política de apreço
da empresa é Marcos Sesana. Prata da casa, ele conta com
Fotos Ricardo D’Angelo

orgulho o dia em que entrou para a história da Hortifruti.


“Foi em 6 de janeiro de 1992, aos 23 anos”, diz. “Fiz uma
experiência de 15 dias na loja de Macaé (RJ), descarregan-
do caminhões, e voltei para casa apenas para me despedir
da família. Deixei a lavoura de café para dar um passo que
mudaria minha vida.”
Sua trajetória dentro da empresa foi meteórica: a cada
seis meses mais ou menos ele era promovido. De carrega-
dor a repositor de bancas, depois a orientador de caixa e
PRATA da casa

logo a tesoureiro. Dali para a gerência foi um pulo. “É fácil


trabalhar satisfeito em um lugar onde se é respeitado e
valorizado. A dedicação e o comprometimento vêm natu-
ralmente”, afirma Sesana.
A política dos dirigentes da empresa de promover fun-
cionários que se destacam levou o antigo carregador à
diretoria da Hortifruti. Depois de ter aceitado o maior dos
desafios propostos até então, o de cuidar de três lojas em
São Paulo, aonde nunca havia ido antes, Sesana voltou
ao Rio de Janeiro, em 2000, como supervisor de lojas, e
dois anos depois assumiu a diretoria comercial da área de
varejo. “Acho que os fundadores da empresa, Gilberto
e Tadeu, têm uma grande habilidade para reconhecer
talentos e enxergar o potencial de cada pessoa”, diz o
diretor. “Havendo identificação com os valores instituídos
por eles, é possível aprender muito e crescer aqui dentro.
O exemplo deles vale para o trabalho e para a vida.”
O reconhecimento do Por ter passado por quase todas as atividades que
talento de Sesana compõem o negócio, ele conhece em detalhes o perfeito
o levou ao sucesso funcionamento das lojas. Hoje, Sesana, casado com Inês
e à realização na e pai dos gêmeos João Pedro e José Eduardo, pode ser
carreira e em casa, com visto circulando em qualquer uma das unidades Horti-
a família composta por fruti, das quais cuida como se fossem a própria casa.
Inês, João Pedro e “Esse jeito alegre de trabalhar faz de todos nós uma
José Eduardo (à esq.) grande família.”

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hortifruti 29
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foco na estação

As primeiras
videiras
chegaram ao país
nos idos de 1500,
ACLIMATARAM-se
e passaram a
produzir frutos
genuinamente
brasileiros

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Fotos SÉRGIO COIMBRA

DELÍCIA
em cachos
hortifruti 31
030_035_estacao_uva.indd 31 11/6/09 10:41:59 AM
A
uva é naturalmente originária da Re-
gião Mediterrânea. Na Antiguidade,
Grécia e Egito já haviam se rendido
ao seu delicioso sabor e eram grandes
consumidores de suco de uva e vinho. E não é à
toa, portanto, que Itália, Portugal, França e Espa-
nha são países com forte tradição na elaboração
de alguns dos melhores vinhos do planeta.
Benitaka Mas a fruta ganhou o mundo. E faz parte do Bra-
Originária do Estado do Paraná,
resultante de uma mutação sil desde os primórdios de sua história. As primei-
somática da uva itália, ganhou ras videiras foram trazidas por imigrantes euro-
mercado em meados do século XX peus, que apaixonados por uva não saíram de casa
sem trazer algumas mudas para garantir o consu-
mo em terras estrangeiras. O solo paulista foi, por
muito tempo, onde mais se cultivou a uva, prin-
cipalmente as variedades finas de mesa – aque-
las mais carnudas, grandes e suculentas, próprias
para o consumo in natura, enquanto a região Sul
concentrou as variedades destinadas à produção
de vinho. A fina de mesa mais apreciada era a Itá-
lia, da qual ao longo dos séculos surgiram outras,
por mutação, como a Benitaka, avermelhada, e a
Brasil, de casca preta e interior arroxeado.

Itália
Original das terras
italianas, foi trazida
pelos primeiros
colonizadores e se
adaptou muito bem SABOR E PODER
às terras tropicais
A uva é um dos alimentos naturais com maior
poder antioxidante, devido à alta concentração dos
compostos fenólicos, como os flavonoides, que
combatem os radicais livres e diminuem os níveis de
colesterol. A substância encontra-se na casca e faz
efeito tanto no consumo da fruta fresca quanto do
suco ou mesmo do vinho. Universidades americanas
também estão pesquisando sobre a eficiência da
uva no combate à gastrite. Claro que não é preciso
consumir a fruta apenas por causa dos efeitos
Crimson medicinais. Escolha o tipo que mais lhe agrada e,
Sem sementes e de frutos simplesmente, deguste-o.
alongados, foi trazidas
dos Estados Unidos para o
Brasil em 1993

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hortifruti 33
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FOTO ROGÉRIO VOLTAN
FAÇA
EM CASA
TERRINE DE FRUTAS
INGREDIENTES
Cascas de 2 laranjas cortada em
tirinhas, sem a parte branca;
350 g de uvas pretas sem as sementes;
350 g de uvas thompson; 15 lichias
descascadas e sem caroços; 200 g de
mangas cortadas em cubinhos;
gelatina de mel; 2 colheres (sopa) de
mel; 1,5 litro de água; 300 g de açúcar;
raspas de 2 laranjas e de 2 limões; 16
folhas de hortelã; mais hortelã para
guarnecer; 36 g de gelatina
incolor sem sabor

PREPARO
1 Leve ao fogo a água, o mel, o açúcar
e as folhas de hortelã até levantar
fervura e reduzir para cerca de 900 ml.
2 Coe numa panela, dissolva a
gelatina, misturando-a ao líquido.
Deixe esfriar. 3 Leve as cascas de
laranja a ferver em água por 1 minuto,
coe e esfrie.

MONTAGEM DA TERRINE
1 Monte a terrine apoiando uma forma
de pão grande numa bacia com água e
gelo. 2 Coloque uma parte do líquido e
deixe um pouco na geladeira.
Acrescente a casca de laranja em
julienne, espalhada uniformemente, e
junte um pouco do líquido. 3 Faça uma
30 MIN. + 5 H DE GELADEIRA

8
camada de uva thompson e vá
intercalando a mistura de gelatina com 12 PORÇÕES
as frutas na seguinte ordem: 1 camada DIFICULDADE MÉDIA
de manga; 1 camada de uvas pretas e
por último as lichias e o restante do
líquido. 4 Cubra com filme plástico e
leve à geladeira por 5 horas. 5
Desenforme, fatie e sirva. Enfeite com
folhas de hortelã e/ou meias
fatias finas de laranja.

ROSMARINO
RUA HENRIQUE MONTEIRO, 44, PINHEIROS,
TEL. (11) 3819-3897, SÃO PAULO, SP.
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Foto Rogério Voltan

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casa gostosa

SEGREDOS DA

BOA MESA
APRENDA O QUE SE DEVE E O QUE NÃO SE DEVE FAZER
NA HORA DE ORGANIZAR UM JANTAR À FRANCESA

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FOTOS RICARDO D’ANGELO

A
lgumas ocasiões pedem um jantar formal
e, para que tudo saia como manda o fi-
gurino, existem regras que devem ser se-
guidas. Os estilos formais são conhecidos
como à francesa ou à inglesa. A diferença entre eles é
a maneira como a refeição é oferecida ao convidado.
Independentemente de qual seja o estilo escolhido,
os cuidados a serem tomados são os mesmos: orga-
nização de pratos, talheres, copos, modo de servir e
decoração. O consultor de etiqueta e comportamento
Fábio Arruda montou uma mesa à francesa e dá vá-
rias dicas para o seu jantar.

HORTIFRUTI 37
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TUDO DEPENDE DO CARDÁPIO
1. A louça a ser usada varia conforme o que vai ser servido
e cada peça tem um lugar específico.
2. Os pratos devem estar amparados por um sousplat para
que os lugares não fiquem descobertos nas trocas. Fábio
escolheu um dourado de vidro. O prato de pão deve
ficar acima e à esquerda do principal e vir sempre com
uma pequena espátula para passar manteiga.
3. Em frente ao prato principal ficam os talheres para
sobremesa. À esquerda, os garfos, à direita, as facas.
Sempre com as lâminas viradas para dentro.
4. Os copos ficam à direita do prato em ordem decrescente
de tamanho, de dentro para fora. Você pode fazer
combinações de copos diferentes conforme o que
for servir. Fábio misturou estilos: taças de Martini,
de champanhe e um copo bico de jaca para água.
5. Dependendo do espaço, os guardanapos são colocados
do lado esquerdo ou em cima do prato. Fábio usou um
material criativo como elo dos guardanapos: ninhos de
Mestre da macarrão. “Macarrão com ovas de salmão ia ser servido
etiqueta: o
consultor Fábio como entrada. Então, pensei, por que eles não podem
Arruda dá dicas estar na mesa também antes, como elo dos
exclusivas para guardanapos?” Foi uma ideia fora do comum que deu
receber amigos
um ar sofisticado e moderno à mesa.
com graça
e charme

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dica: se as entradas forem frias,
podem estar na mesa antes dos Use um tipo de talher
convidados chegarem para cada refeição servida

dica: lembre-se de comprar flores frescas e sem cheiro.


Para surpreender, escolha variedades fora do comum

CORES E TEXTURAS
A mescla de cores harmoniosas dá o tom na recepção e passa a essência
do acontecimento. Para que fique mais fácil combinar tudo, selecione uma
referência que vá conduzir suas escolhas. Fábio usou um prato de cerâmica
com desenhos de pássaros tropicais em tons de dourado, vermelho, verde e
amarelo, e esse estilo influenciou toda a decoração da mesa.
Misture os materiais e valorize a diversidade. Fábio mesclou coisas bem dife-
rentes, como prata, cerâmica, resina, cristal, vidro. Até mesmo frutas, como o
abacaxi no castiçal e os limões no vaso, podem fazer parte da decoração. Uma
cascata de grevilhas vermelhas e flores-do-campo amarelas acentuou o clima
tropical, combinando com a louça, e confirmou que materiais não necessaria-
mente chiques, se usados da maneira certa, são altamente recomendados
para esse tipo de ocasião.

hortifruti 39
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PRATO-CHEIO
Os copos dos convidados nunca
devem ficar vazios e são servidos
sempre pelo lado direito. Jarras e
garrafas não devem ficar sobre a
mesa. São retirados primeiro os
pratos e depois os copos; mas os
sousplats permanecem.
Como toda a recepção vai acon-
tecer na mesa, ela deve estar co-
locada de maneira irrepreensível
para que não falte nada durante
o jantar, e todos se sintam bem re-
cebidos e à vontade. Depois da so-
bremesa, o café pode ser servido à
mesa ou na sala de estar. À saída,
é de bom-tom o anfitrião acompa-
nhar os convidados até a porta.

No lavabo
(acima), deixe
toalhas de mão
extras à
disposição.
Para a mesa
de centro (ao
lado), e outros
móveis de canto,
escolha flores de
cor forte para dar
vivacidade ao
ambiente

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hortifruti 41
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menu festa

Invente um motivo
Com criatividade
e capricho,
ingredientes
e comemore
F
simples se
im de ano é época de festa. Porém, motivos para comemo-
transformam rar não faltam ao longo dos 12 meses. Por isso, é sempre
em pratos bom ter na manga algumas ideias versáteis para festejar e
solenes, dignos comungar em torno da mesa. Clássicos, o peru e o bacalhau
de qualquer costumam compor solenes menus de Natal e Ano-Novo, mas podem
celebração ser substituídos por aves e peixes mais básicos, como frango e sal-
mão, de forma que remetam ao mesmo clima de confraternização. “O
segredo é investir no colorido dos pratos e pensar em acompanha-
mentos que possam ser combinados de diversas maneiras”, diz o chef
carioca Thomas Troisgros.

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30 MIN.

8 4 PORÇÕES
DIFICULDADE FÁCIL

CEVICHE
INGREDIENTES
120 g de filé de peixe branco
¼ de tomate em cubos
5 g de gengibre ralado
5 g de alho picado fino
Suco de ½ limão
1 colher (sopa) de azeite
¼ de cebola roxa em meia-lua bem fina
Pimenta tabasco, cebolinha picada, coentro
picado fresco, pimenta-dedo-de-moça picada
e sal a gosto

PREPARO
1 Corte o peixe em cubos. 2 Fatie a cebola e coloque
em água com gelo por 4 minutos. 3 Misture tudo
e deixe marinar por 5 minutos. 4 Coloque no copo
de Dry Martini para ficar elegante e certifique-se
de que esteja supergelado.

DICA DO CHEF: PARA DAR CROCÂNCIA,


COLOQUE CROÛTONS, PEPINO NO SAL
OU COUVE-FLOR CRUA.

FOTOS RICARDO D’ANGELO

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60 MIN. + 12 H PARA MARINAR

8 4 PORÇÕES
DIFICULDADE DIFÍCIL

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As receitas escolhidas por ele
para compor o menu de festa em

galeto
comemoração ao aniversário de
20 anos da Hortifruti traduzem
bem essas características e ainda
INGREDIENTES
valorizam o mundo das frutas, le- 6 galetos
gumes e verduras (FLV's). O cevi- Ervas de sua preferência
Sal
che da entrada, por exemplo, leva Pimenta
cebola roxa, palmito pupunha,
Marinada
gengibre, alho e tomate, além da INGREDIENTES
pimenta-biquinho, que dá gosto e 2 copos de vinagre de vinho tinto
4 cabeças de alho picadas
charme. O salmão grelhado tem grosseiramente com casca
5 cebolas picadas
como acompanhamento a farofa 3 litros de óleo de soja
crocante à base de croûtons, que 2 litros de caldo de frango
1/3 de molho de alecrim
também vai bem com o galeto 1/3 de molho de tomilho
gratinado, para quem não come 1 xícara (chá) de molho de louro
Pimenta amassada
peixe. As porções de cenoura, Sal
abobrinha, cebola, batatinha ca-
Molho Dijonnaise
labresa e champignon podem ser INGREDIENTES
servidas à parte, para também ser 1 colher (sopa) de mostarda de Dijon
4 colheres (sopa) de creme de leite
combinadas com a carne de pre-
pre­pa­ro
ferência. Para finalizar, uma so- 1 Coloque as ervas debaixo da pele dos
bremesa à base de iogurte pode galetos e deixe-os marinando por 12 horas.
2 Deixe assar por 30 minutos em forno a 180 ºC,
ser combinada com calda de molhando sempre com a marinada. Vire o
qualquer fruta. A opção do chef, galeto depois de 15 minutos. 3 Retire do forno
e divida o galeto em dois. 4 Passe o molho de
por gosto próprio, foi pela de ma- mostarda por cima da carne. 5 Coloque na
racujá. “Trata-se de usar ingre- panela com o molho do cozimento e leve ao
forno a 200 ºC até gratinar.
dientes simples em preparações
ousadas e apresentações sofistica- Dica do chef: Sirva com minicebolas e
champignon de Paris puxados na manteiga,
das. E está feita a festa.” tomilho frito e alho na casca

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30 MIN.

8 4 PORÇÕES
DIFICULDADE FÁCIL

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PEIXE
Salmão com Farofa Crocante
INGREDIENTES
4 filés de salmão (200 g cada um)
Farofa
100 g de crouton
50 g de manteiga
1 colher (sopa) de salsa picada
1 colher (sopa) de ciboulette (cebolinha francesa)
Sal e pimenta a gosto

pre­pa­ro
1 Derreta a manteiga e doure os croûtons
lentamente em fogo baixo. 2 Tempere com sal e
pimenta. 3 Quando estiverem dourados por igual
e crocantes, coloque-os em uma peneira para
retirar o excesso de manteiga e triture-os
grosseiramente. Reserve. 4 Grelhe rapidamente
o salmão em fogo alto, para que fique malpassado.

Dica do chef: na hora de servir, coloque salsa


e ciboulette picadas e misture bem. decore com
um fio de azeite em volta do prato.

CONHEÇA O CHEF
Thomas Troisgros é carioca, tem 27 anos e representa a quarta
geração de uma linhagem de nobres cozinheiros franceses. Filho de
Claude, do restaurante Olympe, no Rio de Janeiro; neto de Pierre, da
Maison Troisgros, em Roanne, na França; e bisneto de Jean Baptiste, que
ganhou fama na década de 1930 por quebrar alguns tabus da cozinha
clássica francesa, sugerindo, por exemplo, vinho tinto para acompanhar
peixe. Por tudo isso, suas experiências na cozinha começaram cedo, aos
12 anos. Além da herança genética, o jovem chef mostra que tem brilho
próprio. Suas criações podem ser conferidas em seu restaurante,
o 66 Bistrô, no bairro carioca do Jardim Botânico.

hortifruti 47
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menu festa

40 MIN.

8 1 PORÇÃO
DIFICULDADE MÉDIA

CREME
GELADO
CREME DE IOGURTE E MARACUJÁ
INGREDIENTES
250 ml de iogurte natural
200 ml de creme de leite
125 g de açúcar
CALDA
300 ml de suco de maracujá com as sementes
125 g de açúcar
20 ml de água

PREPARO
1 Misture o iogurte natural com o açúcar e
bata bem até formar um creme. Guarde na
geladeira. 2 Faça o caramelo cozinhando o
açúcar na água e acrescente o suco de
maracujá, sem as sementes, na mistura
fervente. 3 Reduza a mistura, aquecendo,
sempre mexendo, até que o volume
diminua à metade. 4 Acrescente as
sementes à calda. 5 Coloque o creme em
um copo gelado e regue com 2 colheres
(sopa) da calda.

DICA DO CHEF: ACRESCENTE UMA FAROFINHA


DE CASTANHA-DO-PARÁ E ENFEITE COM
FOLHAS DE HORTELÃ.

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escapada agroturismo

A paisagem, o clima, a
culinária, o sotaque...
A cultura italiana
e alemà MANTÊM
VIVAS AS TRADIÇÕES
DOS COLONOS. nAS
MONTANHAS CAPIXABAS
VOCÊ SENTE COMO SE
ESTIVESSE NA EUROPA

V
enda Nova do Imi-
grante é o berço do
agroturismo brasileiro.
Reconhecido como ca-
pital nacional do setor pela As-
sociação Brasileira de Turismo
Rural (Abratur), o município ca-
pixaba localizado na região das
montanhas do Espírito Santo, a
103 quilômetros da capital, Vi-
tória, começou a desenvolver o
agroturismo em 1987, quando
a atividade nem tinha nome no
Brasil. “A denominação usada
hoje vem do italiano agriturismo.
Com o apoio do Sebrae, fomos à
Itália, onde, além da nomencla-
tura, aprendemos muitas lições
sobre como profissionalizar a
produção artesanal, valorizando
a matéria-prima e a especialida-
de de cada família”, diz Leandro
Carnielli, apontado e respeitado
como o “pai da criança”.
Muito dessa vocação se explica
pelo próprio DNA dos habitantes
de Venda Nova, já que a grande
maioria é descendente de ita-
lianos. Aliás, a cidade é famosa
também por ser palco da maior
celebração da tradição italiana no

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Fotos Ricardo D’Angelo

Comendo fruta no pé

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Estado. Há 31 anos, no mês de outubro, é realizada ali
a Festa da Polenta, que reúne cerca de 30.000 pes-
soas, 50% a mais que a população local. Além disso,
todo santo domingo, ao término da missa das nove
horas na Matriz São Pedro, acontece no galpão anexo
à igreja uma festa regada a vinho e embalada por can-
ções típicas italianas passadas de geração em geração.
Não por menos, algumas das iguarias encontradas
durante as visitas às propriedades são o socol (embu-
tido bem condimentado de carne de porco), o limon-
cello (licor amarelo de limão-siciliano), o queijo tipo
resteia (de textura macia e sabor adocicado), a grappa
(destilado do bagaço da uva) e a caponata (antepasto
preparado à base de berinjela). Outros produtos são
café, cachaça, doces em compota, biscoitos, vinho, ar-
tesanato, flores e geleias. E tem ainda o friozinho típi-
co que aclimata o passeio a um certo ar europeu. Até
por isso, a região também é muito procurada para
viagens de lua de mel. Os recém-casados Daiani e
Júlio César Rangel escolheram o clima serrano para
ficarem mais juntinhos que nunca. “Para nós, que
moramos perto da praia, está sendo um programa
bem diferente. Os lugares são charmosos e os pas-
seios bem românticos”, diz Daiani.
Outra atração imperdível é a Rota do Lagarto, que
percorre o entorno da Pedra Azul, no município vizi-
nho de Domingos Martins (um reduto alemão, a pro-
pósito). Em dois dias de viagem, é possível conhecer
parte das dezenas de atrações que permeia as mon-
tanhas capixabas. Acompanhe a seguir a sugestão de
circuitos para um fim de semana.

O clima serrano e as belas


paisagens atraem também
casais em lua de mel, como
Daiani e Júlio Cesar

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hortifruti 53
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Primeiro dia – Venda Nova do Imigrante
As centenas de propriedades da região produzem
diferentes iguarias, que podem ser provadas ali mes-
mo, na fonte. Vale a pena acordar cedo para fazer o
dia render, já que a maioria delas fecha as portas às
17 horas. Algumas são bem especializadas e oferecem
boa infraestrutura para turistas. “Nos dias mais movi-
mentados, recebemos quase 200 pessoas”, diz dona
Cacilda, a anfitriã mais carinhosa da cidade e proprie-
tária do Sítio Família Lorenção, onde a especialidade
é o socol, vendido a 40 reais o quilo. “A receita e os tem-
peros são os mesmos que usava a minha nonna.” Na
Família Altoé, 17 variedades de biscoitos caseiros e arte-
sanato são vendidos em acolhedoras casinhas à beira da
estrada. Bonecas de tecido, cestas de bambu e objetos
feitos de madeira de café são os principais atrativos.
Uma boa pedida para o almoço é a Fazenda Saúde,
que serve, por um preço fixo de 15 reais, um farto
menu preparado no fogão a lenha, do qual sempre
faz parte a famosa polenta. Para conhecer de perto
a fabricação de café, fubá e queijos, visite a Fazen-
da Carnielli, que faz tipos peculiares como o morbier,
entremeado de camadas de carvão vegetal e coberto
por uma capa de urucum. Na Adega Tonole, pode-se
ver a produção de vinho. No sítio Busato é fabricada
a famosa cachaça Teimosinha. E no Orquidário Cali-
man é possível ver mais de 2.300 espécies da flor, em
diversas fases de desenvolvimento. As plantas estão à
venda por valores que variam de 30 a 30.000 reais.
Para fechar o dia com chave de ouro, um jantar no
restaurante mais requintado da cidade, o Don Loren-
zoni (aberto das 19 às 22 horas), instalado em um paiol
centenário reformado. Os ingredientes típicos são usa-
dos em pratos da cozinha internacional. O carré de
cordeiro com purê de mandioquinha sai por 55 reais.

A Fazenda Saúde (acima) oferece um almoço farto, com a típica


polenta; dona Cacilda, da Família Lorenção, serve o famoso socol;
e a Família Altoé vende biscoitos e artesanato

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Carnielli, idealizador do agroturismo, e seus queijos morbier (acima, à esq.); no
Orquidário Caliman, as flores podem chegar a 30.000 reais; na Adega Tonole, há
vinho de jabuticaba; e no Don Lorenzoni (à dir.) está a alta gastronomia da cidade

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A charmosa Rua João
Batista Wernersbach
(à dir.) é o principal
ponto da cidade.
Nos arredores, vale
a pena a cavalgada
em Fjordland e as
trilhas no Parque
Estadual da Pedra Azul

Segundo dia – Domingos Martins


O município vizinho é uma espécie de reduto ale-
mão em meio a tanta cultura italiana. Repare na con-
versa dos transeuntes na Praça da Matriz, uma igreja
construída em 1866: provavelmente, estarão falando
em um dialeto germânico. A principal rua é a João
Batista Wernersbach, um centrinho de compras e de
boemia. Mas a grande atração está nos arredores. É
o circuito da Pedra Azul, formação rochosa de 1.822
metros de altura recoberta de líquens que, em dias
de céu claro, refletem um tom anil. O Portal da Pedra
é o primeiro ponto de parada da chamada Rota do
Lagarto, em torno da pedra. Ali fica o centro de infor-
mações turísticas sobre o Parque Estadual da Pedra
Azul, que fornece orientações sobre as trilhas e abri-
ga uma simpática cafeteria.

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Produtos orgânicos: no Sítio Ronchi é possível comer morangos
diretamente da plantação e comprar doces e licores feitos com a fruta

O percurso, sugerido aqui, contudo, é para ser feito de carro. Se-


guindo em frente chega-se a Fjordland, um centro de cavalgada que
realiza expedições guiadas. A mais curta dura 20 minutos e custa
20 reais, e a mais longa dura 40 minutos e custa 40 reais. Mesmo
para quem não pretende andar a cavalo, o passeio vale a pena, pois
é uma oportunidade de conhecer a raça norueguesa Fjord, raríssima
em terras brasileiras, e desfrutar uma bela vista para as montanhas
saboreando o café orgânico plantado naquelas terras.
Os produtos sem agrotóxicos, aliás, são o forte do agroturismo. Há
diversas propriedades especializadas em orgânicos, que vão de fran-
go e palmito a café, mel e frutas. No quilômetro 90 da BR-262, por
exemplo, o Sítio Ronchi abre as porteiras para os visitantes conhece-
rem a plantação de morangos e provar os frutos diretamente do pé,
além de produzir geleias, licores e até cachaça de morango.

hortifruti 57
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O Aroso (ao lado) atrai
quem gosta de luxo e
requinte; a rusticidade da
Nonno Beppe (abaixo)
agrada àqueles que
apreciam a natureza; e
Pousada dos Pinhos tem
charmosos chalés e área
de lazer para crianças

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Hotéis para todos os gostos
As montanhas do Espírito Santo estão repletas de excelentes opções
de hospedagem. A mais pomposa delas é o Aroso Paço Hotel, em
Domingos Martins, com arquitetura de estilo clássico e decoração
luxuosa. Cercado por muito verde, está ao lado da Pedra Azul e ofe-
rece quadras, piscina e trilha para caminhada. A diária custa a par-
tir de 580 reais o casal, com pensão completa. Na mesma cidade,
a Pousada dos Pinhos oferece apartamentos e charmosos chalés e
uma ampla área de lazer, com sala de jogos, videokê, parque aquá-
tico infantil e horticultura. A tarifa balcão para duas pessoas custa a
partir de 420 reais, também com café da manhã, almoço e jantar, e
vinho da casa nas refeições. Em Venda Nova do Imigrante, a dica é
a pequena e aconchegante Pousada Nonno Beppe. Para manter a
originalidade da construção erguida em 1930, a casa principal conta
com cinco quartos e dois banheiros comunitários. Do lado de fora,
há mais três chalés, com banheiros privativos. O tarifário é de 80
reais para os quartos e 120 reais para os chalés.

Serviço
Aroso Paço Hotel: BR-262, km 89. Tel. (27) 3248-1147
Pousada dos Pinhos: BR-262, km 90. Tel. (27) 3248-1115
Pousada Nonno Beppe: BR-262, km 102. Tel. (28) 3546-1965

Outras opções
Pousada Tre Fiori: BR-262, km 88. Tel. (27) 3248-1124
Pousada Rabo do Lagarto: ES-164, km 70. Tel. (27) 3248-2383
Chez Domaine: ES-165, km 7,7. Tel. (27) 3248-3124
Alpes Hotel: BR 262, km104. Tel. (28) 3546-1476

Mais informações: Canaltur ES. Tel. (28) 3546-1378 e www.canaltures.com.br

hortifruti 59
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vida saudável

Dê o primeiro
passo
Caminhar e correr é fácil, só exige boa
vontade e pequenos cuidados

D
entre todas as possibilidades de atividade física, nem o
futebol, o esporte mais popular do país, é tão simples de
praticar quanto a caminhada ou a corrida. Se a falta de
uma bola ou a ausência de parceiros impedem a partida,
basta andar para banir o sedentarismo de nossa vida. A caminhada
é o exercício mais natural ao ser humano e o menos exigente em ter-
mos de equipamentos e companhia. Tendo boa vontade, qualquer
um pode começar .
Mas não se deve simplesmente sair andando. Há alguns cuidados
que devem ser tomados para que a atividade só faça bem à saúde – e
não cause lesões nem complicações cardiovasculares. Antes de tudo, é
recomendável procurar um clínico-geral e fazer um teste ergométrico.
Um cardiograma e um hemograma, para verificar os níveis de ferro
e colesterol, também são importantes. Feito o check-up, é hora de se
programar e reservar pelo menos dois dias por semana para fazer a
atividade regularmente. “Para os iniciantes, isso é o suficiente. Quem
começa forçando a barra desiste logo”, diz Alexandre Salicio, diretor
técnico da Cronos Assessoria Esportiva.
Ele recomenda que, a princípio, o tempo de caminhada varie de 15
a 30 minutos. “Meia hora já dá resultados fisiológicos significativos,
como a redução do nível de colesterol, a melhora da qualidade do sono
e o combate à obesidade. Menos tempo que isso também é válido, mas
os resultados se restringem ao nível psicológico, já que a pessoa se
sente mais bem disposta, inserida na sociedade, e abandona a imagem
de sedentária.” Prevenção da osteoporose e combate à depressão são
outros benefícios. À medida que for melhorando seu preparo físico,
troque a marcha e substitua gradativamente a caminhada pela corrida,
Fotos Calu machado

e alcance ainda mais rápido o bem-estar.

Exercício natural: andar é uma atividade física inerente ao ser


humano. Reduz o colesterol e melhora a qualidade do sono

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hortifruti 61
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Previna riscos
Antes do primeiro passo, prepare
seu corpo para o exercício:
• Use um calçado adequado, de
preferência tênis com solado
plano e macio, que não pressione
a ponta dos dedos nem aperte o
peito do pé
• Faça alongamento de 5 a 10
minutos antes e depois
do exercício
• Faça também um aquecimento,
estimulando a circulação
sanguínea, girando as articulações
dos punhos, tornozelos, braços e
pescoço. Dê pulinhos
• Mantenha uma alimentação
balanceada. Dê preferência
ao consumo de carboidratos
(massas, pães) de 30 a 60
minutos antes do exercício e
ao consumo de proteínas (frios,
Comece alongando os braços acima da cabeça, com
carnes) de 10 a 30 minutos de- as mãos entrelaçadas. Primeiro para o alto, depois
pois. Frutas, legumes e verduras para a esquerda e, finalmente, para a direita
podem ser consumidos à vontade

Depois, alongue a coxa segurando Respeite seus limites


um pé de cada vez. Conte pelo Mal praticada, a caminhada pode machucar. O corpo dá alguns sinais para
menos até 20 em cada posição
avisar que está na hora de diminuir o ritmo ou parar:
• Aumento súbito da frequência cardíaca
• Aumento brusco da sudorese
• Sensação de ardência e queimação nas panturrilhas e canelas
• Boca seca
• Dor na parte lateral do abdome

Controle o coração
Com a ponta dos dedos junto ao pulso ou pescoço é possível contar os
batimentos cardíacos. A medição deve ser feita a cada 10 minutos e deve
estar dentro da faixa de segurança, sem ultrapassar o maior número (que é a
frequência cardíaca máxima):
• De 29 a 33 batimentos a cada 15 segundos para quem tem 30 anos
• De 27 a 31 batimentos a cada 15 segundos para quem tem 40 anos
• De 25 a 29 batimentos a cada 15 segundos para quem tem 50 anos
• De 24 a 28 batimentos a cada 15 segundos para quem tem 60 anos

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hortifruti 63
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vida saudável

Ao ar livre: aproveite
o momento para
estar em contato
com a natureza, mas
não esqueça de se
proteger do sol com
boné e filtro solar
P l a n i l h a d e t r e i n o pa r a i n i c i a n t e s
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo

1a semana

descanso 30 min. – LV descanso 30 min. – LV descanso 40 min. – LV descanso


2a semana
descanso 35 min. – LV descanso 35 min. – LV descanso 40 min. – LV descanso
3a semana
descanso 35 min. – MO descanso 35 min. – LV descanso 50 min. – MO descanso
4a semana
descanso 35 min. – MO descanso 35 min. – MO descanso 60 min. – MO descanso
5a semana
10 min. – LV / 15 min. – MO 10 min. – LV / 15 min. – MO 60 min.
descanso descanso descanso descanso
5 min. – FT / 5 min. – LV 5 min. – FT / 5 min. – LV ritmo moderado
6a semana
10 min. – LV / 15 min. – MO 10 min. – LV / 15 min. – MO 60 min.
descanso descanso descanso descanso
10 min. – FT / 5 min. – LV 10 min. – FT / 05 min. – LV ritmo moderado
7a semana
fonte: cronos assessoria

5 min. – LV / 20 min. – MO 5 min. – LV / 20 min. – MO 20 min. – LV / 25 min. – FT


descanso descanso descanso descanso
20 min. – FT / 5 min. – LV 20 min. – FT / 5 min. – LV 15 min. – LV
8ª semana
5 min. – LV / 15 min. – MO 5 min. – LV / 15 min. – MO 20 min. – LV / 30 min. – FT
descanso descanso descanso descanso
25 min. – FT / 5 min. – LV 25 min. – FT / 5 min. – LV 10 min. – LV

LV = ritmo leve: 50% a 60% da frequência cardíaca máxima


MO = ritmo moderado: 60% a 70% da frequência cardíaca máxima
FT = ritmo forte: 70% a 80% da frequência cardíaca máxima

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hortifruti 65
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nutrição

5 ao dia
MERGULHE NEStA IDeIA
Consumir pelo menos
5 porções de frutas,
legumes e verduras
diariamente ajuda a
prevenir doenças e a
manter o equilíbrio

C
inco porções de frutas, legumes ou verduras por dia. Essa
deve ser a meta essencial de consumo para nutrir um
organismo forte e saudável, capaz de reduzir os riscos de
doenças cardíacas, câncer e outras enfermidades crôni-
cas. No padrão estabelecido pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), uma porção equivale em média a 140 gramas. “A reco-
mendação é de duas a quatro porções de frutas e de três a cinco
porções de legumes e verduras. O mínimo de cada um soma cin-
co”, afirma Giovana Guerra, nutricionista do Instituto Brasileiro de
Orientação Alimentar (Ibra) e gestora do programa 5 ao Dia. Uma
pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
detectou que o brasileiro consome, em média, 135 gramas des-
se tipo de alimento diariamente. “É muito pouco, equivale a uma

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Fotos SÉRGIO COIMBRA
banana ou uma laranja”, diz Giovana. O programa é
adotado em cerca de 40 países e desde que chegou
ao Brasil, em 2001, tem a Hortifruti como a principal
apoiadora e difusora de seus benefícios.
Alcançar o objetivo mínimo é fácil, basta incluir uma
porção no café da manhã, uma no lanche da manhã, uma
no almoço, uma no lanche da tarde e uma no jantar (leia as
sugestões de cardápio no quadro da página 69). Contudo, conforme
explica a nutricionista, é melhor consumir mais porções de uma só
vez a passar o dia sem nenhuma. “Quem passa por um dia corrido,
por exemplo, pode concentrar mais de uma porção no jantar.”
Para suavizar o caráter obrigatório do programa e torná-lo mais diver-
tido, ao número de porções foi associada uma tabela de cores, que divide

hortifruti 67
066_073_5aodia_RECEITACAPA.indd 67 11/12/09 1:55:20 PM
nutrição

os alimentos em cinco grupos. A Mãe Natureza, sempre sábia, associou


o colorido dos produtos a suas características nutricionais. Os vermelhos
são todos fonte de carotenoides, que fazem bem à memória, aos olhos
e à pele. Também contêm licopeno, que previne o câncer de próstata.
Os brancos são ricos em vitaminas do complexo B e flavonoides, que
estimulam o sistema nervoso e previnem a formação de coágulos na
circulação. Os outros grupos são os laranjas, importantes para o sistema
imunológico; os roxos, que retardam o envelhecimento; e os verdes, que
evitam a fadiga mental e fortalecem os ossos. Portanto, variar as cores
durante o dia é garantir uma nutrição completa e diversificada.
Outra dica para fugir da monotonia alimentar é variar o jeito de prepa-
rar os alimentos. Para quem adora cenoura, por exemplo, vale comê-la
crua na salada, cozida como parte de um recheio de torta ou misturada
na massa de um bolo. Aqueles que gostam de tomate podem preparar
um suco ou consumi-lo em forma de molho, aproveitando, inclusive, as
propriedades que não são favorecidas na forma crua do alimento. “Não
devemos achar que só o consumo in natura é válido. Devemos explorar
as possibilidades e a criatividade para fazer da alimentação um mo-
mento saboroso, agradável e prazeroso”, diz Giovana.

Cardápio multicolorido:
para ficar mais divertido,
escolha as porções pela cor

A sabedoria da natureza atribuiu características


nutricionais semelhantes aos alimentos da mesma cor

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PROGRAME-SE
1A semana
Frutas: melancia, maracujá, mamão, pêssego, laranja, banana-prata, melão, maçã, água-de-coco,
abacaxi, limão. Hortaliças: tomate, pepino, cenoura, brócolis, batata, abobrinha, couve-flor, rúcula,
manjericão, alface, agrião, hortelã

1o dia 2o dia 3o dia 4o dia 5o dia 6o dia 7o dia


Café da Mamão Abacaxi Melão Mamão Suco de Suco de Melancia
manhã papaia papaia laranja melão
com
cenoura
Lanche Pêssego Laranja Banana Pêssego Água-de- Maçã Água-de-
coco coco
Almoço Salada de Alface, Cenoura, Tomate, Abobrinha, Alface, Legumes
rúcula, agrião, abobrinha, pepino, cenoura tomate, gratinados
tomate e pepino e couve-flor azeite, e batata pepino e (batata,
manje- cenoura e brócolis hortelã e ao alho e ricota cenoura,
ricão refogados limão óleo couve-flor
e brócolis )
Lanche Suco de Banana Água-de- Suco de Salada Vitamina Suco de
melancia assada coco abacaxi de frutas de frutas maracujá
com gotas com canela com (abacaxi, (maçã,
de limão hortelã maçã, mamão,
mamão, banana)
laranja e
banana)
com
iogurte
Jantar Batata e Abobrinha Salada Arroz com Alface, Talharim Alface
brócolis com verde brócolis e agrião, com tomate,
queijo, (rúcula, cenoura rúcula, legumes orégano,
orégano e alface, tomate e (couve- queijo e
azeite agrião) ricota -flor, azeite
com fatias cenoura e
de maçã e abobrinha)
tomate

2A semana
Frutas: abacate, abacaxi, banana-prata, caqui, laranja, limão, maçã, mamão, maracujá, melancia e
uva-passa. Hortaliças: berinjela, batata-baroa (mandioquinha), cebola, cenoura, quiabo, couve-flor,
palmito, pepino, pimentão, tomate, agrião e alface, chicória, rabanete
1o dia 2o dia 3o dia 4o dia 5o dia 6o dia 7o dia

Café da Mamão Abacaxi Melão Mamão Suco de Suco de Melancia


manhã papaia papaia laranja com melão
cenoura
Abacaxi Mamão Melancia Salada Mamão Abacaxi Salada
de frutas de frutas
(mamão, (mamão,
maçã, maçã,
banana, banana,
laranja e laranja e
abacaxi) abacaxi)
Lanche Caqui Banana Maçã Caqui Maçã Caqui Laranja
Almoço Omelete Quiabo Suflê de Berinjela, Quiabo, Purê de Couve-flor
com berin- ao vina- couve-flor tomate, cenoura e batata- à milanesa
jela grete cebola, palmito -baroa
pimentão com
e uva- carne
-passa moída
Lanche Vitamina Suco de Refresco de Suco de Vitamina Suco de Refresco de
de abacate abacaxi maracujá melancia de abacate laranja maracujá
com com limão com
maracujá cenoura
Jantar Alface, Salada de Chicória, Alface, Agrião, Tomate, Omelete de
agrião e cenoura, tomate, chicória, tomate e alface e legumes
tomate pepino e cenoura e agrião e pepino rabanete
rabanete palmito cenoura
ralados ralada
r

hortifruti 69
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nutrição

VERMELHO
Acerola, cebola vermelha, cereja, seriguela, goiaba vermelha, grapefruit, maçã,
melancia, morango, pera vermelha, pimenta, pimentão vermelho, rabanete,
romã, tomate e uva vermelha.
Fontes de carotenoides, que são precursores da vitamina A. Bom para o
coração e para a memória, previnem o câncer e fazem bem a olhos e pele.
O licopeno, fitoquímico encontrado em alguns alimentos desse grupo, ajuda
na prevenção do câncer de próstata.

LARANJA
Abacaxi, abóbora, abiu, ameixa amarela, batata-baroa, batata-doce, batata-
inglesa, caju, carambola, caqui, cenoura, damasco, gengibre, kino, laranja,
mamão, manga, maracujá, mexerica, moranga, melão, milho, nectarina,
pêssego, pimentão amarelo, sapoti e tangerina.
Assim como os vermelhos, alimentos de cor laranja são fontes
de carotenoides. Ricos também em vitamina C, que é um antioxidante
fundamental para a proteção das células. Ajudam a manter a saúde
do coração, da visão e do sistema imune.

ROXO
Alcachofra, almeirão roxo, alface roxa, alho roxo, ameixa-preta, amora, azeitona
preta, batata-roxa, berinjela, beterraba, cebola roxa, figo roxo, framboesa,
jabuticaba, jamelão, lichia, mirtilo, repolho roxo e uva roxa.
Contêm niacina (vitamina do complexo B), minerais, potássio e também
vitamina C. Mantêm a saúde da pele, nervos, rins e aparelho digestivo
e retardam o envelhecimento. Grande parte dos alimentos desse grupo
possui ainda um poderoso antioxidante que previne doenças cardíacas.

VERDE
Abacate, abobrinha verde, acelga, almeirão, alface, azeitona verde,
brócolis, cebolinha, coentro, couve, couve-chinesa, couve-de-bruxelas, chuchu,
ervilha, jiló, kiwi, limão, maxixe, mostarda, pepino, pimentão verde, quiabo,
repolho, salsa, uva verde e vagem.
Ricos em cálcio, fósforo e ferro. Ajudam na coagulação do sangue, evitam
a fadiga mental, auxiliam na produção de glóbulos vermelhos do sangue,
além de fortalecer ossos e dentes.

BRANCO
Aipim, aipo, alho, alho-poró, atemoia, aspargo, banana, batata-baroa
branca, cará, cebola, cogumelo, couve-flor, endívia, graviola, inhame,
nabo, pera e pinha.
Nos alimentos de cor branca encontramos as vitaminas do complexo B
e os flavonoides, que atuam na proteção das células. Eles auxiliam na
produção de energia, no funcionamento do sistema nervoso e inibem
o aparecimento de coágulos na circulação.

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hortifruti 71
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nutrição

FOTOS ANTÓNIO RODRIGUES


INSPIRE-SE
CAMARÃO NA MORANGA
AO MOLHO IEMANJÁ
600 ml de molho Iemanjá; 4 minimorangas; 24 unidades
de camarão-rosa; 4 bouquets de minifolhas variadas e 4
porções de minilegumes grelhados
MOLHO IEMANJÁ
1,5 litro de caldo de peixe; 1 litro de leite de coco; 150 ml
de azeite-de-dendê; 1 cebola grosseiramente picada; 2
pimentões vermelhos em cubos; 2 pimentões amarelos em
cubos; 1 pimentão verde em cubos; sal e pimenta a gosto.
PREPARO: 1. Em uma panela, coloque o azeite-de-dendê,
a cebola e os pimentões; refogue em temperatura baixa
por 10 a 12 minutos. 2. Acrescente o caldo de peixe e
deixe reduzir a um terço. 3. Acrescente o leite de coco e
cozinhe por mais 8 a 10 minutos. 4. Corrija com sal e
pimenta e deixe esfriar. 5. Bata todos os ingredientes no
liquidificador e passa na peneira; reserve.
DICA DO CHEF: este molho fica mais saboroso
quando picante.
BOUQUET DE FOLHAS
1 pé de alface crespa verde; 1 pé de alface crespa roxa; 1
pé de endívias; 1 cabeça de radichio; 1 caixa de mache; 1
caixa de cerefólio.
PREPARO: 1. Dispense os talos das alfaces e modele cada
bouquet como se fosse uma saia de rendas. 2. Para
decorar, utilize o radichio, as endívias, o mache e o
cerefólio; reserve.
MINILEGUMES GRELHADOS
12 minirrabanetes pré-cozidos; 8 miniabobrinhas com flor;
8 miniespigas de milho; 8 miniabobrinhas; 8
miniberinjelas
4 minicenouras pré-cozidas; 4 minialhos-porós; 2
minifunchos.
PREPARO: 1. Grelhe todos os ingredientes em uma
frigideira antiaderente com azeite. 2. Tempere com sal e
pimenta e finalize com mais azeite extravirgem; reserve.
MINIMORANGA
PREPARO: 1. Corte a superfície das minimorangas
formando uma “tampa”; deixe-as fechadas e unte-as com
azeite. 2. Leve ao forno no vapor para cozinhar durante
45 minutos. 3. Tire do forno e deixe esfriar. 4. Retire as
sementes e mantenha a polpa; reserve.
DICA DO CHEF: se assar em forno doméstico, as morangas
devem ser envolvidas em papel-alumínio para obterem o
mesmo efeito do vapor; asse em temperatura baixa por
cerca de 50 minutos.
CAMARÕES
PREPARO: 1. Coloque em uma panela água, sal, vinho
branco, folha de louro e limão; quando levantar fervura,
acrescente os camarões e deixe cozinhar por 4 minutos. 2
Retire os camarões e coloque-os em um recipiente com
água e gelo para que eles recebam um choque térmico. 3
Depois de frios, escorra-os e reserve-os.
MONTAGEM: 1. Aqueça as minimorangas novamente no
forno. 2. Em uma panela, aqueça os camarões no molho
Iemanjá. 3. Tempere as folhas com azeite, sal e pimenta-
do-reino. 4. Recheie as minimorangas com os camarões e
60 MIN.

8
complete com o restante do molho. 5. Sirva-as em prato
guarnecido com os bouquets de minifolhas e os 4 PORÇÕES
minilegumes grelhados. DIFICULDADE DIFÍCIL
DICA DO CHEF: pétalas de rosas comestíveis dão um
colorido bonito ao prato que pode ser muito bem
acompanhado de arroz branco.

RECEITAS DO CHEF EMMANUEL BASSOLEIL, DO RESTAURANTE


SKYE, AV. BRIGADEIRO LUÍS ANTONIO, 4700, JARDINS,
TEL. (11) 3055-4702, SÃO PAULO, SP; WWW.SKYE.COM.BR

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15 MIN.

8 4 PORÇÕES
DIFICULDADE FÁCIL

SALADA DE RÚCULA COM PERAS,


PARMESÃO E ACETO BALSÂMICO
1 maço de rúcula ou um mix de rúcula, radicchio,
endívia-belga; 1 pera portuguesa madura, cortada em
segmentos; lascas de queijo parmesão; 1 pitada de suco
de limão-siciliano; 4 colheres (sopa) de azeite; 1 colher
(sopa) de vinagre balsâmico; sal e pimenta-do-reino
moída na hora.
PREPARO: 1.Prepare o vinagrete, misturando primeiro o
vinagre com o sal e a pimenta-do-reino e junte o azeite
aos pouquinhos, mexendo bem, como se estivesse
fazendo maionese. 2.Quando pronto, coloque as folhas
em uma saladeira, regue-as com o vinagrete. 3.Misture
bem. 4.Cubra os segmentos de pera com o suco de
limão-siciliano e adicione a salada com as lascas de
parmesão. 5.Misture novamente e sirva em seguida.

HORTIFRUTI 73
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Antônio Duffles,
consultor artigo

MINHA
UT NULPUT
AUT VULLA
VISÃO
sobre a Empresa
FACIDUNT NIS
Igualmente a todas as organizações humanas – estejam elas despertas
EA AUTEM
ou ainda adormecidas psicologicamente, o que é mais provável –, a Hor-
NIAM DOLORE
tifruti (HF) é um ser vivo especial. E não poderia ser diferente, pois suas
VULL T MOD
células, ou seja, as pessoas que nela trabalham, são seres humanos.
TAT. SECTE DO-
A diferença, porém, é que a HF já se encontra em uma etapa evolutiva
LORE COMMY
que se caracteriza por um despertar, uma tomada de consciência so-
NULLUPTAT
bre sua verdadeira natureza, a qual já está se tornando perceptível para
ALIQUI...
aqueles dirigentes que buscam compreendê-la em sua totalidade.
Desse modo, para essas poucas pessoas a HF está se mostrando e se
manifestando tal qual ela é em sua essência: uma Alma que integra as
Almas de todas aquelas pessoas vinculadas diretamente a ela.
Obviamente, essa visão não é materialista – como a que ainda pre-
domina na nossa sociedade –, mas sim espiritual, em que o Universo e
tudo o que nele existe é uma manifestação de Deus e se encontra em
um processo de expansão evolutiva. Sob esse ponto de vista, que resulta
de uma mudança radical de paradigma, necessária para que possamos
compreender e transcender este caos imenso em que todos nós vivemos,
os seus 20 anos significam apenas sua infância, em que seu verdadeiro
potencial – de natureza divina – ainda pouco se manifestou.
Essa consciência, mesmo que ainda em uma etapa preliminar, explica
seu sucesso crescente, o qual é indiscutível, pois as pessoas que nela
trabalham são vistas como seres humanos conduzidos por suas Almas, e
não mais valorizadas apenas pelo que realizam com o trabalho.
Sem essa tomada de consciência, dificilmente se percebe que todos nós
vivemos em um estado de sono psicológico, funcionando como verdadei-
ros robôs – e ao qual se dá equivocadamente o nome de estado de vigília
–, no qual temos limitações que escapam totalmente a nossa consciência
comum. Dessas limitações, a maior e a mais significativa é a crença ilusó-
ria de que nossas decisões são livres, e não conduzidas pelas condições
ambientais externas, que são realmente as que as determinam.
O despertar desse sono psicológico nos permite ver a realidade tal qual
ela é e não mais como uma criação mental projetiva de seus dirigentes.
Sob esse novo paradigma ocorrem, espontaneamente, comportamentos
que se podem conceituar como verdadeiros atos de amor. Tais atos, mes-
mo ainda não muito frequentes, são manifestados por alguns dos seus
membros mais sensíveis, em momentos de pura inspiração divina.
Foto Ricardo D’Angelo A presença desses atos de amor explica o atual sucesso da empresa,

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pois eles fazem com que a energia do amor e da sabedoria permeie muitas
das principais decisões de seus dirigentes. Assim, mais do que garantir a
sobrevivência, eles contribuem para sua viabilidade, seu êxito crescente e
a possibilidade de ela estender sua vida por algumas centenas de anos. A
ocorrência desses atos de amor – de verdadeiro amor – é imprevisível,
pois eles nascem dentro das pessoas, sem que elas conscientemente os
façam emergir. É como se, em determinados momentos, essas pessoas –
sensíveis ao sofrimento alheio – se dispusessem a minorá-lo inconscien-
temente, conduzidas por uma força interior, que não se detém diante de
qualquer obstáculo até que tais pessoas sofridas voltem a sorrir.
Nesses momentos, o nosso ego – essa autoimagem ilusória, com a
qual nos identificamos como se ela fosse nosso verdadeiro ser – se en-
fraquece e se desfaz diante da presença da Alma, que passa então a
se manifestar diretamente. Desse modo, esses atos de amor invertem
nossa visão comum – que é a do ego – de dar e receber. Quando eles
acontecem, ambas as pessoas – a doadora e a receptora – passam a ca-
nalizar interiormente mais amor, contribuindo, assim, para que o fluxo
dessa poderosa energia atinja também outras pessoas, sensibilizando-as
e impulsionando-as a também manifestarem sua essência divina.
Quando surgem esses atos de amor, o medo desaparece, e as pessoas
ousam enfrentar a atual situação materialista, sem se preocupar com
qualquer julgamento negativo que possa lhes ser dirigido. Interiormen-
te, emerge a verdadeira liberdade – um novo estado de ser – que as faz
negar em si mesmas os atuais valores materialistas ultrapassados e as
conduzem a enfrentar com coragem, decisão e inteligência seus egos e
suas infindáveis estratégias, que usam para conduzir a vida.
O que mobiliza esses dirigentes é a consciência de sua responsabili-
dade, diante do desafio de conduzir a HF nestes difíceis e turbulentos
momentos de evolução rápida e necessária da humanidade. Para essas
pessoas, seu grande e único obstáculo reside dentro delas, o que torna o
exercício dessa responsabilidade algo nada fácil de ser enfrentado.
Entretanto, como gradativamente o número dessas pessoas sensíveis
está aumentando, a jornada evolutiva já iniciada pela empresa HF tam-
bém vai se firmando e se tornando capaz de recriá-la interiormente, ha-
bilitando-a assim a influenciar mais decisivamente o ambiente em que
estiver fisicamente localizada. Além disso, esse crescimento em breve
atingirá a massa crítica, a qual irá colocá-las, bem como às demais que
trabalham na empresa, em uma dimensão superior de consciência, em
que a presença da energia do amor e da sabedoria flui livremente, sem
nenhum obstáculo.
Neste momento futuro, ainda imprevisível, a HF vai concretizar o pro-
jeto evolutivo, a que se propôs em 2001, se autotransformando em uma
empresa holística e, consequentemente, tornando-se um verdadeiro foco
de luz na escuridão em que todos nós ainda estamos mergulhados.

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nossa gente

Fotos Ricardo D’Angelo


sempre perto

CLIENTES E
COLABORADORES
expressaM
seu amor pela
hortifruti

“Em casa, comemos muita


fruta, que faço questão
de comprar aqui. Meu filho
adora, é só entrar na loja
e ele já pede para comer
os pedacinhos oferecidos
para degustação”
“O preço é ótimo, muitas vezes mais
barato que na feira. Há também Kelly Cristina Leite e seu filho Cássio,
clientes da Hortifruti de Laranjeiras
muitas promoções e por isso sempre
vale a pena vir conferir”
Ana Claudia da Cruz Soares,
cliente da Hortifruti de Laranjeiras

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Fotos Ricardo D’Angelo

hortifruti 77
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“Venho uma vez por semana,
pois na minha casa não podem
faltar verduras. Adoro os ‘matos’,
e aqui é onde os encontro com
a melhor qualidade”

luiz antônio melo, cliente da hortifruti do leblon

“Sou fã da Hortifruti, adoro. Não


há lugar melhor para comprar
“Aqui tem tudo o que quero e preciso. frutas, verduras e legumes”
Gosto muito da linha de laticínios e das
sementes de linhaça e girassol, que não Rose Gutlenrer Saisse,
cliente da Hortifruti de Laranjeiras
encontro em nenhum outro mercado”
Ana Carolina Romano, cliente da Hortifruti do Leblon

“Venho, religiosamente,
todos os dias pela manhã.
E nem trago lista, levo o
que na hora me parece
gostoso e apetitoso”
Deuza Eulália G. Melo,
cliente da Hortifruti do Leblon

“Fazer compras na Hortifruti é um programa


que os meninos adoram. Não podem nem
ver a logo num outdoor que já querem vir
aqui. Por isso sempre os trago comigo”
regina oliveira e seus filhos mateus (à esq.) e antônio,
clientes da hortifruti de laranjeiras

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“Praticamente inaugurei esta loja.
Desde que foi aberta, estou aqui
quase todos os dias, pois gosto de
fazer comprinhas pequenas e levar
tudo fresquinho”
Maria José Millan, cliente da Hortifruti do Leblon

“Além de frutas, verduras e legumes,


compro aqui cereais, azeite, queijos
e até utensílios para o lar. O atendimento
e a higiene são impecáveis.
Eu amo a Hortifruti”
Telma Maria Mota da Costa Nunes,
cliente da Hortifruti do Leblon

“Preferimos fazer as compras


aqui porque os produtos são mais
selecionados, e a loja tem
ar-condicionado e música ambiente.
Além disso, os atendentes são
sempre muito delicados”
Sônia Faria e Maria Helena Moreira Faria,
mãe e filha, clientes da Hortifruti do Grajaú

“A loja me
conquistou pela
venda de
produtos
orgânicos.
Faço minhas
compras aqui há “Para mim não existe feira nem
três anos e já mercado, é Hortifruti todo dia.
conheço todo Aqui é minha segunda casa,
mundo, me sinto já sou amiga do gerente e dos
em casa” funcionários, que me tratam
com muito carinho” “A raiz da Hortifruti é o amor””
Eduardo Campos, cliente
da Hortifruti do Grajaú Marise Rodrigues Siciliano, Helder Arcângelo Layber, colaborador da
cliente da Hortifruti do Grajaú Hortifruti da Marquês de Paraná, em Niterói

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nossa gente

Bom dia, Cid


Boa Conhecido por dar voz ao “boa noite” mais famoso do Brasil, Cid
alimentação, Moreira, que apresentou diariamente o Jornal Nacional, da TV Globo, por
atividade 27 anos, também valoriza muito o “bom-dia”. Na vida pessoal, o locutor
física e muito inicia cada manhã no desjejum com um suco à base de maçã misturada
amor são os com folhas diversas e pratica exercícios regularmente. Vegetariano, Cid
ingredientes faz questão de ter sempre em casa os mais variados tipos de folhas,
que fazem queijos, legumes e sementes, que habitualmente compra aos domingos
parte da em uma das lojas Hortifruti, em companhia de sua esposa Fátima. É ela
vida do quem comanda a cozinha e prepara o jantar, mas é o próprio Cid quem
locutor a escolhe as frutas e verduras. “Ele conhece melhor que eu quando elas
cada manhã estão no ponto para serem consumidas”, afirma Fátima. “Além da boa
alimentação, outro segredo nosso para uma vida saudável é amar muito,
pois o amor ajuda na imunidade.”
Cid Moreira nasceu no interior de São Paulo, em 1927, e formou-se em
contabilidade, pensando em arrumar emprego em banco. Seu vozeirão,
porém, lhe abriu outras portas: o que começou como uma brincadeira
entre amigos, de imitar outros locutores da época, acabou sendo o passe
para o primeiro estágio, na Rádio Difusora Taubaté, sua cidade natal. As
primeiras experiências em televisão ocorreram quando mudou-se para
o Rio de Janeiro, em 1951. Cid conta que já usou sal marinho, cravo-da-
-índia e gengibre para abrilhantar a voz, que, além de fazer história nos
principais telejornais do país, também é estrondoso sucesso na indústria
fonográfica. Com mais de 60 títulos de gravações de salmos bíblicos, seus
CDs já atingiram a marca de mais de 30 milhões de cópias vendidas.

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hortifruti 81
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comportamento

Tenha
amigos E
A verdadeira
amizade contribui
Viva feliz
para a longevidade,
combate o estresse e
faz rir à toa

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Q
uem acha que “rolar
uma química” é coisa
para casal de namo-
rados deve saber que
o mesmo vale para uma dupla
de bons amigos. Uma pesquisa
realizada pelo Centro do Enve-
lhecimento da Universidade de
Flinders, na Austrália, constatou
que pessoas que têm amigos vi-
vem, em média, 22% mais tempo
do que aquelas que não os têm.
Além disso, um estudo desen-
volvido pela Escola de Medicina
de Harvard, nos Estados Unidos,
revela que há 60% de chance de
alguém começar a rir à toa só de
saber que um amigo está feliz. É a
prova científica de que a amizade
faz bem à saúde, já que o riso ati-
va a produção de endorfina, hor-
mônio responsável pela sensação
de euforia, felicidade, otimismo e
bem-estar.
Outra substância significativa
é a oxitocina, relacionada à con-
fiança entre amigos, amantes ou
parceiros de negócios na forma-
ção dos laços sociais. Por ter efei-
to calmante, é também um santo
remédio contra o estresse, mal
que eleva o risco de doenças car-
diovasculares e de queda da imu-
nidade. “A amizade serve como
válvula de escape para medos,
angústias e aflições. Ter alguém
ilustração ANNA ANJOS

em quem confiar, a quem revelar


planos e com quem compartilhar
reflexões é fundamental para o
bem-estar”, diz Ailton Amélio da

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Silva, doutor em psicologia e professor na USP. “Um amigo é mais que
uma companhia. Podemos recorrer a um colega ou familiar para sair
para almoçar ou ir ao cinema, mas apenas o verdadeiro amigo assume o
papel de confidente.”
O psicólogo explica que a amizade é um dos ingredientes do amor –
os outros dois são a paixão, no sentido romântico e sexual, e o compro-
misso, no sentido de cuidado, atenção e parceria nos bons e nos maus
momentos. “O apego, a afetividade e o senso de proteção fazem parte
do contrato de amizade, assim como do namoro ou casamento. Como,
biologicamente, o ser humano está programado para esse tipo de rela-
ção, a falta desses recursos pode desestabilizar as pessoas”, afirma.
Para o psicoterapeuta Roberto Shinyashiki, a correria dos dias de
hoje é a maior inimiga da amizade. O distanciamento e o hábito de
manter contato apenas por telefone e pela internet empobrece o re-
lacionamento. “O segredo está em não deixar a amizade cair para
segundo plano, apesar de todas as coisas da vida moderna que ten-
dem a dificultar nosso convívio com as pessoas. Arrume motivos para
se aproximar dos amigos e não desculpas para se manter afastado
deles”, afirma. “Quando você cultiva boas amizades, tudo fica melhor,
tudo tem melhor sabor.” Portanto, quem busca uma vida em equilíbrio
não deve esquecer: cultivar uma amizade leal,
profunda, é garantia de viver bem.

O que o psicoterapeuta Roberto Shinyashiki diz sobre

Amizade entre pais e filhos


Dependendo da idade, o filho precisa mais de uma
atitude de autoridade dos pais e da hierarquia fami-
liar pautando o relacionamento. Mas é sempre funda-
mental que nessa relação exista amizade e respeito.
Autoridade imposta, em geral, surte efeitos contrá-
rios aos que seriam desejáveis na educação e no de-
senvolvimento da criança. Afinal, a única autoridade
realmente válida, que edifica, é aquela conquistada
por meio do respeito mútuo entre pai e filho. E essa
também é a base da verdadeira amizade nesse rela-
cionamento tão especial em nossa vida.

“Quando você cultiva boas amizades,


tudo fica melhor, tudo tem melhor sabor”

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Amizade entre homem e mulher
A amizade pode existir em qualquer situação, e
não precisa, no caso de um homem e uma mulher,
envolver a atração sexual. Mas o caso da relação
entre sexos opostos, admita-se ou não, sempre
envolve uma atração a mais, instintiva, que
se soma aos demais sentimentos envolvidos
naquela amizade. Contudo, isso não quer
dizer que deva haver, necessariamente, “se-
gundas intenções”. Uma amizade entre um
homem e uma mulher pode ser muito linda e
verdadeira, baseada no afeto e no respeito, sem
implicar envolvimento sexual. Mas as pessoas pre-
cisam ser muito bem resolvidas nesse aspecto, para
não misturar as coisas.

Amizade entre mulheres


A amizade entre mulheres tem suas
características próprias, mas não há
como negar que em muitos casos
ela se torna uma amizade profunda
e sincera. Interesses e competições
sempre existem nos relacionamentos
entre pessoas, independentemente
do sexo. O que é preciso é não deixar
que esses sentimentos dominem a
relação. Quando isso acontece, então,
é a amizade que deixa de existir.

Frases célebres
• “A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto.” (francis bacon)
• “Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se
morressem todos os meus amigos!” (fernando pessoa)
• “Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir. Difícil é ser amigo para todas as horas e
dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz.” (carlos drummond de andrade)
• “O destino escolhe seus parentes. Você escolhe seus amigos.” (jacques delille)
• “Amigo é quem te socorre, não quem tem pena de ti.” (thomas fuller)
• “Amigo é alguém que sabe de tudo a teu respeito e gosta de ti assim mesmo.” (elbert hubbard)
• “A amizade é um amor que nunca morre.” (mário quintana)
• “As palavras de amizade e conforto podem ser curtas e sucintas, mas o seu eco é infindável.” (madre teresa de calcutá)
• “Uma mulher pode muito bem ser amiga de um homem, mas para a amizade durar é preciso que haja um pouco de
aversão física.” (friedrich wilhelm nietzsche)

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campanhas

TALENTO
DE RAIZ
COMO TRANSFORMAR
FLV’S EM GALÃS DE CINEMA E
FORTALECER UMA MARCA

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FOTO RICARDO D’ANGELO
Os criadores: ao lado do Chuchurek, o time
da agência, formado por Janine Albertasse (à
esq.), Marília, Jean Pierre e Mônica Debbané

tos viraram celebridades mesmo. Tivemos


um excelente retorno, teve gente que até
mudava o caminho para o trabalho para
ver o outdoor que tinha a campanha da

N
em fruta, nem legume nem verdura. Isso tudo fica a car- Hortifruti”, diz a diretora da agência. “O
go dos fornecedores. O que a Hortifruti vem cultivando ao próximo passo foi levar nossas estrelas
longo de duas décadas de história é sua marca. Quase tão para Hollywood.”
antiga quanto a existência da Hortifruti, a parceria com a agência As campanhas ganharam dezenas de
capixaba MP Publicidade tem sido fundamental para que a empre- prêmios e renderam um rico material usa-
sa representada pela maçã vermelhinha venha conquistando lugar do em uma exposição nomeada O Cami-
cativo na memória do consumidor. nho Natural do Sucesso, que ficou um mês
“Há 20 anos, as estratégias de propaganda adotadas pelas lo- em cartaz na estação Carioca do metrô, no
jas de varejo tinham apelo no preço dos produtos. Para sair do Rio de Janeiro, como parte da comemora-
lugar-comum, focamos na construção de uma identidade que re- ção dos 20 anos da Hortifruti.
presentasse um grupo especialista em FLV, que tinha um estreito
contato com os fornecedores e produtores e conhecia a alma do LINHA DO TEMPO
consumidor”, diz a diretora de criação da agência, Mônica Debba- 2002/2003 - HORTIFRUTI É BOM PRA VOCÊ

né. A primeira campanha, sob o título “Hortifruti é bom pra você”,


associava as propriedades nutritivas à forma dos alimentos. Por
exemplo, a beterraba, que favorece o bom funcionamento cardíaco,
foi retratada como o próprio coração; o gengibre, que tem nutrien-
tes importantes para os ossos, formou a coluna vertebral; e o milho,
2004 - DEPOIMENTOS
que faz bem para os dentes, foi transformado em um belo sorriso.
“Encontramos uma maneira de agregar valor aos produtos que,
mais importante do que terem bom preço, fazem bem à saúde do
consumidor”, afirma Mônica.
A campanha seguinte, “Depoimentos”, explorou a qualidade su-
perior dos produtos vendidos pela Hortifruti. O mesmo orgulho 2005/2007 - CASCAS
e satisfação que um funcionário, rigorosamente escolhido num
processo seletivo, tem por fazer parte de uma grande empresa
foram transpostos para as frutas, os legumes e as verduras, que
nas mãos da equipe da MP Publicidade deixaram, de uma vez por
todas, de ser inanimados. A batata diz “Eu vim de baixo, mas hoje
2007/2009 - HOLLYWOOD
estou na Hortifruti”, e o jiló afirma que “Amarga mesmo é a vida
sem Hortifruti”.
A brincadeira teve sucesso estrondoso e inspirou a agência a de-
senvolver a próxima série seguindo a mesma linha. Já que os pro-
dutos ganharam vida e popularidade, tornaram-se personagens da
revista Cascas. O trocadilho deu margem a “manchetes” como “Uva Evolução: personagens como o milho
comemora vaga na seleção da parreira”, sob o novo mote “Aqui a ganharam vida, passaram por diversas fases
natureza é a estrela”. “A campanha ficou muito famosa, e os produ- e assumiram divertidos papéis

HORTIFRUTI 87

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FAbio Hertel,
vice-presidente do grupo Hortifruti nossos valores

C
onsiderando Adão e Eva como os primeiros

Foto Ricardo D’Angelo


habitantes do planeta, podemos dizer que o
Éden foi palco da primeira campanha de pu-
blicidade da história, e o objeto de consumo
era justamente uma fruta ou ainda um programa ali-
mentar. Enquanto argumentava para convencê-los a
saborear seu cardápio, a serpente prometia benefícios
como longevidade e sabedoria. A finalidade era enga-
nadora e repreensível, mas a tática, como sabemos,
foi eficiente. Para quem é do varejo, é possível tirar
uma lição do episódio: o consumidor quer, e merece,
valor agregado ao produto que vai comprar.
No setor hortifrutigranjeiro, em que se trabalha
COMPROMISSO social
com commodities, concorrer por preço baixo, ape-
nas, é pouco. Esse universo das frutas, legumes e
verduras (FLV’s) é repleto de cores, cheiros e sa-
bores, sem falar nas suas propriedades nutritivas.
Mas não é só. Há outros valores – intangíveis, mas
preciosos –, que se aliam às premissas da Hortifruti
sobre qualidade de vida.
Sentar-se à mesa para fazer as refeições com quem
se ama é um hábito que incentivamos, por acreditar-
mos na importância da estreita convivência entre as
pessoas. O tempo dedicado à televisão e à internet e a
saída da mulher para o mercado de trabalho, entre ou-
tros hábitos do mundo moderno, encontram respaldo
na rapidez do fast-food e na praticidade dos serviços
de delivery. Mas vão contra a reunião familiar em torno
da mesa, a confraternização, a troca de experiências e a
preocupação com a qualidade do que ingerimos.
Pesquisas realizadas nos Estados Unidos mostram
melhor desempenho escolar e vocabulário mais en-
riquecido nas crianças que fazem refeições com a fa-
mília. Além de adotarem uma alimentação mais sau-
dável, no futuro elas serão as que menos vão fumar,
beber ou se envolver com drogas. E mais: para 79%
dos brasileiros, as refeições familiares são o principal
momento dos pais se relacionarem com os filhos.
Hábitos saudáveis: A predisposição existe. E argumentos científicos tam-
além da alimentação bém. De nossa parte, assumimos o compromisso so-
balanceada, a Hortifruti cial de incentivar esse hábito. Queremos levar à mesa
defende e incentiva de nossos clientes os produtos que selecionamos com
a volta das refeições carinho, para ser mais um tempero nas relações afeti-
familiares à mesa vas com seus familiares e amigos.

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hortifruti 89
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conheça

PEQUENO GRANDE

APESAR DA APARÊNCIA
EXÓTICA, A PHYSALIS
SABORSua delicada beleza inspira o uso como toque decorati-
vo. Mas a Physalis, que faz parte da família do tomate e
É TIPICAMENTE tem sabor doce e ligeiramente ácido, é uma fruta para
BRASILEIRA. FAZ BEM ser consumida in natura e também rende deliciosos
À SAÚDE, É VERSÁTIL sorvetes e geleias, combina superbem com chocolate e
NA COZINHA E TEM pode ser usada no preparo de molhos para saladas e
VOCAÇÃO PARA A ALTA carnes. Apesar de ser considerada exótica, ela é brasi-
GASTRONOMIA leiríssima: a variedade Physalis angulata é bem popular
nas regiões Norte e Nordeste do país, a ponto de ser en-
contrada brotando espontaneamente em quintais. Ela
recebe nomes curiosos como bucho-de-rã, mata-fome,
camapum, joá-de-capote e bate-testa. Suas proprieda-
des medicinais incluem a purificação do sangue, o forta-
lecimento do sistema imunológico, o alívio de dores de
garganta e a redução do colesterol.
Foto Ricardo D’Angelo

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